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Velhice e suas caracteristícas
Prof: Julyane Bissoli
O que você quer ser quando crescer? 
Essa pergunta é muito comum quando somos crianças e as respostas são as mais variadas e sonhadoras possíveis, de bailarina, astronauta, cientista, jogador de futebol, modelo.
 No entanto, este questionamento normalmente some quando entramos no ritmo acelerado da vida adulta, e cada vez mais pensamos e planejamos a curto prazo.
 Mas se você parar para pensar hoje, com a idade que tem, o que você quer ser quando envelhecer? Como imagina sua casa, suas atividades, seus relacionamentos? Onde gostaria de estar?
velhice 
Velhice e envelhecimento são dois conceitos 
Velhice é uma fase específica do ciclo de vida caracterizada por um conjunto de características biológicas, sociais e psicológicas associadas à idade avançada.
Biológicas: Maior prevalência de doenças crônicas, fragilidade física, diminuição da mobilidade, necessidade de cuidados de saúde específicos. 
Sociais: Aposentadoria, transição para papéis sociais menos ativos, mudanças nas relações familiares e com amigos, possível necessidade de apoio social e institucional. 
Psicológicas: Sabedoria e experiência de vida acumuladas, adaptação à aposentadoria e às perdas, busca por significado e propósito na vida. 
EX
Envelhecimento
O envelhecimento é um processo biológico universal e irreversível que se inicia no nascimento e se estende ao longo da vida. Envolve mudanças físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais que ocorrem em diferentes ritmos e intensidades para cada indivíduo.
Físicas: Crescimento, desenvolvimento corporal, alterações na pele, cabelos e ossos, declínio da força muscular e da visão. 
Fisiológicas: Diminuição da frequência cardíaca e respiratória, alterações hormonais, aumento do risco de doenças crônicas. 
Psicológicas: Amadurecimento emocional, desenvolvimento de novas habilidades cognitivas, adaptação a perdas e mudanças de vida. 
Sociais: Assunção de novos papéis sociais, aposentadoria, mudanças nas relações familiares e com amigos. 
EX
5
Envelhecimento: idoso, velhice ou terceira idade?
Envelhecimento = processo natural da vida; envelhecemos
desde que nascemos. “Se envelhece conforme se vive”.
Idoso = todo indivíduo acima dos 60 anos.
Velhice = considerado o último ciclo de vida, independente das condições de saúde, hábitos de vida, condições sócio econômicas, etc. É uma construção social, culturalmente definida.
Terceira idade = fase do envelhecimento que pensa nos cuidados com a saúde e qualidade de vida. Sinônimo dos jovens velhos.
Velho = antigo, ancião, gasto pelo uso, antiquado, desusado, representando o tom pejorativo e negativo que acompanha estes termos no campo social.
12
A compreensão deste momento de vida é muito mais complexa do que simplesmente afirmar que, a partir de determinada idade, a pessoa pode ser considerada velha. Como descrito, a velhice não está relacionada somente ao recorte cronológico.
Schneider e Irigaray (2008) dividiram o conceito de idade em quatro tipos:
Idade cronológica 
Trata-se dos anos vividos de uma pessoa, desde o seu nascimento.
Idade biológica 
Definida pelas mudanças corporais e mentais que ocorrem ao longo do desenvolvimento humano, caracterizando o próprio processo de envelhecimento
Idade social
Composta por hábitos e características esperadas para determinada idade, esperando que o sujeito se encaixe em determinados papéis sociais.
Idade social
Pode ser utilizado em dois sentidos: um relacionado à capacidade psicológica esperada para determinada idade cronológica (percepção, memória, aprendizagem, etc.), e o outro relacionado à noção subjetiva de idade, ou seja, a maneira como cada pessoa se autoavalia em relação às outras pessoas com idades semelhantes às suas.
Velhice é tempo de perdas?
Qual	o	significado	da	velhice	prá	você?	Quais	são	as	imagens	e crenças que você tem da velhice?
Declinio físico? Diminuição funcional dos órgãos? Perdas cognitivas? Mudança dos papéis sociais? Senescência ou Senilidade?
O	envelhecimento	da	população	é	um	dos	maiores	triunfos	da humanidade e também um dos nossos grandes desafios.
Por que não olhar para esses novos anos de vida em termos de continuidade e de novos papéis na sociedade, uma outra etapa do crescimento pessoal ou mesmo espiritual e no desenvolvimento?
“ O importante não é acrescentar anos à vida, mas sim, acrescentar vida aos anos “ (OMS)
Envelhecimento primário
processo gradual inevitável de deterioração física ao longo da vida, não importando o que se faça para evita-lo.
Envelhecimento
Secundário
processo de envelhecimento que resulta de doenças, abusos e maus hábitos físicos e que pode muitas vezes ser evitado
16
Mudanças Físicas
Algumas alterações costumam estar associadas ao envelhecimento, embora afetem mais algumas pessoas que outras:
A pele mais velha tende a se tornar mais pálida e menos elástica e mais enrugada;
A gordura e os músculos encolhem;
Varizes nas pernas;
O cabelo fica mais fino, grisalho e depois branco;
Os pêlos do corpo ficam mais ralos.
Atrofiamento dos discos entre as vértebras da espinha – Cifose;
Alterações ósseas;
Órgãos internos e organismo em geral também entram em declínio;
Além do declínio nas funções cerebrais, há também as sexuais, motoras e sensoriais.
Necessidade de menos sono, alterando a dinâmica global.
Declínio Funcional de Órgãos
18
Saúde Física
Como adultos mais velhos e saudáveis	podem, hoje em dia, livrar-se dos declínios na saúde?
Doenças crônicas comuns:
Doenças cardíacas;
Câncer
Acidente Vascular Cerebral – AVC = 60% mortes
Doenças crônicas do Sistema Respiratório
Diabetes
Influenza/ Pneumonia
O Estilo de Vida da pessoa tem grande influência na Saúde e na Longevidade, sobretudo quando ela realiza	atividades físicas e cuida da nutrição.
19
Saúde Mental
Transtornos	comportamentais	e	mentais	podem	resultar	em	incapacidades funcionais
para as principais atividades da vida, assim como um declínio cognitivo:
Depressão – resultante de fatores genéticos e ambientais (acontecimentos estressantes).
Demência – declínio comportamental e cognitivo de causas fisiológicas que interferem nas atividades de vida diária. A maior parte das demências é irreversível, porém o prognóstico pode ser favorável a um tempo maior de qualidade de vida, quanto mais cedo for diagnosticada a demência. Ocupar o cérebro com desafios pode retardar o aparecimento de demências (ex. escolaridade).
Mal de Alzheimer – distúrbio cerebral, progressivo, irreversível e degenerativo caracterizado pela deterioração cognitiva e perda do controle das funções corporais e, que leva a morte. 26 milhões de pessoas no mundo estão com MA.
Mal de Parkinson – distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e irreversível, caracterizado por tremores, rigidez, movimentos lentos e postura instável;
20
A população idosa está envelhecendo:
Idoso Jovem – 65 a 74 anos (ativos, animados)
Idoso idoso – 75 a 84 anos
Idoso mais Velho – 85 anos em diante
Idade funcional – é a capacidade de uma pessoa interagir efetivamente em um ambiente físico e social em comparação com outras da mesma idade cronológica (um idoso de 90 anos com boa saúde, pode ser funcionalmente mais jovem do que um de 65).
21
“Funcionalidade	é	um	termo	que	abrange	todas	as
do	corpo,	atividades similar,	incapacidade
funções maneira abrange
deficiências,	limitações
de	atividade
e	participação;		de é		um	termo	que
ou
restrições na participação. ( OMS, 2003b,	p.13)
O que é funcionalidade
22
ABVDs ( Atividades de Vida Diária)
Banho
Vestir-se
Alimentar-se
Locomoção no lar
Controle de esfíncter
AVPs ( Atividades de Vida Prática) ou
AIVD – Atividade Instrumental
Fazer compras
Locomoção fora de casa
Usar o telefone
Prepara a comida
Trabalho domestico
Medicação
AAVD( Atividades Avançadas de Vida
Diária)
Dirigir carro
Praticar esporte
Andar de bicicleta
Viajar
Dançar
Vida adulta tardia
É um período em que as pessoas podem reavaliar suas vidas, concluir o que ficou pendente e decidir como melhor canalizarsuas energias e passar os dias, meses e anos que lhes restam.
O Crescimento na velhice é possível! Muitos idosos que se sentem saudáveis, competentes e no controle de suas vidas, vivenciam esta última fase da vida de modo positivo. Pesquisadores	da década de 80 não acreditavam neste Crescimento.
Idosos que tiveram e têm vida ativa e produtiva reconhecida mundialmente, desafiam os estudiosos a entenderem esta fase da vida como legítima em suas questões e tarefas especiais.	Ex: os notáveis do prêmio Nobel com idade avançada.
Portanto, a vida adulta tardia é um tempo de crescimento potencial!
Quais fatores contribuem para o crescimento pessoal?
O crescimento depende da execução de tarefas psicológicas de cada fase da vida de modo emocionalmente sadio, segundo os teóricos dos estágios normativos.
A personalidade também é outro fator.
Presença constante de estímulos e desafios também respondem a esta pergunta.
Para Erik Erikson, a conquista culminante da vida adulta tardia é o senso de integridade ; conquista está fundamentada na reflexão da própria vida.
Erikson afirma que a integridade só é possível àqueles que cuidaram das pessoas e de seus projetos ao longo da vida, superando e adaptando-se às crises e às vitórias que essas criações abarcavam.
Integridade versus desespero, desenvolvendo a virtude da SABEDORIA ou aceitação de nossa vida e morte iminente. Aceitar a vida para depois aceitar a morte. Aceitar as imperfeições em si próprio, nos filhos, família, na vida.
Sabedoria significa aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos,
sem ficar preso ao “deveria ser feito” ou “poderia ter sido”.
29
8.a Integridade versus Desespero (após os 65 anos) Erickson
	O indivíduo avalia a sua vida, podendo	experimentar sentimentos de satisfação ou de fracasso.
O sentimento de integridade ocorre de uma avaliação positiva
da	sua	vida,	aceitando	a	sua
	existência como valiosa.
	O desespero resulta de uma avaliação negativa da sua vida e da impossibilidade de começar tudo de novo.
	
Questão-base:	Vivi	uma	vida
satisfatória ou foi um fracasso?
Vertente positiva - sentimento de realização face ao passado.
Vertente	negativa	-
de	que	se
sentimento perderam
oportunidades importantes.
Ou adquirem um senso de integridade ou se entregam ao desespero pela impossibilidade de reviver suas vidas.
Embora a Integridade tenha que superar o	Desespero para que esta etapa da vida seja resolvida com êxito, Erikson afirmava que algum desespero é inevitável, pois as pessoas têm a tendência de se lamentar, tanto pelas desventuras da vida como também pela vulnerabilidade da condição humana.
0
	Integridade resulta não só da reflexão sobre o passado, mas de contínuos desafios e estímulos, que podem ser expressos em ocupação, trabalhos, relacionamentos...
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MARCADORES PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO
IMPACTO DA APOSENTADORIA
A aposentadoria é um marco importante na vida de qualquer indivíduo, marcando a transição da vida profissional para uma nova fase repleta de mudanças e oportunidades. O impacto da aposentadoria para os idosos pode ser multifacetado, abrangendo diferentes aspectos da vida, como:
Aspectos sociais
Aspectos psicológicos:
Aspectos financeiros
Aspectos físicos
A aposentadoria também está associada ao envelhecer e, como vimos na webaula  anterior, envelhecer em nossa sociedade está associado a uma imagem pejorativa do sujeito velho, como aquele sem função
o papel da Psicologia consiste em contribuir para que o aposentado reconstrua sua:
identidade pessoal, através da interiorização de novos papéis e da busca de novos objetivos de vida, num processo de redefinição de sua vida, ao mesmo tempo em que deverá assumir essa nova fase, repensando o estigma de ser inativo.
“Um beijo, um abraço, um olhar”: 
A sexualidade na Velhice 
A Sexualidade nasce e morre conosco
A velhice tem suas características próprias, inclusive às relacionadas à sexualidade. Engano pensar que as pessoas perdem suas habilidades sexuais à medida que envelhecem.
Fala-se pouco da sexualidade das pessoas idosas e das manifestações afetivas nesta fase da vida.
A necessidade	de abraçar e ser abraçado, de relacionar-se com outra pessoa, de expressar sentimentos não se atrofia e nem desaparece com a idade.
Filme: Chuvas de Verão
O sexo nos Idosos 
A sociedade insiste em acreditar, que a atividade sexual desapareça com a idade.
 
Continuam sendo sexualmente ativos.
80%
Preferem manter interesse sexual
90%
Causas de diminuição da atividade sexual 
Descrevem-se como variáveis que podem comprometer a atividade sexual na maturidade, alguns fatores:
 A capacidade e interesse do(a) companheiro(a);
 O estado de saúde;
 Problemas de impotência no homem ou de dispareunia (dor durante o ato sexual) na mulher;
 Efeitos colaterais de medicamentos e
 Perda de privacidade, como por exemplo, viver na casa dos filhos.
MULHERES 
HOMENS
Há menor preocupação pela função sexual 
Mais preocupação pela perda estética do aspecto juvenil
Declive em ambos aspectos da sexualidade, desejo e desempenho.
Preocupação excessiva pelas mudanças fisiológicas da sexualidade do envelhecimento pode levar à aparição de ansiedade
Interesse ou desejo sexual se mantém mais presentes que a própria atividade sexual
Fatores Psicossociais 
Para a maioria dos investigadores, a diminuição da atividade sexual na velhice se relaciona tanto com as mudanças físicas do envelhecimento, como com as influências de atitudes e expectativas impostas pelo modelo social.
Diz um ditado que “envelhece-se como se viveu”.
O progressivo aumento do período entre as ereções e a maior dificuldade para consegui-las, pode produzir uma ansiedade crescente no homem, e esta ansiedade prejudicará ainda mais sua capacidade de resposta sexual. 
Completa-se um círculo vicioso mantido pela ansiedade. O mesmo sucede com a dispareunia de introdução nas mulheres devida à diminuição de estrógenos pós-menopáusica. A dor na relação (dispareunia) provoca ansiedade antecipatória com conseguinte aumento da dor, também formando um círculo vicioso difícil de romper (Serna, 1996).
A representação social que envolve a sexualidade na velhice está vinculada ao estereótipo do idoso sem energia, sem vitalidade e, portanto, isento de sexualidade.
Os idosos pesquisados demonstraram ter entendimento acerca da sexualidade [...], caracterizando-a como algo complexo que não se resume apenas ao ato sexual. Os participantes demonstraram aceitação das práticas sexuais na velhice, sendo algumas de suas expressões o carinho, o companheirismo e a intimidade.
No entanto, na pesquisa de Vieira, Miranda e Coutinho (2012, p. 127), os idosos relatam outra percepção sobre si mesmos:
Skinner e Vaughan (1985, p. 108) apontam que “uma cena de amor entre duas pessoas que já passaram da meia-idade, provavelmente, será vista como impossível ou ridícula”.
Nesse sentido, eles precisam de ajuda, pois a atividade sexual não deve ser desestimulada com a intenção de se evitarem críticas.
Ao negar a sexualidade na velhice, a sociedade perde a possibilidade de problematizar estas questões importantes.
ENVELHECIMENTO ATIVO
ENVELHECIMENTO ATIVO
"Envelhecimento Ativo é o processo de optimização das oportunidades para a Saúde, Participação e Segurança, para a melhoria da esperança de vida e qualidade de vida das pessoas à medida que envelhecem, num quadro de solidariedade entre gerações" (OMS). 
SER ATIVO
.
É importante que as pessoas que estão na terceira idade procurem ter como meta um estilo de vida ativo. Neste sentido, é necessário buscar um tipo de atividade que lhe de prazer, divertimento e satisfação.
VANTAGENS
Reduzem em torno de:
25% as doenças de natureza cardiovasculares
10% dos casos de acidente vascular cerebral
Reduzem chances de:
Doenças de causa respiratória crônica
Distúrbios mentais
Aumento de:
10% a 30% o autocuidado do idoso
ATIVIDADES ATIVAS
Exercícios Físicos
Atividades em grupos
Paqueras, os amigos,os bailes, as palestras, os jantares e outras atividades culturais e sociais
Garantir acesso à estas atividades
QUALIDADE DE VIDA - MANEJO DE FATORES PSICOLÓGICOS E SOCIAIS
Manter vínculos sociais.
Apoio durante o luto.
Participação	de atividades prazerosas
Participar de atividades religiosas
Familiares presentes e atuantes
Relações intergeracionais afetivas
Preservar amizades
Frequentar grupos de convivência
Garantir à pessoa idosa o sentimento de pertencimento
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O que significa envelhecimento bem sucedido?
Estudos identificaram 3 componentes principais do envelhecimento bem sucedido:
- anulação da doença ou de incapacidade frente a ela;
– manutenção elevada das funções psicológicas e cognitivas;
– engajamento constante e ativo em atividades sociais e produtivas, remuneradas ou não, porém, criadoras de valor social.
O idoso bem sucedido tende a ter apoio social, emocional, material, o que contribui para a saúde mental. E enquanto permanecem ativos, não se consideram em declínio.
O bem estar pode ser também	a satisfação com a vida em termos subjetivos.
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A morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida. A dor do luto é proporcional à intensidade do amor vivido na relação que foi rompida pela morte, mas também é por meio desse amor que conseguiremos nos reconstruir. As pessoas morrem como viveram.
A Grande Viagem
Em um tempo de vida limitado, ninguém pode realizar todas as capacidades, satisfazer a todos os desejos, explorar todos os interesses ou experimentar todas as possibilidades	que a vida tem para oferecer. A tensão entre as possibilidades de crescimento e o tempo finito em que ocorre o crescimento define a vida humana. Escolhendo as possibilidades	das quais vai se ocupar e dedicando-se a elas o máximo possível, até o derradeiro momento, cada pessoa contribui para a história inacabada do desenvolvimento	humano.
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Confrontando a própria morte
Elisabeth Ross, psiquiatra – trabalho pioneiro com doentes terminais – constatou que a
maioria desejava a oportunidade de falar abertamente sobre sua condição e de que sentia a morte próxima, mesmo que não soubesse.
Delineou 5 estágios na relação com a morte, para uma “boa morte”, após estudo com cerca de 500 pacientes terminais:
negação= isso não pode estar acontecendo comigo
raiva= por que eu?
barganha por um tempo extra= se puder viver até ver meu neto nascer...
depressão= o próprio quadro diante da condição
aceitação= de que este é o processo e faz parte da vida.
Porém, nem todos passam por estas fases ou nesta sequência!!!
Porque, morrer, assim como viver, é uma experiência individual!
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Lidando com a morte e o sentimento de perda
A morte é um fato biológico, mas também apresenta aspectos sociais, culturais, históricos, religiosos, legais, patológicos, clínicos, éticos e de desenvolvimento que, com frequência, estão intimamente interligados.
	A palavra tanatologia vem do grego thanatos (θάνατος), que significa "morte", e logia (λογία), que significa "estudo".
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Assim, a tanatologia é o estudo científico da morte, abrangendo diversos aspectos relacionados a ela, como:
Compreendendo a morte na velhice:
Aceitação e preparo: A tanatologia auxilia os idosos a aceitarem a morte como um processo natural da vida, preparando-os emocionalmente e espiritualmente para o fim. 
Planejamento do fim da vida: A tanatologia orienta os idosos na elaboração de documentos como testamentos e planos funerários, assegurando que seus desejos sejam respeitados após a morte. 
Cuidados paliativos: A tanatologia contribui para a promoção de cuidados paliativos, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos em fase terminal e seus familiares. 
Luto antecipado: A tanatologia oferece suporte emocional aos idosos e seus familiares para lidar com o luto antecipado, amenizando o sofrimento e facilitando o processo de despedida. 
A tanatologia na prática com idosos:
Grupos de apoio: A participação em grupos de apoio com outros idosos que estão vivenciando a finitude da vida pode ser um espaço de troca de experiências, fortalecimento e apoio mútuo. 
Terapia individual: A tanatologia oferece terapia individualizada para auxiliar os idosos a lidarem com seus medos, angústias e dúvidas sobre a morte. 
Palestras e workshops: Palestras e workshops sobre tanatologia podem ser realizados em comunidades de idosos, abordando temas como morte, luto, cuidados paliativos e planejamento do fim da vida. 
Mudanças físicas e cognitivas que precedem a morte
A morte é um capítulo importante no desenvolvimento humano. As pessoas mudam ao reagirem à morte e ao morrer, seja a sua própria ou a de um ente querido.
Quais as mudanças que as pessoas passam pouco antes de morrer?
Como elas lidam com a dor?
Como as atitudes em relação à morte mudam ao longo da vida?
Declínio terminal – é o declínio em várias capacidades cognitivas, funcionais, amplamente observado pouco antes da morte, mesmo quando fatores relacionados à saúde são controlados. Perdas na capacidade verbal, raciocínio espacial e cognição são indicadores deste declínio terminal.
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Padrões de Luto
Perda – a morte e o processo de adaptação à essa situação de ausência podem afetar praticamente todos os aspectos da vida de quem permanece vivo.
A perda provoca mudanças: de status, de papel (ex-marido, viúva, órfão,...), de situação econômica, sociais, relacionamentos,... Também é um processo pessoal.
A perda leva à uma resposta emocional, geralmente vivenciada nos primeiros estágios da perda, que é o luto.
A dor da perda deveria ser medicada? É justificável, porém há o risco de adicção.
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Elaboração do Luto
A perda, assim como o morrer, é uma experiência altamente pessoal. Portanto, não deve haver um padrão	ou sequência normatizado para a recuperação das pessoas que passam por esta dor. Há que se analisar os comportamentos e identificar neles os componentes saudáveis e/ou patológicos. Ex: eventual fala com o falecido e pôr a mesa para ele. São situações diferentes.
Elaboração do luto – frente à dolorosa realidade da perda, a pessoa aos poucos se liberta do vínculo e se readapta à vida, desenvolvendo novos interesses e relacionamentos.
O modo como a pessoa morreu também pode alterar a forma de se vivenciar o luto.
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Há uma sequência de etapas para a elaboração do luto, mas não se pode generalizar que para todos seja assim:
Choque e descrença– sentir-se “perdido e confuso” – pode durar semanas.
Preocupação com a memória da pessoa falecida – não se aceita a morte e vive-se como se a pessoa estivesse presente, revivendo momentos. Pode durar anos.
Resolução – a pessoa renova o interesse pelas atividades do dia a dia. Tem-se saudade e tristeza, mas não dor, angústia e ansiedade.
Porém, nem sempre o luto segue esta linha reta, do choque à resolução.
Em pesquisas, o padrão de elaboração de luto mais citado é a resiliência – aceitação da morte como um processo natural e o sofrimento decresce gradualmente.
Como ajudar a quem perdeu alguém
Compartilhe a dor: deixe ou encoraje a pessoa que sofreu a perda a falar de seus sentimentos e compartilhe a memória de quem se foi.
Não ofereça falso consolo: dizer coisas como “assim foi melhor” ou “logo você supera”, não ajudam. Expresse seu pesar e ouça! Quando não se tem nada, nenhuma palavra que possa tirar a pessoa de sua angústia, ofereça a ela o seu “par de ouvidos”.
Ofereça ajuda prática: ficar com os filhos, transportar alguém, ajudar na recepção de pessoas,....
Seja paciente: pode levar tempo para a pessoa se recuperar. Seja paciente para ouvi-la.
Sugira ajuda profissional quando necessário: quando perceber que a pessoa está sofrendo demais para lidar com a questão sozinha.
70
O que você tem feito a favor da velhice?
Onde estão os jovens dispostos a mudar o mundo?
O que farão?
Temos políticas públicas suficientes para favorecer os diversos tipos de velhices marginalizadas?
Fala-se de projetos intergeracionais com a
seriedade e a importância que deveriam ser pensados e concretizados?
Conecte-seao mundo real para olhar os idosos e tentar ver a si no outro.
A mudança é grande. Não se muda a cultura com facilidade, mas sabemos que somos nós que damos os significados, portanto cabe a cada um fazer sua parte e compreender, desenvolver e assumir o envelhecimento, a velhice e o idoso como patrimônios da existência.
5
SOBRE A VELHICE:
Por oposição aos gerontologistas, que analisam a velhice como um processo biológico,
eu estou interessado na velhice como um acontecimento estético. A velhice tem a sua beleza, que é a beleza do crepúsculo.
A juventude eterna, que é o padrão estético dominante em nossa sociedade, pertence à estética das manhãs.
As manhãs têm uma beleza única, que lhes é própria. Mas o crepúsculo tem um outro tipo de beleza, totalmente diferente da beleza das manhãs.
A beleza do crepúsculo é tranquila, silenciosa – talvez solitária. No crepúsculo tomamos consciência do tempo.
Nas manhãs o céu é como um mar azul, imóvel. No crepúsculo as cores se põem em movimento: o azul vira
verde, o verde vira amarelo, o amarelo vira abóbora, o abóbora vira vermelho, o vermelho vira roxo – tudo rapidamente.
Ao sentir a passagem do tempo nos apercebemos que é preciso viver o momento intensamente.
Tempus fugit – o tempo foge – portanto, carpe diem – colha o dia. No crepúsculo sabemos que a noite está
chegando. Na velhice sabemos que a morte está chegando. E isso
nos torna mais sábios e nos faz degustar cada momento como uma alegria única.
Quem sabe que está vivendo a despedida olha para a vida com olhos mais ternos...
Rubem Alves
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“Estou esperando visita
Tão impaciente, aflita
Se você não passa no morro
(eu quase morro, eu quase morro)
Estou implorando socorro
(eu quase morro, eu quase morro)
Vida sem graça se você não passa no morro”
Tribalhistas
“Passe em casa”
https://www.youtube.com/watch?v=XMu8IcY3JUc
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Envelhe-Ser
“Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso que eles escorram entre nós”
Victor Hugo
78
Quais são os desafios que envolvem o cuidado do idoso, na opinião dos alunos? 
Como o psicólogo pode trabalhar temas relacionados à terceira idade: como o abandono familiar, as violências, a sexualidade e a terminalidade da vida?
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