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Teoria Geral do Crime
Profª: Walkyria Carvalho Nunes Costa
Aluno: Josué Elienai Mat: PE23200338
Legítima defesa
Segundo o art. 25 do código penal brasileiro é entendido como legítima defesa quem, ‘usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem'. Desta forma a legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude. Ou seja, o fato sendo praticado em legítima defesa é lícito, e não configura crime.
1- AGRESSÃO INJUSTA 
Segundo a lei; trata-se de ato praticado, pela ação ou omissão de uma atitude humana, a qual coloca em situação de risco um bem jurídico.. . A agressão é injusta por ser contrária ao direito, sem que esta seja totalmente típica, podendo ser real, em que a ofensa existe de forma concreta, ou putativa, na qual o agente supõe a agressão. A agressão ainda pode ser classificada em atual ou iminente: será atual se estiver acontecendo no tempo presente; e será iminente se estiver em momento perto de ocorrer.
De modo geral, a agressão é praticada por meio de uma ação, mas nada impede a sua veiculação por omissão, quando esta se apresenta idônea a causar danos e o omitente tinha, no caso concreto, o dever jurídico de agir. Além disso, a agressão deve ser injusta.
Para que haja configuração da excludente de ilicitude da legítima defesa, é necessário que o agente tenha agido para repelir injusta agressão, atual ou iminente, (como antes mencionado) que não se confunde com agressão futura, sendo que a aquisição de arma de fogo para fins de prevenção de eventual crime não configura a referida excludente.
Além disso deve-se usar de forma moderada os meios necessário para defesa. 
Meios necessários são aqueles que se tem à disposição para repelir a agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, no momento em que a mesma é praticada. A legítima defesa não é desforço desnecessário, mas medida que se destina à proteção de bens jurídicos. Não tem por objetivo punir o tal agressor, por isso deve se ter o cuidado (na medida do possível) para não causar danos desnecessários ou deveras profundo naquele que antes lhe agrediu. Sabemos no entanto que no calor do momento pode se perder essa noção devido as circunstâncias e pode ocorrer de um uso mais enérgico do que seria devidamente necessário. Todavia se este for o único meio disponível e ao alcance do agredido, poderá ser utilizado para repelir o agressor.
Por esse motivo quem age em legítima defesa não comete um crime, e sendo assim, não há pena.
2- CLASSIFICAÇÃO DE LEGÍTIMA DEFESA 
Na atual conjuntura do código penal brasileiro, a legítima defesa pode ser classificada nas seguintes formas:
1- Legítima defesa real: é a que exclui a ilicitude. 
2- Legítima defesa putativa: é a imaginária, trata-se de modalidade de erro (CP, arts. 20, § 1º, ou 21). 
3- Legítima defesa recíproca: é a legítima defesa contra legítima defesa (inadmissível, salvo se uma delas ou todas forem putativas).
4- Legítima defesa sucessiva: é a reação contra o excesso. 
5- legítima defesa própria: quando o agente salva direito próprio. 
6- Legítima defesa de terceiro: quando o sujeito defende direito alheio. 7- legítima defesa subjetiva: dá-se quando há excesso exculpante (decorrente de erro inevitável). 
8- Legítima defesa com erro na execução ou 'aberratio ictus': o sujeito, ao repelir a agressão injusta, por erro na execução, atinge bem de outra pessoa alheia da que o agredia. 
9- Legítima defesa geral: é a prevista no caput do art. 25, cujo reconhecimento se dá quando o sujeito, imbuído do propósito defesa, repelir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio. 10- Legítima defesa especial: é a prevista no parágrafo único do dispositivo, acrescentada pela Lei n. 13.964/2019 (Lei Anticrime), a qual se configura quando o agente de segurança pública repele a agressão ou risco de agressão à vítima mantida refém durante a prática de crimes
3- ALTERAÇAO EM PARÁGRAFO ÚNICO
Com as alterações ocorridas através da Lei nº 13.964/2019, o art. 25 ganhou um parágrafo único, que reforça que atua também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima que é mantida refém durante a prática de crimes. Dessa forma, preenchidos os requisitos do art. 25 (agressão injusta, uso moderado de meios necessários, proteção do direito próprio ou alheio), o agente de segurança pública ao repelir agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes atua em legítima defesa e não em estrito cumprimento do dever legal, o que reforça a ideia de que não há o "estrito cumprimento do dever legal de matar" - exceto nos casos de execução por pena de morte em caso de guerra declarada, conforme o art. 56 do Código Penal Militar.

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