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DIAGNÓSTICO OBJETIVO PRESCRIÇÕES APRAZAMENTO RESULTADOS ESPERADOS Confusão Mental relacionada à dor e retenção urinária evidenciada por percepções incorretas. Promover a orientação e a clareza mental do paciente. -Avaliar e tratar a dor adequadamente conforme prescrição médica. -Proporcionar um ambiente calmo e tranquilo para o paciente. -Avaliação da dor: A cada 4 horas ou conforme necessário. -Suporte emocional contínuo durante a permanência do paciente no hospital. - Alívio da dor e da retenção urinária. - Melhora na orientação e na clareza mental do paciente. Débito Cardíaco Diminuído relacionado à frequência cardíaca alterada, evidenciado por taquicardia. Melhorar o débito cardíaco e normalizar a frequência cardíaca. - Monitorar constantemente a frequência cardíaca, pressão arterial e oxigenação. - Administrar medicamentos para controlar a frequência cardíaca, conforme prescrição médica. - Monitoramento contínuo da frequência cardíaca, pressão arterial e oxigenação. - Administração de medicamentos antiarrítmicos CPM. - Normalização da frequência cardíaca. - Melhora do débito cardíaco. - Estabilidade hemodinâmica do paciente. Padrão Respiratório Ineficaz relacionado à fadiga, evidenciado por hipoxemia Melhorar o padrão respiratório do paciente e otimizar os níveis de oxigenação. - Administrar oxigênio suplementar CPM para manter uma saturação de oxigênio adequada. - Monitorar constantemente os sinais vitais e a saturação de oxigênio. - Administração contínua de oxigênio suplementar CPM. -Monitoramento contínuo dos sinais vitais e da saturação de oxigênio. -Melhora no padrão respiratório. -Aumento dos níveis de oxigenação. -Prevenção de complicações respiratórias. Troca de Gases Prejudicada relacionada a padrão respiratório ineficaz, evidenciado por hipoxemia. Melhorar a troca de gases e corrigir a hipoxemia. - Monitorar os gases sanguíneos para avaliar a eficácia da troca gasosa. - Realizar posicionamento adequado do paciente para facilitar a ventilação. -Monitorar os gases sanguíneos para avaliar a eficácia da troca gasosa. - Realizar mudança de decúbito a cada 2h para garantir o posicionamento adequado do paciente para facilitar a ventilação. - Melhora na troca de gases. - Prevenção de complicações relacionadas à hipoxemia. Retenção Urinária relacionada a diabetes mellitus evidenciada por volume miccional mínimo Promover a eliminação urinária adequada e prevenir complicações associadas à retenção urinária. - Controlar os níveis de glicose no sangue e administrar insulina conforme prescrição médica para controlar a diabetes mellitus. - Monitorar a produção urinária e a presença de sintomas de retenção urinária. - Promover a hidratação adequada do paciente. -Monitoramento a cada 2 horas dos níveis de glicose no sangue e administração de insulina conforme prescrição médica. -Monitoramento constante da produção urinária e dos sintomas de retenção urinária. -Alívio da retenção urinária. -Controle adequado dos níveis de glicose no sangue. -Prevenção de complicações associadas à retenção urinária. --- A.D.T de 72 anos, sexo feminino, foi admitida no PS apresentando um quadro agudo de confusão mental, e queixa de dor abdominal intensa com duas horas de duração. Seu histórico médico inclui obesidade, DM tipo 2, HAS, cardiopatia não especificada, artrose e um histórico de cirurgias prévias, incluindo gastroplastia com banda gástrica e colectomia. Atualmente, estava em tratamento para infecção do trato urinário, relata o uso de enalapril, amlodipino, fluoxetina, sinvastatina, insulina humana, metformina, ácido acetilsalicílico e propranolol. Ao exame físico, a paciente apresentava PA: 90/60 mmHg, FC: 150 bpm, T: 40°C, sudorese, dor à palpação em flanco direito e distensão abdominal. Após a suspeita de sepse, foi iniciado imediatamente o Protocolo de Sepse, que incluiu expansão volêmica com cristaloide e administração precoce de antibiótico (ceftriaxona). Devido à gravidade do quadro, a paciente foi transferida para a UTI, onde foi iniciada ventilação não invasiva e mantida a expansão volêmica com cristaloide. Contudo, mesmo com essas medidas, houve persistência da hipotensão, levando à necessidade de iniciar infusão de noradrenalina. Além disso, a paciente desenvolveu hipoxemia refratária, exigindo intubação orotraqueal. Durante sua estadia na UTI, a paciente continuou a deteriorar, apresentando piora do padrão respiratório, disfunção renal e alterações cardíacas evidenciadas no ecocardiograma (fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 55%, insuficiência mitral mínima, IT biventricular mínima, refluxo mínimo e pressão sistólica da artéria pulmonar de 42 mmHg). Exames laboratoriais revelaram lactato arterial elevado (77 mg/dl) e leucocitose (44.000/mm³). Uma ultrassonografia abdominal identificou a presença de um cálculo não obstrutivo no grupamento calicinal esquerdo e um pequeno derrame pleural no pulmão E. Hemoculturas e uroculturas subsequentes revelaram a presença de Escherichia coli e Escherichia faecalis, resultando na alteração do regime antibiótico para meropenem, linezolide e metronidazol. Em decorrência da gravidade do quadro, a paciente foi submetida a uma laparotomia exploradora para drenagem de abscesso retroperitoneal e lavagem da cavidade. Durante esse período, foi mantido o suporte hemodinâmico com infusões de vasopressores e inotrópicos. Após 60 dias de internação hospitalar, a paciente apresentou melhora significativa, possibilitando sua extubação e a conclusão do tratamento antibiótico. Ela recebeu alta hospitalar com suporte de home-care para continuação do tratamento e reabilitação.