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Estratégia
MED
Prof. Bruno Souza | Síndromes VerrucosasDERMATOLOGIA 2
PROF. BRUNO
SOUZA
APRESENTAÇÃO:
@estrategiamed
/estrategiamedEstratégia MED
t.me/estrategiamed
@profbruno.souza
Olá, Estrategista! Seja muito bem-vindo ao nosso livro 
digital de síndromes verrucosas. Aqui, trataremos das famosas 
doenças que carinhosamente agrupamos no famoso “PLECT”: 
P – Paracoccidioidomicose.
L – Leishmaniose tegumentar americana.
E – Esporotricose.
C – Cromomicose.
T – Tuberculose cutânea.
Essas doenças são agrupadas, pois a apresentação 
clínica cutânea pode ser muito semelhante e apresentam-se 
frequentemente como lesões ulcerovegetantes. Logo, uma 
será diagnóstico diferencial da outra! Abordaremos, portanto, 
apenas os aspectos cutâneos dessas infecções. Os possíveis 
envolvimentos sistêmicos dessas infecções serão abordados nos 
respectivos livros digitais de infectologia. 
Antes de começar, saiba que a maior parte das síndromes 
verrucosas aborda a leishmaniose e a esporotricose. Até o 
momento, encontramos apenas uma questão específica sobre 
cromomicose e, algumas vezes, essa doença surge nas alternativas. 
No caso da tuberculose e da paracoccidioidomicose, elas quase 
sempre são cobradas com um quadro sistêmico que está bem 
detalhadamente descrito no livro digital da infectologia. 
Com essas considerações iniciais, estamos preparados para 
começar. Vamos lá!
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DERMATOLOGIA Síndromes Verrucosas
Prof. Bruno Souza | Curso Extensivo | Junho 2021 3
SUMÁRIO
1.0 PARACOCCIDIOIDOMICOSE 5
2.0 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 7
2.1 AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO DE VIDA 7
2.2 IMUNOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 9
2.3 APRESENTAÇÃO CLÍNICA 10
2.3.1 LEISHMANIOSE CUTÂNEA 10
2.3.2 LEISHMANIOSE MUCOSA 11
2.3.3 LEISHMANIOSE DIFUSA (ANÉRGICA) 12
2.4 DIAGNÓSTICO 13
2.4.1 EXAME DIRETO 13
2.4.2 EXAME HISTOPATOLÓGICO 13
2.4.3 CULTURA 13
2.4.4 TESTE DE MONTENEGRO 14
2.4.5 SOROLOGIA 14
2.5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 15
3.0 LISTA DE QUESTÕES 18
4.0 ESPOROTRICOSE 19
4.1 AGENTE ETIOLÓGICO E TRANSMISSÃO 19
4.2 APRESENTAÇÃO CLÍNICA 19
4.2.1 FORMA CUTÂNEO-LINFÁTICA 20
4.2.2 FORMA CUTÂNEO-LOCALIZADA (FIXA) 21
4.2.3 FORMA CUTÂNEO-DISSEMINADA 21
4.2.4 FORMA EXTRACUTÂNEA 21
4.3 DIAGNÓSTICO 23
4.4 TRATAMENTO 23
5.0 CROMOMICOSE 25
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6.0 TUBERCULOSE CUTÂNEA 27
6.1 FORMAS CLÍNICAS 27
6.1.1 CANCRO TUBERCULOSO (COMPLEXO PRIMÁRIO CUTÂNEO) 27
6.1.2 TUBERCULOSE VERRUCOSA 28
6.1.3 ESCROFULODERMA 28
6.1.4 LÚPUS VULGAR 29
6.1.5 ERITEMA INDURADO DE BAZIN 30
6.2 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 31
7.0 LISTA DE QUESTÕES 32
8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 34
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CAPÍTULO
1.0 PARACOCCIDIOIDOMICOSE
O tema de paracoccidioidomicose está bem explicado e 
aprofundado no livro digital “micoses invasivas” da infectologia. 
Iremos tecer apenas alguns comentários sobre as manifestações 
cutâneas dessa entidade.
De forma resumida, a paracoccidioidomicose é dividida em 
três formas:
Infecção assintomática (ou forma residual): que pode 
permanecer latente ou evoluir com a forma crônica.
Forma aguda/subaguda (também chamada de forma 
juvenil): forma grave, com acometimento principalmente do 
sistema reticuloendotelial (linfonodos, baço e fígado).
Forma crônica (também chamada de forma adulta): a forma 
mais comum (90%), com nítido predomínio de acometimento 
pulmonar. 
O acometimento mucocutâneo pode ocorrer tanto na 
forma aguda/subaguda quanto na forma crônica, sendo que as 
manifestações orais são muito mais frequentes na forma crônica. 
Elas são decorrentes quase sempre de disseminação hematogênica 
do fungo e raramente por inoculação direta cutânea.
O acometimento da mucosa oral obedece a seguinte 
ordem de frequência em ordem decrescente: lábio inferior, 
mucosa jugal, gengivas, palato, amígdalas e língua. O aspecto é de 
placas eritematosas e verrucosas com pontilhados hemorrágicos 
(estomatite moriforme de Aguiar-Pupo).
Quando cair uma questão sobre acometimento cutaneomucoso da paracoccidioidomicose, 
quase sempre será sobre a estomatite moriforme!
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As lesões cutâneas, na maior parte das vezes, estão 
localizadas no segmento cefálico do indivíduo e, em menor 
frequência, nos membros inferiores e tronco. São polimórficas, 
isto é, podem apresentar-se de diversas formas. Porém, o que você 
precisa saber é a forma verrucosa (afinal, estamos agrupando essa 
doença dentro das síndromes verrucosas, não é mesmo?).
São placas eritematosas, infiltradas, verrucosas, podendo 
apresentar áreas de necrose e destruição de cartilagens. 
Algumas vezes, podem apresentar-se de forma semelhante ao 
escrofuloderma (ver a seguir na parte de tuberculose cutânea).
O diagnóstico de certeza é realizado com a visualização 
direta do agente etiológico. Isso pode ser realizado por meio do 
exame micológico direto, do histopatológico ou do isolamento 
por intermédio de meios de cultura. O que visualizamos são os 
múltiplos brotamentos laterais, com o aspecto de “roda de leme”. 
Veja na imagem abaixo:
Fungoscopia do Paracoccidioides brasiliensis
O tratamento está bem explicado no livro digital da infectologia. Em linhas gerais, a droga de escolha é o itraconazol, porém 
sulfametoxazol/trimetoprim é uma opção. A anfotericina B é utilizada principalmente nos casos graves com acometimento sistêmico.
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CAPÍTULO
2.0 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença 
infecciosa, crônica, não contagiosa, causada por diferentes agentes 
protozoários do gênero Leishmania. Por sua alta capacidade 
de produzir deformidades, é considerada uma das seis mais 
importantes doenças infecciosas pela Organização Mundial de 
Saúde. É uma doença que está presente em todos os continentes, 
porém seis países possuem 70% de todos os casos no mundo: 
Brasil, Afeganistão, Argélia, Colômbia, Paquistão e Síria. 
No nosso país, a doença já foi confirmada em todos os 
estados, sendo que os estados das regiões Norte e Nordeste 
apresentam o maior número de casos. Muitos dos casos de 
leishmaniose tegumentar de países desenvolvidos são de indivíduos 
que viajaram para alguma área endêmica.
É considerada uma doença polimórfica, pois pode apresentar-
se de diversas formas clínicas diferentes, podendo acometer tanto 
a pele quanto as mucosas. Acomete indivíduos de ambos os sexos 
e de qualquer faixa etária, porém predomina em homens acima 
de 10 anos de idade. A apresentação clínica dependerá de fatores 
envolvendo o hospedeiro, mas também da espécie da Leishmania 
causadora da infecção. Por isso, é importante que tenhamos uma 
boa noção sobre o parasita e seu ciclo de vida. 
2.1 AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO DE VIDA 
Atualmente existem sete espécies diferentes de Leishmania 
causadoras de LTA no Brasil. Elas são: Leishmania (Viannia) 
braziliensis, Leishmania (Viannia) guyanensis, Leishmania 
(Leishmania) amazonensis, Leishmania (Viannia) lainsoni, 
Leishmania (Viannia) naiffi, Leishmania (Viannia) lindenberg e 
Leishmania (Viannia) shawi. As três primeiras, e que estão em 
destaque, são as mais importantes do ponto de vista epidemiológico.
A Leishmania é um protozoário que possui duas formas 
de vida: promastigota (flagelada e extracelular) e amastigota 
(intracelular e sem movimentos). A primeira forma é encontrada 
no tubo digestivo do mosquito transmissor (conversaremos sobre 
ele a
seguir). Já a segunda forma é intracelular obrigatória e vive 
e multiplica-se dentro dos macrófagos do hospedeiro infectado. 
Não existe ciclo sexual, e a multiplicação de ambas as formas dá-se 
por divisão binária.
O parasita é transmitido por um vetor que é um inseto 
denominado flebotomíneo, popularmente conhecido como 
“mosquito-palha”, “tatuquira” e “birigui”. No Brasil, o gênero de 
flebotomíneo mais importante é a Lutzomyia. 
A LTA é considerada uma doença de mamíferos silvestres 
(roedores, marsupiais, desdentados e primatas). Esses animais, 
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quando infectados, possuem a forma amastigota da Leishmania. 
Quando o mosquito Lutzomyia pica esses animais infectados, 
ele adquire a forma amastigota. Uma vez dentro do mosquito, a 
Leishmania transforma-se em promastigota e multiplica-se. A 
infecção do homem dá-se quando o mosquito infectado inocula as 
formas promastigotas na pele do indivíduo. As formas promastigotas 
alojam-se dentro dos macrófagos e lá se transformam em formas 
amastigotas. Após sucessivas divisões, rompem os macrófagos e 
ficam livres para serem fagocitadas por outros macrófagos ou para 
disseminarem-se, por via linfo-hematogênica, para outros pontos 
da pele e dos tecidos, incluindo as mucosas. O ciclo completa-se 
quando outra fêmea de flebotomíneo pica um humano infectado e 
adquire as formas amastigotas da Leishmania. 
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Entenda que a Leishmania é 
inoculada na pele do paciente na forma 
de promastigota. Posteriormente, um 
mosquito adquire a Leishmania na forma de 
amastigota.
2.2 IMUNOLOGIA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
Para que possamos entender as diferentes formas clínicas 
da LTA, é fundamental que tenhamos uma noção de imunologia. 
Você verá que a maioria dos pacientes apresenta doença localizada. 
Porém, alguns poucos pacientes apresentarão uma forma 
disseminada. Por que isso ocorre? A resposta está na imunologia, 
que explicaremos a seguir.
O primeiro ponto é atentarmos para o fato de que a forma 
infectante da Leishmania é intracelular obrigatória. O tipo de 
imunidade adequada, por regra, para combater esse tipo de 
infecção é a imunidade celular (polo Th1). Nesse tipo de imunidade, 
os linfócitos T liberam citocinas que vão ativar os macrófagos 
(histiócitos) para destruir os agentes intracelulares (nesse caso, a 
forma amastigota da Leishmania). Esses macrófagos conseguem 
se agrupar, formar os granulomas e impedir a doença de 
disseminar-se. Com isso, conseguimos entender que os pacientes 
que predominam com uma imunidade celular ou ficarão curados 
espontaneamente da doença ou apresentarão doença localizada.
Por outro lado, a imunidade humoral (polo Th2) não é eficaz 
contra os agentes intracelulares. Nesse tipo de imunidade, há uma 
grande produção de anticorpos (hipergamaglobulinemia) e não há 
ativação dos histiócitos com capacidade de formar granulomas. 
Daí, conseguimos entender que os pacientes que predominam com 
uma imunidade humoral apresentarão doença disseminada.
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Infecção por
Leishmania
Th1 - Imunidade
celular
Th2 - Imunidade
humoral
Formação de
granulomas -
Doença localizada
Produção de 
anticorpos - 
Doença generalizada
2.3 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Agora que nós sabemos que os pacientes com LTA podem ter doença localizada ou disseminada de acordo com o tipo de imunidade 
predominante, estamos preparados para saber como ela se apresenta na clínica. O período de incubação é de semanas a meses após a picada 
do inseto. Já o envolvimento mucoso pode levar anos para surgir. 
2.3.1 LEISHMANIOSE CUTÂNEA
Essa é a forma clássica e mais comum de LTA e está associada 
a pacientes com boa imunidade celular (polo Th1). O agente 
etiológico mais comum dessa forma é a Leishmania braziliensis. 
O quadro quase sempre é localizado em área exposta (mais fácil 
de picada do mosquito) e inicia-se como uma pequena pápula 
eritematosa que ulcera e passa a ter um crescimento centrífugo. 
A úlcera característica da LTA mede de alguns milímetros a alguns 
centímetros, possui formato arredondado e as bordas são bem 
delimitados, eritematosas e infiltradas. A base (centro da úlcera) é 
eritematosa com tecido de granulação e não há secreção purulenta. 
O quadro é indolor, por isso muitas vezes o paciente demora a 
procurar atendimento médico. 
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A descrição da úlcera da leishmaniose é um dos pontos principais que você precisa saber. 
Portanto, leia novamente e observe bem a fotografia a seguir. A borda é tão bem delimitada que é 
descrita como “borda em moldura de quadro”. Atente-se também para o fato de a lesão ser indolor, 
pois o examinador chamará sua atenção para esse fato nas questões sobre LTA. 
Úlcera típica de leishmaniose tegumentar. Observe as bordas elevadas, 
eritematosas e demarcadas. O fundo é eritematoso e não há secreção 
purulenta. Foto do manual do MS de LTA, de 2017.
2.3.2 LEISHMANIOSE MUCOSA
As lesões da mucosa geralmente são decorrentes da disseminação hematogênica 
da leishmania a partir da úlcera cutânea que discutimos anteriormente. Surgem na 
maioria dos casos em até 2 anos após a lesão primária da pele. A maioria dos pacientes 
com lesão em mucosa referirá lesões de pele antiga que não foram tratadas e que 
cicatrizaram espontaneamente. O nariz é o local mais frequentemente acometido. 
Inicialmente, há eritema e edema do septo nasal e esse septo posteriormente ulcera. 
Há destruição da cartilagem nasal com perfuração do septo e desabamento da estrutura 
nasal. O paciente queixa-se de entupimento, coriza, epistaxe e dor.
Leishmaniose mucosa com lesões ulceradas 
localizadas nas asas do nariz. Foto do manual do 
MS de LTA, de 2017.
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O processo infeccioso pode progredir e acometer o lábio superior, palato duro, palato 
mole, úvula e gengivas. Pode ocorrer eventualmente perfuração do palato, porém isso não é 
comum. Tal comprometimento mucoso pode levar à dificuldade de deglutição e consequente 
desnutrição desses pacientes.
Leishmaniose mucosa com lesões ulceradas 
localizadas nas asas do nariz. Foto do manual 
do MS de LTA, de 2017.
2.3.3 LEISHMANIOSE DIFUSA (ANÉRGICA)
Esse é um tipo raro e grave e está associado àqueles pacientes com imunidade humoral 
(polo Th2). Como esses pacientes não possuem imunidade celular e não reagem contra a 
leishmania, essa forma é chamada de anérgica. Inicia-se como uma pápula ou nódulo único e 
posteriormente há lenta disseminação por grandes extensões cutâneas. Ao exame, há várias 
placas e nódulos não ulcerados, distribuídos amplamente pelo tegumento. Há uma riqueza 
de parasitas nessas lesões.
Como há infiltração cutânea e nódulos não ulcerados, o diagnóstico diferencial é 
realizado com hanseníase virchowiana. Você está lembrado da apresentação clínica da hanseníase virchowiana? Se não estiver, consulte o 
livro (NOME DO LIVRO).
Leishmaniose difusa com nódulos infiltrados 
no pavilhão auricular. O diagnóstico clínico de 
leishmaniose não é fácil. Foto do manual do 
MS de LTA, de 2017.
Leishmaniose difusa com nódulos e placas na 
face, orelhas e membros superiores. Foto do 
manual do MS de LTA, de 2017.
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A leishmaniose cutânea difusa quase sempre é causada pela Leishmania amazonensis. Essa espécie 
tem a capacidade de induzir o sistema imunológico do hospedeiro para o polo Th2 (imunidade humoral) como 
mecanismo de defesa, já que esse polo imunológico não impede a disseminação do parasita intracelular.
2.4 DIAGNÓSTICO
O ideal é que consigamos confirmar laboratorialmente o diagnóstico de LTA. Existem algumas possibilidades de exames complementares 
de que podemos lançar mão para confirmar o diagnóstico. Conversaremos brevemente sobre cada um deles.
2.4.1 EXAME DIRETO
Esse é o exame de primeira escolha quando estamos diante de uma úlcera típica de LTA! É um exame rápido e barato. Consiste 
na escarificação (raspagem) da borda da úlcera, e o material é colocado em uma lâmina. Essa lâmina é corada pelos corantes Giemsa ou 
Leishman, e o material é avaliado ao microscópio em busca das formas amastigotas. Quanto mais antiga a lesão, menor a probabilidade do 
parasita ser encontrado, por isso o ideal é que esse exame seja realizado mais precocemente. 
2.4.2 EXAME HISTOPATOLÓGICO
Em grande parte dos casos, o histopatológico mostra uma dermatite granulomatosa (histiócitos organizados). A visualização dos 
parasitas nem sempre é possível e isso é mais comum quando as lesões mais recentes são biopsiadas.
2.4.3 CULTURA
O material de biópsia da pele ou da mucosa pode ser enviado para cultura. Esse exame não é muito realizado na prática, pois o meio 
de cultura específico para Leishmania é pouco disponível. O material é cultivado em meios de cultivo Ágar Sangue modificado – Neal, Novy 
e Nicolle (NNN) e, após o quinto dia, já é possível visualizar a presença do parasita. No caso da cultura, é a forma promastigota que é 
visualizada! 
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2.4.4 TESTE DE MONTENEGRO
Nós conversamos bastante sobre imunologia da Leishmania. 
Esse teste que iremos discutir agora serve justamente para avaliar 
essa imunidade. Ele é realizado com a injeção intradérmica de 
antígenos de promastigotas mortas na face anterior do antebraço. 
Após 48 a 72 horas da injeção, se houver uma pápula ou área 
infiltrada igual ou maior que 5mm, o teste é considerado positivo. 
E o que um resultado positivo quer dizer? Simplesmente que 
o paciente apresenta boa imunidade celular contra a Leishmania! 
Como os pacientes com LTA localizada possuem boa imunidade 
celular, eles possuem o teste de Montenegro positivo. Já os 
pacientes com Leishmaniose difusa não possuem imunidade 
celular, portanto apresentam teste de Montenegro negativo. 
Entenda que um teste de Montenegro positivo não significa necessariamente doença ativa. 
Ele pode ser positivo em indivíduos provenientes de área endêmica, com sensibilização prévia ou em 
pacientes curados.
2.4.5 SOROLOGIA
Podem ser realizados tanto imunofluorescência indireta (IFI) quanto ELISA, porém a sorologia é pouco utilizada como ferramenta 
diagnóstica e mais para investigação científica. A sensibilidade do ELISA varia entre 90-95%, e da IFI, de 85-90%.
 CAI NA PROVA
(SURCE – CE - 2019) Paciente, masculino, 38 anos, agricultor, procedente de Baturité, procura atendimento médico por apresentar, há 4 
meses, nódulo eritematoso em perna esquerda de crescimento progressivo. Apesar de ter evoluído para úlcera há 1 semana, a lesão continua 
sendo assintomática. Nega outras lesões cutâneas. Nega sintomas sistêmicos. Ao exame dermatológico, observa-se úlcera arredondada com 
2 cm de diâmetro, localizada no terço médio de região pré-tibial da perna esquerda. A lesão é bem delimitada e possui bordas eritematosas 
elevadas e firmes, além de fundo recoberto parcialmente por fina camada de fibrina. Diante do diagnóstico provável para o paciente descrito 
acima, qual a técnica de primeira escolha para a confirmação laboratorial do diagnóstico, nesse caso?
A) Sorologia para leishmania, por apresentar alta sensibilidade e especificidade.
B) Intradermoreação de Montenegro, por sua elevada sensibilidade em lesões precoces.
C) Reação de Polimerase em Cadeia (PCR), por permitir identificação da espécie do parasita. 
D) Escarificação da lesão para pesquisa direta do parasita, por ser rápido e ter alta sensibilidade.
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Comentário:
Nas questões que abordam doenças infecciosas, é sempre importante aproveitar os dados que a banca passa ao candidato sobre 
epidemiologia. Esse caso clínico se passa em Baturité-CE, município onde está situada a Serra de Baturité, que é área de proteção 
ambiental com extensa vegetação e alta endemicidade para leishmaniose tegumentar. Perceba que o examinador descreve a úlcera típica 
relacionada a essa doença. Tendo em mãos as características da lesão e as informações sobre epidemiologia, não há dúvidas de que o 
diagnóstico mais provável para o paciente apresentado no enunciado é leishmaniose tegumentar forma cutânea. 
Incorreta a alternativa A. Acabamos de discutir que a sorologia é pouco utilizada na prática. Esse método não é capaz de distinguir 
infecção pregressa de infecção ativa.
Incorreta a alternativa B. A especificidade do método é baixa. Vimos que um teste de Montenegro positivo não necessariamente significa 
doença ativa. Pode ainda apresentar positividade cruzada com doença de Chagas, esporotricose, hanseníase virchowiana, tuberculose ou 
cromomicose.
Correta a alternativa C. A pesquisa direta do parasita (Leishmania) é o exame mais rápido, de menor custo e de fácil execução, 
sendo definida pelo Ministério da Saúde como método de 1ª escolha para confirmação laboratorial de leishmaniose tegumentar cutânea. 
A probabilidade de encontro do parasita é inversamente proporcional ao tempo de evolução da lesão cutânea, sendo rara após um ano. 
Se houver infecção secundária, essa deve ser tratada primeiramente, a fim de aumentar a sensibilidade do método.
Incorreta a alternativa D. Apesar de ser um método de alta sensibilidade e especificidade, com possibilidade de detecção de DNA do 
parasita mesmo quando há baixa carga parasitária, ainda está relacionada a um alto custo e à necessidade de infraestrutura laboratorial 
especializada. A título de saúde pública, por sua indisponibilidade na maioria dos centros, esse não pode ser considerado o método de 
escolha.
2.5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO
O tratamento de escolha é com a N-metilglucamina 
(glucantime). A dose é de 10-20mg/kg/dia por 20 dias nos casos 
apenas cutâneos e por 30 dias nos casos de envolvimento de 
mucosas. Nos pacientes com leishmaniose difusa, a dose é de 
20mg/kg/dia por 30 dias. A anfotericina B lipossomal é outra opção 
terapêutica. Tanto a OMS quanto a Organização Pan-Americana da 
Saúde recomendam a pentoxifilina como adjuvante no tratamento, 
pois reduz a toxicidade do N-metilglucamina e proporciona cura 
mais rápida. 
Todos os pacientes em uso do glucantime devem ter 
acompanhamento eletrocardiográfico (risco de QT longo) e realizar 
exames laboratoriais como hemograma, função hepática, renal 
e enzimas canaliculares, lipase e amilase (risco de pancreatite 
medicamentosa). O paciente pode queixar-se de mialgias, 
artralgias, cefaleia, anorexia, náuseas e febre. 
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Após o término da terapêutica, os pacientes devem ser 
submetidos ao acompanhamento clínico para avaliação da resposta 
e também para a detecção de possível recidiva após terapia inicial 
bem-sucedida. O critério de cura é clínico e é indicado o seguimento 
do paciente por 12 meses para verificar a resposta terapêutica e 
monitorizar a possibilidade de recidiva.
Forma cutânea – a cura é definida como a epitelização 
completa de todas as lesões e o desaparecimento da crosta, da 
descamação, do eritema e da infiltração. Espera-se que em 90 dias 
após o fim do tratamento haja epitelização completa e após 180 
dias os sinais de crosta, da descamação, do eritema e da infiltração 
desapareçam.
Forma mucosa – o critério de cura é a regressão de todos 
os sinais e idealmente essa é comprovada por exame realizado por 
especialista otorrinolaringologista. Essa regressão completa deve 
ocorrer
em até 6 meses após o término do tratamento. Se não for 
possível o exame por um especialista, o clínico deve ser treinado 
para, pelo menos, realizar rinoscopia anterior e oroscopia.
Até o momento, não existe vacina para prevenir a 
leishmaniose. As medidas que devem ser tomadas são de evitar 
contato com áreas de transmissão em horário de maior atividade 
hematofágica do flebotomíneo (período noturno), usar roupas 
adequadas que protejam partes do corpo que habitualmente ficam 
descobertas e uso de repelentes. Outras medidas consistem no uso 
de telas nas janelas e portas e uso de inseticidas no peridomicílio. 
 CAI NA PROVA
(Universidade Estadual do Pará – UEPA – Santarém 2017) Analisando os itens abaixo, são efeitos colaterais do glucantime: I. Anormalidade 
no ECG; II. Pancreatite; III. Uveítes; IV. Artralgias; V. Impotência. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
A) I, II e V
B) III, IV e V
C) I, II e IV
D) I, II, III, IV e V
E) I
Comentário: 
Questão difícil sobre efeito colateral do glucantime, que, como vimos, é droga de escolha para o tratamento da LTA. Vamos aproveitar para 
ver todos os efeitos adversos citados pelo Ministério da Saúde no Manual de Vigilância de Leishmaniose Tegumentar:
• Mialgias, artralgias, cefaleia, anorexia, náuseas e febre;
• Alterações laboratoriais: aumento de ALT/AST, fosfatase alcalina, amilase, lipase, ureia e creatinina, diminuição da hemoglobina e de 
leucócitos; e
Nos casos de LTA causada por Leishmania guyanensis, a primeira escolha é uma droga chamada 
pentamidina. Essa espécie é mais comum na região Norte, principalmente Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e 
Pará.
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Resposta correta: I, II e IV (alternativa C).
• Alterações no eletrocardiograma (ECG) – aumento na amplitude da onda P, inversão da onda T (ou diminuição da sua altura), alargamento 
do segmento ST, ou prolongamento do intervalo QTc, que é o efeito adverso mais sério e associado à morte.
Vamos analisar os efeitos adversos individualmente.
I. Anormalidade no ECG: afirmativa correta, pois é o efeito adverso mais temido desse medicamento.
II. Pancreatite: afirmativa correta, pois é descrito o aumento de lipase e amilase.
III. Uveítes: afirmativa incorreta, pois não é efeito adverso típico desse medicamento.
IV. Artralgias: afirmativa correta, pois é efeito adverso comum desse medicamento.
V. Impotência: afirmativa incorreta, pois não é efeito adverso típico desse medicamento.
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CAPÍTULO
4.0 ESPOROTRICOSE
A esporotricose é uma infecção fúngica, subaguda ou crônica, cujos agentes etiológicos são fungos do gênero Sporothrix. É uma doença 
cosmopolita, com preferência por países de clima tropical e subtropical, sendo a micose subcutânea mais frequente da América Latina. 
Geralmente, é uma doença localizada no subcutâneo resultante da implantação do fungo no ser humano por traumatismo. Ocasionalmente, 
pode disseminar-se e acometer outros órgãos, especialmente nos pacientes imunodeprimidos. 
4.1 AGENTE ETIOLÓGICO E TRANSMISSÃO
Durante muito tempo, acreditou-se que o único agente da 
esporotricose era o Sporothrix schenkii. Com o desenvolvimento 
de novas técnicas de biologia molecular, percebeu-se que outras 
espécies existem e que, em algumas regiões, são até mais 
importantes. No Sul e Sudeste do Brasil, por exemplo, a principal 
espécie associada à esporotricose é a S. brasiliensis. 
O Sporothrix é um gênero de fungo saprófita, isolado do solo 
e dos vegetais vivos ou em decomposição. É capaz de infectar não 
só humanos, mas também cães e gatos. São fungos termodimorfos, 
isto é, em temperatura ambiente crescem na forma micelar e a 37º 
crescem na forma leveduriforme. 
A esporotricose ficou por muito tempo conhecida como 
“micose da roseira” ou “micose do jardineiro”, pois a infecção 
ocorria, quase sempre, por meio da inoculação do fungo na pele ou 
mucosa mediante um trauma com material vegetal contaminado, 
até que se iniciou um surto de esporotricose transmitida por 
mordedura ou arranhadura de gatos no Sudeste brasileiro, 
principalmente no Rio de Janeiro. Contemporaneamente, essa via 
de transmissão é a principal, do ponto de vista epidemiológico, no 
nosso país. Também é possível a inalação do fungo e essa é a forma 
responsável pelo desenvolvimento de esporotricose pulmonar. 
4.2 APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Existem quatro formas clínicas clássicas associadas à esporotricose. Discutiremos brevemente cada uma na ordem de frequência: 
1. Forma cutâneo-linfática.
2. Forma cutâneo localizada.
3. Forma cutâneo-disseminada.
4. Forma extracutânea.
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4.2.1 FORMA CUTÂNEO-LINFÁTICA
Essa é a forma clássica e mais comum que vemos na prática médica (mais de 80% dos casos). É também a forma mais cobrada nas 
provas de Residência Médica, portanto muita atenção para esta discussão. Dias ou semanas após a inoculação do fungo, surge uma pápula 
ou nódulo que pode ulcerar. Lesões semelhantes passam a surgir ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Pode haver saída de secreção 
purulenta e o paciente pode queixar-se de dor local, porém sintomas sistêmicos não costumam estar presentes. 
Fotografia clássica de esporotricose. Essa paciente adquiriu a 
infecção após arranhadura de um gato doente. A lesão inicial surgiu 
na mão e posteriormente houve o surgimento das demais lesões ao 
longo do trajeto dos vasos linfáticos. Fonte: Arquivo pessoal.
O principal diagnóstico diferencial dessa forma de esporotricose é com a leishmaniose cutânea, que 
em alguns casos pode cursar com lesões seguindo o trajeto dos vasos linfáticos. Muitas vezes, só os testes 
diagnósticos conseguem realizar essa diferenciação. 
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4.2.2 FORMA CUTÂNEO-LOCALIZADA (FIXA)
Como o próprio nome sugere, esse tipo de esporotricose é 
marcado pela presença de uma lesão isolada no ponto de inoculação 
do fungo. Pequenas lesões satélites até podem estar presentes, 
porém não há o trajeto dos vasos linfáticos, como na forma discutida 
anteriormente. Ocorre em pessoas com boa imunidade celular e é 
mais comum na face de crianças e nos membros de adultos.
Clinicamente, há uma placa infiltrada que evolui para nódulo, 
que pode ulcerar e crescer centrifugamente. Em alguns pacientes, a 
lesão adquire aspecto verrucoso, por isso a esporotricose entra no 
diagnóstico diferencial das doenças verrucosas. 
Fotografia de um paciente adulto com esporotricose 
cutâneolocalizada. Fonte: Shutterstock.
4.2.3 FORMA CUTÂNEO-DISSEMINADA
Essa é uma forma rara de esporotricose. Acredita-se que, após a inoculação, haja uma disseminação do fungo por via hematogênica 
nos pacientes com deficiência de imunidade celular. Os pacientes com maior risco de apresentar essa forma são:
• Alcoólatras.
• Diabéticos.
• Pacientes com HIV/AIDS.
Há o surgimento de múltiplas lesões polimórficas com pápulas, nódulos subcutâneos, lesões ulcerovegetantes por toda a pele
do 
paciente. Nessa forma, o paciente apresenta comprometimento do estado geral e sintomas sistêmicos. 
4.2.4 FORMA EXTRACUTÂNEA
Essa é uma forma muito rara, porém qualquer órgão 
pode ser acometido pela esporotricose. Na maioria das vezes, os 
pacientes são imunocomprometidos e o acometimento ocorre 
por disseminação hematogênica. Os olhos são mais comumente 
acometidos, e o paciente pode apresentar conjuntivite, episclerite, 
uveíte, coroidite, lesões retrobulbares, entre outras manifestações. 
A esporotricose também pode acometer o sistema 
osteoarticular, levando à monoartrite, com ou sem lesão 
cutânea associada ou sobrejacente, e a lesões osteolíticas e 
reabsorções ósseas nos casos mais agressivos. Pode ainda haver 
comprometimento dos pulmões, sistema nervoso, nariz, faringe e 
boca. 
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Nós estamos falando de doença transmitida por gato, mas não confunda a esporotricose com 
a doença da arranhadura de gato! A doença da arranhadura de gato é uma doença infecciosa causada 
pela Bartonella henselae. Apresenta-se como uma linfadenopatia de surgimento 2 a 4 semanas depois da 
arranhadura e pode durar de 2 a 6 meses. Um único linfonodo grande, dolorido à palpação e
móvel, com eritema e edema de pele que o recobre, frequentemente é observado na axila. Podemos 
visualizar uma pápula eritematosa no local de inoculação, mas não há a típica distribuição de nódulos 
ascendentes, como nos pacientes com esporotricose.
 CAI NA PROVA
(FMC – RJ – 2019) Pré-escolar é levado ao ambulatório com lesões ulceradas em antebraço esquerdo. As lesões têm evolução de oito semanas, 
a princípio uma pápula que evoluiu para ulceração e com posterior surgimento de uma sequência de outros nódulos que também ulceraram. 
Com esse quadro já foi por duas vezes atendido e medicado com cefalexina e amoxilina com clavulanato de potássio sem melhora das lesões. 
Criança reside na casa da avó que relata contato domiciliar com gato que apresentava lesões de pele e que faleceu na última semana. Restante 
do exame físico sem anormalidades. a história e as lesões são características de:
A) Doença da arranhadura de gato;
B) Toxoplasmose;
C) Paracoccidiodomicose;
D) Esporotricose;
E) Tuberculose;
Comentário: 
Incorreta a alternativa A. Olhe como o examinador tentará confundi-lo! Nem toda doença transmitida pelo gato é a doença da arranhadura 
de gato. Falamos sobre essa doença no início do capítulo.
Incorreta a alternativa B. Na maior parte das vezes, a toxoplasmose causa uma infecção assintomática. As manifestações clínicas, 
quando presentes, são linfadenopatia (especialmente cervical posterior) e sintomas gripais (febre, mal-estar, mialgia). Nos pacientes 
imunocomprometidos, pode haver 
encefalite, meningoencefalite, pneumonite, miocardite, pericardite, miosite e hepatite.
Incorreta a alternativa C. As formas clínicas de paracoccidiodomicose são divididas em: infecção (quando ainda não há manifestação clínica); 
aguda/subaguda (também chamada de juvenil) e forma crônica (que pode ser unifocal ou multifocal); associada à imunossupressão e forma 
sequelar. A forma juvenil acomete mais crianças, adolescentes e adultos com menos de 30 anos de idade e representa menos de 10% dos 
casos. O que marca a forma juvenil é o acometimento do sistema reticuloendotelial, resultando em linfadenopatia, hepatoesplenomegalia 
e acometimento de medula óssea.
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Correta a alternativa D. Esta frase, “uma pápula que evoluiu para ulceração e com posterior surgimento de uma sequência de 
outros nódulos que também ulceraram”, deve fazer você suspeitar de esporotricose! Há ainda história de contato com gato, o que aumenta 
muito a probabilidade desse diagnóstico! Lembre-se bem dessa descrição.
Incorreta a alternativa E. A tuberculose cutânea pode apresentar-se de várias formas. As mais comuns são o escrofuloderma e o lúpus 
vulgar. A primeira é caracterizada pela supuração de um foco profundo (geralmente um linfonodo). Já a segunda se apresenta como uma 
placa eritematoinfiltrada com aspecto em geleia de maçã, mais frequentemente localizada na face.
4.3 DIAGNÓSTICO
Nos casos típicos de esporotricose cutâneo-linfática, o diagnóstico é fácil. Porém, nas outras formas clínicas, até mesmo a suspeição 
clínica é difícil. O padrão-ouro para confirmação diagnóstica de esporotricose é a cultura. Podemos fazer um aspirado da lesão ou retirar 
um fragmento de pele e colocar o material no meio de ágar Sabouraud. O fungo costuma crescer em uma semana, porém em alguns casos 
pode demorar alguns dias a mais. 
O meio de cultura ágar Sabouraud é o mais utilizado para o crescimento de fungos. É um meio rico 
em dextrose que favorece o crescimento tanto de fungos leveduriformes quanto de micélios. Podemos 
cultivar nesse meio fungos dermatófitos, cândidas, paracoco, esporotricose, criptococose...
No histopatológico, não é fácil a visualização do fungo. O que geralmente visualizamos é uma dermatite granulomatosa e supurativa. 
Para aumentar a sensibilidade, podemos utilizar colorações especiais para fungo (PAS ou Grocot). A reação em cadeia de polimerase (PCR) 
pode ser utilizada também, porém é pouco disponível na prática e mais utilizada em pesquisas. Os testes de sorologia ainda não estão 
incorporados na rotina, pois a sensibilidade e especificidade dos testes variam muito.
4.4 TRATAMENTO
O tratamento de escolha para a maior parte dos casos é o itraconazol na dose de 100 a 200mg/dia. O tratamento deve ser mantido 
por até 2 semanas após a melhora clínica de todas as lesões, o que leva entre 3 a 6 meses de tratamento total. A taxa de resposta com essa 
terapêutica é de praticamente 100%. Outras opções terapêuticas são a terbinafina e o iodeto de potássio. 
Nos casos de gestantes infectadas pela esporotricose, o tratamento indicado é o uso de calor local 
com compressas quentes. Essas pacientes não devem utilizar itraconazol ou terbinafina, e o calor local é 
um bom tratamento contra a esporotricose. Uma outra opção é o uso de anfotericina lipossomal.
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Nos casos de esporotricose disseminada, o tratamento de escolha é a anfotericina lipossomal. A anfotericina deoxicolato pode ser 
considerada, principalmente naqueles pacientes sem risco de insuficiência renal. Quando o paciente apresenta melhora clínica, podemos 
trocar a anfotericina pelo itraconazol. Nos casos de pacientes com HIV, o itraconazol deve ser mantido por pelo menos 1 ano após a contagem 
de CD4 estar maior que 200 células/microL.
A solução saturada de iodeto de potássio é utilizada para tratamento da esporotricose há muitos 
anos, porém até hoje não sabemos qual é o mecanismo de ação desse tratamento! O fato é que os 
pacientes melhoram com essa terapêutica! 
Lembra-se da nossa paciente com esporotricose cutâneo-linfática apresentada anteriormente? Essa é 
a fotografia com cura clínica após 6 meses de terbinafina. Perceba que o eritema pode continuar, mas 
não há mais nódulos, secreção purulenta ou infiltração! Fonte: Arquivo pessoal.
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CAPÍTULO
5.0 CROMOMICOSE
Como comentamos no início do livro digital, até o momento 
encontramos apenas uma questão especificamente sobre esse 
tema. Por isso, seremos breves na nossa discussão.
A cromomicose (cromoblastomicose) é uma micose 
subcutânea crônica causada por fungos demáceos (pigmentados) 
e predomina em regiões tropicais e subtropicais. Existem várias 
espécies responsáveis, sendo que a Fonsecaea pedrosoi é a mais 
comum. Outras possíveis causadoras são Phialophora verrucosa, 
Cladophialophora carrionii, Rhinocladiella aquaspersa e Exophiala 
spinifera. Tais fungos são saprófitos,
tendo sido isolados em solo, 
vegetais e madeiras. 
Geralmente, acomete homens entre 30 e 50 de idade e 
que realizam trabalhos rurais. Acredita-se que a infecção se dê 
por inoculação direta, isto é, o indivíduo apresenta um traumatismo na pele e o fungo é inoculado no subcutâneo. Por isso, os membros 
superiores e inferiores são os locais mais afetados, pois são os mais frequentemente traumatizados. 
Clinicamente, a forma mais comum é de placas com superfície áspera e aspecto exofítico e verrucoso. Essas lesões lentamente crescem 
centrifugamente e podem atingir grandes dimensões. Com a evolução, pode haver surgimento de tumorações.
Placa eritematosa com superfície verrucosa localizada no antebraço direito. 
Esse paciente havia sido submetido à cirurgia de amputação por um carcinoma 
espinocelular que surgiu sobre uma lesão de cromomicose, porém houve 
recidiva da infecção no coto do antebraço. Fonte: Arquivo pessoal.
Você se lembra de que, no nosso livro digital de câncer de pele, falamos que o carcinoma 
espinocelular pode surgir de inflamação cutânea crônica?? Pois é, essas infecções fúngicas crônicas podem 
evoluir com o surgimento de um carcinoma espinocelular. É preciso estar ligado a essa informação!
O diagnóstico é feito mediante identificação do fungo. 
Isso pode ser feito por meio de um exame micológico direto, no 
histopatológico, ou pela cultura de fragmento da lesão. Os fungos 
são visualizados como estruturas arredondadas, isoladas ou 
agrupadas, de coloração amarronzada, apresentando o aspecto 
de "grão de café". São chamadas de células muriformes, corpos 
escleróticos, corpos fumagoides ou corpúsculos de Medlar.
Corpos fumagoides da cromomicose. Essas estruturas podem ser vistas 
tanto no exame micológico direto quando na biópsia cutânea.
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O tratamento é difícil e muitas vezes ineficaz. Se a lesão for localizada, a excisão cirúrgica parece ser a melhor opção. Também pode 
ser realizada criocirurgia com nitrogênio líquido. Do tratamento clínico, a melhor opção é o uso de antifúngicos, sendo o itraconazol o mais 
utilizado.
CAI NA PROVA
(UNICAMP – SP – 2018) Homem, 43a, lavrador, apresenta placa verrucosa na perna direita de crescimento progressivo há cinco anos. A lesão é 
indolor e tem odor desagradável.
Anatomopatológico: dermatite crônica granulomatosa com estruturas acastanhadas à hematoxilina e eosina. 
O DIAGNÓSTICO É:
A) Cromoblastomicose.
B) Paracoccidioidomicose.
C) Leishmaniose.
D) Esporotricose.
Comentário: 
Correta a alternativa A. Perceba que fica claro que a questão é sobre síndromes verrucosas, portanto sobre as PLECT. A grande 
chave para acertar a questão é perceber que a descrição de estruturas acastanhadas à hematoxilina e eosina é a dos corpos fumagoides 
da cromomicose!
Incorreta a alternativa B. A paracoccidioidomicose é vista no tecido no padrão roda-de-leme que descrevemos anteriormente. 
Incorreta a alternativa C. Na biópsia de pele, as formas amastigotas podem ser vistas como pequenas estruturas arredondadas dentro dos 
macrófagos da pele.
Incorreta a alternativa D. O Sporothrix raramente é visto na biópsia de pele. O diagnóstico é firmado pela identificação na cultura.
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CAPÍTULO
6.0 TUBERCULOSE CUTÂNEA
Caro Estrategista, neste livro digital discutiremos apenas os 
aspectos específicos da tuberculose cutânea. As informações sobre 
o Mycobacterium tuberculosis, as outras formas de tuberculose, 
exames (incluindo PPD) e tratamento você irá encontrar no livro 
digital de infectologia.
A tuberculose cutânea não é comum na vida prática e pouco 
é cobrada nas provas de Residência Médica. É muito raro acharmos 
uma questão especificamente sobre esse tema. Na maior parte das 
vezes, a tuberculose cutânea entra como diagnóstico diferencial na 
questão, porém não é a resposta do caso clínico.
O M. tuberculosis pode atingir a pele e levar à infecção cutânea 
por via endógena (a partir de disseminação de focos internos) ou 
por via exógena (principalmente traumatismos). Existem diversas 
formas clínicas de tuberculose cutânea, e a apresentação clínica 
dependerá da forma de infecção cutânea (se endógena ou exógena) 
e do tipo de imunidade do indivíduo infectado. Não se preocupe, 
pois iremos tratar sobre as formas clínicas com maior chance de 
serem cobradas nas provas de Residência Médica!
6.1 FORMAS CLÍNICAS
6.1.1 CANCRO TUBERCULOSO (COMPLEXO PRIMÁRIO CUTÂNEO)
Da mesma forma que ocorre na primo-infecção pulmonar, 
podemos ter a formação do complexo primário tuberculoso 
cutâneo. Isso ocorre quando há inoculação direta do bacilo de Koch 
na pele (por um traumatismo, por exemplo) em um indivíduo não 
previamente infectado pela tuberculose. 
Clinicamente, há o surgimento de uma pápula no local de 
inoculação que posteriormente ulcera. Por disseminação linfática, 
o M. tuberculosis alcança a cadeia linfonodal mais próxima e surge 
uma linfonodomegalia de 3 a 8 semanas após o surgimento da lesão 
cutânea. Observe a ilustração abaixo para melhor entendimento! 
Paciente com cancro tuberculoso. Note a úlcera e a 
linfonodomegalia ipsilateral. Esse é o complexo primário na 
pele.
Cancro tuberculoso (complexo primário) = pápula/úlcera + linfadenopatia ipsilateral.
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6.1.2 TUBERCULOSE VERRUCOSA
Atenção, Estrategista! Essa é a forma de tuberculose cutânea 
em que devemos pensar quando estamos diante de uma síndrome 
verrucosa! Ela também resulta da inoculação cutânea direta do 
M. tuberculosis. Porém, nesse caso o indivíduo já foi previamente 
infectado/sensibilizado pelo bacilo de Koch, por isso não há 
disseminação linfática e envolvimento ganglionar! Logo, o PPD 
desses pacientes é positivo.
Como o mecanismo é uma inoculação direta, os locais mais 
comuns de acometimento são os pés e as mãos. Clinicamente, há 
uma placa verrucosa, irregular, com crescimento lento. Podem ser 
múltiplas, mas na maior parte das vezes é única. Placa verrucosa na mão de um paciente com tuberculose verrucosa.
Tuberculose verrucosa = síndrome verrucosa sem acometimento linfonodal + PPD positivo.
6.1.3 ESCROFULODERMA
Fique ligado, essa é a forma de tuberculose cutânea mais comum no Brasil! Ela 
ocorre quando um foco de tuberculose interna (geralmente ganglionar) afeta a pele por 
contiguidade. Em outras palavras, um paciente apresenta uma tuberculose linfonodal e 
esse linfonodo vai crescendo até atingir e acometer a pele adjacente.
Clinicamente, inicialmente há o surgimento de um nódulo eritematoso aderido à 
pele. Posteriormente, esse nódulo apresenta flutuação e há saída de secreção purulenta. 
Depois, pode haver formação de cicatrizes fibrosas. 
Ilustração de um paciente com 
escrofuloderma. Note o linfonodo 
aumentado de volume com eritema 
sobrejacente. Depois, há o rompimento desse 
linfonodo com saída de secreção purulenta.
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Escrofuloderma = nódulos com supuração em topografia linfonodal.
6.1.4 LÚPUS VULGAR
Essa é a forma de tuberculose cutânea mais comum nos 
países desenvolvidos! Acomete indivíduos com boa imunidade 
celular (PPD positivo) contra o M. tuberculosis e ocorre por 
disseminação hematogênica de um foco interno de tuberculose.
Há uma placa eritematosa, infiltrada e destrutiva que 
apresenta crescimento lento. Quando é realizada a vitropressão 
(compressão com lâmina de vidro), a lesão adquire um aspecto 
vermelho-amarelado (em “geleia de maçã). Geralmente, localizam-
se em áreas expostas, principalmente na face.
Placa eritematosa, infiltrativa, localizada na face de um paciente com lúpus 
vulgar.
Lúpus vulgar = placa eritematosa em “geleia de maçã” + disseminação
hematogênica.
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Existem algumas doenças na Medicina que recebem o nome de lúpus. Não se confunda!!
Lúpus eritematoso = doença reumatológica com acometimento de diversos órgãos, incluindo a 
pele.
Lúpus pérnio = forma cutânea de sarcoidose.
Lúpus vulgar = forma de tuberculose cutânea que acabamos de comentar.
6.1.5 ERITEMA INDURADO DE BAZIN
Essa é uma forma de tuberculose que acomete a hipoderme. 
Caracteriza-se por nódulos eritematosos, subcutâneos, que se 
localizam principalmente nas panturrilhas. Esses nódulos podem 
apresentar ulceração, supuração e, posteriormente, deixam uma 
cicatriz residual. As lesões tendem a regredir espontaneamente e a 
ficar aparecendo em surtos. Quando esse diagnóstico é realizado, 
devemos investigar focos de tuberculose interna, principalmente 
tuberculose pulmonar.
Ilustração mostrando o eritema indurado de Bazin. Note os 
nódulos ulcerados localizados principalmente nas panturrilhas.
Eritema indurado de Bazin = nódulos subcutâneos na panturrilha com supuração.
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No nosso livro digital “miscelânea”, nós estudamos sobre a forma mais comum de paniculite, 
que é o eritema nodoso!! O eritema indurado de Bazin é outra forma de paniculite, e é importante 
que saibamos as diferenças clínicas entre eles.
O eritema nodoso é caracterizado por nódulos eritematosos localizados na região prétibial. 
Não há ulceração, supuração e nem formação de cicatrizes. Já o eritema de Bazin se localiza mais na 
panturrilha e há ulceração! Decore essas diferenças.
6.2 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
De forma geral, o diagnóstico das tuberculoses cutâneas 
não é fácil. A biópsia cutânea, geralmente, mostra uma dermatite 
granulomatosa (rica em macrófagos), mas a visualização do agente 
etiológico não é comum. As culturas possuem uma sensibilidade 
baixa e os testes moleculares (PCR) são pouco disponíveis na prática 
médica. Todos esses métodos estão pormenorizados no livro digital 
de infectologia para seu aprofundamento. 
Como comentamos no início da nossa discussão, não iremos 
nos aprofundar no esquema terapêutico, pois isso também está 
no livro digital da infectologia. Mas, por linhas gerais, o tratamento 
da tuberculose cutânea é realizado no esquema do Ministério da 
Saúde com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol por 
2 meses e depois 4 meses de rifampicina e isoniazida.
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8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Dermatologia na prática Médica/José Alexandre de Souza Sittar, Mario Cezar Pires – São Paulo: Roca, 2007. ISBN 978-85-7241-695-5.
2. Tratado de dermatologia/editores Walter Belda Junior, Nilton di Chiacchio, Paulo Ricardo Criado. – 2. Ed. – São Paulo: Editora Atheuneu, 
2014.
3. Dermatologia/Jean L. Bolognia, joseph L. Jorizzo, Julie V. Schaffer; organização Célia Luiza Petersen Vitello Kalil; tradução Adriana de 
Carvalho Corrêa ..e. [et al.]. – 3. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
4. Wolff, K., Goldsmith, L., Katz, S., Gilchrest, B., Paller, AS., & Leffell, D. (2011). Fitzpatrick's Dermatology in General Medicine, 8th Edition. 
New York: McGraw-Hill.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de 
vigilância da leishmaniose tegumentar [recurso eletrônico]/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de 
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 189 p. : il.
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CAPÍTULO
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim de mais um livro digital. Esse tema é muito importante nas provas de Residência Médica. Aprenda bem a descrição 
clínica da lesão da leishmaniose, sobre como é realizado o diagnóstico e como é o tratamento. Esses são os principais pontos para acertar a 
maior parte das questões!
Em caso de dúvidas, não hesite em nos contatar!
Contatos:
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	1.0 Paracoccidioidomicose
	2.0 Leishmaniose tegumentar americana
	2.1 Agente etiológico e ciclo de vida 
	2.2 Imunologia da leishmaniose tegumentar
	2.3 Apresentação clínica
	2.3.1 Leishmaniose cutânea
	2.3.2 Leishmaniose mucosa
	2.3.3 Leishmaniose difusa (anérgica)
	2.4 Diagnóstico
	2.4.1 Exame direto
	2.4.2 Exame histopatológico
	2.4.3 Cultura
	2.4.4 Teste de Montenegro
	2.4.5 Sorologia
	2.5 Tratamento e prevenção
	3.0 LISTA DE QUESTÕES
	4.0 Esporotricose
	4.1 Agente etiológico e transmissão
	4.2 Apresentação clínica
	4.2.1 Forma cutâneo-linfática
	4.2.2 Forma cutâneo-localizada (fixa)
	4.2.3 Forma cutâneo-disseminada
	4.2.4 Forma extracutânea
	4.3 Diagnóstico
	4.4 Tratamento
	5.0 Cromomicose
	6.0 Tuberculose cutânea
	6.1 Formas clínicas
	6.1.1 Cancro tuberculoso (complexo primário cutâneo)
	6.1.2 Tuberculose verrucosa
	6.1.3 Escrofuloderma
	6.1.4 Lúpus vulgar
	6.1.5 Eritema indurado de Bazin
	6.2 Diagnóstico e tratamento
	7.0 LISTA DE QUESTÕES
	8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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