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FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O PROGRAMA APRENDER VALOR PERCURSO IAV – INTRODUÇÃO AO APRENDER VALOR 2 Sumário PERCURSO 1 – INTRODUÇÃO AO APRENDER VALOR: O PROGRAMA NA Aula 1 – O programa Aprender Valor e o protagonismo docente ............................................9 Aula 2 – A Educação Financeira e os Temas Contemporâneos Transversais na BNCC .. 18 Aula 3 – Itinerário formativo em Educação Financeira ..............................................................28 PERSPECTIVA DO PROFESSOR.....................................................................................8 3 Percurso 1 – Introdução ao Aprender Valor: o programa na perspectiva do professor H CARGA HORÁRIA: 15 HORAS Apresentação Professor, você já parou para pensar sobre o quanto as suas escolhas financeiras têm influência direta em sua vida, na de sua família e na sociedade como um todo? Você certamente já deve ter recebido, em algum momento, propostas que afetam o seu bolso. Essas propostas vêm em forma de panfletos, ligações telefônicas, mensagens virtuais, anúncios, entre outros. Refletir sobre essas decisões financeiras e sobre o gerenciamento dos próprios recursos tem se tornado uma questão cada vez mais urgente e necessária, no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Por isso, o foco do Aprender Valor está na Educação Financeira comportamental. Ela propõe uma mudança de atitude em relação ao dinheiro, incentivando a adoção de hábitos e posturas responsáveis, autônomas e conscientes. O desafio de trazer esse debate para o espaço escolar aparece, inclusive, nos documentos orientadores, como é o caso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mais do que saber calcular juros e porcentagens, o Aprender Valor quer ajudar a preparar os estudantes para tomarem boas decisões financeiras no cotidiano, de modo a atingir os seus objetivos de vida. É com essa perspectiva que apresentamos a você, nesta Introdução, o desenho previsto para o programa e o seu papel na execução do Aprender Valor. Além disso, são abordadas reflexões sobre os temas contemporâneos transversais na BNCC e, ainda, como a gestão de finanças pessoais pode ser uma importante aliada no seu trabalho com o tema. Assim, você será capaz de executar projetos escolares com Educação Financeira de maneira autônoma e representativa. Afinal de contas, você é o protagonista das ações educativas em sala de aula! 4 Formação de Professores AULA 1 – O PROGRAMA APRENDER VALOR E O PROTAGONISMO DOCENTE I Apresentação Professor, o programa Aprender Valor oferece projetos escolares com Educação Financeira e busca apoiá-lo na execução desses projetos em sala de aula. Esta primeira aula sistematiza as principais informações sobre a inserção do programa na escola, a fim de ajudá-lo a melhor organizar o trabalho necessário para garantir o sucesso dos projetos. Além disso, apresenta o seu percurso formativo neste Desenvolvimento Profissional. Aqui, estão descritas as etapas do seu itinerário: a formação necessária para executar as ações do Aprender Valor na sala de aula e a formação em Educação Financeira pessoal. t Objetivo Sintetizar a proposta do programa Aprender Valor e o protagonismo docente nas ações do programa. t Ao final desta aula, você deve ser capaz de: • Identificar as principais características, os objetivos e a estrutura do programa Aprender Valor. • Reconhecer as ações esperadas do professor no âmbito do programa. • Compreender o percurso formativo do Desenvolvimento Profissional para professores. t Recurso(s) complementar(es): • Matrizes de competências de Educação Financeira (P • Matriz de referência de Educação Financeira (Primeira versão, 2020). rimeira versão, 2020); 10 SumárioFormação de Professores Informações gerais sobre o Aprender Valor Com o intuito de apresentar a você a estrutura do Aprender Valor, trazemos um conjunto de informações úteis para as atividades a serem desempenhadas no programa. Essas informações estão estruturadas em forma de perguntas e respostas para facilitar o seu acesso a este conteúdo, sempre que necessário. Incluindo o orçamento na sua rotina: o cuidado com o seu dinheiro. t Qual é o objetivo do Aprender Valor? O objetivo central é levar o tema contemporâneo Educação Financeira, de forma transversal e integrada a outros componentes curriculares, como prevê a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aos estudantes de Ensino Fundamental de escolas públicas brasileiras. t O que o programa coloca à disposição dos professores? O programa disponibiliza orientações, formações, avaliações, materiais didáticos (projetos escolares) para que você possa incluir ações relacionadas à Educação Financeira no cotidiano da sala de aula. Essas ações têm como horizonte o desenvolvimento das habilidades e competências referentes à Educação Financeira para cada ano do Ensino Fundamental, com base numa matriz de competências específica para o tema. t O itinerário formativo do desenvolvimento profissional O percurso formativo para professores Diante do seu desafio de acompanhar a implementação do programa Aprender Valor na escola, é importante conhecer os aspectos gerais que dizem respeito ao percurso formativo que será oferecido aos professores. Essa formação está dividida em dois cursos: 1) Formação de Professores Introdução ao Aprender Valor: o programa na perspectiva do professor Aqui, são apresentados, em formato de aulas, o desenho do programa, a Educação Financeira como tema transversal na BNCC e a importância da formação em finanças pessoais, inclusive para o trabalho pedagógico com o tema Educação Financeira. 11 SumárioFormação de Professores Na parte 1 do percurso, são abordados tanto a estrutura dos projetos escolares com Educação Financeira quanto o referencial de base para estruturar esses projetos (transversalidade, habilidades socioemocionais e a primeira versão da matriz de competências de Educação Financeira, de 2020). Na etapa 2, são oferecidas informações práticas de como implementar os projetos escolares com Educação Financeira nas turmas de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e dos Anos Finais, de acordo com cada componente curricular e etapa. Nesse final do seu itinerário formativo, na parte que chamamos de específica, você poderá escolher entre algumas opções: c omo aplicar projetos escolares c om Educação Financeira para as turmas dos Anos Iniciais, em que há maior integração entre os componentes curriculares (principalmente Língua Portuguesa e Matemática); ou como aplicar projetos escolares para turmas dos Anos Finais, em Língua Portuguesa ou Matemática ou Ciências Humanas. Atenção: para o 5º ano, por ser uma etapa de transição, os projetos escolares foram criados com a mesma lógica dos Anos Finais, ou seja, para o 5º ano, o programa oferece projetos escolares de Língua Portuguesa, ou de Matemática, ou de Ciências Humanas, todos com Educação Financeira. Ao fim desse percurso formativo, você terá uma perspectiva do Aprender Valor e do seu papel na escola em relação ao programa. Seja qual for seu contexto, a escola tem papel fundamental na formação de cidadãos e o aprendizado da Educação Financeira é parte importante nesse processo. O programa é seu aliado nesse desafio. Contamos com seu protagonismo e sua responsabilidade social para levar Educação Financeira às salas de aula, consciente de que esse é um passo importante, capaz de mudar trajetórias e multiplicar sonhos. Aprender Valor na sala de aula: proposta de execução de projetos escolares com Educação Financeira E, por fim, voltada para o ensino da Educação Financeira em sala de aula, está prevista uma formação mais prática, dividida em duas etapas: uma geral sobre Educação Financeira e projetos escolares transversais; e outra específica, escolhida pelo professor, conforme a(s) turma(s) e o(s) componente(s) curricular(es) em que leciona. 2) Educação Financeira Pessoal: ação estratégica para desenvolvercompetências e promover mudanças No percurso formativo em Educação Financeira pessoal, são abordados os fundamentos básicos do tema: o que é (e o que não é) Educação Financeira; a importância de falar sobre o dinheiro; os custos de oportunidade na sociedade; o papel das nossas emoções e dos nossos desejos nas decisões que envolvem o dinheiro; a relação entre ganhos e gastos; a importância de planejar o uso de recursos, poupar ativamente e gerenciar o uso do crédito. Esse percurso de finanças pessoais também é extensivo aos gestores, de forma opcional. 12 SumárioFormação de Professores Quem participa do programa? O programa Aprender Valor está sendo implementado desde 2020. Começou como uma experiência piloto, com estados e escolas selecionados, Em junho de 2021, ele foi aberto para a participação de todas as redes de ensino estaduais e municipais e das escolas públicas de Ensino Fundamental do Brasil. A partir de 2024, o Aprender Valor abriu suas portas para todas as escolas brasileiras, públicas e privadas Dessa forma, professores, diretores e técnicos de secretarias das escolas que aderirem ao programa serão os responsáveis por viabilizar a implementação do programa Aprender Valor, junto aos estudantes de todo o país. Não se esqueça: o seu comprometimento e a sua responsabilidade são fundamentais para que os objetivos do programa sejam alcançados e para que ele seja aprimorado com as suas ideias, fazendo com que cada vez mais escolas, professores e estudantes possam se beneficiar dessa iniciativa. t Por que a parceria entre a escola e o Aprender Valor é importante? Porque aproxima o tema Educação Financeira dos estudantes, de você e dos gestores escolares, de modo a ampliar a consciência das escolhas e do gerenciamento dos recursos financeiros em suas vidas, considerando que esses conhecimentos são essenciais para uma vida financeira saudável e sustentável. Como o Aprender Valor apoia o trabalho pedagógico na escola? Professor, o seu trabalho em sala de aula é fundamental para o sucesso dos projetos escolares. É você quem dá vida à Educação Financeira na escola, produzindo e difundindo o conhecimento financeiro entre os estudantes. O programa Aprender Valor tem duplo papel no sentido de apoiar o trabalho pedagógico das escolas. Primeiro, porque é uma maneira de facilitar a implementação da própria BNCC, já que as competências e habilidades previstas pelos projetos de Educação Financeira foram estabelecidas tendo a BNCC como referência. Em segundo lugar, o Aprender Valor contribui para que as práticas pedagógicas em sala de aula sejam repensadas e transformadas. As atividades de ensino propostas favorecem a interdisciplinaridade e a transversalidade. Desse modo, colabora para o trabalho da equipe escolar a fim de garantir o direito de aprender dos estudantes. O programa oferece diversos recursos educacionais que podem apoiar a atividade docente, por meio de um tema contemporâneo que é primordial para a sociedade como um todo. 13 SumárioFormação de Professores O que são as matrizes de Educação Financeira do Aprender Valor? Para a implementação do programa Aprender Valor em sala de aula, foi elaborada, em 2020, a primeira versão da matriz de competências de Educação Financeira. Essa matriz traz um conjunto de habilidades de Educação Financeira para cada etapa do Ensino Fundamental. MATRIZ DE REFERÊNCIA O termo matriz de referência, adotado no contexto da avaliação educacional, diz respeito ao documento em que são elencadas as habilidades a serem avaliadas nos testes padronizados de desempenho (denominadas descritores). O documento norteia a elaboração dos itens e também as devolutivas pedagógicas, ao descrever as habilidades essenciais para desenvolvimento e passíveis de serem medidas em itens unidimensionais de múltipla escolha. Como os projetos escolares com Educação Financeira do Aprender Valor estão organizados? Apropriar-se da organização dos projetos escolares com Educação Financeira é uma ação indispensável para que você possa aplicá-los em sala de aula e, com isso, realizar um movimento consistente de gestão do currículo. Os projetos estão disponíveis em forma de sequências didáticas, que mobilizam, de maneira integrada, habilidades da BNCC e habilidades de Educação Financeira definidas na matriz de competências do Aprender Valor, desenvolvendo ainda habilidades socioemocionais a elas relacionadas. São duas as categorias de projetos escolares elaborados pelo Aprender Valor. A primeira abarca os ‘projetos gerais’, que servem como introdução à Educação Financeira e perpassam os três grandes tópicos – planejamento e uso dos recursos (PLA), poupança ativa (POU) e uso do crédito (CRE) – com carga horária de 8 horas em sala de aula cada um. A outra categoria de projetos contempla o que chamamos de ‘específicos’. São aqueles que podem trazer apenas um dos tópicos de Educação Financeira, de maneira mais aprofundada, com carga horária entre 8 e 10 horas cada projeto. 14 SumárioFormação de Professores O ideal é que, para que uma turma tenha acesso a um dos projetos específicos, ela já tenha passado por um projeto geral, para que conheça, mesmo que de forma menos aprofundada, os três grandes tópicos. É importante esclarecer que os projetos estão distribuídos também de acordo com a etapa do Ensino Fundamental (1º ao 9º anos) e com o(s) componente(s) curricular(es) ao(s) qual(is) se referem (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas). Ao definir o projeto a ser trabalhado, você tem em mãos um material estruturado com os dados que identificam o projeto, os objetos e as habilidades a serem trabalhados, as informações gerais sobre ele e, por fim, o detalhamento das sequências didáticas (as aulas previstas). Qual é o papel das avaliações de desempenho do Aprender Valor? Durante cada ciclo avaliativo, os alunos participantes de algumas das etapas escolares do programa serão submetidos a duas avaliações de aprendizagem (uma de entrada e outra somativa). Idealmente, são avaliadas turmas de 3º, 5º, 7º e 9º anos. As avaliações serão compostas de dois cadernos de testes: um de Língua Portuguesa e Matemática, e um de Letramento Financeiro. Essas avaliações servem também como diagnóstico da aprendizagem dos alunos na escola. Então, lembre-se: sua escola deve se preparar para os dias de aplicação dos testes nas turmas de etapas avaliadas que estiverem participando do Aprender Valor. O diretor da escola é o responsável por organizar o processo avaliativo e, posteriormente, compartilhar os resultados das avaliações e os gabaritos com a equipe pedagógica. Avaliação de entrada É uma avaliação realizada antes do processo de aprendizagem, com a função de obter informações sobre os conhecimentos, as aptidões e as competências dos estudantes na linha de base. No programa Aprender Valor, tem como objetivo diagnosticar as competências dos estudantes em Língua Portuguesa, Matemática e Letramento Financeiro antes da implementação dos projetos escolares. Avaliação somativa É um tipo de avaliação que ocorre, em geral, ao final do processo de aprendizagem, com a finalidade de verificar o que o aluno efetivamente aprendeu. No caso do Aprender Valor, terá como foco Língua Portuguesa, Matemática e Letramento Financeiro. As avaliações têm o objetivo de analisar o efeito do processo de aprendizagem nos níveis de conhecimento dos estudantes, além de permitir identificar eventuais lacunas e oportunidades de aprimoramento no desenho do programa. 15 SumárioFormação de Professores Qual é a sequência de execução do programa? Na qualidade de um amplo programa que visa difundir a Educação Financeira nas escolas públicas brasileiras, o Aprender Valor está organizado em várias frentes de trabalho para a sua plena implementação e execução. Você, professor(a), deve identificar a sua participação e se organizar segundo o planejamento a seguir. Formação de gestores e professoresA Formação de Gestores para o programa Aprender Valor é uma iniciativa de desenvolvimento profissional que reúne reflexões e informações que auxiliam na implementação, na execução e no monitoramento do programa. Ela foi elaborada especialmente para gestores, tanto das escolas como das redes de ensino. A Formação de Professores tem como foco a apresentação da estrutura do Aprender Valor, a relação do programa com a BNCC e a formação em Educação Financeira pessoal. Esse itinerário formativo focaliza também os fundamentos dos projetos escolares com Educação Financeira e o processo de implementação desses projetos em sala de aula nos componentes Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Humanas, com orientações específicas para cada etapa do Ensino Fundamental. O enfoque é na abordagem transversal da Educação Financeira em sala de aula, a partir dos recursos educacionais do programa Aprender Valor. Avaliação de entrada Aplicação da avaliação de entrada. A depender do cronograma de cada ciclo avaliativo, pode ocorrer antes ou depois da liberação das formações de gestores e professores. Implementação de projetos escolares Na plataforma do programa, está disponiível um conjunto de projetos escolares com Educação Financeira integrados aos componentes curriculares e alinhados à BNCC. Esses projetos, com carga horária variada (de 8 a 10 horas/aula), poderão ser implementados pelos professores em diferentes turmas do Ensino Fundamental. Os projetos foram elaborados e revisados por professores de escolas públicas, em conjunto com uma equipe transdisciplinar de especialistas do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd/UFJF) e do Banco Central do Brasil. As equipes são formadas por especialistas em Educação Financeira, habilidades socioemocionais, Matemática, Língua Portuguesa e Ciências Humanas. Avaliação de saída Aplicação dos de saída no final do ano letivo. 16 SumárioFormação de Professores Quais são, então, as suas atribuições no programa? • Realizar os itinerários formativos na plataforma da EV.G. • Aplicar em sala de aula os projetos com Educação Financeira. • Registrar, na plataforma do Aprender Valor, a realização dos projetos escolares selecionados e aplicados. • Aplicar os testes das avaliações de aprendizagem. • Registrar, na plataforma do Aprender Valor, como foi a aplicação das avaliações. INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA Na Aula 2, vamos abordar a Educação Financeira como tema transversal e a sua presença na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). I Referências Não há. 18 SumárioFormação de Professores AULA 2 – A EDUCAÇÃO FINANCEIRA E OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS NA BNCC Apresentação Nesta aula, abordamos os aspectos gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente aqueles relacionados aos chamados temas contemporâneos transversais. Entre esses temas, ganha destaque a Educação Financeira. A BNCC está sendo implementada em todas as escolas de educação básica no Brasil. Essa ação constitui importante referência para se avaliar a qualidade da educação e garantir o direito de aprender a todos os estudantes. O professor tem o desafio de adequar as suas propostas pedagógicas às orientações curriculares presentes na BNCC. Diante desse desafio, a Educação Financeira é uma das principais referências sugeridas como parte dos temas contemporâneos transversais, na tentativa de conciliar os aspectos científicos do currículo aos temas que estão no cotidiano dos alunos, professores e gestores escolares. t Objetivo Discutir a abordagem da Educação Financeira como um dos temas contemporâneos transversais destacados pela BNCC. t Ao final desta aula, você deve ser capaz de: • Compreender o papel da BNCC na garantia do direito à aprendizagem. • Identificar a relevância dos temas contemporâneos transversais para o trabalho em sala de aula. • Reconhecer a importância da implementação da Educação Financeira no currículo escolar de modo transversal. t Recurso(s) complementar(es): • Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular ; • Podcast; • Texto “A escola, o currículo e os temas transversais” (anexo) 19 SumárioFormação de Professores A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) A BNCC propõe uma nova maneira de pensar a construção do currículo escolar. Ela incorpora a ideia da escola como espaço de interações intencionais e responsabilidades definidas e estabelece o que todos os estudantes, independentemente da classe social ou localidade geográfica, devem aprender. t Vamos relembrar, em linhas gerais, o que caracteriza a BNCC? A BNCC estabelece um conjunto de competências gerais, que devem ser desenvolvidas por todos os estudantes durante a formação na educação básica. Dessas competências gerais, derivam as competências específicas de cada área do conhecimento – Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso – e dos componentes curriculares – Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa, Matemática, Ciências, Geografia, História e Ensino Religioso. Cada componente curricular, por sua vez, está dividido em unidades temáticas, que são organizadas em objetos de conhecimento e, por fim, expressos em habilidades. O infográfico abaixo ilustra esta relação. COMPETÊNCIAS GERAIS ÁREAS DO CONHECIMENTO COMPONENTES CURRICULARES UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA O desenvolvimento de competências gerais, previstas na BNCC, é descrito por meio de critérios que possuem uma clara indicação do que os estudantes devem “saber” – ou seja, ter conhecimentos, habilidades, atitudes e valores – e, sobretudo, do que devem “saber fazer” – considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas da vida cotidiana, realizar o pleno exercício da cidadania e garantir a inserção no mundo do trabalho. ÁREAS DO CONHECIMENTO O Ensino Fundamental está organizado em cinco áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso. Elas favorecem a comunicação entre os conhecimentos e saberes dos diferentes componentes curriculares. 20 SumárioFormação de Professores COMPONENTES CURRICULARES Cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades, para garantir o desenvolvimento das competências específicas. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes componentes curriculares. Cada unidade temática contempla uma gama maior ou menor de objetos de conhecimento. OBJETOS DE CONHECIMENTO Objetos de conhecimento são entendidos como conteúdos, conceitos e processos. Cada objeto de conhecimento se relaciona a um número variável de habilidades. HABILIDADES As habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais) expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. Ao definir o conjunto de aprendizagens essenciais, a BNCC salienta a urgência em vincular o que é realizado na escola: a elaboração do currículo escolar, a formação de professores, a revisão dos instrumentos avaliativos, dos materiais didáticos e do projeto político-pedagógico. Um dos principais desafios colocados a você, professor(a), visando à implementação da BNCC em sala de aula, está na necessidade de combinar as dimensões estruturais do currículo – a partir das orientações comuns a todas as escolas do Brasil –, com as propostas particulares à sua escola (projeto político- pedagógico), construídas colaborativamente e adequadas ao contexto da sala de aula. Esse movimento não pode ignorar o peso conferido à noção de competências. t Do que falamos exatamente quando nos referimos a competências? O desenvolvimentoda noção de competências comuns, previstas na BNCC, é descrito por meio de critérios que possuem uma clara indicação do que os estudantes devem “saber” – ou seja, ter conhecimentos, habilidades, atitudes e valores – e, sobretudo, do que devem “saber fazer” – considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas da vida cotidiana, realizar o pleno exercício da cidadania e garantir a inserção no mundo do trabalho. 21 SumárioFormação de Professores Sugestão de leitura... Para auxiliá-los nesse importante desafio, recomendamos a leitura do Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular. Vale ressaltar que a BNCC define o que é essencial a todos os alunos em termos de desenvolvimento e aprendizado, porém mantém a sua autonomia para o planejamento das aulas. Consulte, sempre que necessário, o texto integral da BNCC. Uma possível aproximação entre as dimensões mais universais do currículo (comuns a todas as escolas) com as propostas particulares à sua instituição está na abordagem dos temas contemporâneos transversais propostos na BNCC. t Sobre os temas contemporâneos transversais São pensados como um método pedagógico específico para o currículo da educação básica. Devem integrar os componentes curriculares tradicionais, relacionando-os aos assuntos mais significativos da sociedade contemporânea. Além das habilidades cognitivas, privilegiam outros aspectos do desenvolvimento humano, como aqueles relacionados à cidadania, aos valores, às emoções e ao comportamento. EXEMPLO A questão ambiental precisa ser compreendida a partir das contribuições da Geografia e também da História, das Ciências Naturais, da Sociologia, da Demografia, da Economia, entre outros. Isso ocorre do mesmo modo com a Educação Financeira, em que cabe tratamento por competências e habilidades específicas da Matemática, da Língua Portuguesa, da Geografia e da História. 22 SumárioFormação de Professores Por que tratamos de transversalidade quando discutimos os temas contemporâneos? Quando usamos o termo transversal, é importante ter clareza do que isso significa. Outros conceitos aparecem sempre nas questões que dizem respeito ao currículo e saber diferenciá-los faz diferença na preparação da aula. TRANSDISCIPLINARIDADE INTERDISCIPLINARIDADE TRANSVERSALIDADE É a coordenação do conhecimento em um sistema lógico, que permite o livre trânsito de um campo de saber para outro, ultrapassando a concepção de disciplina e enfatizando o desenvolvimento de todas as nuances e aspectos do comportamento humano. Significa a interdependência, interação e comunicação entre campos do saber ou disciplinas, o que possibilita a integração do conhecimento em áreas significativas. A transversalidade orienta para que determinados aspectos da realidade e da cultura, que não são compreensíveis de forma isolada, se façam presentes nas diferentes áreas do conhecimento, devendo ser tratados de modo transversal, dada a sua relevância e complexidade. Leia a transcrição a seguir ou, se possível, ouça o podcast (na EV.G), no qual a professora Hilda Micarello, que integrou a equipe de elaboração da BNCC, fala sobre a presença dos temas contemporâneos transversais (TCT) no documento orientador e na prática escolar. Convidada: Profª. Hilda Aparecida Linhares Micarello Professora associada da Faculdade de Educação da UFJF. Coordenou a equipe de assessores da 1ª e 2ª versões da Base Nacional Comum Curricular Tema: Os Temas Contemporâneos Transversais (TCT) na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Foto: reprodução/Tribuna de Minas. Olá, eu sou Hilda Micarello; sou professora da Universidade Federal de Juiz de Fora. E, hoje, estou aqui para conversar com vocês sobre os temas contemporâneos transversais, em especial, o tema da Educação Financeira; e o modo como esse tema é tratado na Base Nacional Comum Curricular. Bom, uma primeira questão a considerar, nessa nossa conversa, é a natureza desse documento, que é a BNCC. A BNCC é um documento que tem por finalidade subsidiar os sistemas de ensino na definição dos seus currículos e das suas propostas pedagógicas. E essa definição deve se fazer considerando aqueles elementos que, a despeito da diversidade regional e das especificidades de cada contexto, devam fazer parte da formação de todos os estudantes da educação básica. 23 SumárioFormação de Professores Esse é um objetivo bastante ambicioso, porque se pretende que, por meio desse documento, que é a BNCC, tenha-se um projeto de formação dos estudantes brasileiros, ao longo da educação básica, que seja convergente com as necessidades e com um projeto de país como um todo. Então, a gente está falando aqui de uma formação que precisa contemplar não apenas habilidades e objetos de conhecimento, mas, principalmente, uma forma de se portar em sociedade, um modo de se perceber como cidadão numa sociedade que demanda algumas habilidades importantes e de saber se portar nessa sociedade de modo a prover não apenas o seu próprio bem-estar, mas o bem comum. É aí que se insere o tema da Educação Financeira e os temas contemporâneos transversais de um modo geral. A BNCC destaca que a definição e a abordagem desses temas devam ser competência dos sistemas de ensino. Então, é importante que em cada contexto se tenha clareza de quais temas privilegiar e do modo como tratá-los. Entretanto, apesar dessa indicação da BNCC de que os sistemas definam esse tratamento, há elementos na Base que orientam sobre como esses temas devam ser tratados. Quais seriam, então, esses elementos? O primeiro deles a se considerar são as competências gerais da educação básica, que estão descritas no documento introdutório à Base Nacional Comum Curricular. Vamos tomar como exemplo a primeira dessas competências gerais; nela, lê-se o seguinte: “Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. Nessa primeira competência, já está implícita a necessidade de a formação dos estudantes contemplar os conhecimentos e as habilidades que fazem parte dessa formação e o modo como esses conhecimentos e habilidades vão ser utilizados pelos estudantes para a construção dessa sociedade mais justa, mais democrática, mais inclusiva. Isso diz respeito, de forma muito direta, à Educação Financeira, porque o foco da Educação Financeira deve ser um certo tratamento dos temas a ela relacionados de modo que o sujeito possa ter uma postura crítica e, principalmente, proativa, em relação às decisões que vai tomar, não apenas com relação à sua vida financeira, mas da sua comunidade. Para além das competências gerais da educação básica, cada área define as suas competências específicas enquanto área de conhecimento. Então, é muito importante buscar também, nessas competências específicas de cada área de conhecimento, os elementos que poderão balizar o tratamento a ser dado aos temas relacionados à Educação Financeira. Então, o que eu gostaria de deixar marcado nessa nossa conversa de hoje é que, quando formos olhar a BNCC e tomá-la como elemento balizador na definição de currículos, tenhamos a preocupação e o cuidado de atentarmos para essas competências gerais, da própria Base, e para as específicas de cada área de conhecimento. Essas competências trazem elementos para se pensar num projeto mais amplo de formação dos estudantes e, portanto, elementos para se pensar na abordagem dos temas contemporâneos transversais. Eu espero ter contribuído um pouco para essa reflexão. Um forte abraço! 24 SumárioFormação de Professores Os temas contemporâneos transversais na BNCC Desde a sua inserção nas referências curriculares brasileiras, os temas contemporâneos transversais se caracterizam por envolver diversos aspectos e fenômenosda vida humana – manifestados em escala local, regional e global – e extrapolar os conteúdos dos componentes curriculares tradicionais. A inclusão de questões sociais para aprendizagem e reflexão dos estudantes, não sendo preocupação inédita, propõe que o currículo escolar seja capaz de contemplar a complexidade do mundo contemporâneo. Confira o trecho original da BNCC: [...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/1990), educação para o trânsito (Lei nº 9.503/1997), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/2012), educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009), processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/2003), educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012), educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/2010). Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las de forma contextualizada (BNCC, p. 19-20, grifo nosso). Como é possível perceber, os temas contemporâneos transversais oferecem uma possibilidade para que as escolas possam diminuir a distância existente entre o caráter científico do currículo e os diversos assuntos que fazem parte do cotidiano e das características da sociedade brasileira, favorecendo, assim, uma aprendizagem mais significativa e envolvente com os estudantes. Essa não é uma tarefa simples para você, professor(a). Por isso, é importante que você reflita inicialmente sobre quais são os principais assuntos que permeiam o dia a dia de seus estudantes e suas famílias. Você já parou para pensar nisso? Quais são as demandas de seus estudantes? Para sistematizar um pouco essa reflexão, convidamos você a realizar uma atividade. 25 SumárioFormação de Professores M PARTE 1 – Minha escola trabalha com tema transversal? Assinale os temas contemporâneos transversais mais relevantes para o contexto de sala de aula e, em seguida, descreva o motivo. TEMA MOTIVO Educação Financeira Educação para o consumo Trabalho, ciência, tecnologia e diversidade cultural Direitos da criança e do adolescente Educação ambiental Educação em direitos humanos Educação alimentar e nutricional Saúde, vida familiar e social Educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena COMENTÁRIO Em geral, quando a liderança da escola se propõe a realizar o exercício de pensar sobre a vida extraescolar, assuntos diversos e, muitas vezes, complexos vão aparecer. É natural e compreensível que a escola não esteja preparada para discutir as demandas da sociedade. Contudo, é exatamente nesse ponto que a proposta de trabalho com os temas contemporâneos transversais pode ser incorporada, pois eles atravessam os diferentes componentes curriculares da educação básica e podem ser abordados por meio de diferentes metodologias pedagógicas/epistemológicas. 26 SumárioFormação de Professores M PARTE 2 – Minhas aulas e a perspectiva integradora dos TCT Depois de ter realizado a primeira parte da atividade, reflita agora sobre como esses temas, em uma perspectiva integradora, estão associados, em alguma medida, à relação das pessoas com o dinheiro. TEMA RELAÇÃO COM O DINHEIRO Educação Financeira Educação para o consumo Trabalho, ciência, tecnologia e diversidade cultural Direitos da criança e do adolescente Educação ambiental Educação em direitos humanos Educação alimentar e nutricional Saúde, vida familiar e social Educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena COMENTÁRIO Provavelmente, entre os assuntos indicados por você, há aqueles que dizem respeito direta ou indiretamente à relação das pessoas com o dinheiro. Isso porque, em maior ou menor grau, os temas exemplificados na atividade têm correlação com Educação Financeira. Discussões sobre educação ambiental, por exemplo, envolvem debates sobre a reciclagem para a redução de despesas, a preservação e a economia de recursos naturais, o reaproveitamento de materiais a fim de evitar desperdícios, entre outros. t Qual a expectativa de professores e gestores sobre os temas contemporâneos transversais? Uma pesquisa1 feita pelo Aprender Valor traz um importante diagnóstico sobre a abordagem de temas transversais na escola. Os resultados dessa pesquisa mostram que 92% dos professores entrevistados consideram importante o ensino de temas transversais como parte dos componentes curriculares tradicionais e acreditam que tais temas causam impacto positivo nos alunos. Mais do que isso, a maioria (81%) dos que responderam à pesquisa se sente motivada a trabalhar os temas contemporâneos transversais em sala de aula. Entre os diretores, o entusiasmo é ainda maior: 97% dos entrevistados consideram importante o ensino de temas transversais como parte das disciplinas tradicionais da escola e 98% deles acreditam que tais temas causam impacto positivo nos alunos. A pesquisa revela, ainda, que na visão de 70% dos diretores, os professores estão engajados para trabalhar os temas contemporâneos transversais na escola. 1 A pesquisa foi realizada em novembro e dezembro de 2019. Com métodos qualitativos e quantitativos, ela teve como público-alvo diretores e professores de escolas públicas de Ensino Fundamental, de sete unidades federativas: Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná e São Paulo. Os dados referem-se às respostas de, aproximadamente, 4.500 participantes. 27 SumárioFormação de Professores Essas evidências apontam que a implementação do Aprender Valor na escola tem todas as condições para dar certo. Sugestão de leitura... O texto “A escola, o currículo e os temas transversais”, das pesquisadoras Maria Corcetti e Maria Trevisol, trata da origem histórica e da fundamentação pedagógica dos temas transversais no currículo ). INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA Na próxima aula, abordamos o seu itinerário formativo em Educação Financeira, enfatizando a importância dessa formação para o seu trabalho com o tema transversal. I Referências BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec.gov.br/. Acesso em: 25 jan. de 2020. BRASIL. Guia de Implementação da Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2019. CORCETTI, Maria Lucinda; TREVISOL, Maria Teresa Ceron. A escola, o currículo e os temas transversais. Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46, jul./dez. 2004. GALLO, Sílvio. Transversalidade e Meio Ambiente. Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente – Programa Conheça a Educação do Cibec/Inep – MEC/SEF/COEA, 2001. Disponível em: http://download.inep.gov.br/ download/cibec/pce/2001/15-26.pdf. Acesso em: 12 fev. 2020. NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999. PERRENOUD, Philippe. Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre: Artmed Editora, 1999. escolar. (anexo) 28 SumárioFormação de Professores AULA 3 – ITINERÁRIO FORMATIVO EM EDUCAÇÃO FINANCEIRA Apresentação Professor(a), você é fundamentalpara a promoção da Educação Financeira e, consequentemente, para o incentivo às mudanças comportamentais em relação às finanças. Assim, você e seus alunos podem exercer direitos e deveres que lhes permitam gerenciar bem seus recursos financeiros. Mas, afinal, como é possível ter uma melhor relação com as finanças pessoais? De que forma a incontornável dependência que temos do dinheiro pode definir aquilo que realmente tem “valor” em nossas vidas? Como a Educação Financeira pessoal pode contribuir para o sucesso do programa Aprender Valor? Qual abordagem de Educação Financeira queremos que seja levada à sala de aula? voltada aos profissionais envolvidos diretamente com os projetos escolares com Educação Financeira. Nesta aula, apresentamos a você as pesquisas que embasam o argumento de que a formação em finanças pessoais do professor traz segurança para abordar o tema em sala de aula e melhora o desempenho dos estudantes nas competências de Educação Financeira. Por fim, descrevemos, em linhas gerais, o percurso t Objetivo Reconhecer a importância da formação em finanças pessoais do professor para o trabalho com o tema transversal Educação Financeira. t Ao final desta aula, você deve ser capaz de: • Identificar as evidências que apontam a necessidade da formação do professor em Educação Financeira pessoal para o trabalho com o tema transversal Educação Financeira e para o sucesso do Aprender Valor. • t Recurso(s) complementar(es): • ). Conhecer o curso de educação financeira pessoal do Aprender Valor. Recomendações da OCDE (anexo). Para responder a essas perguntas, o Aprender Valor estruturou um curso de Educação Financeira pessoal, formativo em Educação Financeira pessoal e te convidamos a participar também dessa formação do Aprender Valor na EVG. 29 SumárioFormação de Professores A importância da formação em Educação Financeira pessoal para o trabalho docente As definições de Educação Financeira, em geral, enfatizam a ideia de aumentar o Letramento Financeiro por meio de competências necessárias para a vida das pessoas, relacionadas à compreensão e ao poder de escolha e de decisão sobre os riscos e as oportunidades financeiras. Letramento ou literacia A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define literacia como a capacidade para identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e usar novas tecnologias, de acordo com os diversos contextos; envolve um processo contínuo de aprendizagem que permite que os indivíduos alcancem os seus objetivos, desenvolvam o seu conhecimento, as suas potencialidades e participem de forma plena na comunidade e de forma mais ampla na sociedade (UNESCO, 2005). A adoção de estratégias que visam à Educação Financeira em instituições de ensino é uma das recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (– Anexo E), que leva em conta, entre outros motivos, os baixos índices de letramento financeiro dos países que compõem a própria OCDE. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) – que é um estudo comparativo realizado pela OCDE – de 2018 mostra que os estudantes brasileiros, em geral, apresentam indicadores ainda menores de proficiência em letramento financeiro, quando comparados com a média dos 10 países da OCDE que participaram da avaliação. em relação ao de 2015 (de 393 para 420 pontos), alcançando uma média de crescimento superior à dos países-membros da OCDE, que foi de 3,1%. O país ocupa a 17ª posição no ranking dos 20 países que participaram da avaliação. Apesar da melhoria no desempenho, a média do Brasil ainda é muito baixa e indica que, com esse nível de Letramento Financeiro, possivelmente nossos jovens enfrentarão dificuldades para lidar com questões financeiras. Dentre os cinco diferentes níveis de proficiência em Letramento Financeiro, que vão desde as habilidades e competências mais simples (Nível 1) às mais complexas (Nível 5), a maior parte dos estudantes do Brasil (44%) apresenta desempenho no Nível 1 ou abaixo dele; e 28% está no Nível 2. A edição de 2018 do PISA mostrou que o desempenho apurado pelo Brasil foi 6,4% maior 30 SumárioFormação de Professores Gráfico 1 – Percentual de estudantes em cada nível de proficiência em Letramento Financeiro do PISA 2018 (Brasil e alguns países selecionados) Além disso, a partir dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2017, constatou-se que cerca de 50% dos alunos do 5º ano das escolas brasileiras provavelmente não são capazes de “converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50 centavos e 1 real em cédulas de real”. Diante do desempenho dos estudantes brasileiros no PISA e da recomendação da OCDE sobre a necessidade de conscientização financeira, a escola se constitui como um espaço estratégico de abordagem da Educação Financeira, com o intuito de promover o bem-estar das pessoas em relação ao dinheiro. Por isso, a participação dos professores no programa Aprender Valor é fundamental para o sucesso dele; o que implica aproximar os docentes do tema, especialmente para que se sintam mais confortáveis para abordá-lo com os seus alunos. Além do mais, precisamos levar em conta que, em nossos dias, as demandas por decisões financeiras importantes são exigidas de nós a todo o momento, acarretando, em alguns casos, consequências negativas de longa duração. Esse processo é intensificado pelo fato de que os produtos e serviços financeiros estão se tornando cada vez mais complexos e ainda mais acessíveis em função das tecnologias digitais (LUSARDI; HASLER, 2019). Essa proximidade ocasionada pela disseminação de informações financeiras está muito presente em nosso cotidiano, seja nos anúncios que precedem os vídeos do YouTube, nos e-mails com ofertas “salvacionistas” ou nas propostas que recebemos pelos aplicativos de mensagens instantâneas. Logo, essas novas práticas não podem passar ao largo das preocupações da instituição escolar, principalmente, em razão do objetivo de formar indivíduos autônomos e conscientes. t Evidências que justificam a formação docente em finanças pessoais e a mudança de atitudes e comportamentos em relação ao dinheiro. Tem, ainda, a intenção de tornar a abordagem do tema em sala de aula mais significativa para os estudantes. O debate em torno do direito de aprender, você sabe bem, orienta esse investimento nos profissionais que respondem pela gestão da aprendizagem na escola: professores e gestores. A proposta de curso voltado à Educação Financeira pessoal objetiva promover a conscientização Fonte: OECD, PISA 2018 Database, Table IV.B1.2.4. Para saber mais sobre o PISA, consulte o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-institucionais/avaliacoes-e-exames-da-educacao-basica/relatorio-brasil-no-pisa-2018 31 SumárioFormação de Professores Necessidade de ampliar a conscientização sobre Educação Financeira Um estudo recente do Centro Global de Excelência em Letramento Financeiro (GFLEC, 2019), com professores e não professores estadunidenses, reforça a necessidade de ampliar a conscientização sobre Educação Financeira na sociedade, sendo que a quase totalidade dos entrevistados dessa pesquisa entende que o tema deve ser uma prioridade na escola. Outros resultados importantes desse mesmo estudo indicam que, de acordo com os professores participantes: • o desenvolvimento profissional é um caminho para melhorar a confiança do professor em tópicos determinados, com vistas a auxiliá-los na elaboração de estratégias de ensino específicas; • os formuladores de políticas públicas devem se concentrar em alavancar o desenvolvimento profissional dos professores no campo de finanças pessoais, com foco em aumentar a motivação desses profissionais. Programas de Educação Financeira são eficazes O artigo da pesquisadora peruanaVerónica Frisancho (2019) investiga se a empolgação com os programas de Educação Financeira é justificada. Ela destaca que os programas destinados a melhorar os níveis de alfabetização financeira de crianças e jovens são muito eficazes, especialmente quando o conteúdo é ministrado dentro das aulas regulares na escola e integrado aos componentes curriculares oficiais. Alfabetização financeira melhora o conhecimento financeiro de alunos Da mesma forma, há evidências crescentes de que a alfabetização financeira, quando fornecida por professores bem treinados, usando bons materiais curriculares e testes válidos, pode melhorar o conhecimento financeiro de alunos de diferentes idades (WAGNER; WALSTAD, 2018). Participação de professores em programas de Educação Financeira aumenta a própria proficiência Outras evidências também têm demonstrado que a participação dos professores nos programas de Educação Financeira implica o aumento da própria proficiência desses educadores, a partir das formações intensivas. Essa participação traria, ainda, efeitos positivos em relação aos traços da personalidade, pois, segundo a pesquisa, os docentes passam a ter maiores chances de serem avessos ao risco e relatam níveis mais baixos de impulsividade, por exemplo (FRISANCHO, 2018). Formação em finanças pessoais no âmbito do Aprender Valor A justificativa para essa formação é tornar você capaz de refletir sobre sua relação com o dinheiro, o que lhe permite ter condições mais efetivas para o desenvolvimento de propostas pedagógicas que tratem da abordagem da Educação Financeira como tema transversal. gestão de suas finanças pessoais. Com essa ação, você pode não apenas melhorar a relação pessoal que mantém com o dinheiro e ter condições concretas para obter mais qualidade de vida, mas também dispor de recursos pedagógicos mais apropriados para desenvolver os projetos escolares com Educação Financeira em sala de aula. Por meio desse curso, pretendemos apresentar ferramentas simples e práticas, que podem viabilizar melhor 32 SumárioFormação de Professores t Estrutura da formação em Educação Financeira pessoal É importante que você saiba, desde o início, que a formação em finanças pessoais não é uma fórmula mágica para fazer com que as pessoas fiquem ricas, nem uma proposta para induzi-las a deixar de fazer ou de adquirir aquilo que lhes dá prazer. exercícios práticos, que têm por objetivo fazer com que as pessoas possam tomar decisões financeiras mais assertivas, de maneira consciente, estabelecendo objetivos, metas e ações em torno daquilo que, de fato, tenha valor para elas. Partindo da premissa de que cada indivíduo tem desejos e necessidades diferentes, a formação procura se pautar naquilo que é comum a todos. Muito embora esteja voltada para a aplicação na vida pessoal, é importante que você tenha sempre no horizonte a noção de que esse conhecimento contribui para torná- lo mais bem preparado para acompanhar e executar os projetos escolares com seus alunos. A formação em Educação Financeira pessoal está organizada em duas etapas: Etapa 1 – Nossa relação com o dinheiro Etapa 2 – Planejar os recursos, poupar ativamente e usar o crédito INFORMAÇÕES SOBRE O PRÓXIMO PERCURSO a todos, independentemente da condição econômica de cada um. É um convite para uma reflexão de O curso oferecido no programa Aprender Valor se apoia em um conjunto de reflexões e Esse curso inclui atividades interativas e propostas de reflexão sobre o seu comportamento financeiro, a fim de que você possa se inspirar, reavaliar sua relação com o dinheiro e, ainda, implementar, com maior confiança, os projetos escolares com Educação Financeira. Finalizamos essa aula deixando o convite à você professor: complete a sua formação no Programa Aprender Valor realizando também o curso de Educação Financeira Pessoal disponível na EVG. O Aprender Valor na Sala de Aula é o segundo e último percurso da sua formação, traz pra você explicações e exemplos práticos da aplicação dos projetos escolares com educação financeira Antes do próximo percurso, realize o questionário avaliativo do percurso Introdução ao Aprender Valor! 33 SumárioFormação de Professores I Referências FRISANCHO, Verónica. The impact of school-based financial education on high school students and their teachers: experimental evidence from Peru. IDB Working Paper Series, n. 871, mar. 2018. FRISANCHO, Verónica. The Impact of Financial Education for Youth. IDB Working Paper Series, n. 1038, jul. 2019. GLOBAL FINANCIAL LITERACY EXCELLENCE CENTER. Raising awareness of the importance of personal finance in school: new insights. Washington: GFLEC, 2019. LUSARDI, Annamaria; HASLER, Andrea. Millennials’ engagement with online financial education resources and tools: new survey insights and recommendations. Washington: GFLEC, 2019. ORGANISATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT. PISA 2018 Results (Volume IV): are students smart about money? Paris: OECD Publishing, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1787/48ebd1ba- en. Acesso em: 02 jul. 2021. ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Recomendação sobre os princípios e as boas práticas de educação e conscientização financeira. [S. l.]: OCDE/CVM, 2015. UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION. Aspects of Literacy Assessment: topics and issues from the UNESCO Expert Meeting. Paris: Unesco, 2005. Disponível em: http:// unesdoc.unesco.org/images/0014/001401/140125eo.pdf. Acesso em: 25 maio 2020. WAGNER, Jamie; WALSTAD, William B. The effects of financial education on short‐term and long‐term financial behaviors. The Journal of Consumer Affairs, v. 53, n. 1, 2019. 28 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 28 A escola, o currículo e os temas transversais Maria Lucinda Corcetti* Maria Teresa Ceron Trevisol** morais para a construção de cidadãos que saibam valorizar a natureza, o homem e os sentimentos? O presen- te artigo objetiva discutir a inserção dos temas transversais na escola, sua transversalização na organização curri cular e a compreensão destes pe- los professores. Palavras-chave: currículo, temas trans- trans ver sais, parâmetros curriculares, trans ver salidade. Resumo Com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na- cional, lei nº 9 394/96, foram elabora- dos os Parâmetros Curriculares Na- cionais, com o objetivo de que todas as regiões do Brasil tenham diretrizes curriculares comuns, voltadas espe- cialmente para o ensino fundamental. Com a elaboração dos PCNs, vieram os temas transversais, que, de certa ma- neira, estão sendo institucionalizados e regulamentados, pois a escola, de alguma forma, no seu projeto educa- tivo, já contempla uma série de ações voltadas ao desenvolvimento de valo- res morais e sociais. Vale, no entanto, ressaltar a dificuldade de adequar o currículo a essa nova proposta, como elaborar um currículo voltado para o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos e, ao mesmo tempo, transversalizá-lo com temas que demandem novas posturas, tan- to dos alunos quanto dos docentes e de toda a escola. Como, efetivamente, elaborar um currículo que atenda não só às exigências legais, mas, sobretu- do, às exigências humanas, sociais e * Mestranda em Educação na Unoesc - Joaçaba. Atual- mente, secretária municipal da Educação, Cultura e Esportes de Capinzal - SC. ** Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (IP/USP). Professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Programa de Mestrado em Educação - Joaçaba - SC. 29 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... Introdução [...] o currículo e a pedagogia não po- dem agir nem pensar como antes, os professorese os alunos não podem educar nem ser educados como até en tão. Corazza A modernidade vem modificando sensivelmente a finalidade do conheci- mento. A humanidade foi percebendo que determinados conhecimentos ad- quiridos não são mais suficientes para dar conta das necessidades do mundo moderno, nem estão dando conta de subsidiar as decisões feitas pelo indi- víduo durante sua vida. Dependendo dos caminhos, ele precisa de novos co- nhecimentos, isto é, de novas formas de lidar com o tempo, com a vida e com as coisas. Em face de tantas mudanças, a escola, como instituição de educação formal, ainda é vista como lugar de grandes possibilidades. O professor é considerado o responsável por ga- rantir a formação das pessoas que necessitam saber conviver e produzir na sociedade. Neste século XXI, obser- vamos ain da que é preciso que, de algu- ma maneira, a escola se potencialize na construção/elaboração de um currículo que possa efetivamente fazer emergir numa escola cidadã para preparar o aluno também para uma vida cidadã, que é a tônica do trabalho escolar. Professor e escola têm como fun- ção principal auxiliar na formação de seres humanos felizes e equilibrados, promovendo o alcance dos objetivos da educação, que estão baseados nos princípios de justiça e solidariedade. Entendemos que é necessário pa rar e pensar: que características a escola de hoje possui? As pessoas anseiam in- cessantemente por novidades, pois a evolução não pára. E a escola tem cla- reza de seu papel neste mundo rápido e instável? O que realmente busca nesse emaranhado de avanços? Ou prefere ficar na ciranda deixando-se simples- mente levar? É fundamental que a escola de hoje reflita sobre o que realmente deve en- sinar, como deve ensinar, que projetos devem ser desenvolvidos com o intuito de garantir a eficiência da educação, a mudança. Essa é uma das tarefas mais fáceis a serem executadas, mas com- plexa, importante e necessária. O presente artigo realiza uma discussão sobre o currículo enquanto organizador do projeto pedagógico es- colar. É necessário que se reflita sobre o papel que o currículo exerce perante as mudanças ocorridas após a nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Aborda também os temas transversais e a necessidade de trans- versalizá-los no decorrer do currículo, além de verificar como os temas estão sendo compreendidos pela escola e pe- lo professor. Essas reflexões merecem ser discu- tidas, investigadas, objetivando as re- formulações necessárias para o sucesso da escola, alunos, professores, pais e toda a comunidade escolar. Portanto, “é preciso que os professores se capaci- tem para essa nova forma de ver a rea- 30 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 30 lidade e de trabalhar o conhecimento. As escolas também precisam investir e incentivar os professores para a tarefa. Afinal, a educação não se resume na relação entre educador e educando na sala de aula” (SUNG, 2002, p. 56). Ao escrevermos este artigo, bus- camos entender um pouco mais o que os professores pensam sobre os PCNs. Com esse objetivo, entrevistamos uma professora do ensino fundamental do município de Capinzal, colhendo dados sobre que conhecimento possui com relação ao documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais e sobre o do- cumento que se refere aos temas trans- versais. A fala da professora, que está enri- quecendo este artigo, foi coletada atra- vés de uma entrevista com o seguinte roteiro: inicialmente, procuramos saber a sua habilitação, o tempo de serviço, a carga horária, se é efetiva ou contra- tada e com que série do ensino funda- mental trabalha, situando, assim, sua vida funcional. As questões que compu- seram o instrumento de coleta de dados foram: a) O que você conhece sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais?; b) O que eles signi ficam na educa- ção brasileira?; c) O que são os temas transversais?; d) Gostaria de conhecê- los melhor?; e) De que maneira os te- mas transversais auxiliam o professor na sua prática?; f) Como planeja suas atividades inserindo os temas trans- versais nelas? Destacamos a fala da professora em dois momentos: a transversalida- de como proposta metodológica e a escola transversal, para compreender o entendimento dos professores dos PCNs. A intenção ao escrever este artigo não é esgotar o assunto; ao contrário, representa “uma aproximação” a esse tema importante da realidade escolar e não suficientemente discutido. Al- mejamos propiciar um panorama das questões que envolvem a temática. O currículo no Brasil A intenção com este trabalho é realizar uma rápida incursão pelo cur- rículo, conhecendo rapidamente, ou re lembrando a história da educação brasileira. Destacamos, a partir deste pré-estudo sobre currículo, a importân- cia do conhecimento por parte do pro- fessor sobre a organização curricular da educação brasileira, reportando-se aos Parâmetros Curriculares Nacio- nais, sua inclusão e aproveitamento no cotidiano escolar. Quando se fala em currículo, lo- go vem a idéia de uma seqüência de disciplinas colocadas em ordem de importância, onde desfilam uma série de conteúdos colocados nos planos de trabalho, qualificados e selecionados pelo professor (compete somente a ele), o que ensinará em primeiro, se- gundo, terceiro lugar... Ele estrutura e organiza seu trabalho, ou melhor, suas aulas, acreditando saber o que efetivamente seus alunos precisam aprender. Assim, desde a institucionaliza- ção da educação feita pela invenção da escola, enquanto lugar “especial” de 31 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... reunião de estudantes para aprender, a pedagogia e o currículo constituem- se histórica e politicamente no projeto educativo (CORAZZA, 2002, p. 45). Portanto, não é possível deixar o currículo de lado, pois é um fator im- portante para a construção de um pro- jeto de educação para uma escola, mu- nicípio, estado ou país. Para Englund (apud SAVIANI, 1994), o currículo “tem a responsabilidade específica de analisar o significado das diferentes práticas educativas numa perspectiva histórica, [...] compreender as distin- tas interpretações, as contradições e as transformações (históricas e atuais) nos currículos” (p. 14). Visto dessa for ma, podemos entender o currículo como algo que se move ininterrupta- mente na prática escolar, examinando desde o discurso pedagógico até as mu- danças ocorridas pelo impacto que a proposta curricular possa ter provoca- do no campo educacional, identifican- do “fatores mais diretamente ligados a mudanças de conteúdos e método de ensino” (SANTOS apud SAVIANI, 1994, p. 15). A discussão sobre currículo no Brasil teve seu início na década de 20 e com ela seguem a evolução e a ten- tativa de construção de um sistema educacional que atenda às demandas sociais e pedagógica. Mais ou menos até 1980, o currí culo foi discutido com base em teorizações americanas, de modo geral, segundo perspectivas funcionalistas, fundamentadas nos acor dos entre os governos brasileiros e norte-americanos através do progra- ma de ajuda à América Latina. Na década de 1980, ganharam força no pensamento curricular brasileiro as vertentes marxistas, surgindo, assim, dois grupos nacionais: a pedagogia histórico-crítica e a pedagogia do opri- mido – que buscava espaços nos dis- cursos educacionais. Os estudos dos pesquisadores brasileiros buscavam referência no pensamento crítico atra- vés das traduções de textos ligados à “nova sociologia da educação ingle- sa”. Essa ligação entre o pensamento curricular brasileiro e a produção do mundo internacional permitiu tam- bém a influência do pensamento da literatura francesa e de teóricos do marxismo europeu. Na década de 90, os estudos curri- culares viveram todas essas influên cias e acabaram assumindo um enfoque sociológico, em contraposição aopensa- mento psicológico que até então era do- minante no currículo. Nesse período de intensa discussão e de novas proposi- ções curriculares, vários pensamentos entrelaçaram-se. A discussão central deu-se entre o currículo e o conheci- mento. Aqui aparece a Associação Na- cional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que aprofundou questões referentes às “relações entre conhecimento científico, conhecimento escolar, saber popular e senso comum; aos processos de seleção dos conteúdos, componentes do currículo; às relações [...] sintonizadas com o entendimento mais geral do currículo como constru- ção social do conhecimento” (LOPES; MACEDO, 2002, p. 15). Como afirma Silva (apud LOPES; MACEDO, 2002), “o conhecimento e o 32 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 32 saber constituem fontes de libertação, esclarecimento e autonomia” (p. 26). Explica ainda Silva que não existe o não-poder, mas um permanente deba- te contra posições e relações de poder, isto é, é preciso aprender a conviver com a multiplicidade dos discursos e das realidades formadas por estes. Vários são os pensamentos sobre currículo e cada momento enfoca uma tendência. A partir da elaboração da lei nº 9 394/96, Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, que de- fende uma base comum nacional, a preocupação volta-se à superação do enfoque disciplinar no espaço escolar para o chamado “currículo vivo”, onde as disciplinas não fiquem expostas como gavetas e os conhecimentos pos- sam transpassá-las, dependendo da ousadia e criatividade da escola, do professor e da professora. Assim, aqui aparece a idéia de eixos curriculares como espaços coleti- vos de discussão e ação que perpassam as disciplinas do currículo, fazendo emergir propostas educativas coleti- vas e proporcionando a recuperação do conhecimento na sua totalidade. Os eixos curriculares, atravessando to- das as disciplinas existentes (ou que vie- rem a existir), permitem criar um “cam- po de ação” no qual, mantidas as carac- terísticas específicas, os conteúdos e os métodos próprios, bem como o ritmo e as características de cada professor, propos- tas coletivas possam ser desenvolvidas por conjuntos de professores, de turmas, de séries, de alunos e outros. Isto sem o artificialismo dos “centros de interesse” ou “conteúdos integrados” (ALVES apud LOPES; MACEDO, 2002, p. 32). Cabe ressaltar que “a questão curricular implica, necessariamente, o estudo mais atento das questões referentes à seleção, construção e dis- tribuição do que é considerado conhe- cimento, bem como porque certas for- mas de conhecimento são excluídas” (LOPES, 1998, p. 60). Nos tempos atuais, mudaram as condições sociais, os espaços, as rela- ções, as identidades, as culturas; por isso, também mudou a escola, mudou o currículo, mudaram os professores e alunos. Este século, talvez, deva ser tratado como o século dos grandes de- safios na educação. Tudo o que nos cer- ca atesta a existência dos diferentes, que estão por aí povoando as ruas, as escolas, pátios, recreios, dias e noites. Ao tratar de “diferente”, não nos refe- rimos somente àquele que é diferente por ser portador de alguma deficiência física ou mental, mas ao diferente so- cial, ao diferente afetivo, ao diferente econômico, ao diferente vazio de valo- res morais, éticos e cristãos. Portanto, “a construção do currí- culo não pode ficar restrita ao socio- econômico, é importante os contextos cultural, educacional e pessoal – a vida dos diversos atores de cada con- texto que serão capazes de modificar ou reforçar propostas curriculares” (LOPES, 1998, p. 62). 33 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... O currículo e os Parâmetros Curriculares Nacionais A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9 394/96, no seu artigo 13, remete-nos para a proposta pedagógica inserida nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que abordam quatro tipos de currículo: 1. Currículo proposto – é a própria proposta pedagógica que a esco- la deseja desenvolver; 2. Currículo em ação – é a transfe- rência da proposta diretamente para a sala de aula; 3. Currículo oculto – é a aplicação da flexibilidade do planejamento em sala de aula, a versatilidade do currículo; 4. Currículo-desafio – pertinente ao professor, é o ultrapassar do que é exigido pela proposta pe- dagógica, criando-se a excelên- cia da escola (WEBER, 2001, p. 18-19). A lei é clara quando prevê que toda proposta pedagógica, assim como qualquer projeto, tenha vida própria. Inúmeros fatores podem afetar a exe- cução de uma proposta educacional, principalmente porque às vezes não é feita por aqueles que realmente vivem o dia-a-dia de todo o processo. É preciso que as eventuais mudanças e ajustes sejam aceitos; uma proposta que não aceita mudanças, que é rígida e não admite adaptações, não terá chances de sobreviver e de obter sucesso numa escola. Por outro lado, uma proposta que aceita “qualquer tipo de mudança”, que vai pela onda dos “modismos edu- cacionais”, será inútil e estará fadada, com o tempo, ao esquecimento, sendo desacreditada pelos atores do proces- so, isto é, alunos, pais, professores e comunidade. O ideal, então, é saber dosar os campos de avanços, mas tam- bém de recuos e desvios, quando se fizer necessário. Entendam-se recuos e desvios como paradas para avalia- ções com o objetivo de replanejar para retomar sempre; significa olhar para as várias direções, não somente para um mesmo lado, sem, contudo, perder de vista o objetivo que deseja atingir. Portanto, a execução de uma proposta pedagógica deve contemplar princípios epistemológicos, a estética da sensibi- lidade, a política da igualdade e a ética da identidade (WEBER, 2001, p. 19). Assim, o currículo se constitui num importante elemento da organiza- ção escolar. Deve estar transparente a interação entre os sujeitos que têm os mesmos objetivos e clara a opção por um referencial teórico que dê sustenta- ção às ações. Portanto, é uma constru- ção social do conhecimento, pressupon- do a sistematização dos meios para que essa construção se realize (MACHA- DO, 1998, p. 77). Na organização do currículo é preciso que a escola esteja atenta em alguns pontos. Para Machado (1998, p. 77), “o currículo reflete a concepção de homem e de sociedade que se quer formar, o que definirá entre outros a forma de organização do trabalho nas escolas, as posturas dos educadores, a 34 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 34 seleção e organização dos conteúdos, a metodologia de trabalho na escola e o sistema de avaliação”. Vale ressaltar ainda na organização curricular três pontos básicos: O currículo não é um instrumento neutro (passa ideologia); o currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é, historicamente, situado e culturalmente determinado; o currículo reduz o isolamento entre as diferentes disciplinas curriculares, agrupando-as em um todo mais amplo (MACHADO, 1998, p. 77). Com a aprovação da Lei de Di- retrizes e Bases da Educação Nacio- nal, foram propostos para o momento educacional do país os Parâmetros Curri culares Nacionais, cujo objeti- vo é fundamentar todas as propostas pedagógicas dos estados e municípios. Com isso, volta-se novamente a estu- dar o papel do currículo diante do que é proposto pelos PCNs ao longo das oito séries do ensino fundamental. Os PCNs têm claros seus objetivos, que vão desde a formação da cidadania até aos conteúdos específicos das áreas curriculares, em número de doze: 1. Apropriar-se dos conteúdos abordados pelas áreas curriculares, utilizando-os de maneira adequada em situações so- ciais. 2. Utilizar as diferentes linguagens, ver- bal, matemática, gráfica, plástica e cor- poral como meio para expressar e comu- nicar suas idéias, interpretar e usufruir as produçõesda cultura. 3. Utilizar a Língua portuguesa para com preender e produzir, em contextos públicos e privados, mensagens orais e escritas, atendendo a diferentes in- tenções e contextos de comunicação. 4. Saber utilizar diferentes fontes de in- formação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. 5. Conhecer e cuidar do próprio corpo, va- lorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da quali- dade de vida e agindo com responsabili- dade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. 6. Compreender a cidadania como um conjunto de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de participação, solidarieda- de, cooperação e repúdio às injustiças e discriminações, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito. 7. Posicionar-se de maneira críti ca, res- ponsável e construtiva nas diferentes situações sociais, respeitando a opi- nião e o conhecimento produzido pelo outro, utilizando o diálogo como forma de resolver conflitos e de tomar deci- sões coletivas. 8. Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente natural, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuin- do ativamente para o desenvolvimen- to sustentável e melhoria do meio am- biente. 9. Conhecer e valorizar a pluralida de do patrimônio sociocultural brasileiro, posicionando-se contra qualquer dis- criminação baseada em diferenças cul- turais, de classe social, crenças, sexo, raça e outras características indivi- duais e sociais. 10. Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, mate- riais e culturais como meio para cons- truir progressivamente a noção de iden- tidade nacional e pessoal e o sentimen- to de pertinência ao país. 11. Desenvolver o conhecimento ajus tado a si mesmo e o sentimento de confian- ça em suas capacidades afetivas, físi- ca, cognitiva, ética, estética, de inter- 35 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da ci- dadania. 12. Questionar a realidade, formulando problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento ló- gico, a criatividade, a intuição, a capa- cidade de análise crítica, selecionan- do procedimentos e verificando sua adequação” (MALTA apud F. NETO, 1998, p. 73). Quando nos referimos à elaboração de currículo, é preciso salientar as fon tes do currículo, que são os conheci mentos necessários para definir as intenções (conteúdos e objetivos) e a proposta de ação. Temos as seguintes fontes de acordo com o pensamento de Machado (apud F. NETO, 1998, p. 78): • Sociológica – permite identificar as formas culturais ou conteúdos (conhecimentos, habilidades, ati- tudes, valores, normas), sendo a aprendizagem importante para a formação do aluno como mem- bro ativo da sociedade e agente de criação cultural; • Psicológica – responsável pelas informações concernentes aos fa- tores e processos que influenciam no desenvolvimento do aluno, auxiliando na definição da forma mais eficaz da ação pedagógica; • Epistemológica – contribui para a orientação e entendimento so- bre a construção do conhecimen- to como resultado das relações que o homem estabelece com os outros homens, com o mundo e consigo mesmo, instrumentali- zando-se para a intervenção na transformação da realidade e as- similação significativa; • Pedagógica – incorporação de experiências exitosas e manu- tenção da prática como critério principal de avaliação da pro- posta curricular – ação-reflexão- ação. Interação do que se apren- de na escola e o que se traz para a escola, garantindo uma apren- dizagem significativa. Para uma mudança educacional não é possível somente se pensar nu- ma reforma curricular; um projeto cur ri cular não surge do nada. Segundo Coll, “o currículo é um elo entre a de- claração de princípios gerais e sua tra- dução operacional, entre a teoria edu- cacional e a prática pedagógica, entre o planejamento e a ação, entre o que é prescrito e o que realmente sucede nas salas de aula” (2002, p. 33-34). O currículo deve servir para pre- ver a maioria das ações dos elementos do processo; é saber claramente qual é o ponto de partida deste e quais serão as chances de sucesso na formação de um novo cidadão e de uma nova so- ciedade. É necessário que o currículo contemple as condições reais que o projeto curricular vai ser realizado. É sua função evitar o hiato entre a ação dos professores e os princípios e orien- tações curriculares, mas deve deixar claras a iniciativa e a responsabilida- de dos professores para não transfor- má-los em meros instrumentos de exe- cução de planos previamente estabele- cidos. É de fundamental importância 36 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 36 que no projeto curricular os seguintes elementos estejam contemplados: “o que ensinar, quando ensinar, como en- sinar, que, como e quando avaliar”. Nossa intenção não é nos limitar à reflexão sobre currículo, Parâme- tros Curriculares Nacionais e escola. Queremos também referendar o que chamamos de “parâmetros curricula- res nacionais transversais”, que têm como objetivo, além dos elencados, a formação integral do educando. E para que ocorra essa formação inte- gral, é preciso recheá-la de uma série de reflexões e discussões entre todas as pessoas que desejam melhorar a es- cola, isto é, professores, técnicos, alu- nos, equipe pedagógica, pais, respon- sáveis, secretarias da Educação é que devem planejar a melhor maneira de propor um novo currículo ou a refor- mulação daquele que já existe diante das transformações sociais, políticas, econômicas, ideológicas que estão ine- rentes nas ações do cotidiano. É importante ressaltar que, ao falar de temas transversais, não esta- mos falando de disciplinas a mais no currículo. Os temas transversais per- passam o currículo e podem ser abor- dados dentro de cada disciplina, com vários professores trabalhando em conjunto; podem também ser traba- lhados através de projetos, palestras, apresentações, dependendo de como está planejado. O essencial é que toda a escola aborde, de forma rica, clara e significativa, esses temas, provocando reflexões sobre posturas do cotidiano, valores morais e sociais que emergem da vida em sociedade. Incluir os temas transversais no currículo de uma escola exige muita coragem e uma tomada de posição diante dos problemas fundamentais e urgentes da vida social. É preciso que os atores do processo tenham clareza que terão de manifestar sua posição, abrir-se aos outros (alunos, pais, cole- gas, comunidade), de sair do seu mun- do. A partir do trabalho com os temas transversais na escola, a “neutralida- de” que muitos professores dizem ter, e a indiferença junto aos tantos outros problemas sociais deixarão de existir. A escola passará a ter uma marca re- gistrada, diferenciada, sustentando- se com uma base curricular próxima de todos. A transversalidade como proposta metodológica Os Parâmetros Curriculares Nacio- nais enfatizam a importância da contex- tualização do novo currículo, ou seja, se o conteúdo trabalhado com o aluno tiver relação com a sua vida, as atividades proporcionarão uma aprendizagem mais consistente, mais duradoura. Em linhas gerais, os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem: • união de esforços entre governos e sociedade como apoiadores da escola na tarefa educativa; • maior participação da comuni- dade na escola, voltando-se para uma prática comprometida com 37 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... o cidadão desde o início de sua escolaridade; • aprendizagem com sentido e sig- nificado evidente para que o aluno tenha compromisso e responsabi- lidades com sua própria aprendi- zagem; • todos são capazes de aprendere a escola deve ser o local que proporcione a construção de co- nhecimentos e desenvolvimento de inteligências e competências, base para a construção da cida- dania e identidade; • projeto educativo claro, com au- tonomia capaz de atingir as me- tas; • visão de conteúdos ampliados além de atitudes e valores; • tratar de temas sociais em todas as áreas curriculares e no conví- vio escolar; • usar a tecnologia como meio de apropriação de conhecimento e desenvolvimento da cidadania; • valorização do professorado como os principais produtores, articula- dores, planejadores e mediadores do conhecimento socialmente pro- du zido (BRASIL, 1998). De acordo com as linhas gerais evidenciadas do documento introdu- tó rio da Secretaria de Educação Fun- damental sobre os Parâmetros Cur ri- culares Nacionais, fica clara a necessi- dade da redefinição do papel da escola na sociedade brasileira, os objetivos que deverão ser perseguidos durante os primeiros oito anos de escolaridade das crianças e adolescentes brasilei- ros. Os Parâmetros Curriculares Na- cionais estão dispostos como eixo da educação brasileira de norte a sul do país, para suscitar debates com re- lação à função da escola e reflexões envolvendo não só esta, mas, sobre- tudo, pais, governo e sociedade. Fica evidente nos Parâmetros Curriculares Nacionais a necessidade também de refletir sempre sobre o quê, quando, como e para que ensinar e aprender, transportando essas discussões para todo o entorno da escola, envolvendo ao máximo o maior número de pessoas possíveis para auxiliar na construção de um projeto educativo de qualidade. Ao entrevistarmos uma professo- ra com dez anos de magistério sobre o que conhece dos PCNs, ouvimos a se- guinte fala: “[...] só conheço o que estu- dei na graduação. Não li o documento inteiro. Conheci alguns específicos (re- feria-se às disciplinas de história, geo- grafia e ciências que vira somente no estágio). Acredito que, para a educa- ção, os PCNs são um ponto de partida para avançar no projeto educativo de qualquer escola brasileira.” Assim, com o objetivo de ajustar as necessidades do país frente aos pro- blemas a serem resolvidos, os Parâme- tros Curriculares Nacionais tornaram- se um instrumento para a qualidade do ensino; apresentam princípios educati- vos e uma proposta de articulação entre objetivos, conteúdos, orientações didá- ticas e critérios de avaliação, buscando contribuir para o aperfeiçoamento da prática pedagógica, sem criar novas disciplinas ou se revestir de caráter de obrigatoriedade. A inserção dos temas 38 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 38 transversais nos Parâmetros Curri- culares e na proposta pedagógica da escola objetiva a formação integral do educando, a flexibilização dos con- teúdos e a harmonia entre o currículo formal e o currículo, que possibilite a troca de experiências, a vivência dos atores educativos, humanizando a prá- tica educativa dentro e fora da escola, reafirmando a função social da escola de formar cidadãos capazes de intervir criticamente na sociedade em que vi- vem. Dessa maneira, há que se salien- tar que “área e transversal, isto é, conteúdo formal e temas transversais complementam-se no espaço didático. [...] elementos que são comuns e com- plementares em todas as matérias se manifestam” (GAVÍDIA, 1998, p. 54). A proposta de incluir na estrutu- ra curricular da educação básica bra- sileira os chamados “temas transver- sais” levanta um questionamento so- bre a estrutura curricular tradicional das escolas, que privilegiam somente os aspectos cognitivos do desenvolvi- mento humano, negligenciando outros temas, ligados, por exemplo, à cidada- nia e aos sentimentos. “De maneira geral, a escola sempre respondeu a esses temas de uma forma marginal, episódica, com freqüência unicamente restrita a determinadas campanhas ou efemérides relacionadas com algum desses temas” (YUS, 1998, p. 9). Questionada sobre o que são te- mas transversais, a professora entre- vistada, com franqueza, relatou que não fez a leitura do documento que trata dos temas transversais, mas ouviu falar sobre meio ambiente e se- xualidade na escola com seus colegas. Apontou, contudo, que “seria muito importante todos conhecerem para o desenvolvimento de um trabalho ain- da mais voltado ao aluno e às questões sociais. Percebemos espaços entre um conteúdo e outro, entre uma disciplina e outra, que bem poderia ser recheado pelos temas transversais”. Na fala da professora fica eviden- te que, mesmo não conhecendo com mais profundidade sobre o assunto, é capaz de perceber as lacunas que existem entre as aulas (podemos dizer “conteúdos”). Quanto aos temas trans- versais, se bem trabalhados, podem funcionar como pontos de interligação entre um conhecimento e outro. A transversalidade surgiu como proposta no momento da reestrutura- ção do sistema escolar espanhol, com o objetivo de “diminuir o fosso existente entre o desenvolvimento tecnológico e a cidadania, tão buscada, tão fala- da, mas pouco vivenciada”. No Brasil não é diferente, esclarece o profes- sor Ulisses Ferreira Araújo (1996, p. 36). Como aponta Yus, “para se levar adiante à transversalidade é preciso ir construin do uma nova cultura acadê- mica, o que levaria consigo novas es- truturas de acordo com as exigências de implementação e mudanças de ge- ração na forma de entender a função e a tarefa da escola” (1998, p. 10). A transversalidade é um desa- fio muito importante, é uma opção de tra balho metodológico no proces- so educativo escolar. Ainda, segundo Gavídia, podemos entender que “a 39 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... transversa lidade con siste em uma colo- cação séria, integradora, não-repetiti- va, contextualizado ra da problemática que as pessoas, co mo indivíduos e como grupos, possuem no momento” (1998, p. 54). Por isso, os temas transversais devem ser trabalhados dentro do coti- diano escolar, articulados com os con- teúdos a serem desenvolvidos; devem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa pelo caráter de- mocratizante de acesso ao desenvolvi- mento pessoal exercido pela escola na sociedade contemporânea. Existe muitas vezes confusão entre os conceitos de interdisciplinari- dade e transversalida de pelos próprios docentes, o que gera inversões. São dois conceitos que aparecem nos PCNs nos temas transversais, mas têm diferen- ças. Ambos se fundamentam no crité- rio de uma concepção de conhecimento, apontam a complexidade do real e a ne- cessidade de se valorizar a teia de rela- ções entre seus diferentes e contraditó- rios aspectos, contudo diferem entre si, isto é, a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, questiona a segmentação entre os diferentes cam- pos de conhecimento, a visão compar- timentada (disciplinar) da realidade sobre a escola, como é conhecida e como historicamente se constituiu. Por sua vez, a transversalidade diz respeito so- bretudo à dimensão didática, à possi- bilidade de se estabelecer uma relação entre aprender conhecimentos teorica- mente sistematizados – aprender sobre a realidade e o que implica na vida real e suas transformações, aprender na rea lidade e da realidade. Na prática educativa, ambas se ali- mentam mutuamente. Os temas trans- versais, ao tratarem as questões por ele envolvidas, expõem as inter-relações entre os objetos de conhecimento, tor- nando impossível um trabalho pautado na transversalidade, tendo como supor- te uma perspectiva disciplinar rígida. A transversalidade fomenta uma com- preensão ampla dos diferentes obje tos de conhecimento, bem como a percep- ção da implicação do sujeito de conhe- cimento na sua produção, superando a dicotomia entre ambos. Por esse viés, a transversalidade abre espaços para a inclusão de saberes extra-escolares,permitindo a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. Assim, os temas transver- sais dão sentido social àquilo que se convencionou chamar procedimentos e conceitos, superando o aprender pela necessidade escolar de “passar de ano” (BRASIL, 1998, p. 29-30). Nessa ótica nasce a importância do desenvolvimento da transversalida- de nos conteúdos ditos “obrigatórios” ou “tradicionais” com outros temas de extrema relevância para a formação humana do sujeito, para o desenvolvi- mento de posturas de justiça, igualda- de, solidariedade, democracia, respeito mútuo, preservação da saúde e do am- biente etc. E a escola parece ser o local mais apropriado para trabalhar esses temas, com o intuito de contribuir na construção de uma sociedade planetá- ria. O Estado, junto com toda a socieda- de, deve, portanto, incentivar todas as 40 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 40 pessoas envolvidas com educação para que permaneçam no firme propósito de transformar essa sociedade. Quando a escola, no planejamen- to com seus professores, consegue unir os conteúdos das matérias curricula- res tradicionais e, ao mesmo tempo, relacioná-los com os temas transver- sais, todos (Matemática, língua portu- guesa, história, geografia, ciências...) passam a ter uma evidente utilidade aos olhos dos alunos e alunas, uma vez que não estão mais soltos, longe da realidade, frios e temidos, mas, sim, estão recheados de significados para suas vivências. Assim, como diz Moreno, “o científico e o cotidiano vão se aproximando na prática escolar” (1999, p. 14). É com esse princípio de perseguir o equilíbrio entre o científico e a vivên- cia que nos Parâmetros Curriculares Nacionais os temas transversais en- contram seu papel de destaque e rele- vância na educação brasileira. Não nos cabe, neste momento, descobrir como a escola desenvolve na sua prática a transversalidade; é preciso, sim, um trabalho mais profundo sobre o traba- lho e a atuação dos atores do processo educativo. Contudo, o importante é proporcionar reflexões sobre uma di- ferente possibilidade de encantamen- to dos alunos pela escola. Fazendo uso dos temas transversais, como recurso metodológico, o professor estará, de certa forma, alimentando e proporcio- nando maneiras diferentes de pensar e agir de seus alunos. Como observa Coll, “não se pode separar o que cabe ao professor – as aulas – do que é responsabilidade dos alunos – o conhecimento prévio e a atividade”. “O professor pode e deve ajudar seu aluno. Mas não pode pen- sar ou agir por ele; não pode resolver os problemas por ele” (2002, p. 18). A prioridade é que o aluno aprenda, mas que o professor tenha clareza do que está ensinando, ou seja, o foco princi- pal sai dos conteúdos para a maneira como o professor fará chegar ao aluno esse conteúdo de forma a garantir a aprendizagem. Esses conteúdos de- vem estar sempre impregnados, car- regados de outros conteúdos atrativos e atraentes aos olhos do alunado. Syl- via Gouveia, do Conselho Nacional de Educação, afirma que, “se o conteúdo trabalhado tiver relação com a vida do aluno, o êxito será maior” (2002, p. 22). Fica claro, portanto, que na ela- boração de mudanças na educação, ou na (re)criação de uma proposta curri- cular está contido um projeto social cultural, um papel para a sociedade e para as pessoas que se pretende promover, auxiliar com a intervenção escolar. Assim, a educação escolar é, sobretudo, uma atividade de natureza extremamente social, com função es- sencialmente socializadora. Uma renovação curricular não pode ficar atrelada apenas a mudar por mudar o que se ensina e o que se aprende na escola; é mais importante ficar compreensível como se ensina e como se aprende. Os dois processos são 41 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... absolutamente indissociáveis, pois o que os alunos aprendem depende mui- to de como aprendem, e o que o profes- sor ensina fundamentalmente depende de como ensina (COLL, 2002). No entanto, é necessário e impres- cindível que o professor compreenda o que significa transversal e, sobretudo, o que é e como trabalhar transversal- mente os temas elencados nos Parâ- metros Curriculares Nacionais, assim explicitados por Machado (1998): • Ética - reflexões sobre condutas humanas. Eixos de reflexão: res- peito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade (princípios da dig- nidade do ser humano); • Saúde - trata das relações com o meio físico, social e cultural. Envolve qualidade do ar, con- sumismo desenfreado, miséria, degradação social, desnutrição, formas de trabalho, estilos de vida, atitudes e condições favo- ráveis ou desfavoráveis à saúde (compreensão da saúde como di- reito e responsabilidade pessoal e social); • Meio ambiente - trata do cresci- mento cultural, da qualidade de vida e do equilíbrio ambiental; • Orientação sexual - intervenção pedagógica para orientar quanto ao desenvolvimento da sexuali- dade, a valores, conhecimentos com base científica, prevenção às doenças, combate às discri- minações, contribuindo, assim, para a adoção de condutas por parte dos jovens; • Pluralidade cultural - superação da discriminação, respeito aos diferentes grupos e culturas da sociedade; • Estudos econômicos - relaciona- se com a vida econômica; infor- mações e reflexões sobre juros, inflação, custo de vida, fontes de renda, salários, emprego e tudo que interfere economicamente no desenvolvimento do indiví- duo ou do grupo a que pertence; • Temas locais - temas que tomam importante papel no desenvol- vimento de uma comunidade. Fatos ou situações que precisam ser refletidas para conhecimen- to de todos, como a segurança e trânsito da localidade onde mora (1996, p. 41). De acordo também com o do- cumento introdutório dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensi- no Fundamental, temos bem claras a seqüência e explicação do que ver- dadeiramente são os temas transver- sais para auxiliar na modificação da educação brasileira não como repasse de informações, mas como ações para desenvolver as competências necessá- rias ao debate da própria realidade, resgatando os eixos perdidos da totali- dade da vida, da escola, enfim, de cada um que quer ser sujeito da existência. É muito importante a escola ter cuidado ao escolher, dentro do seu projeto político-pedagógico, os temas transversais que irá trabalhar para não cair no espontaneísmo, em que cada um faz o que quer e o processo 42 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 42 ensino e aprendizagem não leva a lu- gar nenhum; cuidado também para que o professor não se transforme num contador de fatos, ficando somente no conhecimento de senso comum, mas desenvolva suas aulas num constante ir e vir (transversalidade) e na cienti- ficidade do conhecimento, envolvendo a todos num clima de curiosidade, res- ponsabilidade, investigação e prazer em aprender e ensinar. Portanto, ao se optar por uma nova proposta curricular para o ensi- no, é necessário muita prudência para não cair na tentação de copiar propos- tas de livros ou de experiências que deram certo em determinados locais e aplicá-las num sistema educacional totalmente diferente do qual teve ori- gem e para o qual foi elaborada. Qual- quer reforma educacional tem tudo para dar certo e obter sucesso se o seu planejamento levar em consideração a realidade do sistema educacional a que aspira transformar. Com essa visão, os Parâmetros Curriculares Nacionais tornam-se um referencial para fomentar a reflexão, estabelecer referenciais que busquem orientar e garantir as políticas de me- lhoria da qualidade de ensino, socia- lizando discussões, pesquisas e reco- mendações; subsidiando a participação de todos, principalmente dos que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual. Configuram-se,portanto, numa proposta aberta e flexível (BRASIL, 1998). A partir dos PCNs, os temas trans versais devem atravessar o en- sino, apontar caminhos e meios para a aquisição e desenvolvimento das di- versas capacidades dos alunos, a fim de que possam ser sujeitos de sua pró- pria formação, num complexo proces- so interativo entre alunos, professores e conhecimento. Para que os temas transversais sejam vistos realmente como meios e como recursos ou estratégia do profes- sor para auxiliar no desenvolvimento das habilidades dos alunos, é preciso compreender o que é transversalidade. É necessário entender como trabalhar com os temas transversais; é preciso ter clareza que transversalidade na educação é a qualidade que um con- teúdo ou tema (assunto do cotidiano) tem em apresentar, repassar, trans- passar no interior e ao entorno de con- teúdos curriculares, sem diminuir sua cientificidade, mas dando-lhe mais significado, tornando a aprendizagem mais doce, mais significativa para a construção de seres humanos respon- sáveis, justos e solidários. Trabalhar com os temas transver- sais exige postura nova do educador e da escola; requer engajamento pessoal e mudança de concepções e de para- digmas; exige um novo olhar para a educação, para o aluno, para a escola e, sobretudo, para o seu próprio inte- rior, para sentir-se livre daquilo que acreditou ser a melhor e única manei- ra de ensinar e de possibilidades de ocorrência da aprendizagem. 43 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... A escola transversal Para a construção de uma escola transversal, o importante a se enten- der é que os Parâmetros Curriculares Nacionais não estão buscando uma uniformização ou padronização da instituição escolar brasileira. O obje- tivo principal é identificar os aspectos desejáveis e comuns a todas as escolas responsáveis pela educação funda- mental, respeitando a história, suas peculiaridades e identidade. O documento não traz em seu bojo os temas transversais para que sejam consideradas novas disciplinas, para “inchar” mais ainda o currículo, mas são cenários que se abrem, panos de fundo que dão novo colorido, pontos referenciais onde estudos serão desen- cadeados, principalmente ao se en- xergar a realidade com outros óculos. Que outros óculos serão esses? A quem pertencerá essa nova lente? Os óculos ou novas lentes serão a capacidade que a escola, juntamente com seus pa- res, terá ao redefinir seus princípios e objetivos no projeto pedagógico, tendo como princípio básico evitar a lacuna entre o ensino e a vida do aluno, a vida da escola na comunidade. É reconstruir a visão de mundo, de pessoa, de vida; é construir uma pos- tura pedagógica interdisciplinar, que não só ensine, mas se viva, resultando em engajamento que não só avalia a realidade, mas percebe a necessidade de transformá-la. É enxergar a reali- dade na sua totalidade; é enxergar o ser humano também na sua totalida- de, este que não só aprende pelo cére- bro, mas que é corpo inteiro na escola, na família e na comunidade, com todos seus envolvimentos afetivos, do gostar ou do não gostar, de partilhar e coope- rar, de capacitar-se a dizer sim ou não, de ser honesto e responsável, de saber viver de maneira coletiva, buscando o bem comum ao preservar sua vida e o meio que vive. Os temas transversais não podem transformar-se em conteúdos rígidos, pois cairíamos novamente no mesmo erro do que até hoje foi desenvolvido; devem ser considerados a oportunida- de de reformular a educação, campos abertos de trabalho, espaço vivo de in- teração aberto ao real, síntese de múl- tiplas determinações. Nesse contexto, aluno e professor realizam uma expe- riência educativa em que o processo do conhecimento se faz integrado ao que se vive, não somente ficar à margem, assistindo ao desenrolar da educação, que ainda está muito impregnada de um conteudismo solto, de um saber fragmentado, enxergando o aluno so- mente como cérebro, não como corpo, sentimentos e emoções. A escola que deseja ser transver- sal deve trabalhar os temas transver- sais como vivência numa perspectiva interdisciplinar. É questão de postura pedagógica que acredita na construção do conhecimento; por isso, não pode fi- car esperando que as cabeças mudem por milagre. É preciso ir alterando as relações pedagógicas, ir desenhando novas metodologias, com embasamen- tos filosóficos, psicológicos, antropoló- gicos e sociais. No jogo de ser ou não ser transversal, torna-se fundamental 44 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 44 que a escola, junto com seus professo- res, tome a postura de: • mudar a dinâmica da sala de aula –, não só como espaço físi- co, mas na diversificação de téc- nicas e estratégias de ensino; na redefinição de como se ensina e como se aprende. Como afirma Piaget, “não existe aprendiza- gem sem interação”; • redefinir a função do professor, isto é, entender que precisa estu- dar sempre, ser um pesquisador, interagir com o aluno, conheci- mento e realidade; • trabalhar o ensino e aprendiza- gem de forma ativa –, propondo a elaboração de projetos interdis- ciplinares que trabalhem no teci- do dos temas transversais com a participação de toda a comunida- de (SANTOS, 1998, p. 40). É importante ressaltar o que diz o documento dos Parâmetros Curricula- res Nacionais: “Os conhecimentos que se transmitem e se recriam na escola ganham sentidos [...] entre o saber escolar e os demais saberes, [...] num processo contínuo e permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos, sociais, culturais e psicológi- cos” (1998, p. 46). Vale ainda evidenciar que, na es- cola transversal, o professor deve ex- plicitar as relações entre os conteúdos de área e os temas, articulando a fina- lidade do estudo escolar com as ques- tões sociais, possibilitando aos alunos o uso de conhecimentos escolares em sua vida extra-escolar. Não se trata de trabalhá-los paralelamente, mas de trazer para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas transversais (BRASIL, 1998). “Caberá aos professores mobilizar tais conteúdos em torno de temáticas esco- lhidas, de forma que as diversas áreas não representem continentes isola- dos, mas digam respeito aos diversos aspectos que compõem o exercício da cidadania” (BRASIL, 1998, p. 28). Perguntei, ainda, para a professo- ra se ela planeja suas aulas utilizando os temas transversais. A resposta foi a seguinte: Não tenho condições de utilizar os temas transversais para planejar as minhas aulas. Sempre parto do conteúdo formal e às vezes lembro de abordar temas de mais interesse da turma. Tem atividades que tranqüilamente posso envolver os temas transversais, mas não dou prefe- rência, fico no conteúdo pelo conteúdo. Trabalhar envolvendo os temas transver- sais, o professor compromete-se muito mais. É mais difícil. Leva-se mais tempo de estudo e pesquisa. A escola, enquanto função sociali- zadora, remete-nos a dois aspectos do desenvolvimento: o desenvolvimento individual e o contexto sociocultural. Na perspectiva de construção de cida- dania, precisa assumir a valorização da cultura de sua própria comunida- de e, ao mesmo tempo, buscar ultra- passar seus limites, oportunizando a todos, mesmo sendo de diferentes gru- pos sociais, o acesso ao saber tanto nos conhecimentos universalmente consi- derados patrimônios da humanidade como nos conhecimentos socialmente importantes da cultura brasileira na- cional, regional e local. Em resumo, 45 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 A escola, o currículo e os... como aponta Yus (1998), necessitamos de outra forma de escola: Uma escola com outra forma de contem- plar a cultura, mais aberta e permeável à realidade pluricultural dos países mo- dernos, [...] em que se vivenciem valores próprios de uma éticacívica ou ética de mínimos que admita o pluralismo axio- lógico [...] através do estabelecimento de conflitos e do exercício da razão dia- lógica, do espírito crítico e do fenômeno da auto-estima e da auto-regulação dos indivíduos, que se comprometa com os problemas reais de seu entorno imedia- to e analise nosso papel nos problemas globais que atingem a humanidade. Para avançar nessa direção, a escola deverá inclinar-se por uma forma alternativa de conceber o currículo e os temas transver- sais, que remetem inexoravelmente ao conceito de globalidade curricular, deve- rão iluminar o caminho que precisamos percorrer para situarmo-nos nessa dinâ- mica (p. 11). Abstract When the new law number 9.394, concerning bases and guidelines to national education, was approved in 1996, the national curricular parame- ters were created in order to give all Brazilian states common educational rules, which focused mainly elemen- tary education. With the NPC’s (na- tional curricular parameters), the trans verse issues were introduced. These issues have been institutiona- lized and regulated, once the national education, in a certain way, applies in its educational project a sort of actions to promote social and moral values development. Nevertheless, it is worth saying it has not been easy to draw up a school curriculum to the new educational proposal, concerning the intellectual ability development of students and, at the same time, trans- versalize it with new issues which be able to demand new behavior such from the students and the teachers, and, in a whole context, from all the education institutions. Moreover, the school curriculum is supposed to be concerned not only the legal demands but also human, moral and social requirements, allowing in this way peo ple improve themselves, respec- ting nature, the mankind and the feelings. This article aims to discuss the insertion of transverse issues in school system, its transversalization in school curricular organization and the general understanding of these phenomena by the teachers. Key words: school curriculum, trans- verse issues, curricular parameters, transversalidade. 46 REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 11, n. 2, Passo Fundo, p. 28-46 - jul./dez. - 2004 46 Referências ÁLVAREZ, Maria Nieves et al. Valores e te- mas transversais no currículo. Porto Alegre: Artmed, 2002. (Coleção Inovação Pedagó- gica, 5). ARAUJO, Ulisses Ferreira de. Ética, moral, cidadania: a importância dos temas trans- versais na escola. AMAE – Educando, Belo Horizonte, n. 262, p. 36-37, set. 1996. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamen- tal. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. _______. Secretaria de Educação Funda- mental. Parâmetros curriculares nacionais. Apresentação dos temas transversais. Bra- sília: MEC/SEF, 1998. BUSQUETS, Maria Dolors et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. 6. ed. São Paulo: Ática, 2001. (Série Fundamentos, 138). COLL, César. 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D08 Identificar características do orçamento pessoal e/ou familiar. ii. PouPar atiVamente D20 Reconhecer a função da poupança como meio de realização de planos e sonhos. Banco Central Aprender Valor - Avaliação Diagnóstica ■ MATRIZ DE REFERÊNCIA Letramento Financeiro | 5º ano do ensino FundamentaL i. PLaneJar o uso de recursos D03 Corresponder valores de cédulas e/ou moedas do Sistema Monetário Brasileiro. D04 Identificar a finalidade de textos relacionados à vida financeira. D08 Identificar características do orçamento pessoal e/ou familiar. D09 Identificar o gênero de textos relacionados à vida financeira. D11 Identificar vantagens ou desvantagens de diferentes métodos de pagamento. D12 Identificar situação de desconto/troco em uma transação comercial. D18 Reconhecer o impacto da pesquisa de preços dos produtos em diferentes estabelecimentos comerciais no orçamento financeiro. ii. PouPar atiVamente D20 Reconhecer a função da poupança como meio de realização de planos e sonhos. iii. uso do crÉdito D21 Identificar as especificidades de diferentes tipos de crédito (empréstimo, parcelamento, pagamento parcial da fatura do cartão). Banco Central Aprender Valor - Avaliação Diagnóstica ■ MATRIZ DE REFERÊNCIA Letramento Financeiro | 7º ano do ensino FundamentaL i. PLaneJar o uso de recursos D04 Identificar a finalidade de textos relacionados à vida financeira. D09 Identificar o gênero de textos relacionados à vida financeira. D10 Identificar situações financeiramente responsáveis. D11 Identificar vantagens ou desvantagens de diferentes métodos de pagamento. D13 Identificar situação de desconto/troco/lucro em uma transação comercial. D14 Identificar exemplos de atividades empreendedoras. D15 Identificar situações de potenciais danos à natureza e à paisagem decorrentes de atividades econômicas. D17 Comparar dois textos jornalísticos que tratem sobre a economia e/ou questões financeiras da população. D18 Reconhecer o impacto da pesquisa de preços dos produtos em diferentes estabelecimentos comerciaisno orçamento financeiro. ii. PouPar atiVamente D20 Reconhecer a função da poupança como meio de realização de planos e sonhos. iii. uso do crÉdito D21 Identificar as especificidades de diferentes tipos de crédito (empréstimo, parcelamento, pagamento parcial da fatura do cartão). D22 Calcular os custos do pagamento parcial de uma fatura de cartão de crédito. Banco Central Aprender Valor - Avaliação Diagnóstica ■ MATRIZ DE REFERÊNCIA Letramento Financeiro | 9º ano do ensino FundamentaL i. PLaneJar o uso de recursos D04 Identificar a finalidade de textos relacionados à vida financeira. D10 Identificar situações financeiramente responsáveis. D13 Identificar situação de desconto/troco/lucro em uma transação comercial. D15 Identificar situações de potenciais danos à natureza e à paisagem decorrentes de atividades econômicas. D16 Reconhecer a inflação como fator que influencia a variação dos preços com base no momento da compra ou ao longo do tempo. D17 Comparar dois textos jornalísticos que tratem sobre a economia e/ou questões financeiras da população. D18 Reconhecer o impacto da pesquisa de preços dos produtos em diferentes estabelecimentos comerciais no orçamento financeiro. D19 Relacionar ações de curto ou de longo prazo ao planejamento financeiro. ii. PouPar atiVamente D20 Reconhecer a função da poupança como meio de realização de planos e sonhos. iii. uso do crÉdito D23 Identificar contextos de endividamento. Centro OCDE/CVM de Educação e Alfabetização Financeira para América Latina e o Caribe Recomendação sobre os Princípios e as Boas Práticas de Educação e Conscientização Financeira RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO DA ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO Julho 2005 Esta tradução é publicada por acordo com a OCDE. Não é uma tradução oficial da OCDE. A qualidade da tradução e sua coerência com o texto na língua original da obra são da exclusiva responsabilidade dos autores da tradução. Em caso de qualquer discrepância entre o trabalho original em inglês e tradução ao português, somente será considerado válido o texto do trabalho original: www.oecd.org/finance/financial- education/35108560.pdf RECOMENDAÇÃO SOBRE OS PRINCÍPIOS E AS BOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO FINANCEIRA O CONSELHO, Considerando o artigo 5 b) da Convenção que instituiu a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 14 de dezembro de 1960; Considerando que a educação financeira sempre foi importante para ajudar consumidores a orçar e administrar suas receitas, poupar e investir de forma eficiente, e evitar tornarem-se vítimas de fraude; Considerando que à medida que o mercado financeiro fica cada vez mais sofisticado e as famílias assumem mais responsabilidades e risco por decisões financeiras, especialmente na área de previdência, é preciso haver indivíduos financeiramente educados para assegurar níveis suficientes de proteção do investidor e do consumidor, bem como o bom funcionamento não só do mercado financeiro, mas também da economia. Considerando que as enquetes de alfabetização financeira feitas nos últimos anos nos países da OCDE mostram que os consumidores possuem baixos níveis de alfabetização financeira e carecem de conscientização sobre a necessidade de serem financeiramente educados; Considerando que governos e instituições públicas e privadas pertinentes (em nível nacional e subnacional, incluindo organismos de regulação e supervisão) de países membros e não membros da OCDE podem se beneficiar da orientação internacional sobre princípios e boas práticas de educação e conscientização financeira; Considerando que sua implementação deverá observar vários fatores econômicos, sociais, demográficos e culturais e, portanto, poderá variar de um país a outro e que também há diversos métodos para desenvolver com sucesso a educação financeira para um público alvo específico; Considerando também que a implementação das boas práticas relacionadas a instituições financeiras deve levar em conta a diversidade das instituições financeiras, que estas diretrizes não impedem as atividades de negócio relevantes e que se espera que as associações nacionais de instituições financeiras sejam os principais atores deste subconjunto de boas práticas; Com base na proposta do Comitê de Mercados Financeiros: RECOMENDA que os países membros promovam educação e conscientização financeira e, nesse contexto, que governos e instituições públicas e privadas pertinentes levem em conta e coloquem em prática os princípios e as melhores práticas para educação e conscientização financeira estabelecidos no anexo desta Recomendação e que fazem parte deste documento. CONVIDA os países membros a disseminarem estes princípios e boas práticas entre as instituições públicas e privadas (com e sem fins lucrativos) envolvidas em educação e conscientização financeira. CONVIDA os países não membros a levarem em consideração esta Recomendação e disseminarem estes princípios e boas práticas entre as instituições públicas e privadas (com e sem fins lucrativos) envolvidas em educação e conscientização financeira. CONVIDA os países membros, por meio de sua participação no Comitê de Mercados Financeiros, no Comitê de Seguros e seu Grupo de Trabalho sobre Previdência Privada a identificar boas práticas adicionais nas áreas de educação financeira, de seguros e previdenciária, respectivamente. INSTRUI o Comitê de Mercados Financeiros a trocar informações sobre os progressos e as experiências relativos à aplicação desta Recomendação, a analisar estas informações e a informar ao Conselho em até três anos após sua adoção e, se for o caso, depois. ANEXO PRINCÍPIOS E BOAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO FINANCEIRA I. PRINCÍPIOS 1. A educação financeira pode ser definida como "o processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda, e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem- estar financeiro". Educação financeira, portanto, vai além do fornecimento de informações e aconselhamento financeiro, o que deve ser regulado, como geralmente já é o caso, especialmente para a proteção de clientes financeiros (por exemplo, consumidores em relações contratuais). 2. Essa construção de capacidade financeira, baseada em informação e instrução financeira adequada, deve ser promovida. A educação financeira deve ser oferecida de forma justa e imparcial. Os programas devem ser coordenados e desenvolvidos com eficiência. 3. Os programas de educação financeira devem se concentrar em questões de alta prioridade que, a depender das circunstâncias nacionais, podem envolver aspectos importantes do planejamento da vida financeira, como poupança básica, gestão da dívida privada ou seguro, bem como pré-requisitos para conscientização financeira, como noções de matemática financeira e economia. Deve-se estimular a conscientização dos futuros aposentados sobre a necessidade de avaliar a adequação financeira dos seus regimes atuais de previdência pública e privada e de tomar as medidas apropriadas quando necessário. 4. A educação financeira deve ser considerada no arcabouço regulador e administrativo e deve ser tida como ferramenta para promover crescimento econômico, confiança e estabilidade, juntamente com a regulação das instituições financeiras e a proteção do consumidor (incluindo a regulação sobre informação e aconselhamento). A promoção da educação financeira não deve ser substituída por regulação financeira, queé essencial para proteger o consumidor (por exemplo, contra fraude) e que se espera que a educação financeira possa complementar. 5. Devem ser tomadas as medidas apropriadas quando a capacidade financeira é essencial, mas há deficiências identificadas. Outras ferramentas de políticas públicas a considerar são a proteção do consumidor e a regulação das instituições financeiras. Sem limitar a liberdade de contrato, devem ser considerados mecanismos de falência que levem em consideração educação financeira inadequada ou comportamento passivo/inerte. 6. Deve-se promover o papel das instituições financeiras na educação financeira e esta deve tornar-se parte da boa governança daquelas, no que concerne a seus clientes financeiros. A prestação de contas e a responsabilidade das instituições financeiras deve ser incentivada, não apenas para fornecer informações e orientações sobre questões financeiras, mas também para promover a conscientização financeira dos clientes, especialmente para compromissos de longo prazo e compromissos que representem uma parcela substancial de sua renda atual e futura. 7. Devem ser desenhados programas de educação financeira para atender as necessidades e o nível de alfabetização financeira do público alvo dos programas e que reflitam a forma como esse público alvo prefere receber informação financeira. A educação financeira deve ser vista como um processo contínuo, permanente e vitalício, especialmente a fim de capturar a maior sofisticação dos mercados, as necessidades variáveis em diferentes fases da vida e informações cada vez mais complexas. II. BOAS PRÁTICAS A. Ação pública para a educação financeira 8. Devem ser estimuladas campanhas nacionais para aumentar a conscientização da população sobre a necessidade de melhorar sua compreensão acerca de riscos financeiros e formas de se proteger contra riscos financeiros por meio de instrumentos adequados de poupança, seguro e educação financeira. 9. A educação financeira deve começar na escola. As pessoas devem ser educadas sobre questões financeiras o mais cedo possível em suas vidas. 10. Deve-se considerar incluir a educação financeira em programas estatais de bem-estar social. 11. Devem ser promovidas estruturas especializadas apropriadas (possivelmente incorporadas às autoridades existentes) responsáveis pela promoção e coordenação da educação financeira em nível nacional e regional, além de iniciativas locais, públicas e privadas, o mais próximo possível da população. 12. Devem ser promovidos websites específicos para oferecer informação financeira relevante e acessível para o público. Serviços de informação gratuitos devem ser desenvolvidos. Devem ser promovidos sistemas de alerta por organizações profissionais, de consumidores ou outras em questões de alto risco que podem ser prejudiciais para os interesses do consumidor financeiro (incluindo fraude). 13. Deve ser promovida cooperação internacional em educação financeira, incluindo o uso da OCDE como um fórum internacional de intercâmbio de informações sobre experiências nacionais recentes em educação financeira. B. O papel das instituições financeiras na educação financeira 14. Devem ser estimulados requisitos para especificar os tipos de informação (inclusive onde encontrar informações e o fornecimento de informações gerais objetivas e comparativas sobre os riscos e retornos de diferentes tipos de produtos) que as instituições financeiras precisam fornecer aos clientes sobre produtos e serviços financeiros. 15. Deve-se incentivar as instituições financeiras a distinguir claramente entre educação financeira e informações financeiras e orientação financeira "comercial". Qualquer orientação financeira para fins comerciais deve ser transparente e divulgar claramente sua natureza comercial se for promovida como uma iniciativa de educação financeira. Para os serviços financeiros que envolvem compromissos de longo prazo ou têm consequências financeiras significativas, as instituições financeiras devem ser encorajadas a verificar se as informações fornecidas aos seus clientes são lidas e compreendidas. 16. Deve-se incentivar as instituições financeiras a fornecer informações em vários níveis diferentes para melhor atender as necessidades dos consumidores. Impressos pequenos e de difícil compreensão devem ser evitados. 17. A educação financeira fornecida por instituições financeiras deve ser avaliada regularmente para garantir que atenda às necessidades do consumidor. Isso pode ser alcançado por meio de parcerias com entidades independentes de assessoria financeira, sem fins lucrativos, que possam ter melhor conexão com o consumidor, particularmente aquelas que enfrentam desvantagens para participar dos mercados financeiros. 18. As instituições financeiras devem ser incentivadas a capacitar seu pessoal em educação financeira e desenvolver códigos de conduta para o aconselhamento geral sobre investimentos e empréstimos, sem vinculação ao fornecimento de um produto específico. C. Educação financeira para poupança de aposentadoria 19. Para indivíduos em planos de previdência privada, deve ser promovido o fornecimento, por parte das instituições financeiras, de informação e educação financeira adequada para a gestão de sua poupança e renda da aposentadoria futura. 20. No que diz respeito planos de previdência corporativos (para os quais devem ser fornecidas informações e educação de forma consistente referente aos planos), deve ser promovida a educação financeira e a conscientização dos empregados e ferramentas de política correspondentes, tanto para as contribuições definidas como para os planos de benefícios dos planos. D. Programas de educação financeira 21. Devem ser promovidos programas de educação financeira que ajudem o consumidor financeiro a encontrar informações e entender os prós e contras, bem como os riscos dos diferentes tipos de produtos e serviços financeiros. Deve ser promovida a pesquisa em economia comportamental. 22. O desenvolvimento de metodologias para avaliar programas existentes de educação financeira deve ser promovido. O reconhecimento oficial de programas de educação financeira que atendem aos critérios relevantes deve ser considerado. 23. Devem ser promovidos programas de educação financeira que desenvolvam diretrizes para conteúdo educativo e nível de desempenho para cada programa de educação financeiro e para cada subgrupo populacional. 24. A fim de alcançar uma maior cobertura e exposição, deve-se promover o uso de todos os meios de divulgação de mensagens de educação. 25. A fim de considerar os vários contextos de investidores/consumidores, deve-se promover uma educação financeira que crie diferentes programas específicos para subgrupos específicos de investidores/consumidores (por exemplo, jovens e grupos menos escolarizados ou menos favorecidos). A educação financeira deve estar relacionada com as circunstâncias individuais, por meio de seminários de educação financeira e programas de aconselhamento financeiro personalizados. 26. Para os programas que demandam o uso de salas de aula, deve-se promover treinamento e capacitação dos educadores. A esse respeito, deve-se estimular o desenvolvimento de programas para "educar os educadores" e o fornecimento de materiais e ferramentas de informações específicas para esses educadores. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Funções do Dinheiro (EF01PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalharprimordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem, mas sim código de identificação.(EF01PLA02) Definir bens e serviços, relacionando-os a situações do cotidiano dos alunos (EF01PLA03) Reconhecer que pessoas têm necessidades de bens e serviços, identificando o termo consumo em seu conceito mais amplo como uma atividade humana (EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o pareamento e outros agrupamentos. (EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos), por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”. (EF01PLA04) Compreender o papel e função do dinheiro, identificando o dinheiro como meio de troca (EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras, materiais da sala de aula, entre outros. Valor do Dinheiro (EF01PLA05) Entender que o valor do dinheiro é determinado por nossa capacidade de comprar coisas com ele, posicionando o dinheiro como unidade de valor (EF01MA05) Comparar números naturais de até duas ordens em situações cotidianas, com e sem suporte da reta numérica. (EF01PLA06) Apontar o preço de produtos de itens aos quais os alunos estejam familiarizados, bem como suas variações, de forma a se examinar o conceito de caro e barato (EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver problemas. (EF01MA07) Compor e decompor número de até duas ordens, por meio de diferentes adições, com o suporte de material manipulável, contribuindo para a compreensão de características do sistema de numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias de cálculo. Valor do Dinheiro / Priorizar e escolher (EF01PLA07) Distinguir entre valor atribuído a um bem ou serviço e sua real utilidade, demonstrando o papel dos bens nas relações de consumo (EF01MA08) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até dois algarismos, com os significados de juntar, acrescentar, separar e retirar, com o suporte de imagens e/ ou material manipulável, utilizando estratégias e formas de registro pessoais. Priorizar e escolher (EF01PLA08) Identificar escolhas de consumo que as pessoas fazem no dia-a-dia, em especial, escolhas de consumo ligadas à vida de um estudante de 1º ano Dinheiro e suas formas (EF01PLA09) Distinguir as formas que o dinheiro assume: moedas e notas (EF01MA19) Reconhecer e relacionar valores de moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações simples do cotidiano do estudante. Valor do Dinheiro / Dinheiro e suas formas (EF01PLA10) Identificar notas e moedas e seu respectivo valor, relacionando-os com preços do cotidiano dos alunos 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar (EF01PLA11) Identificar mensagens transmitidas por propagandas, permitindo a identificação de diferentes textos publicitários e seus objetivos Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. LÍNGUA PORTUGUESA (EF12LP15) Identificar a forma de composição de slogans publicitários. (EF12LP09) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.(EF01PLA12) Empregar instrumentos de pesquisa de preço e decisão de compra, usando como ilustração situações ligadas aos itens mais consumidos pelos alunos e suas famílias MATEMÁTICA (EF01MA22) Realizar pesquisa, envolvendo até duas variáveis categóricas de seu interesse e universo de até 30 elementos, e organizar dados por meio de representações pessoais. (EF01PLA13) Reunir e avaliar dados de preços de produtos, comunicando aos colegas suas percepções sobre preços e utilidade dos produtos LÍNGUA PORTUGUESA (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/ finalidade do texto. (EF01LP23) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. Ganhar (EF01PLA14) Definir trabalho, relacionando ao conceito de profissões e salários GEOGRAFIA (EF01GE07) Descrever atividades de trabalho relacionadas com o dia a dia da sua comunidade. (EF01PLA15) Mostrar possíveis fontes de renda, aplicando o conceito dentro da comunidade HISTÓRIA (EF01HI04) Identificar as diferenças entre os variados ambientes em que vive (doméstico, escolar e da comunidade), reconhecendo as especificidades dos hábitos e das regras que os regem.(EF01PLA16) Diferenciar dinheiro ganho como renda do dinheiro recebido de presentes, mesada ou outras formas 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC POUPANÇA ATIVA Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher (EF01POU01) Apontar a poupança como uma alternativa ao consumo, identificando as diferenças entre gastar e poupar Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver problemas. (EF01MA08) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até dois algarismos, com os significados de juntar, acrescentar, separar e retirar, com o suporte de imagens e/ ou material manipulável, utilizando estratégias e formas de registro pessoais. (EF01POU02) Distinguir entre consumo presente e consumo futuro, identificando razões para se poupar (EF01MA17) Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, quando necessário. Priorizar e escolher / Tempo / Sonhos e projetos (EF01POU03) Definir metas e relacionar este conceito com consumo e poupança, identificando a dimensão temporal das metas estabelecidas e relacionando as mesmas com situações do cotidiano de um estudante do 1º ano (EF01MA18) Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultandocalendários. (EF01MA20) Classificar eventos envolvendo o acaso, tais como “acontecerá com certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível acontecer”, em situações do cotidiano. (EF01MA21) Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de colunas simples. (EF01POU04) Examinar o conceito de custo de oportunidade e seus desdobramentos para nossas decisões, debatendo as escolhas que fazemos LÍNGUA PORTUGUESA (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de montagem e legendas para álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto/ finalidade do texto. (EF01POU05) Traçar metas que envolvam atividades de consumo, identificando a dimensão temporal de tais metas e utilizando de meios apropriados para comunica-las à turma (EF01LP23) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo, que possam ser repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Tempo (EF01CRE01) Descrever a necessidade de crédito, apontando a relação entre o crédito e as decisões de consumo Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF01MA20) Classificar eventos envolvendo o acaso, tais como “acontecerá com certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível acontecer”, em situações do cotidiano. (EF01CRE02) Examinar situações nas quais as pessoas pegam dinheiro emprestado, apreciando tais situações sob a ótica das escolhas e consequências temporais (EF01MA17) Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, quando necessário. (EF01MA18) Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários. (EF01CRE03) Compreender que existem custos em uma decisão de crédito, e tais custos geram impactos ao longo do tempo (EF01MA21) Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de colunas simples. (EF01MA22) Realizar pesquisa, envolvendo até duas variáveis categóricas de seu interesse e universo de até 30 elementos, e organizar dados por meio de representações pessoais. GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Funções do Dinheiro / Valor do Dinheiro (EF02PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF02MA01) Comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas) pela compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posicional e função do zero). (EF02PLA02) Examinar os conceitos de desejos e necessidades, sabendo distingui-los de maneira crítica Valor do Dinheiro / Gastar (EF02PLA03) Identificar custos associados à satisfação dos desejos e necessidades, comparando e classificando situações ligadas a decisões de compras (EF02MA02) Fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da contagem desses objetos (até 1000 unidades). (EF02PLA04) Apresentar os conceitos de preço à vista e preço a prazo, identificando a dimensão temporal de ambos os preços e comparando ordens de grandeza (EF02MA03) Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois, entre outros), para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e quantos a menos. (EF02PLA05) Examinar o conceito de parcelamentos ou compras parceladas, suas características e impactos em sua dimensão monetária e temporal (EF02MA04) Compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de material manipulável, por meio de diferentes adições. (EF02MA05) Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no cálculo mental ou escrito. (EF02PLA06) Distinguir e contrastar os conceitos de preço unitário e pacote/combo, reforçando os conceitos de caro e barato e a relação entre grandezas diferentes (EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até três ordens, com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, utilizando estratégias pessoais. Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF02PLA07) Esquematizar elementos para comparação de preços, especialmente em produtos com diferentes características como, por exemplo, peso e tamanho (EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia de adição de parcelas iguais por meio de estratégias e formas de registro pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material manipulável. (EF02MA08) Resolver e elaborar problemas envolvendo dobro, metade, triplo e terça parte, com o suporte de imagens ou material manipulável, utilizando estratégias pessoais. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Dinheiro e suas formas (EF02PLA08) Distinguir entre os diferentes meios de pagamento: dinheiro, cheque, cartões Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF02MA09) Construir sequências de números naturais em ordem crescente ou decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma regularidade estabelecida. (EF02MA17) Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias pessoais e unidades de medidanão padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, grama e quilograma). (EF02PLA09) Compreender o papel dos bancos dentro do sistema financeiro de um país (EF02PLA10) Explicar o conceito de conta bancária e sua utilidade (EF02MA20) Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações cotidianas.(EF02PLA11) Relacionar dinheiro gasto em cheques e cartões e dinheiro mantido em uma conta bancária Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF02PLA12) Produzir instrumentos de pesquisa de preço e decisão de compra, bem como metodologia de comunicação com a família sobre tais instrumentos (EF02MA23) Realizar pesquisa em universo de até 30 elementos, escolhendo até três variáveis categóricas de seu interesse, organizando os dados coletados em listas, tabelas e gráficos de colunas simples. LÍNGUA PORTUGUESA (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP20) Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas, registros de experimentações). (EF02PLA13) Distinguir aspectos financeiros e aspectos comportamentais nas escolhas que as pessoas fazem no dia-a-dia (EF02LP23) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado. (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. Ganhar (EF02PLA14) Compreender a existência de empregos públicos, privados e empreendedores HISTÓRIA (EF02HI10) Identificar diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive, seus significados, suas especificidades e importância. Gastar / Priorizar e escolher (EF02PLA15) Identificar possíveis danos da atividade empresarial sobre o ambiente e compreender o papel do consumo consciente sobre a questão (EF02HI11) Identificar impactos no ambiente causados pelas diferentes formas de trabalho existentes na comunidade em que vive. (EF02PLA16) Discutir o impacto do consumo sobre os recursos disponíveis e a necessidade de se consumir de maneira consciente GEOGRAFIA (EF02GE11) Reconhecer a importância do solo e da água para a vida, identificando seus diferentes usos (plantação e extração de materiais, entre outras possibilidades) e os impactos desses usos no cotidiano da cidade e do campo. Sonhos e projetos (EF02PLA17) Examinar a diferença entre estilos de vida e hábitos de consumo, empregando o conceito de custo de vida e as escolhas derivadas desse conceito (EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC POUPANÇA ATIVA Gastar / Priorizar e escolher (EF02POU01) Diferenciar depósitos e saques em uma conta bancária Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até três ordens, com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, utilizando estratégias pessoais. Tempo / Priorizar e escolher (EF02POU02) Identificar o significado de curto, médio e longo prazo na vida financeira (EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia de adição de parcelas iguais por meio de estratégias e formas de registro pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material manipulável. (EF02POU03) Distinguir entre consumo presente e consumo futuro e reconhecer que o ato de poupar é um ato de espera (EF02MA18) Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como dias da semana e meses do ano, utilizando calendário, para planejamentos e organização de agenda. (EF02MA21) Classificar resultados de eventos cotidianos aleatórios como “pouco prováveis”, “muito prováveis”, “improváveis” e “impossíveis”. (EF02POU04) Explorar impacto das decisões de poupança ao longo do tempo, ilustrando como o ato de poupar pode ajudar a satisfazer necessidades futuras (EF02MA22) Comparar informações de pesquisas apresentadas por meio de tabelas de dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras, para melhor compreender aspectos da realidade próxima. Gastar / Priorizar e escolher (E02POU05) Preparar um plano de poupança, identificando metas, custo de cada meta e horizonte de tempo LÍNGUA PORTUGUESA (EF02LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP20) Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, pequenas entrevistas, registros de experimentações). (EF02POU06) Organizar o planejamento de poupança de forma a ser compartilhado e comunicado o com a família (EF02LP23) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado. (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado. USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Tempo (EF02CRE01) Aprofundar a descrição de necessidade de crédito, apontando a relação entre o crédito e as decisões de consumo MATEMÁTICA (EF02MA21) Classificar resultados de eventos cotidianos aleatórios como “pouco prováveis”, “muito prováveis”, “improváveis” e “impossíveis”. (EF02CRE02) Identificar as semelhanças entre uma situação de compra parcelada e um empréstimo, explorando as consequências temporais de ambos (EF02MA22) Comparar informações de pesquisas apresentadas por meio de tabelas de dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras, para melhor compreender aspectos da realidade próxima. (EF02CRE03) Identificar que o crédito permite satisfazer necessidades no presente, mas tem seus custos no futuro (EF02MA23) Realizar pesquisa em universo de até 30 elementos, escolhendo até três variáveis categóricas de seu interesse, organizando os dados coletados em listas, tabelas e gráficos de colunas simples. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros.EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar (EF03PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF03MA01) Ler, escrever e comparar números naturais de até a ordem de unidade de milhar, estabelecendo relações entre os registros numéricos e em língua materna. (EF03PLA02) Comparar e contrastar gastos individuais com gastos em grupo ou em família (EF03MA02) Identificar características do sistema de numeração decimal, utilizando a composição e a decomposição de número natural de até quatro ordens. (EF03PLA03) Comparar decisões diversas de despesas, notando suas semelhanças, diferenças e impactos ao longo do tempo (EF03MA03) Construir e utilizar fatos básicos da adição e da multiplicação para o cálculo mental ou escrito. (EF03MA04) Estabelecer a relação entre números naturais e pontos da reta numérica para utilizá-la na ordenação dos números naturais e também na construção de fatos da adição e da subtração, relacionando-os com deslocamentos para a direita ou para a esquerda. Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF03PLA04) Compreender o conceito de escassez e seus impactos sobre nossas decisões de compra (EF03MA05) Utilizar diferentes procedimentos de cálculo mental e escrito, inclusive os convencionais, para resolver problemas significativos envolvendo adição e subtração com números naturais. (EF03MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, comparar e completar quantidades, utilizando diferentes estratégias de cálculo exato ou aproximado, incluindo cálculo mental. (EF03PLA05) Compreender os conceitos de oferta e demanda de bens e serviços e seu desdobramento sobre nível de preços (EF03MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e 10) com os significados de adição de parcelas iguais e elementos apresentados em disposição retangular, utilizando diferentes estratégias de cálculo e registros. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF03PLA06) Relacionar os conceitos de escassez, oferta e demanda com a necessidade de se fazer escolhas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF03MA08) Resolver e elaborar problemas de divisão de um número natural por outro (até 10), com resto zero e com resto diferente de zero, com os significados de repartição equitativa e de medida, por meio de estratégias e registros pessoais. (EF03MA09) Associar o quociente de uma divisão com resto zero de um número natural por 2, 3, 4, 5 e 10 às ideias de metade, terça, quarta, quinta e décima partes. (EF03PLA07) Discutir o conceito de custo e benefício atrelados a uma decisão de compra, identificando o conceito de custo de oportunidade atrelado ao consumo (EF03MA10) Identificar regularidades em sequências ordenadas de números naturais, resultantes da realização de adições ou subtrações sucessivas, por um mesmo número, descrever uma regra de formação da sequência e determinar elementos faltantes ou seguintes. (EF03MA11) Compreender a ideia de igualdade para escrever diferentes sentenças de adições ou de subtrações de dois números naturais que resultem na mesma soma ou diferença. (EF03PLA08) Identificar as diferenças e comparar preços de produtos semelhantes vendidos em unidades de medidas diferentes, localizando em rótulos em embalagens informações que possam amparar o processo de decisão de compras (EF03MA20) Estimar e medir capacidade e massa, utilizando unidades de medida não padronizadas e padronizadas mais usuais (litro, mililitro, quilograma, grama e miligrama), reconhecendo-as em leitura de rótulos e embalagens, entre outros. (EF03MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de compra, venda e troca. HISTÓRIA (EF03HI11) Identificar diferenças entre formas de trabalho realizadas na cidade e no campo, considerando também o uso da tecnologia nesses diferentes contextos. Ganhar (EF03PLA09) Compreender a diferença entre empregos na cidade e no campo GEOGRAFIA (EF03GE02) Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens. (EF03PLA10) Mostrar a conexão entre capital humano, trabalho e renda (EF03PLA11) Identificar modos nos quais as pessoas investem seu capital humano (EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e outros produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando as atividades de trabalho em diferentes lugares. (EF03PLA12) Compreender a diferença entre produtos e atividades empresariais na cidade e no campo (EF03GE08) Relacionar a produção de lixo doméstico ou da escola aos problemas causados pelo consumo excessivo e construir propostas para o consumo consciente, considerando a ampliação de hábitos de redução, reúso e reciclagem/descarte de materiais consumidos em casa, na escola e/ou no entorno. Gastar / Priorizar e escolher (EF03PLA13) Reconhecer o consumismo como um fenômeno danoso à sociedade e seus possíveis impactos (EF03GE11) Comparar impactos das atividades econômicas urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como os riscos provenientes do uso de ferramentas e máquinas. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar / Priorizar e escolher (EF03PLA14) Identificar o propósito das propagandas e a maneira como afetam nossa comportamento de compras Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. LÍNGUA PORTUGUESA (EF03LP19) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho de letras) em textos publicitários e de propaganda, como elementos de convencimento. (EF03LP21) Produzir anúncios publicitários, textos de campanhas de conscientização destinados ao público infantil, observando os recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de propaganda(cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo de palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação). (EF03PLA15) Criar textos/peças publicitários que se enquadrem no contexto das atividades empresariais da comunidade em que o estudante vive (EF03LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal para público infantil com algumas notícias e textos de campanhas que possam ser repassados oralmente ou em meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o tema/assunto/ finalidade dos textos. (EF03LP25) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. POUPANÇA ATIVA Ganhar / Risco / Tempo (EF03POU01) Compreender o conceito de remuneração vinda dos rendimentos de aplicações financeiras MATEMÁTICA (EF03MA25) Identificar, em eventos familiares aleatórios, todos os resultados possíveis, estimando os que têm maiores ou menores chances de ocorrência.(EF03POU02) Distinguir entre consumo presente e consumo futuro e reconhecer que o ato de poupar é um ato de espera (EF03POU03) Identificar o impacto do tempo sobre o tempo de poupança (EF03MA26) Resolver problemas cujos dados estão apresentados em tabelas de dupla entrada, gráficos de barras ou de colunas. (EF03POU04) Definir a caderneta de poupança como uma alternativa para se guardar dinheiro, apontando suas principais características (EF03MA27) Ler, interpretar e comparar dados apresentados em tabelas de dupla entrada, gráficos de barras ou de colunas, envolvendo resultados de pesquisas significativas, utilizando termos como maior e menor frequência, apropriando-se desse tipo de linguagem para compreender aspectos da realidade sociocultural significativos. Ganhar / Sonhos e projetos (EF03POU05) Comparar, com o auxílio de gráficos, montantes aplicados em uma caderneta de poupança com o montantes guardados em casa (EF03POU06) Preparar um plano de aplicação em caderneta depoupança, com metas, custo de cada meta, horizonte de tempo e estratégias (plano de ação) para cada uma das metas, comparando com um plano sem investimento do dinheiro (EF03MA28) Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas em um universo de até 50 elementos, organizar os dados coletados utilizando listas, tabelas simples ou de dupla entrada e representá-los em gráficos de colunas simples, com e sem uso de tecnologias digitais. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Tempo (EF03CRE01) Identificar necessidades de empréstimos em eventos ligados a empresas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. MATEMÁTICA (EF03MA25) Identificar, em eventos familiares aleatórios, todos os resultados possíveis, estimando os que têm maiores ou menores chances de ocorrência. (EF03CRE02) Identificar necessidades de empréstimos em eventos ligados a famílias (EF03MA26) Resolver problemas cujos dados estão apresentados em tabelas de dupla entrada, gráficos de barras ou de colunas.(EF03CRE03) Explorar impacto das decisões de crédito ao longo do tempo GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Funções do Dinheiro / Valor do Dinheiro / Gastar (EF04PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF04MA01) Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar. (EF04PLA02) Reforçar a lógica de desejos x necessidades, aproveitando de habilidades de operações matemáticas com ordem de grandeza maior para reforçar o impacto de más decisões de compras sobre as finanças (EF04MA02) Mostrar, por decomposição e composição, que todo número natural pode ser escrito por meio de adições e multiplicações por potências de dez, para compreender o sistema de numeração decimal e desenvolver estratégias de cálculo. Dineiro e suas formas / Gastar (EF04PLA03) Identificar vantagens e desvantagens de diferentes métodos de pagamento (EF04MA03) Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado. (EF04MA04) Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias de cálculo. (EF04PLA04) Compreender por que cartões de crédito não são considerados dinheiro (EF04MA05) Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo. (EF04PLA05) Esclarecer como o pagamento é feito quando um consumidor usa um cartão de crédito, relacionando com saldo em conta bancária (EF04MA06) Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais, organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Dineiro e suas formas / Gastar (EF04PLA06) Compreender que as empresas de cartão de crédito pagam aos negócios pelos itens comprados por um portador do cartão e depois cobram o portador do cartão por esses itens Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciaisdo Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF04MA07) Resolver e elaborar problemas de divisão cujo divisor tenha no máximo dois algarismos, envolvendo os significados de repartição equitativa e de medida, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. (EF04MA08) Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais. Gastar / Priorizar e escolher (EF04PLA07) Identificar variações de preços de produtos, promoções e maneiras diferentes de se exibir um preço (Preço total, preço parcelado, preços terminados em 9, em 5, etc.), explorando as diferenças entre as maneiras de se exibir um preço e os propósitos dessas diferenças (EF04MA09) Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso. (EF04MA10) Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação decimal de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário brasileiro.(EF04PLA08) Reconhecer/reforçar que, em situações de consumo, escolher é abdicar, explorando o conceito de custo de oportunidade e seus desdobramentos temporais (EF04MA12) Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de números naturais para os quais as divisões por um determinado número resultam em restos iguais, identificando regularidades. (EF04PLA09) Relacionar a variação de preços de pacotes de produtos (combos) e as diferentes maneiras de se exibir os preços em anúncios a aspectos comportamentais ligados a decisões de compras , identificando armadilhas contidas nas mensagens e nas diferentes maneiras de se exibir um preço (EF04MA13) Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora quando necessário, as relações inversas entre as operações de adição e de subtração e de multiplicação e de divisão, para aplicá-las na resolução de problemas. (EF04MA14) Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de igualdade existente entre dois termos permanece quando se adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses termos. (EF04PLA10) Identificar os termos desconto e troco em uma transação comercial (EF04MA15) Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma igualdade que envolve as operações fundamentais com números naturais. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar / Priorizar e escolher (EF04PLA11) Compreender como trocas comerciais éticas são importantes, identificando o papel de diversos agentes para que isso ocorra, como vendedores, compradores e governo Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF04MA25) Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável. HISTÓRIA (EF04HI03) Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente. Ganhar / Gastar (EF04PLA12) Compreender a origem dos produtos e da circulação de mercadorias, identificando características do comércio, agricultura e indústria e das ocupações ligadas a cada um deles (EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização. GEOGRAFIA (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas. (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no campo e na cidade. (EF04GE08) Descrever e discutir o processo de produção (transformação de matérias- primas), circulação e consumo de diferentes produtos. POUPANÇA ATIVA Ganhar / Risco / Tempo / Priorizar e escolher (EF04POU01) Compreender o conceito de risco e relacionar o mesmo ao conceito de rendimentos de aplicações financeiras MATEMÁTICA (EF04MA27) Analisar dados apresentados em tabelas simples ou de dupla entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos, com base em informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir texto com a síntese de sua análise.(EF04POU02) Compreender que o ato de investir também envolve custos (EF04POU03) Compreender os benefícios de se poupar para o futuro, identificando o conceito de necessidades futuras de recursos (EF04MA28) Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéricas e organizar dados coletados por meio de tabelas e gráficos de colunas simples ou agrupadas, com e sem uso de tecnologias digitais. (EF04POU04) Identificar alternativas para o caso de metas não serem atingidas e o planejamento de poupança não se concretizar Gastar / Priorizar e escolher (EF04POU05) Identificar alguns termos comumente usados para designar custos de investimentos, como taxa de administração e imposto sobre operações financeiras LÍNGUA PORTUGUESA (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global. (EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto. (EF04LP20) Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados e informações. (EF04LP24) Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de apresentação de dados e informações. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco (EF04CRE01) Relacionar o conceito de confiança a uma situação de empréstimos, com seus desdobramentos em risco e custos Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entramem cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF04MA26) Identificar, entre eventos aleatórios cotidianos, aqueles que têm maior chance de ocorrência, reconhecendo características de resultados mais prováveis, sem utilizar frações. (EF04CRE02) Identificar os custos e benefícios de se emprestar algo (EF04MA28) Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéricas e organizar dados coletados por meio de tabelas e gráficos de colunas simples ou agrupadas, com e sem uso de tecnologias digitais. (EF04CRE03) Identificar os custos e benefícios de se pegar algo emprestado (EF04CRE04) Realizar busca de empréstimos para situações cotidianas, como a compra de um bem de consumo durável ou não durável LÍNGUA PORTUGUESA (EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF04CRE05) Compreender os impactos associados a uma decisão de crédito/parcelamento (EF04LP14) Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/ tempo da ocorrência do fato noticiado. GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Dinheiro e suas formas / Gastar (EF05PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF05MA01) Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem das centenas de milhar com compreensão das principais características do sistema de numeração decimal. (EF05PLA02) Identificar barreiras comportamentais para se seguir um planejamento financeiro e as principais maneiras de superar tais barreiras (EF05MA02) Ler, escrever e ordenar números racionais na forma decimal com compreensão das principais características do sistema de numeração decimal, utilizando, como recursos, a composição e decomposição e a reta numérica. (EF05PLA03) Identificar as funções e formas que assumem alguns demonstrativos financeiros comumente utilizados pela família, como extratos bancários e faturas de cartão de crédito (EF05MA03) Identificar e representar frações (menores e maiores que a unidade), associando-as ao resultado de uma divisão ou à ideia de parte de um todo, utilizando a reta numérica como recurso. Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF05PLA04) Definir o orçamento como uma peça importante de planejamento financeiro pessoal, apresentando suas principais características e estratégias de uso (EF05MA04) Identificar frações equivalentes. (EF05MA05) Comparar e ordenar números racionais positivos (representações fracionária e decimal), relacionando-os a pontos na reta numérica. (EF05PLA05) Identificar os componentes de um orçamento e sua dimensão temporal, diferenciando receitas de despesas fixas e variáveis (EF05MA06) Associar as representações 10%, 25%, 50%, 75% e 100% respectivamente à décima parte, quarta parte, metade, três quartos e um inteiro, para calcular porcentagens, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. (EF05PLA06) Discernir entre situações de desconto e parcelamento, identificando as vantagens e desvantagens de cada uma, bem como os custos implícitos na decisão escolhida (EF05MA07) Resolver e elaborar problemas de adição e subtração com números naturais e com números racionais, cuja representação decimal seja finita, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. (EF05PLA07) Compreender a necessidade de se adotar critérios para uma compra, examinando o conceito de pesquisa de compras e matriz de decisão ligada a uma compra (EF05MA08) Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com números naturais e com números racionais cuja representação decimal é finita (com multiplicador natural e divisor natural e diferente de zero), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. (EF05MA09) Resolver e elaborar problemas simples de contagem envolvendo o princípio multiplicativo, como a determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com todos os elementos de outra coleção, por meio de diagramas de árvore ou por tabelas.(EF05PLA08) Analisar as diferenças entre um pagamento utilizando cartão de débito e cartão de crédito, identificando sua relação com a conta bancária e com o orçamento (EF05MA10) Concluir, por meio de investigações, que a relação de igualdade existente entre dois membros permanece ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir cada um desses membros por um mesmo número, para construir a noção de equivalência. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher (EF05PLA09) Calcular os custos do pagamento parcial de uma fatura de cartão de crédito, identificando seus impactos sobre as finanças de um indivíduo ou família Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF05MA11) Resolver e elaborar problemas cuja conversão em sentença matemática seja uma igualdade com uma operação em que um dos termos é desconhecido. (EF05MA12) Resolver problemas que envolvam variação de proporcionalidadedireta entre duas grandezas, para associar a quantidade de um produto ao valor a pagar, alterar as quantidades de ingredientes de receitas, ampliar ou reduzir escala em mapas, entre outros.(EF05PA10) Analisar criticamente a importância do planejamento de compras sobre a saúde financeira de um indivíduo ou família (EF05MA13) Resolver problemas envolvendo a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, tais como dividir uma quantidade em duas partes, de modo que uma seja o dobro da outra, com compreensão da ideia de razão entre as partes e delas com o todo. Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF05PLA11) Compreender o conceito de cidadania financeira e sua importância para uma boa gestão de recursos HISTÓRIA (EF05HI02) Identificar os mecanismos de organização do poder político com vistas à compreensão da ideia de Estado e/ou de outras formas de ordenação social. (EF05HI05) Associar o conceito de cidadania à conquista de direitos dos povos e das sociedades, compreendendo-o como conquista histórica. (EF05PLA12) Identificar órgãos de participação social que possam auxiliar para a promoção de um comércio justo, para a proteção das relações de consumo e seus desdobramentos sobre a promoção da cidadania financeira GEOGRAFIA (EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais de participação social responsáveis por buscar soluções para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como meio ambiente, mobilidade, moradia e direito à cidade) e discutir as propostas implementadas por esses órgãos que afetam a comunidade em que vive. (EF05PLA13) Identificar a evolução e o impacto do crescimento das cidades sobre as relações comerciais e seus potenciais desdobramentos sobre nosso comportamento de consumo (EF05GE03) Identificar as formas e funções das cidades e analisar as mudanças sociais, econômicas e ambientais provocadas pelo seu crescimento. (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços. LÍNGUA PORTUGUESA (EF05LP05) Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. (EF05LP19) Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC POUPANÇA ATIVA Ganhar / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF05POU01) Compreender o funcionamento de um fundo de investimentos, comparando-o com a caderneta de poupança Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF05MA22) Apresentar todos os possíveis resultados de um experimento aleatório, estimando se esses resultados são igualmente prováveis ou não. (EF05POU02) Identificar a relação entre risco e potencial retorno de uma aplicação financeira (EF05MA23) Determinar a probabilidade de ocorrência de um resultado em eventos aleatórios, quando todos os resultados possíveis têm a mesma chance de ocorrer (equiprováveis). (EF05POU03) Compreender os benefícios de se poupar para o futuro, identificando o conceito de necessidades futuras de recursos (EF05POU04) Preparar um plano de poupança para o horizonte de médio prazo, com metas, custo de cada meta, horizonte de tempo e estratégias, identificando alternativas de investimentos e seus custos (EF05MA24) Interpretar dados estatísticos apresentados em textos, tabelas e gráficos (colunas ou linhas), referentes a outras áreas do conhecimento ou a outros contextos, como saúde e trânsito, e produzir textos com o objetivo de sintetizar conclusões. (EF05POU05) Identificar alternativas para o caso de metas não serem atingidas e o planejamento de poupança não se concretizar, analisando cenários e desdobramentos (EF05MA25) Realizar pesquisa envolvendo variáveis categóricas e numéricas, organizar dados coletados por meio de tabelas, gráficos de colunas, pictóricos e de linhas, com e sem uso de tecnologias digitais, e apresentar texto escrito sobre a finalidade da pesquisa e a síntese dos resultados. USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF05CRE01) Compreender que crédito permite satisfazer necessidades no presente, mas tem seus custos no futuro MATEMÁTICA (EF05MA06) Associar as representações 10%, 25%, 50%, 75% e 100% respectivamente à décima parte, quarta parte, metade, três quartos e um inteiro, para calcular porcentagens, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.(EF05CRE02) Compreender os custos associados a uma decisão de crédito/parcelamento (EF05MA08) Resolver e elaborar problemas de multiplicação e divisão com números naturais e com números racionais cuja representação decimal é finita (com multiplicador natural e divisor natural e diferente de zero), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo mental e algoritmos. (EF05CRE03) Compreender o funcionamento de uma operação de empréstimo, desde o momento da tomada até sua quitação (EF05CRE04) Saber identificar semelhanças entre uma situação de compra parcelada e um empréstimo LÍNGUA PORTUGUESA (EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas. (EF05CRE05) Compreender que o não pagamento de uma fatura de cartão de crédito se configura como uma operação de empréstimo (EF05LP24) Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médioe longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF06PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. (EF06PLA02) Identificar barreiras comportamentais para se seguir um planejamento financeiro e as principais maneiras de superar tais barreiras (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal. (EF06PLA03) Definir e fornecer exemplos de recursos naturais, recursos humanos, recursos de capital e a presença de atividades empreendedoras na comunidade em que vive (EF06PLA04) Relacionar o fato de que, como os recursos são escassos, devemos pagar um preço pelo uso deles (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. (EF06MA04) Construir algoritmo em linguagem natural e representá-lo por fluxograma que indique a resolução de um problema simples (por exemplo, se um número natural qualquer é par). (EF06PLA05) Definir custo de produção e identificar a relação entre o mesmo e o uso de recursos, sejam eles humanos, naturais ou de capital (EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000. (EF06PLA06) Compreender que o uso de recursos de capital pode aumentar a produtividade, relacionando tal fato com conceitos de escassez, oferta, demanda e custo de oportunidade (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor. (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta numérica. (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de calculadora. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF06PLA07) Distinguir entre os diversos custos de uma atividade empresarial, como custo com produtos, folha de pagamentos, impostos, entre outros, diferenciando dos recursos advindos de vendas de bens e serviços Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na representação fracionária. (EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para verificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de calculadora. Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF06PLA08) Compreender o conceito de lucro como sendo uma subtração entre receitas e custos e despesas de uma organização (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima. (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros. (EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas. (EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, envolvendo relações aditivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o todo.(EF06PLA09) Identificar a relação entre as variáveis preço e quantidade sobre o lucro de uma atividade empresarial, relacionando com suas percepções sobre tamanho de empresas e participação de mercado (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF06PLA10) Compreender as dimensões “Participação”e “Proteção ao consumidor”presentes no conceito de cidadania financeira e sua importância para uma boa gestão de recursos Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dosanos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões. LÍNGUA PORTUGUESA (EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas, impressos e on-line, sites noticiosos etc., destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges, assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de maneira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicar notícias, notas jornalísticas, fotorreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor. (EF67LP16) Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.(EF06PLA11) Localizar iniciativas de participação no sistema financeiro e participação em sua comunidade, descrevendo sua atuação para a proteção das relações de consumo e sua contribuição para a promoção da cidadania financeira (EF67LP17) Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum dos seus membros. (EF06PLA12) Criar notícas/textos/peças publicitários que relatem relações comerciais justas e de respeito ao consumidor/cidadão percebidas no contexto das atividades empresariais da comunidade em que o estudante vive (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos). (EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos publicitários, levando em conta o contexto de produção dado, explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos verbais e visuais, utilizando adequadamente estratégias discursivas de persuasão e/ou convencimento e criando título ou slogan que façam o leitor motivar-se a interagir com o texto produzido e se sinta atraído pelo serviço, ideia ou produto em questão. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF06PLA13) Identificar potenciais danos à natureza e à paisagem decorrentes de atividades empresariais presentes na comunidade em que o estudante vive Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. GEOGRAFIA (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização. (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades. POUPANÇA ATIVA Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF06POU01) Compreender o conceito de resiliência financeira e seus desdobramentos para a vida financeira de longo prazo MATEMÁTICA (EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a por número racional (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos.(EF06POU02) Compreender que um investidor de longo prazo se preocupa com sua resiliência financeira (EF06POU03) Identificar os benefícios da geração de poupança de longo prazo (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de gráfico. (EF06POU04) Compreender que a geração de poupança de longo prazo é um aliado na realização de projetos de vida (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. (EF06POU05) Relacionar risco e longo prazo em investimentos financeiros, identificando aspectos comportamentais da tomada de decisões em situação de risco USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF06CRE01) Identificar crédito em atividades empresariais MATEMÁTICA (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto. (EF06CRE02) Relacionar aspectos comportamentais à tomada de decisões de crédito (EF06CRE03) Distinguir entre empréstimos de curto e longo prazo, identificando suas características e diferenças principais (EF06MA34) Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as relações entre os objetos representados (por exemplo, posição de cidades considerando as estradas que as unem, hierarquia dos funcionários de uma empresa etc.). (EF06CRE04) Compreender o fluxo de recursos na economia, a presença de agentes superavitários, deficitários e os intermediários financeiros 5 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionaisdesenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher / Tempo / Sonhos e projetos (EF07PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF07MA01) Resolver e elaborar problemas com números naturais, envolvendo as noções de divisor e de múltiplo, podendo incluir máximo divisor comum ou mínimo múltiplo comum, por meio de estratégias diversas, sem a aplicação de algoritmos. (EF07PLA02) Discutir o conceito de curto e longo prazo aliado ao ato de se planejar financeiramente, relaciondo com o conceito de trocas intertemporais (EF07MA02) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, como os que lidam com acréscimos e decréscimos simples, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, no contexto de educação financeira, entre outros. (EF07PLA03) Identificar barreiras comportamentais para se seguir um planejamento financeiro e as principais maneiras de superar tais barreiras (EF07MA03) Comparar e ordenar números inteiros em diferentes contextos, incluindo o histórico, associá-los a pontos da reta numérica e utilizá-los em situações que envolvam adição e subtração. (EF07MA04) Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros. (EF07PLA04) Apresentar o conceito de matriz de decisão como uma forma de identificar prioridades e auxiliar no planejamento financeiro dos indivíduos, relacionando com o conceito de trocas intertemporais (EF07MA05) Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos. (EF07MA06) Reconhecer que as resoluções de um grupo de problemas que têm a mesma estrutura podem ser obtidas utilizando os mesmos procedimentos. (EF07MA07) Representar por meio de um fluxograma os passos utilizados para resolver um grupo de problemas. (EF07MA08) Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros, resultado da divisão, razão e operador. (EF07MA09) Utilizar, na resolução de problemas, a associação entre razão e fração, como a fração 2/3 para expressar a razão de duas partes de uma grandeza para três partes da mesma ou três partes de outra grandeza. (EF07PLA05) Aplicar o conceito de matriz de decisão a fatos cotidianos, como pesquisa de preços de produtos e a construção de orçamento do indivíduo ou família (EF07MA10) Comparar e ordenar números racionais em diferentes contextos e associá-los a pontos da reta numérica. (EF07MA11) Compreender e utilizar a multiplicação e a divisão de números racionais, a relação entre elas e suas propriedades operatórias. (EF07MA12) Resolver e elaborar problemas que envolvam as operações com números racionais. (EF07MA13) Compreender a ideia de variável, representada por letra ou símbolo, para expressar relação entre duas grandezas, diferenciando-a da ideia de incógnita. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher / Tempo / Sonhos e projetos (EF07PLA05) Aplicar o conceito de matriz de decisão a fatos cotidianos, como pesquisa de preços de produtos e a construção de orçamento do indivíduo ou família Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF07MA14) Classificar sequências em recursivas e não recursivas, reconhecendo que o conceito de recursão está presente não apenas na matemática, mas também nas artes e na literatura. (EF07MA15) Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades encontradas em sequências numéricas. Valor do Dinheiro / Gastar / Tempo (EF07PLA06) Identificar a inflação como a variação de preços de produtos no tempo, relacionando com suas causas e os impactos sobre o planejamento financeiro de uma família (EF07MA16) Reconhecer se duas expressões algébricas obtidas para descrever a regularidade de uma mesma sequência numérica são ou não equivalentes. (EF07MA17) Resolver e elaborar problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta e de proporcionalidade inversa entre duas grandezas, utilizando sentença algébrica para expressar a relação entre elas. (EF07MA18) Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais de 1o grau, redutíveis à forma ax + b = c, fazendo uso das propriedades da igualdade. (EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada. (EF07PLA07) Reconhecer o consumismo como um fenômeno danoso à sociedade e seus possíveis impactos LÍNGUA PORTUGUESA (EF69LP02) Analisar e comparar peças publicitárias variadas(cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber a articulação entre elas em campanhas, as especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros. Valor do Dinheiro / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF07PLA08) Identificar o propósito das propagandas e a maneira como afetam nossa comportamento de compras (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas de consumo conscientes. (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor, comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis, tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0, que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de consumidor e produtor. (EF07PLA09) Criar textos/peças publicitários que se enquadrem no contexto das atividades empresariais da comunidade em que o estudante vive 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF07PLA10) Identificar e comparar notícias que envolvam a economia e questões financeiras da população da cidade onde reside Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. LÍNGUA PORTUGUESA (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico- discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, metáforas, imagens). (EF07PLA11) Produzir notícias, a partir de pesquisas realizadas em fontes diversas, sobre problemas financeiros percebidos na população da cidade onde reside (EF07LP02) Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes mídias, analisando as especificidades das mídias, os processos de (re) elaboração dos textos e a convergência das mídias em notícias ou reportagens multissemióticas. HISTÓRIA (EF07HI17) Discutir as razões da passagem do mercantilismo para o capitalismo. GEOGRAFIA (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas. (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo. (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares. (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro. (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras. 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC POUPANÇA ATIVA Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF07POU01) Diferenciar características de investimento de curto e longo prazo no que tange a risco e retorno Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF07MA17) Resolver e elaborar problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta e de proporcionalidade inversa entre duas grandezas, utilizando sentença algébrica para expressar a relação entre elas. (EF07POU02) Identificar aspectos comportamentais de um investidor que se preocupa com o longo prazo (EF07MA18) Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais de 1o grau, redutíveis à forma ax + b = c, fazendo uso das propriedades da igualdade. (EF07POU03) Compreender a contribuição de um comportamento de poupança de longo prazo para o alcance de sonhos (EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada. (EF07POU04) Compreender que ações são títulos que além de permitir às empresas a capitalização, podem se configurar como oportunidades de investimentos (EF07MA34) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de probabilidadesou estimativas por meio de frequência de ocorrências. (EF07MA35) Compreender, em contextos significativos, o significado de média estatística como indicador da tendência de uma pesquisa, calcular seu valor e relacioná-lo, intuitivamente, com a amplitude do conjunto de dados. (EF07POU05) Identificar o risco do investimento em ações, bem como seus desdobramentos temporais e monetários sobre o patrimônio das pessoas (EF07MA36) Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a necessidade de ser censitária ou de usar amostra, e interpretar os dados para comunicá-los por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de planilhas eletrônicas. (EF07POU06) Compreender os ganhos e custos de um investimento em ações USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF07CRE01) Identificar as características de um empréstimo estudantil MATEMÁTICA (EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada. (EF07CRE02) Relacionar aspectos comportamentais à tomada de decisões de crédito (EF07CRE03) Compreender o fluxo de recursos na economia, a presença de agentes superavitários, deficitários e os intermediários financeiros (EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores divulgados pela mídia e compreender quando é possível ou conveniente sua utilização. (EF07CRE04) Identificar o mercado acionário como uma fonte de crédito para as atividades empresariais LÍNGUA PORTUGUESA (EF07LP02) Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas em diferentes mídias, analisando as especificidades das mídias, os processos de (re) elaboração dos textos e a convergência das mídias em notícias ou reportagens multissemióticas. 5 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher (EF08PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF08MA01) Efetuar cálculos com potências de expoentes inteiros e aplicar esse conhecimento na representação de números em notação científica. (EF08PLA02) Identificar barreiras comportamentais para se seguir um planejamento financeiro e as principais maneiras de superar tais barreiras, relacionando com o conceito de necessidades e desejos ligados ao processo de compras (EF08MA02) Resolver e elaborar problemas usando a relação entre potenciação e radiciação, para representar uma raiz como potência de expoente fracionário. (EF08MA03) Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução envolva a aplicação do princípio multiplicativo. (EF08MA04) Resolver e elaborar problemas, envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo o uso de tecnologias digitais. (EF08PLA03) Identificar exemplos de como as boas decisões financeiras podem gerar impacto na vida financeira no curto e longo prazos (EF08MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculo do valor numérico de expressões algébricas, utilizando as propriedades das operações. (EF08MA08) Resolver e elaborar problemas relacionados ao seu contexto próximo, que possam ser representados por sistemas de equações de 1o grau com duas incógnitas e interpretá-los, utilizando, inclusive, o plano cartesiano como recurso. (EF08PLA04) Discutir o conceito de custo e benefício atrelados a uma decisão de compra, identificando o conceito de custo de oportunidade atrelado ao consumo (EF08MA10) Identificar a regularidade de uma sequência numérica ou figural não recursiva e construir um algoritmo por meio de um fluxograma que permita indicar os números ou as figuras seguintes. (EF08MA11) Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e construir um algoritmo por meio de um fluxograma que permita indicar os números seguintes. (EF08PLA05) Empregar instrumentos de pesquisa de preço e decisão de compra, usando como ilustração situações ligadas aos itens mais consumidos pelos alunos e suas famílias (EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais ou não proporcionais, expressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano. (EF08MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, por meio de estratégias variadas. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher (EF08PLA06) Compreender o conceito de inflação como a variação de preço de um produto em um período de tempo e seus desdobramentos sobre a vida financeira dos indivíduos Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando o princípio multiplicativo, e reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amostral é igual a 1. (EF08MA23) Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa. (EF08MA24) Classificar as frequências de uma variável contínua de uma pesquisa em classes, de modo que resumam os dados de maneira adequada para a tomada de decisões. Valor do Dinheiro / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF08PLA07) Identificar as variações de preços dos produtos em diferentes estabelecimentos comerciais, de forma a compreender a importância da pesquisa de preços para o orçamento financeiro pessoal (EF08MA25) Obter os valores de medidas de tendência central de uma pesquisa estatística (média, moda e mediana) com a compreensão de seus significados e relacioná-los com a dispersão de dados, indicada pela amplitude. (EF08MA26) Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética ou econômica), que justificam a realização de pesquisas amostrais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra casual simples, sistemática e estratificada).(EF08PLA08) Compreender o conceito de variação de preços com base em momento da compra (época do ano, safra, promoções, entre outros) (EF08MA27) Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que contenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central, a amplitude e as conclusões. (EF08PLA09) Produzir textos/artigos/reportagens de jornal ou site/instrumentos de comunicação de forma a tratar do conceito de planejamento financeiro, seus desdobramentos e vantagens para os estudantes da escola LÍNGUA PORTUGUESA (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam analisar partes da questão e compartilhá- los com a turma. (EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra- argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase. (EF08PLA10) Identificar questões de desigualdade de renda e seus impactos sobre as finanças dos indivíduos e sobre sua capacidade de planejar a vida financeira GEOGRAFIA (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África. (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC POUPANÇA ATIVA Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF08POU01) Compreender o conceito de resiliência financeira e seus desdobramentos para a vida financeira de longo prazo Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. LÍNGUA PORTUGUESA (EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão. (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. (EF08POU02) Identificar questões comportamentais ligadas à construção de resiliência financeira (EF08POU03) Compreender a importância de se proteger o patrimônio e seus benefícios de curto e longo prazo MATEMÁTICA (EF08MA26) Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética ou econômica), que justificam a realização de pesquisas amostrais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra casual simples, sistemática e estratificada). (EF08MA27) Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que contenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central, a amplitude e as conclusões. (EF08POU04) Compreender o conceito de seguros, seus principais tipos, características e benefícios 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF08CRE01) Identificar principais motivações para se tomar crédito Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “ConsciênciaSocial”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF08MA26) Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética ou econômica), que justificam a realização de pesquisas amostrais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra casual simples, sistemática e estratificada). (EF08CRE02) Distinguir entre empréstimos de curto e longo prazo, identificando suas características e diferenças principais (EF08MA27) Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que contenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central, a amplitude e as conclusões. (EF08CRE03) Compreender os riscos do endividamento exagerado LÍNGUA PORTUGUESA (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais temas/ subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. (EF08CRE04) Analisar de maneira critica o endividamento da população como um fenômeno do mundo contemporâneo e seus desdobramentos sobre a resiliência financeira das famílias (EF69LP09) Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc. (EF69LP13) Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de relevância social. GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos. 1 Banco Central Aprender Valor ■ MATRIZ EDUCAÇÃO FINANCEIRA 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo (EF09PLA01) Compreender os benefícios que a Educação Financeira pode trazer para a vida financeira de longo prazo das pessoas Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários. (EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações. (EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a determinação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da educação financeira. (EF09PLA02) Identificar barreiras comportamentais para se seguir um planejamento financeiro e as principais maneiras de superar tais barreiras, relacionando com o conceito de necessidades e desejos ligados ao processo de compras (EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações numérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis. (EF09PLA03) Relacionar capital humano e renda e compreender como as duas variáveis se relacionam no contexto da cidade onde o aluno reside (EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densidade demográfica. (EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais grandezas, inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de outras áreas. (EF09PLA04) Relacionar tempo de permanência na escola e renda potencial no futuro, identificando os impactos de um maior número de anos de estudo sobre a vida financeira das pessoas (EF09MA09) Compreender os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em suas relações com os produtos notáveis, para resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais do 2o grau. (EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos. (EF09PLA05) Pesquisar e apresentar dados ligados a trabalho e renda na cidade/região onde vive (EF09MA21) Analisar e identificar, em gráficos divulgados pela mídia, os elementos que podem induzir, às vezes propositadamente, erros de leitura, como escalas inapropriadas, legendas não explicitadas corretamente, omissão de informações importantes (fontes e datas), entre outros. (EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central. (EF09MA23) Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da realidade social e comunicar os resultados por meio de relatório contendo avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de planilhas eletrônicas. 2 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Valor do Dinheiro / Gastar / Priorizar e escolher / Sonhos e projetos (EF09PLA06) Identificar o propósito das propagandas e a maneira como afetam nossa comportamento de compras Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento,sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. LÍNGUA PORTUGUESA (EF89LP11) Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas. (EF09PLA07) Criar notícas/textos/peças publicitários que relatem relações comerciais justas e de respeito ao consumidor/cidadão percebidas no contexto das atividades empresariais da comunidade em que o estudante vive (EF69LP20) Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de organização dos textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e subitens e suas partes: parte inicial (título – nome e data – e ementa), blocos de artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção), artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte final (disposições pertinentes à sua implementação) e analisar efeitos de sentido causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo uso do imperativo, de palavras e expressões que indicam circunstâncias, como advérbios e locuções adverbiais, de palavras que indicam generalidade, como alguns pronomes indefinidos, de forma a poder compreender o caráter imperativo, coercitivo e generalista das leis e de outras formas de regulamentação. (EF09PLA08) Compreender as dimensões “Participação”e “Proteção ao consumidor”presentes no conceito de cidadania financeira e sua importância para uma boa gestão de recursos (EF09PLA09) Identificar os principais organismos de proteção ao consumidor e as principais normas que regulam relações comerciais (EF89LP21) Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção. (EF09PLA10) Localizar iniciativas de participação no sistema financeiro e participação em sua comunidade, descrevendo sua atuação para a proteção das relações de consumo e sua contribuição para a promoção da cidadania financeira (EF69LP22) Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas ( justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão. (EF09PLA11) Identificar na comunidade casos reais que envolvam problemas em relações de consumo e como tais casos foram tratados, identificando de maneira crítica seus desdobramentos (EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo. 3 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC PLANEJAMENTO DO USO DE RECURSOS Dinheiro e suas formas / Ganhar / Gastar / Priorizar e escolher (EF09PLA12) Identificar as diferenças entre empregos na cidade e no campo e a renda média em diversos tipos de atividade Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. HISTÓRIA (EF09HI05) Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive. (EF09HI27) Relacionar aspectos das mudanças econômicas, culturais e sociais ocorridas no Brasil a partir da década de 1990 ao papel do País no cenário internacional na era da globalização. GEOGRAFIA (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade. (EF09PLA13) Reconhecer o consumismo como um fenômeno danoso à sociedade e seus possíveis impactos (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização. (EF09PLA14) Analisar de maneira crítica o sistema financeiro do país, suas funções e desdobramentos da atuação de corporações financeiras (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil. (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil. (EF09PLA15) Compreender o papel do Banco Central do Brasil dentro do sistema financeiro (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas. POUPANÇA ATIVA Ganhar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF09POU01) Identificar os benefícios de se poupar para objetivos de longo prazo, relacionando com o conceito de resiliência financeira MATEMÁTICA (EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.(EF09POU02) Identificar aspectos comportamentais de um investidor que se preocupa com o longo prazo (EF09POU03) Compreender a contribuição de um comportamento de poupança de longo prazo para o alcance de sonhos (EF09MA23) Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da realidade social e comunicar os resultados por meio de relatório contendo avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de planilhas eletrônicas. (EF09POU04) Preparar um plano de investimentos de longo prazo, identificando objetivose metas, seus custos, plano de ação e investimentos escolhidos para cada objetivo 4 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC USO DO CRÉDITO Gastar / Priorizar e escolher / Risco / Tempo / Sonhos e projetos (EF09CRE01) Analisar os possíveis impactos de um empréstimo estudantil sobre a vida financeira de longo prazo de um estudante Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA (EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central. (EF09MA23) Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da realidade social e comunicar os resultados por meio de relatório contendo avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o apoio de planilhas eletrônicas. (EF09CRE02) Compreender os custos de um empréstimo estudantil (EF09CRE03) Analisar o endividamento da população como um fenômeno do mundo contemporâneo e seus desdobramentos sobre a resiliência financeira das famílias LÍNGUA PORTUGUESA (EF89LP08) Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/ espectadores, veículos e mídia de circulação etc. – a partir da escolha do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato ou tema – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, análise de documentos, cobertura de eventos etc. -, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc., da produção de infográficos, quando for o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de boxes variados). (EF89LP10) Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores. (EF09CRE04) Refletir criticamente sobre soluções para a questão do endividamento exagerado da população, produzindo ferramentas de conscientização da comunidade escolar sobre o problema (EF89LP12) Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema previamente definido, de interesse coletivo, com regras acordadas e planejar, em grupo, participação em debate a partir do levantamento de informações e argumentos que possam sustentar o posicionamento a ser defendido (o que pode envolver entrevistas com especialistas, consultas a fontes diversas, o registro das informações e dados obtidos etc.), tendo em vista as condições de produção do debate – perfil dos ouvintes e demais participantes, objetivos do debate, motivações para sua realização, argumentos e estratégias de convencimento mais eficazes etc. e participar de debates regrados, na condição de membro de uma equipe de debatedor, apresentador/mediador, espectador (com ou sem direito a perguntas), e/ ou de juiz/avaliador, como forma de compreender o funcionamento do debate, e poder participar de forma convincente, ética, respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de respeito e diálogo para com as ideias divergentes. 5 Competências gerais de Educação Financeira Objetos de Conhecimento Educação Financeira Habilidades EF desenvolvidas Habilidades Socioemocionais desenvolvidas Área de conhecimento BNCC Habilidades BNCC GERAL (PLA, POU E CRE) TODOS EF19PPC01 Reconhecer o dinheiro como elemento importante na realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. Dentre as habilidades socioemocionais mapeadas pela literatura, a proposta mais aceita é a de se trabalhar primordialmente as habilidades ligadas a autogestão e autoconsciência e seus desdobramentos com estudantes dos anos iniciais do Fundamental I, para só depois começar a se inserir as demais habilidades. Nesse sentido, a partir do 4º ano, em escala gradual e com pesos diferentes, o olhar se volta para o outro, para as habilidades ligadas a relacionamento, sem deixar de lado aquelas já trabalhadas do 1º ao 3º anos. Entram em cena, nesse momento, as habilidades de “Consciência Social”, “Habilidades de relacionamento” e “Tomada de decisão responsável”. MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA LIVRE (respeitando as habilidades da BNCC listadas acima para este ano) EF19PPC02 Entender como o planejamento pode auxiliar na realização de sonhos e planos, de curto, médio e longo prazos, que dependam de recursos financeiros. EF19PPC03 Refletir sobre a importância do hábito de poupar, e como a poupança pode contribuir para a realização de sonhos e planos de curto, médio e longo prazos. EF19PPC04 Compreender o conceito de crédito e as implicações de seu uso no dia-a-dia, relacionando-o com o planejamento do uso de recursos.