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corpos medianos disco suctorial ou adesivo axóstilo vacúolos fibrilas longitudinais (axonemas de flagelos) núcleos ***4 Cisto mais alongado; Presença de fibrilas que originarão os flagelos; Giardia lambliaGiardia lamblia Giardia lamblia pertence ao Filo Sarcomastigophora (inclui os que emitem pseudópodes ou possui flagelos) Primeiro protozoários humanos a serem descritos; Giardia lamblia = G. duodenalis = G. intestinalis. Epidemiologia: Segundo a OMS, há cerca de 200 milhões de infectados e 500 mil casos por ano. Está predominantemente em países subdesenvolvidos e tropicais; Acomete principalmente crianças; No Brasil ela predomina na região Sudeste, por conta da quantidade de pessoas e o tratamento de água/esgota é ainda precário. Aparência: A Giargia vai apresentar duas conformações: a de trofozoíto (forma metabólica) e a de cisto (forma de resistência). trofozoíto 4 pares de flagelo núcleos simetria bilateral O disco suctorial tem importante função de adesão do parasito ao epitélio intestinal; O axóstilo funciona como um endoesqueleto, dando sustentação; Corpos medianos ajudam a célula a contrair e se estender. cisto corpos escuros As estruturas do cisto estão duplicadas em relação ao trofozoíto, indicando que 1 cisto dará origem a 2 trofozoítos. Transmissão: Predominantemente feco-oral; Contaminação de água, alimentos com os cistos da Giardia; A higiene também está relacionada; E o contato com animais domésticos (hospedeiros); E transmissão via sexo oro-anal. Transmissão pessoa-pessoa Em creches... Por conta da quantidade de crianças que não possui uma higiene adequada e brincam, compartlham materias. Ciclo biológico: É um parasito monoxeno; Uma pequena quantidade de cisto (10 a 100) é suficiente para produzir a infecção; fatores que podem ser um gatilho para o encistamento pH intestinal; sais biliares; descolamento do parasito pela ação de imunoglobulinas. ingeriu um alimento contaminado com um pequeno número de cisto da Giardia Ação mecânica dos trofozoítos;1. Toxinas liberadas pelo parasito;2. Processos inflamatórios;3. enterite achatamento das microvilosidades do epitélio + inflamação + edema absorção produção de enzimas pressão osmótica alteração do peristaltismo o cisto quando chegar no estômago encontrará as condições necessárias (37°C - pH 2.0) para desinsistar, liberando os trofozoítos os trofozoítos vão habitar o intestino delgado do hospedeiro os trofozoítos formados vão percorrendo o intestino e em algum momento chegam nas porções finais do intestino grosso, que por conta das mudanças de ambiente pode ser um gatilho para esses trofozoítos sofrerem o encistamento (de trofozoíto para cisto) esses cistos formados são eliminados pelas fezes, que contaminam o meio ambiente no intestino eles vão se alimentar, se replicar por divisão binária Relação parasito-hospedeiro: A cepa - se possui mais fator de virulência; O número de cistos ingeridos; A idade - rara em bebês menores de 6 meses, por conta da proteção decorrente do aleitamento materno (que possui anticorpos, mas também ác. graxos que fazem uma camada de proteção no epitélio), porém predomina em crianças <5 anos. Imunidade; Baixa produção de ácido clorídrico (pH do estômago mais aumentado e o cisto não consegue se desencistar). Diferentes condições vão favorecer ou desfavorecer com que o parasito permaneça ou seja eliminado do hospedeiro - vai estabelecer também as manifestações clínicas do indivíduo infectado. Sintomatologia: Maioria assintomática; Diarreia aguda e autolimitada: -Explosiva, grande volume, bolhas, odor fétido e dores abdominais. Diarreia crônica: -Esteatorreia (fezes com gordura); -Perda de peso; -Síndrome de má absorção. Patogenia: Patogênese multifatorial: - diferentes elementos vão atuar para favorecer o surgimento das manifestações clínicas; ATAPETAMENTO DE MUCOSA: Atapetamento de mucosa - quando a infecção está num grau tão elevado, que a Giardia ocupa todo o epitélio intestinal, formando um “tapete de giardia” Diagnóstico: Observar esteatorreia, náuseas e vômitos, perda de apetite, dor abdominal, Clínico: Laboratorial: Exame parasitológico de fezes - buscar pelos trofozoítos (diarreia aguosa) e cistos (pastosa/ firme); Testes imunológicos; PCR. Tratamento: Normalmente pacientes sintomáticos nem buscam atendimento médico por conta de ser uma infecção autolimitada na maioria das vezes, e somente esperam passar os sintomas. Metronidazol - 80% a 90% de cura (20% dos pacientes já estão apresentando resistência; Tinidazol, ornidazol, secnidazol; Furazolidona; Albendazol; Nitazoxanida - para Giardia e Cryptosporidium, Profilaxia: Tratamento de águas e esgotos; Educação em saúde; Atenção a resistência a cloro, porém sensíveis a fervura.