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COMPORTAMENTOS DESAFIADORES: DA IDENTIFICAÇÃO A INTERVENÇÃO Professor Mestre Robson Batista Dias Psicólogo (CRP 14/05584-6), Mestre em Psicologia, Especialista em Neuropsicologia, Especialista em Psicopedagogia e Especialista em Educação Especial, Diversidade e Inclusão. @robsondiaspsi | robsondias@hotmail.com COMPORTAMENTO • De acordo com a Teoria Behaviorista, comportamento é absolutamente tudo o que fazemos e que modifica ou é modificado pelo ambiente onde estamos. EPISÓDIO COMPORTAMENTAL • Episódio comportamental, entendido como uma relação entre eventos comportamentais (respostas) e eventos ambientais (estímulos). Fonte: LOPES, C. E. Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 10, n. 1, p. 1-13, jun. 2008 . COMPORTAMENTO-PROBLEMA • Comportamentos-problema são aqueles que impedem a realização de comportamentos adequados; • Podem atrapalhar a aprendizagem ou mesmo o desenvolvimento social da criança. COMPORTAMENTOS PROBLEMA • 1. Comportamento que causa danos ou ferimentos para o próprio indivíduo ou para outra pessoa. Exemplo: autolesão, agressão a outros; • 2. Comportamento que resulta em destruição de objetos ou propriedade. Exemplo: jogar materiais ou objetos; • 3. Comportamento que tem como consequência a reprovação social e/ou afasta as pessoas. Exemplo: tocar as partes íntimas em si ou em outras pessoas; • 4. Comportamento atrapalha o aprendizado ou a conclusão de um trabalho. Exemplo: estereotipias ou mesmo rituais. Fonte: ARANTES & CHEREGUINI. Comportamentos-problema podem ser comportamentos disruptivos isolados ou mesmo Transtorno Opositor desafiador. COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS • São aqueles comportamentos agressivos, de oposição, de desafio e de enfrentamento, em que as crianças ficam muito agitadas, chorosas e não demonstram consideração por objetos e pessoas. • Birras e comportamentos disruptivos podem ser, em última análise, uma forma de se comunicar; • Geralmente, dizem uma de duas coisas: “eu não quero esta situação” ou “eu quero este objeto ou atividade” COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS • A ocorrência desses comportamentos inadequados em crianças diagnosticadas com TEA provavelmente está ligada à dificuldade que elas têm em utilizar a comunicação convencional para manifestar seus desejos e inquietudes. Por conta disso, utiliza da forma de comunicação que lhe é acessível (e que é extremamente funcional): a birra e os disruptivos. COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS PARA O TEA... BIRRA OBJETIVOFUNCIONA COMUNICAÇÃO ADEQUADA OBJETIVODIFÍCIL X • A criança com TEA tem respostas de crise e birra quando não são compreendidas; • A ampliação dessas crises para situações de agressão, destruição e violência (especialmente quando tem de cumprir regras) é um indicador para a comorbidade entre TEA+TOD. • Os primeiros sintomas surgem na infância; • Dificuldade em se concentrar nas tarefas; • A hiperatividade, impaciência, instabilidade no humor, impulsividade, baixo nível de tolerância, dificuldades com limites, presentes no TDAH, podem se confundir com o TOD; • A hiperatividade, impaciência, instabilidade no humor no TDAH são similares à inquietação dos autistas que podem se confundir com o TOD. Em casos de comportamentos agressivos ou disruptivos: • Entender o comportamento; • Desenvolver formas de prevenir sua ocorrência ou minimizar seus efeitos; • Implementar medidas para que ocorra de forma menos frequente ou menos intensa; • Planejar maneiras seguras para lidar com situações de crise. ESTRATÉGIAS • Observe quando e onde a raiva da criança/adolescente explode. A documentação pode ajudar a identificar os gatilhos e sugerir intervenções eficazes. CONHEÇA OS PADRÕES IDENTIFICAR CONHECER ATUAR Identificar a criança ou os compenentes comportamentamentais individuais ou grupais que são mais problemáticos. Analisar a criança e (re)conhecer suas motivações e interesses. Escolher as técnicas e estratégias de intervenção mais adequadas. “Um adulto desregulado não pode regular uma criança desregulada” MATENHA A CALMA • Sistema de Pontos; • Economia de Fichas; • Premiar comportamentos positivos; • Etc. *Premiações e reforços devem sempre ser experiências. USE TÉCNICAS COM REFORÇO POSITIVO Escolher qual comportamento reforçar para aumentar. Selecionar o reforço. Aplicar o reforço. Gradativamente, modificar a natureza do reforço. A coisa mais importante a se entender é: Um comportamento seguido de um estímulo reforçador resulta em um aumento da probabilidade daquele comportamento se repetir no futuro. • As emoções precisam ser parte do currículo e do cotidiano da criança, trabalhando para que ela conheça as emoções e as reconheça em si; • Só entendemos as emoções do outro, quando reconhecemos ela em nós. TRABALHE AS EMOÇÕES USE LIVROS E HISTÓRIAS COM OS PEQUENOS FICHA DAS EMOÇÕES Fo nt e: In st ag ra m @ ro bs on di as ps i – D ow nl oa d gr at ui to , 2 02 3. • Retirar da sala de aula ou do lugar público (com tranquilidade); • Esperar passar a crise (algum adulto observando); • Conversar sobre o que aconteceu quando se acalmar; • Ordens imperativas e ríspidas podem “ligar” o TOD (caso ele tenha o TOD como comobidade). • Ensine a criança a identificar as suas emoções; • O adulto tem que manter a paciência (neurônios espelho); • Use jogos e recursos antiestresse (bolinhas, por exemplo); • Crie um espaço sem estímulos para descomprimir durante crises (cantinho da calma); • Soprar bolhas de sabão (oxigenar o cérebro). Se há uma suspeita de TEA ou mesmo de uma comorbidade em alguém já com laudo (como o TOD), é importante uma avaliação com um profissional para o diagnóstico. • CAMARGOS JR., W. et al. Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º Milênio. Brasília: CORDE, 2005. 260 p. • DIAS, R. B.; BRAGA, P. G.; BUYTENDORP, A. A .B. M. (orgs). Educação especial e autismo [livro eletrônico]. 1. ed. Campo Grande, MS: Perse, 2017. • FAGGIANI, R. B. Análise de componentes de um tutorial computadorizado para ensinar a realização de tentativas discretas. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2014. • FAZZIO, D. F. et al. Intervenção comportamental no autismo e deficiências de desenvolvimento: Uma análise dos repertórios propostos em manuais de treinamento. São Paulo, 2002. • GODIM, S. T.; SOBRAL, R. S. A. A inclusão escolar do aluno com Transtorno do Espectro Autista e Transtorno de Oposição Desafiante. InterMeio: revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v. 25, n. 50.1, p. 117-138, Dossiê Especial 2, 2019 • KHOURY, L. P. et. al. Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar: guia de orientação a professores. São Paulo: Memnon, 2014. • LOPES, C. E. Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 10, n. 1, p. 1-13, jun. 2008. Referências COMPORTAMENTOS DESAFIADORES: DA IDENTIFICAÇÃO A INTERVENÇÃO COMPORTAMENTO EPISÓDIO COMPORTAMENTAL COMPORTAMENTO-PROBLEMA COMPORTAMENTOS �PROBLEMA Número do slide 6 COMPORTAMENTOS �DISRUPTIVOS COMPORTAMENTOS �DISRUPTIVOS COMPORTAMENTOS �DISRUPTIVOS PARA O TEA... Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 CONHEÇA OS PADRÕES Número do slide 16 MATENHA A CALMA Número do slide 18 USE TÉCNICAS COM REFORÇO POSITIVO Número do slide 20 Número do slide 21 TRABALHE AS EMOÇÕES Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30