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ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤMARCADORES CARDÍACOSㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ O coração é um órgão muscular que se contrai ritmicamente impulsionando o sangue através de toda a rede vascular DOENÇAS CARDIOVASCULARES ● Arritmia cardíaca: batimento cardíaco fica irregular ● Insuficiência cardíaca congestiva: o coração é incapaz de bombear o sangue em taxa satisfatória para os tecidos ● Angina: estreitamento dos vasos ● Infarto agudo do miocárdio: bloqueio do vaso sanguíneo cardíaco e consequente necrose do miocárdio Fatores de risco cardiovasculares Condições de patologias que aumentam a chance da pessoa ter doença cardiovascular ● Fatores de risco modificáveis: hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, estresse, tabagismo, sedentarismo, obesidade ○ Diabetes: um caso é uma pessoa que controla, outra é quem não controla e vive a vida como se não tivesse. A diabetes promove um processo inflamatório ○ Colesterol alto: pior para o coração do que triglicerídeos ● Fatores de risco não modificáveis: idade, histórico familiar, sexo Aterosclerose Acúmulo de lipídeos, principalmente LDL na parede dos vasos = processo inflamatório = estreitamento do lúmen - Pode acontecer em outros locais além do coração - Lúmen - onde o sangue passa - O processo inflamatório é na parede do vaso sanguíneo → o acúmulo gera aumento do processo inflamatório → aumentando LDL pode ser oxidado (vários fatores oxidam LDL - stress, tabagismo), o excesso de LDL que está circulando começa a se acumular nos vasos sanguíneos → camada íntima dos vasos sanguíneos → considerado um antígeno → ativa sistema imune → fagocitados por macrófagos → macrófagos viram células gordurosas e grandes (células espumosas) → gerando processo inflamatório → aumentando e aumentando → redução do lúmen → a placa pode ulcerar ou se desprender → a ulceração gera deposição de plaquetas, coagulação e trombose → redução de sangue passando = infarto Infarto agudo do miocárdio ou Síndrome Coronariana aguda Infarto pode ocorrer por 3 fatores 1. Placa cresce tanto que oclui todo o vaso, o sangue não passa e a pessoa infarta → tecido sem sangue necrosa 2. Placa de aterosclerose abre uma ferida → ativa a cascata de coagulação → formação de trombo → fecha o vaso = causa mais comum do infarto a. A camada não fechou ainda o vaso, os picos de pressão arterial pode abrir uma ferida (quanto maior a pressão do sangue passando pelos vasos, maior a chance de ulcerar) b. Medicamento anticoagulante para não ativar a cascata de coagulação para não formar trombo 3. Placa se desprende → sai de um lugar e vai para o outro → fica parada Infarto agudo do miocárdio Sintomas: ● Sintoma clássico: dor no peito com irradiação para o braço esquerdo ● Sintomas incomuns: dor no estômago, náuseas, vômitos, dor fraca no tórax Diagnóstico ● Dor no peito ● Alteração no eletrocardiograma ● Elevação plasmática de marcadores cardíacos Síndrome coronariana aguda: com supra ST ou sem supra ST AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO CARDÍACA → Fundamental para detectar lesão no músculo cardíaco Algumas enzimas e proteínas são só encontradas no músculo cardíaco → lesão → corrente sanguínea → aumento nível sanguíneo das moléculas → detecção por métodos laboratoriais - Pior infarto → maior aumento de marcadores cardíacos Diagnóstico de infarto ● Anamnese ● Eletrocardiograma ● Coleta de sangue Marcador cardíaco a coleta deve ser seriada Marcadores cardíacos levam um tempo para variar na corrente sanguínea Coleta de admissão de 2h - 4h - 6h e analisar mais de ummarcador O ideal é analisar os resultados de: MIOGLOBINA, CK-MB e uma das TROPONINAS Enzimas cardíacas AST - asparato aminotransferase ● Presente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas, fígado, pâncreas, rins, eritrócitos e snc → sinaliza lesão de muitos órgãos ● Primeira enzima utilizada para diagnóstico de IAM ● Não específico LDH - desidrogenase láctica ● Presente no citoplasma de todas as células do organismo ● Principais: miocárdio, mm esquelético, fígado e eritrócitos ● Sinaliza lesão tecidual de muitos tecidos ● Aumenta 8 a 12 horas após o infarto ● Não sensível e não específico CK - creatinoquinase ● Enzima que cataliza a refosforilação: Creatina + ATP ←→ creatina-fosfato + ATP ● Função predominante nas células musculares = síntese de ATP ● 3 tipos de CK: CK- MM: mm esquelético CK-BB: mm liso e cérebro CK-MB: mm cardíaco e pouco mm esquelético Específico para lesão cardíaca CK-NAC - creatinoquinase total Mensuração laboratorial Avalia a concentração das 3 isoformas da CK no sangue → diagnóstico de infarto e lesão muscular → não específica para cardíaca ● Paciente não deve ter praticado exercício físico 24 horas antes do exame ● Amostra: soro e plasma heparinizado ● Interferentes: choque elétrico, procedimentos invasivos, massagens musculares, etanol e fármacos ● Métodos: métodos cinéticos da ação fosforilativa da CK sobre a creatina e ADP e ATP No IAM o CK total se eleva ao mesmo tempo que o CK-MB CK-MB ● Sensibilidade e especificidade para o mm cardíaco ● Intensidade da elevação → volume de tecido lesado → prognóstico Mensuração laboratorial Métodos laboratoriais ● Método enzimático ○ Mede a atividade da enzima através do consumo do substrato ○ Detecção a partir de 4hrs pós infarto ○ Método mais fácil e barato ○ VR 25U U/L ● Método imunológico ○ CK-MBmassa ○ Anticorpos monoclonais se ligam ao CK-MB, mede a concentração da enima ○ Deteção a partir de 3hr pós infarto ○ VR 5ng/ml Limites do uso de CK-MB / resultados falso positivo: ● Lesões no músculo esquelético ● Após exercícios físicos ● Hipotireoidismo ● Insuficiência renal crônica Relação < 4% → pouco sugestivo síndrome coronariana Entre 4 e 15% → pensar em síndrome coronariana aguda Relação > 25% → pensar em macro-enzimas MIOGLOBINA Proteína transportadora de O2, presente no músculo estriado (esquelético e cardíaco) Não é específica, mas é precoce ● Presente em qualquer tecido muscular → qualquer lesão em outros músculos tamvém altera ● Marcador precoce ● Primeiro marcador alterado em casos de infarto ● Altera rapidamente na circulação ● Diagnóstico precoce é muito importante ● Diagnóstico de reinfarto importante Utilização clínica: ● Diagnóstico precoce ● Valor preditivo negativo ● Diagnóstico de reinfarto TROPONINAS ● Maior especificidade lesão cardíaca ● Detectar pequenas lesões ● Proteínas envolvida na regulação da contração muscular ● Elevam em pequenos infartos, mesmo em ausência de elevação de CK-MB ● Só alteram quando tem células cardíacas morrendo → ou seja, não se sabe a saúde do coração pelas troponinas Complexo de 3 proteínas (Troponina C, T, I) T e I → isoformas específicas do músculo cardíaco Métodos laboratoriais: ● Método convencional ○ Níveis alterados no sangue: ○ 4-6 horas após infarto ○ Pico 12 horas ○ Níveis normais após 7 dias ○ u/L ● Troponina ultrassensível ○ Detectam concentrações séricas muito baixas de troponina ○ Detecta alterações 1 hora após o infarto ○ ng/L ● Imunoensaios com anticorpos monoclonais específicos para troponina T ou I Limitações: ● Resultados alterados na ausência de IAM: ○ Tecido cardíaco em regeneração ○ Doença renal crônica ○ Insuficiência cardíaca descompensada ● Alterações discretas e sem curva ascendente ● Reduz o tempo da alteração na corrente sanguínea, mas por ser muito sensível pode ter falsos negativos por arritmia, por exemplo Valor muito baixo - separar em primeira e segunda recoleta para ver se aumenta o valor 1a vez: 0,3 ————— 2a vez: 4,5 ==== infarto 1a vez: 0,3 ————— 2a vez: 0,3 ==== outra coisa, alterações discretas Curva dos marcadores Níveis séricos de marcadores cardíacos após infarto - Mioglobina primeira alterar e a voltar - Tropo nina sempre altera muito mais e permanece mais tempo que o CK-MB - Mioglobina importante para o diagnóstico de reinfarto - Outros continuam subindo e podem não pegar o outro pico - A mioglobina ja subiu e ja desceu → pode fazer outro pico Marcadores inflamatórios● Inespecíficos → presença de processo inflamatório,mas não se sabe qual ● Avaliação de risco cardiovascular e prognóstico de aterosclerose PROTEÍNA C REATIVA ULTRASSENSÍVEL ● Fígado em resposta a qualquer inflamação ● Muitas coisas podem aumentar a PCR Marcador específico ideal ● Deve ter sensibilidade e especificidade ○ Bioquímica: Sensibilidade, marcador cardíaco - altera rapidamente após o infarto, procura forma rápida para tratar logo. Especificidade, que altere somente em infarto ○ Primeiro o marcador tem que ser especifico, só altera com lesão cardíaca → aprimora a técnica para aumentar a sensibilidade ● Não temmarcador específico ideal Marcadores de lesão muscular ● Atividade física ● Fraturas ● Patologias musculares crônicas ● Doenças hereditárias ● Indicadores de função muscular: CK, LDH, AST, mioglobina, creatinina, etc. ● CK e LDHmarcadores mais utilizados na lesão muscular CK - creatinoquinase ● Enzima mais específica para lesão muscular → pequenas lesões musculares já alteram Creatinina ● Creatinina plasmática → derivada do catabolismo da creatina presente no tecido muscular ● Atrofia muscular: redução da creatinina plasmática ● Lesões musculares, aumento da creatinina plasmática LDH ● Enzima presente em vários tecidos ● Não é muito específica para lesão muscular ● Alteram para enfermidades hepáticas, anemia megaloblástica, doenças renais, etc Exercício: 1. Troponina se altera primeiro e o que se mais demora para voltar 1. Troponina US também permanece alterada por dias 2. Pressão normal, valor de troponina baixa (considerada normal). Não mandar para casa, repetir o exame para outras dosagens 1. Sempre valor de referência em nanograma ou picograma é ultrassensível 3. Valor de troponina aumentando + paciente tabagista + histórico familiar ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSISTEMA EXCRETOR - RINSㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤ FUNÇÕES ● Regula a concentração da água ● Filtrar o sangue ● Excretar resíduos metabólicos (ureia, creatinina, fármacos) ● Regular a concentração de íons (sódio, potássio, cloretos) = controla a osmolalidade ● Síntese da forma ativa da Vitamina D - conversão ● Produção de moléculas (eritropoetina, renina) ○ Eritropoetina: síntese de eritrócitos ○ Renina: regula a pressão arterial → vasodilatação e vasoconstrição - quanto menor o volumemaior a pressão arterial NÉFRON ● Unidades funcionais dos rins Filtração glomerular - Passagem de moléculas pelo glomérulo (água e íons) - Glomérulo - emaranhado de arteríolas → o sangue entra pelo glomérulo e passa pelos capilares (parede muito permeável) → moléculas com baixo peso molecular saem do sangue e vão para a cápsula de bowman - um filtro → não passa leucócitos, hemácias e lipídios (moléculas maiores não passam) → o que não passa volta para a corrente sanguínea - Ultrafiltrado glomerular → passa para os túbulos → urina → ureter → bexiga → uretra Reabsorção - Movimento de substâncias dos túbulos para os capilares renais, para serem reabsorvidas - Moléculas do glomérulo que voltam para a corrente sanguínea - Muita água passa pelo glomérulo, mas 80% reabsorve Secreção - Movimento de partículas dos capilares renais para os túbulos para serem secretadas - Moléculas não filtradas no glomérulo AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL ● Rim elimina vários compostos do organismo ○ Eliminação do nitrogênio não proteico > ureia, creatina e ácido úrico ○ Dosagem sérica dessas substâncias Doenças de insuficiência renal crônica: - Diabetes - Não é função dos rins eliminar glicose, diabético elimina na urina + pró-inflamação nos rins, os vasos são muito sensíveis - Hipertensão - Lúpus - Drogas… Os metabólitos que devem ser eliminados pelos rins, caso não forem eliminados, os níveis desses metabólitos no sangue aumenta Compostos da urina UREIA ● Após a síntese hepática → ureia transportada até os rins e filtrada nos glomérulos ● Nível sérico reflete a função renal ● Catabolismo de proteínas ● Processo de desaminação ● Fígado converte a amônia em ureia ● Uma das causas do aumento de ureia: ○ Problemas renais ○ Também utras situações → vem do catabolismo de proteínas (ex: pessoas que ingeremmuita proteína) Hiperuremia Rins param de filtrar ureia e outras substâncias, se acumulando no sangue Concentrações de ureia no sangue acima do normal Uremia pré-renal (ureia aumentada e creatinina normal), causas: - Decréscimo do fluxo sanguíneo renal (insuficiência cardíaca, choque, hemorragia) - Reabsorção de proteínas sanguíneas (após hemorragias) - Alterações do metabolismo proteico Uremia renal - Quando os rins estão com a função de depuração alterada, a ureia e outras toxinas urêmicas ficam acumuladas no sangue, provocando alterações em vários órgãos, estabelecendo a uremia - Filtração glomerular reduzida em consequência de insuficiência renal aguda ou crônica - Resulta de lesões nos vasos sanguíneos renais, nos glomérulos, nos túbulos ou no interstício - Aumento dos níveis séricos de ureia e creatina Uremia pós-renal - Obstrução do trato urinário com reabsorção da ureia para circulação - Causas: - Obstrução uretral - Obstrução na bexiga Hipouremia Insuficiência hepática Outras causas: dieta pobres em proteína, desnutrição, hiper-hidratação CREATININA - Melhor marcador renal - Concentração sérica de creatinina é excelente para avaliar função renal - Formada a partir da degradação da creatina muscular → não é afetada pela dieta → afetada pela massa muscular → quantidade de creatina excretada é proporcional a massa muscular → cálculos para aferir a taxa de filtração da creatinina a partir do peso e altura do paciente - A reação ocorre no músculo - A creatina é eliminada pelos rins Hipercreatinemia Reduz a taxa de filtração glomerular → promovemenor excreção de creatina → consequente aumento de sua concentração no sangue Valores aumentados indicam deterioração da função renal Causas pré-renais - Patologias musculares, ins. Cardíaca, DM não controlado Causas renais - Lesão nos glomérulos, nos túbulos, nos vasos sanguíneos ou no tecido intersticial renal Causas pós-renais - Hipertrofia prostática, cálculos, bloqueio glomérulos - congênito Teores reduzidos de creatinina são raros e não apresentam significado clínico Determinação laboratorial de creatinina: ● Paciente: evitar exercícios físicos vigorosos 8h antes do exame ● Amostra: soro ou plasma ● Urina de 24h Métodos laboratoriais ● Métodos enzimáticos ● Método picrato alcalino ○ Creatinina reage com picrato formando um complexo colorido Insuficiência renal: valores aumentados no sangue e reduzidos na urina Estimativa da taxa de infiltração glomerular a partir da creatinina sérica - Creatinina sérica, idade e sexo - RFG normal - > 60 - RFG disfunção renal - < 60 - Insuficiência renal - < 15 Depuração endógena da creatinina (DCE) ● Remoção de uma substância do sangue ● Utilizada para avaliar a taxa de filtração glomerular (TFG) Taxa de filtração glomerular: capacidade renal de depurar uma substância a partir do sangue → volume de plasma que pode ser depurado na unidade de tempo A creatinina é o mais adequado para avaliar a TFG porque: - Produto natural do metabolismo - Fácil mensuração laboratorial - Produzida em taxa constante - Eliminada por ação renal Lembrando: o nível sérico de creatinina, bem como sua excreção renal, são proporcionais a massa muscular. Assim, a TFG é expressa em relação a SUPERFÍCIE CORPORAL DO INDIVÍDUO 1,73m2 Procedimento para DCE: ● Coleta de urina 24h ● Coleta de sangue ● Procedimento laboratorial ○ Medir volume urinário ○ Anotar o tempo de coleta emminutos ○ Determinar a concentração da creatinina sérica e urinária Fórmula TFG - DCE - 24h RFG pela creatinina sérica: ● Fórmulas matemáticas para uma estimativa de TFG, SEM A COLETA DA URINA 24H Correlação clínica do DCE ● A diminuição da depuração da creatinina é um indicador muito sensível de redução do RFG ● Indica enfermidades agudas ou crônicas do glomérulo, ou de alguns dos seus componentes CISTATINA C ● Pequena proteína produzidaconstantemente pelo organismo ● Alternativa ou exame complementar a creatinina sérica ● A concentração sanguínea de cistatina C depende muito da TFG ○ Não é afetada por outros fatores Aumento de cistatina C no sangue → diminuição da taxa de filtração glomerular - Limitações: Hipotireoidismo, insuficiência cardíaca e uso de corticosteroides podem aumentar os níveis de Cistatina C na ausência de doença renal ÁCIDO ÚRICO ● Produtor final do catabolismo das purinas (adenina e guanina) ● Formado principalmente no fígado Metabolismo do ácido úrico ● Quantidades constantes de ácido úrico são formadas e excretadas As variações fisiológicas do ácido úrico são: sexo, obesidade, ingestão de proteínas e álcool Hiperuricemia Aumento de síntese e/ou defeito na eliminação Principais consequências clínicas: artrite e cálculo renal Gota ● Hiperuricemia com deposição de cristais de uratos insolúveis nas articulações das extremidades Sintomas ● Artrite inflamatória aguda ● Nefropatia ● Cálculos renais de ácidos úricos ● Deformidades nas articulações Primária: genética, causada por hiperprodução e/ou secreção deficiente do ácido úrico Secundária: adquirida: causas mais comuns: insuficiência renal, desidratação, hipotireoidismo, obesidade, abuso de álcool, quimioterapia, anemia … Patogênese ● Os cristais se depositam nas articulações ● São fagocitados por macrófagos e neutrófilos ● Provocam ativação desde células e liberação de mediadores inflamatórios Nem todo paciente com hiperuricemia desenvolve gota: - Cerca de 20% dos pacientes com ácido úrico elevado desenvolvem a doença - O diagnóstico diferencial é a presença de uratos no líquido sinovial Insuficiência renal ● O ácido úrico se eleva na circulação quando os rins já estão bastante comprometidos Hipouricemia ● Tem pouca importância clínica ● Doença hepatocelular severa, defeitos na reabsorção de ácido úrico, dieta pobre em proteínas, uremia PROTEÍNAS PLASMÁTICAS Mensuração de rotina: albumina e proteínas totais Hiperproteinemia Desidratação Enfermidades monoclonais - Mielomamúltiplo, macroglobulinemia Enfermidades policlonais - Cirrose hepática, hepatite, lúpus Hipoproteinemia Aumento do volume plasmático, hemodiluição, ascite, distúrbios da síntese proteica, doenças hepáticas, perda de pele, queimaduras graves, perda renal, doenças renais Perda de proteínas na urina Microalbuminúria Usada para detectar lesão renal precoce - Exame capaz de detectar quantidades muito pequenas de albumina na urina - Marcador precoce da lesão glomerular, anterior a proteinúria e ao aumento da creatinina sérica - Examemais sensível para detectar nefropatia diabética - Presença de microalbuminúria também está associada em pacientes em DM II Determinada em urina de 24h Proteinúria Aumento de proteínas na urina Causas - Infecção urinária - Proteinúria por excesso de proteínas circulares - Proteinúria tubular: presença de proteínas de baixo peso molecular na urina - Proteinúria glomerular: presença de grandes quantidades de proteínas na urina ELETRÓLITOS - Pressão osmótica - Equilíbrio hídrico - Manutenção pH PRINCIPAIS DOENÇAS RENAIS Vasculopatia renal ● Distúrbios nas artérias renais com decorrente redução da perfuração sanguínea ● Principais causas: oclusão da artéria renal (traumatismo e tromboses), trombose da veia renal, nefroesclerose (hipertensão arterial) Glomerulonefrites ● Alterações inflamatórias difusas nos rins, com danos glomerulares ● Pode ser etiologia autoimune, infecciosa ● Glomerulonefrite aguda causada por estreptococos B-hemolíticos → causada por antígenos bacterianos ou pela deposição de imunocomplexos ● Glomerulonefrite crônica: Sequela tardia da aguda. Muitas vezes com presença de complexos imunes. Presença de insuficiência renal crônica e hipertensão Síndrome nefrótica ● Caracterizada por: proteinúria maciça, hipoalbuminemia e edema ● As principais glomerulopatias associadas a síndrome nefrótica são: ● Nefropatia diabética: Principal causa de insuficiência renal crônica; Glomerulopatia membranosa: associada a fármacos, infecção ou carcinoma; Amiloidose: Mielomamúltiplo, infecções crônicas Glomerulopatia mesangioproliferativa: Por IgA/IgG. Doença renal crônica Presença de lesão renal com RFG < 60 mL/min/1,73m2 por mais ou 3 meses ● Fatores de risco: ○ Fatores de suscetibilidade: idade avançada e histórico familiar ○ Fatores desencadeantes: Diabetes, hipertensão, doença autoimune, infecções sistêmicas ou do trato urinário; Perda da função renal: a função renal diminui progressivamente ao longo do tempo, causando complicações em todos os órgãos. O paciente necessita de hemodiálise ou transplante renal ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤUROANÁLISEㅤㅤㅤ ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ FUNÇÕES RENAIS ● Secreção de renina ○ Controle da pressão arterial ○ Rim doente → altera a pressão arterial ○ Paciente hipertenso pode ter pielonefrite ou doença renal crônica que altera exame de urina (proteinúria, cilindros) ● Secreção de 1.25 dihidroxi-calciferol: absorção de cálcio no túbulo renal ○ Enxerga cristais na urina ● Secreção de eritropoetina ○ Enzima que manda a medula produzir hemácias ○ Problema renal = hematúria ● Manutenção da concentração adequada de metabólitos → pela capacidde de reabsorção presente nos túbulo renais → impedindo que glicose (por exemplo) seja eliminada na urina ● Eliminação de ureia, ácido úrico e timina → excreção renal HOMEOSTÁTICA ● Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade) ○ Ocorre em função da excreçãp de água e solutos → formando um gradiente osmolar adequado entre compartimentos intra e extracelulares ● Regular a concentração de íons como sódio, potássio, cloretos, bicarbonato, hidroxônio, magnésio e fostato ○ Ocorre com ajuda da capacidade de excreção de água e solutos ● Manutenção do pH, contando também com o auxílio do pulmão ○ Controle do pH → capacidade do rim excretar H+ e reabsorver HCO-3 FORMAÇÃO DA URINA 120ml/min → filtrado através dos glomérulos = ultrafiltrado → mesma composição do plasmamas LIVRE DE PROTEÍNAS → somente moléculas de baixo peso molecular Composição 96% água + 4% substâncias diversas (ureia, creatinina, ácido úrico e eletrólitos) VOLUME URINÁRIO ● Grau de hidratação ● Não é tão específico ● Diabético não consegue concentrar elementos sólidos e a densidade diminui Débito diário viável Volume Termos Ingesta de líquidos Diabetes 600mL a 2000mL Perda de líquidos (não renais) 1,2 a 1,5L/dia normal Poliúria >2500mL Secreção de ADH Mais ao dia que a noite Oligúria <500mL A concentração final do filtrado através da reabsorção de H20 depende do gradiente osmótico de ADH: 99% da água filtrada pelo glomérulo é reabsorvida - Organismo hidratado: diminui a secreção de ADH → paredes impermeáveis à água → diminuindo a reabsorção = MAIOR volume urinário - Organismo desidratado: aumenta a secreção de ADH → aumenta a permeabilidade á água → aumentando a reabsorção = MENOR volume urinário TESTES DE FUNÇÃO RENAL Uroanálises Ureia Creatinina Ácido úrico Clearence de creatinina Cistatina C UROANÁLISES ● Estabelecer diagnóstico ● Acompanhar evolução da patologia ● Avaliar eficácia do tratamento ● Constatação da cura EQU ● ANÁLISES QUALITATIVAS - FÍSICAS ○ Cor/aspecto ○ Depósitos/densidade ○ Volume ● ANÁLISES QUÍMICAS ○ pH/densidade ○ Proteínas/glicose/bilirrubin a ○ Cetona/urobilinogênio /nitrito ● ANÁLISES MICROSCÓPICAS ○ Células epiteliais/cilindros ○ Leucócitos/hemácias ○ Cristais/bactérias COLETA DA URINA Tipos de amostra urinária ● Aleatória ou primeira da manhã ● Primeiro jato ou jato médio ● Saco coletor ● 24 horas ou 12 horas ● Cateter → cultura e avaliação renal individual ● Supra-púbica ○ Amostras pediátricas Primeiro jato Avaliação de infecção uretral, quando a raspagem da mucose com swab ou alça é impossibilitada O primeiro jato submete o microrganismo a efeitos antimicrobianos da urina Cateter Somente pacientes hospitalizados, coletar imediatamente após a troca de cateter → risco de infecção ascendentePunção supra-púbica Isolamento de bactérias anaeróbicas Jato médio Melhor urina → concentração maior de achados EXAME FÍSICO Coloração: - Normal: - Amarela = urocromo, uroritrina e urobilina - Amarelo-claro, amarelo, amarelo-âmbar - Anormal: - Amarelo-escuro, verde, azul, rosa, vermelha, marrom-preta Aparência ou Aspecto: - Clara ou transparente, semiturva ou turva Cor: - Corantes alimentares, doces e medicamentos Urina clara com densidade alta = diabetes Aspecto/depósitos: - Normal: - Límpido, sem depósitos - Patológico: - Turvo, depósitos escassos, presença de muco e precipitação de cristais amorfos (fosfatos e uratos) - Bactéria, piócitos, hemácias, cilindros e cristias - Lipídios, soros, linfa e contaminação externa Densidade: - Aumentada: - Oligúria → presença de produtos de contraste e em síndromes nefróticas - Diminuída: - Alterações de função renal, idade, hiperhidratação DENSIDADE URINÁRIA Medida da densidade dos solutos presentes na urina, influenciada pelo número de partículas e tamanho delas HIPERESTENÚRIA: - Desidratação, diarreia, glicosúria, proteinúria, vômito, etc HIPOESTENÚRIA: - Insuficiência renal, glomerulonefrite, pielonefrite Métodos de medida: ● Refratômetro ● Urodensímetro ● Fitas reagentes BOM INDICADOR DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE Volume: - Depende da quantidade de água excretada pelos rins - Ingesta de água, perda de líquidos por fontes não renais, variações na secreção do hormônio antidiurético e necessidade de excretar grandes quantidades de glicose e sais DISÚRIA Micção dolorosa HIPERESTENÚRIA Densidade > 1010 HIPOESTENÚRIA Densidade < 1010 ISOESTENÚRIA Densidade = 1010 NEFRITE Inflamação dos rins com comprometimento dos glomérulos, dos túbulos ou do tecido intersticial NICTÚRIA Micção excessiva durante a noite OLIGÚRIA Grande redução do fluxo urinário PIÚRIA Pus na urina POLIÚRIA Grande aumento do fluxo urinário POLACIÚRIA Aumento no número de micções - frequência EXAME QUÍMICO pH, glicose, proteínas, cetonas, hemoglobina, bilirrubinas, urobilinogênio, nitrito, leucócitos, densidade e ácido ascórbico Interpretação: semi-quantitativa, qualitativa ou por concentração da substância - Distúrbios da incapacidade de secreção e reabsorção renal (ácidos e bases) - Acidose respiratória ou metabólica - Alcalose “ “ Determinação: - Equilíbrio ácido-básico: - Reflexo da capacidade dos rins emmanter uma concentração de H+ no plasma e líquido extracelular - pH alcalino e pH ácido: - Não existe valores normais para pH → conjunto com outros fatores → dieta, função renal, infecção - pH sérico → medida para desiquilíbrio ácido-base - pH urinário → acidose respiratória (Exemplo) resultante de doença pulmonar → rins vão tentar equilibrar aumentando o pH e reabsorver e sintetizar mais bicarbonato = urina mais ácida Proteínas: - Proteinúria: - Indicativo de doença renal - Aumento da permeabilidade da membrana glomerular - Diminuição da reabsorção tubular - Excesso de produção de proteínas - Interpretação: - Lesão na membrana glomerular - Pré-eclâmpsia: hipertensão e acompanhada por proteinúria ou de retenção de líquidos (edema) → gravide. - A eclâmpsia é uma forma pré-eclâmpsia mais grave - - , + , ++, +++ Glicose: Normal: 100% glicose filtrada é reabsorvida - Glicosúria: - Urina após refeição rica em glicose - Nefropatia tubular - Diabete - Doença renal avançada - Síndrome de Falconi - Glicosúria + hiperglicemia: - Hipertireoidismo, doenças hepáticas, desordens tubulares - +, ++, +++, ++++ Cetonas, corpos cetônicos ou cetonúria: Acetona, ácido acético e B-OH butírico - Metabolismo intermediário de gorduras - Incapacidade de metabolizar carboidratos - Ingestão insuficiente - - , + , ++, ++++ Sangue: Hemoglobinúria e hematúria, eliminação anormal de hemácias na urina - Origem da hematúria: - Lesão glomerular ou alteração na permeabilidade da membrana dos túbulos, ductos e trato urinário restante (pós-glomerulares ou extraglomerulares) - Não glomerular: hemácias normais - Glomerular: hemácias alteradas (dismórficas) - Significado clínico: - Causas pré-renais: Coagulopatias, terapia anticoagulante, hemoglobinopatias - Causas renais glomerulares: glomerulonefrites - Causas renais não glomerulares: pielonefrite, tumores - Causas pós-renais: cálculos cistites, prostatites Bilirrubinas: Produzida a partir da degradação dos grupos heme da hemoglobina → captado pelo fígado → excreção na bilis → alterações hepatocelulares ou obstruções biliares podem incidir no metabolismo da bilirrubina = hiperbilirrubinemias - Comprometimento da integridade hepática - Destruição intensa de hemácias - - , + , ++ , +++ , ++++ Urobilinogênio: Pigmento biliar resultante da degradação da bilirrubina O Urobilinogênio aparece na urina porque , ao circular no sangue a caminho do fígado pode passar pelos rins e ser filtrado pelos glomérulos, desta forma normalmente se encontra pequena quantidade, menos de 1 mg/dl ou uma unidade Ehrlich - Interpretação: - Hepatopatias e distúrbios hemolíticos Nitrito: Diagnóstico precoce das infecções da bexiga NITRITO X BACTÉRIA - Interpretação: - Cistite e pielonefrite - Avaliação de antibioticoterapia - Pacientes com alto risco de infecções urinárias - - , + Leucócitos: Possível infecção do trato urinário, utiliza a enzima ESTERASE dos granulócitos - Interpretação: - Contaminação vaginal - Infecção do trato urinário (glomerulonefrite, cistite, pielonefrite…) - - , + , ++ , +++ , ++++ Ácido ascórbico: - Pesquisa para analisar a interferência desta substância nas pesquisas de glicose e sangue DOENÇAS RENAIS: GLOMERULONEFRITE AGUDA SINDROME NEFRÓTICA INFECÇÕES URINÁRIAS CISTITE PIELONEFRITE AGUDA PIELONEFRITE CRONICA INSUFICIÊNCIA Aguda e Crônica