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1 UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO UNIGRANRIO COMPANHIA NILZA CORDEIRO HERDY ED. CULTURA ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR: CONSOLIDAÇÃO AP1, AP2 E AP3 ALEX DOS SANTOS MONTEIRO – 2113154 ELISA PARUCKER DE OLIVEIRA – 2112611 GABRIELA DA SILVA MENDES – 2112368 JONATAN RAMIRO DA SILVA – 2111074 JULIANA BARBOSA DE VASCONCELOS PEREIRA – 2112340 RAFAEL VIEIRA DE OLIVEIRA – 2110677 VANESSA CAETANA DIAS – 2113044 DUQUE DE CAXIAS, 2024 2 RESUMO A consolidação das demonstrações contábeis é um processo relevante na contabilidade de empresas que possuem subsidiárias. Este processo visa apresentar as demonstrações financeiras como se fossem de uma única sociedade econômica. Os conceitos fundamentais incluem a definição de entidades controladoras e controladas, métodos de consolidação, eliminação de transações, ajustes de consolidação, e participação não controladora. A obrigatoriedade da consolidação está fundamentada na Lei das Sociedades por Ações e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários, abrangendo empresas de grande porte e aquelas com ações negociadas em bolsa. Os processos para a consolidação envolvem a integração das operações contábeis da controladora com suas subsidiárias, resultando em demonstrações financeiras que refletem a posição financeira e o desempenho do grupo. Três apêndices são cruciais: o papel de trabalho da consolidação, a legenda das eliminações, e o balanço patrimonial e demonstrações de resultado consolidados. Além disso, as notas explicativas, conforme exigido pela Lei 6.404/76, são essenciais para fornecer informações adicionais e esclarecedoras sobre as demonstrações financeiras, garantindo uma compreensão completa das operações e desempenho da empresa. Sendo assim é de suma importância para as empresas das duas partes, tanto as controladoras como as controladas, que através das unificações das demonstrações e junto dos processos de análise, tais como análises horizontal, vertical, entre outros como as análises de liquidez, rentabilidade e endividamento, a análise de capital de giro (NCG), também ROE e ROA, que se pode vir a ser utilizada e apresenta através da ferramenta como o sistema DuPont. Assim como todas essas análises e demonstrações, que vem para facilitar e ajudar na consolidação das demonstrações, apresentando informações corretas conforme a obrigatoriedade por lei, assim também para as próprias empresas poderem ter um controle e retorno melhor das informações financeiras e ajudar nas decisões futuras. Palavras-Chave: Consolidação das demonstrações contábeis. Controladoras e controladas. Lei das Sociedades por Ações. Comissão de Valores Mobiliários. 3 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como finalidade mostrar a importância da elaboração dos relatórios contábeis, bem como o papel crucial na estruturação e divulgação das informações financeiras das organizações. Esses aspectos são essenciais para garantir a transparência e a confiabilidade das finanças, fornecendo aos usuários, como investidores, credores e gestores, informações relevantes e úteis que permitem identificar tendências, pontos fortes e transitórios da empresa, riscos potenciais e oportunidades de melhoria, para a tomada de decisões estratégicas. DESENVOLVIMENTO 1. CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1.1. CONCEITOS A consolidação das demonstrações contábeis é um processo fundamental na contabilidade das empresas que possuem subsidiárias ou controladas. Este processo visa apresentar as demonstrações financeiras de todas as entidades controladas como se fossem uma única entidade econômica. Alguns dos principais conceitos envolvidos na consolidação das demonstrações contábeis incluem: ▪ Entidade Controladora e Entidades Controladas: a entidade controladora é aquela que exerce controle sobre uma ou mais entidades controladas. Uma entidade controlada é aquela controlada pela entidade controladora. ▪ Demonstrações Financeiras Consolidadas: são as demonstrações financeiras que agregam os resultados financeiros e a posição patrimonial da entidade controladora e suas controladas, apresentando-as como uma única entidade. ▪ Métodos de Consolidação: existem diferentes métodos para consolidar as demonstrações contábeis, como o método de aquisição, o método de equivalência patrimonial e o método 4 proporcional, dependendo do nível de controle exercido pela entidade controladora sobre suas subsidiárias. ▪ Eliminação de Transações Intercompanhias: durante o processo de consolidação, as transações entre empresas do mesmo grupo são eliminadas para evitar a duplicação de valores e garantir que os números consolidados reflitam apenas as transações com partes externas. ▪ Ajustes de Consolidação: são ajustes contábeis realizados para alinhar as políticas e práticas contábeis das subsidiárias com as da entidade controladora e para eliminar quaisquer transações ou saldos intercompanhias. ▪ Participação Não Controladora (PNC): refere-se à parcela do patrimônio líquido de uma subsidiária que não é de propriedade da entidade controladora. É necessário apresentar essa participação separadamente nas demonstrações consolidadas. ▪ Divulgação Adequada: as empresas são obrigadas a fornecer divulgações adequadas nas demonstrações financeiras consolidadas para fornecer informações detalhadas sobre a estrutura do grupo, suas subsidiárias, políticas contábeis e outras informações relevantes para os usuários das demonstrações. 1.2. OBRIGATORIEDADE A obrigatoriedade na consolidação das demonstrações contábeis está fundamentada na Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76) e nas normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com essas normas, as empresas que se enquadram como sociedades de grande porte ou que possuem ações negociadas em bolsa de valores são obrigadas a consolidar suas demonstrações contábeis. A consolidação das demonstrações contábeis é necessária para proporcionar uma visão mais ampla e precisa da situação financeira e dos resultados operacionais de um grupo de empresas, especialmente quando há controle ou influência significativa sobre outras entidades, isso 5 ajuda, investidores, credores e stakeholders a entenderem melhor a saúde financeira e o desempenho do grupo como um todo. Principais obrigatoriedades na consolidação das demonstrações contábeis são: ▪ Sociedades de Grande Porte: empresas consideradas de grande porte, conforme definido pela legislação, são obrigadas a consolidar suas demonstrações contábeis, empresas com ações negociadas em bolsa, empresas cujas ações são negociadas em bolsa de valores também são obrigadas a consolidar suas demonstrações contábeis, independentemente do porte. ▪ Empresas Controladoras e Coligadas: empresas que detêm controle ou influência significativa sobre outras entidades (controladas e coligadas) devem consolidar suas demonstrações contábeis. ▪ Regras da CVM: a CVM estabelece normas específicas sobre a consolidação das demonstrações contábeis, incluindo prazos, procedimentos e divulgação de informações. ▪ Transparência e Prestação de Contas: a consolidação das demonstrações contábeis visa garantir transparência e uma visão mais completa da situação financeira e do desempenho operacional de um grupo de empresas para investidores, credores e outros stakeholders. É importante ressaltar que as obrigatoriedades podem variar de acordo com o porte da empresa, seu tipo de controle sobre outras entidades e as normas específicas da CVM. 1.3. PROCEDIMENTOS PARA CONSOLIDAÇÃO Em primeiro plano, a consolidação de demonstrações financeiras é um processo fundamental para empresas que operam em estruturas de grupo, permitindo a apresentação das informações financeiras de forma agregadae transparente. Este processo envolve a integração das operações contábeis de uma empresa controladora com suas 6 subsidiárias, resultando em demonstrações financeiras consolidadas que refletem a posição financeira e o desempenho do grupo como um todo. Nesta seção do trabalho, serão apresentados três apêndices cruciais que fornecem uma compreensão detalhada do processo de consolidação e seus resultados. Os apêndices abordam sobre: o Papel de Trabalho da Consolidação, descrevendo as etapas e ajustes necessários para a consolidação das demonstrações financeiras. Em seguida, fornece uma legenda das eliminações realizadas durante esse processo, explicando como as transações intercompanhias e outros saldos são ajustados para evitar duplicações. Por fim, o último apresenta o resultado final do processo de consolidação, exibindo o balanço patrimonial e a demonstração de resultado consolidados do grupo empresarial. Esses apêndices são essenciais para compreender os procedimentos adotados e os resultados obtidos no processo de consolidação das demonstrações financeiras, contribuindo para a transparência e precisão das informações divulgadas pelas empresas pertencentes a grupos corporativos, como segue: ▪ Papel de Trabalho da Consolidação: é um documento preparatório essencial no processo de consolidação das demonstrações financeiras de um grupo empresarial. Este documento detalha as etapas, ajustes e eliminações necessárias para integrar as operações financeiras das empresas controladoras e suas subsidiárias. Inclui informações como: o Identificação das empresas do grupo: uma lista das entidades controladoras e controladas, incluindo porcentagens de propriedade e controle. o Ajustes de consolidação: detalhamento dos ajustes necessários para alinhar políticas contábeis, corrigir transações intercompanhias e eliminar saldos entre as empresas do grupo. 7 o Saldos iniciais e finais: apresentação dos saldos iniciais e finais de cada conta relevante para a consolidação, permitindo uma visão clara das movimentações no período. ▪ Legenda das eliminações: fornece uma explicação detalhada das eliminações realizadas durante o processo de consolidação. As eliminações são cruciais para evitar a duplicação de receitas, despesas, ativos e passivos que podem ocorrer quando as demonstrações financeiras das empresas controladoras e suas subsidiárias são combinadas. Inclui: o Eliminação de saldos intercompanhias: Explicação de como os saldos de contas a receber e a pagar entre empresas do grupo são eliminados. o Eliminação de lucros não realizados: Detalhamento dos procedimentos para eliminar lucros não realizados em estoques ou outros ativos resultantes de transações intercompanhias. o Ajustes de investimentos: Descrição dos ajustes nos valores de investimentos nas subsidiárias, garantindo que estes reflitam a proporção correta dos patrimônios líquidos. ▪ Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado Consolidados: apresenta as demonstrações financeiras consolidadas finais, incluindo o balanço patrimonial consolidado e a demonstração de resultado consolidado. Estes documentos refletem a posição financeira e o desempenho do grupo empresarial como uma única entidade econômica, após todos os ajustes e eliminações necessárias. Inclui: o Balanço Patrimonial Consolidado: Apresenta os ativos, passivos e patrimônio líquido do grupo empresarial como um todo, organizados de forma clara e seguindo os princípios contábeis aplicáveis. o Demonstração de Resultado Consolidado: Mostra a receita consolidada, custos, despesas e lucro ou prejuízo do grupo empresarial, oferecendo uma visão integrada do desempenho financeiro. 8 Cada um desses apêndices desempenha um papel crucial na apresentação e entendimento do processo de consolidação das demonstrações financeiras, oferecendo transparência e confiabilidade nas informações financeiras divulgadas por grupos empresariais. A consolidação de demonstrações financeiras é um processo complexo, porém essencial, para empresas que operam em estruturas de grupo. Ao integrar as operações contábeis de uma empresa controladora com suas subsidiárias, a consolidação permite uma visão abrangente e precisa da posição financeira e do desempenho do grupo como um todo. Os apêndices apresentados neste trabalho desempenham um papel fundamental na compreensão do processo de consolidação. Por meio do que foi apresentado nesses apêndices, os usuários das demonstrações financeiras podem compreender melhor o processo pelo qual as informações são consolidadas e interpretar de forma mais precisa os resultados financeiros apresentados. Além disso, a transparência proporcionada pela consolidação contribui para a confiança dos investidores, reguladores e outras partes interessadas nas informações financeiras divulgadas pelas empresas pertencentes a grupos corporativos. 2. NOTAS EXPLICATIVAS 2.1. NOTAS EXPLICATIVAS OBRIGATÓRIAS PELA LEI 6.404/76 A Lei 6.404/76, também conhecida como Lei das Sociedades por Ações ou Lei das S.A., é a legislação que regulamenta as companhias de capital aberto e fechado no Brasil. E as notas explicativas obrigatórias são parte integrante das demonstrações financeiras dessas empresas e são exigidas pela referida lei, especificamente em seu artigo 176. De acordo com o Art. 176 da Lei 6.404/76, “as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”. 9 As notas explicativas têm o propósito de fornecer informações adicionais, complementares e esclarecedoras sobre os itens apresentados nas demonstrações financeiras. Elas são essenciais para garantir uma compreensão completa e precisa das operações, situação financeira e desempenho da empresa. Algumas das informações comumente incluídas nas notas explicativas obrigatórias incluem: Políticas Contábeis, aquelas adotadas pela empresa na preparação das demonstrações financeiras; Informações sobre Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido, ou seja, o detalhamento sobre os grupos do Balanço Patrimonial; Eventos Subsequentes, eventos significativos ocorridos após o encerramento do período do exercício, mas antes da emissão das demonstrações financeiras; Partes Relacionadas, transações e relacionamentos entre a empresas e os acionistas, diretores, subsidiárias e entidades afiliadas; Informações Ambientais e Sociais, em algumas empresas pode ser obrigadas a fornecer informações sobre seus impactos ambientais, práticas sociais e políticas de governança. 2.2. NOTAS EXPLICATIVAS OBRIGATÓRIAS PELA CVM A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulador do mercado de capitais no Brasil e estabelece regras e diretrizes para as companhias abertas, incluindo os requisitos para as notas explicativas obrigatórias nas demonstrações financeiras. Com isto, as notas explicativas exigidas pela CVM geralmente vão além das especificadas na Lei 6.404/76, visando fornecer informações adicionais e garantir uma maior transparência aos investidores e ao mercado como um todo. Esse relatório é composto por informações da companhia, como: a estrutura societária e acionária, e também informações sobre subsidiárias, coligadas e controladas; Gestão de riscos, detalhamento de possíveis riscos que podem afetar o planejamento da empresa, como de mercado, operacionais e relatórios; Garantias e compromissos com terceiros, como os contratos de arrendamento mercantil e financiamento. 10 Vale destacar também que segundo a última resolução CVM nº 156, de 23 de junho de 2022, dispõe sobre a divulgação voluntária de informações de natureza não contábil denominadas LAJIDA e LAJIR das empresas. Essas são apenas algumas das informações que podem ser exigidasnas notas explicativas obrigatórias pela CVM. Além disto, é de extrema importância que as empresas devem seguir as normas e regulamentos estabelecidos pela CVM para garantir a adequada divulgação de informações e a transparência nas demonstrações financeiras. 3. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstrações contábeis são relatórios fornecidos por organizações que são preparados e apresentados com a finalidade de divulgar os resultados contábeis, financeiros e econômicos de um período específico. As demonstrações contábeis financeiras fornecem dados sobre uma organização com base em padrões legais e contábeis. De acordo com as Leis 6.404/1976, 11.678/2007 e 11.941/2009, as sociedades por ações devem divulgar demonstrações contábeis e financeiras. Embora a divulgação seja obrigatória para algumas organizações, a elaboração das demonstrações contábeis financeiras é necessária, pois orientam os gestores e os auxiliam na tomada de decisões. A informação produzida pela análise das demonstrações financeiras é uma ferramenta utilizada para observar a situação passada de uma organização e pode ser utilizada como base para reavaliação e comparação com outros dados passados ou atuais, o que pode auxiliar no planejamento de investimentos futuros. Segundo Matarazzo (2008), a análise dos demonstrativos começou com as necessidades do sistema bancário norte-americano, pois os bancos solicitavam demonstrativos financeiros das empresas de crédito. Em 9 de fevereiro de 1895, o comitê executivo da New York State Bankers Association aceitou essa medida do banco. Ao longo dos anos, as demonstrações financeiras recebidas sucessivamente formam um modelo de comparação 11 entre itens, contas, grupos de contas, o modelo mais comum é uma comparação entre ativo circulante e passivo circulante. Ainda segundo o autor, Alexander Wall, considerado um dos pioneiros da análise de demonstrativos, propôs em 1919 um modelo analítico baseado em 10 índices, levando em consideração outras relações entre contas e grupos contábeis. Alexander também desenvolveu outros modelos estruturados baseados em fórmulas matemáticas que estabelecem diversos coeficientes que podem variar dependendo do ramo de atividade desenvolvido pela organização. A técnica de analisar as demonstrações possui diversos usuários como: as instituições financeiras e fornecedores que necessitam avaliar as contas a receber e a pagar, identificando o risco de conceder empréstimo ou comercializar com uma determinada empresa, e os investidores que precisam decidir sobre seus investimentos. Assim, pelas necessidades práticas surge a análise das demonstrações, mostrando-se uma ferramenta de grande utilidade por parte dos usuários das informações contábeis. A análise das demonstrações, consiste num diagnóstico detalhado dos dados contábeis-financeiros que a empresa apresenta, como também das condições internas e externas que afetam a organização. Os fatores externos são a ordem política e econômica, a concorrência e entre outros. Enquanto os fatores internos, temos a estrutura organizacional, a capacidade dos gerentes e o nível tecnológico da organização. Percebe-se que todo o processo de análise das demonstrações, vai além dos dados contábeis apresentados, é necessário buscar explicações sobre o ramo de mercado em que a organização está inserida, seu porte, a demanda, a economia local, nacional ou internacional, assim como outros fatores que podem influenciar os resultados (SILVA, 2008). Com base no autor Matarazzo (2008) a análise das demonstrações contábeis tem como objetivo extrair informações das demonstrações financeiras para que os usuários possam tomar decisões. Assim a partir das análises, a contabilidade fornece informações analíticas e detalhadas que corrobora na leitura e a interpretação das demonstrações contábeis. 12 Existem diversos usuários das informações, cada um com uma necessidade diferente. Além disso, as informações requeridas pelos usuários variam de acordo com o nível em que decisões são tomadas. Isso gera uma situação em que obriga os profissionais contábeis em adotar um comportamento capaz de trabalhar com todo e qualquer usuário e suas especificidades. De acordo com o NBC T1 (2011) entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação. 4. OBJETIVOS E FINALIDADES DA ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL, BEM COMO AS OBSERVAÇÕES SOBRE O USO DESSAS ANÁLISES EM CONJUNTO A análise horizontal e vertical é a forma mais comum de expressar a Análise de Demonstrações Contábeis, apesar de sua simplicidade elas irão destacar as variações mais importantes no Balanço Patrimonial, na Demonstração de Resultado do Exercício, além das demais demonstrações. ▪ Análise vertical: serve para analisar o percentual de representatividade de cada setor da empresa, possibilitando analisar os resultados separadamente e a influência de cada um deles no resultado final; ▪ Análise horizontal: permite avaliar a evolução dos resultados da empresa ao longo de um determinado período, que pode ser anual, semestral ou mensal, conforme as políticas da companhia. Vale ressaltar que essas análises são complementares e devem ser aplicadas em conjunto e sendo fundamental explorar ao máximo o que podem trazer de informação. 4.1. ANÁLISE VERTICAL A análise vertical deve seguir a seguinte fórmula: AV = (valor do item / valor da base de cálculo) x 100 13 Os valores são expressos em porcentagem. Para facilitar o entendimento do cálculo, vamos a um exemplo prático da aplicação dessa fórmula. Vamos tomar como exemplo uma empresa que tem um total de ativos de R$ 1,25 milhões e quer saber qual é a parcela de ativos circulantes dentro desse montante, sendo que eles correspondem a R$ 460 mil. Para fazer a cálculo da análise vertical teremos: AV = (460.000 / 1.250.000) x 100 = 37% Nesse exemplo, o ativo circulante corresponde a 37% do total de ativos da empresa. Portanto, caso a companhia precise de dinheiro em caixa rapidamente, poderá contar com uma parcela considerável do total de ativos que possui. Sendo assim, é possível fazer isso com qualquer área da empresa, sendo obtida a representatividade de uma determinada área no valor total, ou no lucro do negócio. 4.2. ANÁLISE HORIZONTAL Assim como mencionado anteriormente, o primeiro passo será fazer o cálculo da análise horizontal. Ele também é bastante simples de ser calculado e pode ser feito por meio da seguinte fórmula: AH = [(valor atual / valor base) – 1] x 100 O valor atual é representado pelo último resultado da empresa, e o valor de base é o valor anterior do mesmo parâmetro. Exemplo: O balanço patrimonial de uma empresa no ano de 2018 foi de R$ 36.519,00 e, em 2019, foi de R$ 32.342,00. Aplicando a fórmula acima, teremos o seguinte cálculo: AH = [(32.342 / 36.519) – 1] x 100 = – 11,4% Os resultados são apresentados em porcentagem. Portanto, no exemplo acima, como o resultado foi negativo, é possível dizer que houve uma queda de 11,4% no balanço patrimonial de um ano para o outro. Quando 14 esses valores são positivos, significa que a empresa atingiu um resultado bom, que indica crescimento. 5. ÍNDICES QUE MENSURAM A SITUAÇÃO ECONÔMICA E A SITUAÇÃO FINANCEIRA Os indicadores financeiros são a principal ferramenta de análise da situação econômico-financeira de uma empresa, ou seja, é por meio destas que muitos usuários das informações contábeis tomam como base para decisões futuras. Essas decisões englobam a definição de nas estratégias, aplicações de recursos, realocação de capital, tomada de empréstimose entre outras situações. Segundo o autor José Carlos Marion, existem alguns indicadores básicos para entender a situação econômico-financeira de uma empresa, neste caso, a partir de três pontos fundamentais que formam um equilibrado tripé de base para a análise fundamentalista: ▪ Análise de liquidez: Está relacionado a situação financeira; ▪ Análise de rentabilidade: Mensura a situação econômica de uma empresa; ▪ Análise de endividamento: Relacionado a estrutura de capital da companhia. Com o desenvolvimento destes indicadores, busca-se identificar as características que uma empresa apresenta, assim como sua capacidade de manter suas atividades ao longo do tempo e desenvolvimento para seu crescimento. A parte econômica da análise está relacionada ao patrimônio, lucro e prejuízos que são apresentados pela companhia. Já a situação financeira está intimamente ligada ao fluxo de caixa. A partir disso, são usados como base para identificar e mensurar os indicadores, são as demonstrações de resultado do exercício e balanços patrimoniais. Além disso, um ponto importante é que estes indicadores não devem ser analisados de maneira isolada, pois seu uso isolado não entregará a análise completa e relevante para os usuários e com isso, serão apresentados o 15 conceito e fórmula de dos principais índices utilizados com base no tripé apresentado pelo autor. Primeiramente, abordaremos os índices de liquidez, nos quais tem como principal objetivo determinar se a empresa consegue cumprir suas obrigações no curtíssimo, curto e longo prazo. ▪ Liquidez corrente (LC): é por meio da LC que são medidas as capacidades de pagamento num curto prazo de tempo, utilizando as contas de ativo e passivo circulantes. Indica-se que seu resultado ideal esteja acima de 1. Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante ▪ Liquidez seca (LS): assim como o indicador de liquidez corrente, a LS mensura a capacidade de pagamento num prazo curto, porém descontando do ativo circulante os valores de estoque. Trata-se de um índice conservador por desconsiderar os valores da conta estoques, pois os estoques, além de levar mais tempo para se converter em dinheiro no caixa, pode ser manipulado, torna-se obsoleto, bem como sofrer uma paralização das vendas. Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoque) / Passivo Circulante ▪ Liquidez Geral (LG): a partir deste índice é possível determinar a capacidade de pagamento de longo prazo, visto que considera os valores totais do ativo (circulante e exigível a longo prazo) e passivo (circulante e exigível a longo prazo). Liquidez geral = (Ativo circulante + Realizável de médio e longo prazo) / (Passivo circulante + Exigível em médio e longo prazo) ▪ Liquidez imediata (LI): considerando apenas os ativos com maior grau de liquidez, ou seja, os de maior facilidade em conversão em dinheiro para o caixa. O indicador mensura a capacidade de pagamento num prazo curtíssimo de tempo. Liquidez imediata = disponível / passivo circulante Em seguida abordaremos os índices relacionados ao endividamento da empresa. Sabe-se que os ativos são financiados a partir dos capitais aplicados por terceiros e os aplicados pelos sócios e acionistas, sendo assim 16 a sua fonte de recursos. Os indicadores de endividamento determinam a proporção da fonte do endividamento, sendo possível de terminar a concentração do capital aplicado na empresa. Muitas das vezes as empresas tomam dívidas com o objetivo de alavancagem e assim, com a produção alavancada gerar recursos para suprir suas obrigações. Em outros casos, as empresas tomam esses recursos para suprir outras obrigações, o que gera uma “bola de neve” e traz problemas à saúde financeira da empresa. Podemos classificar as dívidas a partir da quantidade e por sua qualidade, vejamos a seguir: ▪ Índice de quantidade da dívida: determina a participação do capital de terceiros sobre os ativos, nos mostrando a proporção de cada um. ▪ Garantia do capital próprio ao capital de terceiros: aqui é indicado qual a proporção de dívida para cada numerário de capital próprio. ▪ Composição do endividamento: são mensurados a qualidade das dívidas de uma empresa. Recomenda-se que os valores não sejam acima de 1, visto que indicam que a 20 empresa opera com alto valor de dívidas, prejudicando a liquidez. Esse fato deve também levar em consideração as características da empresa, pois uma empresa alavancada pode gerar bons lucros e indicar os indicadores de dívidas altos. Por fim, os índices de rentabilidade estão relacionados a situação econômica e aos resultados (lucro ou prejuízo) da companhia. Serão apresentados somente os principais indicadores de rentabilidade apresentados pelo autor José Kobori. 17 ▪ ROE (Retorno sobre o patrimônio líquido): mensura a rentabilidade obtida a partir dos investimentos feitos pelos sócios e acionistas. ▪ ROA (Retorno sobre o Ativo): Assim como o indicador anterior, busca- se mensurar a taxa de retorno obtida da aplicação dos recursos do capital dos sócios e acionistas, ou seja, do capital próprio. 6. DETERMINAÇÃO DA NCG, AS CAUSAS DA MODIFICAÇÃO DA NCG E AS FONTES DE FINANCIAMENTO DA NCG A análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) é essencial para avaliar a saúde financeira de uma empresa e sua capacidade de operar de forma eficiente. A NCG representa a diferença entre os ativos circulantes (como estoque, contas a receber e caixa) e os passivos circulantes (como contas a pagar e empréstimos de curto prazo). Ela reflete a quantidade de capital de giro necessário para financiar as atividades operacionais da empresa. Para determinar a NCG, é necessário considerar vários fatores, como o ciclo de conversão de caixa, o prazo médio de estoque, o prazo médio de contas a receber e o prazo médio de contas a pagar. Essas métricas ajudam a calcular o tempo médio que a empresa leva para converter seus ativos em dinheiro e o tempo que leva para pagar suas obrigações. A variação da NCG pode ser causada por diferentes motivos. Alguns exemplos incluem o aumento das vendas, o aumento dos prazos de pagamento concedidos aos clientes, a diminuição dos prazos de pagamento fornecidos pelos fornecedores, mudanças na política de estoque da empresa ou alterações nas condições de mercado. Quanto às fontes de financiamento da NCG, existem várias opções disponíveis para as empresas. Algumas fontes comuns incluem: 18 ▪ Financiamento por meio de fornecedores: A empresa pode obter crédito de fornecedores, estendendo os prazos de pagamento ou negociando condições favoráveis de pagamento. ▪ Empréstimos bancários de curto prazo: A empresa pode recorrer a empréstimos de curto prazo para cobrir a necessidade de capital de giro temporária. Esses empréstimos geralmente têm prazos mais curtos e taxas de juros mais altas. ▪ Linhas de crédito rotativo: As linhas de crédito rotativo são acordos com bancos que permitem que a empresa acesse fundos conforme necessário para cobrir sua NCG. Essas linhas de crédito têm prazos mais longos e podem ser renovadas. ▪ Capital próprio: A empresa também pode usar seu próprio capital para financiar a NCG. Isso pode incluir a retenção de lucros ou a emissão de ações adicionais. 7. SISTEMA DU PONT O sistema Dupont é um índice financeiro muito útil, um dos mais importantes para a análise do desempenho económico de uma empresa. Combina os principais indicadores financeiros com o objetivo de determinar o nível de eficiência da empresa. Neste artigo, saberemos o que é o sistema Dupont, para que serve e também veremos um exemplo de como usá-lo para a análise da rentabilidade da empresa. É uma técnica que pode ser usada para analisar a rentabilidade de uma empresa que utiliza ferramentas tradicionais de gestão de desempenho, económicas e operacionais. DonaldsonBrown em 1914, que foi integrado ao departamento de tesouraria de uma grande empresa química. Esse sistema combina a demonstração de resultados e o saldo da empresa em duas medidas de rentabilidade: retorno sobre ativos (ROA) e retorno sobre Capital próprio/Património Líquido (ROE). Principal vantagem do sistema Dupont é que ele permite que a empresa dívida o seu retorno sobre o capital em diferentes componentes, para que os acionistas possam analisar o desempenho total da empresa de várias dimensões. Dessa forma, e 19 comparando com a média ou com outras empresas do setor, é possível descobrir onde a empresa está com problemas. O sistema reúne os elementos responsáveis pelo crescimento económico de uma empresa para determinar o nível de eficiência que a empresa está usando para os seus ativos, a sua rotação dos ativos e a alavancagem financeira, usando um diagrama de fórmula como o seguinte: 20 ANÁLISE APÊNDICE G1 - PAPEL DE TRABALHO DA CONSOLIDAÇÃO 21 APÊNDICE G2 - LEGENDA DAS ELIMINAÇÕES Histórico de Legenda de Eliminações Data: 26 de março de 2024 Empresa: [Nome da Empresa] Período: [indicar o período contábil, por exemplo, "Ano Fiscal de 2023"] Legenda de Eliminações: ▪ Eliminação de Receitas e Despesas Internas: o Descrição: Para eliminar transações entre entidades do grupo que afetam a demonstração de resultados consolidada. o Contas Afetadas: Receitas e despesas internas entre entidades do grupo. o Justificativa: Garantir que apenas transações com terceiros sejam refletidas na demonstração de resultados consolidada. ▪ Eliminação de Saldo de Caixa Intercompanhias: o Descrição: Para eliminar o saldo de caixa entre entidades do grupo. o Contas Afetadas: Contas de caixa e equivalentes de caixa entre entidades do grupo. o Justificativa: Evitar a duplicação de caixa e garantir a precisão das demonstrações financeiras consolidadas. ▪ Eliminação de Investimentos Intercompanhias: o Descrição: Para eliminar os investimentos em subsidiárias, filiais e outras entidades relacionadas dentro do grupo. o Contas Afetadas: Contas de investimentos em subsidiárias e participações societárias. o Justificativa: Garantir que os investimentos dentro do grupo não sejam contabilizados duas vezes nas demonstrações financeiras consolidadas. ▪ Eliminação de Receitas/Despesas Não Realizadas: o Descrição: Para eliminar receitas e despesas não realizadas entre entidades do grupo. o Contas Afetadas: Contas de receitas e despesas não realizadas entre entidades do grupo. 22 o Justificativa: Assegurar que apenas transações realizadas com terceiros sejam refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas. Assinatura: [Assinatura do Responsável pela Preparação das Demonstrações Financeiras] 23 APÊNDICE G3 - BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO CONSOLIDADOS 24 APÊNDICE G4 - NOTAS EXPLICATIVAS DE SUA EMPRESA (CONTROLADORA) E DO CONSOLIDADO, COM BASE NA LEI 6.404/76 E COMPLEMENTADAS PELAS NOTAS EXPLICATIVAS SOLICITADAS PELA CVM A Companhia é a Controladora do Grupo Bradesco Seguros, sociedade anônima de capital fechado, autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) a operar em todas as modalidades de seguros dos ramos elementares e pessoas, em todo o território nacional. O endereço registrado da sede da Companhia é Avenida Alphaville, 779, Empresarial 18 do Forte, Barueri - São Paulo, CEP 06472-010. A Companhia é controlada direta pela Bradseg Participações S.A. e em última instância pelo Banco Bradesco S.A. O Grupo Bradesco Seguros, por intermédio de subsidiárias, atua nos segmentos de seguro de automóveis, ramos elementares, seguro de vida, previdência complementar aberta e capitalização. As demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Bradesco Seguros foram aprovadas pela Administração e pelo Conselho de Administração da Bradseg Participações S.A. em 23 de fevereiro de 2023. Base de consolidação: As práticas contábeis destacadas nessa nota foram adotadas de forma uniforme em todas as empresas consolidadas. As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis da Bradesco Seguros S.A. e das suas controladas diretas e indiretas. Destacamos as principais Companhias e fundos de investimento exclusivos, com participação direta e indireta, incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas de 2022 e 2021: 25 26 APÊNDICE G5 - APLICAÇÃO DA ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL SOBRE O BALANÇO PATRIMONIAL E DRE RECLASSIFICADA 27 Dezembro AV% AH% AV% Novembro 272.000,00R$ -12% 310.000,00R$ ATIVO CIRCULANTE 220.000,00R$ 81% 5% 68% 210.000,00R$ Caixa 95.000,00R$ 35% 6% 29% 90.000,00R$ Contas a Receber 125.000,00R$ 46% 4% 39% 120.000,00R$ Contas a Receber "intercompanhia -R$ -R$ ATIVO NÃO CIRCULANTE 52.000,00R$ 19,1% -48,0% 32,3% 100.000,00R$ Investimentos 7.000,00R$ 2,6% -88,3% 19,4% 60.000,00R$ Imobilizado 45.000,00R$ 16,5% 12,5% 12,9% 40.000,00R$ TOTAL DO ATIVO 272.000,00R$ 100,0% -12,3% 100,0% 310.000,00R$ ATIVO Dezembro AV% AH% AV% Novembro 310.100,00R$ 2% 304.900,00R$ PASSIVO CIRCULANTE 160.000,00R$ 52% 3% 51% 155.000,00R$ Fornecedores 120.000,00R$ 39% 0% 39% 120.000,00R$ Contas a pagar 40.000,00R$ 13% 14% 11% 35.000,00R$ PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.100,00R$ 0% 22% 0% 900,00R$ Outras Obrigações 1.100,00R$ 0% 22% 0% 900,00R$ PATRIMÔNIO LÍQUIDO 149.000,00R$ 48% 0% 49% 149.000,00R$ Capital Social 15.000,00R$ 5% 0% 5% 15.000,00R$ Reserva de Lucros 134.000,00R$ 43% 0% 44% 134.000,00R$ TOTAL DO PASSIVO 310.100,00R$ 100% 2% 100% 304.900,00R$ PASSIVO 28 APÊNDICE G6 - APRESENTAR RELATÓRIOS ANALÍTICOS RESPONDENDO AS SEGUINTES QUESTÕES ▪ Qual o percentual de acréscimo ou decréscimo do Ativo Total e qual (is) a (s) causa (s)? O valor do ativo em dezembro incorreu um aumento de 4,62% em relação ao mês de novembro, totalizando um valor de R$ 15.000,00. O motivo de tal aumento está relacionado ao aumento na concentração de caixa, contando com um aumento de 10% em relação a novembro, totalizando R$10.000,00. ▪ A estrutura do Ativo foi modificada? Como ficou a participação relativa dos grupos de contas que o compõem? A estrutura do ativo continua a mesma, sem alterações na sua estrutura. Quanto a participação dos grupos de contas, não ocorreram aumentos relevantes de participação, a média de aumento está aproximadamente em 1% em relação de um mês para o outro. ▪ Se houve crescimento do Ativo Total, como foi financiado e qual a participação relativa da (s) fonte (s) após o financiamento? A partir do aumento do ativo, podemos concluir que a empresa obteve um aumento no seu caixa, possivelmente causado pelo recebimento de vendas à vista e decorrente de valores a receber de seus clientes. Quando a estrutura do ativo, não ocorreram mudanças relevantes, com exceção da liquidação dos valores do grupo “contas a pagar”. ▪ Se o Ativo Circulante cresceu mais do que o Passivo Circulante, como foi financiado o seu crescimento? A origem deste crescimento decorreu de vendas à vista e de vendas a prazo, potencializando o crescimento do ativo de um mês para o outro. ▪ A Receita Líquida apresentou acréscimo ou decréscimo? Qual o percentual? Após a consolidação de suas demonstrações, foi apresentado um resultado líquido com um salto de 89,45% de um mês para o outro. Esse resultado pode ser explicado por uma possível sazonalidade do mês de dezembro, por conta de datas comemorativase aumento no consumo da população. 29 APÊNDICE G7 - TABELA COM OS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO, DE LIQUIDEZ E DE RENTABILIDADE 30 APÊNDICE G8 - APRESENTAR A ANÁLISES DOS ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO, LIQUIDEZ E RENTABILIDADE A empresa mantém boa capacidade de pagamento para as suas dívidas de curto prazo, indicando que não corre riscos de inadimplência neste prazo. É importante levar em consideração a estratégia de caixa a empresa adota, podendo ser uma empresa que visa maior liquidez ou uma concentração menor de liquidez. Uma estratégia com menor concentração de liquidez nos mostraria indicadores abaixo do apresentado, indicando que a empresa faz uma aplicação dos recursos que estão acima das suas metas de liquidez. Ampliando a visão sobre a liquidez, pode-se entender que a empresa busca uma estratégia de liquidez mais alta, tomando uma posição mais conservadora e expondo-se a menos riscos, além de manter boa capacidade de pagamento num longo prazo. Outra forma de analisar é dizendo que para cada 1 real de passivo temos 1,96 reais de ativo em novembro e em dezembro 1,88 no mês de dezembro. A empresa apresenta uma quantidade razoável de participação de capital de terceiros, indicando que no mês de novembro 51% dos recursos totais se origina de capitais de terceiros, já em dezembro a origem de seus recursos aumentou para 53%. Inversamente, conclui-se que 49% do ativo é financiado por pelo capital próprio em novembro e 47% em dezembro. Podemos perceber um equilíbrio entre o Capital de terceiros e o Capital próprio. 31 Aqui podemos determinar o grau do endividamento de cada mês. Interpretaremos este indicador da seguinte forma, no mês de novembro, para cada 1 real de capital de terceiros há 0,96 centavos de capital próprio como garantia. Já em dezembro, para cada 1 real de capital de 38 terceiros há 0,88 centavos de capital próprio. Entre um mês e outro podemos perceber que a cobertura do capital dos sócios diminuiu consideravelmente. Neste indicador iremos medir a qualidade das dívidas que a empresa comporta. Em relação ao capital de terceiros totais 99% das dívidas vencem no curto prazo, o que prejudica a liquidez da empresa. O ideal é que a concentração das dívidas seja no longo prazo, assim dando margem para empresa liquidar suas obrigações sem comprometer seu caixa e se expor a riscos de ocorrência de juros e multas. Vemos aqui a eficiência das aplicações feitas a partir do patrimônio líquido, ou seja, o retorno que os sócios e acionistas obtiveram. No mês de novembro para 1 real investido há 0,86 centavos de ganho, ou seja, 86% de retorno. Já em dezembro, houve um aumento considerável em seus retornos, passando a faixa de 1,54 para 1, um retorno de 156%. Conclui-se que o Payback acontece em torno de 1 ano. Assim como o anterior, este indicador mensura a rentabilidade das aplicações, desta vez levando em consideração os investimentos realizados nos ativos. Em novembro a empresa obteve um retorno de 0,42 para 1, ou seja, 42%. Em seguida, no mês de dezembro, ocorreu uma melhora na rentabilidade, passando 32 par 0,72 para 1, ou seja, 72% de retorno sobre o ativo. Para o mês de novembro, o Payback estaria em torno de 2,4 e para dezembro 1,38. 33 APÊNDICE G9 - ESQUEMA DE ORIGEM DA NCG E O ESQUEMA DE FINANCIAMENTO DA NCG Contas a receber – Fornecedores e Contas a Pagar NCG: 130.000 – 215.000 = - R$ 85.000,00 Contas a receber – Fornecedores e Contas a Pagar NCG: 135.000 – 220.000= - 85.000,00 34 APÊNDICE G10 - APRESENTAR O RESPECTIVO RELATÓRIO, RESPONDENDO AS SEGUINTES QUESTÕES ▪ Qual (is) a (s) causa (s) da variação da NCG? Não houve variação na NCG do mês de novembro para dezembro. Em ambos os meses os valores mantiveram-se negativos, resultando na necessidade de capital de giro de terceiros. Desta forma, a empresa buscou junto as instituições financeiras, empréstimos a curto prazo, para suprir suas necessidades financeiras. ▪ Qual (is) a (s) fontes (s) de financiamento da NCG? A fonte de financiamento utilizada na NCG da empresa foi de empréstimos bancários de curto prazo: A empresa pode recorrer a empréstimos de curto prazo para cobrir a necessidade de capital de giro temporária. Esses empréstimos geralmente têm prazos mais curtos e taxas de juros mais altas. 35 APÊNDICE G11 - SISTEMA DU PONT ▪ Novembro: ▪ Dezembro: 36 APÊNDICE G12 - APRESENTAR O RESPECTIVO RELATÓRIO, RESPONDENDO AS SEGUINTES QUESTÕES ▪ Qual (is) a (s) causa (s) do aumento ou da queda da taxa de retorno sobre o ativo? ▪ Qual (is) a (s) causa (s) do aumento ou da queda do multiplicador de alavancagem financeira? ▪ A taxa de retorno do Patrimônio Líquido teve o mesmo desempenho da taxa de retorno sobre o ativo? Por que? No período em análise a EMPRESA registrou aumento em todos os indicadores relacionados à rentabilidade utilizados nesse estudo. A variação no ROA em NOVEMBRO de 0,004% para 0,007% e do ROE de 0,04% para 0,08% ocorre, pelo aumento do lucro no período e pelo aumento no ativo total. Deste modo, a margem líquida é influenciada pelo resultado do período, enquanto o giro é influenciado também pelo aumento no ativo. Tendo o resultado aumentado de R$137.500,00 para R$242.500,00, um acréscimo de 176,36% no lucro e um aumento no ativo total de R$ 325.000,00 para R$ 340.000,00 um aumento de 4,62% no ativo, por meio do diagrama Dupont é possível verificar que a receita aumentou 166,47% enquanto os custos diminuíram somente 12,5%. A variação no faturamento não foi acompanhada na mesma proporção pelas despesas e pelo ativo, isso ocasionou o significativo aumento tanto na margem quanto no giro da empresa. 37 CONCLUSÃO Ao longo desta proposta, compreendemos a importância da consolidação das demonstrações contábeis para os investidores, credores, reguladores e outras partes interessadas, que dependem dessas informações para avaliar o valor e o risco associados ao grupo empresarial. Além disso, destacamos os desafios enfrentados durante o processo de consolidação, incluindo a complexidade das estruturas corporativas, diferenças nas práticas contábeis e questões relacionadas à avaliação de investimentos em subsidiárias Também se identifica que a consolidação é uma obrigação das empresas investidoras, como também para as investidas, gerando informações com fontes seguras e rastreáveis. Como podemos perceber é uma importante ferramenta de unificação de patrimônio e resultado, onde sua obrigatoriedade está regulamentada na Lei no 6.404/79 (Lei das Sociedades anônimas) e conceituada pelo CPC 36. Segundo tais normas, toda companhia de capital aberto que possuir empresas sob seu controle deve consolidar suas demonstrações, além de apresentar as regras de obrigatoriedade. Tem como objetivo, oferecer melhores informações sobre a verdadeira saúde financeira da companhia, bem como, servir como uma ferramenta de manutenção da governança corporativa. Outro ponto destacado trata-se dos processos para sua elaboração e divulgação deste demonstrativo, onde deve ser elaborado de um exercício fiscal para o outro, contendo todas as informações relevantes sobre suas controladas. Neste demonstrativo deve tem como base as principais demonstrações contábeis realizadas pelas companhias de seu grupo, onde após sua divulgação possibilita a análise conjunta e individual destas informações. Por fim, entende-se que a consolidação é um processo padronizado no Brasil pelo Conselho Federal de Contabilidade, regulamentada pela norma NBC TG 36, a qual estabelece os princípios para a divulgação e elaboração de demonstraçõesconsolidadas, ou seja, é a unificação das demonstrações financeiras das empresas subsidiárias e das controladoras. 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Accountfy. “Consolidação contábil: o que é e quais as melhores práticas?”. Disponível em: <https://www.accountfy.com/blog/o-que-e-consolidação- contábil>. Acesso em: 11 de abril de 2024. 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