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TBL 3 – FARMACOGNOSIA – 02/04/2018
1. Conceito, origem biossintética da qual deriva e distribuição no reino vegetal: os compostos fenólicos apresentam grande diversidade de estruturas; no entanto, todos possuem pelo menos um anel aromático no qual um dos H deve ser substituído por um grupamento hidroxila. Estão amplamente distribuídos no reino vegetal.
2. Classificação segundo o esqueleto principal (C6-Cx): 
3. Classificação quanto à ocorrência: a) compostos fenólicos amplamente distribuídos: derivados de ácidos benzóicos e de ácidos cinâmicos, cumarinas, flavonóides, e derivados de polimerização (taninos e ligninas); b) compostos fenólicos de distribuição restrita: abrange as classes de substâncias não citadas anteriormente.
4. Fenóis derivados do ácido benzoico (ácido gálico, ácido elágico e outros): Outros: ácido p-hidroxi-benzóico, vanílico e siríngico são obtidos por hidrólise ácida de folhas de gimnospermas e angiospermas. O ácido gálico é mais encontrado na forma de seu dímero de condensação, o ácido elágico; esses dois são constituintes dos taninos hidrolisáveis, do qual são liberados por hidrólise ácida. O ácido elágico é encontrado nas dicotiledôneas. Possuem propriedades químicas e analíticas semelhantes e algumas ações biológicas em comum.
5. Fenóis derivados do ácido cinâmico (ácido p-cumárico, ácido caféico, ácido felúrico e ácido sinápico): praticamente todos os tecidos vegetais possuem um desses ácidos. O ácido o-cumárico tem distribuição restrita, no entanto é importante por originar, por ciclização, a cumarina, que é responsável pelo odor nos vegetais.
6. Fenóis de distribuição restrita: ácidos metoxilados, como ácido p-metóxi-benzóico (ácido anísico), ácido verátrico e ácido 3,4,5-trimetóxi-benzóico; (derivados de ácido benzóico).
7. Produtos de oxidação, redução e ciclização de fenóis:
8. Derivados de ácido cinâmico: apresentam ampla distribuição no reino vegetal, sendo encontrados na forma de ésteres, glicosídeos e amidas. Esses ácidos podem existir sob duas formas isoméricas: cis e trans. Neste grupo destacam-se os derivados de ácido caféico. O primeiro composto conhecido foi o ácido clorogênico, extraído de grãos de café.
9. Ésteres e heterosídeos de ácidos fenólicos: apresentam ampla distribuição no reino vegetal; os derivados do ácido cinâmico mais encontrados na natureza possuem conformação trans e são mais estáveis. Sofrem interconversão dos isômeros por influência da luz, em meio aquoso. Utiliza-se CCD para a separação dos isômeros empregando ácidos orgânicos diluídos como eluentes.
10. Distribuição e taxonomia de fenóis: a maioria dos fenóis simples possui distribuição restrita (fenol, resorcinol e floroglucinol), com exceções (hidroquinona). Os derivados do ácido benzóico são amplamente encontrados em angiospermas e gimnospermas. Compostos de esqueletos C6-C2, como cetonas fenólicas, têm sido raramente identificados. Derivados de ácido cinâmico são amplamente distribuídos, com exceção dos ácidos o-cumárico e ferúlico. Os ésteres do ácido caféico parecem ter importância taxonômica na família Lamiaceae.
11. Propriedades físico-químicas gerais: a maior parte dos compostos fenólicos é encontrada na forma de ésteres ou de heterosídeos, sendo solúveis em água e em solventes orgânicos polares. São compostos muito reativos quimicamente. Possuem, em geral, características ácidas. Podem formar pontes de hidrogênio intra e intermoleculares. Propriedade de complexação dos fenóis com metais. Possuem intensa absorção na região do UV. São facilmente oxidáveis, tanto através de enzimas vegetais específicas, quanto por influência de metais, da luz e do calor, ou em meio alcalino.
12. Formas de obtenção, detecção e identificação: podem ser obtidos a partir de um extrato etanólico do material fresco ou seco. Visualizados em CCD diretamente, através de luz UV e exposição a vapores de amônia, ou através de reagentes cromogênicos. Utilizados reativos gerais para fenóis, como cloreto férrico, sais do ácido fosfomolíbdico, vanilina e outros aldeídos aromáticos em meio ácido clorídrico. Durante a extração, evitar valores extremos de pH e concentrar as soluções extrativas a baixas temperaturas. Contribuem para o sabor, odor e coloração de diversos vegetais. Muitos compostos fenólicos são constituintes dos óleos voláteis e alguns são aromatizantes naturais. Participação na defesa das plantas: hidroquinona, ácido elágico e ésteres do ácido gálico. Atividade antioxidante (ácido clorogênico, ácido caféico e seus ésteres). Ésteres de ácido caféico possuem atividade antibacteriana e antiviral.
13. Emprego farmacêutico – exemplos: Guaiacol, com atividade expectorante. Hidroquinona, com atividade inibidora a tirosinase, sendo empregada em formulações dermatológicas. Folhas de alcachofra, com atividade colerética (aumenta a secreção de bile) e hipocolesterolêmica. Capsaicina, com efeito analgésico tópico. Fabricação de resinas, corantes e explosivos (fenol, resorcinol). Reveladores fotográficos (hidroquinona, catecol e pirogalol), indústria de tintas e corantes (ácido gálico).
14. Drogas vegetais: alcachofra, salgueiro: Nome botânico da alcachofra: Cynara scolymus L., da família Asteraceae; farmacógeno: folhas; princípios ativos: ácido caféico, ácido clorogênico e cinarina; usos: diurético, colerético e colagogo. Nome botânico do salgueiro: Salix Alba L., da família Salicaceae; farmacógeno: cascas dos caules, folhas; possui ácidos fenólicos, como a salicina; uso: analgésico e antiinflamatório. 
15. Conceito de taninos: substâncias polifenólicas de alto peso molecular (entre 500 e 3000 Daltons) e estruturas químicas variadas. Possuem habilidade de formar complexos insolúveis em água com alcalóides, gelatina e outras proteínas. São responsáveis pela adstringência de muitos frutos e outros produtos vegetais.
16. Classificação dos taninos (saber diferenciar estruturalmente as duas classes): 1) Taninos hidrolisáveis pirogálicos ou elagitaninos: apresentam açúcar e sofrem hidrólise em meio ácido, formando ácido tânico, elágico, gálico e glicose. Coloração azul com cloreto férrico. Não precipitam em solução de bromo. Precipitam com alcalóides, proteínas e gelatina. Principal atividade farmacológica: vaso-constritor, contra varizes e hemorróidas. Taninos condensáveis catéquicos ou flobafenos: não sofrem hidrólise, quando fervidos em meio ácido formam precipitados insolúveis de coloração vermelha. Coloração verde com cloreto férrico. Formam precipitados brancos em solução de bromo. Precipitam com alcalóides, proteínas, gelatina. Principal atividade farmacológica: anti-diarréica. 
17. Propriedades gerais dos taninos: a) solubilidade: são solúveis em água, álcool e acetona; insolúveis em solventes orgânicos; b) sabor adstringente: dissuasório alimentar; c) precipitam alcalóides e proteínas: teste da gelatina, doseamento: pó de pele; d) precipitam metais pesados: reações de coloração com os sais de Fe3+; precipitam acetato de cobre e chumbo; e) distribuição: em todo o reino vegetal, exceto algas, fungos e liquens; f) localização: no reino vegetal, em qualquer órgão do vegetal; nas células encontram-se nos vacúolos, em compartimentos diferentes das enzimas.
18. Propriedades farmacológicas e usos populares (entender o motivo de uso com base na estrutura química e propriedades): 1) usos populares: diarréia, hipertensão arterial, afecções da garganta, picadas de cobra, contraceptivo local, antídoto por envenenamento por alcalóides, curtimento de couro, fabricação de adesivos, perfuração de poços de petróleo, fabricação de pisos e azulejos, proteção de redes de pesca, cosméticos (ácido elágico). 2) atividades farmacológicas: propriedade de formarem complexos com macromoléculas proteínas (enzimas digestivas, proteínas fúngicas, virais); atividade antioxidante e seqüestradora de radicais livres; complexação com íons metálicos (Fe, Mn, Cu, Al); atividade vasoconstritora e poder hemostático: tratamento de hemorróidas; ação bactericida, fungicida, moluscicida e antiviral; auxilia na cicatrização: formação de camada protetorasobre a pele ou mucosa danificada, por exemplo em caso de úlceragástrica; interceptam o oxigênio ativo das espécies reativas de oxigênio, prevenindo câncer, esclerose múltipla, arterosclerose e envelhecimento; o ácido gálico é tóxico para os rins, se ingerido pode provocar distúrbios gastro-intestinais. Possuem capacidade de complexação com íons metálicos, podendo alterar a absorção de alguns minerais dentro do organismo. Ação adstringente: ocorre pela contração dos tecidos e vasos sanguíneos (as secreções são reduzidas). Ação curtidora: ocorre por combinação com AA das proteínas (ligação irreversível). Taninos + proteínas = interações hidrofóbicas e ligações de H entre as hidroxilas fenólicas dos taninos e os grupos aminas das proteínas. 
19. Drogas vegetais contendo taninos (pitangueira, goiabeira, hamamélis, cratego e espinheira santa). Hamamélis: tem como farmacógeno as folhas e a casca; apresenta de 5-10% de taninos hidrossolúveis e traços de taninos condensáveis; é utilizada para varicose, hemorróidas, flebites e na cosmetologia. Cratego: tem como farmacógeno as flores ou folhas; apresenta 3% de procianidinas (TC) e flavonóis; é utilizado como antidiarréico, tem atividade inotrópica e atividade cronotrópica. Espinheira Santa: tem como farmacógeno as folhas; apresenta taninos condensados; apresenta atividade antiulcerogênica (aumento do pH, ou seja, redução da acidez do suco gástrico); externamente é utilizada como cicatrizante e anti-séptica. Pitangueira: tem como farmacógeno as folhas; apresenta taninos elágicos, galotaninos e condensados; é usada na medicina popular como adstringente, antidiarréico, carminativo, diurético, anti-reumático, antifebril, hipotensor, redutor do colesterol e controlador do ácido úrico. Por sua propriedade adstringente é usada na cosmética. Goiabeira: possui atividade antimicrobiana, antimutagênica e atividade hipoglicêmica; na medicina popular é utilizada para cólicas, colite, diarréia, disenteria e dor de barriga; tem como farmacógeno as folhas. 
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