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Aula 09
Receita Federal (Auditor Fiscal) Direito
Comercial - 2022 (Pré-Edital)
Autor:
Cadu Carrilho
10 de Janeiro de 2022
 
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Sumário 
TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................................................................... 4 
1. Conceitos Iniciais..................................................................................................................................... 4 
2. Princípios .................................................................................................................................................. 5 
2.1. Cartularidade .................................................................................................................................... 5 
2.2. Literalidade ....................................................................................................................................... 6 
2.3. Autonomia ......................................................................................................................................... 7 
2.4. Abstração .......................................................................................................................................... 9 
2.5. Inoponibilidade das Exceções Pessoais aos Terceiros de Boa-fé ........................................... 9 
3. Características dos Títulos de Crédito ............................................................................................... 11 
3.1. Formalismo ..................................................................................................................................... 11 
3.2. Bem Móvel ...................................................................................................................................... 12 
3.3. Obrigação Quesível ....................................................................................................................... 12 
3.4. Natureza Pró-Solvendo ................................................................................................................. 12 
3.5. Negociabilidade ............................................................................................................................. 13 
3.6. Executividade ................................................................................................................................. 13 
4. Classificação ........................................................................................................................................... 14 
4.1. Quanto ao Modelo ........................................................................................................................ 14 
4.2. Quanto à Estrutura......................................................................................................................... 15 
4.3. Quanto à Forma de Circulação ou de Transferência ............................................................... 15 
4.4. Quanto à Hipótese de Emissão ................................................................................................... 16 
ATOS CAMBIÁRIOS ...................................................................................................................................... 18 
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1. Saque ...................................................................................................................................................... 19 
2. Aceite ...................................................................................................................................................... 19 
3. Endosso .................................................................................................................................................. 20 
3.1. Definição ......................................................................................................................................... 20 
3.2. Assinatura ........................................................................................................................................ 21 
3.3. Endosso X Cessão Civil de Crédito ............................................................................................ 21 
3.4. Endosso Sem Garantia .................................................................................................................. 21 
3.5. Endosso em Branco e em Preto .................................................................................................. 22 
3.6. Endosso Parcial .............................................................................................................................. 22 
3.7. Endosso Impróprio ........................................................................................................................ 22 
3.8. Endosso Póstumo ou Tardio ........................................................................................................ 23 
4. Aval .......................................................................................................................................................... 23 
4.1. Aval X Fiança .................................................................................................................................. 24 
5. Protesto .................................................................................................................................................. 25 
5.1. Procedimento ................................................................................................................................. 27 
5.2. Pagamento em Cartório ............................................................................................................... 28 
5.3. Cancelamento ................................................................................................................................ 28 
5.4. Protesto Indevido Súmula STJ ..................................................................................................... 29 
5.5. Cláusula Sem Protesto .................................................................................................................. 29 
TÍTULOS DE CRÉDITO NO CÓDIGO CIVIL ............................................................................................. 30 
1. Disposições Gerais ................................................................................................................................ 31 
1.1. Formalidades dos Títulos ............................................................................................................. 31 
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1.2. Títulos Eletrônicos.......................................................................................................................... 34 
1.3. Assinatura de Mandatário em Título ........................................................................................... 35 
1.4. Título que Representa Mercadoria ............................................................................................. 36 
1.5. Outras Regras ................................................................................................................................. 36 
2. Aval no Código ..................................................................................................................................... 37 
3. Transferência dos Títulos ..................................................................................................................... 40 
3.1. Ao Portador..................................................................................................................................... 41 
3.2. À Ordem ..........................................................................................................................................41 
3.3. Nominativo...................................................................................................................................... 45 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 47 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 87 
Gabarito ........................................................................................................................................................ 105 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cadu Carrilho
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
É um assunto amplo, envolve um conteúdo considerável e exige de nós uma boa dose de dedicação, em 
função do fato de que sempre tem questões sobre títulos de crédito nos concursos que contemplam esse 
assunto. Nesse tópico veremos os conceitos iniciais, as características gerais e os princípios aplicáveis aos 
títulos de crédito no ordenamento jurídico brasileiro, servindo de base para todo o nosso estudo e que 
fundamentam cada título de crédito específico que veremos. 
 
1. Conceitos Iniciais 
A atividade econômica precisa de muitas variáveis para se desenvolver de maneira eficiente e proveitosa, 
por exemplo, as atividades devem ter como característica a rapidez, a segurança e o crédito. Os negócios 
devem acontecer de maneira rápida, pois todas as coisas estão muito dinâmicas e se a atividade econômica 
não for célere tende ao fracasso. A segurança da atividade tem a ver com o fomento ao desenvolvimento e 
ao empreendedorismo, sabemos que toda atividade econômica é feita com o risco inerente, porém, cabe ao 
ordenamento jurídico proporcionar à sociedade o amparo legal para dirimir essas circunstâncias, 
proporcionando, na medida do possível, a segurança jurídica adequada ao desenvolvimento da atividade 
econômica. Por último, e que é um fator fundamental para a economia, temos o crédito que proporciona a 
circulação da riqueza e a maior quantidade de negócios a serem feitos em função de negociações 
celebradas hoje a serem quitadas no futuro, com base na confiança. O crédito trata da movimentação de 
valores futuros e da confiança de que o crédito será quitado. O crédito é algo essencial para o 
desenvolvimento de qualquer economia. É nesse contexto que entram os títulos de crédito. Eles são 
instrumentos fundamentais para o desenvolvimento da atividade econômica, uma vez que proporcionam 
aos agentes da economia a possibilidade com mais facilidade da circulação de riqueza, com alta 
negociabilidade e com boa margem de segurança jurídica do pagamento do título em função das ferramentas 
legais que circundam os títulos de crédito e que aprenderemos a seguir. 
Dentro do Direito Empresarial temos um ramo de estudo específico que é o chamado Direito Cambiário, 
onde estudamos os títulos de crédito. Veja, Direito Cambiário porque os títulos de crédito são documentos 
feitos para serem cambiados, ou seja, trocados, circulados, com o fim de fazer a riqueza circular. Há várias 
definições para títulos de crédito, a mais usada é a do italiano Cesare Vivante. Essa reconhecida definição foi 
adotada pelo nosso Código Civil e serve de base para aprendermos o assunto em tela. 
Definição de Títulos de Crédito por Cesar Vivante: 
“Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo 
nele mencionado." 
Já o Código Civil vai dizer: 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
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Cartularidade é um termo que deriva de “cártula” que quer dizer pedaço de papel. Esse princípio também é 
chamado de incorporação na medida em que o documento, o papel, o título, incorpora em si os direitos 
inerentes ao regime jurídico cambiário. Transferido o título a outro, todos os direitos vão juntos, pois estão 
incorporados ao pedaço de papel. Por esse princípio temos que o direito incorporado ao título pressupõe a 
sua posse legítima. 
Exceções ao princípio da cartularidade: Uma das formas de exceção ao princípio da cartularidade é chamada 
pela doutrina de desmaterialização dos títulos de créditos, que decorre basicamente dos chamados títulos 
eletrônicos ou virtuais. Como exemplo temos as duplicatas virtuais. Outra exceção ao princípio também 
ocorre com as duplicatas, pois podem ser protestadas por um tipo de protesto chamado de protesto por 
indicação, no qual não é apresentado o título original, mas são feitas indicações de que o título realmente 
existe e que há realmente a dívida. Essas exceções não excluem totalmente o princípio em tela, apenas 
mitigam e relativizam sua aplicação nos casos especificados. O Código Civil autoriza a emissão de título de 
crédito em forma eletrônica. Precisamos nos ater a essa regra que vale como regra geral para os títulos. 
Art. 889 - § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador 
ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os 
requisitos mínimos previstos neste artigo. 
(CESPE/TJ-RO/Analista/2012) A afirmação de que só quem exibe o título pode pretender a satisfação da 
obrigação nele representada corresponde ao princípio da: 
a) autonomia. 
b) pessoalidade. 
c) literalidade. 
d) representação. 
e) cartularidade. 
Comentário: 
A pessoa que queira cobrar a obrigação prevista no título de crédito deve apresentar esse título, deve exibir 
o título, essa situação é amparada pelo princípio da cartularidade. 
Gabarito: E 
 
2.2. Literalidade 
Vimos que título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal nele mencionado. O 
título representa o direito literal nele expresso. Vale o que está escrito no título. O conteúdo do que está 
escrito no título de crédito é o que define os limites dos direitos e deveres inerentes ao título. Desde o 
momento em que a pessoa tem o título em mãos é possível conhecer a natureza, o conteúdo, os devedores, 
as garantias, os avais, o vencimento, o local do pagamento, o local de emissão, os endossantes da cadeia de 
endossos, o valor e o tipo de título, pois, todas essas informações devem estar expressas no título de crédito 
de modo que o princípio da literalidade dá ao titular do título a certeza do quanto vale e dos direitos do 
título. Apenas o que está escrito no título de crédito deve produzir os efeitos jurídicos devidos. 
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O credor não pode exigir dos devedores do título mais do que está previsto e o devedor não tem obrigação 
de assumir ou arcar com algo além do que está expresso no título. 
Exemplo: um título emitido com o valor de 200 reais, porém as partes desse negócio combinaram que no 
dia de pagar o título seria feito um acerto de contas e que o devedor deveria pagar só 180 reais, sendo que 
esse acerto não foi escrito no título. O credor desse título passa-o a outra pessoa que passa a ser o titular do 
crédito, no dia de cobrar do devedor o valor devido, o devedor diz que só pagaria 180 em função do acordo 
de cavalheiros feito entre os primeiros negociadores, ele não poderá fazer isso já que o que está escrito no 
título é que ele deve pagar 200. Pelo princípio da literalidade poderá o credor cobrar o valor integral, pois 
assim o direito cambiário lhe garante. 
Por causa desse princípio, basta que o credor leia o que está expressamente escrito no título para ter a real 
noção do que ele está recebendo como crédito. Só não precisa estar escrito no título aquiloque a própria lei 
já estabelece como um direito ou um dever das partes e que não precisa estar contido no título para que 
valha, já que está previsto na lei. Por exemplo, a lei diz que o aval pode ser feito com a simples assinatura 
na frente do título, então, mesmo que o assinante não escreva a palavra “aval”, sabe-se que, se um estranho 
assinou na frente do título, é por que ele está avalizando o título sem que isso conste expressamente no 
título. 
(FCC/SEFAZ-PE/Julgador Tributário/2015) Nos títulos de crédito, ensina-se que o devedor não é obrigado a 
mais, nem o credor pode querer outros direitos, que não aqueles declarados só expressamente no título. 
Esta lição refere-se aos efeitos da 
a) literalidade. 
b) autonomia. 
c) abstração. 
d) incorporação. 
e) causalidade. 
Comentário: 
Vimos que essa é uma boa descrição do alcance trazido pelo princípio da literalidade. 
Gabarito: A 
 
2.3. Autonomia 
Mais uma vez a definição de título de crédito traz em seu bojo o princípio citado. Título de crédito é um 
documento necessário ao exercício do direito autônomo nele contido. Esse é considerado o principal 
princípio, inclusive é o princípio que nos faz compreender melhor as características inerentes aos títulos de 
crédito. O princípio da autonomia nos diz que as relações jurídicas de um título de crédito são autônomas 
e independentes entre si. Aprenderemos que um título de crédito comporta diversas relações jurídicas 
diferentes. Existe a relação entre quem emite o título e a quem ele é endereçado, a relação jurídica entre o 
avalista e o devedor, entre o avalista e o credor, existe ainda a hipótese de um título ser emitido por uma 
pessoa e ser aceito por outra pessoa diferente, como na letra de câmbio. 
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Temos também as relações jurídicas que surgem quando o título entra em circulação por meio do endosso 
em que há a troca de titularidade de credor do título, onde o título pode ser endossado a uma pessoa que 
depois pode endossar a outra que pode endossar a outra, seguindo assim sem um limite definido em lei, 
acontecendo o que se chama de cadeia de endossos, esses endossantes também podem ter avalistas. Repare 
que há várias relações jurídicas envolvendo várias pessoas diferentes que podem surgir com a emissão e a 
circularização de um título de crédito. De acordo com o princípio da autonomia cada relação jurídica dessas 
é autônoma em relação a outra. Então, se algum desses vínculos obrigacionais estiver eivado de vício, não 
há que se falar em anulação ou influência desse vício nas outras relações, claro que isso só vale se esse vício 
não for um vício que faça parte do título como os vícios formais. 
Exemplo: Digamos que uma nota promissória foi emitida para pagar parte da compra de um carro de uma 
outra pessoa. O negócio original é a compra e venda de um carro, só que na hora de receber o carro o 
comprador não tinha o dinheiro todo, deu uma entrada em dinheiro e emitiu uma nota promissória que é 
um título de crédito em que ele promete que pagará a quantia ali do título no dia do vencimento. O vendedor 
do carro entrega o carro e recebe a nota promissória. A nota somente vencerá daqui a alguns dias, porém, o 
vendedor do carro que está com a nota em mãos, e é o credor dessa nota, está querendo comprar um celular, 
ele vai a outra pessoa e compra o celular dessa terceira pessoa que aceita receber na negociação a nota 
promissória, mas pede que seja feita alguma garantia para reforçar o crédito, então, eles arrumam uma 
quarta pessoa que será o avalista. Temos aqui a relação entre o emitente da nota, que é o principal devedor 
da nota e o vendedor do carro, temos outra relação entre o credor da nota e o dono do celular, e temos uma 
outra relação entre esses e o avalista. Cada uma dessas relações é autônoma, pois caso o carro tenha sido 
vendido com defeito, estará constatado um vício no negócio da compra e venda do carro, porém, o atual 
possuidor da nota não tem nada a ver com essa relação da compra e venda do carro e poderá cobrar o 
crédito da nota promissória sem nenhum problema. A pessoa que aceita a nota promissória como 
pagamento pelo celular não precisa se preocupar com as relações anteriores a dela, se há vício, e nem com 
quem foi que ocorreu o vício, já que o princípio da autonomia garante a ela os direitos inerentes aos títulos 
de crédito como executividade e poder cobrar a nota em função da natureza autônoma da relação que o fez 
ser o credor final do título. 
É exatamente o princípio da autonomia que enseja a importância que os títulos de crédito têm para a 
rapidez, confiança, segurança e negociabilidade do crédito para o desenvolvimento de uma economia no 
que tange a circulação da riqueza. 
As palavras que nos ajudam a lembrar desse princípio são: relações jurídicas, autônomas, independentes, 
cadeia de endossos, responsabilidades de avalistas autônomas. 
(PUC-PR/TJ-RO/Juiz/2011) Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que 
comprometem a validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às 
demais relações abrangidas no mesmo documento. 
Comentário: Como as relações de um título de crédito são autônomas, o vício de uma relação não 
compromete outra relação do mesmo título em função do princípio da autonomia. 
Gabarito: Correta 
 
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2.4. Abstração 
Segundo alguns autores, esse princípio é apenas uma subdivisão do princípio da autonomia e, por isso, 
considerado um subprincípio. Tem banca que também considera assim. Veremos que realmente dá a 
impressão de que ele é uma derivação do princípio da autonomia. Outras bancas têm usado esses princípios 
separadamente, e alguns autores assim o fazem também, então, para facilitar nosso entendimento, fiz essa 
separação também considerando a abstração um princípio por si só. O princípio da abstração consiste em 
que o título de crédito, uma vez posto em circulação, desvincula-se da relação jurídica que deu lhe deu 
origem. 
Não está tratando de todas as relações de um título e nem da independência entre todas as relações que 
podem surgir de um título de crédito, mas apenas da desvinculação entre o título emitido em função de uma 
relação jurídica originária, também chamada de subjancente, e a relação jurídica que deu origem ao título. 
Esse princípio só se aplica quando o título entra em circulação. Ou seja, enquanto o título emitido continuar 
no poder da pessoa que é o credor da relação original, não há desvinculação, mas no momento em que esse 
passa o título a terceiro por endosso, esse título perde o vínculo com a relação original. 
No nosso exemplo: a nota promissória foi emitida para pagar a compra de um carro, a relação jurídica que 
deu origem a emissão do título foi a compra e venda do carro, se o carro estiver com defeito e o título de 
crédito continua na mão do vendedor do carro, não há desvinculação e o vício do carro pode anular o negócio 
jurídico e ensejar o não pagamento pelo devedor, mas se o título for passado a outra pessoa por endosso, e 
essa pessoa nada tem a ver com a relação de compra e venda do carro, que seria o caso do vendedor de 
celular, o princípio da abstração garante que ele não precisará se preocupar com a relação que deu ensejo a 
emissão do título. 
Veja que, enquanto o princípio da autonomia é mais abrangente e envolve todas as relações jurídicas de 
um título de crédito, a abstração é mais específica, pois trata apenas da desvinculação da relação original, a 
relação inicial que fez com que o título fosse emitido. É mais uma garantia às pessoas que negociam riqueza 
e capital com títulos de crédito. As palavras que nos ajudam a lembrar desse princípio são: relação jurídica 
originária ou subjacente, desvinculação, circulaçãodo título. 
(CESPE/IFB/Professor – Direito/2011) De acordo com princípio da abstração, se o título de crédito é posto 
em circulação, ele se desvincula do negócio jurídico subjacente, do qual se originou. 
Comentário: A característica da abstração é a desvinculação do negócio jurídico que deu origem à emissão 
do título quando posto em circulação. Negócio subjacente é o negócio original que vem antes. 
Gabarito: Correta 
 
2.5. Inoponibilidade das Exceções Pessoais aos Terceiros de Boa-fé 
Sei que o “nome” desse princípio é feio, mas sei também que você é capaz de aprender e se acostumar com 
ele. Esse sim é um princípio que, quando adotado por algum autor, é reconhecidamente um subprincípio da 
autonomia. Na verdade, é considerado a faceta processual da autonomia, pois é invocado em algum litígio 
judicial. 
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Uma vez que o princípio da autonomia garante e assegura que as relações jurídicas são autônomas, conclui-
se que o devedor original do título não pode opor (inoponibilidade alegada em juízo) ao portador de boa-fé 
as exceções (defesas) que ele tenha contra o credor original. O devedor deve respeitar o princípio da 
inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé. 
Exemplo: lembra do carro vendido e a emissão da nota promissória, depois essa nota foi para o terceiro que 
vende o celular. O carro estava com defeito, então, surgiu uma exceção ao que foi combinado na compra e 
venda inicial, sendo que essa exceção só maculou o negócio jurídico entre o comprador e vendedor do carro, 
é, então, uma exceção pessoal entre esses dois, o vendedor do celular recebeu a nota promissória sem saber 
de nada sobre o defeito do carro e, por isso, ele é considerado um terceiro de boa-fé. Quando o credor do 
título, que é esse terceiro, for cobrar o título, ele deve ser pago pelo devedor em função do que vimos sobre 
a autonomia, porém se mesmo assim o devedor não pagar, o caso poderá ir parar na justiça em sede de 
cobrança da execução do título não pago. O principal devedor e emitente do título vai se opor a pagar o 
título alegando defeito do carro, porém, o cobrador do título e credor final é um terceiro de boa-fé, portanto, 
a exceção pessoal não poderá ser oposta ao terceiro de boa-fé, caberá ao juiz afastar esse argumento do 
devedor e fazer com que seja pago de acordo com a lei, em outras palavras, os títulos de crédito seguem o 
princípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé. A contrário senso, se o credor do 
título sabia das exceções pessoais, dos vícios, da irregularidade ou da nulidade da relação original e, portanto, 
estava de má-fé, o devedor poderá se opor. A má-fé, nesse caso, não se caracteriza apenas pelo conluio 
entre as partes, mas o simples fato de o credor, que recebeu o título, saber do vício, enseja a não aplicação 
do princípio e a possibilidade de oposição ao pagamento pelo devedor. 
Encontramos a regra que ampara a aplicação desse princípio no Código Civil que vai dizer a mesma coisa 
com as palavras invertidas, dizendo que só pode opor exceção pessoal se o título estiver com um credor de 
má-fé e sabia do vício anterior. 
CC - Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores 
precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o 
título, tiver agido de má-fé. 
E temos a regra na LUG também no que se refere à letra de câmbio. 
LUG - Artigo 17: As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao 
portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os 
portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido 
conscientemente em detrimento do devedor. 
Atente, mais uma vez, que as defesas ou exceções podem ser alegadas quando se tratar de vício de forma 
do título, ou seja, que está aparente, que basta ter o título em mãos para perceber que algo não foi feito de 
acordo com a lei, por exemplo, um cheque que não seja um daqueles papéis impressos pelo banco com as 
formalidades da lei, nesses casos, a alegação para não pagar o título poderá ser válida. 
 
 
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- Duplicata – Lei das Duplicatas – Lei 5.474 de 1968 
- Cheque – Lei dos Cheques – Lei 7.357 de 1985 
- Conhecimento de Depósito e Warrant – Decreto 1.102 de 1903 
- Cédulas de Crédito e Notas de Crédito que podem ser Rural, Imobiliário, Industrial, Comercial, Exportação 
e Bancário e Letras de Crédito. 
As regras previstas no Código Civil são usadas como regras gerais para os títulos de crédito e também podem 
ser usadas nos casos em que a lei específica for omissa, ou fazer uma aplicação subsidiária dos títulos que 
possuem leis próprias. 
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo 
disposto neste Código. 
 
3.2. Bem Móvel 
Os títulos de crédito são considerados bens móveis e sujeitos aos regimes aplicáveis aos bens móveis como 
a posse, a propriedade e transferem-se pelo endosso seguido da tradição, que é a entrega do documento. 
 
3.3. Obrigação Quesível 
Também chamada de “quérable”. É a obrigação em que o credor deve se dirigir ao devedor para receber o 
crédito devido. O título de crédito é uma obrigação quesível, em regra, o credor de um título de crédito, deve 
procurar o devedor no vencimento para que pague o valor que está no título. Exemplo: pense em uma nota 
promissória, que pode circular livremente, passando de mão em mão, e essa circulação não precisa ser 
comunicada ao principal devedor emitente da nota. No dia do vencimento, o credor, titular da nota, deve 
procurar o devedor que emitiu a nota para cobrá-la, se fosse o contrário, seria difícil, até porque o devedor 
nem saberia quem é o credor final da nota. A obrigação quesível é diferente ou o contrário de obrigação 
portável. 
 
3.4. Natureza Pró-Solvendo 
Quase sempre o título de crédito surge de algum outro negócio jurídico feito entre as partes que dá origem 
ao título. As obrigações em geral podem ser classificadas como pró-soluto ou pró-solvendo. Pró-soluto é 
aquela obrigação que se extingue desde o momento em que é feita a negociação, ocorre a quitação. A regra 
é a de que os títulos de crédito são pró-solvendo, ou seja, a entrega do título não caracteriza a extinção da 
obrigação, ficando pendente do pagamento futuro. Porém, as partes podem acordar que um determinado 
título seja emitido pró-soluto. 
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Exemplo: vendo meu celular para você por 500 reais, te dou o celular e você me dá um cheque no valor de 
500 reais, o negócio é definitivo, mas não está quitado, já que o cheque é em regra pró-solvendo e só será 
extinta a obrigação no dia em que os 500 reais virarem dinheiro. Entretanto, posso acordar com você que a 
entrega do cheque é pró-soluto, ou seja, uma vez passado o cheque a obrigação estará quitada. 
 
3.5. Negociabilidade 
Os títulos de crédito podem circular, na verdade eles existem exatamente para proporcionar a circulação de 
riqueza. Essa característica é bem entendida depois que aprendemos os princípios da autonomia e abstração. 
Você precisa saber que os títulos podem ser emitidos e o credor que tem ele em mãos pode passar para 
outra pessoa, que se torna o credor e essa pessoa pode passar para outro, e por causa das características e 
dos princípios inerentes aos títulos, haverá uma boa segurança jurídica do credor que receber esse título, 
quanto a liquidez e certeza do título e com uma boa dose de garantia de que o título será pago. A circulação 
do título é feita de maneira fácil e é protegida pelo nosso ordenamento jurídico. É a tal cambiaridade, por 
facilitar e dar maissegurança a transferência do título e do respectivo credor. Os títulos de crédito são 
negociáveis e servem de importante instrumento de troca de valores. Exemplo: eu devo a um amigo 150 
reais e não tenho dinheiro para pagar, mas tenho em mãos uma letra de câmbio na qual eu sou o credor e 
que vencerá em dois dias no valor de 150 reais, posso negociar com meu amigo o endosso dessa letra a ele, 
que passa a ser o credor da letra e, no dia do vencimento, poderá cobrar os 150 do principal devedor da 
letra. A riqueza circulou por meio do título de crédito. 
 
3.6. Executividade 
O titular do crédito de um título de crédito possui em mãos um documento com um direito próprio, líquido 
e certo consignado no documento. Então, se o devedor não cumprir sua obrigação prevista no título de 
pagar determina quantia no dia especificado e a pessoa devida, esse título poderá ser executado, pois está, 
de acordo com a lei, revestido de executividade inerente. Geralmente, uma pessoa que queira cobrar alguma 
obrigação de outra pessoa, quando não cumprida, deve entrar com uma ação na justiça chamada ação de 
conhecimento. Essa ação de conhecimento serve para que um juiz sentencie e dê força executiva à essa 
dívida. Porém, quando estivermos falando de um título de crédito não pago, não será necessário que o 
credor entre com uma ação de conhecimento, o credor poderá se valer dessa característica de executividade 
e protocolar diretamente uma ação de execução do título, o que proporciona ao credor uma maior 
celeridade no recebimento do valor devido e uma maior segurança de negociação dos títulos no mercado. 
Os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais. 
Novo Código de Processo Civil - Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-
á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
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Os títulos de crédito podem ser de modelo livre ou de modelo vinculado. Os títulos de modelo vinculados 
são os que devem seguir os requisitos previstos em lei e, ainda, devem ser feitos de acordo com um padrão, 
um modelo estabelecido. Títulos como o cheque e a duplicata são excelentes exemplos, já que só podem 
ser emitidos de acordo com o padrão estipulado pelo Conselho Monetário Nacional, só pode ser cheque 
aquele papel fornecido pelo banco, esses são os títulos de modelo vinculado. 
Os títulos de modelo livre são os que devem seguir os requisitos mínimos previsto na lei, mas que não existe 
um padrão definido de como deve ser esse título. Exemplo são as notas promissórias e as letras de câmbio. 
A nota promissória deve ter o nome “nota promissória” por lei, mas aquele modelo vendido na papelaria é 
apenas um exemplo, você pode agora, criar uma nota promissória no seu computador, já que ela é um tipo 
de título de modelo livre, basta que você veja os requisitos exigidos por lei que caracterizam que um 
determinado pedaço de papel será considerado uma nota promissória. Esses são títulos de modelo livre, já 
que não há um padrão definido e seu emitente tem essa liberdade. 
 
4.2. Quanto à Estrutura 
- ordem de pagamento 
- promessa de pagamento 
Ordem de pagamento é um tipo de estrutura do título que enseja três relações jurídicas diferentes. O 
emitente do título é a pessoa que dá a ordem, essa ordem é direcionada para que outra pessoa pague o que 
está no título e temos o beneficiário que é o principal credor que deve receber o valor do título. Quem emite 
o título e dá a ordem é chamado de SACADOR, quem deve pagar o título e que é a pessoa que recebe a 
ordem é o SACADO, e o principal credor é chamado de TOMADOR. São exemplos de ordem de pagamento 
o cheque, a duplicata e a letra de câmbio. Pense em um cheque emitido em que a pessoa que assina o cheque 
é o sacador e dá a ordem de pagamento para que o banco, sacado, cumpra essa ordem e pague o valor 
devido no cheque a esse credor, tomador. A promessa de pagamento é uma estrutura em que o título 
consiste em uma promessa feita pelo próprio emitente que pagará o valor devido ao beneficiário. Temos 
nesses títulos duas figuras, a do promitente e a do beneficiário. O promitente é o sacador e quem promete 
pagar, o beneficiário é o tomador e principal credor do título. Exemplo é a nota promissória e, também, as 
cédulas de crédito. 
 
4.3. Quanto à Forma de Circulação ou de Transferência 
- ao portador 
- nominativos 
- nominais à ordem 
- nominais não à ordem 
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Analisamos, agora, os títulos quanto a maneira com que eles trocam de mãos, ou seja, como eles podem ser 
classificados de acordo com a circulação, já que há diferentes maneiras de um título passar de um para outro 
credor, chamando essa troca de circulação. 
Os títulos podem ser ao portador. Na verdade, é um tipo de título que caiu em desuso em função da pouca 
segurança. Não há, nesses tipos de título, a identificação de quem é o titular do crédito, então, o titular do 
crédito do título ao portador será a pessoa que estiver portando o título. Circulam por tradição, pela entrega 
do documento a outra pessoa. Passou o título, passa a titularidade do crédito. Nenhum dos títulos estudados 
são ao portador, mas há previsão no Código Civil para esses tipos de títulos, vamos ver essas regras do código 
oportunamente. 
Os títulos de créditos são nominativos quando é possível identificar a pessoa titular do crédito, mas essa 
identificação fica registrada nos livros de controles do emitente do título. A pessoa que emite o título vai lá 
no livro de registros ou em outro tipo de registro e coloca lá o nome do credor. Se esse credor quiser 
transferir o título a outra pessoa tem que fazer essa alteração no registro do emitente, geralmente, tendo 
que ter a assinatura de quem passa o título e a assinatura de quem assume o título. Além, é claro, da entrega 
do título. 
Títulos nominais são títulos que possuem o nome de seu titular ou do seu credor no próprio título, isso faz 
com que sejam nominais, palavra que deriva de nome. Identificam expressamente o seu titular. Títulos 
nominais à ordem têm como característica a sua transferência por meio do endosso. Veremos ainda o que 
é o endosso, mas saiba que o título nominal à ordem é a regra no nosso ordenamento. Letra de câmbio, 
nota promissória, cheque e duplicata são títulos nominais à ordem, pois essa é a regra, e, por isso, a sua 
transferência, de uma pessoa para outra, se dará por meio do endosso, que é a assinatura do titular, 
passando o título de crédito para outra pessoa. 
Títulos nominais não à ordem são em regra feitos para não circularem e, por isso, a sua transferência se dá 
por meio da cessão civil de crédito, o que acarreta algumas diferenças em relação à transferência por 
endosso. A cessão civil de crédito é a forma de transferência dos títulos de crédito não à ordem e não 
transferem todos os direitos inerentes ao título, além de serem regidos pelas regras do direito civil quanto a 
cessão de crédito e não são regidos pelas regras do endosso que segue o direito empresarial. Como são 
títulos nominais, concluímos que o nome do titular está no título, mas tem uma cláusula expressa dizendo 
“não à ordem” e por isso deixa de seguir a regra do endosso e passa a seguir a regra da cessão civil de crédito. 
Observação: Os títulos “à ordem” podem ser transformados em “não à ordem” pela inclusão da cláusula 
“não à ordem” no próprio título. 
 
4.4. Quanto à Hipótese de Emissão 
- causais 
- abstratos 
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Os títulos de crédito podem ser causais ou abstratos.Essa classificação tem relação com o motivo que 
ocasionou a emissão do título. Essa é uma parte da matéria que não tem um entendimento pacífico por 
parte dos doutrinadores e é preciso entendermos o que as bancas cobram sobre isso. Os títulos causais são 
os que só podem ser emitidos quando acontece o motivo previsto em lei. Há uma causa que enseja a emissão 
do título e, por lei, o título só poderá ser emitido quando essa causa acontecer. Exemplo desse tipo de título 
é a duplicata. A duplicata só pode ser emitida quando ocorrer compra e venda mercantil ou a prestação de 
serviços, nenhum outro motivo, ou nenhuma outra causa pode ensejar a emissão da duplicata. Então, é o 
tipo de título que tem uma causa para ser emitido. Há uma relação entre o título e o negócio que lhe deu 
origem. Os títulos abstratos são os que não dependem de nenhuma causa ou motivo específico para serem 
emitidos. Podem ser emitidos em qualquer hipótese, já que a lei não exige determinado título. Exemplo de 
títulos com hipótese de emissão abstrata ou não causais são os cheques, as notas promissórias e as letras de 
câmbio. Eu posso emitir um cheque para comprar um carro, ou pagar uma dívida, ou para pagar o almoço, 
ou para dar a alguém, ou até mesmo para uma compra venda mercantil. Entenda, na compra e venda 
mercantil não há obrigatoriedade de emissão de duplicata, é possível o pagamento de uma compra e venda 
por todos os meios admitidos no direito, o pensamento é inverso, eu só posso emitir a duplicata para uma 
operação de compra e venda mercantil. 
Observação: Existe uma certa divergência doutrinária quanto ao entendimento sobre a abstração como 
princípio, em que o título de crédito se desvincula do negócio que lhe deu origem, e a abstração como 
classificação do título de crédito. Alguns autores entendem que os títulos causais não são abstratos e, por 
isso, não se sujeitam ao princípio da abstração e sempre vão circular associados ao negócio de origem. 
Enquanto outros entendem que o princípio da abstração é aplicado a todos os títulos, inclusive os que se 
classificam como causais, já que mesmo havendo uma ligação entre o negócio de origem e o título, eles 
perdem essa ligação no momento que circulam. Vamos ficar com esse segundo entendimento, já que a 
maioria das bancas têm pensado assim também. Portanto, não confunda princípio da abstração com títulos 
classificados como abstratos quanto a hipótese de emissão. Os tribunais também têm se posicionado no 
sentido de aplicar o princípio da abstração a todos os títulos, inclusive os causais como as duplicatas. 
(CESPE/PGE-BA/Procurador/2014) A duplicata é um título causal, emitido exclusivamente com vínculo a um 
processo de compra e venda mercantil ou a um contrato de prestação de serviços e, por isso, é considerada 
um título cambiforme, ao qual não se aplica o princípio da abstração. 
Comentário: A duplicata é um título classificado como causal, já que há, inicialmente, um vínculo entre o 
negócio e o título, mas, mesmo os títulos causais, estão sujeitos aos princípios cambiais, e por isso até a esses 
será aplicado o princípio da abstração. 
Gabarito: Errada 
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1. Saque 
Saque é a emissão do título, é a criação do título, e o ato que faz nascer o título. Assim como no jogo de 
tênis ou de vôlei, o saque dá início ao ponto e coloca a bola em jogo, o saque no título de crédito dá início a 
uma relação jurídica e coloca o título em “jogo”. O título de crédito é um ato unilateral, pois é feito, 
preenchido e assinado por uma única pessoa. Diferente de um contrato onde a relação jurídica se estabelece 
pela vontade das partes e suas respectivas assinaturas, no título de crédito, no momento da criação, apenas 
a pessoa que faz o saque é quem assina o título. Os outros atos cambiários também ensejam o surgimento 
de novas relações jurídicas. Essa emissão, esse saque, em regra, fazem surgir algumas relações jurídicas 
específicas. No saque temos o sacador, o sacado e o tomador. O sacador é quem faz o saque, ou seja, a 
pessoa que emite o título e assina como emitente e é quem dá a ordem para que o título seja pago pelo 
sacado. Sacado é quem recebe a ordem para efetuar o pagamento. Tomador é o beneficiário, o credor desse 
título. A letra de câmbio, por ser uma ordem de pagamento, segue essa sistemática. Quem saca ou emite a 
letra é o sacador, não é o principal devedor, mas responde pelo pagamento da letra. O sacado será o 
destinatário da ordem e aceitando a ordem será o principal devedor. O tomador é o credor da letra. Na nota 
promissória o saque é feito pelo próprio principal devedor, ele faz uma promessa ao tomador que pagará o 
título de acordo com os dizeres da própria nota. Aqui não temos sacado já que é uma promessa de 
pagamento e não uma ordem. No cheque o sacador é a pessoa que emite e assina o cheque, o sacado, a 
quem a ordem é direcionada, é o banco e o tomador é o credor que consta no cheque. O sacador é o principal 
responsável e devedor no caso do cheque, o banco não tem responsabilidade sobre o pagamento do cheque 
se o devedor não tiver fundos na conta do banco. No cheque o termo “saque” é empregado de maneira 
diferente, saque no cheque é o ato de ir ao banco e retirar o dinheiro. Na duplicata o saque é feito pelo 
próprio credor. As partes fazem um determinado negócio jurídico que ensejará a emissão da duplicata. O 
próprio credor emite a duplicata e manda para o devedor aceitar, devolver e, no dia devido, pagar. O saque 
da duplicata é a emissão da duplicata. Familiarize-se com os termos saque, sacador, sacado e tomador, pois 
serão importantes para o aprendizado da matéria. 
 
2. Aceite 
O título é emitido pelo sacador, mas nesse momento, o sacado, ou seja, a pessoa a quem a ordem é 
endereçada, ainda nem sabe da existência do título. Então, no momento que o título é emitido, o sacado 
ainda não tem nenhuma obrigação. O aceite é ato em que o sacado se compromete a pagar o título. O 
sacador emite o título e entrega ao credor, o credor leva esse título até o sacado para que esse sacado 
coloque a sua assinatura no título dizendo que aceita pagar a ordem, o sacado, então, aceita e devolve o 
título ao credor. Nesse momento, ele passa a ser o principal devedor do título. Aceite, portanto, é a 
declaração de vontade do sacado, assumindo o compromisso de cumprir o que está estipulado no título. O 
aceite caracteriza-se pela assinatura do aceitante no próprio título. 
Na letra de câmbio o aceite é facultativo. O sacado é o aceitante e no momento que assina, ele se obriga a 
efetuar o pagamento no vencimento ao credor. Se ele não aceitar, o credor pode voltar ao sacador e cobrar 
o pagamento. Na nota promissória não se fala em aceite já que o próprio emitente do título será o principal 
devedor, então, quem assina o título já tem o compromisso de pagar, pois fez essa promessa. 
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No cheque não existe o aceite, já que o banco não tem que se responsabilizar pelo pagamento se o emitente 
do cheque não tiver fundos disponíveis cobrir o valor do cheque, então, o principal devedor do cheque é o 
próprio emitente também. Na duplicata o aceite é obrigatório, pois, pela lei, deve ser assim, a não ser que 
aconteça alguma das situações previstas em lei que permita ao devedor a não aceitação da duplicata. 
Nos casos em que o aceite é facultativo ele pode ser recusado, já que o sacado não é obrigado e essa recusa 
pode ser feita sem um motivo específico, quando o aceite é obrigatório, a recusa ao aceite deve ser 
devidamente motivada por alguma das causas previstas na lei. O aceite pode ser aceito parcialmente ou 
aceito com modificações das cláusulas do título, essa situação de aceite é considerada uma recusa parcial 
do aceite. A recusa do aceite faz com queo vencimento do título seja antecipado. 
 
3. Endosso 
 
3.1. Definição 
O endosso é um dos atos cambiários mais importantes, pois ele permite a circulação do título e faz surgir 
novas relações jurídicas. O endosso é o ato cambiário que transmite a titularidade do título de crédito à 
ordem. O endosso é a forma própria, prevista em lei, para a transferência do título de crédito à ordem de 
uma pessoa para outra. O endosso é a transferência de propriedade de um título. O credor do título transfere 
a outra pessoa com todos os direitos inerentes ao título de crédito. O endosso ocorre com a assinatura do 
credor no título e depois de assinar ele entrega o título. A pessoa que faz o endosso e passa o título é 
chamada de endossante e a pessoa que recebe o endosso e passa a ser o novo credor do título é chamada 
de endossatário. O endosso, ato sujeito às regras do direito cambiário, quando feito, produz alguns efeitos. 
O primeiro e mais importante é a transmissão do título, do crédito, juntamente com todos os direitos 
inerentes. Tem também o efeito de que o endossante passa a ser responsável pelo pagamento do título, 
nos casos em que o principal devedor não o fizer. O endossante passa a ser codevedor do título ou 
coobrigado. Então, quem passa o título por endosso pode ser responsabilizado pelo pagamento do título. 
Muita atenção, pois essa é a regra de responsabilidade do endossante prevista em todas as legislações 
especiais de título de crédito, menos no Código Civil que prevê algo diferente, aprenderemos. 
Imagina agora uma cadeia de endossos, onde o credor de um título faz um endosso, esse que recebe o título 
endossa para outro, que endossa para outro, que endossa para outro. Todos os endossantes são 
corresponsáveis pelo pagamento do título no caso em que o devedor principal não pague. Cada endossante 
tem uma responsabilidade independente e autônoma do outro endossante. Se o devedor principal não 
pagar, o credor final pode cobrar de qualquer endossante, sendo que os endossantes posteriores na cadeia 
de endossos podem cobrar em regresso dos endossantes anteriores. De modo que, se o primeiro endossante 
pagar o valor devido, ele só poderá cobrar em regresso do principal devedor. Se o último endossante pagar 
ele pode cobrar a dívida em regresso de qualquer endossante antes dele na cadeia. 
 
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3.2. Assinatura 
Em regra, o endosso é feito na parte de trás do título, mas é possível também que o endosso seja feito na 
parte da frente. Se a assinatura do endossante for no verso do título, fica caracterizado o endosso, desde 
que essa assinatura seja do titular do crédito, mesmo que não escreva nada que se trata de um endosso. Se 
a assinatura for no anverso (frente), será necessário que se escreva que é um endosso. 
 
3.3. Endosso X Cessão Civil de Crédito 
O endosso é o ato cambiário feito nos títulos de crédito à ordem. Os principais títulos de crédito brasileiro 
são títulos à ordem. A nota promissória, a letra de câmbio, o cheque e a duplicata são títulos de crédito à 
ordem e circulam por meio de endosso. Os títulos não à ordem circulam por meio de outro instituto que á a 
cessão civil de crédito. Pode, um título de crédito à ordem, ser transformado em um título não à ordem, 
quando o titular do crédito, antes de transferir, coloca expressamente a cláusula “não à ordem” no título, ou 
escreve alguma coisa dizendo que proíbe um novo endosso como “não endossável” ou “não transferível”. 
Nesses casos, o título pode até circular, mas essa transmissão será feita, não mais pelo endosso, e sim pela 
cessão civil de crédito. É interessante que você entenda a diferença entre o endosso e a cessão civil de 
crédito. 
O endosso é aplicável no direito cambiário e a cessão no direito civil. O endosso transfere todos os direitos 
inerentes ao regime jurídico cambiário, como a responsabilidade pelo pagamento, o direito de regresso 
contra os endossantes anteriores, a cobrança do avalista, a autonomia, a desvinculação com o negócio 
jurídico que deu origem ao título e a o fato de não poder invocar a exceção pessoal contra o credor de boa-
fé. 
Já a transferência pela cessão civil não carrega esses direitos, o cedente não responde pelo pagamento do 
título, o cedente responde apenas com a existência do débito, mas não pelo seu pagamento. Portanto, o 
endossatário tem um crédito bem mais seguro do que o cessionário. Os títulos de crédito não à ordem são 
transmitidos pela cessão civil de crédito. 
 
3.4. Endosso Sem Garantia 
Assim como é possível acrescentar a cláusula “não à ordem” ou a cláusula “proibido novo endosso”, é 
possível também que o endossante insira no título a cláusula “sem garantia”, isso faz com que ele não seja 
responsável pelo pagamento do título deixando de ser codevedor do título. Então, quem endossa, mas, antes 
de endossar, escreve no próprio título que não garante o pagamento, deixa de ser corresponsável ou 
coobrigado pelo pagamento do título. 
 
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3.5. Endosso em Branco e em Preto 
O endosso pode ser em branco ou em preto. O endosso em branco é aquele em que o endossante assina o 
título, mas não coloca o nome de ninguém como endossatário, ou seja, o campo “endossatário” fica em 
branco. Endosso em branco é o que não identifica o seu beneficiário. Quando isso acontece, a pessoa que 
tem o título em mãos se torna o portador do título e credor, já que o título passa a ser um título ao portador. 
Esse portador pode até repassar esse título a outra pessoa por simples tradição. O endosso em preto é 
aquele em que o nome do endossatário, pessoa que recebe o título, consta expressamente no título. 
 
3.6. Endosso Parcial 
As legislações sobre endosso proíbem o endosso parcial, já que ficaria bem complicado passar apenas parte 
do crédito a outra pessoa, em função do princípi da cartularidade. O endosso condicional também é 
proibido. Não há um limite estabelecido na lei para a quantidade de endosso. Concluindo, não pode ser feito 
endosso parcial, pois será considerado nulo; o endosso não pode ser feito sob condição já que deve ser 
puro e simples; não há limite para número de endossos em um mesmo título. 
 
3.7. Endosso Impróprio 
O endosso próprio é o que acabamos de aprender, é o que transfere e transmite todos os direitos inerentes 
ao título, inclusive o de ser titular do crédito, além de cobrar o devedor. O endosso impróprio é diferente, já 
que é um tipo de endosso que faz com que o título troque de mãos, mas não é transferido todos os direitos 
do título. Quem recebe um título por endosso impróprio não é o titular do direito, mas tem a posse do título. 
Serve para legitimar a posse do título sem transferir o direito creditício. O endosso impróprio serve para as 
situações em que não se quer transferir o crédito, mas a pessoa que tem o título em mãos não é o 
beneficiário e titular, e esse endosso servirá para dar legitimidade a posse do título por essa pessoa, para 
que possa exercer alguns dos direitos que esse tipo de endosso vai proporcionar e que estão previstos na lei. 
O primeiro endosso impróprio é o endosso mandato. Só lembrar que mandato é feito por meio de 
procuração, ou seja, podemos dizer endosso procuração. O endosso mandato é aquele em que o titular do 
título de crédito assina o título dando poderes a outra pessoa para cobrar o valor devido no título do principal 
devedor. Pense no caso em que o dono do título não poderá ir até o devedor no dia do vencimento para 
cobrar o valor devido, então, é feito um endosso mandato para que seja possível entregar o título a outra 
pessoa, que, de posse do título e com o nome no endosso, possa cobrar o valor devido. Geralmente é feito 
assim: “pague-se, por procuração, a Fulano...” ou “valor a cobrar”, ou “paracobrança”. Muito usado para 
transferência do título ao banco, para que esse cobre o valor devido do principal devedor. Os bancos de 
posse de um título que receberam por endosso mandato vão usar todos os direitos permitidos para cobrar 
o valor devido. Se o devedor principal não pagar ao banco que tem o título e recebeu esse título por endosso 
mandato, o banco pode protestar. Essa situação de cobrança de bancos gerou muito problemas, pois muitos 
bancos excederam os poderes que tinham e várias ações chegaram ao STJ que sumulou o entendimento que 
vamos explicar agora. 
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Imagina que na verdade uma duplicata foi emitida com problemas ou foi um título indevido, ou ainda, que 
o protesto feito foi indevidamente, pelo fato de o título já ter sido pago. Nesses casos, o credor do título 
responderá pelos danos sofridos pelo devedor, principalmente nos casos de protesto indevido. Só que se o 
banco não tem conhecimento que o crédito é indevido, ele não pode ser responsabilizado. O STJ já entendeu 
que nos casos em que o banco, ou qualquer endossatário de endosso mandato, protestem um título, mas 
depois esse protesto for constatado indevido, não cabe responsabilidade a esse endossatário. Claro que, não 
cabe responsabilidade se o banco que protestou não sabia que se tratava de um protesto indevido, se o 
banco souber que o título já foi pago e mesmo assim protestar, caberá sim a sua responsabilidade também. 
Ou seja, o endossatário de um título por endosso mandato só responde pelos danos causados por um 
protesto indevido se extrapolar os poderes conferidos pelo mandante ou pela lei. 
Súmula 476 do STJ: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde 
por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”. 
O outro endosso impróprio é o endosso caução. O endosso garantia, ou ainda endosso pignoratício. É o 
endosso passado a uma pessoa como forma de transferir o título em garantia a algum empréstimo. A pessoa 
tem um título de crédito, pega um dinheiro emprestado com outra pessoa, quem empresta quer uma 
garantia para conceder esse empréstimo, e o dono do título entrega o título, mas a simples tradição do título 
não seria suficiente, então, coloca-se um endosso penhor no título que fica na posse de quem emprestou o 
dinheiro como garantia pelo pagamento da dívida. Esse endosso se escreve: “pague-se, por garantia, a 
Beltrano...” ou “valor em garantia” ou “em penhor” ou “por caução”. É apenas uma maneira de se constituir 
um penhor sobre o documento, é um tipo de endosso que transfere a posse do título como garantia de 
alguma obrigação. As pessoas que possuem um título por endosso impróprio não podem transferir o título 
a outra pessoa, só podem usar os direitos e poderes transferidos pelo tipo de endosso que lhes é passado. 
 
3.8. Endosso Póstumo ou Tardio 
É o endosso feito após o protesto do título ou após o prazo para protestar. Ou seja, é um endosso que 
caracteriza uma transferência de um crédito “ruim”, feito muito tarde. A lei permite que esse tipo de endosso 
seja feito, mas ele não terá os mesmos efeitos que um endosso normal, pois foi feito fora do tempo e, por 
isso, sofrerá as consequências de ser considerado uma cessão civil de crédito. Não confunda com o endosso 
passado após o vencimento do título, esse pode ser feito sem acarretar essas consequências nefastas, o 
endosso após o vencimento do título vale como endosso normal. O endosso para ser chamada de póstumo 
ou tardio, como gosta a doutrina, é o que é feito após o título já estar protestado ou o que é feito após o 
prazo para que o protesto seja feito. 
 
4. Aval 
Aval é uma garantia pessoal dada por terceiro no próprio título. Aval é um ato cambiário em que uma 
pessoa se obriga a pagar o título nas mesmas condições que a pessoa que está sendo por ela garantida. O 
aval é um reforço, uma garantia, dada ao credor para que o título seja pago. 
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Visualize uma situação em que o credor do título de crédito não confia no devedor ou acha que o devedor 
talvez não tenha condição de pagar o título, esse credor pode pedir uma garantia, essa garantia é feita pelo 
aval, é uma garantia pessoal, já que uma outra pessoa, que não tem nada a ver com essa relação original, 
passa a fazer parte da relação cambiária. A pessoa que garante o pagamento por meio do aval se chama 
avalista. A pessoa garantida, ou seja, o devedor que recebe a garantia se chama avalizado. O avalizado pode 
ser tanto do principal devedor como pode ser de um endossante que é um codevedor do título. 
Entenda, o aval pode ser dado para garantir o pagamento do sacador, do sacado, do aceitante, ou ainda 
do endossante. O aval é feito por meio de uma assinatura do avalista no próprio título. Essa assinatura pode 
ser feita na frente do título, nesse caso não precisa escrever mais nada, já que a simples assinatura na frente 
do título caracteriza um aval. Um aval pode ser dado com a assinatura no verso também, mas, nesse caso, 
será preciso escrever no título “por aval” ou “bom para aval” ou ainda “por aval de Fulano”. O avalista, ao 
assinar o título, assume uma obrigação autônoma e solidária com seu avalizado em relação ao pagamento 
do título. Ou seja, não há benefício de ordem para a cobrança do título, o credor pode cobrar, no 
vencimento, tanto do credor como do seu avalista. E mesmo que o devedor principal tenha bens suficientes 
para cobrir tal dívida, ainda assim, o avalista não pode se eximir dessa responsabilidade. Caberá ao avalista 
que pagar o título, ação de regresso contra seu avalizado em caso de pagamento. E é uma obrigação 
autônoma porque a possível anulação da obrigação do devedor principal não anula a obrigação do aval. 
Além de ser uma obrigação que precisa constar no próprio título em função dos outros princípios cambiais. 
É uma obrigação solidária, mas trata-se de uma solidariedade cambiária que difere um pouco da 
solidariedade civil, em função da impossibilidade de cobrança em regresso sobre as pessoas que vieram 
depois na cadeia, é uma solidariedade em que qualquer dos devedores pode ser acionado a pagar o título, 
mas apenas quem vem depois na cadeia pode fazer a cobrança de regresso contra os antecessores. 
Observação: Nas regras específicas de cada legislação é possível um aval parcial, seria o caso em que alguém 
aceita ser garantidor apenas de parte do valor no título. No entanto, o Código Civil proíbe aval parcial. 
O aval quando é feito com o nome da pessoa que será garantida, o avalizado, chama-se aval em preto e não 
gera maiores problemas. Entretanto, há casos em que o aval é feito, mas não se identifica quem é o 
avalizado, pois pode ser o sacador, o sacado, ou algum dos endossantes caso haja uma cadeia de endossos, 
é o aval em branco. A lei define que se o aval for em branco presume-se feito ao sacador na letra de 
câmbio; presume-se ao emitente na nota promissória; ao emitente no cheque e ao sacado na duplicata. 
O aval pode ser sucessivo ou pode ser simultâneo, são duas modalidades diferentes de avais. Aval sucessivo 
é o aval do aval, é um aval feito por uma quarta pessoa garantindo o pagamento sobre o aval do terceiro, 
é o aval do aval. Já o aval simultâneo é aquele em que há mais de um aval para o mesmo devedor, duas 
pessoas diferentes avalizando a mesma pessoa. No Direito Civil há um instituto que também se caracteriza 
por ser uma garantia pessoal dada por terceiros, é a fiança. É preciso entender as diferenças entre eles. 
 
4.1. Aval X Fiança 
O aval é uma garantia do Direito Cambiário e a fiança é uma garantia do Direito Civil. O aval só é usado nas 
obrigações referentes aos títulos de crédito e a fiança pode ser usada nas obrigações contratuais. O aval deve 
ser feitono próprio título enquanto a fiança pode ser feita em ato separado. 
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A obrigação do avalista é autônoma em relação a do avalizado, ou seja, mesmo que nula ou viciada a 
obrigação do devedor, o avalista continua tendo que pagar o título e na fiança a obrigação do fiador não é 
autônoma, é uma obrigação acessória, que depende da obrigação principal, se a principal for nula, a fiança 
também será nula. No aval a responsabilidade é solidária e o avalista responde sem se falar em benefício de 
ordem, e nem ser levantada a questão de o devedor avalizado ter bens, já na fiança o fiador, em regra, invoca 
o benefício de ordem, já que é uma obrigação subsidiária e não solidária, e pode nomear e listar bens do 
devedor principal para pagar a obrigação antes que ele tenha que arcar. Na fiança o benefício de ordem pode 
ser mitigado pelas partes, o que vem acontecendo muito na prática nos contratos de locação de imóveis com 
fiador. 
Observação: Uma regra um tanto quanto controversa é em relação ao aval e a participação do cônjuge no 
aval. A doutrina critica essa regra, estabelece inclusive mecanismos de melhorar a prática dessa regra e o STJ 
já se pronunciou no sentido favorável a essa regra. Não vamos entrar nessa discussão. A regra é que o 
cônjuge não pode fazer um aval sem a autorização do outro cônjuge, só pode apor aval sem precisar pedir 
autorização nos casos de casamento no regime de separação absoluta. 
CC - Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem 
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: 
III - prestar fiança ou aval; 
 
5. Protesto 
Protesto é um ato praticado pelo credor do título de crédito que, insatisfeito com o descumprimento de 
alguma obrigação no título, leva-o ao cartório, para que seja incorporado ao título a prova de fato relevante 
da relação cambial. Protesto é um ato formal e solene, pois deve ser feito nos parâmetros e exigências 
previstos em lei. É o ato que faz prova a favor do credor em relação a inadimplência e descumprimento de 
obrigação originada em título de crédito. Na verdade, o protesto pode ser usado para outros tipos de títulos, 
documentos e dívidas, mas veremos aqui as questões cambiais do protesto. Mais uma vez, vamos aprender 
as regras gerais do protesto previstas na Lei 9.492 de 1997 que define competência, regulamenta os serviços 
concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida e dá outras providências, e depois, em 
cada título veremos as regras específicas do protesto aplicáveis ao título em espécie. 
A definição da lei sobre o que é protesto é essa: 
Lei 9.492 de 1997 - Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a 
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos 
de dívida. 
Os órgãos e entidades do Poder Público também se utilizam do instrumento do protesto para fazer prova e 
materializar suas cobranças. 
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Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e 
fundações públicas. 
O protesto pode ser feito por falta de aceite, por falta de devolução ou por falta de pagamento. A falta de 
aceite caracteriza-se pela entrega do título ao sacado e esse devolve o título sem aceitar, por não querer ou 
não concordar com os termos do título, esse protesto só pode ser feito até o dia do vencimento do título ou 
do prazo legal para a aceitação. 
A falta de devolução ocorre quando a pessoa que, deveria devolver o título com o aceite, resolve reter o 
título e não o devolve. Por fim, o protesto por falta de pagamento é o mais comum e poderá ser feito sempre 
que o principal devedor não pagar o título no dia do vencimento, já que esse tipo de protesto só pode ser 
feito após o vencimento do título. 
Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução. 
§ 1º O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento da 
obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução. 
§ 2º Após o vencimento, o protesto sempre será efetuado por falta de pagamento, vedada 
a recusa da lavratura e registro do protesto por motivo não previsto na lei cambial. 
O protesto por falta de pagamento é classificado pela doutrina em dois tipos, pode ser obrigatório ou pode 
ser facultativo. Um dos principais efeitos do protesto é a possibilidade de poder cobrar o título dos 
codevedores ou coobrigados, como endossantes e seus avalistas. Se um título não for pago e o credor não 
fizer o protesto no prazo legal, os coobrigados ficam livres de qualquer obrigação. Essa liberação já não 
acontece com o devedor principal que pode ser cobrado mesmo que o título não seja protestado. 
O protesto obrigatório é aquele feito dentro do prazo legal e que dá condão para que seja feita a cobrança 
também dos codevedores, sacador, endossantes e avalistas desses. Ou seja, para que os demais coobrigados 
pelo título sejam demandados, o protesto é requisito fundamental. O protesto preserva o direito de ação 
contra os devedores indiretos. O protesto facultativo é o que é feito fora do prazo legal, e que nem é 
necessário para que se cobre o principal devedor, mas poderá ser feito mesmo assim para dar mais força 
probante na cobrança do título. 
Observação: O prazo para o protesto obrigatório vai variar de acordo com o título. Em relação a letra de 
câmbio e a nota promissória temos a previsão na LUG que dá ao credor dois dias úteis após o vencimento. 
No cheque o prazo é até que se expire o prazo de apresentação ou primeiro dia útil seguinte a esse prazo. 
Nas duplicatas temos um prazo mais largo que é de trinta dias do vencimento. 
Em relação aos efeitos do protesto já falamos sobre o primeiro e mais importante que é a possibilidade de 
poder cobrar o título dos devedores indiretos, também chamados de coobrigados ou codevedores. O outro 
efeito do protesto é a interrupção da prescrição, afinal, o protesto é um ato inequívoco de que o credor não 
está parado, de que ele tem a intenção de cobrar o valor devido e não pago, então, quando o protesto é 
feito, o prazo de prescrição é interrompido, para de contar e volta a contar do início. 
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O protesto também dá ao credor a possibilidade de pedir a falência do devedor, pois fica configurada a 
impontualidade injustificada ensejadora do pedido de falência. Por fim, o protesto tem como efeito a 
inscrição do devedor no cadastro de inadimplentes o que gera ao credor uma restrição ao crédito no 
mercado econômico. 
 
5.1. Procedimento 
A lei prevê um procedimento específico no protesto tanto em relação ao credor insatisfeito do título como 
o que deve ser adotado pelo Tabelião. O Tabelião do Cartório do Protesto de Títulos é o competente para 
fazer o protesto. 
Art. 3º Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos interesses 
públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou do 
aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos de dívida, bem 
como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em relação ao mesmo, 
proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a todos os atos 
praticados, na forma desta Lei. 
Primeiramente é feito o PEDIDO, depois a INTIMAÇÃO e então a LAVRATURA. O credor com o título, se 
quiser protestar, deve levá-lo ao cartório competente, caracterizando o pedido a ser instruído com o título 
original, em regra, há exceções quanto a essa questãodo título original, pois tem título que pode ser 
protestado com a segunda via ou pode ser feito protesto por indicação. O protesto é feito pelo credor que 
leva o título ao cartório chamado de Cartório de Protesto de Títulos. O tabelião que recebe o título não tem 
responsabilidade em relação a prescrição ou caducidade do título e também não será cobrado nos casos em 
que for feito um protesto indevido. Cabe ao tabelião averiguar os aspectos formais do título e aceitar o 
protesto caso o título esteja sem vícios. 
Art. 9º Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus 
caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de 
Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. 
Estando o pedido regularmente instruído, o Tabelião intima o devedor para pagar, aceitar ou devolver o 
título de acordo com o tipo de protesto. Não há obrigatoriedade quanto ao tipo de intimação, o importante 
nesse caso é que o devedor seja realmente cientificado do protesto. 
Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a 
intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do título ou documento, 
considerando-se cumprida quando comprovada a sua entrega no mesmo endereço. 
A lei não estabelece um prazo para que o intimado responda à intimação, mas estabelece um prazo para o 
Tabelião fazer o registro do protesto, e esse prazo é de três dias do protocolo do título. 
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Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do 
título ou documento de dívida. 
Quem dá entrada no pedido de protesto, chamado de apresentante, pode desistir do pedido, desde que 
pague as despesas ao cartório e antes de o protesto ser lavrado. 
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
 
5.2. Pagamento em Cartório 
O devedor intimado tem o prazo previsto na intimação do tabelião para pagar o título, comparecendo ao 
cartório e pegando a sua quitação, isso evita que se lavre e registre o protesto. Deve-se pagar o valor do 
título atualizado e mais os emolumentos e despesas. 
Art. 19. O pagamento do título ou do documento de dívida apresentado para protesto será 
feito diretamente no Tabelionato competente, no valor igual ao declarado pelo 
apresentante, acrescido dos emolumentos e demais despesas. 
§ 2º No ato do pagamento, o Tabelionato de Protesto dará a respectiva quitação, e o valor 
devido será colocado à disposição do apresentante no primeiro dia útil subseqüente ao do 
recebimento. 
Após o prazo da intimação, se não houver resposta do devedor, o Tabelião lavra o protesto, atestando o 
fato e registrando o protesto em livro, bem como faz constar no título que o protesto foi feito e devolve o 
título ao apresentante juntamente com o instrumento de protesto. 
Art. 20. Esgotado o prazo previsto no art. 12, sem que tenham ocorrido as hipóteses dos 
Capítulos VII e VIII, o Tabelião lavrará e registrará o protesto, sendo o respectivo 
instrumento entregue ao apresentante. 
 
5.3. Cancelamento 
O devedor que queira cancelar um protesto contra ele, precisa se dirigir até o credor e pagar a ele o título, 
pegando para si o título. Essa pessoa protestada leva o título ao cartório e solicita o cancelamento do 
protesto. Caso não seja possível a apresentação do título original, é possível a substituição desse por uma 
declaração do credor de que o título está devidamente pago e concorda com o cancelamento do protesto, 
essa declaração deve ter firma reconhecida. Por fim, se o credor não mais existir ou em qualquer caso que 
não seja mais possível a quitação, ainda sim, é possível o cancelamento do protesto por via judicial. 
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Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no 
Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do 
documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. 
§ 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida 
protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, 
daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso 
translativo. 
§ 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, o cancelamento do 
registro do protesto poderá ser solicitado com a apresentação da certidão expedida pelo 
Juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou o 
documento de dívida protestado. 
 
5.4. Protesto Indevido Súmula STJ 
Já vimos a súmula 476 do STJ que fala sobre a responsabilidade do endossatário de endosso mandato em 
protesto indevido, vamos ver agora outra súmula de protesto indevido. O protesto é bem prejudicial ao 
devedor em decorrência dos seus efeitos. Houve muitos casos de protesto indevido, até que finalmente o 
STJ entendeu que quem fizer um protesto indevido deverá pagar pelos prejuízos causados. Ou seja, alguém 
recebe um título com vícios ou um título pago, enfim, qualquer caso que caracterize um protesto indevido, 
e mesmo assim leva o título a protesto, deve responder pelos danos causados por esse protesto indevido. 
Súmula 475 STJ - Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário 
que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou 
intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. 
 
5.5. Cláusula Sem Protesto 
Tudo que foi explicado até aqui sobre protesto ficará mitigado caso seja inserido no título uma cláusula 
chamada “sem protesto”, é uma cláusula que não se presume, para valer, tem que estar escrita no título. Na 
verdade, é uma cláusula que não impede o protesto, mas torna-o facultativo, já que esse escrito faz com que 
os codevedores, endossantes e seus avalistas respondam e se obriguem pelo pagamento do título 
independentemente do protesto. 
 
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As questões de prova que exigem o conhecimento desses artigos são identificáveis no enunciado da 
seguinte maneira: “de acordo com as regras dos títulos de crédito no Código Civil” ou “em relação aos 
títulos de crédito, marque a correta”. Ou seja, quando a questão não citar um título de crédito específico, 
saberemos que a banca está cobrando os artigos do Código Civil. Então, muita atenção no estudo dessa parte 
da aula, as regras daqui só serão usadas para acertar questões que citem expressamente o Código Civil ou 
que sejam omissas quanto ao tipo de título a ser perguntado. Você perceberá nas questões de prova, sobre 
os assuntos aqui apresentados, a cobrança da letra da lei, com poucas variações, farei as devidas explicações 
dos artigos mais importantes para facilitar o seu entendimento. 
 
1. Disposições Gerais 
As regras que veremos agora são consideradas por alguns como regras gerais dos títulos de crédito e podem 
ser aplicadas subsidiariamente aos títulos que possuem leis específicas, a grande maioria dos títulos 
brasileiros são desse tipo, com lei específica ou também chamados de típicos. Títulos típicos são os que 
possuem legislação com regramento próprio, e títulos atípicos ou inominados são os que não possuem lei 
específica. Esses artigos, como estão no Código Civil, são constantemente cobrados nos concursos. Essas 
regras que aprenderemos agora não revogaram, portanto, as regras específicas de cada título, e podem 
conviver normalmente em nosso ordenamento jurídico. São regras que serão usadas nos casos de títulos 
novos que venhama surgir e que não tenham lei específica. Segue o que diz o próprio Código sobre isso: 
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo 
disposto neste Código. 
Ou seja, se tiver uma lei especial, usa-se a lei especial, se não tiver, usa-se o Código. 
(CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2015) Regem-se os títulos de crédito pelo disposto no Novo Código Civil (Lei 
10.406, de 10 de janeiro de 2002), ficando sem efeito qualquer outra disposição diversa. 
Comentário: As disposições diversas do Código em leis especiais são aplicadas a cada tipo de título e 
continuam normalmente com seus efeitos, aplicando-se o Código aos títulos que não possuem leis. 
Gabarito: Errada 
 
1.1. Formalidades dos Títulos 
Como vimos, mesmo os títulos atípicos devem seguir as formalidades legais, então, pelo Código, os títulos 
devem ter a data em que foram emitidos. Além disso devem ter a indicação precisa dos direitos que 
conferem como valor, credor, dia de pagamento, entre outros e por fim, não pode faltar, a assinatura de 
quem emite o título. 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos 
que confere, e a assinatura do emitente. 
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O ideal é que os títulos tenham em seu teor a data de vencimento, ou seja, o dia em que o credor deve 
procurar o devedor para receber o valor devido, mas se, por acaso, esse dado for omisso, a lei considera que 
o título será à vista. O título que não tem data de vencimento será considerado à vista. 
Art. 889 - § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
Outro dado do título é o lugar em que ele foi emitido e o lugar em que ele deve ser pago, mas caso esses 
lugares não sejam colocados no título a lei considerará que será o domicílio do emitente. 
Art. 889 - § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no 
título, o domicílio do emitente. 
A dúvida surge quando o título é emitido, mas de maneira incompleta, ou seja, sem alguma informação 
relevante, a lei responde dizendo que, se o título for incompleto, deve ser preenchido, mas esse 
preenchimento deve ser feito de acordo com o que foi ajustado entre as partes na hora da emissão. No 
entanto, se o que foi acordado for descumprido, ainda assim, uma terceira pessoa portadora do título poderá 
cobrar o título, mesmo que preenchido em desconformidade ao acordado, já que o devedor do título não 
poderá se opor ao pagamento desse título, a não ser, é claro, que o terceiro que tem o título esteja agindo 
de má-fé. Essa regra tem a ver com o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de 
boa-fé. 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de 
conformidade com os ajustes realizados. 
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles 
participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao 
adquirir o título, tiver agido de má-fé. 
Pode ser que o emitente do título não coloque no documento as características que o formalizem como um 
título de crédito, e a omissão de algum requisito legal, que faça com que o documento não seja considerado 
um título de crédito não invalida o negócio jurídico que tenha dado origem a esse documento. Duas 
pessoas fazem um negócio jurídico que enseja a emissão de um documento, a intenção é a de que esse 
documento seja um título de crédito, mas se não seguir a lei, não será um título de crédito, essa 
descaracterização do título não invalida o negócio que foi feito entre essas duas pessoas. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
 
 
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c) não pode o título ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente 
e que constem da escrituração do emitente. 
d) que contiver omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, 
implica a invalidade do negócio jurídico originário. 
e) é um documento informal, sem requisitos específicos previstos em lei. 
Comentário: a) Errada – Sem vencimento, será considerado à vista. 
b) Correta – Se não indicar lugar, fica valendo o lugar do emitente. 
c) Errada – Pode sim emitir título pelo computador ou meio equivalente e que sejam escriturados pelo 
emitente. 
d) Errada – A falta de algum item no título não invalida o negócio que deu origem a esse título. 
e) Errada – Título de crédito é um documento formal e deve seguir os requisitos da lei. 
Gabarito: B 
 
1.3. Assinatura de Mandatário em Título 
Se uma pessoa resolve colocar uma assinatura no título como representante de outra pessoa, mesmo que 
seja um mandatário, essa pessoa responderá e ficará obrigada pelo pagamento do título, mas essa 
responsabilidade só acontecerá se esse mandatário age assim sem ter os poderes devidos para isso ou se 
agir excedendo seus poderes. Dito de outra maneira, o mandatário ou representante de outra pessoa 
(mandante ou representado), assina o título de crédito sem ter poderes para isso ou excedendo os poderes 
que tem, responderá pessoalmente pelo pagamento do título. A regra do mandato é a de que quem assina 
como mandatário não responde, quem responde é seu mandante, mas nesse caso específico, não deveria 
ter feito essa assinatura e por isso responde pessoalmente. Só que, se essa pessoa pagar o título, passa a 
deter os mesmos poderes que teriam direito o seu mandante. 
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura 
em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente 
obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante 
ou representado. 
(CESPE/TJ-BA/Notário/2013) Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tiver, lançar a sua 
assinatura em título de crédito como mandatário ou representante de terceiro ficará pessoalmente 
obrigado, e, se pagar o título, terá os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado. 
Comentário: Essa questão reproduz o artigo 892 de acordo com o que já explicamos. 
Gabarito: Correta 
 
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1.4. Título que Representa Mercadoria 
Existem títulos que podem ser emitidos para representar mais do que um direito de crédito, são títulos que 
podem representar mercadorias. Exemplos desse tipo de título é o conhecimento de depósito e o warrant. 
O título que representa uma mercadoria dá ao seu titular o direito de propriedade sobre a mercadoria, mas 
essa mercadoria está guardada em outro lugar com outra pessoa. O dono do título é a pessoa que vai retirar 
a mercadoria ao apresentar o título. Esse dono, se quiser, pode transferir esse título de acordo com as regras 
de circulação. Pela lei, essa retirada da mercadoria pode ser feita sem maiores formalidades, ele apresenta 
o título, pega a mercadoria e entrega o título devidamente quitado. 
Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, 
de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela 
independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente 
quitado. 
Um título que represente uma mercadoria ou mesmo um que represente um direito poderá ser dado em 
garantia, mas é importante saber que só o título, como documento, pode ser dado em garantia, a 
mercadoria representada por ele não pode ser dada em garantia. Enquanto esse título estiver em circulação 
só ele poderá ser dadoem garantia ou ser usado como objeto de medida judicial. 
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em 
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa. 
(FCC/TJ-GO/Juiz/2012) Enquanto estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto 
de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
Comentário: Só o título pode ser usado como garantia ou ser objeto de medida judicial, mesmo que seja um 
título que represente mercadoria, não pode usar a mercadoria como garantia e nem usar o direito como 
garantia, mas apenas o próprio título como garantia. 
Gabarito: Correta 
 
1.5. Outras Regras 
Um título recebido por alguém de boa-fé presume-se que chegou em suas mãos de maneira correta, ou seja, 
quem está com o título em mãos como credor e adquiriu esse título de boa-fé, será considerado legítimo 
possuidor e o título não poderá ser reivindicado dele. Não pode o devedor não querer pagar ou querer 
reivindicar o título alegando algum vício nos negócios jurídicos da circulação do título, se a transmissão e 
circulação do título ocorreu dentro dos padrões legais. 
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-
fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. 
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Se um devedor paga o título no vencimento, em regra, sua obrigação finaliza, o pagamento no vencimento 
extingue a obrigação do título de crédito. A pessoa que porta o título, presumidamente o credor, apresenta 
o título ao devedor, no vencimento, e esse paga o título, configura a desoneração de sua obrigação. Essa 
regra só não será válida se ele estiver agindo de má-fé, ou seja, se sabia que não deveria ter pago o título a 
essa pessoa e mesmo assim paga agindo de má-fé. O devedor paga o título e pede ao credor que entregue o 
título e coloque também uma quitação nesse título. 
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo 
portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. 
Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, 
quitação regular. 
Se o devedor quiser pagar o título antes do vencimento, até pode, mas se o credor não quiser receber esse 
pagamento antes do vencimento ele terá esse direito. O credor não é obrigado a receber o pagamento antes 
do vencimento. Já no dia do vencimento, o credor não pode recusar o recebimento do pagamento. 
Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e 
aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento. 
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. 
(COSEAC/UFF/Assistente Administrativo/2015) É correto afirmar que fica validamente desonerado o 
devedor que paga título de crédito ao: 
a) legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. 
b) portador, mesmo ilegítimo, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. 
c) legítimo portador, fora do vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. 
d) legítimo portador, no vencimento, com oposição, salvo se agiu de má-fé. 
e) legítimo portador, no vencimento, sem oposição, mesmo se agiu de má-fé. 
Comentário: O devedor que paga ao legítimo portador um título no dia do seu vencimento e esse pagamento 
é feito sem oposição de quem recebe o pagamento ou de ninguém fica desobrigado, ou seja, desonerado. 
Só não fica desonerado se agir de má-fé. 
Gabarito: A 
 
2. Aval no Código 
Já vimos que o aval é a garantia dada por uma outra pessoa no título de que garante o pagamento do título 
pelo seu avalizado. O título de crédito pode ser garantido pelo aval. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
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Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no 
verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. 
§ 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. 
(FCC/MPE-AL/Promotor/2012) A circulação dos títulos de crédito à ordem se dará 
a) por endosso, que não pode ser cancelado e independentemente da tradição do título. 
b) apenas por endosso em preto. 
c) pela aposição de aval. 
d) por endosso, completando-se a transferência com a tradição do título. 
e) pela simples tradição, uma vez que o título se considera coisa móvel. 
Comentário: O título de crédito à ordem circula pelo endosso, e após o endosso o título deve ser entregue 
para que essa transferência se concretize. O endosso completa-se com a tradição. 
Gabarito: D 
O endosso não pode ter condição. E a lei veda o endosso parcial, já que não há como transferir parte do 
título. 
Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o 
endossante. 
Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. 
O endosso feito após o vencimento do título produzirá os mesmos efeitos que aquele feito antes do 
vencimento. Se existe a possibilidade de ser feito o endosso, é porque o título ainda não foi pago e ainda 
não foi levado para cobrança e por isso pode ser feito o endosso, mesmo vencido, e produzindo os mesmos 
efeitos de um endosso dado antes do vencimento. 
Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. 
 
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I - Sem a tradição do título, não se completará a transferência por endosso. 
II - O endosso que tiver sido dado no anverso do título será considerado não escrito. 
III - Se o endosso for em branco, será nula a alteração para endosso em preto pelo endossatário. 
Comentário: I - Correta – O endosso se completa com a tradição, sem a tradição não se caracteriza o endosso. 
II - Errada – O endosso pode ser dado na frente do título. 
III - Errada – O endosso em branco pode ser transformado em endosso em preto. 
 
3.3. Nominativo 
A última forma de transferência de título prevista no Código Civil é a dos títulos nominativos. O título 
nominativo é aquele que o nome do credor deve estar registrado no livro de registro de quem emite o 
título. E a transferência dos títulos nominativos se concretiza por um termo que deve ser levado para que 
o emitente registre esse termo de transferência em seus livros, esse termo deve ser assinado pelo 
proprietário e pelo adquirente. O título nominativo também pode ser transferido por meio do endosso, 
mas para que tenha eficácia perante o emitente e devedor, é preciso que essa transferência seja averbada 
junto ao emitente e em seus registros. 
Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro 
do emitente. 
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, 
assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o 
nome do endossatário. 
§ 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita 
a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que 
comprove a autenticidade da assinatura do endossante. 
(VUNESP/Prefeitura de São José do Rio Preto/Procurador/2014) Transfere-se o título nominativo mediante 
termos, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Comentário: Os títulos nominativos são transferidos por termo que é levado a registrodo devedor. 
Gabarito: Correta 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
A circulação de um título de crédito possibilita a transmissão para terceiros que é uma das qualidades dos 
títulos de créditos. Assim, entre as classificações dos títulos de crédito, qual a que ocorre devido a sua forma 
de circular e que não apresenta a identificação de seu beneficiário e de quem é o seu credor? 
a) Ao portador. 
b) Nominal. 
c) À ordem. 
d) Não à ordem. 
e) Translativo. 
Comentários: 
Existem algumas classificações dos títulos de créditos que aprendemos nessa aula. Quanto a forma de 
circulação ou de transferência os títulos podem ser classificados em ao portador, nominativos, nominais à 
ordem e nominais não à ordem. 
Os títulos nominais e nominativas possuem escrito o nome da pessoa beneficiada, porém os títulos AO 
PORTADOR são caracterizados por não identificar o nome do beneficiário e é exatamente esse tipo de título 
previsto no enunciado. Portanto, a resposta é “ao portador”. 
Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. 
Gabarito: A 
 
2. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
São características dos títulos de crédito, EXCETO: 
a) Circulação. 
b) Conter obrigação quesível. 
c) Presunção de iliquidez. 
d) Executividade. 
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e) Formalismo. 
Comentários: 
Apresentamos a lista das características gerais dos títulos de crédito, sendo essas o formalismo, bem móvel, 
obrigação quesível, natureza pró-solvendo, negociabilidade (circulação) e executividade. 
A executividade só pode ser efetiva por ser o título de crédito um título executivo com certeza e liquidez. 
Portanto, a presunção de iliquidez não é uma característica dos títulos de crédito. 
Gabarito: C 
 
3. FCC - Analista de Fomento (AFAP)/Advogado/2019 
No tocante aos títulos de crédito, seus princípios e classificações, é correto afirmar que 
a) por força da abstração, as obrigações mantêm-se independentes uma das outras e, por decorrência da 
inoponibilidade das exceções pessoais, os devedores não podem alegar vícios e defeitos de suas relações 
jurídicas com o portador de boa-fé que não participou do negócio jurídico do qual resultou a dívida que lhes 
é exigida. 
b) pelo princípio da autonomia cambiária, o possuidor do título de crédito investe-se de direito próprio e, 
por isso, fica sujeito às exceções oponíveis aos possuidores precedentes. 
c) pela literalidade cambiária, vale tudo o que estiver escrito, não só no título, como também no contrato 
que lhe seja subjacente e que se considera incorporado ao título. 
d) são títulos à ordem aqueles emitidos em benefício da pessoa indicada, sem possibilidade de transferência 
mediante endosso. 
e) são títulos nominativos os emitidos genericamente em favor do possuidor e transferíveis por simples 
tradição manual 
Comentários: 
a) Correta – Analisando esse item percebemos que a banca não foi tão precisa como explicamos na aula e 
que é o entendimento da doutrina majoritária. O princípio da autonomia é o que estabelece a autonomia e 
independência entre as obrigações que constam em um título. Já a abstração é aquela que prevê que quando 
o título entra em circulação desvincula-se do negócio jurídico que lhe deu origem. Ainda assim, o princípio 
da abstração é considerado um subprincípio da autonomia, então, na falta de outra alternativa mais correta 
concordo com a banca que esse pode ser o gabarito, apesar de termos em mente essa importante 
observação 
O subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé também decorre da 
autonomia e está perfeitamente definido na alternativa. 
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b) Errada – A autonomia faz com que as obrigações constantes em um título de crédito sejam autônomas e 
independentes entre si. E em decorrência disso aplica-se a não sujeição às exceções oponíveis aos 
possuidores precedentes. 
c) Errada – Pela literalidade vale o que está escrito no próprio título, o que estiver previsto em outro 
instrumento ou documento não assegura direitos cambiários. 
d) Errada – Os títulos à ordem são transferidos mediante endosso e após o endosso com a tradição do título. 
e) Errada – Os nominativos são os que o emitente possui registro de quem é o beneficiário. E são transmitidos 
pela mudança dos termos nesses registros e assinaturas dos negociantes, pode também ser transmitido por 
endosso. Essa definição do item da questão refere-se a títulos ao portador. 
Gabarito: A 
 
4. IESES - Notário e Registrador (TJ AM)/Remoção/2018 
De acordo com os preceitos do direito civilista relacionados aos títulos de créditos é correto afirmar, EXCETO: 
a) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
b) Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente. 
c) A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
d) O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, não pode ser 
garantido por aval. 
Comentários: 
a) Errada – Título deve ter a data de vencimento, porém se não estiver escrito no título o dia do vencimento 
deverá ser considerado à vista. 
Art. 889. § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
b) Errada – Esses itens devem sim fazer parte da composição do título de crédito. 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos 
que confere, e a assinatura do emitente. 
c) Errada – Na transferência do título não é apenas o pedaço de papel ou o crédito que é transmitido, mas 
todos os direitos inerentes. 
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Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes. 
d) Correta – O aval é um ato cambiário que pode sim ser utilizado no título de crédito como garantia do 
pagamento. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Gabarito: D 
 
5. VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018 
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de título de crédito disposto no artigo 887 do Código 
Civil. 
a) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito autônomo nele contido, que somente 
produz efeito se preenchidos os requisitos legais. 
b) O título de crédito, documento dispensável ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, 
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
c) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito nele contido, produz efeito 
independentemente de preenchidos os requisitos legais. 
d) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente 
produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
e) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, que 
produz seus efeitos independentemente de preenchidos os requisitos legais. 
Comentários: 
O Código Civil trouxe a definição de título de crédito e no mesmo artigo deixou claro os princípios aplicáveis 
aos títulos. 
Art. 887 - O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
a) Errada – Incompleto, faltou dizer direito LITERAL. 
b) Errada– O título de crédito é documento necessário e não dispensável. 
c) Errada – Só produz efeitos quando preencha os requisitos previstos em lei. 
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d) Correta – Essa é cópia integral da previsão legal sobre a definição de título de crédito. Encontramos 
expressamente os princípios da cartularidade, literalidade e autonomia. 
e) Errada – Precisa preencher os requisitos da lei para produzir efeitos. 
Gabarito: D 
 
6. FUNDATEC - Auditor Fiscal (Pref Santa Rosa)/2018 
Analise as assertivas a seguir a respeito de títulos de crédito, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
( ) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do portador. 
( ) O pagamento de título de crédito pode ser garantido por aval, sendo que este pode ser parcial ou total. 
( ) O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor. 
( ) No caso de título à ordem, o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – F – V – F. 
b) V – F – V – V – F. 
c) F – V – F – F – V. 
d) V – F – F – V – V. 
e) F – V – V – F – F. 
Comentários: 
Questão literal sobre os artigos do Código Civil relativos aos títulos de crédito. 
( V ) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
Art. 889 - §1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
( F ) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do portador. 
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Em caso de omissão deve ser considerado lugar de emissão o domicílio do EMITENTE. 
Art. 889 - §2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no 
título, o domicílio do emitente. 
( F ) O pagamento de título de crédito pode ser garantido por aval, sendo que este pode ser parcial ou total. 
De acordo com a previsão do Código Civil, não pode AVAL PARCIAL. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
( V ) O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante 
a sua simples apresentação ao devedor. 
( V ) No caso de título à ordem, o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
Gabarito: D 
 
7. IESES - Notário e Registrador (TJ RO)/Remoção/2017 
Segundo institui o Código Civil Brasileiro, o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito 
literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Acerca do 
tema podemos afirmar, EXCETO: 
a) Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente. 
b) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
c) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
d) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
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Comentários: 
a) Errada – Essa está de acordo com a lei e não atende o enunciado, pois pede a exceção. 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos 
que confere, e a assinatura do emitente. 
b) Correta – O título tem que cumprir os requisitos da lei, porém se não cumprir o documento não será 
considerado um título de crédito, e mesmo assim isso não invalida o negócio jurídico que deu origem ao 
título. A questão diz que implica sim a invalidade, portanto, não está de acordo com a lei e atende nosso 
enunciado. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
c) Errada – Se não constar no título a data de vencimento, ele deve ser considerado à vista. 
Art. 889 - § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
d) Errada – Exatamente, faltou dizer qual o lugar da emissão, deve ser considerado o lugar do domicílio do 
emitente. 
Art. 889 - § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no 
título, o domicílio do emitente. 
Gabarito: B 
 
8. CEBRASPE (CESPE) - Promotor de Justiça (MPE PI)/2019 
O Código Civil estabelece como título de crédito o documento necessário ao exercício literal e autônomo 
nele contido, somente produzindo efeito quando preenchidos os requisitos previstos em lei. Com referência 
a esse conceito e aos princípios que tratam dos títulos de crédito, é correto afirmar que 
a) documento necessário se refere ao princípio da literalidade, pelo qual o cumprimento do direito expresso 
no documento só se faz com a sua apresentação. 
b) o princípio da cartularidade pode ser relativizado quando o credor receber o título de crédito em 
fotocópia, desde que devidamente autenticada em cartório. 
c) o princípio da autonomia preconiza que, para que o crédito possa circular, a obrigação representada pelo 
título não dependa de mais nada do que esteja escrito no documento, desvinculando-se o negócio jurídico 
inicialmente firmado da cártula originada. 
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d) os títulos de crédito não estão sujeitos a outros princípios ou requisitos jurídicos inespecíficos, bastando 
que atendam aos requisitos de validade previstos em lei. 
e) a legislação, além da literalidade de uma cártula, permite, em regra, que outros elementos constem no 
título de crédito, desde que expressamente escritos, como ocorre com a estipulação de juros, com a 
proibição de endosso e com a exclusão da responsabilidade por despesas. 
Comentários: 
a) Errada – Na verdade, documento necessário refere-se ao princípio da cartularidade. 
b) Errada – A cartularidade é o princípio que exige a apresentação do documento original para exercício dos 
direitos como cobrança, execução e protesto, porém admite-se sim a relativização pelos chamados títulos 
virtuais e não como dito na questão por meio de fotocópia. 
c) Correta – A autonomia é um princípio bem amplo que abrange inclusive as definições dos seus 
subprincípios como o da abstração. Então na autonomia as obrigações dos títulos são independentes e 
autônomas umas das outras e assim o título quando circula desvincula-se do negócio jurídico que deu origem 
a esse título. Por isso, a alternativa está de acordo com o aprendizado. 
d) Errada – Estão sim sujeitos aos três grandes princípios já citados, além é claro de terem que respeitar os 
dispositivos legais. Além disso, estão sujeitos a subprincípios como a abstração e a inoponibilidade das 
exceções pessoais aos terceiros de boa fé que não estão expressos nesses termos, mas que são válidos e 
aplicáveis. 
e) Errada – Algumas coisas não podem estar previstas nos títulos, se estiverem escritas serão como se não 
estivessem lá, pois a lei diz que consideram-se não escritas essas cláusulas elencadas no artigo 890. 
Gabarito:C 
 
9. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ SC)/2019 
A aposição de cláusula proibitiva de endosso no título de crédito é considerada pelo Código Civil como 
a) nula de pleno direito. 
b) não escrita. 
c) anulável. 
d) válida, se aceita expressamente pelo tomador. 
e) inexistente, se dada no anverso do título. 
Comentários: 
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A cláusula que proíbe novo endosso não deve ser escrita no título de crédito de acordo com a regra prevista 
no Código Civil, porém, se ainda assim colocarem no título a cláusula que proíbe um novo endosso, essa 
cláusula será considerada NÃO-ESCRITA, ou seja, é como se ela não estivesse lá, não vale nada. 
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, 
a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a 
observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, 
exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
Gabarito: B 
 
10. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ SC)/2019 
Determinado título de crédito foi emitido com eficácia sujeita às normas previstas no Código Civil, não sendo 
aplicável, na espécie, nenhuma norma especial. A respeito desse título, é correto afirmar que será possível 
a realização do 
a) aval, que será válido com a simples assinatura do avalista no anverso do título. 
b) endosso, que deverá ser dado exclusivamente no anverso do título. 
c) endosso, na forma parcial. 
d) aval, na forma parcial. 
e) endosso condicional e o aval cancelado. 
Comentários: 
Pelo enunciado percebemos que versa sobre títulos de crédito atípicos, pois não possui uma legislação 
específica. Os títulos de créditos atípicos submetem-se às regras do Código Civil. 
a) Correta – Aval pode ser feito na frente ou atrás do título, mas se for na frente, a simples assinatura já 
configura como aval. 
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. 
§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura 
do avalista. 
b) Errada – Endosso pode ser feito na frente ou atrás do título também. 
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
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c) Errada – A lei não admite endosso parcial. 
Art. 912 - Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. 
d) Errada – O Código Civil proíbe o aval parcial. 
Art. 897 - Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
e) Errada – Endosso não pode ter condição e o aval cancelado é considerado não escrito. 
Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o 
endossante. 
Art. 898 - § 2o Considera-se não escrito o aval cancelado. 
Gabarito: A 
 
11. FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Anulada" 
Em relação aos títulos de crédito, é correto afirmar: 
a) O título de crédito, enquanto documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele 
contido, produz efeitos se preenchidos ou não os requisitos legais. 
b) Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidades 
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
c) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
d) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, tanto ele poderá ser dado em garantia e ser objeto de 
medidas judiciais, como também, em conjunto, os direitos ou mercadorias que representa. 
e) O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, não admite 
garantia por aval, embora possa ser concedido aval parcial. 
Comentários: 
a) Errada – O título de crédito SÓ produz efeitos se preencher os requisitos legais. 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei" 
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b) Correta – Essa alternativa está de acordo com o Artigo 890 que prevê os tipos de cláusulas que não podem 
estar no título de crédito, mas que se estiverem serão consideradas não escritas. 
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, 
a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a 
observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, 
exclua ou restrinja direitos e obrigações 
c) Errada – O negócio jurídico que deu origem a emissão do título não será invalidado por problemas que 
surjam no título. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem 
d) Errada – As mercadorias ou direitos representados em um título não podem ser dadas em garantia, apenas 
o próprio título pode ser dado em garantia enquanto estiver em circulação. 
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em 
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa 
e) Errada - Pode sim ser feito aval, mas não pode parcial. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial ada – Pode sim um título de crédito ser garantido 
por aval, só não pode aval parcial. 
Gabarito: B 
 
12. FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Gestão Tributária/2018 
A respeito dos títulos de crédito, considere: 
I. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas e a que dispense a observância de termos e formalidade 
prescritas. 
II. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval, total ou parcial. 
III. A transferência de título ao portador deve ser realizada por meio de endosso. 
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IV. O título nominativo pode ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua 
custa, salvo proibição legal. 
De acordo com o Código Civil, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) II e III. 
e) I e IV. 
Comentários: 
I - Correta – Essa assertiva coaduna com o que está previsto no Artigo 890 do Código Civil. 
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, 
a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a 
observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, 
exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
II - Errada – A garantia dada no título de crédito que é o aval não pode ser parcial. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
III - Errada – A mudança de titularidade de um título ao portador é feita pela entrega do título, ou seja, pela 
tradição apenas e não por endosso. 
Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. 
IV - Correta – Pode sim ser feita essamudança de um título nominativo para um título à ordem ou até mesmo 
ao portador. 
Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à 
ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. 
Gabarito: E 
 
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59 
 
13. VUNESP - Auditor Tributário Municipal (Pref SJC)/Gestão Tributária/2018 
Assinale a alternativa correta sobre os títulos de crédito, de acordo com as disposições do Código Civil de 
2002. 
a) Em regra, o endossante é solidariamente responsável pelo cumprimento da obrigação constante no título. 
b) Não se admite mais de um aval para garantir o pagamento do mesmo título. 
c) Não se admite o aval que garante a dívida apenas parcialmente. 
d) No vencimento do título, é lícito que o credor recuse o pagamento parcial. 
e) É nulo o aval lançado posteriormente ao vencimento do título de crédito. 
Comentários: 
a) Errada – Na rega prevista no Código Civil o endossante não é responsável pelo cumprimento da obrigação 
do título. 
Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde 
o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. 
b) Errada – Existe sim a possibilidade de aval simultâneo ou até mesmo aval sucessivo. 
c) Correta – Exatamente, a lei proíbe o aval parcial. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
d) Errada – Não pode recursar pagamento no dia do vencimento, nem total nem parcial. 
Art. 902 - §1º No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. 
e) Errada – Não há problema em lançar aval após o vencimento do título, já que produzirá os mesmos efeitos 
que o aval feito antes do vencimento. 
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
Gabarito: C 
 
14. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
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60 
 
Qual declaração de vontade na cártula tem a intenção de assumir a obrigação pelo pagamento do título? 
a) Aval. 
b) Saque. 
c) Aceite. 
d) Fiança. 
e) Endosso. 
Comentários: 
Aquele que assina um título de maneira que com essa assinatura deixa claro que tem a intenção de pagar o 
crédito e assim está assumindo uma obrigação está aceitando essa responsabilidade e praticando o ACEITE. 
a) Errada – é uma garantia dada no título. 
b) Errada – é a emissão do título. 
c) Correta – Conforme explicado. 
d) Errada – é um tipo de garantia com expressivas diferenças em relação ao aval. 
e) Errada – é o modo de transmissão de títulos de crédito à ordem. 
Gabarito: C 
 
15. CEBRASPE (CESPE) - Notário e Registrador (TJDFT)/Provimento/2019 
O apresentante poderá retirar título ou documento de dívida apresentado para protesto 
a) a qualquer tempo, pagos os emolumentos e demais despesas. 
b) antes da juntada da intimação do devedor. 
c) antes da intimação do devedor. 
d) a qualquer tempo, mesmo sem o pagamento dos emolumentos e demais despesas. 
e) antes da sua lavratura, pagos os emolumentos e demais despesas. 
Comentários: 
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61 
 
Questão que versa sobre o protesto previsto na Lei 9.492 de 1997. O título ou documento levado a protesto 
pode ser retirado pelo próprio apresentante desde que seja feito ANTES DA LAVRATURA e com os devidos 
pagamentos de emolumentos e demais despesas. 
Lei 9492 - Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
Gabarito: E 
 
16. VUNESP - Procurador do Município (Pref SJRP)/2019 
Sobre o aval e a fiança mercantil, é correto afirmar: 
a) aval e fiança são garantias pessoais equivalentes; tanto em uma como em outra o garantidor assume a 
obrigação de adimplir a obrigação garantida (avalizada ou afiançada) em caso de inadimplemento do 
devedor principal. 
b) avalista e fiador fazem jus ao benefício de ordem, embora em ambos os casos tal benefício possa ser 
renunciado. 
c) a invalidade da obrigação original compromete como regra a validade da fiança, mas não a validade do 
aval. 
d) tanto os direitos conferidos pelo aval como os direitos conferidos pela fiança podem ser transferidos 
indistintamente pela cessão do crédito ou pelo seu endosso. 
e) a invalidade da obrigação original compromete como regra a validade do aval, mas não a validade da 
fiança. 
Comentários: 
a) Errada – Aval e fiança são sim garantias pessoais, mas não são equivalentes. Pelo contrário, apresentamos 
uma série de diferenças entre esses institutos. A fiança, em regra, caracteriza-se pela subsidiariedade, já o 
aval não. 
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação 
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 
b) Errada – Aval não faz jus ao benefício de ordem como na fiança, ou seja, no aval o avalista pode ser cobrado 
diretamente mesmo antes de cobrar do seu avalizado. 
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao 
emitente ou devedor final. 
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62 
 
c) Correta – A fiança é uma obrigação acessória e como tal de se submete ao que acontece com o negócio 
principal, assim, se a obrigação original é invalida, também será a fiança, mas no caso do aval não há que se 
falar em obrigação acessória. 
Art. 899 - §2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele 
a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma. 
d) Errada – Os direitos conferidos pelo aval são transmitidos por endosso e os da fiança pela cessão civil de 
crédito. 
e) Errada – Como dito, a regra é o contrário dessa. 
Gabarito: C 
 
17. IESES - Notário e Registrador (TJ AM)/Remoção/2018 
O ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em 
títulos e outros documentos de dívida é definido por lei como: 
a) Autenticação. 
b) Insolvência. 
c) Protesto. 
d) Endosso. 
Comentários: 
Essa é a definição legal de protesto. 
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o 
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. 
Gabarito: C 
 
18. FGV - Advogado (ALERO)/2018 
Sobre títulos de crédito, analise as afirmativas a seguir. 
I. A lei brasileira permite que se faça um endosso parcial, desde que seja tal circunstância anotada no verso 
do título de crédito transferido. 
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63 
 
II. Nos títulos de crédito ao portador, a prestação é devida ainda que o documento tenha entrado em 
circulação contra a vontade do emitente. 
III. Em relações jurídicas regidas pelo direito comum, é válida a cláusula pela qual o avalista se responsabiliza 
por parte do pagamento da dívida. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
Comentários: 
I - Errada – Não é possível o endosso parcial. 
Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o 
endossante. 
Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. 
II - Correta – Essa situação realmente é permitida na lei. Título ao portador deve ser pago a quem portar o 
título, mesmo que ele tenha circulado contra a vontade de quem o emitiu. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador temdireito à prestação nele indicada, mediante 
a sua simples apresentação ao devedor. 
Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação 
contra a vontade do emitente. 
III - Errada – Nesse caso aplica-se o previsto no Código Civil que não permite o aval parcial. Ou seja, não é 
válida a cláusula pela qual o avalista se responsabiliza por parte do pagamento da dívida. 
Art. 897 - Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
Gabarito: B 
 
19. CEBRASPE (CESPE) - Analista Bancário (BNB)/2018 
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64 
 
Julgue o próximo item, a respeito de garantias fidejussórias, considerando a instrumentalidade na 
formalização dessas garantias e a responsabilidade atribuída ao avalista e(ou) ao fiador. 
No caso do aval, a responsabilidade pelo pagamento da dívida é solidária, ou seja, tanto o devedor quanto o 
avalista são responsáveis pelo montante integral da dívida; no caso da fiança, a responsabilidade é 
subsidiária, e existe o benefício de ordem, isto é, o fiador somente será acionado se o devedor principal não 
cumprir a obrigação. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Aprendemos que realmente as responsabilidades dessas duas garantias são diferentes. No aval é possível a 
cobrança solidária, mas lembrando, não se assemelha a solidariedade civil, e na fiança, geralmente, deve-se 
respeitar o benefício de ordem. 
Gabarito: Correta 
 
20. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ PR)/2017 
O ato cambiário pelo qual o credor transmite a outrem seus direitos sobre título nominal à ordem é 
denominado 
a) aceite. 
b) aval. 
c) endosso. 
d) cessão civil de crédito. 
Comentários: 
Endosso é o ato cambiário pelo qual o credor transmite a outrem seus direitos sobre título nominal à ordem 
é denominado. Lembrando que a transferência do título por endosso se concretiza com a tradição. 
Gabarito: C 
 
21. CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 
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Um empregado público, empresário proprietário de veículo e de unidade residencial no estado de Alagoas, 
recebeu notificação de protesto a respeito de dívida estadual. Nessa situação hipotética, 
a) o empregado público foi intimado pessoalmente pelo tabelião. 
b) o débito pode estar em certidão de dívida ativa estadual. 
c) o débito refere-se às atividades empresariais do empregado público. 
d) o empregado público foi intimado por dívida relativa a precatórios. 
e) o débito decorre de ação de regresso. 
Comentários: 
A certidão de dívida ativa estadual também pode ser objeto de protesto. Assim, nessa situação o débito pode 
estar em certidão de dívida ativa estadual. 
Lei 9.492 de 1997 - Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a 
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos 
de dívida. 
Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e 
fundações públicas. 
Gabarito: B 
 
22. (FCC/Eletrobras/Direito/2016) 
Quanto aos títulos de crédito, é correto afirmar que: 
a) fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, 
sem oposição, independentemente de boa-fé. 
b) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
c) dar-se-á em 30 dias o vencimento do título que não contenha indicação a respeito. 
d) o título incompleto ao tempo de sua emissão não poderá ser preenchido posteriormente, pois ao tempo 
da emissão todos os dados devem estar indicados. 
e) seu pagamento, que contenha obrigação de pagar uma soma determinada, pode ser garantido por aval, 
que deve ser dado no verso ou anverso do próprio título. 
Comentário: 
Essa questão é aquela típica em que o examinador exige o conhecimento dos artigos do Código Civil sobre 
título de crédito, já que no seu enunciado não há citação de nenhum título específico. 
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a) Incorreta – O devedor que paga o título de crédito ao legítimo portador fica desonerado de qualquer 
obrigação, mas essa regra só é válida se o devedor estava de boa-fé, se ele agir de má-fé, pagando a quem 
não deveria, não ficará desonerado. Então, não é independentemente de boa-fé. 
Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo 
portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. 
b) Incorreta – A omissão de algum requisito no título que o descaracterize como título, não anula o negócio 
que deu origem ao título, anula apenas o título como um título de crédito. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
c) Incorreta - O título que não tem a data de vencimento será considerado à vista. 
Art. 889 - § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
d) Incorreta – O título pode ser completado depois, nos casos em que tenha faltado algum item na época da 
emissão. Só que esse preenchimento posterior deve ser feito de acordo com o que for ajustado. 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de 
conformidade com os ajustes realizados. 
e) Correta – O título pode ser garantido por aval. Esse aval pode ser na frente ou no verso do título. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Gabarito: E 
 
23. (FGV/Prefeitura de Cuiabá/Auditor Fiscal/2016) 
Com relação à Teoria Geral do Direito Cambiário, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. 
( ) Em observância ao princípio da cartularidade, nenhum título de crédito pode ser emitido em meio 
eletrônico ou ser escritural. 
( ) Por ser a nota promissória documento com conteúdo literal, não se presume a cláusula sem garantia 
quando for endossada pelo beneficiário. 
( ) Nos títulos de crédito causais e à ordem, como a duplicata, não se aplica o princípio da abstração no 
momento da circulação. 
( ) Em se tratando de título de crédito representativo de mercadorias, diante da incorporação do direito real 
à cártula, o portador não tem o direito de transferi-lo, mas apenas recebê-las independentemente de 
quaisquer formalidades. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) F, V, F e V. 
b) F, F, V e V. 
c) F, V, F e F. 
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d) V, V, F e F. 
e) V, F, V e V. 
Comentário: 
I – Incorreta – O princípio da cartularidade impõe a materialização dos títulos de créditos em cártulas, ou 
seja, em papel. Entretanto, a inovação da tecnologia e os benefícios por ela proporcionados culminaram na 
flexibilização do referido princípio. Tentando acompanhar a tecnologia, o Código Civil permitiu a emissão de 
títulos eletrônicos desde escriturais, tendo em vista a necessidade de constarem na escrituração do 
emitente. 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio 
técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos 
mínimos previstos neste artigo. 
II – Correta – A nota promissória segue o princípio da literalidade, sendo observadoo que está escrito no 
título. Por ser um título de crédito à ordem, a sua circulação presume ser feita por endosso, ou seja, quem 
transfere se torna, pelo menos em regra, garantidor do pagamento. Assim, afirmativa correta, pois não se 
presume a cláusula sem garantia já que a presunção é de que foi endossada pelo beneficiário. 
LUG - Artigo 15: O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação 
como do pagamento da letra. 
III – Incorreta – Os títulos de crédito são classificados como causais ou abstratos, no que tange a sua natureza. 
Os causais são emitidos apenas quando ocorrer alguma situação que fundamente sua emissão, como 
exemplo uma prestação de serviços. Por outro lado, o título abstrato dispensa uma causa para sua emissão. 
De fato, a duplicada é um título causal, pois necessita de uma causa para ser emitida, e à ordem, já que 
circula por meio do endosso. Entretanto, tais características não afastam a aplicação do princípio da 
abstração nas duplicatas. Nos termos do referido princípio, a duplicata colocada em circulação desvincula-
se do negócio que lhe deu origem. Em suma, mesmo que causal, a duplicata colocada em circulação perde o 
vínculo com o negócio que lhe deu causa. 
IV – Incorreta – O título representativo de mercadoria, tal como o warrant e o conhecimento de depósito, é 
aquele que incorpora o direito ao recebimento da mercadoria. A mercadoria só pode ser retirada mediante 
apresentação do título que o representa, o que não impede que o título circule, observando as regras 
próprias. 
CC - Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-
lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela 
independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente 
quitado. 
Gabarito: C 
 
24. (VUNESP/TJ-RJ/Juiz/2016) 
A cláusula “não à ordem" 
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a) inviabiliza o aceite. 
b) impede a circulação mediante endosso. 
c) implica em aceite do cumprimento da obrigação assumida em Nota Promissória. 
d) não é admitida na Letra de Câmbio. 
e) inviabiliza o aval parcial. 
Comentário: 
O ato cambiário que permite a transferência do título de crédito à ordem é o endosso. Então, a cláusula “não 
à ordem” é a que impede que o título circule por meio do endosso, nesse caso o título poderá ser transferido 
só que pela cessão civil de crédito. 
Gabarito: B 
 
25. (CESPE/TJ-DF/Juiz/2016) 
O avalista citado para pagar o valor constante do título poderá invocar em seu favor benefício de ordem, de 
forma que, primeiro, sejam excutidos bens do avalizado. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
Aprendemos que a pessoa que dá o aval responde da mesma maneira que o seu avalizado. O avalista pode 
ser cobrado pelo devedor para pagar o título mesmo antes de o principal devedor ser cobrado e se assim for 
cobrado, não poderá invocar o benefício de ordem, poderá sim cobrar em regresso o principal devedor. 
Gabarito: Errada 
 
26. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2015) 
Acerca do protesto de títulos, analise as seguintes afirmativas: 
I. Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos interesses públicos e privados, 
a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do 
título e de outros documentos de dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do 
credor em relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a 
todos os atos praticados. 
( ) Certo ( ) Errado 
II. Todos os títulos e documentos de dívida apresentados a protesto serão examinados em seus caracteres 
intrínsecos e extrínsecos e terão curso se não apresentarem vícios, devendo o tabelião de protesto investigar 
questões de mérito, tais como origem da dívida, falsidade, prescrição, decadência, dentre outros. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
I – Correta – O tabelião do cartório de protesto é o competente legal para realizar os atos processuais 
relativos ao protesto de um título de crédito, devendo sempre atender aos interesses públicos e privados. 
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Realiza atos como intimação, receber pagamento, registrar o protesto, entre outros previstos nesse artigo 
da lei de protesto. 
Lei 9.492 - Art. 3º Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela 
dos interesses públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da 
devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos 
de dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em 
relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões 
relativas a todos os atos praticados, na forma desta Lei. 
II – Errada – Não cabe ao tabelião averiguar a prescrição ou caducidade de um título. Ele só deve se ater às 
formalidades e vícios do título. 
Art. 9º Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus 
caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de 
Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. 
 
27. (FUNDATEC/BRDE/Analista/2015) 
No aval, o avalista: 
a) Assume obrigação supletiva em relação ao avalizado. 
b) Assume obrigação subsidiária em relação ao avalizado e todos os demais coobrigados. 
c) Assume obrigação solidária. 
d) Diferentemente do que ocorre na fiança, não precisará da anuência do seu cônjuge. 
e) Somente precisará da anuência do seu cônjuge no regime da comunhão universal de bens. 
Comentário: 
A obrigação do avalista, a pessoa que dá o aval, é solidária com a da pessoa garantida. A obrigação do avalista 
não é subsidiária, não é supletiva, e precisa de anuência do cônjuge. Assume sim obrigação solidária. 
Gabarito: C 
 
28. (FCC/SEFAZ-PE/Julgador Tributário/2015) 
No tocante ao protesto, é correto afirmar: 
a) O apresentante só poderá retirar o título ou documento da dívida, pagos os emolumentos e demais 
despesas, após a lavratura do protesto. 
b) Trata-se de ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação 
originada exclusivamente em títulos de crédito cambiários. 
c) Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. 
d) O título do documento de dívida cujo protesto houver sido sustado judicialmente poderá ser pago, 
protestado ou retirado com autorização judicial ou do credor. 
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e) O prazo de registro do protesto será de 48 horas, contadas da protocolização do título ou documento de 
dívida. 
Comentário: 
a) Incorreta – Quem apresenta um título para protesto pode retirar o título, mas tem que ser antes de haver 
a lavratura do protesto e para isso terá que pagar os emolumentos e demais despesas. 
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
b) Incorreta – O protesto é ato formal e solene, mas que pode ser feito em títulos e outros documentos de 
dívida e não apenas aos títulos de crédito. 
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o 
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. 
c) Correta - As dívidas públicas também podem ser protestadas, ou seja, a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, bem como suas fundações e autarquias, podem protestar as certidões da dívida 
ativa. 
Art. 1º- Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de 
dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas 
autarquias e fundações públicas. 
d) Incorreta – Se o protestado tiver sustados judicialmente, apenas o juiz pode autorizar que seja pago, 
protestado ou retirado, essa decisão não cabe ao credor. 
Art. 17 - § 1º O título do documento de dívida cujo protesto tiver sido sustado judicialmente 
só poderá ser pago, protestado ou retirado com autorização judicial. 
e) Incorreta – O prazo para protesto é de três dias. 
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do 
título ou documento de dívida. 
Gabarito: C 
 
29. (FCC/SEFAZ-PE/Julgador Tributário/2015) 
Relativamente à classiificação dos títulos de crédito, considere: 
I. Os títulos de crédito devem sempre atender em sua emissão a um padrão obrigatório, de modelo vinculado 
quanto à disposição formal dos elementos essenciais à sua criação. 
II. Quanto à circulação, os títulos são ao portador ou nominativos, subdividindo-se estes em “à ordem” e 
“não à ordem”. 
III. Quanto à estrutura, os títulos de crédito se classificam em ordem de pagamento e promessa de 
pagamento; na ordem, o sacador do título de crédito manda que o sacado pague determinada importância, 
enquanto na promessa o sacador assume o compromisso de pagar o valor do título. 
Está correto o que se afirma em 
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71 
 
a) I, II e III. 
b) I e III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, apenas. 
Comentário: 
I – Incorreta – Por causa da formalidade, os títulos de crédito devem seguir alguns requisitos exigidos pela 
lei, no entanto, em alguns títulos não há obrigatoriedade de um padrão a ser seguido. Existem os títulos de 
modelo vinculados e os de modelo livre. Então, não podemos afirmar que todos os títulos são de modelo 
vinculado. 
II – Correta – Existe essa classificação doutrinária dos títulos quanto à circulação, que podem ser títulos ao 
portador e títulos nominativos. Os títulos nominativos são os que possuem o nome do seu titular no próprio 
título. O nominativo pode ser à ordem e não à ordem. 
III – Correta – Os títulos podem ser classificados quanto à estrutura em ordem de pagamento e em promessa 
de pagamento. 
Gabarito: D 
 
30. (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) 
A pessoa que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como 
mandatário ou representante de outrem, obriga pessoalmente o alegado mandante, o qual, nada obstante, 
terá contra quem agiu irregularmente o devido direito de regresso. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
Quem assina como mandatário ou representante, mas sem possuir tais poderes, fica pessoalmente 
responsável obrigado. Ao contrário do afirmado, ele é quem responderá pela obrigação assinada. 
CC - Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua 
assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica 
pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o 
suposto mandante ou representado. 
Gabarito: Errada 
 
31. (FCC/DPE-PB/Defensor/2014) 
Analise as seguintes proposições acerca do protesto de títulos: 
I. O protesto será registrado no 5º (quinto) dia útil subsequente à data da protocolização do título. 
II. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. 
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III. O protesto é ato não solene. 
IV. Antes da lavratura do protesto, o apresentante poderá retirar o título, desde que pagos os emolumentos 
e demais despesas. 
Estão corretas APENAS 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
Comentário: 
I – Incorreta – O registro do protesto será feito dentro de três dias úteis e não de cinco dias. 
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do 
título ou documento de dívida. 
II – Correta – Os títulos da dívida ativa pública podem ser protestados. 
Art. 1º - Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de 
dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas 
autarquias e fundações públicas. 
III – Incorreta – Protesto é ato formal e solene. 
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o 
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. 
IV – Correta – Quem apresenta o protesto pode retirar o título antes de ser lavrado e desde que pagos os 
emolumentos e despesas. 
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
Gabarito: C 
 
32. (VUNESP/TJ-RJ/Juiz/2014) 
Nos títulos de crédito, segundo a disciplina que lhe confere o Código Civil, o aval posterior ao vencimento 
a) produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
b) produz efeito de cessão civil de crédito. 
c) é ineficaz. 
d) é nulo de pleno direito. 
Comentário: 
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O aval é sempre algo bom para o credor, já que é mais uma pessoa que fica responsável por pagar o título, 
então, o credor não vai reclamar de um aval dado mesmo após o vencimento do título. A lei diz que o aval 
feito após o vencimento produz os mesmos efeitos do aval feito antes do vencimento. 
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
Gabarito: A 
 
33. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista/2014) 
I - Os títulos de crédito contêm obrigações portáveis, o que significa que cabe ao credor dirigir-se ao devedor 
para exigir o cumprimento da obrigação. 
( ) Certo ( ) Errado 
II - Quanto à estrutura, os títulos de crédito podem ser classificados em livres e vinculados, devendo esses 
últimos seguir um modelo padronizado. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
I – Errada – Uma das características do título de crédito é ser uma obrigação quesível ou também chamada 
de “quérable” que é exatamente o contrário de obrigação portável. A obrigação quesível é aquela em que o 
credor procura e vai até o devedor para cobrar a obrigação devida. 
II – Errada – Os títulos de crédito podem sim ser classificados em livres ou vinculados, mas essa classificação 
é quanto ao modelo e não quanto à estrutura. Os títulos podem ser classificados quanto à estrutura em 
ordem de pagamento e promessa de pagamento. 
 
34. (FCC/TCE-PI/Assessor Jurídico/2014) 
No que tange aos títulos de crédito, é correto afirmar que 
a) o título que não contenha indicação expressa de vencimento, entende-se vencer em trinta dias. 
b) a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
c) o título poderá ser emitido de próprio punho ou datilografado, mas não poderá ser emitido a partir de 
caracteres criados por meio de computador. 
d) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
e) o título de crédito incompleto ao tempo da emissão é nulo e não pode ser preenchido posteriormente. 
Comentário: 
a) Incorreta – O título que omite o dia do vencimento será considerado à vista. 
Art. 889 - § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
b) Correta – Um título de crédito transferido a outra pessoa carrega todos os direitos inerentes nessa 
transferência. 
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Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes. 
c) Incorreta - Há permissão no Código Civil para que um título de crédito possa ser emitido por computador. 
Art. 889 - § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador 
ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os 
requisitos mínimos previstos neste artigo. 
d) Incorreta – É preciso entender que o título muitas vezes surge de algum negócio jurídico feito entre 
pessoas e que gera a emissão de um título. Se esse título não atender a algum requisito legal, mesmo assim, 
o negócio jurídico que gerou a emissão do título continua valendo normalmente. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
e) Incorreta – O título de crédito pode ser preenchido em momento posterior a sua emissão, mas tem que 
colocar de acordo com o que foi ajustado. 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de 
conformidade com os ajustes realizados. 
Gabarito: B 
 
35. (CESPE/PGE-BA/Procurador/2014) 
O endosso posterior ao protesto por falta de pagamento produz apenas os efeitos de cessão ordinária de 
créditos. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
O endosso feito após o protesto é chamado de endosso póstumo ou tardio e não produz os efeitos de um 
endosso, mas sim de uma cessão civil de crédito. 
Gabarito: Correta 
 
36. (CESPE/TJ-DF/Juiz/2014) 
Com base no direito material civil, assinale a opção correta acerca dos títulos de crédito. 
a) O pagamento de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma determinada pode ser garantido 
por aval, ainda que parcial. 
b) O possuidor de título ao portador, mediante sua simples apresentação ao devedor, tem direito à prestação 
nele indicada, ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. 
c) O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior, ao contrário do aval, que só é 
válido se for anterior. 
d) O título de crédito deve estar completo ao tempo da emissão, sendo inválido preenchimento posterior. 
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e) No título de crédito, devem constar a data de seu vencimento, a indicação precisa dos direitos que ele 
confere e a assinatura do seu emitente. 
Comentário: 
a) Incorreta – Como não há no enunciado a citação de nenhum título específico, usaremos as regras do 
Código Civil para responder a questão. Para a lei civil o aval parcial é proibido. Um título pode ser garantido 
por aval, mas não por um aval parcial. 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma 
determinada, pode ser garantido por aval. 
Art. 897 - Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
b) Correta – O título ao portador é aquele que não tem o nome da pessoa beneficiária, ou seja, do credor. O 
credor do título ao portador será a pessoa que tenha o título em mãos, e para exercer o direito representado 
no título basta apresentar o documento. O crédito será devido mesmo que o título circule contra a vontade 
de quem emitiu. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante 
a sua simples apresentação ao devedor. 
Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação 
contra a vontade do emitente. 
c) Incorreta - Tanto o endosso como o aval podem ser dados após o vencimento do título produzindo os 
mesmos efeitos do endosso ou do aval que for dado antes do vencimento. 
Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. 
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
d) Incorreta – O título de crédito incompleto pode ser completado em momento posterior a sua emissão. 
Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de 
conformidade com os ajustes realizados. 
e) Incorreta – Pela lei, o título deve ter a data de emissão e a questão diz a data de vencimento. 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos 
que confere, e a assinatura do emitente. 
Gabarito: B 
 
37. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
Em relação aos títulos de crédito, considere: 
I. Aquele que, excedendo os poderes que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário 
ou representante de outrem, obriga pessoalmente o mandante, que terá contra ele, porém, direito de 
regresso para haver os danos eventualmente causados a terceiros. 
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II. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as 
normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, 
além da entrega do título devidamente quitado. 
III. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de 
medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
Está correto o que se afirma em : 
a) III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
Comentário: 
I – Incorreta – A pessoa que assina um título como representante de alguém, mas faz isso excedendo os 
poderes que tinha, passa a ser responsável pessoal pelo que se comprometer no título. A questão diz que 
isso faz com que o mandante seja o responsável, mas pela lei, o responsável é o próprio mandatário que 
assinou o título. 
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura 
em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente 
obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante 
ou representado. 
II – Correta – O dono e portador de um título que representa uma mercadoria pode transferir o título ou 
pode exercer o outro direito que ele tem que é o de receber a mercadoria representada no título. 
Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, 
de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela 
independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente 
quitado. 
III – Correta – Um título que represente uma mercadoria pode ser usado como garantia de algo, mas a 
mercadoria representada não poderá ser dada como garantias, já que enquanto estiver em circulação, só o 
título poderá ser usado para garantia e não separadamente o título e a mercadoria. 
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em 
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa. 
Gabarito: B 
 
38. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
No protesto de títulos, 
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a) poderá o apresentante do título retirá-lo antes da lavratura do protesto, ou ao documento de dívida, 
independentemente do pagamento de quaisquer emolumentos ou despesas, vedados nessa hipótese. 
b) todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e 
terão curso se não apresentarem vícios, ou não se encontrarem prescritos ou caducos, o que caberá ao 
tabelião de protesto apurar e reconhecer, nesse caso obstando o registro correspondente. 
c) tratando-se de cheque, poderá o protestoser lavrado no lugar do pagamento ou do domicílio do emitente, 
devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao banco sacado, salvo se o protesto tiver por 
fim instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito. 
d) em nenhuma hipótese poderão ser protestados títulos e outros documentos de dívida emitidos fora do 
Brasil em moeda estrangeira, haja vista o curso forçado da moeda corrente nacional. 
e) o protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento 
de dívida, incluído o dia da protocolização na contagem do prazo. 
Comentário: 
a) Incorreta – Quem apresenta o título para protesto pode até retirar o título, desde que essa retirada seja 
antes da lavratura e para isso terá que pagar os emolumentos e demais despesas. 
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
b) Incorreta – O tabelião do cartório de protesto não precisa e nem deve verificar se um título está prescrito 
ou sofreu caducidade, é necessário observar os aspectos formais e analisar se há vícios. 
Art. 9º Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus 
caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de 
Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. 
c) Correta - Não vimos esse detalhe na aula sobre o protesto do cheque, mas como a questão é boa resolvi 
incluí-la. O cheque pode ser protestado ou onde deve ser pago ou no próprio domicílio de quem emitiu. O 
cheque para ser protestado precisa antes ter sido levado ao banco e ter nele a constatação que foi 
apresentado, mas não foi pago. 
Art. 6º Tratando-se de cheque, poderá o protesto ser lavrado no lugar do pagamento ou 
do domicílio do emitente, devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao 
Banco sacado, salvo se o protesto tenha por fim instruir medidas pleiteadas contra o 
estabelecimento de crédito. 
d) Incorreta – Títulos em moeda estrangeira podem ser protestados. 
Art. 10. Poderão ser protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda 
estrangeira, emitidos fora do Brasil, desde que acompanhados de tradução efetuada por 
tradutor público juramentado. 
§ 1º Constarão obrigatoriamente do registro do protesto a descrição do documento e sua 
tradução. 
e) Incorreta – O protesto deve ser registrado pelo cartório em três dias úteis, não se conta o dia da 
protocolização. 
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78 
 
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do 
título ou documento de dívida. 
§ 1º Na contagem do prazo a que se refere o caput exclui-se o dia da protocolização e inclui-
se o do vencimento. 
Gabarito: C 
 
39. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
Sobre os títulos de crédito, considere: 
I. A exigibilidade do título endossado pressupõe que necessariamente se escreva o nome do titular 
favorecido, isto é, do endossatário a quem transferido o título. 
II. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor, sendo devida a prestação ainda que o título tenha entrado em circulação contra 
a vontade do emitente. 
III. O devedor só poderá opor ao portador do título exceção fundada em direito pessoal ou em nulidade de 
sua obrigação. 
Está correto o que se afirma APENAS em : 
a) III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) I. 
Comentário: 
I – Incorreta – O endosso pode ser em branco ou pode ser em preto. Endosso em preto é o que identifica a 
pessoa que recebe o título, é colocado no próprio título o nome do endossatário. O endosso em branco é o 
feito apenas com a assinatura de quem endossa, mas sem colocar o nome de quem recebe o crédito. Então, 
o nome do titular favorecido não será colocado necessariamente. 
II – Correta – Simples reprodução do Artigo 905 e seu parágrafo único. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante 
a sua simples apresentação ao devedor. 
Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação 
contra a vontade do emitente. 
III – Correta – O devedor que queira se opor ao pagamento do título só poderá fazê-lo em relação a algum 
direito pessoal contra o próprio portador e credor ou se opor em relação a uma obrigação que seja nula. 
Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou 
em nulidade de sua obrigação. 
Gabarito: D 
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79 
 
 
40. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013/Adaptada) 
Assinale a opção correta quanto às disposições do Código Civil sobre títulos de crédito. 
a) O título de crédito poderá ser reivindicado do portador que o adquirir de boa-fé e de acordo com as 
normas que disciplinam a sua circulação. 
b) Considerar-se-á lugar de emissão e de pagamento do título, quando não indicado em seu conteúdo, o 
domicílio do sacado. 
c) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implicará 
a invalidade do negócio jurídico que lhe der origem. 
d) A transferência do título de crédito resulta na transferência de todos os direitos inerentes a essa espécie 
de título. 
Comentário: 
a) Incorreta – O título não pode ser reivindicado de quem porta o título de boa-fé e que adquiriu o título 
pelos meios de circulação legal. 
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-
fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. 
b) Incorreta – Quando não constar no título o lugar em que o título foi emitido e o lugar em que o título deve 
ser pago, a lei considera que deve ser adotado o domicílio de quem emite o título. 
Art. 889 - § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no 
título, o domicílio do emitente. 
c) Incorreta - Essa está de acordo com a lei. 
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como 
título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
d) Correta – De acordo com o artigo 893 do Código Civil. 
Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes. 
Gabarito: D 
 
41. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013) 
No que se refere à Lei n.° 9.492/1997, que dispõe sobre protesto de títulos e de outros documentos de dívida, 
assinale a opção correta. 
a) Antes da lavratura do protesto, não poderá o apresentante retirar o título ou documento de dívida. 
b) Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa dos municípios e das suas 
respectivas autarquias e fundações públicas. 
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c) Cabe ao tabelião de protesto investigar se ocorreu a prescrição ou caducidade de títulos e outros 
documentos de dívida protocolizados no cartório sob sua responsabilidade. 
d) A legislação brasileira não prevê o protesto, em território nacional, de títulos emitidos em moeda 
estrangeira no exterior, caso em que o portador do título deve recorrer ao serviço consular do país de 
emissão. 
e) O protesto deve ser registrado em até cinco dias úteis contados da protocolização do título ou documento 
de dívida no cartório. 
Comentário: 
a) Incorreta – Pode retirar o título antes de ser lavado o protesto, pois a lei assim permite. 
Art. 16. Antes da lavratura do protesto, poderá o apresentante retirar o título ou 
documento de dívida, pagos os emolumentos e demais despesas. 
b) Correta – As certidões da dívida ativa dos entes públicos podem ser protestadas. 
Art. 1º -Parágrafo único. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de 
dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas 
autarquias e fundações públicas. 
c) Incorreta - O tabelião não precisa se preocupar com a prescrição e caducidade de um título levado a 
protesto, já que não é de sua responsabilidade esse tipo de análise. 
Art. 9º Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus 
caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de 
Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. 
d) Incorreta – Títulos em moeda estrangeira podem ser protestados no Brasil. 
Art. 10. Poderão ser protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda 
estrangeira, emitidos fora do Brasil, desde que acompanhados de tradução efetuada por 
tradutor público juramentado. 
e) Incorreta – O protesto deve ser registrado em até três dias úteis contados da protocolização. 
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do 
título ou documento de dívida. 
Gabarito: B 
 
42. (CESPE/BACEN/Analista/2013) 
O aceite nas duplicatas é uma obrigação do devedor, ressalvadas as hipóteses de recusa elencadas na lei. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
O aceite na letra de câmbio é facultativo. O aceite nas duplicatas é obrigatório, mas o devedor poderá se 
recusar a dar o seu aceite nos casos previstos na lei, veremos que casos são esses na aula sobre duplicatas. 
Gabarito: Correta 
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81 
 
 
43. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) 
Em relação ao aval, é correto afirmar: 
a) O avalista não tem responsabilidade se for nula ou anulável a obrigação daquele a quem se equipara, em 
qualquer caso. 
b) O aval posterior ao vencimento não produz efeitos jurídicos. 
c) Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. 
d) Em qualquer título de crédito, é possível o aval parcial. 
e) O aval deve ser dado em título autônomo ao garantido. 
Comentário: 
a) Incorreta – Como a obrigação do avalista é autônoma e independente em relação ao seu avalizado, 
concluímos que o avalista tem sim responsabilidade mesmo que a obrigação que ele garante seja nula ou 
anulável. 
b) Incorreta – O aval dado após o vencimento produz os mesmos efeitos do que aval dado antes do 
vencimento. 
c) Correta - O aval dado na frente do título pode ser feito apenas com a assinatura do avalista. Anverso é o 
mesmo que parte da frente. 
d) Incorreta – Nos títulos regidos pelo Código Civil não é permitido o aval parcial. 
e) Incorreta – O aval deve ser dado no próprio título. 
Gabarito: C 
 
44. (CESPE/MPE-RO/Promotor/2013) 
Considerando o disposto no Código Civil acerca dos títulos de crédito, assinale a opção correta 
a) É válido o endosso parcial de título ao portador. 
b) O endosso mandato perde a eficácia com a morte do endossante 
c) É vedado o aval em branco. 
d) A nulidade da obrigação por incapacidade do avalizado não afasta a obrigação do avalista, não havendo 
vício de forma 
e) Considera-se cessão de crédito o endosso feito no anverso do título ao portador. 
Comentário: 
a) Incorreta – Endosso parcial é nulo. 
Art. 912 - Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. 
b) Incorreta – O endosso mandato não perde a eficácia com a morte de quem fez o endosso. 
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82 
 
Art. 917 - § 2o Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde 
eficácia o endosso-mandato. 
c) Incorreta - O aval que não identifica quem é o avalizado será considerado um aval em branco e é permitido. 
d) Correta – Se o avalizado for incapaz a obrigação feita por ele pode ser nula, mas a obrigação do avalista 
permanece valendo, a não ser que haja um vício formal no título. 
899 - § 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a 
quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma. 
e) Incorreta – O endosso pode ser dado na frente do título, basta que se identifique como um endosso e 
valerá como um endosso normal. 
Gabarito: D 
 
45. (CESPE/TJ-MA/Juiz/2013) 
I - É vedada a inserção nos títulos de crédito de cláusula de juros, de proibitiva de endosso e de excludente 
de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas. 
( ) Certo ( ) Errado 
II - Os títulos de crédito causais ou impróprios como a duplicata, a nota promissória e a letra de câmbio estão 
vinculados à sua origem. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
I - Correta - A cláusula de juros será considerada não escrita e por isso não pode ser feita. Também é proibido 
colocar no título a cláusula que proíba endosso e a que a exclua pela responsabilidade pelo pagamento ou 
por despesas. 
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, 
a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a 
observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, 
exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
II - Errada – Os títulos podem ser classificados em causais ou podem ser abstratos. A duplicata é um título 
causal, já a nota promissória e a letra de câmbio são abstratas, pois são títulos não são emitidos por uma 
causa específica. 
 
46. (FCC/TJ-PE/Juiz/2013) 
O título de crédito poderá ser emitido 
a) a partir de caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e desde que conste da 
escrituração do emitente, observados requisitos mínimos estabelecidos em lei. 
b) em papel ou eletronicamente, sem exigência de qualquer outro requisito, exceto o valor pelo qual deve 
ser pago. 
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c) apenas em papel, sendo vedada sua emissão eletrônica, porque inviabiliza sua circulação. 
d) eletronicamente, desde que seja arquivado seu equivalente em papel pelo emitente. 
e) a partir de caracteres em computador ou meio técnico equivalente, por pessoas físicas ou jurídicas, 
independentemente de constar da escrituração do emitente, quando forem meramente formais e não 
causais. 
Comentário: 
O título de crédito pode ser emitido pelo computador ou por qualquer outro meio eletrônico, desde que 
conste na escrituração do emitente e devem ser respeitados os requisitos previstos na lei. 
 
Art. 889 - § 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador 
ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os 
requisitos mínimos previstos neste artigo. 
O título pode ser emitido em papel ou eletronicamente, mas há alguns requisitos que precisam estar no 
título além do valor. Pode ser emitido eletronicamente sim e mesmo assim pode circular. 
Pela lei, o título em computador ou eletrônico pode ser emitido, mas depende da escrituração. 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos 
que confere, e a assinatura do emitente. 
Gabarito: A 
 
47. (CESPE/TJ-RR/Analista/2012) 
No título ao portador, o devedor não pode opor ao portador exceção fundada em direito pessoal. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
O devedor só pode opor alguma exceção contra o credor para não pagar o valor devido se houver exceção 
de direito pessoal. 
Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou 
em nulidade de sua obrigação. 
Gabarito: Errada 
 
48. (CESPE/AGU/Advogado/2012) 
O título que for emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente e que for transferido 
mediante termo assinado pelo proprietário e pelo adquirente constituirá título àordem. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
O enunciado trouxe a descrição do título nominativo e não do título à ordem. 
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Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro 
do emitente. 
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, 
assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Gabarito: Errada 
 
49. (FCC/TJ-GO/Juiz/2012) 
No tocante ao título de crédito, é correto afirmar que 
a) quando não indicado, considera-se lugar de sua emissão e de pagamento o domicílio do credor. 
b) sua transferência não implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
c) pode-se reivindicá-lo do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam 
sua circulação. 
d) não tendo ele indicação de vencimento, entende-se que o prazo de pagamento é o de sessenta dias. 
e) enquanto estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e 
não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
Comentário: 
a) Incorreta – Quando não indicado, considera-se lugar de sua emissão e de pagamento o domicílio do 
emitente e não do credor. 
Art. 889 - § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no 
título, o domicílio do emitente. 
b) Incorreta – A transferência do título implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são 
inerentes. 
c) Incorreta - O título não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das 
normas que disciplinam sua circulação. 
Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-
fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. 
d) Incorreta – Não tendo ele indicação de vencimento, entende-se que o prazo de pagamento será à vista. 
Art. 889 - § 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
e) Correta – Enquanto estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas 
judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em 
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa. 
Gabarito: E 
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50. (FCC/TJ-PE/Juiz/2011) 
Em relação ao protesto de títulos, é correto afirmar: 
a) O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução, só podendo ser efetuado o 
protesto por falta de aceite antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite 
ou a devolução. 
b) Em nenhum caso serão protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda estrangeira, 
emitidos fora do Brasil. 
c) Todos os títulos serão examinados pelo tabelião de protesto em seus caracteres formais, inclusive quanto 
à ocorrência de prescrição ou caducidade, só tendo curso se não apresentarem vícios. 
d) Quando a intimação do devedor for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por 
motivo de força maior, o protesto será tirado antecipadamente. 
e) O protesto é ato personalíssimo, devendo sua intimação ocorrer sempre na figura do devedor e defesa a 
intimação por edital. 
Comentário: 
a) Correta – As três situações que podem ensejar o protesto do título são a falta de pagamento, a falta de 
aceite e a falta de devolução. O protesto por falta de aceite deve ser feito antes do vencimento e após o 
prazo para aceite ou devolução 
Art. 21. O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução. 
§ 1º O protesto por falta de aceite somente poderá ser efetuado antes do vencimento da 
obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução. 
b) Incorreta – Os títulos em moeda estrangeira podem ser protestados. 
c) Incorreta - O tabelião não analisa a prescrição e caducidade do título e sim se há vício ou problemas 
formais. 
d) Incorreta – Se por força maior a intimação for feita no último dia ou fora do prazo, deverá ser feito no 
próximo dia e não no anterior. 
Art. 13. Quando a intimação for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou 
além dele, por motivo de força maior, o protesto será tirado no primeiro dia útil 
subseqüente. 
e) Incorreta – A intimação do protesto pode ser feita por edital. 
Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a 
intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do título ou documento, 
considerando-se cumprida quando comprovada a sua entrega no mesmo endereço. 
Art. 15. A intimação será feita por edital se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for 
desconhecida, sua localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora da 
competência territorial do Tabelionato, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a 
intimação no endereço fornecido pelo apresentante. 
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Gabarito: A 
 
51. (FCC/Nossa Caixa/Advogado/2011) 
O protesto cambial é medida necessária para 
a) constituição do devedor principal em mora, no caso de dívida líquida com vencimento em dia certo e 
expresso no título. 
b) interrupção da prescrição da ação de cobrança do crédito mencionado no título. 
c) ajuizamento de ação de execução de cheque contra o seu emitente. 
d) assegurar o direito de cobrança contra o endossante de nota promissória com cláusula sem despesa. 
e) cobrança de juros moratórios previstos no título. 
Comentário: 
O protesto produz alguns efeitos. O principal efeito é poder cobrar os codevedores, não obstante, o protesto 
também produz a interrupção da prescrição. 
Gabarito: B 
 
52. (CESPE/IFB/Professor-Direito/2011) 
De acordo com princípio da abstração, se o título de crédito é posto em circulação, ele se desvincula do 
negócio jurídico subjacente, do qual se originou. 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentário: 
A abstração é um princípio aplicável aos títulos de crédito e por esse princípio que podemos afirmar que o 
negócio jurídico que deu ensejo à emissão do título desvincula-se desse título assim que o título circula para 
outra pessoa. 
Gabarito: Correta 
 
 
Grande Abraço! Teremos mais uma aula sobre títulos, veremos os títulos em espécie. 
 
Fica com Deus!!! 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
A circulação de um título de crédito possibilita a transmissão para terceiros que é uma das qualidades dos 
títulos de créditos. Assim, entre as classificações dos títulos de crédito, qual a que ocorre devido a sua forma 
de circular e que não apresenta a identificação de seu beneficiário e de quem é o seu credor? 
a) Ao portador. 
b) Nominal. 
c) À ordem. 
d) Não à ordem. 
e) Translativo. 
 
2. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
São características dos títulos de crédito, EXCETO: 
a) Circulação. 
b) Conter obrigação quesível. 
c) Presunção de iliquidez. 
d) Executividade. 
e) Formalismo. 
 
3. FCC - Analista de Fomento (AFAP)/Advogado/2019 
No tocante aos títulos de crédito, seus princípios e classificações, é correto afirmar que 
a) por força da abstração, as obrigações mantêm-se independentes uma das outras e, por decorrência da 
inoponibilidade das exceções pessoais, os devedores não podem alegar vícios e defeitos de suas relações 
jurídicas com o portadorde boa-fé que não participou do negócio jurídico do qual resultou a dívida que lhes 
é exigida. 
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b) pelo princípio da autonomia cambiária, o possuidor do título de crédito investe-se de direito próprio e, 
por isso, fica sujeito às exceções oponíveis aos possuidores precedentes. 
c) pela literalidade cambiária, vale tudo o que estiver escrito, não só no título, como também no contrato 
que lhe seja subjacente e que se considera incorporado ao título. 
d) são títulos à ordem aqueles emitidos em benefício da pessoa indicada, sem possibilidade de transferência 
mediante endosso. 
e) são títulos nominativos os emitidos genericamente em favor do possuidor e transferíveis por simples 
tradição manual 
 
4. IESES - Notário e Registrador (TJ AM)/Remoção/2018 
De acordo com os preceitos do direito civilista relacionados aos títulos de créditos é correto afirmar, EXCETO: 
a) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
b) Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente. 
c) A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
d) O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, não pode ser 
garantido por aval. 
 
5. VUNESP - Juiz Estadual (TJ RS)/2018 
Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de título de crédito disposto no artigo 887 do Código 
Civil. 
a) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito autônomo nele contido, que somente 
produz efeito se preenchidos os requisitos legais. 
b) O título de crédito, documento dispensável ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, 
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
c) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito nele contido, produz efeito 
independentemente de preenchidos os requisitos legais. 
d) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente 
produz efeito quando preencha os requisitos da lei. 
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e) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, que 
produz seus efeitos independentemente de preenchidos os requisitos legais. 
 
6. FUNDATEC - Auditor Fiscal (Pref Santa Rosa)/2018 
Analise as assertivas a seguir a respeito de títulos de crédito, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
( ) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do portador. 
( ) O pagamento de título de crédito pode ser garantido por aval, sendo que este pode ser parcial ou total. 
( ) O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor. 
( ) No caso de título à ordem, o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio 
título. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – F – V – F. 
b) V – F – V – V – F. 
c) F – V – F – F – V. 
d) V – F – F – V – V. 
e) F – V – V – F – F. 
 
7. IESES - Notário e Registrador (TJ RO)/Remoção/2017 
Segundo institui o Código Civil Brasileiro, o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito 
literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Acerca do 
tema podemos afirmar, EXCETO: 
a) Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a 
assinatura do emitente. 
b) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
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c) É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
d) Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
 
8. CEBRASPE (CESPE) - Promotor de Justiça (MPE PI)/2019 
O Código Civil estabelece como título de crédito o documento necessário ao exercício literal e autônomo 
nele contido, somente produzindo efeito quando preenchidos os requisitos previstos em lei. Com referência 
a esse conceito e aos princípios que tratam dos títulos de crédito, é correto afirmar que 
a) documento necessário se refere ao princípio da literalidade, pelo qual o cumprimento do direito expresso 
no documento só se faz com a sua apresentação. 
b) o princípio da cartularidade pode ser relativizado quando o credor receber o título de crédito em 
fotocópia, desde que devidamente autenticada em cartório. 
c) o princípio da autonomia preconiza que, para que o crédito possa circular, a obrigação representada pelo 
título não dependa de mais nada do que esteja escrito no documento, desvinculando-se o negócio jurídico 
inicialmente firmado da cártula originada. 
d) os títulos de crédito não estão sujeitos a outros princípios ou requisitos jurídicos inespecíficos, bastando 
que atendam aos requisitos de validade previstos em lei. 
e) a legislação, além da literalidade de uma cártula, permite, em regra, que outros elementos constem no 
título de crédito, desde que expressamente escritos, como ocorre com a estipulação de juros, com a 
proibição de endosso e com a exclusão da responsabilidade por despesas. 
 
9. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ SC)/2019 
A aposição de cláusula proibitiva de endosso no título de crédito é considerada pelo Código Civil como 
a) nula de pleno direito. 
b) não escrita. 
c) anulável. 
d) válida, se aceita expressamente pelo tomador. 
e) inexistente, se dada no anverso do título. 
 
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10. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ SC)/2019 
Determinado título de crédito foi emitido com eficácia sujeita às normas previstas no Código Civil, não sendo 
aplicável, na espécie, nenhuma norma especial. A respeito desse título, é correto afirmar que será possível 
a realização do 
a) aval, que será válido com a simples assinatura do avalista no anverso do título. 
b) endosso, que deverá ser dado exclusivamente no anverso do título. 
c) endosso, na forma parcial. 
d) aval, na forma parcial. 
e) endosso condicional e o aval cancelado. 
 
11. FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Anulada" 
Em relação aos títulos de crédito, é correto afirmar: 
a) O título de crédito, enquanto documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele 
contido, produz efeitos se preenchidos ou não os requisitos legais. 
b) Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidades 
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. 
c) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
d) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, tanto ele poderá ser dado em garantia e ser objeto de 
medidas judiciais, como também, em conjunto, os direitos ou mercadorias que representa. 
e) O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, não admite 
garantia por aval, embora possa ser concedido aval parcial. 
 
12. FCC - AuditorFiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Gestão Tributária/2018 
A respeito dos títulos de crédito, considere: 
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I. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas e a que dispense a observância de termos e formalidade 
prescritas. 
II. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval, total ou parcial. 
III. A transferência de título ao portador deve ser realizada por meio de endosso. 
IV. O título nominativo pode ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua 
custa, salvo proibição legal. 
De acordo com o Código Civil, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) II e III. 
e) I e IV. 
 
13. VUNESP - Auditor Tributário Municipal (Pref SJC)/Gestão Tributária/2018 
Assinale a alternativa correta sobre os títulos de crédito, de acordo com as disposições do Código Civil de 
2002. 
a) Em regra, o endossante é solidariamente responsável pelo cumprimento da obrigação constante no título. 
b) Não se admite mais de um aval para garantir o pagamento do mesmo título. 
c) Não se admite o aval que garante a dívida apenas parcialmente. 
d) No vencimento do título, é lícito que o credor recuse o pagamento parcial. 
e) É nulo o aval lançado posteriormente ao vencimento do título de crédito. 
 
14. FUNDATEC - Tesoureiro (Pref Sto Augusto)/2020 
Qual declaração de vontade na cártula tem a intenção de assumir a obrigação pelo pagamento do título? 
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a) Aval. 
b) Saque. 
c) Aceite. 
d) Fiança. 
e) Endosso. 
 
15. CEBRASPE (CESPE) - Notário e Registrador (TJDFT)/Provimento/2019 
O apresentante poderá retirar título ou documento de dívida apresentado para protesto 
a) a qualquer tempo, pagos os emolumentos e demais despesas. 
b) antes da juntada da intimação do devedor. 
c) antes da intimação do devedor. 
d) a qualquer tempo, mesmo sem o pagamento dos emolumentos e demais despesas. 
e) antes da sua lavratura, pagos os emolumentos e demais despesas. 
 
16. VUNESP - Procurador do Município (Pref SJRP)/2019 
Sobre o aval e a fiança mercantil, é correto afirmar: 
a) aval e fiança são garantias pessoais equivalentes; tanto em uma como em outra o garantidor assume a 
obrigação de adimplir a obrigação garantida (avalizada ou afiançada) em caso de inadimplemento do 
devedor principal. 
b) avalista e fiador fazem jus ao benefício de ordem, embora em ambos os casos tal benefício possa ser 
renunciado. 
c) a invalidade da obrigação original compromete como regra a validade da fiança, mas não a validade do 
aval. 
d) tanto os direitos conferidos pelo aval como os direitos conferidos pela fiança podem ser transferidos 
indistintamente pela cessão do crédito ou pelo seu endosso. 
e) a invalidade da obrigação original compromete como regra a validade do aval, mas não a validade da 
fiança. 
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17. IESES - Notário e Registrador (TJ AM)/Remoção/2018 
O ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em 
títulos e outros documentos de dívida é definido por lei como: 
a) Autenticação. 
b) Insolvência. 
c) Protesto. 
d) Endosso. 
 
18. FGV - Advogado (ALERO)/2018 
Sobre títulos de crédito, analise as afirmativas a seguir. 
I. A lei brasileira permite que se faça um endosso parcial, desde que seja tal circunstância anotada no verso 
do título de crédito transferido. 
II. Nos títulos de crédito ao portador, a prestação é devida ainda que o documento tenha entrado em 
circulação contra a vontade do emitente. 
III. Em relações jurídicas regidas pelo direito comum, é válida a cláusula pela qual o avalista se responsabiliza 
por parte do pagamento da dívida. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, somente. 
b) II, somente. 
c) III, somente. 
d) I e II, somente. 
e) II e III, somente. 
 
19. CEBRASPE (CESPE) - Analista Bancário (BNB)/2018 
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Julgue o próximo item, a respeito de garantias fidejussórias, considerando a instrumentalidade na 
formalização dessas garantias e a responsabilidade atribuída ao avalista e(ou) ao fiador. 
No caso do aval, a responsabilidade pelo pagamento da dívida é solidária, ou seja, tanto o devedor quanto o 
avalista são responsáveis pelo montante integral da dívida; no caso da fiança, a responsabilidade é 
subsidiária, e existe o benefício de ordem, isto é, o fiador somente será acionado se o devedor principal não 
cumprir a obrigação. 
Certo 
Errado 
 
20. CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ PR)/2017 
O ato cambiário pelo qual o credor transmite a outrem seus direitos sobre título nominal à ordem é 
denominado 
a) aceite. 
b) aval. 
c) endosso. 
d) cessão civil de crédito. 
 
21. CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 
Um empregado público, empresário proprietário de veículo e de unidade residencial no estado de Alagoas, 
recebeu notificação de protesto a respeito de dívida estadual. Nessa situação hipotética, 
a) o empregado público foi intimado pessoalmente pelo tabelião. 
b) o débito pode estar em certidão de dívida ativa estadual. 
c) o débito refere-se às atividades empresariais do empregado público. 
d) o empregado público foi intimado por dívida relativa a precatórios. 
e) o débito decorre de ação de regresso. 
 
22. (FCC/Eletrobras/Direito/2016) 
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Quanto aos títulos de crédito, é correto afirmar que: 
a) fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, 
sem oposição, independentemente de boa-fé. 
b) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
c) dar-se-á em 30 dias o vencimento do título que não contenha indicação a respeito. 
d) o título incompleto ao tempo de sua emissão não poderá ser preenchido posteriormente, pois ao tempo 
da emissão todos os dados devem estar indicados. 
e) seu pagamento, que contenha obrigação de pagar uma soma determinada, pode ser garantido por aval, 
que deve ser dado no verso ou anverso do próprio título. 
 
23. (FGV/Prefeitura de Cuiabá/Auditor Fiscal/2016) 
Com relação à Teoria Geral do Direito Cambiário, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. 
( ) Em observância ao princípio da cartularidade, nenhum título de crédito pode ser emitido em meio 
eletrônico ou ser escritural. 
( ) Por ser a nota promissória documento com conteúdo literal, não se presume a cláusula sem garantia 
quando for endossada pelo beneficiário. 
( ) Nos títulos de crédito causais e à ordem, como a duplicata, não se aplica o princípio da abstração no 
momento da circulação. 
( ) Em se tratando de título de crédito representativo de mercadorias, diante da incorporação do direito real 
à cártula, o portador não tem o direito de transferi-lo, mas apenas recebê-las independentemente de 
quaisquer formalidades. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) F, V, F e V. 
b) F, F, V e V. 
c) F, V, F e F. 
d) V, V, F e F. 
e) V, F, V e V. 
 
24. (VUNESP/TJ-RJ/Juiz/2016) 
A cláusula “não à ordem" 
a) inviabiliza o aceite. 
b) impede a circulação mediante endosso.c) implica em aceite do cumprimento da obrigação assumida em Nota Promissória. 
d) não é admitida na Letra de Câmbio. 
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e) inviabiliza o aval parcial. 
 
25. (CESPE/TJ-DF/Juiz/2016) 
O avalista citado para pagar o valor constante do título poderá invocar em seu favor benefício de ordem, de 
forma que, primeiro, sejam excutidos bens do avalizado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
26. (CONSULPLAN/TJ-MG/Notário/2015) 
Acerca do protesto de títulos, analise as seguintes afirmativas: 
I. Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos interesses públicos e privados, 
a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do 
título e de outros documentos de dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do 
credor em relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a 
todos os atos praticados. 
( ) Certo ( ) Errado 
II. Todos os títulos e documentos de dívida apresentados a protesto serão examinados em seus caracteres 
intrínsecos e extrínsecos e terão curso se não apresentarem vícios, devendo o tabelião de protesto investigar 
questões de mérito, tais como origem da dívida, falsidade, prescrição, decadência, dentre outros. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
27. (FUNDATEC/BRDE/Analista/2015) 
No aval, o avalista: 
a) Assume obrigação supletiva em relação ao avalizado. 
b) Assume obrigação subsidiária em relação ao avalizado e todos os demais coobrigados. 
c) Assume obrigação solidária. 
d) Diferentemente do que ocorre na fiança, não precisará da anuência do seu cônjuge. 
e) Somente precisará da anuência do seu cônjuge no regime da comunhão universal de bens. 
 
28. (FCC/SEFAZ-PE/Julgador Tributário/2015) 
No tocante ao protesto, é correto afirmar: 
a) O apresentante só poderá retirar o título ou documento da dívida, pagos os emolumentos e demais 
despesas, após a lavratura do protesto. 
b) Trata-se de ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação 
originada exclusivamente em títulos de crédito cambiários. 
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c) Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. 
d) O título do documento de dívida cujo protesto houver sido sustado judicialmente poderá ser pago, 
protestado ou retirado com autorização judicial ou do credor. 
e) O prazo de registro do protesto será de 48 horas, contadas da protocolização do título ou documento de 
dívida. 
 
29. (FCC/SEFAZ-PE/Julgador Tributário/2015) 
Relativamente à classiificação dos títulos de crédito, considere: 
I. Os títulos de crédito devem sempre atender em sua emissão a um padrão obrigatório, de modelo vinculado 
quanto à disposição formal dos elementos essenciais à sua criação. 
II. Quanto à circulação, os títulos são ao portador ou nominativos, subdividindo-se estes em “à ordem” e 
“não à ordem”. 
III. Quanto à estrutura, os títulos de crédito se classificam em ordem de pagamento e promessa de 
pagamento; na ordem, o sacador do título de crédito manda que o sacado pague determinada importância, 
enquanto na promessa o sacador assume o compromisso de pagar o valor do título. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) I e III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, apenas. 
 
30. (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) 
A pessoa que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como 
mandatário ou representante de outrem, obriga pessoalmente o alegado mandante, o qual, nada obstante, 
terá contra quem agiu irregularmente o devido direito de regresso. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
31. (FCC/DPE-PB/Defensor/2014) 
Analise as seguintes proposições acerca do protesto de títulos: 
I. O protesto será registrado no 5º (quinto) dia útil subsequente à data da protocolização do título. 
II. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. 
III. O protesto é ato não solene. 
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IV. Antes da lavratura do protesto, o apresentante poderá retirar o título, desde que pagos os emolumentos 
e demais despesas. 
Estão corretas APENAS 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
 
32. (VUNESP/TJ-RJ/Juiz/2014) 
Nos títulos de crédito, segundo a disciplina que lhe confere o Código Civil, o aval posterior ao vencimento 
a) produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. 
b) produz efeito de cessão civil de crédito. 
c) é ineficaz. 
d) é nulo de pleno direito. 
 
33. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista/2014) 
I - Os títulos de crédito contêm obrigações portáveis, o que significa que cabe ao credor dirigir-se ao devedor 
para exigir o cumprimento da obrigação. 
( ) Certo ( ) Errado 
II - Quanto à estrutura, os títulos de crédito podem ser classificados em livres e vinculados, devendo esses 
últimos seguir um modelo padronizado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
34. (FCC/TCE-PI/Assessor Jurídico/2014) 
No que tange aos títulos de crédito, é correto afirmar que 
a) o título que não contenha indicação expressa de vencimento, entende-se vencer em trinta dias. 
b) a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
c) o título poderá ser emitido de próprio punho ou datilografado, mas não poderá ser emitido a partir de 
caracteres criados por meio de computador. 
d) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implica a 
invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 
e) o título de crédito incompleto ao tempo da emissão é nulo e não pode ser preenchido posteriormente. 
 
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35. (CESPE/PGE-BA/Procurador/2014) 
O endosso posterior ao protesto por falta de pagamento produz apenas os efeitos de cessão ordinária de 
créditos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
36. (CESPE/TJ-DF/Juiz/2014) 
Com base no direito material civil, assinale a opção correta acerca dos títulos de crédito. 
a) O pagamento de título de crédito que contenha obrigação de pagar soma determinada pode ser garantido 
por aval, ainda que parcial. 
b) O possuidor de título ao portador, mediante sua simples apresentação ao devedor, tem direito à prestação 
nele indicada, ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. 
c) O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior, ao contrário do aval, que só é 
válido se for anterior. 
d) O título de crédito deve estar completo ao tempo da emissão, sendo inválido preenchimento posterior. 
e) No título de crédito, devem constar a data de seu vencimento, a indicação precisa dos direitos que ele 
confere e a assinatura do seu emitente. 
 
37. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
Em relação aos títulos de crédito, considere: 
I. Aquele que, excedendo os poderes que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário 
ou representante de outrem, obriga pessoalmente o mandante, que terá contra ele, porém, direito de 
regresso para haver os danos eventualmente causados a terceiros. 
II. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as 
normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentementede quaisquer formalidades, 
além da entrega do título devidamente quitado. 
III. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de 
medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
Está correto o que se afirma em : 
a) III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
38. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
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No protesto de títulos, 
a) poderá o apresentante do título retirá-lo antes da lavratura do protesto, ou ao documento de dívida, 
independentemente do pagamento de quaisquer emolumentos ou despesas, vedados nessa hipótese. 
b) todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e 
terão curso se não apresentarem vícios, ou não se encontrarem prescritos ou caducos, o que caberá ao 
tabelião de protesto apurar e reconhecer, nesse caso obstando o registro correspondente. 
c) tratando-se de cheque, poderá o protesto ser lavrado no lugar do pagamento ou do domicílio do emitente, 
devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao banco sacado, salvo se o protesto tiver por 
fim instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito. 
d) em nenhuma hipótese poderão ser protestados títulos e outros documentos de dívida emitidos fora do 
Brasil em moeda estrangeira, haja vista o curso forçado da moeda corrente nacional. 
e) o protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento 
de dívida, incluído o dia da protocolização na contagem do prazo. 
 
39. (FCC/SEFAZ-RJ/AFRE/2014) 
Sobre os títulos de crédito, considere: 
I. A exigibilidade do título endossado pressupõe que necessariamente se escreva o nome do titular 
favorecido, isto é, do endossatário a quem transferido o título. 
II. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor, sendo devida a prestação ainda que o título tenha entrado em circulação contra 
a vontade do emitente. 
III. O devedor só poderá opor ao portador do título exceção fundada em direito pessoal ou em nulidade de 
sua obrigação. 
Está correto o que se afirma APENAS em : 
a) III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) I. 
 
40. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013/Adaptada) 
Assinale a opção correta quanto às disposições do Código Civil sobre títulos de crédito. 
a) O título de crédito poderá ser reivindicado do portador que o adquirir de boa-fé e de acordo com as 
normas que disciplinam a sua circulação. 
b) Considerar-se-á lugar de emissão e de pagamento do título, quando não indicado em seu conteúdo, o 
domicílio do sacado. 
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c) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, implicará 
a invalidade do negócio jurídico que lhe der origem. 
d) A transferência do título de crédito resulta na transferência de todos os direitos inerentes a essa espécie 
de título. 
 
41. (CESPE/TJ-BA/Notário/2013) 
No que se refere à Lei n.° 9.492/1997, que dispõe sobre protesto de títulos e de outros documentos de dívida, 
assinale a opção correta. 
a) Antes da lavratura do protesto, não poderá o apresentante retirar o título ou documento de dívida. 
b) Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa dos municípios e das suas 
respectivas autarquias e fundações públicas. 
c) Cabe ao tabelião de protesto investigar se ocorreu a prescrição ou caducidade de títulos e outros 
documentos de dívida protocolizados no cartório sob sua responsabilidade. 
d) A legislação brasileira não prevê o protesto, em território nacional, de títulos emitidos em moeda 
estrangeira no exterior, caso em que o portador do título deve recorrer ao serviço consular do país de 
emissão. 
e) O protesto deve ser registrado em até cinco dias úteis contados da protocolização do título ou documento 
de dívida no cartório. 
 
42. (CESPE/BACEN/Analista/2013) 
O aceite nas duplicatas é uma obrigação do devedor, ressalvadas as hipóteses de recusa elencadas na lei. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
43. (FCC/PGE-BA/Analista/2013) 
Em relação ao aval, é correto afirmar: 
a) O avalista não tem responsabilidade se for nula ou anulável a obrigação daquele a quem se equipara, em 
qualquer caso. 
b) O aval posterior ao vencimento não produz efeitos jurídicos. 
c) Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. 
d) Em qualquer título de crédito, é possível o aval parcial. 
e) O aval deve ser dado em título autônomo ao garantido. 
 
44. (CESPE/MPE-RO/Promotor/2013) 
Considerando o disposto no Código Civil acerca dos títulos de crédito, assinale a opção correta 
a) É válido o endosso parcial de título ao portador. 
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b) O endosso mandato perde a eficácia com a morte do endossante 
c) É vedado o aval em branco. 
d) A nulidade da obrigação por incapacidade do avalizado não afasta a obrigação do avalista, não havendo 
vício de forma 
e) Considera-se cessão de crédito o endosso feito no anverso do título ao portador. 
 
45. (CESPE/TJ-MA/Juiz/2013) 
I - É vedada a inserção nos títulos de crédito de cláusula de juros, de proibitiva de endosso e de excludente 
de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas. 
( ) Certo ( ) Errado 
II - Os títulos de crédito causais ou impróprios como a duplicata, a nota promissória e a letra de câmbio estão 
vinculados à sua origem. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
46. (FCC/TJ-PE/Juiz/2013) 
O título de crédito poderá ser emitido 
a) a partir de caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e desde que conste da 
escrituração do emitente, observados requisitos mínimos estabelecidos em lei. 
b) em papel ou eletronicamente, sem exigência de qualquer outro requisito, exceto o valor pelo qual deve 
ser pago. 
c) apenas em papel, sendo vedada sua emissão eletrônica, porque inviabiliza sua circulação. 
d) eletronicamente, desde que seja arquivado seu equivalente em papel pelo emitente. 
e) a partir de caracteres em computador ou meio técnico equivalente, por pessoas físicas ou jurídicas, 
independentemente de constar da escrituração do emitente, quando forem meramente formais e não 
causais. 
 
47. (CESPE/TJ-RR/Analista/2012) 
No título ao portador, o devedor não pode opor ao portador exceção fundada em direito pessoal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
48. (CESPE/AGU/Advogado/2012) 
O título que for emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente e que for transferido 
mediante termo assinado pelo proprietário e pelo adquirente constituirá título à ordem. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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49. (FCC/TJ-GO/Juiz/2012) 
No tocante ao título de crédito, é correto afirmar que 
a) quando não indicado, considera-se lugar de sua emissão e de pagamento o domicílio do credor. 
b) sua transferência não implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. 
c) pode-se reivindicá-lo do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade das normas que disciplinam 
sua circulação. 
d) não tendo ele indicação de vencimento, entende-se que o prazo de pagamento é o de sessenta dias. 
e) enquanto estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e 
não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. 
 
50. (FCC/TJ-PE/Juiz/2011) 
Em relação ao protestode títulos, é correto afirmar: 
a) O protesto será tirado por falta de pagamento, de aceite ou de devolução, só podendo ser efetuado o 
protesto por falta de aceite antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite 
ou a devolução. 
b) Em nenhum caso serão protestados títulos e outros documentos de dívida em moeda estrangeira, 
emitidos fora do Brasil. 
c) Todos os títulos serão examinados pelo tabelião de protesto em seus caracteres formais, inclusive quanto 
à ocorrência de prescrição ou caducidade, só tendo curso se não apresentarem vícios. 
d) Quando a intimação do devedor for efetivada excepcionalmente no último dia do prazo ou além dele, por 
motivo de força maior, o protesto será tirado antecipadamente. 
e) O protesto é ato personalíssimo, devendo sua intimação ocorrer sempre na figura do devedor e defesa a 
intimação por edital. 
 
51. (FCC/Nossa Caixa/Advogado/2011) 
O protesto cambial é medida necessária para 
a) constituição do devedor principal em mora, no caso de dívida líquida com vencimento em dia certo e 
expresso no título. 
b) interrupção da prescrição da ação de cobrança do crédito mencionado no título. 
c) ajuizamento de ação de execução de cheque contra o seu emitente. 
d) assegurar o direito de cobrança contra o endossante de nota promissória com cláusula sem despesa. 
e) cobrança de juros moratórios previstos no título. 
 
52. (CESPE/IFB/Professor-Direito/2011) 
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De acordo com princípio da abstração, se o título de crédito é posto em circulação, ele se desvincula do 
negócio jurídico subjacente, do qual se originou. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
GABARITO 
 
1. A 
2. C 
3. A 
4. D 
5. D 
6. D 
7. B 
8. C 
9. B 
10. A 
11. B 
12. E 
13. C 
14. C 
15. E 
16. C 
17. C 
18. B 
19. CORRETA 
20. C 
21. B 
22. E 
23. C 
24. B 
25. ERRADA 
26. CORRETA E ERRADA 
27. C 
28. C 
29. D 
30. ERRADA 
31. C 
32. A 
33. ERRADA E ERRADA 
34. B 
35. CORRETA 
36. B 
37. B 
38. C 
39. D 
40. D 
41. B 
42. CORRETA 
43. C 
44. D 
45. CORRETA E ERRADA 
46. A 
47. ERRADA 
48. ERRADA 
49. E 
50. A 
51. B 
52. CORRETA
 
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