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EEEM MORADA DO VALE I - CIEP LITERATURA -Ensino Médio Nome do(a) aluno(a):_______________________________________ Nº _______ Turma:______ Professor(a): Simone Lima Data: ____/____/_____ O CLASSICISMO é a face literária do Renascimento, movimento de renovação científica, artística e cultural que marca o fim da Idade Média e o nascimento da Idade Moderna na Europa. O Renascimento é fruto do crescimento gradativo da burguesia comercial e das atividades econômicas entre as cidades europeias. · Contexto Histórico · Renascimento;Renascimento: · As navegações e os descobrimentos, no final do século XV; · A formação dos Estados modernos; · A Reforma protestante; · A revolução comercial, iniciada no século XV; · O fortalecimento da burguesia comercial. Movimento de teor artístico, cultural e filosófico que, durante os séculos XV e XVI, teve sua origem na Itália e defendia a volta da Antiguidade greco- romana, principalmente a valorização do indivíduo e de suas qualidades; renascença ou renascentismo. · Classicismo em Portugal O Classicismo português começa em 1527, quando o poeta Francisco Sá de Miranda retorna da Itália para Portugal com ideias de renovação literária (caso do soneto, que era uma nova forma de composição poética). Estava acontecendo nessa época e nos séculos subsequentes, o ciclo das Grandes Navegações, sendo Portugal uma das nações pioneiras. O Classicismo tem como base a cultura dos gregos e dos latinos, pois essas eram culturas que se centravam no homem, antropocêntricas. Outro aspecto fundamental da influência da cultura greco-latina é a inserção das suas mitologias. Todos os deuses e os mitos renascem nessa corrente artística. Prova disso, temos no épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, em que os deuses do Olimpo são peças-chave no desenrolar da história. · Principal autor e obra Luís Vaz de Camões foi o mais importante autor do período em Portugal, apresenta uma biografia incerta e cheia de aventura. Uma das poucas certezas sobre sua vida é que foi soldado e perdeu o olho direito combatendo na África. Sua produção poética foi rica e variada, abrangendo poesia lírica e épica. · Poesia épica Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema que celebrava feitos marítimos e guerreiros recentes de Portugal. O livro também narra a história do país (de sua fundação mítica até o período histórico). O herói do poema é o próprio povo português e o enredo gira em torno da viagem de Vasco da Gama na busca de um novo caminho para as Índias. Escrito em dez cantos, Os Lusíadas tem 1.102 estrofes (compostas em oitava-rima e versos decassílabos) e cinco partes. · Poesia lírica Camões escreveu sua poesia lírica com versos na medida velha (versos redondilhos) e na medida nova (versos decassílabos). É no soneto, contudo, que a lírica camoniana alcança seu ponto mais alto: quer pela estrutura tipicamente silogística, quer pela constante dualidade entre o amor material e o amor idealizado (platônico). A POESIA ÉPICA DE CAMÕES: A obra Os Lusíadas seguiu os modelos clássicos de Virgílio e Homero, mas, diferentemente das epopeias gregas e romanas, nela não há um herói individual, mas sim coletivo, o povo português. Com 10 cantos e 1102 estrofes, a obra está dividida em cinco partes: · Proposição: apresentação do tema da obra – Os grandes feitos do povo português. · Invocação: pedido de inspiração às ninfas. · Dedicatória: O poema é dedicado ao rei de Portugal, D. Sebastião. · Narração: desenvolvimento do tema e relatos de episódios. · Epílogo: finalização do poema, quando o autor pede às ninfas que calem a voz de sua lira, uma vez que está desiludido com a decadência de Portugal. A POESIA LÍRICA DE CAMÕES: Para Camões, o conflito entre o amor profano e o amor idealizado angustiava o homem. Sua concepção de amor idealizado é influenciada pelo neoplatonismo, ou seja, o amor que basta por si só, como em Platão. Suas temáticas eram: o amor platônico, o sofrimento amoroso, a saudade, o desconcerto do mundo e a mutabilidade das situações. “Amor é fogo que arde sem ver”: Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói, e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer É um não querer mais que bem querer É um andar solitário entre a gente É nunca contentar-se de contente É um cuidar que ganha em se perder · Principais Renascentistas Literários É querer estar preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor Éter com quem nos mata, lealdade Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles: Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia". Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá conselhos aos governadores da época. William Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras. Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da cavalaria medieval. Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande poema épico "Os Lusíadas". · Principais Renascentistas Plásticos No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Os principais artistas plásticos do renascimento foram: Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi um gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas obras primas. Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura, famoso pela doçura de suas madonas. A Madona do Prado foi considerada a mais perfeita. Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi um dos maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, O teto da Capela Sistina, A Criação de Adão e O Juízo Final. · Principais Renascentistas Científicos O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia. O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol". Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas. Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea, métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia. Giordano Bruno: Giordano Bruno foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana com a acusação de heresia ao defender erros teológicos. image1.png