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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA 
DE PRODUÇÃO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Nome e sobrenome do professor
Projetos e operações de sistema de produção / MATHIAS, Rafael Vieira - Multivix, 
2022
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
2022 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
 Atividades da função produção 36
 Os tipos de projetos de desenvolvimento 38
 Vantagens e desvantagens da especialização 44
 Responsabilidades indiretas 50
 Tipos de operações de produção 52
 Hierarquia do processo de planejamento 62
 Previsão de demanda de fábrica de mesas 74
 Aplicação da primeira estratégia 76
 Aplicação da segunda estratégia 77
 Aplicação da terceira estratégia 78
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 Sistema de produção 13
 Input, transformação e output 14
 Sistema de produção por projeto 17
 Exemplo de produção sob encomenda 20
 Empresa cervejeira que trabalha com processo contínuo 21
 Correlação dos tipos de produção com o volume e variedade do produto 23
 Atuação dos recursos e sua alocação no sistema produtivo 25
 Plataforma petrolífera 26
 Processo produtivo em oficina 27
 Exemplo de células de trabalho 29
 Associação sistemas de produção versus implantação 30
 Itens a produzir 39
 Inter-relações dos projetos de produtos/serviços e processos 40
 Elementos do projeto do trabalho 42
 Clientes 47
 Etapas relacionadas à otimização do processo produtivo 48
 O planejamento 57
 Tomada de decisão 58
 Planejamento hierárquico 60
 Planejamento de produção e a hierarquia 63
 Prazos, objetivos e atividades nas tomadas de decisões 64
 Previsão de vendas 65
 Atividades operacionais 67
 Planejamento agregado da produção 69
 Política da capacidade constante aplicada 70
 Política de acompanhamento da demanda aplicada 71
 Custo de produção 73
 Estimativa da demanda versus produção 74
 Decisão sobre o custo 79
 Processo de planejamento 84
 Mix de produtos 87
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Serviços hospitalares 90
 Relação utilização e eficiência 94
 Gestores em processo de tomada de decisão 99
 Análise das perdas 101
 Processo de setup 102
 Manutenção preventiva 103
 Métodos de previsão de demanda 111
 Exemplo média móvel 115
 Exemplo cálculo média ponderada 116
 Exemplo de cálculo suavizamento exponencial 117
 Gráfico de regressão linear simples 119
 Curva de consumo e sazonalidade 120
 Gestão da demanda como um processo multifuncional 122
 Conexões do PMP com os outros planos de produção 124
 Exemplo de PMP básico 126
 Exemplo de PMP nivelado 127
 Exemplo de PMP nivelado incluindo disponível para promessa 128
 Registro básico PMP 129
 Exemplo de cálculo final de estoque 130
 Principais atividades da administração de materiais 135
 Cadeia de suprimentos 136
 Principais entes de gestão da cadeia de suprimentos 138
 Sistema MRP 140
 Exemplo para aplicar os métodos de custo médio, PEPS e UEPS 145
 Aplicação do método de custo médio no exemplo exposto 145
 Aplicação do método PEPS no exemplo exposto 146
 Aplicação do método UEPS no exemplo exposto 146
 Valores de saída de estoque em relação ao custo unitário 149
 Construção da curva ABC 150
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1 PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO 12
INTRODUÇÃO 12
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO 13
1.2. IMPLANTANDO UM SISTEMA PRODUTIVO 23
2 PROJETO E OPERAÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 33
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 33
2.1. PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 33
2.2. OPERAÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 45
3 PLANEJANDO A PRODUÇÃO 55
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 55
3.1 PLANEJAMENTO HIERÁRQUICO DA PRODUÇÃO 55
3.2 PLANEJAMENTO AGREGADO 67
4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA CAPACIDADE PRODUTIVA 82
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 82
4.1 
MEDIÇÕES DA CAPACIDADE PRODUTIVA 84
4.1.1 
MEDIÇÃO POR MEIO DA PRODUÇÃO 87
4.1.2 MEDIÇÃO POR MEIO DO INSUMO 89
4.1.3 INDICADORES DA CAPACIDADE PRODUTIVA 90
4.2 ABORDAGEM SISTEMÁTICA RELACIONADA ÀS DECISÕES DA 
CAPACIDADE PRODUTIVA 93
4.2.1 ESTIMAR AS NECESSIDADES DE CAPACIDADE 94
4.2.2 IDENTIFICAÇÃO DAS FALTAS DE CAPACIDADE 97
4.2.3 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS 99
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
5 PLANO MESTRE DA PRODUÇÃO 106
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 106
5.1 PREVISÃO DA DEMANDA 106
5.1.1 MÉTODOS DE PREVISÃO DE DEMANDA 109
5.1.2 SAZONALIDADE 119
5.1.3. DEMANDA DEPENDENTE DO PROGRAMA MESTRE 120
5.2 PLANEJAMENTO MESTRE DA PRODUÇÃO 122
5.2.1 FUNÇÃO DO PLANO MESTRE 123
5.2. ESTRUTURA DO PLANO MESTRE 125
5.2.3. ELABORANDO O PLANO MESTRE 127
6 O PAPEL DA GESTÃO DE ESTOQUE NO SISTEMA PRODUTIVO 132
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 132
6.1. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 132
6.1.1 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS PARA O SISTEMA 
PRODUTIVO 133
6.1.2. CADEIA DE SUPRIMENTOS 135
6.1.3. MATERIAL RESOURCE PLANNING 138
6.2. SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE 140
6.2.1. DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE 141
6.2.2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 143
6.2.3. LOTE ECONÔMICO E DECISÕES DE COMPRA 150
5UNIDADE
6UNIDADE
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Projetos e Operações de Sistema de Produção, tem como ob-
jetivo capacitar para identificação e análise dos fatores internos e externos 
conformeos diversos sistemas produtivos existentes, compreendendo as 
nuances da funcionalidade da produção. Identificando práticas importan-
tes para a gestão de um sistema de produção, possibilitando a modelagem 
de processos que envolvem o planejamento e controle produtivo por meio 
de métodos e técnicas.
A intensa exigência global por produtos e serviços tem tornado fundamen-
tal o estudo de seus meios de produção, demonstrando a importância de 
abordar temas relacionados aos sistemas, projetos e operação produtivas, 
assim como todas as técnicas e metodologias existentes, que os tornam 
mais eficientes e eficazes.
Nesse gigantesco contexto, é necessário qualificarmos profissionais que te-
nham domínio quanto às técnicas produtivas e que gerem resultados valio-
sos para as organizações. Neste sentido, os projetos e sistemas, que envol-
vem o meio produtivo, têm se tornado os responsáveis para o controle dos 
recursos dentro das empresas, para que, assim, possam atingir seus objeti-
vos organizacionais.
Como você pode perceber, trataremos de assuntos que estão intimamente 
ligados ao meio produtivo, e como podemos usá-los a fim de propor projetos 
e operações produtivas que gerem maior conhecimento para o profissional 
inserido nessa área do conhecimento.
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
> Identificar os 
tipos de sistemas 
produtivos.
> Classificar os 
tipos de produção 
conforme suas 
características e 
necessidades.
> Analisar o que 
é necessário para 
implantar um 
sistema produtivo.
> Compreender 
as formas de 
como o sistema 
produtivo poderá ser 
implantado.
12
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
1 PROJETOS E OPERAÇÕES DE 
SISTEMA DE PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O meio produtivo está relacionado aos aspectos de geração e transformação 
de bens e serviços nas empresas, nos quais os recursos como matéria prima, 
pessoas e capital estão intimamente ligados.
Diante disso, os sistemas de produção surgem como um conjunto de com-
ponentes que buscam a transformação dos recursos descritos em bens 
(produtos ou serviços), no caso campo empresarial esses insumos podem 
ser: as máquinas, ferramentas, dinheiro, mão de obra, infraestrutura, entre 
outros. Lobo (2010, p. 50), conceitua os sistemas como “um conjunto de par-
tes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo 
unitário com determinado objetivo e efetuando uma função”.
Conforme Moreira (2012), existem diversos sistemas de produção, diversifica-
dos entre si. Por exemplo, imagine um salão de manicure do seu bairro, que 
funcione com uma ou duas manicures, pense em sua operação, forma de 
trabalho e atendimento. Agora imagine também na operação de uma mon-
tadora de motocicletas. Poderemos observar que há mais de uma diferença 
entre esses dois sistemas produtivos.
SISTEMA DE PRODUÇÃO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: ilustração de uma linha de produção, à esquerda está uma máquina, ao 
centro uma esteira com caixas em cima. Na parte superior garras que suspendem as caixas, 
levando-as para o canto direito inferior da imagem, onde estão várias caixas empilhadas.
13
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Conhecer os sistemas de produção nos permite identificar as peculiaridades 
que o meio produtivo possui, possibilitando a melhor orientação das ações 
dos gestores, assim como sua implantação mais efetiva nas empresas. Des-
se modo, esta unidade mostrará como os sistemas de produção são classi-
ficados, observando suas características e necessidades de produção, para 
que por meio dessa compreensão possamos auxiliar na implantação dos 
mesmos, caso seja necessário.
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Atualmente a literatura nos oferece muitas classificações sobre a tipologia 
dos sistemas de produção, em que interagem com diversas áreas, como: 
engenharia do processo ou produto, manutenção, compras ou suprimentos, 
recursos humanos, entre outras.
Na manufatura tudo se concentra no processo de transformação das ope-
rações produtivas, diretamente ligadas à transformação dos inputs em ou-
tputs com valor inerente, sendo aspecto fundamental dos sistemas de pro-
dução. Dividimos o processo de transformação em três etapas, como pode 
ser observado abaixo.
INPUT, TRANSFORMAÇÃO E OUTPUT
 
Fonte: adaptada de Slack, Brandon, Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: esquema do processo de transformação das operações produtivas: input 
(recursos transformados, materiais, informações, consumidores, instalações, pessoal, recursos 
de transformação); processo de transformação (ambiente); output (bens, produtos, serviços).
INPUT
OUTPUT
RECURSOS 
TRANSFORMADOS
BENS
PROCESSO DE 
TRANSFORMAÇÃO
RECURSOS DE 
TRANSFORMAÇÃO
Materiais
Informações
Consumidores
Produtos
Serviços
Instalações
Pessoal
Ambiente
Ambiente
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
O processo de transformação possui a entrada de recursos, chamado de 
input, o processo de transformação que faz todo o beneficiamento destas 
entradas, e por fim, o processo de saída, conhecido como output. Para que 
esse processo ocorra de forma eficiente, utilizamos o sistema de produção 
que seja mais adequado às suas especificações.
Na manufatura, quando tratamos de sistemas de produção e suas diferen-
ças, consideramos duas grandezas (MOREIRA, 2012): volume de produção e 
variedade produzida.
Volume de produção
refere-se ao quanto se produz. Mede-se a quantidade de bens e 
serviços que uma unidade produtiva foi capaz de produzir com os 
recursos disponíveis.
Variedade produzida
está relacionada ao grau de padronização.
Na visão clássica, categorizamos os sistemas de produção da seguinte forma 
(MOREIRA, 2012):
• Sistema de produção por projeto.
• Sistema de produção intermitente.
• Sistema de produção contínua.
Nos tópicos a seguir abordaremos cada sistema individualmente. Vamos lá!
1.1.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO POR PROJETO
Quando as empresas lidam com produtos variados com alto nível de custo-
mização, ou seja, volume baixo de produção e grande variedade, estão pro-
pensas a adotar um sistema de produção por projeto. Esse tipo de sistema 
costuma ter um grande envolvimento do cliente frente as decisões, por se 
tratar de produtos únicos.
15
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Portanto, os sistemas de produção por projeto buscam atender uma neces-
sidade específica de um determinado cliente, o seu resultado (produto) está 
estritamente relacionado ao mesmo, devido ao seu envolvimento contínuo 
no processo produtivo.
Suas principais características são (MOREIRA, 2012):
• Baixo volume de produção.
• Alta variedade de tipos de produtos.
• As empresas lidam com produtos discretos.
• Alto grau de customização.
As atividades que envolvem o sistema de produção por projeto, quando exe-
cutadas, são normalmente definidas e alteradas no decorrer do processo pro-
dutivo, levando a um tempo de execução que poderá ser maior que os demais 
sistemas de produção. No entanto, possuem uma boa definição do início ao 
fim para cada um dos trabalhos, buscando organizar de forma especial os 
seus recursos transformadores, conforme cada projeto. 
Podemos citar como exemplo o sistema de produção de um estaleiro, se en-
quadrando por projeto, cada navio é um tipo único de produto, com recursos 
planejados devido ao alto custo e alto grau de customização. Seguindo o pro-
cesso de transformação com seus inputs, transformação e outputsdemons-
trado por Slack, Brandon, Jones e Johnston (2018), podemos observar diversas 
adaptações e peculiaridades, conforme a figura a seguir.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
SISTEMA DE PRODUÇÃO POR PROJETO
Fonte: adaptada de Slack, Brandon, Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: esquema de processo de transformação das operações produtivas por 
projetos: input (recursos transformados, informações técnicas, informações de mercado, 
informações de tempo); recursos de transformação (equipamentos de teste e de projeto, 
pessoal técnico e de projeto); processo de projeto de produto, cujo desempenho é 
medido por qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade, custo, ética; output (bens, 
produto totalmente especificado).
Normalmente confundimos os sistemas de produção por projeto com Job-
bing, devido ao nível de customização e personalização dos produtos e servi-
ços. Vale destacar que o Jobbing pode ser produzido em pequenas escalas, 
com recursos transformadores flexíveis, podendo ainda ser compartilhados.
Para saber mais sobre processo de produção 
Jobbing, assista ao vídeo Tipo de Processos.
De acordo com o projeto, o sistema de produção buscará, como base para 
uma maior qualidade de seu produto ou serviço, as suas especificações, pro-
curando cumprir os prazos com uma maior eficiência em sua execução. Por 
isso, devemos definir uma sequência preestabelecida de processos, com 
INPUT
OUTPUT
RECURSOS 
TRANSFORMADOS
BENS
RECURSOS DE 
TRANSFORMAÇÃO
Informações técnicas
Informações de mercado
Informações de tempo
Processo de pro-
jeto de produto, 
cujo desempenho 
é medido por:
Qualidade
Velocidade
Confiabilidade
Flexibilidade
Custo 
Ética
Produto 
totalmente 
especificado Equipamentos de teste e 
de projeto
Pessoal técnico e de 
projeto
https://www.youtube.com/watch?v=rXEDaVkwRvc
17
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
uma relativa longa duração e baixa repetitividade. Isso, aliado ao desafio de 
administrar, planejar e controlar a produção.
1.1.2 SISTEMA DE PRODUÇÃO POR 
INTERMITENTE
Esse sistema de produção é o mais comum de todos e facilmente identificá-
vel nas empresas, pois é altamente adaptável a qualquer variação de volume 
e variedade de produtos ou serviços. A sua adaptabilidade está associada a 
capacidade da mão de obra, configurações adaptáveis de seus equipamen-
tos para uso genérico no fluxo produtivo.
Fluxo de produção é uma forma de gestão e a 
organização das fases que envolvem a produção 
para que assim possamos torná-las mais eficazes 
(LOBO, 2010). 
Desta forma, fica fácil organizarmos os recursos transformados e transfor-
madores nos centros de trabalhos em um arranjo físico definido como fun-
cional ou por processo. Proporcionando maior flexibilidade do sistema de 
produção. Em contrapartida, reduz o volume de itens produzidos. Em ou-
tras palavras, ao mesmo tempo que ganhamos flexibilidade, perderemos 
na quantidade que poderemos produzir por vez. O que leva a esta perda é a 
necessidade de fazer ajustes, regulagens, entre outros processos, conforme 
a necessidade de troca do produto em processo.
O arranjo físico é a forma que posicionamos 
fisicamente os recursos produtivos, para que 
assim seja aperfeiçoado o fluxos dos materiais 
e funcionários, a fim de ser obter o melhor 
desempenho (SLACK; BRANDON-JONES; 
JOHNSTON, 2018). 
A produção intermitente é realizada e organizada em lotes, ou seja, é um 
18
MULTIVIX EAD
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
conjunto de um mesmo produto, podendo variar quanto ao número de suas 
unidades, por meio de um limite estipulado, ou por coincidir com sistemas 
por projeto. Assim, poderá conter poucas unidades ou dezenas de milhares, 
variando de pequenos e médios lotes.
Além da produção por lotes, outra característica importe está relacionada 
ao fato de que após concluídos serão substituídos por outro produto, contu-
do poderemos retorná-lo à produção em outro momento. Identificamos, as-
sim, o que é ser intermitente. Quando as especificações são fornecidas pelo 
cliente externo da empresa, esse tipo de sistema de produção é conhecido 
como intermitente por encomenda (MOREIRA, 2012).
Quando a empresa busca atender pedidos diferentes de seus clientes e que 
possa existir flutuações da demanda, adota-se esse tipo de processo, que 
devem ser flexíveis e possuir uma mão de obra polivalente, os equipamen-
to deverão ser poucos especializados, com arranjos mais funcionais ou até 
mesmo celulares (LOBO, 2010).
As principais características deste sistema de produção, são:
• Possibilidade de produzir produtos com características adversas.
• O layout fabril deverá agrupar os equipamentos por etapas de produção.
• A empresa se adapta, pois deve configurar os equipamento para que as 
necessidades e especificações dos produtos sejam atendidas.
• Há uma atenção para o estoque de produtos acabados e semiacabados.
• O decisor tem que se voltar para o planejamento, organização da matéria- 
prima e fornecedores.
Percebemos que esse sistema de produção pode ser encarado também 
como sistema voltado para produtos sob encomenda. Que por sua vez pode 
ser interessante para empresa, considerando que há a possibilidade de ven-
der algo que ainda não se tem estoque.
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
MULTIVIX EAD
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EXEMPLO DE PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA
 
Fonte: © Yan Krukov, Pexels (2022).
#pratodosverem: imagem de pessoa produzindo uma peça em argila.
Sendo lotes fabricados sob encomenda ou para o mercado, geralmente as 
empresas adotam esse sistema pela alta versatilidade quanto às suas ativida-
des executórias, pelo fato de terem que suportar uma grande variabilidade de 
produtos. Esse vai e vem de produtos sendo fabricados é a principal caracte-
rística da produção intermitente.
Ao mesmo tempo que a flexibilidade é uma vantagem para o sistema de pro-
dução intermitente, também poderá causar problemas clássicos de produ-
ção, como a redução do tempo que as máquinas estão disponíveis. Portanto, 
o que ganharemos em flexibilidade, poderá implicar no volume de produção.
Por isso é importante que seja planejada a produção da empresa visando a 
adoção de volumes relativamente baixos de produção. Visto que, a empresa 
irá operar com sua capacidade total de produção, aumentando por consequ-
ência o estoque de material sendo processado, e assim o tempo que a pro-
dução irá girar, pelo fato que muitos trabalhos irão necessitar de um mesmo 
equipamento ou mão de obra ao mesmo momento.
20
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
1.1.3. SISTEMA DE PRODUÇÃO CONTÍNUA
Esse sistema de produção compreende na operação com volumes extrema-
mente altos, pouca variabilidade de produtos, tendo seu tempo de operacio-
nalização estendido com fluxos ininterruptos, podendo ser alinhado a uma 
tecnologia inflexível.
Podemos elencar empresas como: as fábricas de cimento, petroquímicas, si-
derúrgicas, cervejarias e fábricas de papel, que raramente param de trabalhar 
ou desligam equipamentos, somente em caso de manutenção preventiva e 
programada (LOBO, 2010).
EMPRESA CERVEJEIRA QUE TRABALHA COM PROCESSO CONTÍNUO
 
Fonte: Pexels (2022).
#pratodosverem: imagem de homem transportando barris de cerveja após ser produzido 
pelo sistema contínuo.
Podemos observar possibilidades importantes para produção e uma i com-
paração interessante com o processo intermitente. Enquanto o sistema de 
produção intermitente visa a criação de estoques, tanto de matéria-prima 
quanto de produtos em processamento ou acabados,a produção contínua 
pode minimizar os estoques, em razão de que a produção irá trabalhar de 
acordo com a demanda dos clientes da empresa, em um processo de produ-
ção puxada e não empurrada.
Alguns autores como Gonçalves (2020), Lobo (2010) e Slack, Brandon-Jones e 
Johnston (2018), subdividem o sistema de produção contínuo em dois:
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Processo de produção em massa
denominado também como produção linear. É caracterizado por 
linhas de montagens voltadas para a produção de volumes grandes 
de produtos, que apresentam um alto grau de padronização. Como 
é composto por componentes e subcomponentes a paralização do 
processo produtivo pode ser feita sem grandes problemas.
Processo de produção contínua
é bastante similar a produção em massa, pois apresenta uma baixa 
variedade de produtos com um alto grau de volume de produção. 
A principal diferença é que no processo contínuo, os produtos são 
contínuos e não compostos com subcomponentes, interromper esse 
processo produtivo é extremamente oneroso.
Você aprender mais sobre o processo de produção, a seguir:
Para saber como funciona o processamento de 
produção puxada e empurrada, assista ao vídeo: 
Sistema de produção puxada e empurrada.
Esse tipo de sistema vai além da produção em massa, que é caracterizada por 
produzir também um alto volume de produtos, mas sua variedade é estreita, 
sendo que as atividades relacionadas à produção são repetitivas e previsíveis. 
Podemos citar as fábricas de automóveis e alguns produtos alimentícios.
As principais características envolvem a sequência linear das operações, o alto 
grau de padronização, as rotinas previstas e ordenadas, onde há um balance-
amento entre etapas que são consideradas lentas com as rápidas, buscando 
uma suavização da produção (MOREIRA, 2012).
Esse tipo de sistema, recorrentemente substitui as atividades humanas por 
máquinas, tornando o processo ainda mais inflexível. Mas em contrapartida, 
evita diversos problemas ocasionados pelas atividades repetitivas dos siste-
https://www.youtube.com/watch?v=i384kVDeFUM
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mas como, por exemplo, a LER/DORT, obsolescência e monotonia.
A LER significa: “Lesões por Esforços Repetitivos”, 
correspondem a afecções do sistema 
musculoesquelético. Já a DORT é a sigla para: 
“Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao 
Trabalho”, criada para a substituição da sigla 
LER. Acesse o site da Sociedade Brasileira de 
Reumatologia e saiba mais! 
Observe na imagem a seguir, que os tipos de sistemas de produção estão cor-
relacionados com o volume de produção e a variedade de produtos que serão 
produtivos (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
CORRELAÇÃO DOS TIPOS DE PRODUÇÃO COM O VOLUME E VARIEDADE DO PRODUTO
VOLUME
VARIEDADE
ALTO
PROJETO JOBBING LOTE EM MASSA CONTÍNUA
ALTO
BAIXO
BAIXO
Fonte: adaptada de Slack, Brandon, Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: esquema dos sistemas de produção fazendo a relação entre o alto e baixo 
volume de produção e variedade do produto.
Até aqui abordamos os sistemas de produção na ótica do produto, sendo que 
também podem ser classificados por sistemas por serviço, como podemos 
observar a seguir. Segundo Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018):
Serviços profissionais
esse tipo de serviço apresenta uma alta variedade e baixo volume, 
resultante do alto nível de customização, podendo ser adaptável 
conforme as necessidades individuais dos clientes, como, por exemplo, 
advogados, cirurgiões etc.
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/ler-dort/
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/ler-dort/
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Serviços de massa
este possui uma baixa variedade e um alto volume, tem como 
base equipamentos que são orientados para o produto. Não é 
considerado um serviço profissional, assim deve seguir procedimentos 
já preestabelecidos, como, por exemplo, rodovias, aeroportos, 
supermercados etc.
Lojas de serviços
podemos posicionar este tipo de serviço entre os serviços profissionais 
e os de massa, por serem caracterizados dependendo do nível de 
contato que se tem com o cliente, volumes de clientes, customização 
e a liberdade de decisão de seus indivíduos, como, por exemplo, lojas, 
hotéis, escolas etc.
Como podemos ver as operações tem como característica alta variedade 
tanto de produtos como de serviços, por consequência irão apresentar um 
volume baixo, por não conseguirem trabalhar com grandes quantidades 
quando os processos exigem uma maior atenção aos detalhes.
1.2. IMPLANTANDO UM SISTEMA PRODUTIVO
Implantar um sistema produtivo pode ser uma tarefa bastante complexa, 
por definir como as máquinas, a circulação, armazenagem e os estoques se-
rão adequados no ambiente em que ocorre a produção (GONÇALVES, 2020). 
Além de ser influenciada pela quantidade de produção de um determina-
do produto, a variedade dos produtos e o tempo estipulado para produção. 
Como podemos ver na figura abaixo.
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ATUAÇÃO DOS RECURSOS E SUA ALOCAÇÃO NO SISTEMA PRODUTIVO
 
Aparência geral 
dos recursos de 
transformação
Posicionamento 
relativo dos recursos 
de transformação
Natureza e padrão do fluxo de recursos de transformação 
ao longo da operação ou processo
Alocação das ta-
refas aos recursos 
de transformação
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones, Johnston (2018, p. 238).
#pratodosverem: fluxograma da alocação dos recursos de transformação e transformados, 
tarefas e o padrão de fluxos do meio produtivo. Etapas: aparência geral dos recursos de 
transformação; posicionamento relativo dos recursos de transformação; alocação das 
tarefas aos recursos de transformação; natureza e padrão de transformação ao longo da 
operação ou processo.
Para isso é importante definirmos um arranjo que seja o mais adequado para 
suprir as necessidades da produção, em que a preocupação quanto ao posi-
cionamento físico dos recursos de transformação torna-se fundamental.
Antes de tudo deve-se analisar qual o sistema de produção será o mais ade-
quado, conforme vimos no tópico anterior, podendo ser por projeto, inter-
mitente ou contínuo. Conforme Lobo (2010), desta forma as decisões estão 
voltadas ao arranjo físico de onde os equipamentos e pessoas, que irão atuar 
na produção, deverão ser alocadas, além de determinar quais os recursos 
transformados irão fluir durante todo o processo produtivo.
A implantação de um sistema produtivo poderá se caracterizar por uma pro-
dução por produto, processo ou célula.
1.2.1 IMPLANTAÇÃO POR PRODUTO
Para implantarmos o sistema produtivo visando o produto, os recursos trans-
formadores deverão ser posicionados em conformidade com o que seja mais 
conveniente para o produto em questão (MOREIRA, 2012). O fluxo que cada 
recurso transformado irá seguir terá que ser específico, coincidindo com se-
quências que irão de encontro aos recursos transformadores.
Esse tipo de arranjo servirá para a produção de grandes volumes de produ-
tos considerados discretos ou não, mas que possuem extrema padronização. 
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Como, por exemplo, uma plataforma petrolífera.
PLATAFORMA PETROLÍFERA
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de plataforma petrolífera no meio do oceano.
Em uma plataforma petrolífera todos os recursos tidos como transformado-
res são posicionados para uma melhor circulação do petróleo que está sendo 
extraído, tanto nooceano quanto na terra, assim, otimizará o fluxo produtivo 
e aumentará a sua produtividade.
Conforme Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) as vantagens para implan-
tação do sistema produtivo por produto, são as seguintes:
• Há possibilidade de se produzir em massa com maior produtividade.
• Atuação dos equipamentos e o consumo do material é constante conforme 
o fluxo da produção.
• Facilidade em controlar a produtividade.
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Desvantagens do sistema por produto:
• Investimentos altos.
• Processos tediosos para os funcionários.
• Ausência de flexibilidade.
• As paralisações são altamente complexas.
1.2.2. IMPLANTAÇÃO POR PROCESSO
A produção definida por processo é realizada por unidades ou quantidades 
pequenas, o produto será modificado à medida que será construído. Atu-
almente uma variedade de instrumentos e ferramentas estão disponíveis 
para os decisores para essa implantação.
Conforme Lobo (2010), uma das principais características desse meio produ-
tivo está no nível baixo de automatização no que se refere a movimentação 
dos recursos e deslocamento de máquinas, onde serão agrupadas de acordo 
com o processo definido.
Desta forma, os equipamentos irão ocupar o mesmo local de trabalho, como, por 
exemplo, uma oficina mecânica de automóveis. Podemos ver o exemplo a seguir.
PROCESSO PRODUTIVO EM OFICINA
Fonte: ©cottonbro studio, Pexels (2022).
#pratodosverem: imagem de um homem consertando um veículo em uma oficina 
considerando o processo produtivo.
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Esse tipo de produção é feito quando se tem grande variedade de produtos 
e com baixa taxa produção, as máquinas são pouco utilizadas, há uma alta 
polivalência dos operadores e baixa produtividade (MOREIRA, 2012).
As vantagens de tipo de produção estão relacionadas 
com: 
- Alto nível de flexibilidade podendo atender mudanças do mercado.
- Pode atender produtos diversificados e quantidades variáveis.
- Menor investimento para instalações.
- Maior valor agregado.
As desvantagens para esse tipo de produção são:
- O seu fluxo pode ser considerado muito longo.
- Dificuldade de programar balanceamentos.
- Mão de obra bastante qualificada.
- Maior tempo para setup.
A seguir, fique sabendo o que é setup:
Setup para o meio produtivo é o período em 
que a produção é interrompida para que os 
equipamentos e pessoas sejam preparados para 
ajustes ou adequações e fazer uma troca de 
produto que será produzido (MOREIRA, 2012).
Comumente confundido com o leiaute posicional, em que os recursos trans-
formados estão fixos e os transformadores se descolaram em direção ao pro-
cesso (MOREIRA, 2012). Um exemplo é a produção de aviões, onde a aeronave 
fica parada e os recursos em volta da mesma para sua produção.
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1.2.3. IMPLANTAÇÃO POR CÉLULA
Segundo Moreira (2012), o arranjo por célula consiste em pequenas unida-
des produtivas dentro da própria produção, em que o transporte e os esto-
ques intermediários terão uma dinâmica entre as células. Sua disposição é 
vista como um “U”, para promover uma maior produção, exigindo polivalên-
cia entre os funcionários da empresa que estão alocados nesse meio, isso 
resulta, para a produção, em um melhor controle sobre a qualidade do meio 
produtivo, pois os defeitos poderão ser detectados e corrigidos na própria 
célula de trabalho (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
EXEMPLO DE CÉLULAS DE TRABALHO
 
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones, Johnston (2018, p. 248).
#pratodosverem: figura de piso térreo de loja de departamentos mostrando uma célula no 
arranjo físico do restante da loja.
A produção por célula é bastante benéfica, por que atua com base em prin-
cípios do grupo, procurando aproveitar ao máximo as semelhanças entre as 
partes do meio produtivo por padronização e processamento comum.
Para Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018), a implantação do sistema pro-
dutivo pelo modo celular é uma decisão influenciada pela facilidade de redu-
zir os tempos de setup das atividade produtivas, e a necessidade de se reduzir 
o tamanho dos lotes para uma maior flexibilidade.
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Vantagens de adotar o tipo celular
maior flexibilidade em relação ao tamanho dos lotes; transporte de 
material na produção é menor; estoques menores (SLACK; BRANDON-
JONES; JOHNSTON, 2018).
Desvantagens relacionadas ao tipo celular
elaborar o arranjo é uma tarefa difícil; específico para uma família de 
produtos (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
As células de produção buscam sempre estar em equilíbrio no que concerne 
às quantidade a serem produzidas. São formadas por áreas que se dedicarão 
a produção de produtos que possuem semelhanças e requisitos quanto ao 
processo (LOBO, 2010). As tarefas que as envolvem poderão ser aplicadas a 
uma gama de produtos ofertados pela empresa.
Visto todas as formas que podemos implementar um sistema de produção, 
é importante antes de qualquer decisão, fazer a relação entre os tipos de pro-
cessos produtivos aos tipos de arranjos mais adequados, como podemos ver 
na figura abaixo.
ASSOCIAÇÃO SISTEMAS DE PRODUÇÃO VERSUS IMPLANTAÇÃO
 
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones, Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro que relaciona os sistemas de produção com as formas e arranjos 
para implantação.
Diante disto surgem arranjos mistos, nos quais podemos combinar os que já 
existem, conforme a conveniência da produção em questão, visto os requisi-
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tos de seus produtos (MOREIRA, 2012).
Ou seja, a mesma empresa poderá ter um setor implantado por produto, en-
quanto outros poderão ter a opção de ser por processo. O importante é bus-
car o melhor entendimento sobre o processo que será operado e a forma 
mais adequada para uma melhor operação.
É importante lembrarmos, o que está em questão é propor uma forma aperfei-
çoada dos fluxos produtivos que maximizem a eficiência e eficácia da empresa.
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CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo apresentar o contexto conceitual e prático sobre 
os sistemas de produção, seguindo sua classificação, e como poderão ser implan-
tados no meio produtivo seguindo suas características e necessidades.
Podemos observar que por mais que os sistemas produtivos possam ser di-
ferentes, dependo das empresas e seus ramos de negócios, existem carac-
terísticas comuns que poderão ser agrupadas e dimensionadas. Como, por 
exemplo, o volume de produção, a variedade e variação dos produtos, concei-
tos importantes que todos o profissional do meio precisar ter conhecimento 
para projetar e implantar o melhor sistema produtivo dentro de sua empresa.
O estudo apresentou uma relação entre as classificações do sistema de pro-
dução e as características e necessidades do que se deseja produzir. Além de 
mostrar as conexões entre os tipos de sistemas como de projetos, intermiten-
tes e contínuos, juntamente com os processos que devem ser implantados, 
conforme o produto, processo ou por célula.
Para saber mais sobre o tema acesse os links a 
seguir:
• Sistemas de produção: conceitos e definições 
no contexto agrícola.
• Processo de conversão de sistemas de produção 
convencionais para sistemas de produção 
orgânicos.
• A metodologia Kaizen na condução de 
processos de mudança emsistemas de 
produção enxuta.
• Taylorismo, Fordismo e Toyotismo: entenda as 
diferenças.
• Sistemas produtivos - Qual o melhor para a 
gestão de estoque da sua empresa?
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/938807/1/Doc335OL.pdf
https://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2013/09/8803-29194-1-PB.pdf
https://periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/article/view/119/116
https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ
https://www.youtube.com/watch?v=YJsnq7333Vo
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Apresentar o 
projeto em relação 
aos sistemas 
produtivos.
> Identificar as 
partes que fazem 
parte do projeto.
> Conhecer o 
conceito das 
operações que 
envolvem o sistema 
de produção.
> Relacionar 
os sistemas de 
produção às suas 
atividades.
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2 PROJETO E OPERAÇÕES DO 
SISTEMA DE PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Quando um novo sistema de produção está em desenvolvimento, atividades 
como projeto, planejamento, controle e melhoria são empregadas costumei-
ramente de forma sequencial. Essas atividades têm como meta ajudar as or-
ganizações a alcançarem objetivos estratégicos da produção de forma aper-
feiçoada e operacionalizada.
Assim, as estratégias de produção têm influência direta nas atividades de pro-
jeto e, secundariamente, nas demais atividades, de planejamento e controle 
para melhoria da produção (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
As atividades que envolvem o projeto, representam uma forma básica para 
obtenção de vantagens competitivas para alcançarmos objetivos estratégi-
cos da produção.
Nesta unidade, iremos abordar conceitos e práticas dos projetos e operações do 
sistema de produção para uma maior identificação das partes de um projeto, as-
sim como as operações que envolvem o sistema de produção e suas atividades.
2.1. PROJETO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
O projeto do sistema de produção caracteriza uma das primeiras tarefas de 
gerenciamento que precisam ser feitas para os esforços produtivos, sendo 
a primeira oportunidade para reagir ou reduzir características negativas in-
trínsecas aos sistemas de produção (LOBO, 2010). Por representar uma das 
soluções mais básicas para que sejam reduzidos os fatores que impactam 
negativamente os sistemas produtivos, como, por exemplo, a incerteza e a 
variabilidade.
Quanto antes essa etapa ocorrer, maior será a oportunidade para adotar me-
didas que irão contribuir com a redução das atividades que não agregarão 
valor ao sistema de produção. Podemos ainda atribuir ao projeto do sistema 
de produção as perspectivas estratégicas e operacionais.
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Perspectiva estratégica
considera a organização como parte integrante de uma rede de 
clientes e fornecedores.
Perspectiva operacional
preocupa-se com o arranjo físico das instalações, com a seleção da 
tecnologia que deverá ser empregada com a gestão do pessoal de 
produção.
As atividades que caracterizam o projeto do sistema de produção são, confor-
me Moreira (2012):
Com a elaboração do projeto do sistema de produção podemos antecipar 
decisões que deverão ser tomadas no que tange ao sistema de produção do 
empreendimento, buscando garantir que sejam efetivamente operacionali-
zadas antes de sua execução (GONÇALVES, 2020). Desta forma, conseguire-
• Desenvolver um plano: consiste na seleção da 
tecnologia mais adequada e das atividades que 
serão aplicadas conforme a lógica tecnológica.
• Selecionar equipamentos: seleciona os 
equipamentos e mão de obra, determinando 
um conjunto de recursos que deverão estar 
disponíveis para que cada processo seja 
executado, conforme a demanda do trabalho e 
de sua produtividade.
• Desenvolver políticas: as políticas 
gerenciais consistem no conjunto de ações 
preestabelecidas para exercer respostas 
a condições antecipadas - essas políticas 
geralmente visam processos considerados 
críticos.
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mos reduzir as variabilidades e incertezas, e o efeito será ampliado na função 
das características do processo.
2.1.1. PROJETO EM ADMINISTRAÇÃO DA 
PRODUÇÃO
A administração da produção consiste numa atividade gerencial que cria 
entregas de serviços e produtos, sendo a função produção a principal res-
ponsável por essa atividade (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
Toda organização possui uma função produção, exatamente pelo fato de pro-
duzir um tipo de produto ou serviço. Por esta razão, temos a figura dos ge-
rentes de produção, que possuem responsabilidades particulares quanto à 
administração de recursos que farão parte da função produção.
Para projetarmos como será a administração da produção em uma determi-
nada organização, é importante observarmos algumas atividades da função 
produção, as quais Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) mostram no qua-
dro a seguir.
ATIVIDADES DA FUNÇÃO PRODUÇÃO
Provedor de 
serviços de 
internet
Manter e atualizar o hardware
Atualizar software e conteúdo
Responder as solicitações de clientes
Implementar novos serviços
Garantir a segurança dos dados dos clientes
Cadeia de 
fast-food
Localizar pontos potenciais para restaurantes
Oferecer processos e equipamentos para produzir hambúrgueres etc.
Manter a qualidade do serviço
Desenvolver, instalar e manter equipamento para reduzir o impacto 
sobre a área local e empacotar o lixo
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Fonte: adaptado de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro explicativo sobre as atividades da função produção.
A administração da produção, como vimos, é um sistema que faz parte da 
cadeia de valor. Quando confeccionamos um produto, essa atividade é com-
posta por vários sistemas que são inter-relacionados e interligados. Cada um 
destes sistemas possui um conjunto de atividades que deverão ser executa-
das em um período determinado, considerando todos os variados recursos 
escassos que fazem parte desta execução. 
Segundo Lobo (2010), no contexto da produção podemos considerar os proje-
tos tanto para executar o processo produtivo relacionado a produtos e serviços. 
Observe, no quadro a seguir, as técnicas utilizadas para a gestão de projetos 
no desenvolvimento de produtos e serviços, ou para o seu aperfeiçoamento.
Ajuda 
humanitária 
internacional
Oferecer auxílio e projetos de desenvolvimento para os beneficiários
Fornecer resposta emergencial rápida quando necessário
Adquirir e armazenar estoques de emergência
Atentar para as normas da cultura local
Fabricante de 
móveis
Adquirir matéria-prima e componentes apropriados
Fazer componentes
Montar os móveis acabados
Entregar os produtos aos clientes
Reduzir o impacto ambiental de produtos e processos
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OS TIPOS DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO
Fonte: adaptado de Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: o quadro mostra a relação de projetos. Radicais, Plataforma e Derivativos x 
as mudanças de produção quanto ao Produto, Processo, P&D, Alianças e parcerias.
Como podemos notar, conforme o grau de mudança desejado, a empresa 
poderá aplicar os projetos de diferentes formas. Diante desse contexto, o ad-
ministrador da produção atuará diretamente nos recursos, como: material, 
mão de obra e capital, junto aos sistemas de produção,agindo em aborda-
gens de forma sistêmica, interagindo em todas as atividades do planejamento 
e controle das atividades de agregação e transformação de valor de recursos.
2.1.2. PROJETO DO PROCESSO PRODUTIVO
Após a empresa criar o produto, é preciso produzi-lo de fato. Podemos, assim, 
seguir a produção para diversas organizações, conforme o volume e a varie-
dade da produção que se deseja obter.
Radicais Plataforma Derivativos
Produto Novo produto básico Acréscimo à família Aprimoramento
Processo
Novo processo 
básico
Atualização de 
processo
Mudança 
incremental
P&D
Novas tecnologias 
básicas
Atualização 
tecnológica
Mudança 
incremental
Alianças e 
parcerias
Terceirização 
da maioria das 
atividades
Seleciona novo 
parceiro
Mudança 
incremental
Projetos
Mudanças
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ITENS A PRODUZIR
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de um colaborador com um tablet, conferindo a produção de 
tecido em uma fábrica.
O projeto compreende atividades que podem ser exercidas em diferentes 
níveis da organização, podendo ser visualizado de forma geral e apresentan-
do a intenção de algo, antes mesmo de começar a definir detalhes (LOBO, 
2010). Isso também se torna verdade para os projetos de processos.
No projeto de processos, ainda no início é importante entender os objetivos, 
quando os processos estão sendo estruturados quanto à forma e à natu-
reza. O jeito mais comum de fazermos isso é elaborando o projeto confor-
me suas características sobre a variedade e o volume pretendidos (SLACK; 
BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). Assim, os detalhes que envolvem o 
processo deverão ser analisados para que seja assegurado o atendimento 
dos objetivos com maior eficácia.
É frequente termos que tratar de questões envolvendo os projetos de serviços 
e produtos como se fossem atividades totalmente separadas no meio orga-
nizacional, porém, elas são inter-relacionadas (MOREIRA, 2012). Desta forma, 
é errado examinarmos o projeto detalhado sem considerarmos como é pro-
duzido. Algumas mudanças no projeto de produtos e serviços poderão ter 
implicações significativas quanto a forma como são operacionalizados. Igual-
mente, o projeto de um processo poderá restringir a liberdade de quem os 
projeta para que seja operado como se deseja.
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
Por fim, o projeto de processos não pode ser realizado de forma independen-
te dos serviços ou produtos que serão criados, como poderemos observar na 
figura a seguir.
INTER-RELAÇÕES DOS PROJETOS DE PRODUTOS/SERVIÇOS E PROCESSOS
Fonte: Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018, p. 200).
#pratodosverem: imagem de um círculo com a descrição do que integra o projeto de um 
produto ou serviço e de outro círculo que contempla o projeto de processo, havendo 
entre eles uma intersecção que aponta que o projeto de produtos/serviços impacta o de 
processo e vice-versa.
O principal objetivo do projeto de processos é garantir o desempenho do 
processo de forma apropriada ou o que se deseja alcançar (LOBO, 2010). Por 
exemplo, se uma determinada operação competisse na sua habilidade de 
resposta rápida às solicitações dos clientes, os processos deveriam ser proje-
tados para ofertar menores tempos de produção – ação minimizaria o tempo 
em relação à solicitação do cliente e seu recebimento.
Projetando o pro-
duto ou serviço
Projetando o pro-
duto ou serviço
Produtos e serviços 
devem ser projeta-
dos de tal modo que 
possam ser efetiva-
mente criados.
Os processos devem 
ser projetados de tal 
modo que possam 
criar todos os produ-
tos e serviços que a 
operação provavel-
mente introduzirá.
O projeto de 
produtos/servi-
ços tem impac-
to sobre o proje-
to do processo 
e vice-versa.
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2.1.3. PROJETO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Quando iniciamos a produção de um determinado produto ou até mesmo a 
prestação de um serviço, devemos antes estabelecer um sistema produtivo, 
o que envolve máquinas, ferramentas, equipamentos, instalações, espaços 
e infraestrutura, deixando-os pronto para uso. Além disso, precisamos de 
pessoas que se envolvam no processo produtivo e que estejam aptas para a 
execução do trabalho necessário.
Para isso, temos o Project Management Institute (PMI), que define o projeto 
como um conjunto de atividades temporárias realizadas por um grupo de 
indivíduos, visando a produção de produtos ou serviços considerados únicos 
(PMI, 2017).
Desta forma, quando as organizações têm necessidade ou interesse de ini-
ciar um determinado processo produtivo, precisam começar o projeto e, con-
forme o PMI, desenvolver atividades que farão com que o processo funcione 
para produzir seus produtos e serviços.
Em outras palavras, precisamos definir o quê, qual a quantidade e como será 
Fundado em 1969, o Instituto de Gerência de 
Projeto (PMI – Project Management Institute) é 
uma organização sem fins lucrativos, que busca 
promover métodos e técnicas relacionados à 
gerência de projetos, incentivando a educação 
e a disseminação de informações sobre as 
ferramentas mais atualizadas que abordam essa 
gerência. Acesse o link, explore os conteúdos e 
saiba mais.
http://www.pmi.org
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produzido. Nessa perspectiva, o como irá englobar a forma de disposição das 
máquinas, equipamentos, ferramentas e processos, além de definir como as 
pessoas atuarão no processo, ou seja, o que vai fazer o funcionário, como e 
onde, conforme exposto na figura a seguir.
ELEMENTOS DO PROJETO DO TRABALHO
Fonte: adaptada de Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: esquema explicativo sobre a relação dos fatores que envolvem a 
estrutura do trabalho. Quem: características da força de trabalho. O quê: tarefas que serão 
executadas. Onde: localização da organização e das áreas de trabalho. Quando: dia, tempo 
de ocorrência do trabalho. Por quê: objetivos e motivação. Como: método de desempenho.
Embora esse processo pareça simples, ele não é, pois diversos fatores devem 
ser considerados e, por vezes, podem parecer conflitantes. Atualmente, gran-
de parte das empresas ainda usa como fundamento para o projeto e organi-
zação do trabalho estudos de Frederick Winslow Taylor (1856-1915).
Quem: caracte-
rísticas da força 
de trabalho
Estrutura 
do trabalho 
Como: método de 
desempenho
O quê: tarefas 
que serão exe-
cutadas
Onde: localização 
da organização 
e das áreas de 
trabalho
Quando: dia, tem-
po de ocorrência 
do trabalho
Por quê: 
objetivos e 
motivação
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Taylor desenvolveu a Administração Científica, cujas bases são os princí-
pios fundamentais de planejamento, preparo dos trabalhadores, controle 
e execução.
Princípio de planejamento
substitui-se métodos empíricos por procedimentos científicos, 
abandonando o improviso e individualismo para o planejado e testado, 
a busca é por movimentos decompostos para racionalizar e reduzir a 
execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores
efetua a seleção de funcionários conforme suas características e 
aptidões, para assim treiná-los e prepará-los a partir dos métodos 
contidos no planejamento, a fim de atingir as metas preestabelecidas.
Princípio de controle
desenvolve o controle e desenvolvimento do trabalho para legitimar 
sua execução, realizada conforme com os métodos estabelecidos 
diante dos objetivos definidos e planejados.
Princípio daexecução
realiza a distribuição e responsabilidade do trabalho para que seja o 
mais disciplinado possível.
Frederick Winslow Taylor fez estudos significativos 
referentes ao trabalho, enfatizando a possibilidade 
de aumentar o volume produzido sem aumentar 
os custos. Conheça mais sobre Taylor assistindo a 
este vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=KvTuXd82SuA
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Em seus estudos, Taylor buscou a melhor forma para que o trabalho fosse 
desempenhado, assim como métodos para que tempo e movimento fossem 
melhorados.
Destaca-se que o estudo do trabalho com a definição de forma considerada 
ideal poderá implicar outros aspectos como:
• reduzir a improdutividade e as perdas;
• facilitar a automação;
• permitir maior e rapidez no aprendizado; e
• viabilizar maior especialização do trabalho.
Quanto à especialização, a percepção sobre ela pode ocorrer de formas di-
ferentes, tanto pela empresa quanto pelo trabalhador, sendo que nos dois 
casos podemos definir vantagens e desvantagens, conforme mostrado no 
quadro a seguir.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ESPECIALIZAÇÃO
VANTAGES DA ESPECIALIZAÇÃO
Para a empresa Para os funcionários
Rápido treinamento da mão de obra.
Produtividade alta, consequência do 
trabalho simples e repetitivo.
Recrutamento mais fácil de novos 
funcionários.
Maior controle do fluxo e da carga de 
trabalho.
Salários baixos pela facilidade da 
substituição da força de trabalho.
Poucas instruções necessárias para 
conseguir fazer o trabalho.
Maior facilidade para aprender as ta-
refas.
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Fonte: adaptado de Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro explicativo sobre as aantagens e desvantagens da especialização.
Para as empresas, a especialização dos processos produtivos trará vantagens 
e desvantagens. Enquanto por um lado a tornará competitiva e eficiente no 
seu ramo de negócios, por outro, correrá riscos para adaptação das mudanças 
tecnológicas, tornando sua gestão um grande desafio.
DESVANTAGENS DA ESPECIALIZAÇÃO
Para a empresa Para os funcionários
O controle da qualidade é mais difí-
cil, pois as pessoas não têm respon-
sabilidade pelo produto todo.
Os custos referentes à insatisfação 
dos trabalhadores têm origem:
a) no absenteísmo;
b) na rotação de empregados;
c) nos agravos;
d) nos atrasos; e
e) nas interrupções intencionais.
Menor probabilidade de melhorar 
os processos, devido à limitação dos 
funcionários.
Maior estresse, resultado da natureza 
repetitiva do trabalho.
Gratificações menores ou inexisten-
tes.
Ritmo de trabalho com pouco ou ne-
nhum controle, resultando em frus-
trações e fadigas.
Poucas oportunidades de promoção, 
pois o aprendizado para trabalhos 
fracionados é mais difícil.
Poucas oportunidades de iniciativas 
por meio do desenvolvimento de fer-
ramentas e métodos.
Maiores chances de fadiga muscu-
lar local, resultante da utilização dos 
mesmos músculos para execução 
das tarefas.
Pouca comunicação com colegas de 
trabalho, resultante do layout da or-
ganização do trabalho.
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2.2. OPERAÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
Podemos definir como “operação”, qualquer tipo de processo, desde a confec-
ção de um produto até a prestação de um serviço (SLACK; BRANDON-JONES; 
JOHNSTON, 2018). Em outras palavras, quando somamos todas as tarefas e 
atividades que resultarão num produto pronto ou serviço prestado, estamos 
fazendo referência a uma operação.
O que se procura alcançar é um padrão de operação, pois é vital para que a 
empresa atinja maiores níveis de confiabilidade e flexibilidade em seu pro-
cesso produtivo, angariando um grande diferencial competitivo.
2.2.1. O PROCESSO PRODUTIVO
Os processos produtivos compreendem a combinação dos fatores de pro-
dução que resultarão na obtenção do produto final. Nesse processo, in-
corporamos fatores que, depois de sua transformação, levarão ao produto 
acabado, estarão estritamente dependentes da tecnologia disponível nas 
organizações. Portanto, o processo produtivo representa tudo o que usamos 
para transformar a matéria-prima em produto ou serviço, conforme a espe-
cificação dos clientes. 
As operações são consideradas o maior esforço 
na função produção, sendo que o desafio mais 
relevante aqui é conciliar o menor custo com a 
maior qualidade possível, além do tempo, que 
busca-se ser o mais rápido possível.
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CLIENTES
 
Fonte: Pixabay (2022).
#pratodosverem: imagem borrada de pessoas atravessando uma larga faixa de pedestres.
Conforme Moreira (2012), no que tange à gestão do processo produtivo, signi-
fica identificar tudo o que será usado na produção, determinar as etapas de 
trabalho, o tempo e espaço necessários, em busca de atingir resultados.
A produtividade significa a relação entre os resultados obtidos com os recur-
sos que foram utilizados. Esses resultados são obtidos pela definição de uni-
dade como, por exemplo, litros, toneladas, caixas e peças, enquanto os recur-
sos são representados por máquinas, materiais, pessoas, entre outros. Assim, 
quanto maiores os resultados conseguidos ou menor o volume de recursos 
usados, maior será a produtividade (MOREIRA, 2012).
Para atingirmos melhor eficácia e eficiência na produção de produtos e ser-
viços, precisamos conhecer detalhadamente o processo produtivo, uma vez 
que gerenciar uma produção não se trata somente de fabricar produtos, mas 
gerenciar equipamentos, pessoas, tempos, insumos, documentos e demais 
componentes que estão relacionados à atividade.
Independentemente das particularidades de cada empresa, segundo Lobo 
(2010), devemos considerar algumas etapas que deverão ser seguidas quan-
do se busca otimizar o processo produtivo. São elas:
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ETAPAS RELACIONADAS À OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO
Fonte: elaborada pela autora (2022).
#pratodosverem: imagem de três caixas de texto com as seguintes etapas sequenciais: 
Levantar o fluxo do processo produtivo; Analisar o fluxo do processo produtivo; Otimizar o 
processo produtivo.
Acompanhe a seguir, o que elas representam.
1. Levantar o fluxo do processo produtivo:
a. Mapeamento dos setores: definir o local de cada setor e sua fun-
ção no processo produtivo, identificar o que cada setor recebe e 
entrega. Para isso, deve-se considerar os processos que garan-
tem a qualidade do produto e os processos de retrabalho.
b. Mapeamento dos recursos: identificar quais materiais serão usa-
dos, maquinários e equipamentos envolvidos, assim como as pes-
soas atuantes.
c. Mapeamento das operações: definir quais linhas trabalham em 
prol de apenas um produto e quais operam em mais de um, o 
tempo de setup, ou seja, de preparação das máquinas.
2. Analisar o fluxo do processo produtivo (realizar a análise de toda a 
cadeia produtiva):
a. Identificação dos pontos fortes: onde o desempenho é considera-
do satisfatório e onde os recursos estão sendo bem utilizados.
b. Identificação dos pontos de melhoria: onde é necessário melho-
rar as ações para otimizar o processo produtivo, diminuindo os 
gargalos.
3. Otimizar o processo produtivo (implantar melhorias adequadas e 
necessárias para o aprimoramento do processo produtivo).
Levantar o fluxo do processo produtivo
Analisar o fluxo do processo produtivo
Otimizar o processo produtivo
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É importante que as empresas considerem quais os impactos a melhoria do 
processo produtivo poderá acarretar, pois, melhorar um setor, por exemplo, 
poderá levar a um sobrecarregamento dos demais, podendo resultar em gar-
galos, situação que busca-se evitar.
2.2.2. ATIVIDADES DA PRODUÇÃO E 
OPERAÇÕES
Os responsáveis pela função produção têm responsabilidade sobre todas 
as atividades da organização que irão contribuir com a produção efetiva de 
bens e serviços (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). Desta forma, 
as responsabilidades poderão ser vistas como diretas, quando têm relevân-
cia especificadamente relativa à produção; e indiretas, quando relacionadas 
ao restante da organização.
Entre as responsabilidades diretas estão:
Atender os objetivos estratégicos da produção
buscar maior conhecimento do que se está tentando atingir.
Desenvolver estratégias de produção
desenvolver um conjunto de princípios que orientarão as tomadas de 
decisão conforme os objetivos da organização a longo prazo.
Planejar e controlar a produção
definir a melhor forma de empregar os recursos de produção, 
garantindo a execução do que foi planejado.
Otimizar o desempenho da produção
buscar melhores formas de melhorar a eficiência e eficácia do 
processo produtivo.
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Em relação às responsabilidade indiretas, estas compreendem:
RESPONSABILIDADES INDIRETAS
Fonte: elaborado pela autora (2022).
#pratodosverem: quadro explicativo sobre as responsabilidades indiretas.
Por fim, mostrar que usar de formas eficientes os recursos e produzir produ-
tos/serviços que satisfaçam os clientes das empresas é o principal objetivo 
da função produção. Além de considerar a criatividade, inovação e pujança 
nas formas de melhorias para produzir produtos e serviços que proporcio-
nem às organizações vantagens competitivas.
2.2.3. OS TIPOS DE OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO
Já vimos, nesta unidade, que as operações são similares na forma de trans-
formar os inputs em outputs. Agora, veremos as diferenças entre as opera-
ções e as implicações que suas distinções trazem para as organizações.
Conforme Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018), existem quatro dimen-
sões da produção geralmente utilizadas para distinguir diferentes opera-
ções, sendo elas: o volume de output, a variedade de output, a variação da 
demanda dos outputs e o grau de relação (contato) com o cliente.
Responsabilidades indiretas
Comunicar as demais áreas da organização sobre oportunidades e restrições resultantes 
da capacidade produtiva instalada.
Definir, com as demais áreas, acerca dos planos da produção e demais planos 
da organização, identificando pontos que podem ser modificados para melhor 
aproveitamento da organização.
Alentar as demais áreas da organização com sugestões para melhores serviços que a 
função produção poderá prestar.
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As características da produção serão determinadas conforme a posição da 
empresa em relação a essas dimensões, como a sistematização, repetição, 
padronização, grau de tarefa de processamento reconhecido individual-
mente pelos trabalhadores e, acima de tudo, dos custos unitários de produ-
ção (MOREIRA, 2012). Vamos ver agora sobre cada uma dessas dimensões.
Para entender sobre a dimensão volume, imagine a produção de uma rede 
de lanches, um fast-food, que possui implicações importantes relacionadas 
à forma como a produção é organizada. O que se observa é o grau de repeti-
ção das tarefas que os funcionários estão realizando, repetição essa que ga-
rante maior especialização das tarefas, em que cada colaborador é instruído 
sobre como fritar batatas, hambúrgueres e montar sanduíches.
Isso oportuniza a sistematização do trabalho, em que cada método padrão 
é definido em um manual contendo instruções de como cada etapa de tra-
balho deve ser realizada. É importante lembrar-se de que as consequências 
mais importantes do alto volume é obter menos custos unitários.
Quanto à variedade, podemos citar as empresas de táxi, que podem ofertar 
uma grande variedade de serviços, mas também podendo restringir-se a 
transportar pessoas e bagagens, preparando-se para buscá-las em qualquer 
local e transportar para outro.
A dimensão variação, seguindo o nosso raciocínio com base em exemplos, 
podemos considerar a demanda de um resort no período de verão. É possível 
que o hotel, na alta temporada, queira acomodar o dobro de sua capacidade 
habitual de hóspedes, caso tenha espaço disponível. Contudo, fora da estação 
de verão, é possível que opere apenas com uma fração da sua capacidade de 
hospedagem ou mesmo que o estabelecimento considere fechar em perío-
O filme “Fome de poder” busca mostrar como o 
Mc Donalds adquiriu notoriedade por meio do 
seu sistema rápido de produção, além de abordar 
os desafios vividos por um dos seus principais 
personagens. Assista ao trailer, disponível aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=8LvMLEZZGZs&t=3s
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dos em que a demanda for muito fraca. Observamos então, que a implicação 
da variação nos níveis de demanda será a mudança da capacidade produtiva 
de alguma forma.
Por fim, a dimensão visibilidade trata do quanto a operação será exposta ao 
cliente, em outras palavras, de que forma o cliente terá contato com a ope-
ração. O quadro a seguir mostra as implicações, conforme as mudanças de 
cada uma dessas dimensões.
TIPOS DE OPERAÇÕES DE PRODUÇÃO
DIMENSÕES ALTO BAIXO
Volume Especialização
Sistematização
Maior repetibilidade
Custo unitário baixo
Menor participação dos 
funcionários
Baixa repetição
Custo unitário alto
Variedade Complexo
Flexível
Atendimento das 
necessidades dos clientes
Custo unitário alto
Rotineira
Bem definida
Regular
Padronizada
Baixo custo unitário
Variação da demanda Antecipação
Capacidade mutante
Flexibilidade
Ajuste com a demanda
Custo unitário alto
Previsível
Estável
Alta utilização
Rotineira
Custo unitário baixo
Contato com o consumidor Satisfação pela percepção 
do cliente
Tolerância de espera 
limitada
Habilidade de contato
Custo unitário alto
Alta utilização dos 
funcionários
Padronizado
Centralização
Pouca habilidade de 
contato
Custo unitário baixo
Fonte: adaptado de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro explicativo sobre os tipos de operações de produção.
Percebe o quanto tais fatores impactam e influenciam o projeto de trabalho?
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CONCLUSÃO
Esta unidade teve o objetivo de apresentar o projeto e as operações em re-
lação aos sistemas produtivos, além de promover uma reflexão sobre seus 
conceitos e as atividades relacionadas.
Podemos observar que o projeto do sistema de produção tem o papel impor-
tante no início de qualquer esforço produtivo. Assim, busca-se discutir e trazer 
de forma clara as estratégias de produção desejada por meio de decisões so-
bre o sistema de produção e desenvolvendo uma estrutura que servirá para 
gerenciar as diversas atividades que envolvem o processo produtivo.
Sabemos que para dispor de produtos e serviços teremos que desenvolvê-los, 
partindo de algum tipo de processo de produção. O processo é entendido 
como um conjunto de atividades sequenciadas de forma gradativa para a 
produção de um produto ou serviço, tendo, assim, começo, meio e fim.
Você percebeu, nesta unidade, que a função produção existe em qualquer 
tipo de empresa, seja numa indústria ou prestadora de serviços, e como é vital 
para qualquer tipode negócio, com relação direta com outras áreas da em-
presa, razão pela qual a gestão da produção e operações têm evoluído desde 
a produção artesanal até a produção em massa.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre o tema acesse os links a seguir:
• Planejamento agregado da produção: 
modelagem e solução via planilha excel & solver.
• Análise das práticas de planejamento e controle 
da produção em fornecedores da cadeia 
automotiva brasileira.
• Gestão da Capacidade.
• Construção civil: crescimento versus custos de 
produção civil.
• Planejamento e controle de produção – 
Entenda o que é PCP.
https://www.researchgate.net/publication/266355874_Planejamento_agregado_da_producao_modelagem_e_solucao_via_planilha_Excel_Solver/fulltext/54ae7ad60cf2213c5fe547db/Planejamento-agregado-da-producao-modelagem-e-solucao-via-planilha-Excel-Solver.pdf
https://www.scielo.br/j/gp/a/CcqmrXrL54rLwgKydPmXVbK/?lang=pt
https://www.youtube.com/watch?v=Uc_E82iYlK0
https://www.revistasg.uff.br/sg/article/view/1419/pdf
https://www.youtube.com/watch?v=EQpcudA8suE
UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Definir o conceito 
de planejamento 
da produção e seus 
tipos.
> Caracterizar o 
papel do plano 
agregado para 
os sistemas de 
produção.
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3 PLANEJANDO A PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
O planejamento é considerado uma importante tarefa para a gestão da pro-
dução, que está relacionada à preparação, organização e estruturação, vol-
tada para um dado objetivo e sendo essencial para a tomada de decisão e 
execução das tarefas.
Nesta unidade, abordaremos o planejamento, definindo o conceito de pla-
nejamento da produção e seus tipos, além de caracterizar o papel do plano 
agregado para os sistemas de produção.
Lobo (2010) traz cinco dimensões para o planejamento: a primeira, correspon-
de à produção, pesquisa, finanças, instalações, marketing, recursos humanos 
etc.; a segunda, remete aos elementos de planejamento, propósitos, estraté-
gias, objetivos, políticas, orçamentos, procedimentos, programas e normas, 
entres outros; a terceira, refere-se ao tempo do planejamento, se curto, mé-
dio ou longo prazo; a quarta, está relacionada às unidades organizacionais, 
em que se pode obter o planejamento corporativo, de subsidiárias de gru-
po funcionais, de departamentos, de produtos, de diversões etc.; por fim, a 
quinta dimensão, remonta às características do planejamento, podendo ser 
representadas por simplicidade ou complexidade, quantidade ou qualidade, 
configurando-se no planejamento estratégico ou tático, formal ou informal, 
confidencial ou público, caro ou econômico.
3.1 PLANEJAMENTO HIERÁRQUICO DA 
PRODUÇÃO
Destaca-se que o planejamento não deverá ser confundido com projeção, 
previsão, predição, plano ou resolução de problemas (MOREIRA, 2012), pois:
Projeção
está relacionada à situação num futuro que tende a ser igual ao 
passado em sua estrutura básica.
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Previsão
é considerada o esforço para verificarmos os eventos que poderão 
acontecer, com base em uma série de probabilidades.
Predição
refere-se a aspectos imediatos que corrigem certos desajustes e 
descontinuidades entre a organização e forças externas, podendo ser 
potencialmente relevantes.
Plano
é um documento formal, consistindo na consolidação de informações 
e atividades desempenhadas no processo de planejamento. 
Corresponde ao limite da formalização do planejamento, sendo uma 
visão estática do planejamento e necessário para as tomadas de 
decisões referentes à relação custo-benefício.
Planejar envolve uma nova forma de pensar e isso implica em indagações 
que se relacionam com questões sobre o que fazer, como, quando, por quan-
to, por que, para quem, por quem e onde (LOBO, 2010).
O PLANEJAMENTO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de pessoas reunidas em escritório e planejando atividades.
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Planejar o modelo input/transformação/output pode ser utilizado em diver-
sos níveis de análise e, neste momento, analisaremos os negócios em pro-
cesso, operação e rede de suprimentos. Para realizarmos essa análise, pode-
mos definir variados níveis, por exemplo: deslocando para cima os pequenos 
processos, transformá-los em maiores e adequando-os a uma imensa rede 
de suprimentos que caracteriza uma indústria completa - essa é a ideia que 
define uma hierarquia de operações. 
3.1.1 O QUE É UM PLANO HIERÁRQUICO DA 
PRODUÇÃO
O cenário corporativo é marcado por uma intensa competição, direcionando 
as empresas na busca por ferramentas e técnicas que permitam atingir a ca-
pacidade necessária para lidar com as exigências e concorrências do merca-
do, que têm aumentado nos últimos anos. Diante desse cenário, a atividade 
de planejar tem sido cada vez mais necessária.
Planejar nada mais é que elaborar um plano, programar atividades, organizar 
um roteiro a ser seguido. Por meio do planejamento, podemos analisar a situ-
ação e avaliar os reflexos das respectivas ações que possibilitem a tomada de 
decisão mais assertiva para o alcance de resultados esperados.
TOMADA DE DECISÃO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de uma pessoa parada diante de muitas portas abertas, 
mostrando diversas oportunidades que demandam uma decisão.
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Na área da produção essa realidade é ainda mais presente, no intuito de fa-
zer com que as ações e atividades que a envolvem atinjam bons resultados, 
alinhando o nível de satisfação dos clientes à sua capacidade de demanda, 
proporcionado maiores ganhos para a organização.
Conforme Lobo (2010), as atividades relacionadas à coordenação e controle 
dos processos produtivos não são apenas necessárias para obtermos maior 
desempenho produtivo, como também têm se tornado imprescindíveis para 
que as empresas sobrevivam às nuances do mercado. Assim, as demandas 
são atendidas por meio das funções de planejamento, programação e con-
trole da produção.
O planejamento, a programação e o controle da produção deverão ser equi-
parados ao que foi definido no planejamento estratégico da empresa, elabo-
rado e desempenhado diante dos seus diferentes níveis hierárquicos - estra-
tégico, tático e operacional.
Cada nível hierárquico tem responsabilidades específicas, atuando com um 
planejamento com diferentes horizontes de tempo, de curto a longo prazo. 
Desta forma, o planejamento hierárquico é desenvolvido, buscando garan-
tir maior alinhamento e colaboração dos níveis hierárquicos, possibilitando 
que a empresa conduza suas operações estrategicamente, conforme seus 
objetivos.
No planejamento hierárquico, cada nível irá limitar e orientar o planejamento 
do nível inferior seguinte.
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
PLANEJAMENTO HIERÁRQUICO
 
Fonte: adaptada de Lobo (2010), Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: figura representando a estrutura do planejamento hierárquico aliado aos 
horizontes de tempo do planejamento.
O nível estratégico é voltado para o longo prazo, determinando políticas es-
tratégicas da empresa,incluindo o planejamento da capacidade, seguida 
pelo planejamento agregado de produção. O plano agregado de produção 
é feito entre o nível intermediário, em que se define o mix das estratégias es-
pecíficas da produção. O nível tático, além de receber as orientações do pla-
no agregado, é onde se estabelecem os planos de médio prazo na figura do 
plano mestre de produção (PMP). Por fim, no nível operacional são definidos 
os planos de curto prazo, incluindo o plano das necessidades de materiais, 
do gerenciamento de estoques e emissão e liberação de ordens referentes 
Marketing e vendas
Gestão de estoque
Compras Fabricação Distribuição Clientes
Projeto do produto
Projeto do processo
Planejamento 
agregado
Planejamento 
estratégico
Plano mestre de 
produção
Plano detalhado 
de materiais e 
capacidade
Programa deta-
lhado de fabrica-
ção e montagem
Longo prazo
Médio prazo
Curto prazo
Curtíssimo 
prazo
Estratégias da empresa
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à produção e compras, sendo determinado também o sequenciamento das 
tarefas, controle e acompanhamento da produção.
Com a conexão dos vários níveis hierárquicos, é possível analisar o papel efe-
tivo do planejamento e controle da produção, aplicando e coordenando os 
recursos produtivos necessários, alinhando os planos estabelecidos nos ní-
veis estratégico, tático e operacional ao processo produtivo, de modo que 
sejam melhor atendidos.
3.1.2 AS FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO 
HIERÁRQUICO
Conforme Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018), planejar é compreender 
como as situações presentes e a visão do futuro influenciarão as tomadas de 
decisão na atualidade, a fim de que sejam atingidos determinados objeti-
vos. No geral, consideramos três horizontes de planejamento: curto, médio 
e longo prazo.
O curto prazo costuma ter um horizonte em horas, dias ou mesmo semanas; 
o médio, de semanas ou meses; e o longo de meses ou anos.
Geralmente, as decisões que estão relacionados a maiores recursos preci-
sam de maiores prazos, devido à elevação do nível de incerteza; já as deci-
sões que abrangem poucos recursos, normalmente, precisam de menores 
prazos e têm um nível de incerteza menor. Conforme Lobo (2010) hierarquia 
do processo de planejamento de produção define que para cada prazo esta-
belecido é necessário haver um nível distinto de agregação de dados, sendo 
assim sua principal função é:
Horizonte do planejamento é a consideração 
conjunta da situação presente vislumbrando o 
futuro, influenciando as decisões tomadas para 
atingir os objetivos, ou seja, é o tamanho do tempo 
futuro sobre o qual queremos ter uma visão 
(SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
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Planejamento estratégico
longo prazo, as organizações desenvolvem o plano agregado de 
produção com base na previsão de vendas agregadas, considerando a 
família de produtos.
Planejamento tático
médio prazo, as organizações desagregam informações presentes no 
plano agregado, desenvolvendo o plano mestre de produção, em que 
consideram os produtos que devem ser produzidos, período a período, 
até o fim do planejamento e seu horizonte.
Planejamento operacional
 curto prazo, as organizações executam a programação de produção, 
considerando os componentes e as atividades necessárias para a 
entrega do produto ao cliente.
O quadro a seguir mostra a hierarquia do processo de planejamento de pro-
dução relacionado ao horizonte de planejamento, plano formulado, nível de-
cisório, previsão de vendas e nível de agregação de dados.
HIERARQUIA DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Fonte: adaptado de Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro explicativo sobre a hierarquia do processo de planejamento. 
Na primeira coluna, à esquerda, são apresentados os prazos (curto, médio e longo). Na 
sequência estão descritos: o horizonte; o nível decisório; o plano; o nível de agregação e a 
previsão de vendas.
Prazo Horizonte Nível 
decisório Plano Nível de 
agregação
Previsão 
de vendas
CURTO
Semanas, 
dias e horas
Operacional Programação
Operações, 
componentes
Real ou 
detalhada
MÉDIO
Meses, 
semanas
Tático Plano mestre
Produtos 
finais
Detalhada
LONGO
Anos, 
meses
Estratégico
Plano 
agregado
Famílias de 
produtos
Agregado
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De nível a nível, os dados serão detalhados do curto ao longo prazo. Se ne-
cessário, podemos determinar um nível a mais para desagregação de dados, 
que denominamos como curtíssimo prazo, no qual separaremos os compo-
nentes das operações. Todos esses prazos dependerão da flexibilidade em 
manobrarmos, montarmos e operacionalizarmos o sistema de produção.
A figura a seguir mostra o processo de detalhamento de dados para cada ho-
rizonte de planejamento.
PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO E A HIERARQUIA
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: imagem que detalha os horizontes de tempos, fazendo relação com os 
dados e o planejamento, mostrando sua desagregação de atividades.
A fabricação de aviões é um exemplo de operação 
que terá prazos superiores aos processos que 
envolvem a extrusão e injeção de esquadrias de 
alumínio.
Longo prazo
Mês 1 Mês 2 Mês 3 . . . Mês 12
Famílias
Médio prazo 
sem 2sem 1 sem 3 sem 4 sem 5 sem 12. . .
Produtos
Curto prazo 
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 
Componentes
Curtíssimo prazo 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado 
Operações
DETALHAMENTO 
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Devemos entender a hierarquia do processo do planejamento para saber 
como serão tomadas as decisões de negócios. Para transformarmos insu-
mos em produtos, precisamos considerar o sistema produtivo em termos da 
inércia decisória envolvida, em que os planos são desenvolvidos e as ações 
executadas conforme os próprios planos para que os eventos planejados se 
tornem realidade.
Podemos visualizar a seguir a relação dos prazos, objetivos e atividades nas 
tomadas de decisões nas empresas conforme os horizontes do planejamento.
PRAZOS, OBJETIVOS E ATIVIDADES NAS TOMADAS DE DECISÕES
 
Fonte: adaptada de Lobo (2010) e Moreira (2012).
#pratodosverem: imagem demonstrativa sobre a relação dos prazos, atividades e objetivos 
que têm relação com o planejamento hierárquico.
Note que os horizontes do planejamento consideram os níveis hierárquicos.
Inércia decisória remete ao tempo dado entre a 
decisão até que ela se tome efetiva (LOBO, 2010).
Longo prazo Plano agregado 
(estratégico)
Previsão de vendas 
de LP
Previsão de vendas 
de MP e pedidos 
de carteira
Vendas
Planejamento da 
capacidade
Produção 
Previsão de capaci-
dade de produção
Plano mestre 
(tático)
Programação 
(operacional)
Médio prazo 
Curto prazo 
PRAZOS ATIVIDADES OBJETIVOS
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3.1.3 TIPOS DE PLANO DE PRODUÇÃO
Planejar a produção é uma das fases vitais para a gestão de um negócio, tor-
nando-se fundamental para o sucesso da empresa, evitando perda de tempo, 
desperdícios, antecipações desnecessárias ou respectivos atrasos. O planeja-
mento da produção fundamenta-se, principalmente, na previsão de vendas, 
baseando-se no que a empresa pretender colocar no mercado e sua capaci-
dade de produzir.
PREVISÃO DE VENDAS
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: ilustração de um gráfico mostrando uma previsão estimativa, com a mão 
de uma pessoa traçando com uma caneta o realizado.
Alinhado ao planejamento da produção, temosoutros diversos planejamen-
tos (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). Alguns deles são:
• planejamento e controle da produção;
• plano mestre da produção;
• planejamento da capacidade;
• planejamento da distribuição; e
• planejamento agregado.
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Neste tópico, abordaremos brevemente cada um desses tipos.
O planejamento e controle da produção (PCP) está relacionado às ativida-
des, conciliando as demandas do mercado ao processamento dos recursos 
da operação para entregá-las. Ele tem o papel de fornecer sistemas, decisões 
e procedimentos juntamente com os diversos aspectos da demanda e da ca-
deia de suprimentos.
O PCP consiste no processo de gerenciamento das atividades relacionadas 
à produção e recursos operacionais dentro das empresas, apropriando-se da 
função do planejamento, programação e controle, com base em dados, de-
senvolvendo o plano mestre de produção, expondo as diretrizes necessárias 
para o processo em geral.
Planejamento
consiste em preparar, organizar e estruturar atividades para um 
determinado fim.
Programação
relaciona-se a quando deverão ser feitas as atividade definidas no 
planejamento.
Controle
refere-se à ação de identificar se as atividades estão sendo realizadas 
conforme o que está no plano (MOREIRA, 2012).
O plano mestre de produção é elaborado juntamente com o plano agregado, 
por isso, são complementares. O plano mestre definirá o que, quando, quanto 
e onde será produzido determinado produto. Este é considerado um resumo 
da produção naquele determinado período, podendo ser em meses ou para 
mais de um ano.
Conforme Moreira (2012), o planejamento mestre da produção está incumbi-
do de desmembrar o que está presente nos planos produtivos estratégicos de 
longo prazo, especificado em planos de produtos, sendo eles bens ou serviços 
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para o médio prazo, direcionado para etapas que buscam a programação e 
execução das atividades operacionais da empresa, por exemplo, fabricação, 
montagem e compras.
ATIVIDADES OPERACIONAIS
 
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de uma fábrica em que um funcionário cuida da programação e 
controle, enquanto outro executa atividades operacionais.
O planejamento da capacidade deverá estar de acordo com a missão da em-
presa, assim como o seu posicionamento com o mercado, devendo ser refeito 
toda vez que se pretender alterar a sua atuação, seja ela uma alteração no 
escopo quanto a aplicação dos negócios ou até mesmo uma mudança de 
localização.
A capacidade é compreendida como o nível máximo de atividade de valor 
agregado num determinado período, em que os processos poderão ser rea-
lizados em condições normais de operação. Portanto, planejar a capacidade 
compreende determinar a capacidade efetiva do processo produtivo, de for-
ma que possamos responder a demanda.
Quanto ao planejamento da distribuição, Slack, Brandon-Jones e Johnston 
(2018) afirmam que há um alinhamento entre a cadeia de suprimentos e a 
estratégia empresarial como um todo.
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Por fim, o planejamento agregado de produção é considerado o elo entre o 
plano estratégico e as decisões que envolvem o dia a dia da produção, garan-
tindo, desta forma, melhor orientação dos esforços para o alcance do objetivo.
A seguir, veremos com mais detalhes sobre o planejamento agregado.
3.2 PLANEJAMENTO AGREGADO
É comum que quase todas as empresas produzam mais que um único pro-
duto, podendo até chegar a centenas deles, sendo razoável pensar que seja 
uma dificuldade estabelecer a demanda de cada produto precisamente. 
É bastante difícil para uma organização determinar uma metodologia que 
agrupe essas variedades de demandas, sendo comum que chegue a uma 
representação mais fiel à demanda geral da empresa – é o denominamos 
demanda agregada.
O objetivo do planejamento agregado é dar condições para que a empresa 
adeque seus recursos produtivos à demanda, isso num horizonte de médio 
prazo, ou seja, no intervalo entre cinco e 18 meses.
Conforme Moreira (2012), o planejamento agregado tem ocupado uma posi-
ção intermediária no processo de planejamento das operações, conectando 
o planejamento da capacidade ao plano mestre de produção, como mostra 
a figura:
O conceito apresentado pelos autores expõe 
que a estratégia é a busca por diferenciar-se da 
concorrência, mantendo-se competitivo, restando 
definir como a distribuição dos produtos será 
feita por meio dessa competitividade (SLACK; 
BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
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PLANEJAMENTO AGREGADO DA PRODUÇÃO
 
Fonte: adaptada de Lobo (2010), Moreira (2012) e Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: figura representativa sobre a estrutura do planejamento agregado da 
produção com aspectos internos e externos.
Com base na demanda agregada, podemos definir políticas de gestão da ca-
pacidade que sejam mais adequadas para as necessidades da empresa. Essas 
políticas irão definir como a operação irá impactar os recursos ou sua deman-
da, buscando uma maior otimização de seus resultados.
Aspectos externos
• Flutuação da economia
• Novas tecnologias
Gestão da capacidade
• Planejamento de recursos
• Gestão da demanda
Aspectos internos
• Planejamento estratégico
• Desenvolvimento de novos 
produtos
Previsão de 
demanda
Planejamento da 
capacidade
Planejamento das neces-
sidades de capacidade
Plano das 
necessidades 
de materiais
Planejamento de compras
Listas técnicas Níveis de estoque
Programa de fábrica
Controle e monitoramento
Planejamento 
agregado
Plano mestre da 
produção
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Segundo Moreira (2012), em uma operação existem alternativas para ajustar 
a capacidade. São elas: alternativas para influenciar a demanda e alternativas 
para influenciar a produção.
Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) definem três políticas que corrobo-
ram com essa classificação. Política de capacidade constante e a política de 
acompanhamento da demanda, que atuam na produção, e a política de ges-
tão da demanda, que influencia a demanda.
3.2.1 POLÍTICAS DA GESTÃO DE CAPACIDADE
Conforme Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018), é preciso adequar os ní-
veis de capacidade das empresas em relação às demandas com as políticas 
corporativas. Para isso, há três políticas voltadas para a gestão da capacidade: 
política da capacidade constante, política de acompanhamento da demanda 
e política de gestão da demanda.
A política da capacidade constate determina que as variações da demanda 
deverão ser desconsideradas e os níveis de capacidade deverão ser mantidos 
constantes. Entenda o exemplo a seguir:
POLÍTICA DA CAPACIDADE CONSTANTE APLICADA
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: imagem de dois gráficos mostrando a capacidade produtiva e a demanda 
prevista da manufatura e prestação de serviços.
Essa política é uma alternativa para as empresas que possuem grandes in-
vestimento de ativos, em que os custos relacionados a determinadas paradas 
sejam altos ou seu grau de risco operacional.
Capacidade produtiva
MANUFATURA SERVIÇOS
Ponto de Risco
Ultilização do Estoque
Demanda Estoque
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No exemplo, para a manufatura, devido à baixa demanda, se diminuirmos 
a produção,isso poderá causar, em alguns casos, danos técnicos aos seus 
equipamentos. Assim, a melhor decisão é manter operando. Por isso são 
formados os estoques, nos casos em que a capacidade produtiva é maior 
que a demanda, para uso posterior, quando a demanda for maior que a ca-
pacidade produtiva.
Quanto aos serviços, não é possível gerar estoque, devido à sua intangibi-
lidade. Se o produto não existe fisicamente, não pode ser estocado. Nessa 
situação, o nível da capacidade costuma ser superior à demanda e, portanto, 
a empresa não pode deixar de atender clientes por falta de capacidade.
No caso da figura apresentada, a demanda superou a capacidade previs-
ta, mostrando uma situação de risco, cabendo ao responsável pela gestão 
identificar o nível de risco e adotar ações para minimizar o efeito que poderá 
gerar na empresa.
A política de acompanhamento da demanda reflete as flutuações da deman-
da, conforme podemos observar no exemplo da figura a seguir.
POLÍTICA DE ACOMPANHAMENTO DA DEMANDA APLICADA
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: imagem de dois gráficos mostrando a capacidade produtiva e a demanda 
prevista da manufatura e prestação de serviços.
Conforme a figura, no caso da manufatura, há um elemento adicional de 
custo, a ociosidade do parque fabril de alto valor, que possui investimento 
intenso de capital. Desta forma, não podemos esquecer os custos do carre-
gamento de estoque, o que mostra que esta opção é o resultado da defini-
ção de ponto ótimo.
Capacidade produtiva
MANUFATURA SERVIÇOS
Capital intensivo tem 
uso ocasional
Demanda
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Já para as operações de serviços, ajustamos as capacidades configurando, 
por muitas vezes, um exercício de criatividade. No caso da figura, se reduzir-
mos a capacidade, significará que estaremos indisponibilizando mão de obra, 
o que não quer dizer, necessariamente, demitir funcionários.
Por fim a política de gestão da demanda - ao contrário da política de capa-
cidade constante e a política de acompanhamento da demanda, que agem 
com foco dentro da organização - busca agir de fora da empresa, procurando 
convencer o consumidor a consumir.
O objetivo da política de gestão da demanda é procurar manter relativamen-
te o nível de demanda estável, a fim de que sejam reduzidos os custos e, oca-
sionalmente, criar alternativas novas para gerar riqueza. Slack, Brandon-Jones 
e Johnston (2018) definem três caminhos para alcançar esse objetivo:
Propaganda
consiste em ações com forte apelo para geração da demanda - busca-
se convencer o consumidor, por meio das vantagens do negócio, 
mostradas em propagandas, para que ele compre, muitas vezes, sem 
ter necessidade.
Preço
aqui, em momentos de baixo consumo, tenta-se atrair clientes por 
meio de ofertas e preços menores. Essas ações são bastante comuns 
do varejo – as liquidações, numa tentativa de convencer o cliente a 
comprar algo que não consumiria naquele momento. Exemplo: as 
tarifas telefônicas reduzidas em horário tardio (madrugada).
Produtos e serviços alternativos
são consideradas ações mais elaboradas em comparação a vender 
barato e propaganda, quando estas não surtem efeito. Nesse caminho, 
os produtos com pouca expressão ou que não são o principal negócio 
da operação assumirão um espaço significativo quando houver baixa 
demanda. Um exemplos são os hotéis que locam seus espaços para 
eventos na baixa temporada.
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Moreira (2012) inclui mais um caminho que é reserva ou demora na liberação 
dos produtos e serviços, que compreende recursos tipicamente usados para 
mover a demanda. Um exemplo são os produtores rurais, que retêm estoques 
para o mercado, liberando-os nos momentos de melhor oferta, buscando o 
melhor preço.
3.2.2 DESENVOLVIMENTO E 
ESTABELECIMENTO DO PLANO AGREGADO
O planejamento agregado tem por objetivo ajustar a produção conforme a 
demanda prevista, a fim de atender a previsão. Isso consiste em verificar o que 
é preciso para satisfazer uma demanda com um custo aceitável. A empresa 
pode fazer esse ajuste de diversas formas, adotando uma das várias estraté-
gias existentes e escolhendo a que mais se enquadrará às suas necessidades.
CUSTO DE PRODUÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de uma pessoa relacionando estimativa de custo x eficiência e 
qualidade.
Conforme Lobo (2010), existem três estratégias principais. A primeira é nive-
lar a produção e as estimativas, juntamente com o estoque, quando temos 
estimativas menores que a produção, o que excede destinamos ao estoque. 
A segunda estratégia é nivelar a produção com as estimativas, admitindo e 
demitindo funcionários para igualarmos produção e estimativa, nesse caso, 
devemos pensar bem na estratégia e considerar o planejamento, tanto no 
mínimo quanto no médio prazo. A terceira é nivelar a produção às estimati-
vas, por meio de horas extras na produção.
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Para entender melhor, imagine uma empresa que fabrica mesas. A previsão 
de demanda para o ano está representada na tabela a seguir.
PREVISÃO DE DEMANDA DE FÁBRICA DE MESAS
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: tabela explicativa sobre a previsão de demanda de uma fábrica de meses. 
Na linha superior estão descritos os meses, e abaixo a quantidade.
Assim o total de mesas para o ano será de 255.000 unidades. Considerando 
que a empresa possua 23 funcionários e que cada um produz 1.000 peças por 
mês, a um regime de trabalho de 44 horas por semana, a sua capacidade pro-
dutiva é de 21.250 peças/mês. Se a empresa contratar novos funcionários, a ca-
pacidade produtiva irá aumentar e, caso haja demissões, a capacidade cairá.
Calculamos a estimativa média para o ano:
ESTIMATIVA DA DEMANDA VERSUS PRODUÇÃO
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: imagem de gráfico com a estimativa da demanda e a programação do 
volume de produção.
A figura expõe que a estimativa da demanda oscila o ano todo. O ideal seria 
que a produção nivelasse suas operações e sua capacidade considerando-a, a 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Qtd. 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 24.000 17.000 21.000 24.000 23.000
22000 18000 20000 18000 23000 22000 23 2000 24000 17000 21000 24000 23000 1.250 /
12
peças mêsχ
 + + + + + + + + + + +


== 

30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
22000
21250 21250
20000
21250
18000
21250
18000
21250
17000
23000
21250
23000
21250
23000
21250
24000
21250
24000
21250
22000
21250
21250
21250
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fim de trabalhar com zero estoque e custos adicionais. Porém, é praticamen-
te impossível conseguir alcançar esse parâmetro. O que se aplica é tender 
o estoque a zero, procurando mantê-lo mínimo. Além de responder alguns 
questionamentos:
• Como podemos gerenciar a produção da empresa de mesas?
• Se aumentarmos o quadro de funcionários, o que acontece?
• Serão feitas horas extras?
• Devemos manter um estoque de produtos acabados?
• Qual a solução ótima?
Para que possamos responder esses questionamentos, antes devemos deter-
minar alguns dados:
• Custo médio de estocagem de cada produto por mês: R$ 2,00.
• Custo médio total de produção normal por unidade: R$ 5,50.
• Custo médio total de hora extra na produção por unidade: R$ 11,00.
• Custo médio de contratação de um funcionário: R$ 1.300,00.
• Custo médio de demissão de um funcionário: R$ 4.000,00.
Adotando esses custosque a empresa pratica para sua produção, podere-
mos definir qual estratégia adotar. A primeira estratégia é manter a mão de 
obra e fazer o controle das variações da produção, adotando um estoque de 
produtos acabados.
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APLICAÇÃO DA PRIMEIRA ESTRATÉGIA
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: tabela explicativa sobre a aplicação da segunda estratégia.
Como podemos verificar, o nivelamento das oscilações da produção com o 
estoque na primeira estratégia, requer que calculemos o custo para manter 
o estoque, utilizando os valores de estoque final e o custo médio de estoque 
(R$ 2,00).
Aqui, percebemos a razão pela qual as empresas tratam o estoque como vilão 
e consideram como se o dinheiro ficasse parado, ajudando na hora de nivelar-
mos a produção e a estimativa.
A segunda estratégia é mantermos os estoques zerados e fazer o controle das 
variações da produção com contratações e demissões de funcionários.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mão de 
obra atual 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Admissão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Demissão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total mão 
de obra 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Previsão 
de vendas 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 24.000 17.000 21.000 24.000 23.000
Estoque 
inicial 0 -750 2.500 3.750 7000 5.250 4.500 2.750 0 4.250 4.500 1.750
Produção 
média 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250 21.250
Horas 
extras 
(unidade)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Estoque 
final -750 2.500 3.700 7.000 5.200 4.500 2.700 0 4.200 4.500 1.700 0
( 750 2500 3700 700 5200 4500 2700 0 4200 4500 1700) 2,00 70.500CE = − + + + + + + + + + + × =
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MULTIVIX EAD
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APLICAÇÃO DA SEGUNDA ESTRATÉGIA
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: tabela explicativa sobre a aplicação da segunda estratégia.
Nessa estratégia, consideramos a possibilidade de contratar e demitir mão 
de obra sempre que for necessário para a empresa. Assim, temos que calcu-
lar os custos segundo essas contratações e demissões:
Demissões: 16 × 4.000 = R$ 64.000,00
Admissões: 16 × 1.300 = R$ 20.800,00
Custos totais: 64.000 + 20.800 = R$ 84.800,00
Apesar de simples, essa estratégia deve ser bem pensada, já que precisa-
mos considerar o tempo de contratação e treinamento dos funcionários 
contratados.
Por fim, a terceira estratégia consiste em manter o estoque e a mão de obra, 
controlando somente as variações das horas extras.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mão de 
obra atual 23 22 18 20 18 23 22 23 24 17 21 24
Admissão 0 0 2 0 5 0 1 1 0 4 3 0
Demissão 1 4 0 2 0 1 0 0 7 0 0 1
Total mão 
de obra 22 18 20 18 23 22 23 24 17 21 24 23
Previsão 
de vendas 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 24.000 17.000 21.000 24.000 23.000
Estoque 
inicial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção 
média 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 24.000 17.000 21.000 24.000 21.250
Horas 
extras 
(unidade)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Estoque 
final 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
APLICAÇÃO DA TERCEIRA ESTRATÉGIA
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: tabela explicativa sobre a aplicação da terceira estratégia.
Nessa estratégia, fazemos o nivelamento da produção acrescentando horas 
extras de trabalho e, assim, evitamos gastos com manutenção de estoque e 
custos relacionados à admissão e demissão de funcionários.
Os custos com horas extras serão:
Com os resultados obtidos, podemos concluir que, nesse caso, a terceira op-
ção é a mais indicada, pois com ela a empresa de mesas terá o menor custo. 
Porém, não foram considerados nesse exemplo os custos trabalhistas e o 
tempo necessário para o treinamento de um novo funcionário. Também é 
preciso incluir férias, absenteísmo e se a empresa terá lucro frente a esses 
gastos extras.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mão de 
obra atual 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Admissão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Demissão 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total mão 
de obra 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Previsão 
de vendas 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 24.000 17.000 21.000 24.000 23.000
Estoque 
inicial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção 
média 22.000 18.000 20.000 18.000 23.000 22.000 23.000 23.000 17.000 21.000 23.000 23.000
Horas 
extras 
(unidade)
0 0 0 0 0 0 0 1.000 0 0 1.000 0
Estoque 
final 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
( ):2.000 11,00 5,50 $11.000Horas extras R× − =
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Essas estratégias apresentadas fazem parte do plano agregado. Um processo 
complexo e trabalhoso, pois, geralmente, são necessárias diversas estratégias 
juntas, além de considerar mudanças no layout ou ampliar a produção.
3.2.3 DECISÕES SOBRE O CUSTO
Em geral, muitos métodos de planejamento agregado consideram a deman-
da fixa, mesmo que tenham que realizar revisões periódicas para atualizar 
suas previsões. Outro entendimento está relacionado ao fato de a deman-
da não ser usada como sendo controle da empresa, podendo, no máximo, 
influenciá-la. Visto isso, as decisões ficam voltadas para políticas que afetarão 
a produção, esta sim controlada pelos gestores.
DECISÃO SOBRE O CUSTO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de um saco de dinheiro (custo) e um martelo de juiz (decisão).
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
É importante destacar que as opções relacionadas às ações terão como base 
o custo gerado por elas, procurando obter-se o menor custo possível. Desta 
forma, segundo Moreira (2012), os principais custos que devem ser observa-
dos no processo de decisão são:
• Contratação de pessoal: custos relativos às atividades de recrutamento, 
seleção e treinamento de pessoal. Quanto maior a responsabilidade do cargo 
a ser preenchido, mais elevado será o custo. A análise desse custo é expressa 
em R$/ por funcionário contratado.
• Demissão de pessoal: custos relacionados ao pagamento de obrigações 
legais que incidem sobre as demissões, como aviso prévio, indenizações, 
férias, 13º salário e outras. Existem ainda, custos não mensuráveis como abalos 
na moral e motivação dos funcionários que permanecem, dificuldade em 
contratar etc. Expressamos esse custo em R$/funcionário demitido.
• Horas extras: custos referentes a acréscimos legais no valor da hora, quando 
se excede a carga de trabalho normal. É importante considerar também que 
a produtividade nesse período é menor, em função do desgaste emocional e 
físico dos profissionais. Expressamos esse custo em R$/hora.
• Custo de deixar estoques: aqui incluímos os custos do capital próprio 
empatado tanto com os estoques quanto com os custos associados à 
conservação dos produtos estocados. Fazemos essa análise medindo R$/ 
(unidade x mês).
• Subcontratações: custos relacionados à contratação de outra empresa para 
produzir os componentes ou produtos completos. Denominamos também 
como terceirização ou outsourcing. Esse custo medimos em R$/unidade 
subcontratada.
• Retardamento de entregas: compreende a desistência de clientes e perdas 
por iniciativas destes, refletindo em perda de vendas. Por mais que tenhamos 
conhecimento de sua existência, medir esse custo se torna altamente 
complexo.
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CONCLUSÃO
Nesta unidade você conheceu umpouco mais sobre os conceitos de plane-
jamento, seu papel e seus tipos para a gestão dos sistemas produtivos.
O planejamento tem sido uma parte fundamental para as empresas, estan-
do presente desde a sua concepção até a atualidade, por meio das ativida-
des do seu dia a dia. Nas empresas, os planejamentos são realizados a longo, 
médio e curto prazo, caracterizados pelos planejamentos estratégicos, táti-
cos e operacionais.
É importante que todos os níveis hierárquicos do planejamento estejam em 
perfeito sincronismos, a fim de que se tenha maior eficiência, sendo que to-
dos os objetivos devem ser entendidos e compartilhados por toda a empresa.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre este tema leia os artigos a 
seguir:
• O que é outsourcing?
• Análise da gestão da cadeia de suprimentos na 
indústria de computadores. 
• Gestão estratégica da manufatura em uma 
empresa de autopeças.
• Evolução da administração da produção no 
Brasil. 
• Sistemas de programação da produção com 
capacidade finita: uma decisão estratégica?
https://www.youtube.com/watch?v=M3WFoFQ6g3w
https://www.scielo.br/j/gp/a/CqwP5d755hCGT7G5gm7RXSh/?format=pdf&lang=pt
http://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/docs/23062015_161755_marceloluizfavarin_ok.pdf
https://www.scielo.br/j/rae/a/zG3DFBskXtMQsBBCR3hDb4C/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rae/a/StwmfXyMHjrC6jwnJn7qFcv/?lang=pt
UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
81
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
> Demonstrar as formas de se 
medir e analisar a capacidade 
produtiva.
> Analisar a capacidade 
produtiva para tomada de 
decisões.
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4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA 
CAPACIDADE PRODUTIVA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Nesta unidade, demonstraremos as formas de medir e analisar a capacidade pro-
dutiva, assim como de analisar a capacidade produtiva para a tomada de decisões.
Para uma melhor compreensão do que é o planejamento, precisamos ter um 
maior entendimento da sua relação com a inércia natural e o quanto distante a 
situação está, pois isso determinará a incerteza nas decisões.
Inércia: falta de reação, iniciativa, estagnação, 
imobilismo. Para as áreas de gestão, relaciona-
se à demora para que a tomada de decisão 
repercuta qualquer efeito.
Planejar consiste numa metodologia que interage com os objetivos futuros 
e os fatos presentes nas empresas para melhor tomada de decisão possível 
(BATALHA, 2019). São essas decisões que definirão um maior acerto possível 
dos resultados esperados.As atividades de planejamento e controle da produ-
ção compreendem um conjunto de decisões com o propósito de definir o que, 
quanto e quando serão produzidos, adquiridos e entregues os bens (produ-
tos e serviços), além de quem, onde e como serão produzidos. Segundo Sla-
ck, Brandon-Jones e Johnston (2018), o planejamento e controle da produção 
concentra-se em duas categorias de atividade, conforme o próprio nome diz, o 
planejamento e o controle.
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de um homem em uma sala de reunião planejando.
Planejamento: 
Compreende a formalização do que se espera que aconteça em 
determinado momento futuro. Trata-se de uma declaração de 
intenção, desenvolvida com base em expectativas.
Controle: 
Processo de lidar com as variações, podendo retomar a direção que foi 
traçada, caso necessário.
Assim, as principais atividade do planejamento e controle da produção são:
• planejamento agregado da produção;
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4 PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
• análise de capacidade de longo prazo;
• plano mestre de produção;
• análise de capacidade de médio prazo;
• programação e controle da produção;
• análise de capacidade de curto prazo;
• controles de estoques; e
• programação de operações.
Diante disso, planejar a capacidade produtiva torna-se fundamental, devendo 
ser desenvolvida em paralelo com as atividades do planejamento e controle 
da produção na estrutura hierárquica (BATALHA, 2019). 
4.1 MEDIÇÕES DA CAPACIDADE PRODUTIVA
Determinar um ponto de equilíbrio onde devemos analisar as competências 
empresariais, as condições estruturais que envolvem equipamento, instala-
ções e mão de obra, no contexto em que se encontra a operação, é uma tarefa 
importantíssima para o meio produtivo.
Antes, contudo, é necessário definirmos o que é capacidade. Para Moreira 
(2012), a capacidade está ligada intimamente ao tempo. Isso quer dizer que 
se não determinarmos uma unidade de tempo, não conseguiremos extrair 
informações relevantes sobre a capacidade.
Capacidade: 
Compreende a quantidade máxima de produtos que podem ser produzidos 
em uma unidade produtiva em determinado intervalo de tempo.
Unidade produtiva: 
Local onde se gera valor, podendo ser um departamento, fábrica, posto 
de atendimento, armazém, máquina ou posto de trabalho.
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Já Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018), determinam como volume a quan-
tidade máxima exercida numa operação. Por exemplo, em uma padaria, pode-
mos afirmar haver condições de produzir e entregar um volume de 10 mil pães.
É nesse momento que observamos a necessidade de uma unidade de tem-
po, pois devemos definir quantos pães a padaria consegue entregar. Assim, 
consideramos a máxima quantidade de trabalho realizado e uma determina-
da unidade de tempo, definindo assim, a capacidade.
A capacidade produtiva pode ser analisada como um comparativo entre os 
resultados efetivos e as expectativas que se tem do que deveria ou poderia ser 
obtido. Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) classificam a capacidade em 
projetada, efetiva e real.
Capacidade projetada é a maior capacidade possível que uma organização 
pode produzir com todos os seus recursos disponíveis, todo o tempo de pro-
dução, sem qualquer restrição.
A capacidade efetiva é parte da capacidade projetada, podendo ser mate-
maticamente determinada pela divisão da capacidade prevista com a real, 
resultando em um indicador percentual. Esse tipo de capacidade retrata o 
que a organização está esperando produzir, levando em conta o seu mix de 
produtos, manutenção, métodos de programa da produção e qualidade.
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4 PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
MIX DE PRODUTOS
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de uma mesa com diversos tipos de produtos comestíveis.
Já a capacidade real, também conhecida como produção real, é a quantidade 
que a produção realmente pode entregar.
É com base na capacidade efetiva que fazemos 
toda a programação da produção e que os 
gestores irão buscar soluções para problemas 
que geram tempo evitáveis.
Levando em conta que a capacidade indicará quantidade, é importante iden-
tificar formas de determinar essas quantidades, pois, sem essa informação, 
torna-se impossível a empresa reagir e tomar futuras decisões, sendo essa a 
principal função da medição.
Portanto, medir a capacidade poderá mostrar como a empresa está cami-
nhando no mercado e proporcionar subsídios para planejar futuras ações, o 
que torna a medição essencial. Para Moreira (2012), podemos adotar duas for-
mas de medir a capacidade de uma determinada operação, pela produção 
ou insumos. 
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4.1.1 MEDIÇÃO POR MEIO DA PRODUÇÃO
Considerando o exemplo da padaria e adotando que ela produz 10 mil pães/ 
dia, se produzisse apenas pães com o regime de trabalho de oito horas/ dia, 
poderemos chegar a uma medição de capacidade de 1.250 pães por hora.
Porém, sabemos que raramente uma empresa produzirá somente um único 
produto. Desta forma, se além dos pães, produzir bolos, deveremos analisar a ca-
pacidade, separadamente, dos dois produtos, uma vez que têm características 
e processos produtivos distintos. Ela pode produzir, diariamente, por exemplo, 
sete mil pães e 20 bolos ou cinco mil pães e 30 bolos. Portanto, se mudarmos 
a composição do mix de produção, inevitavelmente alteramos a capacidade.
O mix de produção permite definir a melhor 
forma de combinar os produtos e a quantidade 
produzida. Se mudarmos o mix de produção, 
mudaremos também a capacidade produtiva da 
organização (MOREIRA, 2012).
Para melhor entendermos, vamos supor que uma fábrica de geladeiras 
produz três modelos, com variados tempos de processo e que possui uma 
disponibilidade de 800 horas semanais no processo de montagem. Confor-
me a tabela a seguir, podemos notar que as variações com base nas deman-
das afetam a capacidade da operação
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Variação do mix de produto na capacidade
Modelo Tempo de processo 
(horas) Mix 1 Mix 2
Luxo 1,5 2 1
Padrão 1 3 2
Econômico 0,75 2 4
Demanda Diária 7 7
Horas de processo 7,5 6,5
Horas diárias por montador 8 8
Modelo Tempo de processo 
(horas) Mix 1 Mix 2
Quantidade de montadores 15 15
Horas semanais disponíveis 800 800
Capacidade semanal 746,7 861,5
Fonte: adaptado de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: tabela sobre a variação do mix de produto na capacidade.
.Para definir as horas de processo, tomamos o resultado das somas das mul-
tiplicações dos tempos de processos em horas e a quantidade de cada mix.
Mix 1
Mix 2
Já para determinarmos a capacidade semanal, basta dividirmos a disponi-
bilidade total de horas semanais pelas horas de processo e multiplicar pela 
demanda diária de cada mix.
Mix 1
Mix 2
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Conforme o exemplo exposto, por mais que tenhamos o mesmo quadro de pes-
soal e a mesma quantidade de horas diárias, a capacidade aumentou. Isso ocorre 
porque a variação do mix gera impacto nos produtos que serão processados.
Observamos que o Mix 2 produz o maior número de unidade do produto, con-
sumindo menos tempo dos colaboradores e produzindo uma maior quanti-
dade.
4.1.2 MEDIÇÃO POR MEIO DO INSUMO
Medir a capacidade por meio do produto torna-se mais difícil quando a empre-
sa não produz produtos, mas presta serviços. Por exemplo, imagine um hospi-
tal. A variedade e complexidade dos produtos é enorme, além da customização 
de seus serviços, pois cada paciente tem características e necessidades diferen-
tes, fazer a medição deste tipo de serviço isolando os produtos será inviável.
Segundo Moreira (2012), nesse cenário, o melhor é realizar a medição com 
base nos insumos usados para a prestação de serviços. No caso de um hospi-
tal, a melhor forma seria, por exemplo, considerar os leitos disponíveis.
SERVIÇOS HOSPITALARES
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
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4 PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
#pratodosverem: imagem de um corredor hospitalar com uma pessoa na maca e três 
funcionários.
O quadro a seguir mostra algumas medidas de capacidade que podem ser ado-
tadas, conforme forem utilizadas medidas de produção ou medidas de insumos.
Usando medidas de Produção
Variação do mix de produto na capacidade
Ramo de atividade Medida de Capacidade
Refinaria de petróleo Litros de gasolina/dia
Siderurgia Toneladas de aço/mês
Companhia de papel Toneladas de papel/semana
Montadora de automóveis Quantidade de carros/mês
Companhia de eletricidade Megawatts/hora
Fazenda Toneladas de grãos/ano
Usando medidas de Insumos
Ramo de atividade Medida de Capacidade
Restaurante Quantidade de refeições/dia
Companhia aérea Quantidade de assentos/voo
Hotel Quantidade de quartos ou hóspedes
Teatro/cinema Quantidade de assentos
Hospital Quantidade de leitos
Escola Quantidade de vagas
Fonte: adaptado de Moreira (2012).
#pratodosverem: tabela com exemplos de medidas de capacidade.
Utilizando ainda nosso exemplo, observa-se que a unidade de medida, leitos 
disponíveis, não mostra referência a tempo. Isso porque existe uma grande va-
riabilidade de tempo de pouca importância nesse tipo de prestação de serviço. 
Destaca-se que, na empresa, se algo não é importante e necessário, então 
não deve ser feito, já que representa um desperdício de recurso. 
4.1.3 INDICADORES DA CAPACIDADE PRODUTIVA
Conforme a tipologia da capacidade que está sendo analisada, alguns indica-
dores podem ser calculados, servindo de subsídios para as tomadas de decisão.
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Indicadores de capacidade são métricas 
para fazer a medição da proporção entre a 
quantidade e o tempo necessário para produzir 
um determinado produto (SLACK; BRANDON-
JONES; JOHNSTON, 2018).
Vejamos o exemplo a seguir.
Um fabricante de linhas possui uma linha de produção contendo dez máqui-
nas, com uma projeção de 40 metros por minutos, 24 horas por dia, sete dias 
por semana. Assim, podemos determinar a capacidade semanal projetada, da 
seguinte forma:
O quadro a seguir mostra os tempos perdidos no período de uma semana.
Variação do mix de produto na capacidade
Mudança de produtos 15h
Tempos inevitáveis (53h)
Manutenção preventiva 20h
Nenhum trabalho programado 9h
Amostragem de controle de qualidade 5h
Troca de turno 4h
Manutenção corretiva 12h
Tempos evitáveis (47h)
Apuração de falhas de qualidade 16h
Falta de materiais no processo 10h
Falta de pessoal 5h
Espera por abastecimento de máquinas 4h
Fonte: adaptado de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: quadro mostrando exemplos de registros sobre tempos perdidos de 
produção.
Considerando a premissa de que as paradas descritas no quadro se referem a 
uma única máquina e que não ocorrem simultaneamente, podemos, assim, 
definir as perdas da produção. É importante ter o entendimento de que isso 
poderá mudar de uma empresa para outra, dependendo das características 
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do parque fabril e do produto em questão.
Veremos a seguir o quanto a empresa deixou de produzir com as paradas inevitáveis.
Mas também tivemos 47 horas desperdiçadas com as paradas evitáveis.
Portanto, a produção real da semana foi de 3.792.000 metros de linha. Dessa 
forma, poderemos calcular os dois indicadores que são importantes para a 
empresa, compreendendo utilização e eficiência.
A utilização relaciona a produção real com a capacidade projetada, as restri-
ções de capacidade juntamente com a variação da demanda, que indicará 
aos gestores o nível de aproveitamento dos recursos disponibilizados, sendo 
altamente relevante para os investidores da empresa.
A utilização é a medição da relação entre as horas 
realmente utilizadas na produção e as horas 
disponíveis. Em outras palavras, é a relação entre 
a produção real e a capacidade de projeto. Para 
saber mais, acesse o link.
A eficiência relaciona a capacidade real com a efetiva, indicando aos gestores 
a capacidade da operação atender o que foi solicitado, mostrando a efetivida-
de para atender as necessidades da empresa, sendo o mais importantepara 
os gerentes de produção.
http://www.gestaoproducaocomalexandro.com/disponibilidade-e-utilizacao/
93
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A seguir será exposto, sinteticamente, a relação entre as variáveis relacionadas.
RELAÇÃO UTILIZAÇÃO E EFICIÊNCIA
Fonte: adaptada de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: esquema sobre o método de cálculo da capacidade projetada, efetiva e real.
Conforme ilustrado acima, a relação da utilização e eficiência, o papel do ges-
tor sobre as perdas inevitáveis torna-se fundamental e limitada, porém, con-
trolar as perdas evitáveis poderá fazer toda a diferença para o meio produtivo 
e evidenciar as habilidades do gestor.
4.2 ABORDAGEM SISTEMÁTICA RELACIONADA ÀS 
DECISÕES DA CAPACIDADE PRODUTIVA
Definimos sistematizar como o ato de organizar de forma lógica e otimiza-
da, com vistas a maximizar os resultados obtidos continuadamente. Em ou-
tras palavras, significa desenvolver uma lógica de aperfeiçoamento das coisas 
94
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com o tempo, reproduzindo um processo de forma melhorada.
A reprodutibilidade é a possibilidade da empresa 
reproduzir um processo de forma indefinida 
e com o mesmo padrão de resultado (SLACK; 
BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018).
Como já vimos, cada situação da empresa pode ser afetada por diversos ele-
mentos. Conforme Batalha (2019), podemos tomar decisões melhores seguin-
do quatro passos sobre a capacidade, são estes:
1. Determinar as necessidades de capacidade futura.
2. Identificar faltas, comparando a capacidade disponível e as necessida-
des.
3. Desenvolver planos alternativos com o propósito de eliminar faltas.
4. Avaliar todas as alternativas, de forma qualitativa e quantitativa, e fazen-
do uma escolha final.
Quando iniciamos este processo, a administração da empresa deverá ter de-
terminada a sua capacidade existente.
4.2.1 ESTIMAR AS NECESSIDADES DE 
CAPACIDADE
Estimar as necessidades futuras de capacidade tem como base as previsões 
da demanda. Uma vez determinada a demanda, podemos definir a necessi-
dade de máquinas para supri-la, sendo importante que a determinemos em 
uma linguagem clara e útil para os tomadores de decisão de produção.
A previsão da demanda compreende uma 
estimativa de mercado que busca antecipar o 
que ocorrerá no futuro sobre as vendas de uma 
empresa (GONÇALVES, 2020).
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Assim, se expressarmos a capacidade em quantidade de máquinas disponí-
veis para um determinado produto que deve ser produzido, calcularemos da 
seguinte forma:
Sendo:
• D – número de unidade previstas por ano;
• p – tempo de processamento, ou seja, horas por cliente ou unidade;
• N – número total de horas por ano; e
• C – reserva da capacidade desejada.
Se a empresa produzir múltiplos produtos, devemos acrescentar um adicio-
nal de tempo, conhecido também como tempo de preparação, que compre-
ende o período que a operação necessita para adequar máquinas e pessoal 
de um produto para outro, considerando cargas, descargas, entre outros fato-
res. Conforme podemos ver a seguir.
Sendo:
• Q – quantidade de unidades para cada lote;
• s – tempo de preparação por lote (horas);
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• D – quantidade de unidades previstas por ano (clientes);
• N – total de horas por ano durante todo o processo; e
• C – reserva da capacidade desejada.
Para um melhor entendimento, vamos adotar o exemplo a seguir.
Uma determinada empresa produz relatórios encadernados para dois clien-
tes, fazendo múltiplas cópias para cada relatório. O tempo de processamento 
compreende as atividades de reproduzir, encadernar as cópias, sendo depen-
dente do número de páginas etc. As três máquinas copiadoras têm seu fun-
cionamento por 260 dias no ano, com o turno de oito horas diárias. Os gesto-
res acreditam que uma reserva de capacidade de 20% é a melhor margem, 
além da quantidade incluída no tempo padrão. Com os dados presentes no 
quadro a seguir, vamos determinar quantas máquinas são necessárias.
Dados sobre a produção para exemplo
Item Cliente Z Cliente X
Demanda anual prevista em número de cópias 3000 5000
Tempo de preparação (hora/cópia) 0,6 0,9
Tamanho do lote médio, cópias por relatório 23 29
Tempo de preparação em horas 0,30 0,45
Fonte: elaborado pelo autor (2022).
#pratodosverem: quadro apresentando dados sobre a produção.
Se arredondarmos o resultado, verificamos que há necessidade de quatro 
máquinas.
Podemos analisar que a capacidade da empresa está sofrendo pressão e que 
ela não possui uma reserva de 20%, como se esperava. Para que o atendimen-
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to aos clientes não seja prejudicado é necessário que os gestores decidam 
usar horas extras como uma solução de curto prazo, para que os pedidos não 
sofram mais atrasos. Se a demanda permanecer a mesma, será necessária a 
aquisição de outra máquina.
4.2.2 IDENTIFICAÇÃO DAS FALTAS DE 
CAPACIDADE
A falta de capacidade compreende a diferença entre capacidade atual da pro-
dução e demanda projetada, ou seja, algum cliente poderá deixar de ser aten-
dido. Por isso, é de suma importância que essas diferenças sejam estudadas 
para a descoberta de suas causas e que sejam resolvidas o mais rápido possível.
Dependendo da situação, a falta de capacidade pode ser o resultado de uma 
restrição no processo produtivo, o que simplifica os ajustes. Quando se tem 
grandes diferenças, as soluções tendem a ser mais complexas, por esta razão 
a necessidade de identificar as divergências de capacidade.
Identificadas as faltas de capacidade, algumas tomadas de decisões devem 
ser feitas e ações devem ser desenvolvidas. Moreira (2012) e Batalha (2019) 
destacam alguns elementos, conforme a seguir:
• esperar para ver;
• não fazer nada, não atendendo os pedidos e perder clientes;
• expandir em local diferente;
• expandir no mesmo local; e
• adotar paliativos de curto prazo como trabalhadores temporários, horas 
extras e subcontratação.
O que levará a uma decisão acertada será a capacidade de percepção e análise 
dos dados pelo gestor, não havendo uma forma certa de fazer isso. O que in-
fluenciará será a qualidade das informações para reduzir a possibilidade de erros.
O gestor, para tomar sua decisão, deve considerar aspectos qualitativos, da-
dos que se referem a aspectos não mensuráveis e subjetivos; e quantitativos, 
dados mensuráveis e objetivos.
Destaca-se que quando o gestor analisa qualitativamente, considera a ade-
rência de cada alternativa contida no plano estratégico da empresa, possíveis 
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reações da concorrência, incertezas da demanda, tendências tecnológicas, 
entre outros aspectos. Contudo, deve-se compreender que existem fatores 
que nem sempre poderão ser mensurados, logo, serão avaliados conforme a 
experiência e julgamento dos gestores. Por outro lado, há os que podem ser 
mensurados e submetidos à análise em diferentes perspectivas e cenários, 
em que novamente as habilidades de gestão serão colocadas à prova.
GESTORES EM PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de dois homens e uma mulher analisando dados para decidir.
Quando a forma de análise é quantitativa, o foco é analisar variações do fluxo 
de caixa. Cada uma das alternativas será analisada, sendo que as decisõesre-
cairão sobre a que proporcionará o melhor fluxo de caixa.
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4.2.3 DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DAS 
ALTERNATIVAS
O planejamento da capacidade tem como principal objetivo calcular a carga 
de cada centro de trabalho para um período no futuro, buscando prever se 
os recursos empregados na produção serão capazes de cumprir o que está 
presente no plano de produção e, assim, suprir a demanda prevista.
Destaca-se que adotar um método de planejar a capacidade produtiva de 
uma empresa pode ser uma tarefa complexa que envolve conhecer seus ti-
pos: instalada; disponível; efetiva; e realizada.
Capacidade instalada 
Refere-se à capacidade máxima que uma determinada unidade fabril 
consegue produzir se trabalhar de forma ininterrupta e sem qualquer 
tipo de perda.
Capacidade disponível (ou projeto) 
Trata-se da quantidade máxima que uma unidade produz durante a 
jornada de trabalho.
Capacidade efetiva 
É representada pela capacidade disponível menos as perdas desta 
capacidade. Esse tipo de capacidade não pode adotar a capacidade 
disponível - é o mesmo que programarmos a carga de uma 
determinada máquina por um tempo disponível ou superior.
Capacidade realizada 
É obtida com a subtração das perdas não planejadas da capacidade 
efetiva, assim, é a capacidade que se obtém em um determinado período.
100
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Conforme Batalha (2019), nas avaliações realizadas nas empresas, procura-se 
identificar e analisar as principais perdas, o que se configura numa ferramen-
ta importantíssima no meio produtivo, a fim de otimizar sistematicamente 
seu rendimento.
ANÁLISE DAS PERDAS
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: ilustração de gráficos com indicadores de perda subindo e descendo.
As principais perdas conhecidas são:
• perdas de setup e ajustes;
• perdas no startup;
• quebra de equipamentos;
• perdas por utilização;
• perdas por redução da velocidade;
• defeitos de qualidade no processo; e
• paradas nas operações em vazio e pequenas paradas.
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As perdas de setup e ajustes compreendem as perdas decorrentes da parada de 
equipamentos para prepará-los para produzir uma peça diferente, alterando-os 
para atender especificações do produto. Esses tempos têm que ser registrados, as-
sim como as ações para minimizar as perdas serão de acordo com o tipo e duração. 
Os registros poderão ser classificados conforme os tipos de ajustes e trocas, auxilian-
do a análise e priorização dos problemas que devem ser atacados.
O procedimento colocado em questão terá que mostrar e priorizar a redução do 
tempo de setup, principalmente nos equipamentos que são mais utilizados, melho-
rando os métodos de troca e ajustes.
PROCESSO DE SETUP
Fonte: Plataforma Deduca (2022). 
#pratodosverem: imagem de um homem na frente de uma máquina fazendo ajustes para 
produção.
As perdas no startup são definidas pelo tempo mensurado do início de ope-
ração dos equipamentos até a produção da peça. Para buscar minimizar as 
perdas, consideramos dois fatores, o primeiro é diminuir a quantidade de star-
tups por meio da estabilização da confiabilidade do equipamento. O segun-
do é minimizar o tempo que se perde após fazer a troca do produto, até que o 
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equipamento seja equilibrado – como ser modificado para maior controle de 
temperatura, velocidade e pressão antes de começar a produção.
As perdas por quebra de equipamento são resultantes do mau funcionamento ou 
qualquer outra causa que precise de intervenção da manutenção. Essas quebras 
devem ser registradas com as principais causas, duração, descrição e efeitos dos re-
paros realizados no equipamento. Conforme Moreira (2012), a melhor forma de mi-
nimizar esse tipo de perda é programar manutenções preventivas.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#pratodosverem: imagem de homem realizando a manutenção em um computador 
desmontado.
Perdas por utilização são associadas à falha, deterioração, quebra ou desgas-
te dos equipamentos. As perdas decorrentes devem ser documentadas para 
uma melhor análise e eliminação da causa-raiz. As perdas por desgaste po-
dem ser diminuídas com a previsão das falhas antes da quebra, enquanto as 
relacionadas aos componentes não duráveis podem ser reduzidas por meio 
de manutenção e analisando a performance de cada componente.
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Perdas por redução da velocidade são as perdas devido ao equipamento estar ope-
rando em baixa velocidade em relação à considerada ideal. Este tipo de perda tem 
menor recorrência nas empresas, pois o equipamento aparentemente parece estar 
normal e só não produz tão rápido quanto o esperado.
Para entender melhor sobre as perdas de 
produção, suas causas e decisões que devem ser 
tomadas, assista a este vídeo. 
Defeitos referentes à qualidade no processo remetem a uma perda associa-
da aos produtos produzidos que não atendem as especificações planejadas, 
podendo levar ao desperdícios de insumos. É necessário que sejam registra-
das cuidadosamente as características destas perdas, para identificação das 
causas-raiz do defeito e promoção da prevenção da recorrência. Os produtos 
produzidos que precisam de retrabalho estão incluídos nesse item.
Por fim, as operações em vazio e pequenas paradas são perdas originadas de 
equipamentos com interrupções do fluxo do processo produtivo ou pequenas 
intervenções realizadas. Para essa problemática, devemos estabelecer regras 
em que paradas maiores que um determinado tempo estabelecido deverão 
ser documentadas.
Pode ser difícil de distinguir as paradas documentadas das quebras, sendo 
importante definir critérios para avaliá-las e identificá-las, uma vez que ana-
lisar os registros dessas pequenas paradas poderá ajudar na localização e 
minimização de suas causas.
https://www.youtube.com/watch?v=h3Fpv2dIhlY
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CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo demonstrar as formas de medir e analisar a capa-
cidade, assim como analisar a capacidade produtiva para as tomadas de decisões.
Planejar a capacidade produtiva poderá fornecer informações que irão possibili-
tar uma maior viabilidade do planejamento de materiais, por exemplo, além de 
dados para um planejamento de capacidade futura com uma maior precisão.
Controlar a capacidade implica em acompanhar o comportamento da pro-
dução que está sendo executada e comparar com o que está presente no 
planejamento, propondo ações corretivas a curto prazo para minimização 
de perdas significativas. Essa comparação resultará nos índices de eficiência 
para melhor executarmos a produção frente aos níveis planejados, podendo 
ser determinada uma acuracidade do planejamento, desempenho geral dos 
sistemas produtivos e de cada centro de trabalho.
UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
105
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PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
> Descrever os métodos 
para prever a demanda 
considerando o plano mestre 
da produção.
> Identificar os elementos 
necessários para elaboração 
do plano mestre de produção.
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5 PLANO MESTRE DA PRODUÇÃO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Esta unidade abordará métodos de previsão de demanda que colaborem com a 
elaboração do plano mestre da produção, assim como tratará da identificação de 
seus principais elementos.
O plano mestre da produção é considerado um processo importante para as em-
presas, pois visa garantir, por intermédio de uma comunicação sucinta com o pla-
no estratégico da empresa, os outros planos funcionais (MOREIRA, 2012). Planejar 
e controlar a produção objetiva organizar e controlar a produção dos produtos e 
serviços de um sistema produtivo, de forma que seja atendido o planejamento de 
todas as ações, assim como um plano mestre mais eficiente.
Equilibrar a demanda e as instalações disponíveis para fabricação torna-se um pro-
cesso muito importante, que resulta no planejamento da capacidade de produ-
ção, conciliando de forma eficiente essas duas etapas (SLACK, 2013). Esse processo 
visa equilibrar tanto os planos de produção quanto de capacidade produtiva, em 
que o sistema de produção será necessário para analisar os recursos disponíveis e 
elaborar um plano conforme a necessidade da empresa.
5.1 PREVISÃO DA DEMANDA
É incontestável que as previsões têm um papel importante no planejamento 
dos negócios das empresas. No planejamento, devemos projetar as ações fu-
turas, tendo como base estimativas relacionadas às necessidades de recursos 
(GONÇALVES, 2020). Desta forma, estimar a demanda futura de um bem ou 
serviço torna-se uma atividade essencial para a elaboração do planejamento 
da produção, em que será incluído o dimensionamento das capacidades que 
envolvem o meio produtivo, como equipamentos, disponibilidade de mão de 
obra, recursos financeiros e quantidade de materiais que serão necessários 
para executar a produção do bem ou serviço.
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Previsão
Indica a projeção do passado para o futuro.
Predição 
Antecipação de mudanças de fatores que irão influenciar a procura de 
bens e serviços (GONÇALVES, 2020).
Diante da impossibilidade de ter certeza do que acontecerá no futuro, iremos 
precisar, de alguma forma, inferir ou prever o que poderá acontecer. Deste 
modo, no escopo da inferência, precisamos ter clareza sobre alguns princípios 
básicos, que Gonçalves (2020) define como leis:
Lei da inércia 
Pressupõe que fazendo o ajuste de dados históricos a uma curva, 
poderemos extrapolar para o futuro.
Lei da continuidade
Considera que uma pequena variação dos dados históricos não irá 
causar grandes efeitos nas projeções.
Lei da média
Destaca que a média dos dados históricos é mais representativa que 
os dados históricos individuais.
Lei da decomposição
Indica que eventos não diretamente relacionados aos dados históricos 
têm pouca influência sobre eles.
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É importante destacar que no processo produtivo muitos recursos têm mate-
rialidade física, como, por exemplo, equipamentos, materiais, máquinas, ins-
talações e pessoas (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). 
A principal característica que esses recursos possuem para os gestores é a inér-
cia decisória, que compreende que as decisões relacionadas aos recursos de-
mandam um tempo determinado para que tenham efeito e que nesse tempo 
a situação permanecerá inalterada, mesmo que se tenha tomado uma decisão.
Assim como existem diferentes formas de decisão, também há diferentes 
inércias, do mesmo modo como horizontes de previsões mais adequados e 
suas variabilidades. Conforme Gonçalves (2020), são definidas três categorias:
Curto prazo 
Sua abrangência é de um ano, mas comumente é menor que três 
meses. É usado para planejar compras, programar e designar tarefas, 
níveis de produção e força de trabalho.
Médio prazo 
Também denominada intermediária, pode-se estender de três meses a 
três anos. Esse horizonte é bastante útil para o plano de venda, orçamento 
e produção, orçamento financeiro, entre outros planos de operação.
Longo prazo 
Período maior que três anos, preferivelmente utilizado para novos 
produtos, localização ou expansão, investimentos, pesquisa e 
desenvolvimento.
Portanto, a previsão da demanda pode ser definida como uma forma de ob-
termos informações sobre vendas futuras, tanto de produtos quanto de ser-
viços. É importante que fique claro que essa atividade de prever se refere a 
buscar uma projeção futura, tendo como base dados históricos existentes, 
tratados por meio de modelos estatísticos, econômicos, assim como por mo-
delos considerados subjetivos apoiados por um conhecimento implícito.
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Moreira (2012) sugere três tipos de categorias para realizar as previsões:
Econômicas 
Baseiam-se no ciclo de negócio, em que se prevê taxas de inflação, 
início de projetos de infraestrutura, fontes de capital, entre outros 
indicadores necessários para o planejamento.
Tecnológicas 
Tratam de índices conforme o progresso tecnológico, impactando 
diretamente sobre as possibilidades de produtos novos e de novos 
equipamento e fábrica.
Demanda 
Faz a indicação da busca pelos produtos da organização. Também é 
conhecido como previsão de vendas, com a finalidade de direcionar a 
produção, sistemas de programação e capacidade da empresa.
As previsões tecnológicas e econômicas são consideradas técnicas especiali-
zadas e normalmente são responsabilidades dos gestores de operações.
5.1.1 MÉTODOS DE PREVISÃO DE DEMANDA
Os métodos de previsão de demanda são divididos em duas abordagens dis-
tintas, que são quantitativas e qualitativas, conforme a figura a seguir.
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MÉTODOS DE PREVISÃO DE DEMANDA
Fonte: adaptado de Moreira (2012), Slack (2013) e Gonçalves (2020).
#pratodosverem: esquema com os métodos quantitativo e qualitativo de previsão de 
demanda.
Acompanhe, a seguir, o que caracteriza cada um.
Técnica quantitativa 
Compreende as séries históricas, quando se faz a projeção do futuro.
Técnica qualitativa 
Tem como base os fatores subjetivos, podendo ser o julgamento 
individual ou de um determinado grupo.
Os métodos quantitativos geralmente precisam de um histórico longo para 
que seja possível estabelecer um comportamento padrão (GONÇALVES, 
2020). Esses métodos são mais indicados para prever a demanda de produtos 
mais maduros, que já estão presentes no mix de produtos da empresa, en-
quanto os modelos qualitativos são mais adequados para produtos novos ou 
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considerados novos, pelo fato de não existir histórico longo, impossibilitando 
a utilização de técnicas quantitativas.
Escolher o método adequado considera, 
principalmente, o horizonte de tempo. Quanto maior 
o horizonte, menor a chance do passado se repetir. 
Isso indica que previsões a longo prazo devem adotar 
métodos qualitativos, e os de curto e médio prazos 
poderão utilizar técnicas quantitativas (SLACK, 2013).
Os métodos qualitativos incorporam fatores de julgamento e intuição, sendo 
mais subjetivos em sua maior parte. As técnicas poderão ser utilizadas em 
conjunto com métodos quantitativos para melhorar a análise.
A seguir, apresentaremos uma análise das principais técnicas qualitativas 
mais utilizadas (GONÇALVES, 2020).
Método de Delphi 
Geralmente usado para chegar a um consenso dentro de um 
determinado comitê; rodadas de perguntas são feitas com 
especialistas e respondidasanonimamente. As respostas são 
tratadas estatisticamente por um líder do comitê, que irá repassar os 
resultados ao grupo. Sucessivamente outras rodadas são feitas já com 
o conhecimento das opiniões dos demais, repetindo o processo até 
obter-se um consenso sobre a previsão. Esse método proporcionará 
previsões com a concordância da maioria, mesmo que discordem 
inicialmente.
Júri de executivos 
Busca definir a opinião de grupos pequenos, geralmente compostos 
por executivos de alto nível, abordando uma variável de estudo que 
se quer prever. O resultado obtido nem sempre será o consenso, 
podendo ainda ser considerado frágil por permitir vieses. Usado para 
prever vendas, os executivos devem ter capacidade de discernimento 
e pertencer a variados departamentos da organização. Esse grupo irá 
utilizar inputs de todas as áreas da empresa, determinando também 
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análises complementares, quando preciso. Esse é considerado o 
método de previsão mais utilizado nas empresas.
Força de vendas
Nesse método, acredita-se que as informações referentes à demanda 
originam-se das pessoas que estão mais próximas do cliente externo. 
A grande vantagem das estimativas realizadas pela força de vendas 
é que podem ser facilmente atualizadas periodicamente, além de 
contarem com a subjetividade da experiência e vivência da equipe 
sobre os clientes. Raramente esse método resulta em grandes 
equívocos.
Pesquisa de mercado 
Consiste em pesquisar diretamente com o cliente o que ele deseja 
comprar no futuro. É também uma forma de evitar as desvantagens 
de seguir somente a força de vendas. Essa técnica é sistemática e 
inclui a atividade de projetar a coleta de dados e como será aplicada, 
selecionando e identificando uma amostra que irá representar uma 
população foco da pesquisa, sendo que a análise dos resultados é 
realizada por meio de ferramentas estatísticas apropriadas.
Analogia histórica 
Técnica mais adequada para produtos ainda no início de seus ciclos de 
vida ou lançamentos. A técnica é feita por meio de uma analogia com 
produtos similares, buscando evidenciar padrões de consumo que se 
repetem entre eles. Isso porque o produto em questão (novo) não tem 
histórico ou conta com poucas informações.
Antes de iniciarmos sobre os métodos quantitativos, é importante entender 
sobre os elementos considerados relevantes, um deles é o fato de existirem 
duas abordagens distintas que, conforme Slack, Brandon-Jones e Johnston 
(2018) são: análise de séries temporais (intrínsecas) e de modelagem causal 
(extrínsecas).
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Séries intrínsecas 
Avaliam o padrão de comportamento de uma determinada variável ao 
longo do tempo.
Abordagem extrínseca 
Refere-se à descrição e remete às relações complexas de variáveis chave.
Quanto às técnicas de séries temporais, elas compreendem médias móveis, 
suavizamento exponencial, projeção de tendências e previsão ingênua.
A média móvel define que a melhor estimativa do futuro é determinada pela 
médias dos “n” últimos períodos. A quantidade de períodos é determinada 
pela própria empresa, podendo ser dos últimos três períodos (MM3), quatro 
(MM4) e aí por diante. Determinamos a média móvel pelo seguinte cálculo 
(SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018):
Observe o exemplo a seguir.
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EXEMPLO MÉDIA MÓVEL
PERÍODO VENDAS
MÉDIA MÓVEL DE TRÊS 
PERIODOS (MM3)
Janeiro 134 -
Fevereiro 125 -
Março 146 -
Abril 154 (134+125+146)/3 = 135
Maio 123 (125+146+154)/3 = 141,67
Junho 115 (146+154+123)/3 = 141
Julho 158 (154+123+115)/3 = 130,67
Agosto 176 (123+115+158)/3 = 132
Setembro 165 (115+158+176)/3 = 149,67
Outubro 156 (158+176+165)/3 = 166,33
Novembro 123 (176+165+156)/3 = 165,67
Dezembro 110 (165+156+123)/3 = 148
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela explicativa com exemplos de média móvel.
Como você pode perceber, a cada novo período os dados mais antigos são reti-
rados do cálculo, dando lugar para um mais recente (SLACK; BRANDON-JONES; 
JOHNSTON, 2018). Pode-se observar que utilizamos uma média aritmética sim-
ples, algumas empresas adotam a média ponderada, com atribuição de pesos 
maiores para períodos mais recentes, sendo calculada da seguinte forma:
Onde:
• V - valor do período;
• P - peso para o período;
• t - período atual; e
• n - número de períodos calculados.
115
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Agora, utilizando o exemplo anterior, vamos recalcular usando uma média 
ponderada, conforme consta na tabela a seguir.
EXEMPLO CÁLCULO MÉDIA PONDERADA
PERÍODO VENDAS
MÉDIA MÓVEL DE TRÊS PERIODOS PONDE-
RADA COM PESOS 1, 2, 3
Janeiro 134 -
Fevereiro 125 -
Março 146 -
Abril 154 [(1*134)+(2*125)+(3*146)]/6 = 137
Maio 123 [(1*125)+(2*146)+(3*154)]/6 = 146,5
Junho 115 [(1*146)+(2*154)+(3*123)]/6 = 137,17
Julho 158 [(1*154)+(2*123)+(3*115)]/6 = 124,17
Agosto 176 [(1*123)+(2*115)+(3*158)]/6 = 137,83
Setembro 165 [(1*115)+(2*158)+(3*176)]/6 = 159,83
Outubro 156 [(1*158)+(2*176)+(3*165)]/6 = 167,5
Novembro 123 [(1*176)+(2*165)+(3*156)]/6 = 162,33
Dezembro 110 [(1*165)+(2*156)+(3*123)]/6 = 141
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela com exemplos de cálculos de média ponderada.
Escolher entre aritmética ou ponderada dependerá da experiência e do co-
nhecimento do produto e do mercado.
A técnica de suavizamento exponencial, conhecida também como ajustamen-
to exponencial, procura corrigir problemas recorrentes da média móvel como a 
atribuição do mesmo peso na forma básica para todos os “n” períodos que pode 
ser corrigido com a média ponderada (GONÇALVES, 2020). O outro problema 
é que a média móvel desconsidera dados que não pertencem ao período “n”.
Assim, o suavizamento exponencial calcula a demanda do próximo período, 
relacionando-a com a demanda do período atual e a previsão para o período 
atual (SLACK, 2013). Calcula-se da seguinte forma:
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Onde:
• Dt-1 - demanda real do último período;
• Pt-1- última previsão; e
• - constante de suavizamento.
A constante de suavizamento é determinada entre 0 e 1, demonstrando a in-
fluência percentual da demanda real referente ao último período sobre a pre-
visão do próximo. Observe o exemplo a seguir.
EXEMPLO DE CÁLCULO SUAVIZAMENTO EXPONENCIAL
Período Vendas Suavizamento exponencial
Última previsão 
(realizada em dezembro)
=0,1 =0,25 =0,8
145,0 145,0 145,0
Janeiro 134
Fevereiro 125 (0,1*134)+[(1-0,1)*145,0]=143,9 142,3 136,2
Março 146 (0,1*125)+[(1-0,1)*145,0]=143 140 129
Abril 154 (0,1*146)+[(1-0,1)*145,0]=145,1 145,3 145,8
Maio 123 (0,1*154)+[(1-0,1)*145,0]=145,9 147,3 152,2
Junho 115 (0,1*123)+[(1-0,1)*145,0]=142,8 139,5 127,4
Julho 158 (0,1*115)+[(1-0,1)*145,0]=142 137,5 121
Agosto 176 (0,1*158)+[(1-0,1)*145,0]=146,3 148,3 155,4
Setembro 165 (0,1*176)+[(1-0,1)*145,0]=148,1 152,8 169,8
Outubro 156 (0,1*165)+[(1-0,1)*145,0]=147 150 161
Novembro 123 (0,1*156)+[(1-0,1)*145,0]=146,1 147,8 153,8
Dezembro 110 (0,1*123)+[(1-0,1)*145,0]=142,8 139,5 127,4
Fonte: elaborado pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela com exemplo de cálculo de suavizamento exponencial.
Conforme podemos observar na última tabela, (1- ) compreende a taxa expo-
nencial que abaixam os pesos de ponderação de dados históricos; refere-se 
ao mês anterior recente (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). Em que: 
(1-) para o mês anterior, t-1; (1-)2para o mês t-2 e assim sucessivamente.
No caso da projeção de tendências, usamos quando a demanda frente aos seus 
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dados históricos apresenta uma tendência que poderá ser um crescimento ou 
decrescimento. Essa tendência poderá ser linear ou não, nesta unidade, trata-
remos somente da linear, que pode ser definida assim (GONÇALVES, 2020):
Onde:
• a - coeficiente linear da reta, valor de d_t quando x = 0;
• b - coeficiente angular da reta, inclinação;
• - ruído, erro aleatório; e
• t-k - períodos analisados para a determinação de tendência.
Para determinar a previsão, aloca-se os valores de a e b, podendo ser feito de 
várias formas. Nessa técnica, o tempo passa a ser a variável independente.
A técnica de previsão ingênua compreende o método que tem como base a 
premissa de que a previsão para os próximos períodos deverá ser igual à de-
manda real do período recorrente.
Entre os métodos causais, o mais utilizado é o de regressão da demanda re-
ferente às variáveis causais, que adotam pares de valores da demanda e vari-
áveis causais para buscar definir a sua relação (GONÇALVES, 2020). Essa rela-
ção pode ser definida por uma regressão simples ou múltipla.
A regressão simples é obtida pelo seguinte cálculo:
 
Onde:
• Y - é a demanda, ou seja, variável dependente;
• X: - variável causal, sendo uma variável independente; e
• - refere-se aos valores de Y, podendo ser definidos caso sejam 
conhecidos os valores de X – assim, Y é função de X.
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Nesta unidade, abordaremos somente a regressão simples, a fim de nos atermos 
a cálculos simplificados, em que a variável dependente se relacionará apenas a 
uma variável independente. Desta forma, a função será (GONÇALVES, 2020):
Considerando um conjunto de valores que pressupõe efetuar a regressão li-
near de Y sobre X, corresponde a traçar uma reta que se aproxime dos pontos 
identificados no plano de valores de X e Y, podendo ser definido como uma 
reta média.
Destaca-se que o gráfico poderá induzir a erros, que devem ser corrigidos por 
método analítico, por exemplo, com o método dos mínimos quadrados, con-
forme o gráfico a seguir.
GRÁFICO DE REGRESSÃO LINEAR SIMPLES
 
Fonte: adaptado de Moreira (2012).
#pratodosverem: gráfico exemplificando o comportamento da regressão linear simples.
Quando a média já está determinada, é mais fácil determinar os valores causais 
que correspondem aos valores reais e previsão de demanda. Destaca-se ainda, 
que o valor previsto é calculado quando substituímos o valor de X na equação.
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5.1.2 SAZONALIDADE
A sazonalidade refere-se a um fenômeno repetitivo que ocorre de forma deli-
berada em tempos predefinidos (MOREIRA, 2012). A origem deste tema está 
nas estações do ano, daí o ciclo de sazonalidade, que acontece conforme as 
estações (inverno, verão, primavera e outono). Apesar de sua origem, a sazo-
nalidade não está ligada necessariamente às estações. Podemos perceber, 
por exemplo, que nos finais de semana, principalmente entre as sextas-feiras 
e sábados, existe um aumento significativo de consumo dos produtos e ser-
viços, em especial em ramos do lazer, como: bebidas, refrigerantes, cinemas, 
jantares, teatros etc.
Conforme Slack (2013), a sazonalidade possui uma importância fundamental 
para os processos produtivos, em especial no que se refere à sua logística, re-
lacionados com o acúmulo de transportes das safras agrícolas, por exemplo, 
elevando o volume de pedidos nas épocas de festa anuais, como Natal, Pás-
coa etc.
Para um melhor entendimento da sazonalidade, observe o gráfico a seguir.
CURVA DE CONSUMO E SAZONALIDADE
Fonte: adaptado de Moreira (2012).
#pratodosverem: gráfico que exemplifica um comportamento com picos em determinados 
momentos, mostrando o consumo e a sazonalidade.
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Podemos observar no gráfico que existem alguns picos de aumento da de-
manda, enquanto nos demais acontece uma queda acentuada. Desta forma, 
deve-se adotar uma metodologia para prever o consumo, levando em consi-
deração a sazonalidade, obtendo-se projeções mais aproximadas da realida-
de para melhor adequação das operações da empresa. Para isso, o melhor 
método a ser utilizado é a média ponderada.
5.1.3. DEMANDA DEPENDENTE DO PROGRAMA 
MESTRE 
A demanda compreende a quantidade que um produto ou serviço que os 
consumidores pretendem adquirir por um preço determinado e em um mer-
cado (GONÇALVES, 2020). Podemos ainda interpretar a demanda como a 
procura, mas não relacionada diretamente ao consumo, pois há probabilida-
de de se querer algo, sem que o consumo seja realizado.
A demanda e a oferta agem em conjunto, compreendendo as forças de mer-
cado que irão garantir as determinações de quantidade e preços dos bens de 
consumo ofertados pelas empresas (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 
2018). Ambas, conjuntamente, atuam como dois princípios.
Oferta 
Considerada a lei do suprimento, em que se tudo permanecer igual, 
quando o preço aumentar, a tendência será que a quantidade do bem 
no mercado aumente, assim como o contrário também é verdadeiro.
Demanda 
A lei da demanda pressupõe que quando tudo permanecer igual, 
se o preço do bem aumentar, a quantidade da demanda tenderá a 
diminuir, assim como o oposto também se aplica.
De igual modo a produção, a demanda pode ser gerenciada em uma organi-
zação. Gerir a demanda possui elementos originários de outras funções orga-
nizacionais, como a área comercial, logística, marketing e produção.
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GESTÃO DA DEMANDA COMO UM PROCESSO MULTIFUNCIONAL
Fonte: adaptado de Moreira (2012), Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018) e Gonçalves (2020).
#pratodosverem: esquema explicativo sobre as funções empresariais como marketing, 
vendas, logística e produção, alinhadas e influenciadas pela gestão da demanda.
Apesar de ter um caráter multifuncional, é preciso que alguém esteja à frente 
e assuma responsabilidades relativas ao processo. Variadas áreas podem as-
sumir essa tarefa nas empresas (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018):
Planejamento 
Algumas empresas atribuem isso ao planejamento e controle da 
produção, pelo fato de o comercial não poder contribuir com as 
previsões que devem ser feitas.
Comercial 
Em algumas empresas é atribuído ao comercial essa tarefa que, 
muitas vezes, pode superestimar as vendas e provocar a elevação dos 
níveis de estoque. Normalmente, nessa situação, a área comercial não 
é responsável pelos estoques, usando esse artifício para que não tenha 
falta de produtos.
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Comercial com interferências da direção 
Nessa situação, as previsões são de responsabilidade do setor 
comercial, baseando-se em dados históricos e percepções coerentes, 
em que a direção modifica as previsões conforme sua experiência.
Independentemente de qual área irá assumir a gestão da demanda, o impor-
tante é que se tenha esforço sinérgico dos envolvidos e comprometimento 
com os resultados corporativos.
5.2 PLANEJAMENTO MESTRE DA PRODUÇÃO
O planejamento ou programa mestre da produção (PMP) é o responsável por 
desmembrar os planos produtivos estratégicos de longo prazo em planos es-
pecíficos dos produtos acabados direcionados para o médio prazo, a fim dedeterminar as etapas de programação e execução das atividades operacio-
nais da empresa, como a fabricação, montagem e compras (MOREIRA, 2012).
Em suma, o plano mestre da produção especifica itens finais que farão parte 
das famílias de produtos consideradas no plano agregado de produção, rotei-
rizando a fabricação e as estruturas dos produtos (SLACK, 2013). Como resulta-
do desse processo, o plano mestre da produção irá formalizar as tomadas de 
decisão sobre a necessidade dos produtos acabados para o período que está 
sendo analisado.
Na figura a seguir, podemos ver como o plano mestre da produção se conec-
ta com os demais planos que envolvem o contexto produtivo.
123
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CONEXÕES DO PMP COM OS OUTROS PLANOS DE PRODUÇÃO
 
Fonte: elaborada pelo autor (2022).
#pratodosverem: figura demonstrativa sobre a relação do plano mestre da produção (PMP) com a gestão 
da demanda, planejamento da capacidade, plano de requisitos dos materiais e plano de produção.
Conexões do PMP com os demais planos da produção
Quando bem gerenciado, o plano mestre da produção fará um importante 
papel para melhoria do processo de entregas, prazos e quantidades de pro-
dutos a serem ofertados para os clientes, proporcionando uma tomada de 
decisão mais objetiva, com base em dados e não opiniões sem fundamenta-
ção ou intuição simples.
5.2.1 FUNÇÃO DO PLANO MESTRE
De forma objetiva, os principais objetivos do plano mestre da produção são 
(SLACK, 2013):
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Utilizar de forma otimizada os recursos produtivos, 
sendo eles mão de obra, equipamentos, máquinas 
e materiais.
• Melhorar o nível de atendimento ao cliente, 
incluindo a rápida resposta às demandas destes 
quanto à disponibilidade dos estoques.
• Minimizar os investimentos referentes aos 
estoques de matérias-primas, produtos em 
processo ou acabados.
Para que esses objetivos sejam atingidos, o plano mestre da produção deve-
rá satisfazer a demanda dos clientes, atuando nos limites determinados pelo 
plano agregado, não excedendo a capacidade da operação.
Conforme Moreira (2012), os sistemas de planejamento geram variados rela-
tórios, sinais e programações para o controle dos estoques segundo suas de-
mandas. Diante disso, o plano mestre da produção deverá conter situações 
que aliem a capacidade produtiva, assim como as constantes oscilações do 
mercado, realizando o acompanhamento das constantes mutações do âmbi-
to internacional que têm impacto nos diferentes níveis de fornecimento.
Ainda segundo Slack (2013), o plano mestre da produção serve como um in-
dutor do processo de comunicação entre as funções organizacionais e o pro-
cesso de planejamento.
A gestão da demanda prevê atividades como previsão de demanda, compro-
misso de pedidos, entrada de pedidos e distribuição (GONÇALVES, 2020). Se o 
programador da produção não for devidamente informado sobre as variadas 
demandas, elas não serão consideradas no plano mestre da produção e, por-
tanto, não serão atendidas.
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Na manufatura, o programador realiza o programa 
da produção com base na capacidade disponível, 
então, na prestação de serviços, é o gerente 
administrador do departamento ou supervisor que 
tem essa responsabilidade (SLACK; BRANDON-
JONES; JOHNSTON, 2018).
O plano mestre da produção torna-se responsável por coordenar a entrada e 
a demanda do mercado com recursos internos da empresa, de forma a pro-
gramar a produção.
5.2. ESTRUTURA DO PLANO MESTRE
O plano mestre da produção compreende registros escalonados no tempo 
de cada produto final, contendo a posição da demanda e estoque disponível 
para cada item feito (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). Com essas 
informações, é projetado o estoque disponível antecipadamente. Quando o 
estoque for insuficiente para atender as demandas futuras, as demandas so-
licitadas serão atribuídas na linha do plano mestre.
A tabela a seguir mostra um exemplo de uma parte do plano mestre da pro-
dução para um determinado item.
EXEMPLO DE PMP BÁSICO
Número da semana
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Demanda 10 10 10 10 15 15 15 20 20
Estoque disponível 20 10 0 10 0 0 0 0 0
PMP 0 0 10 10 15 15 15 20 20
Em mãos 30
Fonte: adaptado de Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018).
#pratodosverem: tabela com exemplo de PMP básico.
As linhas de registro correspondem a:
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• Primeira linha: pedidos de vendas conhecidos ou qualquer previsão, serão 
combinados para que ser forme a DEMANDA.
• Segunda linha: DISPONÍVEL, é mostrada a quantidade que se espera desse 
item no estoque no final de cada período semanal. O estoque inicial, na linha 
EM MÃOS, é colocado separado na base do registro.
• Terceira linha: é o programa mestre de produção, em que é mostrado quantos 
itens devem ser concluídos e disponibilizados em cada semana, buscando 
satisfazer a demanda.
Os programas mestre da produção ou que acompanham a demanda podem 
ser observados no exemplo a seguir.
EXEMPLO DE PMP NIVELADO
Número da semana
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Demanda 10 10 10 10 15 15 15 20 20
Estoque disponível 31 32 33 34 30 26 22 13 4
PMP 11 11 11 11 11 11 11 11 11
Em mãos 30
Fonte: Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018, p. 552).
#pratodosverem: tabela com exemplo de PMP nivelado.
Nesse caso, o plano mestre da produção irá aumentar conforme o crescimen-
to da demanda, visando manter o estoque disponível em 0 (SLACK; BRAN-
DON-JONES; JOHNSTON, 2018). Assim, será feito o acompanhamento da 
demanda, ajustando a provisão de recursos. O plano mestre da produção é 
alternativo e nivelado para a situação que é mostrada na tabela anterior.
Desta forma, a programação nivelada irá envolver o cálculo da quantidade 
média necessária para completar e nivelar os picos e vales, gerando um esto-
que maior que o do plano anterior.
O plano mestre da produção fornece informação para a função vendas, refe-
rente ao que pode ser prometido para os clientes e quando a entrega poderá 
ser realizada (MOREIRA, 2012). Essa função vendas poderá definir os pedidos 
de vendas que são conhecidos, relacionando-os ao plano mestre da produção, 
fazendo ainda o rastreamento do que está disponível para ser prometido.
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EXEMPLO DE PMP NIVELADO INCLUINDO DISPONÍVEL PARA PROMESSA
Número da semana
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Demanda 10 10 10 10 15 15 15 20 20
Pedidos de vendas 10 10 10 8 4
Disponível 31 32 33 34 30 26 22 13 4
DPP 31 1 1 3 7 11 11 11 11
PMP 11 11 11 11 11 11 11 11 11
Em mãos 30
Fonte: Slack, Brandon-Jones e Johnston (2018, p. 553).
#pratodosverem: tabela com exemplo de PMP nivelado incluindo disponível para promessa.
Na linha DPP, o plano mestre da produção mostrará a quantidade máxima dispo-
nível para qualquer semana em relação aos pedidos de vendas que serão aceitos.
5.2.3. ELABORANDO O PLANO MESTRE
Partindo do plano agregado de produção e baseando-se nas previsões de de-
manda a médio prazo, ou até mesmo em pedidos confirmados, poderemos es-
tabelecer o plano mestre da produção, detalhando no médio prazo – o que pode 
ser três meses, uma semana cada período (MOREIRA, 2012).
Com o estabelecimento do PMP, o compromisso de fabricar e montar é passado 
para o sistema produtivo. Para a execução do PMP, é necessário que seja anali-
sada a necessidade de recursos produtivos, com a finalidade de identificarmos 
possíveis gargalos de capacidade que inviabilizem o plano quando sua execuçãofor no curto prazo.
Alguns elementos são necessários para a elaboração do plano mestre da produ-
ção, como o tempo e o registro básico (SLACK, 2013). A variável tempo possui duas 
dimensões, sendo chamada de período e outra de horizonte.
Período 
Determinada unidade de tempo para cada intervalo do plano.
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Horizonte 
Também conhecido como amplitude do plano, que deve abranger sua análise.
Vamos mostrar, por meio de um exemplo, como operacionalizar os dados de 
produção. Na tabela a seguir, consta um item produzido para estoque, consi-
derando os dois meses seguintes, definidos em períodos semanais.
REGISTRO BÁSICO PMP
Número da semana
Junho Julho
1 2 3 4 1 2 3 4 9
Demanda 70 70 70 70 80 80 80 80 20
Pedidos de vendas 90 60 30 20 0 0 0 0 4
Recebimentos 
programados
180 11
Estoque projetado 110 40 150 80 0 100 20 120
PMP 180 180 180
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela apresentando registro básico PMP.
Para esse exemplo, atribuiremos lotes econômicos de 180 e eles deverão ficar 
prontos em uma semana, tendo assim um lead time de uma semana.
Lotes econômicos 
Refere-se à quantidade considerada mais econômica, tanto para 
encomenda da produção quanto da compra.
Lead time 
Compreende o tempo necessário para fabricar, montar ou comprar 
um determinado material referente a um lote econômico.
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O que diferencia esse registro básico do já apresentado nesta unidade é que 
adotamos os recebimentos programados que compreendem as quantida-
des que anteriormente já foram programadas e estão previstas, a entrarem 
no horizonte determinado do PMP que, no nosso caso, são 180 unidades, que 
devem estar disponíveis já na primeira semana de junho. O outro foi estoque 
projetado para períodos futuros, conforme a demanda prevista.
Podemos perceber que a lógica de programação está considerando, inicial-
mente, a demanda avançando no tempo por meio da previsão da demanda 
e confirmada, após isso, ela irá retroceder pelo tempo necessário para fabricar 
ou montar o lote de produção que, no nosso caso, é de uma semana.
Observamos, na tabela a seguir, o cálculo das demais semanas.
EXEMPLO DE CÁLCULO FINAL DE ESTOQUE
Semana
Estoque 
inicial
Recebimentos 
programados
Demanda 
(prevista ou 
real)
Estoque 
antes do 
PMP
PMP
Estoque 
final
1 0 180 90 110 0 110
2 110 70 40 180 220
3 220 70 150 0 150
4 150 70 80 0 80
1 80 80 0 180 180
2 180 80 100 0 100
3 100 80 20 180 200
4 200 80 120 0 120
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela apresentando exemplo de cálculo final de estoque.
Como podemos ver no exemplo apresentado, os estoques variam livremente 
e a sua produção é realizada em lotes de 180 unidades, quando assim é neces-
sário. Caso a empresa prefira manter um estoque de segurança, basta o para-
metrizar no sistema, sendo então incorporado no cálculo de determinado das 
ordens que serão emitidas.
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, você aprendeu mais sobre o plano mestre da produção. Procura-
mos descrever os métodos para prever demanda considerando o plano mestre 
de produção, assim como identificar os elementos fundamentais para a elabora-
ção de um plano mestre da produção, que se mostrou uma ferramenta primor-
dial para o planejamento de médio prazo, a fim de organizar as informações que 
permeiam a necessidade do cliente ligada à demanda pelos produtos, usando a 
gestão de previsão de demanda para o atendimento pleno de clientes.
O plano mestre da produção tem por objetivo transformar os planos produ-
tivos estratégicos em produtos e direcionar as operações da empresa para 
uma melhor utilização de seus recursos e capacidade produtiva, buscando 
maior efetividade e eficácia.
UNIDADE 6
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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PROJETO E OPERAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
> Validar a importância de 
administrar os materiais para 
o sistema produtivo.
> Identificar os métodos 
para determinar e controlar 
o estoque de um sistema 
produtivo.
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PROJETO E OPERAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
6 O PAPEL DA GESTÃO DE ESTOQUE 
NO SISTEMA PRODUTIVO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Nesta unidade de aprendizagem, iremos mostrar a importância de adminis-
trarmos de forma eficiente e eficaz os materiais do sistema produtivo, além 
de identificar os métodos para controlar o estoque.
A gestão de estoque tem sido uma das principais atividades dentro do con-
texto organizacional, necessitando de uma maior atenção em seus processos, 
pois a alta competitividade e as exigências dos consumidores têm feito as 
empresas atentarem e adaptarem-se às tendências rapidamente, forçando-
-as a melhorar sua performance e agregar valor aos seus produtos e serviços.
Diante disso, o estoque e sua gestão têm a função de adequar as empresas 
no nível exigido pelo mercado, garantindo maior disponibilidade do produto 
ao consumidor, com menores níveis de estoques, pois o excesso representa 
um gasto de dinheiro sem necessidade, ou seja, representa assumir um custo 
que poderá se converter em benefício para a empresa.
6.1. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
A administração de materiais é uma atividade que vem ganhando destaque 
devido ao aumento da competição do mercado (GONÇALVES, 2020). Ela teve 
maior impulso nos últimos anos, em razão da logística ter se estendido além 
das fronteiras das empresas, com vistas a atender as expectativas e necessi-
dades dos clientes.
Tradicionalmente, a administração de materiais tem como objetivo unir os 
interesses entre as necessidades de suprimentos e otimização dos recursos 
financeiros para as operações das empresas (SLACK; BRANDON-JONES; JO-
HNSTON, 2018). Observando as cadeias de suprimentos das empresas, po-
demos verificar que elas têm início com o fornecedor das matérias-primas e 
passam por um fluxo de transformação para resultar em produtos interme-
diários que, por fim, chegarão para consumo nas prateleiras e gôndolas de 
varejistas e clientes.
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6.1.1 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS PARA O SISTEMA PRODUTIVO
Quando a administração de materiais é bem estruturada, possibilita obter-
mos vantagens competitivas por meio da redução de custos, melhorias das 
condições de compras em negociações com fornecedores, redução de inves-
timento em relação aos estoques e maior satisfação dos clientes, assim como 
de consumidores, em relação aos produtos ofertados pela empresa.
Conforme Dias (2019), a administração de materiais compreende o conjunto 
de decisões com o propósito de garantir a correta gestão de insumos dispo-
níveis para a empresa. O principal objetivo da administração de materiais é 
assegurar o fornecimento dos recursos necessários, planejando, executando 
e controlando o seu uso, o que fará com que os processos da empresa conti-
nuem em execução dentro do prazo e padrão requerido.
A administração de materiais envolve toda a cadeia de suprimentos do proces-
so produtivo, desde a compra de matéria-prima até a distribuição final do pro-
duto acabado, como estoque, distribuição e transporte, compra, almoxarifado.
Estoque 
Cumprimento e supervisão de diretrizes da empresa em relação aos materiais.
Distribuição e transporte
Gestão do processo de transporte, assim como a distribuição, interna e externa.
Compra 
Administraçãoda compra dos insumos necessários, considerando os 
processos, pesquisa de preço, pedido, negociação, contratos, entre outros.
Almoxarifado 
Gerenciamento e controle do estoque, organização e 
acompanhamento da entrada e saída de insumos.
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A administração é dividida em três grandes especialidades, acompanhe.
PRINCIPAIS ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Fonte: Gonçalves (2020, p.17).
#pratodosverem: diagrama com a relação das áreas de gestão (gestão de estoques; gestão 
de compras e gestão dos centros de distribuição).
As três especialidades complementam-se em um ciclo contínuo que se retro-
alimenta, a boa gestão de cada área promoverá a redução de custos. A gestão 
eficiente da administração é fundamental para o sucesso dos negócios da 
empresa (GONÇALVES, 2020). 
Para que isso aconteça, será essencial que exista uma boa administração dos 
materiais do sistema produtivo. Os materiais são essenciais para que as ativi-
dades sejam executadas e os produtos produzidos possam ser comercializa-
dos, proporcionando maior rentabilidade para a empresa.
Um dos problemas que pode ser recorrente na ineficiência da administração de 
materiais é a falta de produtos para entregar ao cliente (DIAS, 2019). Isso leva a ou-
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tras adversidades, como o atraso da entrega, ociosidade dos colaboradores, pa-
ralização da linha de produção, insatisfação dos clientes e falta de produtividade.
Deste modo, a ineficiência da administração de materiais poderá ser um obs-
táculo para uma empresa, impactando de forma negativa em vários setores. 
Uma administração eficiente necessitará de um esforço maior das áreas para 
uma gestão eficaz, devido à abrangência das cadeias de suprimentos, que 
dependerá das atividades logísticas, assim sendo melhor desenvolvidas.
6.1.2. CADEIA DE SUPRIMENTOS
A cadeia de suprimentos compreende a relação de um conjunto de insta-
lações geograficamente deslocadas, interagindo entre si ao mesmo tempo 
(MOREIRA, 2012). Como, por exemplo, fornecedores de matéria-prima, instala-
ções, plantas produtivas, transformadores, montadoras, estoques em trânsito 
dos produtos intermediários, varejistas e produtos acabados.
Conforme Gonçalves (2020), gerenciar a cadeia de suprimentos compreende 
a coordenação estratégica e sistêmica das funções das empresas tradicionais, 
assim como ações táticas que passam por essas funções e por meio da cadeia 
logística, com a possibilidade de aprimoramento da performance das empre-
sas a longo prazo e da cadeia de suprimento de forma global.
A figura a seguir ilustra a cadeia de suprimentos e os fluxos que a compõem.
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Gonçalves (2020, p. 18).
#pratodosverem: figura ilustrativa sobre a linha de produção destacando estoque final, 
matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados, estoque no depósito e 
estoque na loja e sua relação com fornecedor, fabricantes e varejista.
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Uma cadeia de suprimentos compreende fornecedores, almoxarifados, cen-
tros de produção, comércio varejista e centros de distribuição, em que o flu-
xo de materiais começa com a matéria-prima, em seguida, com os produtos 
sendo processados e finaliza com os produtos acabados, fluindo ao longo dos 
pontos da cadeia e redirecionados aos varejistas e clientes.
Junto com a cadeia de suprimentos, encontraremos processos de gerencia-
mento do fluxo de materiais das matérias-primas até os produtos acabados, 
sendo a visão integrada de toda a cadeia de suprimentos determinada como 
gerenciamento da cadeia de suprimentos (GONÇALVES, 2020).
Diversas são as definições que procuram diferenciar 
o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Uma delas é que o gerenciamento comporta um 
conjunto de atividades usadas de maneira a tornar 
eficiente a integração dos fornecedores, centros de 
distribuição, estocagem e fabricantes, a fim de que 
os produtos sejam feitos na quantidade certa, no 
local correto e no momento oportuno, com vistas 
a reduzir custos e ter maior satisfação dos níveis de 
serviços prestados aos clientes da empresa.
Devidamente, o que se busca é o ajuste do fluxo de materiais e serviços du-
rante toda a rede de suprimentos, em que os principais entes de gestão serão 
indicados na figura a seguir.
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PRINCIPAIS ENTES DE GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Fonte: Gonçalves (2020, p. 18).
#pratodosverem: diagrama entre o lado do fornecimento e da demanda.
O fluxo de materiais está direcionado para o abastecimento de cada elo da ca-
deia de forma contínua, devendo realizar, de maneira puxada, assim, a deman-
da do estágio anterior será definida com uma base na demanda do estágio 
precedente, sintonizando-a. Em outras palavras, interligando toda a cadeia.
O fluxo de informações sustenta todo o processo de abastecimento puxado, 
em que, com base nas informações que discorrem durante a cadeia de supri-
mentos de jusante para montante, é possível determinar um processo de abas-
tecimento de forma adequada para as exigências dos diversos elos da cadeia.
O desempenho da cadeia de suprimentos pode ser mensurado partindo de 
sua gestão, examinando quatro fatores (DIAS, 2019):
• Qualidade dos produtos e serviços ofertados.
• Mix de produtos e serviços flexíveis.
• Capacidade de atender de forma eficiente e rápida as demandas dos clientes.
• Redução dos custos de produção e maximização dos resultados operacionais.
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Caso a cadeia de suprimentos não seja integrada, o seu ciclo de reposição se 
torna muito elevado. Este ciclo representará o tempo necessário para que o 
produto saia do produtor até sua disponibilização para o consumidor final.
Por ser elevado, o custo torna-se oneroso e, por consequência, tem-se a en-
trega do produto para o cliente final com um preço mais elevado (MOREIRA, 
2012). Esse ciclo vem sendo trabalhado para ser diminuído, especialmente se 
considerarmos que, agora, a definição do preço passa a ser uma decisão que 
poderá ser atribuída ao cliente final.
6.1.3. MATERIAL RESOURCE PLANNING
O material requirements planning (MRP) ou manufacturing resources planning 
(MRP II) são sistemas presentes na administração da produção considerada de 
grande porte, sendo implementados nas organizações em todo o mundo, desde 
a década de 1970 (DIAS, 2019).
Segundo Gonçalves (2020), os principais objetivos dos sistemas de cálculos de 
necessidades é permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos 
realizados pelos clientes com uma formação mínima de estoques, planejar as 
compras e produzir itens componentes para sejam realizadas nos momentos e 
quantidades certas, nem mais, nem menos, nem antes, nem depois.
Um sistema de administração da produção precisa conectar-se aos objetivos es-
tratégicos da organização. Assim, o MRP possui maior aplicabilidade nas organi-
zações, tendo como foco estratégico aspectos técnicos relacionados ao cumpri-
mento de prazo e redução de estoques.
Desta forma, o MRP tem como princípio básico o cálculo das necessidades de 
materiais, compreendendo as quantidades e o momento que serão precisos. 
Essa técnica foi viabilizada pelo avanço da tecnologia e uso dos computadores.
Na lógica, no MRP, os produtos acabados ou pelas demandas de reposição são 
definidos como produtos com uma demanda independente, em que a deman-
da é definida conforme o sistema de produção, segundoa necessidade dos 
clientes e do mercado.
Iniciamos esse processo partindo das informações de quanto e quando o cliente de-
sejará consumir. O MRP distribui essas informações para cada item que compõe o 
produto final. A figura a seguir permitirá visualizar as operações dos sistemas de MRP.
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SISTEMA MRP
Fonte: Dias (2019, p. 25).
#pratodosverem: diagrama mostrando todos os elementos do sistema MRP e suas 
interrelações.
Conforme a figura, os elementos do MRP compreendem (DIAS, 2019):
Programa mestre de produção 
Tem como base a carteira de pedidos dos clientes e previsões 
de demanda. O programa orienta todo o sistema MRP com as 
informações referentes ao produto final. Em outras palavras, definem-
se os componentes e quando serão agregados ou transformados.
Lista de materiais 
São os chamados ingredientes que irão preparar o MRP, contendo as 
quantidades exatas de matérias-primas, componentes e as sub-rotinas 
que determinarão a confecção do produto final.
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Registros de inventário 
Possibilitam identificar as posições dos estoques e pedidos ainda 
em aberto, de forma que se possa obter as necessidades líquidas dos 
materiais.
Programa MRP 
Tem como base as necessidades do produto final, sendo especificadas 
no programa mestre de produção as informações necessárias das 
listas de materiais.
Relatórios e dados de saída 
Com o ciclo do programa MRP completado, o sistema produzirá 
relatórios e informações necessárias para o gerenciamento de todo o 
processo logístico e da manufatura.
Um dos conceitos importantes para a concepção do sistema MRP é a natu-
reza da demanda, podendo ser dependente ou independente. A demanda 
dependente é quando um item faz parte ou é transformado em outro, assim, 
dependerá do planejamento da produção de outros itens, sendo denomina-
do item pai. Já a demanda independente é quando não conseguimos identi-
ficar claramente o item pai e, assim, não podemos determiná-lo por meio de 
cálculos, mas de previsões, como é feito com os produtos acabados.
6.2. SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
Os estoques são recursos considerados ociosos, que têm valor econômico 
e representam uma parte do investimento da empresa que será destinado 
para incrementar as atividades da produção da empresa.
A gestão de estoque dimensiona e avalia os estoques com base não somente 
no empirismo como também em soluções técnico-científicas. Nesse contex-
to, toda empresa deverá gerenciar os estoques determinando a forma mais 
adequada, buscando definir quanto e quando comprar, tendo controle da 
vantagem competitiva sobre seus concorrentes.
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Controlar os estoques é a busca por otimizar os investimentos, aumentando 
a utilização dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de 
capital investido em produtos. A finalidade também se refere ao atendimento 
de vendas das empresas e metas de produção, atendendo uma maior expec-
tativa de gastos sendo gerados com a estocagem de produtos.
6.2.1. DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DE 
ESTOQUE
Dimensionar os estoques adequadamente é essencial para que a organização 
mantenha condições financeiras melhores (MOREIRA, 2012). Além disso, os es-
toques devem possuir níveis suficientes para munir as demandas exigidas.
No ambiente empresarial atual, de alta competição e maior pressão para re-
duzir os níveis de estoques, tem sido uma necessidade para as empresas, de-
vido ao percentual elevado dos custos que os estoques oneram.
As empresas têm necessidade crescente de aperfeiçoar o controle dos níveis 
de estoque em suas cadeias de suprimentos, sendo que a baixa qualidade 
das informações decorrentes de saldos de estoque ocasionará atrasos no for-
necimento ou até mesmo paradas de produção, entre outros fatores. Desta 
forma, é necessário dimensionar a manutenção do nível de estoque que seja 
adequado ou confiável para propor uma obtenção de diferenciais competiti-
vos para sobrevivência no mercado.
Gerenciar estoques de forma adequada 
compreende equilibrar a disponibilidade do 
produto ou serviço ao consumidor, tanto interno 
quanto externo, com custos decorrentes de 
abastecimento. Em outros aspectos, busca 
atender as necessidades de diminuir os custos 
relacionados para aumentar o nível de serviços 
exigidos pelo cliente (SLACK; BRANDON-JONES; 
JOHNSTON, 2018). Gerir o estoque torna-se uma 
prática fundamental para reduzir e controlar os 
custos totais, além de otimizar o nível de serviço 
ofertado pela empresa.
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A política de estoques é a definição de um conjunto de normas, procedimen-
tos e diretrizes, servindo de parâmetro para a execução e gerenciamento das 
atividades em relação aos estoques. O principal objetivo da política de esto-
ques é determinar um equilíbrio entre o estoque e o consumo, otimizando a 
produtividade e minimizando os custos, proporcionando também um nível 
satisfatório de serviço ao cliente.
Se considerarmos o cenário de incerteza, uma das mais seguras e confiáveis 
para a gestão é implantar uma política de estoques adequada, em que a ad-
ministração da organização determinará ao departamento responsável pelo 
controle de estoques um planejamento com objetivos que deverão ser atin-
gidos, ou seja, definir padrões que servirão para direcionar os gestores com 
critérios para a medição da performance do departamento.
Esse programa também é conhecido como políticas ou diretrizes de estoque 
que, de forma geral, poderá contemplar (GONÇALVES, 2020):
• As metas referentes ao tempo de entrega dos produtos.
• A quantidade de almoxarifados ou depósitos, assim como a lista de materiais 
que serão estocados.
• Os níveis em que irão flutuar os estoques para o entendimento das altas e 
baixas das vendas ou identificação de alteração do consumo.
• O ponto em que poderão ser especulados os estoques, podendo ser feita a 
compra antecipada a preços menores ou compras em maiores quantidades 
a obtenção de descontos.
• A rotatividade de estoques.
As políticas são fundamentais para um bom funcionamento da gestão de es-
toques, auxiliando significativamente o dimensionamento, sendo importante 
destacar que são definidas conforme a necessidade da empresa, dando um 
pouco mais de destaque ao dimensionamento de estoque.
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6.2.2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
Os estoques representam uma parcela significativa de valor econômico dos 
ativos das organizações, podendo ser classificados em (DIAS, 2019):
Estoques de produtos em processo 
Quando os produtos ainda se encontram em processo de fabricação.
Estoques de matéria-prima 
São usados para o processo de produção de produtos acabados.
Estoques em trânsito 
Itens que já se encontram expedidos, porém ainda não chegaram em 
seus destinos.
Estoques de produtos acabados 
Produtos já finalizados, prontos.
Estoques em consignação 
Produtos ou materiais que são pagos conforme a venda.
Os materiais comprados ou fabricados deverão fazer parte do estoque, sen-
do contabilizados pelo seu custo individual. O custo do estoque poderá ser 
calculado de três formas para que seja contabilizado no balanço da empresa 
(GONÇALVES, 2020):
• Método do valor do custo médio.
• Método PEPS (o primeiro que entra é o primeiro que sai).
• Método UEPS (o último que entra é o primeiro que sai).
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Conforme a legislação contábil brasileira, os métodos de custo médio e PEPS 
são os únicos que podem ser aceitos como demonstrativos de resultados de 
uma organização. A seguir exemplificaremos os três métodos.
EXEMPLO PARA APLICAR OS MÉTODOS DE CUSTO MÉDIO, PEPS E UEPS
DATA 01/JUNHO 10/JUNHO 15/JUNHO 19/JUNHO 24/JUNHO 30/JUNHO
HISTÓRICO Entrada Entrada Entrada Saída Saída Saída
QUANTIDADE 400 600 300
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00
QUANTIDADE 600 300 200
PREÇO UNIT.
VALOR
 
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela de exemplo contendo entrada e saída de um determinado estoque.
Com a aplicação do método de custo médio, teremos:
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CUSTO MÉDIO NO EXEMPLO EXPOSTO
DATA 01/JUNHO 10/JUNHO 15/JUNHO 19/JUNHO 24/JUNHO 30/JUNHO
HISTÓRICO Entrada Entrada Entrada Saída Saída Saída MM
QUANTIDADE 400 600 300
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 4.600,00
QUANTIDADE 600 300 200 1.100,00
PREÇO UNIT. 3,67 3,67 3,67
VALOR 2.202,00 1.101,00 734,00 4.037,00
QUANTIDADE 400 1.000 1.300 700 400 200 200
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00 3,67 3,67 3,67
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 2.569,00 1.468,00 734,00 734,00
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela de exemplo com aplicação do método de custo médio.
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Já com a aplicação do método PEPS, em que o primeiro que entra é o primei-
ro a sair, teremos:
APLICAÇÃO DO MÉTODO PEPS NO EXEMPLO EXPOSTO
DATA 01/JUNHO 10/JUNHO 15/JUNHO 19/JUNHO 19/JUNHO 24/JUNHO 30/JUNHO 30/JUNHO
HISTÓRICO Entrada Entrada Entrada Saída Saída Saída Saída Saída MM
QUANTIDADE 400 600 300 1.300
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 4.600,00
QUANTIDADE 600 200 300 100 100 1.100,00
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 3,50 3,50 5,00
VALOR 1.000,00 700,00 1.050,00 350,00 500 4.037,00
QUANTIDADE 400 1.000 1.300 900 700 400 300 200 200
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00 3,67 4,14 4,18 4,60 5,00
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 3.825,00 2.898,00 1.672,00 1.380,00 1.000 1.000
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela de exemplo com aplicação do método PEPS.
E, por fim, o método UEPS, no qual o último a entrar é o primeiro a sair.
APLICAÇÃO DO MÉTODO UEPS NO EXEMPLO EXPOSTO
DATA 01/JUNHO 10/JUNHO 15/JUNHO 19/JUNHO 19/JUNHO 24/JUNHO 30/JUNHO
HISTÓRICO Entrada Entrada Entrada Saída Saída Saída Saída MM
QUANTIDADE 400 600 300 1.300
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 4.600,00
QUANTIDADE 300 300 300 200 1.100,00
PREÇO UNIT. 5,00 3,50 3,50 2,50
VALOR 1.500,00 1.050,00 1.050,00 500,00 4.100,00
QUANTIDADE 400 1.000 1.300 1.000 700 400 300 300
PREÇO UNIT. 2,50 3,50 5,00 3,67 4,14 4,18 4,60
VALOR 1.000,00 2.100,00 1.500,00 3.825,00 2.898,00 1.672,00 1.380,00 1.380,00
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela de exemplo com aplicação do método UEPS.
Após a definição desses métodos é importante avaliarmos o giro do estoque, 
que corresponde ao número de vezes que o estoque é consumido em sua 
totalidade em um determinado período. Nas empresas, é bastante utilizado o 
giro de estoque por ano (DIAS, 2019), calculado da seguinte forma:
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Nesse caso, quanto maior for a rotatividade do estoque, será melhor para a 
empresa, pois sinalizará que ela está vendendo mais. Contudo, não podemos 
avaliar somente por esses dados, devemos considerar os custos relacionados 
às compras, transporte e manuseio, que poderão aumentar conforme o giro 
aumente, se comparados com os custos de estoques que tenderão a diminuir 
com um maior giro.
A cobertura de estoque compreende o período em que o estoque atual aten-
de a demanda do mercado sem a necessidade de reposição (DIAS, 2019).
Já a acuracidade de estoque é a relação entre a quantidade física atual do 
estoque e a quantidade lançada nos registros de controle. Esses registros são 
lançados a cada movimentação de entrada e saída do estoque.
O valor da acuracidade é definido em percentual, em que o ideal é obter-se 
100%. Calculamos a acuracidade do estoque da seguinte forma (DIAS, 2019):
A acuracidade poderá ser calculada por meio do valor do estoque total, famí-
lia de produtos e até mesmo pela classificação dos itens da curva ABC.
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A curva ABC é uma classificação que categoriza 
os materiais conforme sua representatividade em 
relação ao seu valor monetário relaxado no estoque. 
O objetivo do método é identificar os materiais 
mais significativos da empresa estocados, assim, 
pode-se tomar medidas gerenciais e controles 
mais precisos e constantes.
Para a sua construção, são necessários três elementos básicos (GONÇALVES, 2020):
• Relação dos itens estocados.
• Conferência do consumo anual ou estoque médio de cada item que será classificado.
• Preço unitário de cada item que será classificado.
A classificação dos itens em ordem são:
• Classe A - 20% dos itens que possuem o valor de consumo mais elevado.
• Classe B - 30% dos itens seguidos dos classificados em A.
• Classe C - 50% dos itens seguidos dos classificados em B, ou seja, os demais itens.
Para melhor entender, considere os seguintes dados de 20 itens selecionados.
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VALORES DE SAÍDA DE ESTOQUE EM RELAÇÃO AO CUSTO UNITÁRIO
ITEM DEMANDA ANUAL CUSTO 
UNITÁRIO R$
VALOR DO 
CONSUMO R$
1 14.900 2,00 29.800,00
2 6.400 5,00 32.000,00
3 3.900 7,00 27.300,00
4 2.900 18,00 52.200,00
5 1.400 6,00 8.400,00
6 2.600 25,00 65.000,00
7 1.100 44,00 48.400,00
8 700 31,00 21.700,00
9 300 65,00 19.500,00
10 80 120,00 9.600,00
11 100 150,00 15.000,00
12 1.500 37,00 55.500,00
13 2.400 75,00 180.000,00
14 1.800 65,00 117.000,00
15 900 28,00 25.200,00
16 100 243,00 24.300,00
17 1.000 57,00 57.100,00
18 2.900 4,00 11.600,00
19 1.500 15,00 22.500,00
20 900 142,00 127.800,00
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela demonstrando a relação de item, demanda, custo unitário e valor 
do consumo.
Para classificarmos em ABC, determinamos em ordem decrescente o valor 
do consumo dos itens juntamente com a sua soma acumulada e o percentu-
al de representatividade dos itens.
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CONSTRUÇÃO DA CURVA ABC
ITEM
DEMANDA 
ANUAL
CUSTO 
UNITÁRIO 
R$
VALOR DO 
CONSUMO 
R$
VALOR 
ACUMULADO 
R$
% 
ACUMULADO
13 14.900 2,00 29.800,00 180.000,00 18,95%
20 6.400 5,00 32.000,00 308,800,00 32,40%
14 3.900 7,00 27.300,00 424.800,00 44,72%
6 2.900 18,00 52.200,00 489.800,00 51,56%
17 1.400 6,00 8.400,00 546.900,00 57,57%
12 2.600 25,00 65.000,00 602.400,00 63,42%
4 1.100 44,00 48.400,00 654.600,00 68,91%
7 700 31,00 21.700,00 703.000,00 74,01%
2 300 65,00 19.500,00 735.000,00 77,38%
1 80 120,00 9.600,00 764.800,00 80,51%
3 100 150,00 15.000,00 792.100,00 83,39%
15 1.500 37,00 55.500,00 817.300,00 86,04%
16 2.400 75,00 180.000,00 841.600,00 88,60%
19 1.800 65,00 117.000,00 864.100,00 90,97%
8 900 28,00 25.200,00 885.800,00 93,25%
9 100 243,00 24.300,00 905.300,00 95,30%
11 1.000 57,00 57.100,00 920.300,00 96,88%
18 2.900 4,00 11.600,00 931.900,00 98,11%
10 1.500 15,00 22.500,00 941.500,00 99,12%
5 900 142,00 127.800,00 949.900,00 100,0%
Fonte: elaborada pelo autor (2023).
#pratodosverem: tabela demonstrando a relação de item, demanda, custo unitário, valordo 
consumo, valor acumulado e percentual do valor acumulado.
O método da curva ABC usado na gestão de estoques pode ser feito visando 
tanto o consumo quanto os itens em estoque. O exemplo usado foi a de curva 
ABC visando consumo.
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6.2.3. LOTE ECONÔMICO E DECISÕES DE COMPRA
Decidir se a empresa irá estocar ou não um determinado material ou produ-
ção é algo básico para o volume de estoque em qualquer instante. Para tomar 
essa decisão, é importante observar o seguinte (DIAS, 2019):
• Vale a pena, economicamente falando, estocar esse item?
• É de interesse da empresa estocar o item indicado como antieconômico 
para satisfazer o cliente da empresa, ou seja, para melhorar o relacionamento 
com ele?
A primeira questão poderemos analisar matematicamente. Podemos afirmar 
que não será econômico estocar um material ou produto se excederá o seu 
custo de compra. Outro aspecto diz respeito ao fato de que não será econômi-
co estocar itens quando a média de consumo da produção, ou necessidades 
dos clientes, apresentar um excesso que represente a metade da quantidade 
econômica do pedido.
A segunda questão é uma decisão mais difícil, pois é impossível atribuirmos 
um valor exato em dinheiro sobre a satisfação dos clientes. Algo que poderá 
resultar em um problema é que o tempo necessário para adquirir poderá ser 
maior que o desejado. Diante disso, teremos que tomar a decisão conside-
rando item por item, referente ao custo de fabricação na base do pedido por 
pedido.
Deve-se destacar que existem diversas formas e métodos para se calcular o 
lote econômico de compra, contudo, será considerado o estoque sempre dis-
ponível, quando se deseja efetuar qualquer compra. O cálculo é o seguinte 
(DIAS, 2019):
 
Onde:
• LEC: lote econômico de compra;
• Cp: custo referente a um pedido;
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• D: demanda referente ao período T; e
• Ca: custo unitário de armazenagem.
Vamos entender melhor por meio de um exemplo. Digamos que uma em-
presa possui uma demanda anual de 2.600 unidades, em que o custo para 
realizar um pedido é R$ 3,60, enquanto o custo para armazenamento de uma 
unidade do item por ano é R$ 1,40. Assim, calculamos:
Conforme o cálculo mostrou, temos um lote econômico de compra de 98 
itens, portanto, para diminuirmos os custos de estocagem e aquisição, deve-
remos respeitar essa quantidade para cada pedido que será realizado. Caso 
necessitemos determinar o número de pedidos, podemos fazê-lo relacionan-
do a demanda ao lote econômico de compras já calculado.
Com essa relação, conseguimos determinar que para a gestão de estoques, o 
mais econômico quando for adquirir estoque junto ao fornecedor é que serão 
necessários 26 lotes contendo 98 itens cada, otimizando os custos da empresa.
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6 PROJETO E OPERAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo mostrar por qual razão é fundamental para 
o processo produtivo uma administração dos materiais e a definição de práti-
cas que levam a uma melhor gestão de estoque.
As empresas têm gerenciado sua administração de materiais considerando a 
demanda do mercado, integrando-a a sua cadeia de suprimentos e, com isso, 
apresentando um diferencial competitivo para o mercado.
Ao dimensionarmos os estoques, fazemos a correlação direta entre a depen-
dência ou não do comportamento da demanda com o da oferta. Observamos 
o quanto é importante para a empresa realizar parcerias entre fornecedor e 
comprador para gerir os seus estoques, em que as tendências poderão tornar 
essa atividade mais produtiva e competitiva para a cadeia de suprimentos.
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https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ
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https://www.youtube.com/watch?v=rXEDaVkwRvc
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	Atividades da função produção
	Os tipos de projetos de desenvolvimento
	Vantagens e desvantagens da especialização
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	Tipos de operações de produção
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	Exemplo de cálculo suavizamento exponencial
	Gráfico de regressão linear simples
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	Conexões do PMP com os outros planos de produção
	Exemplo de PMP básico
	Exemplo de PMP nivelado
	Exemplo de PMP nivelado incluindo disponível para promessa
	Registro básico PMP
	Exemplo de cálculo final de estoque
	Principais atividades da administração de materiais
	Cadeia de suprimentos
	Principais entes de gestão da cadeia de suprimentos
	Sistema MRP
	Exemplo para aplicar os métodos de custo médio, PEPS e UEPS
	Aplicação do método de custo médio no exemplo exposto
	Aplicação do método PEPS no exemplo exposto
	Aplicação do método UEPS no exemplo exposto
	Valores de saída de estoque em relação ao custo unitário
	Construção da curva ABC
	Apresentação da disciplina
	1 PROJETOS E OPERAÇÕES DE SISTEMA DE PRODUÇÃO
	INTRODUÇÃO
	1.1. Classificação dos sistemas de produção
	1.2. Implantando um sistema produtivo
	2 PROJETO E OPERAÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	2.1. Projeto do sistema de produção
	2.2. Operações do sistema de produção
	3 PLANEJANDO A PRODUÇÃO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	3.1 Planejamento hierárquico da produção
	3.2 Planejamento agregado
	4	PLANEJAMENTO E CONTROLE DA CAPACIDADE PRODUTIVA
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
	4.1	Medições da capacidade produtiva
	4.1.1	Medição por meio da produção
	4.1.2 Medição por meio do insumo
	4.1.3 Indicadores da capacidade produtiva
	4.2 Abordagem sistemática relacionada às decisões da capacidade produtiva
	4.2.1 Estimar as necessidades de capacidade
	4.2.2 Identificação das faltas de capacidade
	4.2.3 Desenvolvimento e avaliação das alternativas
	5 PLANO MESTRE DA PRODUÇÃO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
	5.1 Previsão da demanda
	5.1.1 Métodos de previsão de demanda
	5.1.2 Sazonalidade
	5.1.3. Demanda dependente do programa mestre 
	5.2 Planejamento mestre da produção
	5.2.1 Função do plano mestre
	5.2. Estrutura do plano mestre
	5.2.3. Elaborando o plano mestre
	6 O PAPEL DA GESTÃO DE ESTOQUE NO SISTEMA PRODUTIVO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
	6.1. Administração de materiais
	6.1.1 A importância da administração de materiais para o sistema produtivo
	6.1.2. Cadeia de suprimentos
	6.1.3. Material Resource Planning
	6.2. Sistema de controle de estoque
	6.2.1. Dimensionamento e controle de estoque
	6.2.2. Avaliação dos estoques
	6.2.3. Lote econômico e decisões de compra

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