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FEITO PÓR GIOVANNA NUNES BAREA
SÚMARIO:
Bactérias são células procariontes , são menores que seres v ivos e os mais 
s imples. 
Característ icas dos procariontes:
Ausência de compart imento interior da célula ( metabol ismo disperso no 
citoplasma. e ausência de núcleo.
Formas e arranjos:
MICROBIOLOGIA
1.  Morfologia bacteriana, formas de semeadura, meios de cult ivo, 
temperatura de incubação, controle bacteriano, EPIs e EPCs 
2.  Pr incipais agentes causais de infecção hospitalar e formas de identif icação 
3.  Infecção do trato urinário: Diagnóstico laboratorial de ITU 
4.  Coloração de Gram e provas de identif icação dos principais 
microrganismos: S. aureus, Streptococcus, Enterobactetérias 
5.  Pr incipais agentes causais de doenças sexualmente transmissíveis e formas 
de identif icação
6.  Pr incipais agentes causais de Infecções do trato respiratório e formas de 
identif icação
7.  Pr incipais agentes causais de Infecções do SNC e formas de identif icação
8.  Mycobacterium tubeculosis , colração de Ziehl-Neelsen.
1.  MORFOLOGIA BACTERIANA:
 Cocos ( diplococos, estaf i lococos, estreptococos, tétrades e sarcinas) .
MEIO DE CULTURA: 
Fornece nutr ientes para o desenvolvimento de um microrganismo.
Classes de meio de cultura:
Três t ipos de meio de cultura:
Baci los ( diplobaci los, estrptobaci los, pal içadas) .
Hel icoidais ou espiraladas (espir i los e espiroquetas)
Definido: sabe a composição exata de nutr ientes adic ionados.
Complexo: não se sabe a exata composição química dos nutr ientes 
adic ionados. Ex: extrato de carne, extrato de levedura, etc.
Selet ivos: contem composto que inibem o crescimento de alguns 
microrganismo, favorecendo outros.
Diferenciais : contem um indicador ( coloração) que permite a diferenciação 
dos microrganismos.
Líquido: o crescimento de bactérias é v isual izado pela turvação.
Sol ido: formação de colônias
Controle microbiano:
Métodos f ís icos
Agentes Microbianos: Produtos químicos natural ou s intét ico, que mata ou 
inibe o crescimento de microrganismos.
Agentes “CIDAS”: Matam organismo. Ex: Bacteric idas, fungic idas e v ir ic idas.
Agentes “STÁTICOS”: Inibem o crescimento . EX: Bacteriostát icos, fungistát icos 
Semisól ido: v isual izado pela turvação. Usado para veri f icar a moti l idade.
e vir istát icos.
Como controlar doenças infecciosas: 
EPI´S
 São: jalecos, luvas, máscaras ou respiradores, óculos de segurança ou protetores faciais
EPC’S 
2. INFECÇÃO HOSPITALAR.
É adquir ida em ambiente hospitalar durante a intenção ou alta do paciente, 
quando o mesmo, esteve hospital izado ou passou por algum procedimento 
médico.
Microrganismo que causam IH:
Higienizar as mãos com frequência
Uti l izar lenço descartável para higiene nasal ;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir ;
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Não part i lhar al imentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal ;
Evitar aperto de mãos, abraços e bei jo social ;
Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar , dentro do possível , 
ambientes com aglomeração;
Evitar v is i tas a hospitais ;
Venti lar os ambientes.
Coletores de resíduos;
Chuveiro de emergência;
Ext intores de incêndio;
Lava-olhos;
Saída de emergência.
Bactérias, v írus e fungos.
Bactérias: f lora normal.
Individuo imunocomprometido bactérias oportunistas.
Vias de transmissões : 
3. INFEÇÃO DO TRATO URINÁRIO.
ITU é a mult ipl icação de microrganismos em qualquer segmento do aparelho 
urinário. At inge principalmente as mulheres.
Fungos: Candida albicans e Aspergi l l ius sp.
Vírus: Hepatite B e C, enterovirose e v írus associado a quadro de 
pneumonia hospitalar.
Via endógenas: F lora Normal.
Via exógena:
 • tamanho da uretra;
 • proximidade com o ânus,
Trato Urinário Inferior - Cist i te ( mais comum , se da na bexiga) .
Trato Urinário Superior - Pielonefr i te ( ITU complicada, causa nos r ins)
Vias de infecção do trato urinario.
ITU sintomática e Não sintomática 
SINTOMÁTICA 
ASSINTOMÁTICA 
Método de obtenção da urina.
Via ascendente: o microrganismo poderá at ingir através da uretra, a 
bexiga, ureter e o r im; 
Via hematogênica: ocorre devido a intensa vascularização do r im podendo 
o mesmo ser comprometido em qualquer infecção sistêmica. Ex: 
Staphylococcus aureus, Mycobacterium tuberculosis , Histoplasma spp.
 Via l infát ica: é rara embora haja a possibi l idade de microrganismos 
alcançarem o r im pelas conexões l infát icas entre o intest ino e o r im e/ou 
entre o trato urinário inferior e superior.
 Disúria 
 Frequência 
 Urgência
 Dor lombar
 Febre 
 Bacteriúria
 Cultura posit iva 
 Tratamento ambulatorial 
 Cultura posit iva sem sintomas 
 Bacteriúria assintomática 
 Rastreio de pacientes (Gestante, pós operatório, paciente transplantado 
renal , internado) 
 Cist i te recorrente (prof i laxia com antibiot icoterapia)
Meios de cultura rot ineiros ( ITU):
Teste de sensibi l idade a antibiót icos 
 Como determinar se o microrganismo isolado é sensível ou resistente a 
determinado antibiót ico?? Determinação da Concentração Inibitória Mínima 
(CIM)
 Amostras matinais 
Formas de obtenção : Cateterização; Aspiração suprapúbica e Jato médio 
 Ágar Sangue (5% sangue de carneiro) 
 Ágar CLED ou BROLACIN 
 Ágar MacConkey Meios r icos Meios selet ivos e diferenciais
Difusão em ágar e Di luições seriadas
 Teste de Difusão em ágar (Kirby-Bauer) : Meio Muller-Hinton
Diagnostico:
Cist i te não complicada: Disúria, ardência, queimação de dor
Exames para sol ic i tar EAS; Urina 1 e Urocultura.
Pielonefr i te não complicada: Cist i te não tratado adequadamente que subiu.
Sintomas, urgência miccional , disúria, dor lombar, náuseas, febre , vômitos.
Diagnostico: Urocultura e tratamento, hemocultura, tratamento com 
antibiot icoterapia sem necessidade de internação.
Pielonefr i te complicada: c ist i te não tratada que subiu para o trato superior ( 
RIM)
Sintomas : febre, leucocitose, estado mental a lterado, bacterimia, s intomas 
sistêmico
Diagnóstico: Internação; urocultura, hemocultura, troca de cateter vesical ( se 
presente) , terapia antibiót ico intravenoso.
COLORAÇÃO DE GRAM E IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS. 
Coloração de gram:
Identif icação dos microrganismos:
S.aureus
Diagnóstico
1.  Gram-Positivo:
Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram-positiva, o que significa que retém a cor 
roxa do cristal violeta após o processo de descoloração.
A espessa camada de peptidoglicano em sua parede celular é responsável por essa 
retenção do corante.
2.  Morfologia:
Aparece como cocos (esféricos) sob o microscópio.
Normalmente, são encontrados em arranjos de cachos de uva, que é uma característica 
distintiva do gênero Staphylococcus.
1.  Microscopia e Coloração de Gram:
Observação de cocos Gram-positivos em cachos.
2.  Cultura:
Crescimento em meios seletivos e diferenciais, como ágar sal manitol, onde S. aureus 
fermentar manitol, produzindo colônias amarelas.
3.  Testes Bioquímicos:
Teste de coagulase positivo.
Teste de catalase positivo (diferencia de estreptococos).
Estreptococcos
Espécies 
4.  Métodos Moleculares:
PCR e sequenciamento para identificação rápida e precisa.
1.  Gram-Positivos:
Os estreptococos são bactérias Gram-positivas, o que significa que retêm a coloração 
roxa do cristal violeta após o processo de descoloração com álcool ou acetona.
A parede celular dos estreptococos é espessa e rica em peptidoglicano, o que contribui 
para a retenção do corante cristal violeta.
2.  Morfologia:
Quando observadas ao microscópio, os estreptococos aparecem como cocos (esféricos) 
dispostos em cadeias ou pares.
A disposição em cadeias é uma característica distintiva importante que pode ajudar na 
identificação preliminar desse gênero debactéria.
1.  Streptococcus pyogenes (Grupo A):
Doenças: Faringite estreptocócica (garganta inflamada), febre escarlatina, impetigo, 
celulite, fasceíte necrosante e síndrome do choque tóxico estreptocócico.
Características: Beta-hemolítico (causa hemólise completa em ágar sangue).
2.  Streptococcus pneumoniae (Pneumococo):
Diagnóstico
A identificação dos estreptococos em laboratório envolve várias técnicas:
Enterobactérias 
Doenças: Pneumonia, meningite, otite média, sinusite e septicemia.
Características: Alfa-hemolítico (causa hemólise parcial, resultando em uma coloração 
verde ao redor das colônias em ágar sangue), tem cápsula polissacarídica que é um fator 
de virulência importante.
1.  Microscopia e coloração de Gram:
Bactérias Gram-positivas aparecem roxas sob o microscópio.
2.  Cultura em ágar sangue:
A observação do tipo de hemólise (alfa, beta ou gama) ajuda na identificação.
3.  Testes bioquímicos:
Por exemplo, testes de catalase (estreptococos são catalase-negativos) e sensibilidade a 
antibióticos específicos, como a bacitracina para Streptococcus pyogenes.
4.  Sorotipagem e métodos moleculares:
Para identificar espécies específicas e grupos.
1.  Gram-Negativas:
As enterobactérias são bactérias Gram-negativas, o que significa que não retêm a cor 
roxa do cristal violeta após a descoloração na coloração de Gram.
Após a contracoloração com safranina ou fucsina, aparecem coradas de rosa ou 
vermelho sob o microscópio.
Especies 
Diagnóstico
Tratamento
2.  Morfologia:
São bacilos (bactérias em forma de bastonete).
O tamanho varia, mas geralmente têm entre 1 a 5 micrômetros de comprimento.
3.  Habitat:
Normalmente encontrados no trato gastrointestinal, mas algumas espécies podem ser 
encontradas no solo, água e em várias superfícies ambientais.
1.  Escherichia coli (E. coli):
Doenças: Infecções do trato urinário, gastroenterite, meningite neonatal, septicemia.
2.  Salmonella spp.:
Doenças: Febre tifóide (Salmonella Typhi), gastroenterite, septicemia.
3.  Klebsiella pneumoniae:
Doenças: Pneumonia, infecções do trato urinário, septicemia.
4.  Enterobacter spp.:
Doenças: Infecções hospitalares, incluindo infecções do trato urinário e respiratório.
1.  Microscopia e Coloração de Gram:
Observação de bacilos Gram-negativos corados de rosa/vermelho.
2.  Cultura em Meios Seletivos:
Crescimento em meios específicos como MacConkey agar, onde podem ser 
diferenciadas com base na fermentação da lactose.
3.  Testes Bioquímicos:
Testes como a produção de gás a partir da glicose, produção de indol, teste de urease, 
entre outros.
4.  Métodos Moleculares:
PCR e sequenciamento para identificação rápida e precisa de espécies específicas.
1.  Antibióticos:
Escolha baseada em testes de sensibilidade antibiótica, mas inclui frequentemente 
cefalosporinas, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e carbapenêmicos.
2.  Medidas de Suporte:
Reidratação oral ou intravenosa em casos de infecções gastrointestinais.
DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSIVEL
 Microrganismo que causam DST
Transmissão 
Bactérias
Vírus
Protozoários 
Fungos
Relação sexual
Sangue (HIV)
Transmissão vertical
Microrganismos → sensíveis ao dessecamento e condições ambientais (calor e luz); 
Colonizam exclusivamente o trato geniturinário → ambiente úmido e protegido.
Gonorréia e infecção por Clamídia
Neisseria gonorrhoeae: uretrites - gonocócicas 
Chlamydia trachomatis: uretrites - não gonocócicas
Quadro clínico Gonorréia 
Em homens: Disúria (dor e ardor à micção); Secreção uretral (purulenta); Dor nos testículos.
Em mulheres: Corrimento; Dor á micção; Sangramento durante relação sexual; OBS: maioria das 
infecções são assintomáticas 
Infecção por Clamídia: Sintomas mais brandos; Frequentemente assintomáticos.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
❑ Gonorréia →2-7 dias; 
❑ Chlamydia → 7-14 dias
 Microrganismos → Apenas fluidos corporais do trato geniturinário
Sifilis 
Bactéria espiralada: Treponema pallidum
Transmissão 
Relação sexual; 
Transmissão vertical (a partir do 4º mês)→ via hematogênica);
Co-infecção: geralmente associada a transmissão de gonorreia; 
 Sífilis potencialmente mais perigosa (100.000 mortes/ano); 
Gonorréia (1000 mortes/ano) 
Manifestação clínica
Diagnóstico 
Evidenciação do T. pallidum nas lesões: 
INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO
Identificação bactéria patogênica → nem sempre indica infecção; 
Conhecer a microbiota normal → interpretação dos resultados da cultura;
Estágio Primário → presença de cancro duro; 
Após 1 a 3 meses: nódulos inguinais aumentados e cicatrização espontânea 
Lesão ulcerada→ geralmente única e indolor.
Estágio Secundário: 
 Disseminação dos Treponemas; 
 Multiplicação da bactéria em todos os órgãos; 
Roséolas, lesões papulosas, adenopatia generalizada (aumento dos gânglios linfáticos)
Estágio Terciário: 
 Lesões cutâneas 
Bactéria pode atingir o SNC (demência, paralisia ou morte)
 Cultivo → impossibilidade de cultivo em meios artificiais; 
 Inoculação em macacos e ratos; 
Baixa resistência ao meio ambiente → não suportam calor e falta de umidade;
Capacidade de biossíntese é limitada.
Microscopia e PCR
 Exame de campo escuro 
Pesquisa direta com material corado (Fontana Tribondeau) 
Testes imunológicos: 
 Treponêmicos 
 Não-treponêmicos
Sífilis Primária ▪ Microscopia de campo escuro ▪ Métodos de coloração ▪ Testes 
treponêmicos 
Sífilis Secundária ▪ Microscopia de campo escuro ▪ Testes treponêmicos 
Sífilis Terciária ▪ Testes treponêmicos 
Sífilis Congênita ▪ Testes treponêmicos e não treponêmicos (baixa sensibilidade) ▪ An de 
amostra de sangue, avaliação neurolófgica e Raio-X.
FARINGITES: 
Streptococcus pyogenes 
70% origem viral 
Mononucleose infecciosa: vírus Epstein-Barr 
70-90% dos pacientes apresentam faringite 
Amígdalas e a úvula
 Streptococcus β-hemolítico do grupo A 
Principal agente etiológico bacteriano
Complicações da faringite: abscesso, otite média e sinusite, escarlatina, febre reumática e 
glomerulonefrite
DIFTERIA: Corynebacterium diphtheriae
 Bacilos Gram positivos pleomórficos, forma de clava; 
Catalase positivos; 
 Imóveis e não formadores de esporos; 
 Fazem parte da microbiota da pele e orofaringe 
Somente as cepas toxigênicas → infecção (grave); 
 Forma mais comum: Faringea (exsudato escurecido nas amígdalas, eritema e inflamação 
local grave → obstrução respiratória) 
Disseminação da toxina diftérica: insuficiência cardíaca, paralisia do palato e insuficiência 
renal
Transmissão: contato direto (portadores ou pessoas doentes); 
 Notificação obrigatória 
 Vacina Tetravalente DTP +Hib 
PNEUMONIA 
Vários agentes etiológicos: vírus, bactérias e fungos Origem: 
Transmissão: 
 Inalação de aerossóis, aspiração ou via hematogênica Sintomas: 
PNEUMONIA X INFECÇÕES HOSPITALARES 
Matérias clínico
Pneumonia → Streptococcus pneumoniae
 Na era pré-vacina: > causa de morbidade e mortalidade infantil
 Infecção comum em idosos → óbito; 
Principal causa de óbito em crianças; 
 Adquiridas na comunidade (PAC) 
Relacionadas com a assistência a saúde (IRAS) 
 Febre súbita, dor torácica, tosse, falta de ar, dificuldade e dor ao respirar
Agentes etiológicos específicos; 
 Maioria dos casos → bacteriana
Gram-negativas: ▪ Klebsiella sp ▪ Acinetobacter sp ▪ P. aeruginosa 
Gram-positivas: ▪ S. aureus
Cultura Quantitativa: 
 Lavado broncoalveolar 
Escovado 
 Aspirado traqueal 
Cultura Qualitativa: escarro e biopsia pulmonar 
Materiais não aceitáveis: 
 Saliva; 
Escarro colhido durante 24 h 
Swabs
Escarro → valorizar apenas amostra de boa qualidade (coletado corretamente); 
Quantificar cultura → lavados, escovados e aspirado traqueal; 
Utilizar amostras sem contaminação → pulmões ou biopsias.
Bacterioscopia direta → diplococos Gram-positivos
Passos da Coloração de Ziehl-Neelsen:
1.  Fixação da Amostra:
A amostra bacteriana é espalhada em uma lâmina de vidro e fixada pelo calor, passando 
a lâmina rapidamente sobre uma chama.
2.  Aplicação do Corante Primário (Fucsina):
A lâminaé coberta com fucsina básica e aquecida suavemente até a produção de 
vapores, tomando cuidado para não secar. Este aquecimento permite a penetração do 
Interpretação:
A coloração de Ziehl-Neelsen é essencial no diagnóstico de tuberculose e outras infecções 
causadas por micobactérias, proporcionando uma maneira rápida e eficaz de identificar a 
presença desses patógenos em amostras clínicas.
INFECÇÃO DO SNC : MENINGITES BACTERIANAS
O que são meningites? Infecção aguda que acomete as leptomeninges (aracnóide e pia-máter) 
com reação no espaço subaracnóide, detectável no LCR.
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e 
a medula espinhal. Existem diferentes tipos de meningite, sendo as principais a meningite 
séptica (ou bacteriana) e a meningite asséptica (ou viral). Aqui estão as diferenças entre essas 
duas formas de meningite:
Meningite Séptica (Bacteriana)
Causas:
corante nas paredes celulares das bactérias ácido-resistentes.
3.  Lavagem:
A lâmina é lavada com água corrente para remover o excesso de corante.
4.  Descoloração com Ácido-Álcool:
A lâmina é tratada com uma solução de ácido-álcool (geralmente ácido clorídrico ou 
ácido sulfúrico em álcool) para descolorir bactérias não ácido-resistentes. Bactérias 
ácido-resistentes manterão a cor vermelha da fucsina.
5.  Aplicação do Corante de Contraste (Azul de Metileno):
A lâmina é então corada com azul de metileno, que cora as bactérias não ácido-
resistentes, proporcionando um contraste para visualização ao microscópio.
6.  Lavagem Final e Secagem:
Após a aplicação do corante de contraste, a lâmina é novamente lavada, seca e está 
pronta para a observação microscópica.
Bactérias ácido-resistentes (como Mycobacterium tuberculosis) aparecerão em vermelho 
ou rosa devido à retenção da fucsina básica.
Outras bactérias e células aparecerão em azul devido ao corante de contraste.
Neisseria meningitidis: Diplococos Gram-negativos capsulados;(meningococo)
Streptococcus pneumoniae: Coco Gram-positivo: diplococos ou cadeias; são Alfa-
hemolíticos; (pneumococo)
Haemophilus influenzae: Coco bacilos Gram-negativos Sorotipos: A, B, C, D, E e F (Ag 
cápsula polissacarídica);
Listeria monocytogenes
Sintomas:
Diagnóstico:
Tratamento:
Prognóstico:
Prevenção:
Meningite Asséptica (Viral)
Causas:
Escherichia coli (especialmente em recém-nascidos)
Início súbito de febre alta
Dor de cabeça intensa
Rigidez na nuca
Náuseas e vômitos
Fotofobia (sensibilidade à luz)
Alteração do estado mental (confusão, sonolência)
Manchas vermelhas ou púrpuras na pele (petequias ou púrpura), especialmente com 
Neisseria meningitidis
Em lactentes: irritabilidade, recusa alimentar, choro agudo, fontanela tensa ou abaulada
Punção lombar: Líquido cefalorraquidiano (LCR) turvo, aumento de leucócitos, proteínas 
elevadas, glicose diminuída.
Cultura do LCR e hemoculturas: Identificação do agente bacteriano.
Exames de imagem: TC ou RM em casos específicos para complicações.
Antibióticos intravenosos: Início imediato com antibióticos de amplo espectro, ajustados 
conforme a sensibilidade do patógeno.
Corticosteroides: Para reduzir a inflamação e prevenir complicações neurológicas.
Suporte clínico: Hidratação intravenosa, controle da febre e monitoramento das funções 
vitais.
Depende da rapidez do diagnóstico e tratamento.
Complicações incluem perda auditiva, déficit neurológico, insuficiência renal.
Alta mortalidade sem tratamento adequado.
Vacinas: Contra meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b.
Profilaxia antibiótica: Para contatos próximos de casos de meningite meningocócica.
Sintomas:
Diagnóstico:
Tratamento:
Prognóstico:
Prevenção:
Comparação Resumida
Enterovírus (mais comum)
Vírus da caxumba
Vírus do herpes simples (HSV)
Vírus varicela-zoster
HIV
Febre
Dor de cabeça
Rigidez na nuca
Náuseas e vômitos
Fotofobia
Alteração do estado mental (menos comum e menos grave que na meningite bacteriana)
Punção lombar: LCR claro, aumento de leucócitos (principalmente linfócitos), proteínas 
ligeiramente elevadas, glicose normal.
PCR do LCR: Para detectar DNA ou RNA viral.
Sorologia: Para identificação de anticorpos virais.
Suporte clínico: Hidratação, analgésicos, antipiréticos.
Antivirais: Apenas para meningite por HSV ou outros vírus específicos.
Autolimitada: Muitas vezes, a meningite viral se resolve sem tratamento específico.
Geralmente bom, com recuperação completa em 7-10 dias.
Complicações graves são raras, mas podem incluir encefalite em casos de infecção por HSV.
Vacinas: Contra caxumba, varicela, e outras doenças virais.
Medidas de higiene: Lavar as mãos frequentemente, evitar contato próximo com pessoas 
infectadas.
Etiologia: Bacteriana (séptica) vs. Viral (asséptica)
A identificação rápida e o tratamento adequado são cruciais para o manejo eficaz de ambos os 
tipos de meningite.
Gravidade: Meningite bacteriana é geralmente mais grave e requer tratamento imediato 
com antibióticos; meningite viral é geralmente menos grave e autolimitada.
Diagnóstico: LCR turvo e alterações significativas na glicose e proteínas para bacteriana; 
LCR claro e alterações menos pronunciadas para viral.
Tratamento: Antibióticos e suporte intensivo para bacteriana; suporte clínico e antivirais 
específicos (quando necessário) para viral.
Prevenção: Vacinação e profilaxia antibiótica para bacteriana; vacinação e medidas de 
higiene para viral.
PARASITOLOGIA
Sumário: 
PARASITOSES INTESTINAIS 
Parasitoses intestinais são infecções causadas por parasitas que vivem no trato gastrointestinal. 
Esses parasitas podem ser protozoários ou helmintos (vermes), e a infecção geralmente ocorre 
através da ingestão de alimentos ou água contaminados, ou pelo contato com superfícies 
contaminadas. 
Principais Parasitoses Intestinais
1. Ascaridíase
2. Giardíase
1.  P a r a s i t o s e s i n t e s t i n a i s
2.  T r y p a n o s s o m a c r u z i
3.  L e i s h m a n i o s e
4.  M é t o d o d e H o f f m a n n e c o l s . ; M é t o d o d e F a u s t o u C e n t r í f u g o - F l u t u a ç ã o e 
a n á l i s e d e a m o s t r a s
5.  M é t o d o d e s e d i m e n t a ç ã o p o r c e n t r i f u g a ç ã o o u M I F C . M é t o d o d e W i l l i s o u 
F l u t u a ç ã o E s p o n t â n e a
6.  M é t o d o d e B a e r m a n n - M o r a e s . M é t o d o d e R u g a i e S h e a t h e r s e A n á l i s e d e 
a m o s t r a s
7.  M é t o d o d e S t o l . ; M é t o d o d e K a t o - K a t z . M é t o d o d e M a c M a s t e r e a n á l i s e d e 
a m o s t r a s .
8.  D i a g n ó s t i c o d e p a r a s i t o s i n t e s t i n a i s ; c a v i t á r i o s . I d e n t i f i c a ç ã o m o r f o l ó g i c a 
d a s e s t r u t u r a s p a r a s i t á r i a
9.  D i a g n ó s t i c o d e p a r a s i t o s d o s a n g u e e t e c i d u a i s . I d e n t i f i c a ç ã o m o r f o l ó g i c a 
d a s e s t r u t u r a s p a r a s i t á r i a s .
10. Trichomonas sp
11. Técnicas de Coloração. Técnicas de coloração específicas para o diagnóstico parasitológicos
Agente Causador: Ascaris lumbricoides (lombriga)
Sintomas: Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso, presença de vermes 
nas fezes.
Diagnóstico: Exame de fezes para detecção de ovos do parasita.
Tratamento: Antiparasitários como albendazol ou mebendazol.
Prevenção: Higiene pessoal, lavar bem os alimentos e saneamento básico.
Agente Causador: Giardia lamblia (protozoário)
3. Amebíase
4. Teníase e Cisticercose
5. Enterobíase (Oxiurose)
6. Esquistossomose
Sintomas: Diarreia, cólicas abdominais, náuseas, inchaço, perda de apetite, fezes 
gordurosas.
Diagnóstico: Exame de fezes (para detectar cistos ou trofozoítos) e testes imunológicos.
Tratamento: Metronidazol, tinidazol ou nitazoxanida.
Prevenção: Água tratada, lavar as mãos e alimentos, evitar contato com água contaminada.
Agente Causador: Entamoeba histolytica (protozoário)Sintomas: Diarreia, cólicas abdominais, fezes com muco e sangue, febre, perda de peso.
Diagnóstico: Exame de fezes, sorologia e colonoscopia em casos graves.
Tratamento: Metronidazol ou tinidazol seguido de paromomicina.
Prevenção: Saneamento básico, higiene pessoal e tratamento adequado da água.
Agente Causador: Taenia solium (tênia do porco) e Taenia saginata (tênia do boi)
Sintomas: Teníase: Dor abdominal, náuseas, fraqueza, perda de peso. Cisticercose: 
Sintomas neurológicos, dor de cabeça, convulsões.
Diagnóstico: Exame de fezes para teníase, exames de imagem e sorologia para cisticercose.
Tratamento: Praziquantel ou albendazol.
Prevenção: Cozinhar bem a carne, saneamento básico e higiene pessoal.
Agente Causador: Enterobius vermicularis (oxiúro)
Sintomas: Prurido anal, irritação, distúrbios do sono.
Diagnóstico: Método da fita adesiva (detecção de ovos na região perianal).
Tratamento: Mebendazol, albendazol ou pamoato de pirvínio.
Prevenção: Higiene pessoal rigorosa, lavar roupas e lençóis com frequência.
Agente Causador: Schistosoma mansoni
Sintomas: Dermatite cercariana, febre, calafrios, diarreia, dor abdominal, hepatomegalia, 
esplenomegalia.
Diagnóstico: Exame de fezes para detectar ovos, biópsia retal ou hepática, sorologia.
Tratamento: Praziquantel.
Prevenção: Evitar contato com água contaminada, controle de caramujos, saneamento 
básico.
Medidas Gerais de Prevenção
As parasitoses intestinais representam um problema significativo de saúde pública, 
especialmente em áreas com saneamento básico inadequado. A prevenção é fundamental e 
inclui medidas simples de higiene, saneamento e educação. O diagnóstico precoce e o 
tratamento adequado são essenciais para reduzir a morbilidade associada a essas infecções.
TRYPANOSSOMA CRUZI
Trypanosoma cruzi é o protozoário causador da Doença de Chagas, também conhecida como 
tripanossomíase americana. A doença é endêmica em várias regiões da América Latina e é 
transmitida principalmente através de insetos triatomíneos, conhecidos popularmente como 
"barbeiros".
Transmissão
A Doença de Chagas pode ser transmitida de várias maneiras:
Fases da Doença de Chagas
A Doença de Chagas possui duas fases distintas:
Higiene Pessoal: Lavar as mãos regularmente, especialmente antes de comer e após usar o 
banheiro.
Higiene Alimentar: Lavar bem frutas e vegetais, cozinhar carnes adequadamente, beber 
água tratada.
Saneamento Básico: Tratamento adequado de esgoto e abastecimento de água.
Educação em Saúde: Informar a população sobre modos de transmissão e prevenção de 
parasitoses.
Controle de Vetores: Reduzir a população de insetos e outros vetores que possam 
transmitir parasitas.
1.  Vetorial: A forma mais comum é através das fezes de triatomíneos infectados. O inseto pica 
a pessoa e, enquanto se alimenta de sangue, suas fezes contendo o parasita podem entrar 
no corpo humano através da picada ou de mucosas.
2.  Transfusional: Através de transfusão de sangue contaminado.
3.  Congênita: De mãe para filho durante a gravidez.
4.  Oral: Ingestão de alimentos contaminados com fezes de triatomíneos infectados.
5.  Transplante de órgãos: De doadores infectados.
1. Fase Aguda
2. Fase Crônica
Diagnóstico
Tratamento
Prevenção
Duração: Algumas semanas a meses.
Sintomas: Frequentemente assintomática ou com sintomas leves e inespecíficos como 
febre, fadiga, inchaço dos gânglios linfáticos, inchaço no local da picada (chagoma), e 
inchaço de um olho (sinal de Romaña).
Diagnóstico: Identificação do parasita no sangue através de exames de esfregaço 
sanguíneo ou PCR.
Duração: Pode durar por toda a vida do paciente.
Formas Clínicas:
Forma Indeterminada: Sem sintomas, mas com presença de parasitas detectáveis em 
testes sorológicos.
Forma Cardíaca: Cardiomiopatia chagásica, insuficiência cardíaca, arritmias e 
aneurismas.
Forma Digestiva: Megacólon e megaesôfago, causando dificuldades para engolir e 
problemas intestinais.
Forma Neurológica: Raramente, pode causar manifestações neurológicas.
Fase Aguda: Detecção direta do parasita em esfregaços sanguíneos, testes de PCR.
Fase Crônica: Testes sorológicos (ELISA, hemaglutinação indireta, imunofluorescência 
indireta), exames de imagem (para avaliação de danos cardíacos e digestivos), 
eletrocardiograma.
Fase Aguda e Infeção Recente: Benznidazol e nifurtimox são os medicamentos 
antiparasitários de escolha. São mais eficazes na fase aguda.
Fase Crônica: Tratamento antiparasitário é menos eficaz, mas pode ser recomendado para 
reduzir a carga parasitária. Tratamento sintomático e específico para complicações 
cardíacas e digestivas, como marcapassos, cirurgia ou medicações para insuficiência 
cardíaca.
A Doença de Chagas é uma doença negligenciada, que ainda afeta milhões de pessoas na 
América Latina. A prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado são cruciais para 
reduzir a morbidade e mortalidade associadas a essa infecção. Programas de controle de 
vetores, educação em saúde e triagem de doadores são essenciais para controlar a propagação 
da doença.
LEISHMANIOSE
A leishmaniose é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania. A 
transmissão ocorre através da picada de fêmeas infectadas de flebotomíneos, popularmente 
conhecidos como mosquitos-palha. Existem várias formas de leishmaniose, sendo as principais 
a leishmaniose cutânea, a leishmaniose mucocutânea e a leishmaniose visceral (ou calazar).
Tipos de Leishmaniose
1. Leishmaniose Cutânea
Controle do Vetor: Melhorias habitacionais para evitar a presença de triatomíneos, uso de 
inseticidas residuais, vigilância entomológica.
Transfusões Seguras: Triagem de doadores de sangue e órgãos.
Cuidados na Gravidez: Triagem e tratamento de mulheres grávidas para prevenir 
transmissão congênita.
Higiene Alimentar: Boas práticas de higiene e processamento de alimentos para evitar 
contaminação.
Agente Causador: Diversas espécies de Leishmania, como L. braziliensis, L. mexicana e L. 
major.
Sintomas:
Feridas na pele que começam como pápulas ou nódulos e podem ulcerar.
As lesões podem ser indolores e cicatrizam lentamente, podendo deixar cicatrizes 
permanentes.
Diagnóstico:
Exame clínico das lesões.
Exame parasitológico direto (esfregaço ou biópsia da lesão).
Testes imunológicos e moleculares (PCR).
Tratamento:
Antimoniais pentavalentes (como o antimoniato de meglumina).
Anfotericina B, miltefosina ou paromomicina, dependendo da resistência do parasita e 
da gravidade do caso.
2. Leishmaniose Mucocutânea
3. Leishmaniose Visceral (Calazar)
Medidas Gerais de Prevenção e Controle
Prevenção:
Uso de repelentes.
Mosquiteiros e roupas que cobrem a pele.
Controle de reservatórios e vetores.
Agente Causador: Principalmente Leishmania braziliensis.
Sintomas:
Lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e garganta.
Pode causar deformidades severas.
Diagnóstico:
Semelhante à leishmaniose cutânea, mas com maior ênfase no exame das mucosas.
Exames parasitológicos e moleculares.
Tratamento:
Antimoniais pentavalentes.
Anfotericina B em casos mais severos ou resistentes.
Prevenção:
Igual à leishmaniose cutânea, com ênfase no controle de vetores.
Agente Causador: Leishmania donovani e Leishmania infantum (ou L. chagasi na América 
Latina).
Sintomas:
Febre prolongada, perda de peso, fraqueza.
Hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço).
Pancitopenia (redução de células sanguíneas).
Em casos graves, pode ser fatal se não tratada.
Diagnóstico:
Exames clínicos e laboratoriais.
Aspiração de medula óssea, baço ou linfonodos para exame parasitológico.
Testes sorológicos e moleculares (PCR).
Tratamento:
Antimoniais pentavalentes.
Anfotericina B lipossomal, miltefosina ou paromomicina, dependendo da resistência e 
disponibilidade.
Prevenção:
Controle de vetores e reservatórios (como cães infectados).
Uso de inseticidas e repelentes.
Mosquiteiros impregnados com inseticida.
Controle de Vetores: Redução da população de flebotomíneos através do uso deinseticidas e manejo ambiental para eliminar criadouros.
A leishmaniose é uma doença complexa com diferentes apresentações clínicas e 
epidemiológicas, exigindo abordagens específicas para diagnóstico, tratamento e prevenção. A 
colaboração entre autoridades de saúde, comunidades afetadas e profissionais de saúde é 
essencial para o controle efetivo dessa doença.
M é t o d o d e H o f f m a n n e c o l s . ; M é t o d o d e 
F a u s t o u C e n t r í f u g o - F l u t u a ç ã o e a n á l i s e 
d e a m o s t r a s
Os métodos de Hoffmann e de Faust são técnicas laboratoriais utilizadas para a análise de 
amostras fecais, com o objetivo de detectar parasitas intestinais. A análise de amostras fecais é 
essencial no diagnóstico de parasitoses intestinais, permitindo a identificação de ovos, cistos, 
larvas e trofozoítos de parasitas.
Método de Hoffmann, Pons e Janer (Método de Sedimentação Espontânea)
O Método de Hoffmann, também conhecido como método de sedimentação espontânea ou 
método de Hoffmann, Pons e Janer, é um método simples e eficaz para a detecção de parasitas 
intestinais em amostras fecais.
Procedimento:
Proteção Individual: Uso de repelentes, roupas protetoras, mosquiteiros e telas em janelas 
e portas.
Controle de Reservatórios: Identificação e tratamento de animais domésticos infectados, 
especialmente cães no caso da leishmaniose visceral.
Educação em Saúde: Campanhas informativas para conscientização sobre modos de 
transmissão e medidas preventivas.
Vigilância Epidemiológica: Monitoramento de casos humanos e animais para identificar e 
controlar surtos.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Diluição: As fezes são misturadas com água ou solução salina em um frasco ou tubo.
3.  Filtração: A mistura é filtrada através de uma gaze ou peneira para remover partículas 
grandes.
4.  Sedimentação: O filtrado é deixado em repouso por um período (geralmente de 30 
minutos a várias horas), permitindo que os ovos, cistos e outros parasitas sedimentem no 
fundo do recipiente.
5.  Decantação: A parte superior do líquido é descartada cuidadosamente.
6.  Exame Microscópico: O sedimento é coletado e colocado em uma lâmina para exame ao 
microscópio.
Vantagens:
Desvantagens:
Método de Faust (Método de Centrífugo-Flutuação)
O Método de Faust, ou método de centrífugo-flutuação, é uma técnica mais sofisticada que 
utiliza a centrifugação e a flutuação para concentrar parasitas na amostra fecal.
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
Análise de Amostras Fecais
A análise de amostras fecais para a detecção de parasitas envolve várias etapas e técnicas:
Simplicidade e baixo custo.
Não requer equipamento sofisticado.
Adequado para a detecção de uma ampla variedade de parasitas.
Menos sensível para a detecção de parasitas em baixas concentrações.
Processo relativamente demorado.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Diluição: As fezes são misturadas com uma solução flutuante (geralmente sulfato de zinco 
ou solução de Sheather) em um tubo de centrífuga.
3.  Filtração: A mistura é filtrada para remover partículas grandes.
4.  Centrifugação: O tubo é centrifugado, geralmente a cerca de 1.200 rpm por 5 minutos.
5.  Formação de Menisco: Após a centrifugação, adiciona-se mais solução flutuante até formar 
um menisco convexo.
6.  Colocação de Lamínula: Uma lamínula é colocada sobre o menisco, permitindo que os 
parasitas flutuem e adiram à lamínula.
7.  Exame Microscópico: A lamínula é removida e colocada em uma lâmina para exame ao 
microscópio.
Alta sensibilidade e especificidade.
Melhor para detectar parasitas em baixas concentrações.
Permite a detecção de cistos de protozoários, ovos de helmintos e larvas.
Requer equipamento de centrifugação.
Soluções de flutuação podem ser mais caras.
Requer maior habilidade técnica.
1.  Coleta e Preservação:
Coleta adequada da amostra, evitando contaminação.
Os métodos de Hoffmann (sedimentação espontânea) e de Faust (centrífugo-flutuação) são 
amplamente utilizados para detectar uma variedade de parasitas intestinais em amostras fecais. 
Cada método é mais adequado para certos tipos de parasitas devido às suas características de 
concentração e visualização. 
Método de Hoffmann (Sedimentação Espontânea)
Parasitas Detectados:
Vantagens:
Desvantagens:
Preservação da amostra, quando necessário, usando conservantes como formalina ou 
MIF (merthiolate-iodine-formalin).
2.  Exame Macroscópico:
Inspeção visual da amostra para a presença de sangue, muco, parasitas visíveis a olho 
nu.
3.  Exame Microscópico:
Preparação de esfregaços diretos e coloração, como a coloração de Lugol para detectar 
cistos e trofozoítos de protozoários.
4.  Métodos de Concentração:
Método de Sedimentação (Hoffmann): Para concentrar ovos de helmintos.
Método de Flutuação (Faust): Para detectar cistos de protozoários e ovos de helmintos 
leves.
5.  Testes Adicionais:
Cultura de fezes: Para crescimento e identificação de larvas de helmintos.
PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Para detecção de DNA de parasitas.
1.  Helmintos (Ovos e Larvas)
Ascaris lumbricoides (lombriga)
Trichuris trichiura (tricurídeo)
Ancylostoma duodenale e Necator americanus (ancilostomídeos)
Strongyloides stercoralis (estrongiloidíase)
Taenia spp. (tênia)
Schistosoma mansoni (esquistossomose)
2.  Protozoários (Cistos e Trofozoítos)
Entamoeba histolytica (amebíase)
Giardia lamblia (giardíase)
Balantidium coli (balantidíase)
Adequado para detectar ovos de helmintos que sedimentam bem.
Simplicidade e baixo custo.
Método de Faust (Centrífugo-Flutuação)
Parasitas Detectados:
Vantagens:
Desvantagens:
M é t o d o d e s e d i m e n t a ç ã o p o r 
c e n t r i f u g a ç ã o o u M I F C . M é t o d o d e W i l l i s 
o u F l u t u a ç ã o E s p o n t â n e a
Os métodos de sedimentação por centrifugação (MIFC) e o método de Willis (flutuação 
espontânea) são técnicas laboratoriais usadas para a detecção de parasitas intestinais em 
amostras fecais. Cada método tem suas próprias vantagens e é mais adequado para 
determinados tipos de parasitas.
Método de Sedimentação por Centrifugação (MIFC)
Descrição:
Menos eficaz para detectar cistos leves e alguns protozoários.
1.  Protozoários (Cistos e Trofozoítos)
Giardia lamblia (giardíase)
Entamoeba histolytica (amebíase)
Cryptosporidium spp. (cryptosporidiose)
Cyclospora cayetanensis (ciclosporíase)
Isospora belli (isosporíase)
2.  Helmintos (Ovos e Larvas)
Ascaris lumbricoides (lombriga)
Trichuris trichiura (tricurídeo)
Ancylostoma duodenale e Necator americanus (ancilostomídeos)
Taenia spp. (tênia)
Hymenolepis nana (himenolepíase)
Enterobius vermicularis (oxiuríase)
Alta sensibilidade e especificidade, especialmente para cistos de protozoários e ovos de 
helmintos leves.
Melhor para detectar parasitas em baixas concentrações.
Requer equipamento de centrifugação.
Soluções de flutuação podem ser mais caras.
O método de sedimentação por centrifugação, também conhecido como método de 
sedimentação em formalina-éter ou método MIFC (Merthiolate-Iodine-Formalin Concentration), 
é utilizado para concentrar ovos, larvas e cistos de parasitas intestinais em amostras fecais.
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
Parasitas Detectados:
Método de Willis (Flutuação Espontânea)
Descrição:
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Fixação: As fezes são misturadas com uma solução de formalina (10%) para fixar os 
parasitas.
3.  Adição de Éter ou Solvente: Adiciona-se éter ou outro solvente orgânico (como acetato de 
etila) à mistura.
4.  Centrifugação: A amostra é centrifugada, geralmente a cerca de 1.500 a 2.000 rpm por 2-5 
minutos.
5.  Formação de Camadas: Após a centrifugação, quatro camadas se formam: sedimento 
(contendo os parasitas), solução aquosa (formalin), camada de detritos e éter (ou solvente).
6.  Coleta do Sedimento: A camada de sedimento é coletada e examinada ao microscópio.
Alta sensibilidade paraa detecção de ovos, cistos e larvas.
Eficaz para uma ampla gama de parasitas.
Bom para amostras contendo muitos detritos.
Requer uso de substâncias químicas (formalin e éter) que podem ser perigosas.
Requer equipamento de centrifugação.
Maior habilidade técnica é necessária.
Helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma spp., Schistosoma mansoni, 
Taenia spp., etc.
Protozoários: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium spp., Cyclospora 
cayetanensis, etc.
O método de Willis, ou método de flutuação espontânea, é uma técnica simples e eficaz para a 
detecção de ovos de helmintos em amostras fecais. Baseia-se na flutuação de ovos de parasitas 
em uma solução com maior densidade específica do que os ovos.
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
Parasitas Detectados:
A escolha entre os métodos de sedimentação por centrifugação (MIFC) e de flutuação (Willis) 
depende do tipo de parasita suspeito, da infraestrutura do laboratório e dos recursos 
disponíveis. Ambos os métodos têm suas próprias vantagens e limitações:
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Diluição: As fezes são misturadas com uma solução de alta densidade (geralmente solução 
saturada de sal ou açúcar).
3.  Filtração: A mistura é filtrada para remover partículas grandes.
4.  Formação de Menisco: A mistura é adicionada a um tubo de ensaio até formar um 
menisco convexo.
5.  Colocação de Lamínula: Uma lamínula é colocada sobre o menisco, permitindo que os 
ovos flutuem e adiram à lamínula.
6.  Exame Microscópico: A lamínula é removida e colocada em uma lâmina para exame ao 
microscópio.
Simplicidade e baixo custo.
Rápido e não requer equipamentos sofisticados.
Eficaz para a detecção de ovos de helmintos.
Menos eficaz para cistos de protozoários e larvas de helmintos.
Soluções de alta densidade podem não ser adequadas para todos os tipos de parasitas.
Helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma spp., Enterobius vermicularis, 
Hymenolepis nana, etc.
MIFC: É mais abrangente e sensível para uma variedade maior de parasitas, mas requer 
mais equipamento e substâncias químicas específicas.
Willis: É simples, rápido e de baixo custo, ideal para detectar ovos de helmintos em 
situações onde recursos são limitados.
Em muitos casos, uma combinação de métodos pode ser usada para aumentar a precisão e 
sensibilidade do diagnóstico de parasitoses intestinais.
M é t o d o d e B a e r m a n n - M o r a e s . M é t o d o 
d e R u g a i e S h e a t h e r s e A n á l i s e d e 
a m o s t r a s
Os métodos de Baermann-Moraes, Rugai, e Sheather são técnicas laboratoriais utilizadas para a 
detecção de parasitas em amostras fecais. Cada método é especializado para detectar 
diferentes tipos de parasitas, principalmente helmintos e protozoários.
Método de Baermann-Moraes
O Método de Baermann-Moraes é utilizado principalmente para a detecção de larvas de 
helmintos, especialmente para a identificação de larvas de Strongyloides stercoralis e outros 
como: Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, entre outros, 
dependendo da infecção.parasitas que produzem larvas que se movem.
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
1.  Coleta da Amostra: Coleta de amostras fecais frescas.
2.  Preparação da Amostra: As fezes são colocadas em um tecido ou gaze.
3.  Montagem do Equipamento: A gaze contendo as fezes é suspensa em um funil com água 
morna. O funil tem um tubo de borracha preso na parte inferior, com uma pinça para 
fechar o tubo.
4.  Incubação: O equipamento é deixado em repouso por várias horas (geralmente 12-24 
horas). As larvas móveis migram para a água através da gaze.
5.  Coleta das Larvas: Após o período de incubação, a água do tubo de borracha é coletada.
6.  Exame Microscópico: A água coletada é examinada ao microscópio para identificar as 
larvas.
Alta sensibilidade para a detecção de larvas móveis.
Especialmente eficaz para Strongyloides stercoralis.
Requer um tempo de incubação relativamente longo.
Método de Rugai (ou Rugai, Mattos e Brisola)
O Método de Rugai, também conhecido como método de Rugai, Mattos e Brisola, é uma técnica 
de concentração de larvas similar ao método de Baermann-Moraes.
Os parasitas detectados são semelhantes aos identificados pelo método de Baermann-Moraes, 
incluindo:
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
Método de Sheather (ou Centrífugo-Flutuação com Solução de Sheather)
O Método de Sheather é uma técnica de flutuação utilizada para a concentração de cistos de 
protozoários e ovos de helmintos em amostras fecais.
Menos eficaz para parasitas que não produzem larvas móveis.
Strongyloides stercoralis
Outras larvas de helmintos: Ascaris lumbricoides, Ancylostoma spp., Necator spp., etc.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de amostras fecais frescas.
2.  Preparação da Amostra: As fezes são colocadas em gaze, que é então colocada em um 
funil com água morna.
3.  Incubação: O funil é deixado em repouso por várias horas (geralmente 12-24 horas), 
permitindo que as larvas móveis migrem para a água.
4.  Coleta das Larvas: A água contendo as larvas é coletada do fundo do funil.
5.  Exame Microscópico: A água coletada é examinada ao microscópio para identificar as 
larvas.
Alta sensibilidade para a detecção de larvas móveis.
Fácil de realizar e não requer equipamentos sofisticados.
Similar ao método de Baermann, requer tempo de incubação.
Menos eficaz para parasitas que não produzem larvas móveis.
Cistos de Protozoários: Como Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Cryptosporidium spp., 
Cyclospora cayetanensis, etc.
Ovos de Helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Hymenolepis nana, entre outros.
Procedimento:
Vantagens:
Desvantagens:
Análise de Amostras
A análise de amostras fecais para a detecção de parasitas envolve várias etapas, desde a coleta 
até o exame microscópico. A escolha do método depende do tipo de parasita suspeito, 
infraestrutura do laboratório e recursos disponíveis.
Coleta e Preservação:
Exame Macroscópico:
1.  Coleta da Amostra: Coleta de amostras fecais frescas.
2.  Preparação da Solução de Sheather: A solução de Sheather é uma solução saturada de 
açúcar com uma densidade específica alta.
3.  Mistura das Fezes: As fezes são misturadas com a solução de Sheather.
4.  Centrifugação: A mistura é centrifugada, geralmente a cerca de 1.200 rpm por 5-10 
minutos.
5.  Formação de Menisco: Após a centrifugação, adiciona-se mais solução de Sheather até 
formar um menisco convexo.
6.  Colocação de Lamínula: Uma lamínula é colocada sobre o menisco, permitindo que os 
parasitas flutuem e adiram à lamínula.
7.  Exame Microscópico: A lamínula é removida e colocada em uma lâmina para exame ao 
microscópio.
Alta sensibilidade e especificidade para cistos de protozoários e ovos de helmintos leves.
Adequado para a detecção de uma ampla gama de parasitas.
Requer uma solução de alta densidade.
Necessita de um centrifugador e habilidade técnica.
Coleta adequada das amostras, evitando contaminação.
Preservação das amostras, se necessário, usando conservantes como formalina ou MIF 
(merthiolate-iodine-formalin).
Inspeção visual para a presença de sangue, muco e parasitas visíveis a olho nu.
Exame Microscópico:
Métodos de Concentração:
Testes Adicionais:
M é t o d o d e S t o l . ; M é t o d o d e K a t o - K a t z . 
M é t o d o d e M a c M a s t e r e a n á l i s e d e 
a m o s t r a s
Os métodos de Stoll, Kato-Katz e MacMaster são técnicas laboratoriais usadas para a detecção 
de parasitas intestinais, cada um com suas próprias vantagens e especificidades. 
Método de Stoll
O Método de Stoll, também conhecido como técnica de Stoll ou técnica de Stoll-Kirchiner, é uma 
técnica de sedimentação que permite a concentração de ovos de helmintos em amostras fecais. 
Este método é especialmente útil para a detecção de ovos de helmintos.
Procedimento:
Preparação deesfregaços diretos e coloração (como coloração de Lugol) para detectar 
cistos e trofozoítos de protozoários.
Sedimentação por Centrifugação (MIFC): Para concentrar ovos, cistos e larvas.
Flutuação (Willis e Sheather): Para detectar cistos de protozoários e ovos de helmintos 
leves.
Cultura de Fezes: Para crescimento e identificação de larvas de helmintos.
PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Para detecção de DNA de parasitas.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Diluição: As fezes são diluídas em uma solução de formalina.
3.  Filtração: A mistura é filtrada através de uma gaze para remover partículas grandes.
4.  Centrifugação: A amostra filtrada é centrifugada para concentrar os ovos de helmintos.
5.  Exame Microscópico: O sedimento é examinado ao microscópio para a detecção e 
contagem dos ovos.
Parasitas Detectados:
Método de Kato-Katz
O Método de Kato-Katz é uma técnica de análise de fezes que permite a detecção e contagem 
de ovos de helmintos presentes em amostras fecais. É amplamente utilizado em estudos 
epidemiológicos e em programas de controle de doenças parasitárias.
Procedimento:
Parasitas Detectados:
Método de MacMaster
O Método de MacMaster é uma técnica de contagem de ovos de parasitas presentes em 
amostras fecais, especialmente usada para estimar a carga parasitária de nematoides 
gastrointestinais em animais.
Procedimento:
Ovos de Helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale, Necator 
americanus, Schistosoma mansoni, entre outros.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Preparação da Lâmina: Uma quantidade padronizada de fezes é colocada em um molde 
de plástico em uma lâmina de microscópio.
3.  Filtração: A amostra é coberta com uma malha de nylon ou papel-filtro e prensada para 
espalhar as fezes uniformemente.
4.  Coloração e Leitura: A lâmina é corada com uma solução corante (geralmente azul de 
metileno) e coberta com uma lâmina de microscópio. Os ovos de helmintos são contados 
sob o microscópio.
Ovos de Helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale, Necator 
americanus, entre outros.
1.  Coleta da Amostra: Coleta de uma amostra de fezes frescas.
2.  Diluição: As fezes são diluídas em uma solução salina ou água.
3.  Filtração: A mistura é filtrada através de uma peneira ou tela.
4.  Contagem de Ovos: Uma quantidade padronizada da amostra filtrada é colocada em uma 
câmara de contagem especial (câmara de McMaster) e os ovos são contados sob o 
microscópio.
Parasitas Detectados:
Análise de Amostras
A análise de amostras fecais para a detecção de parasitas envolve várias etapas, incluindo coleta 
da amostra, preparação de lâminas ou câmaras de contagem, coloração (no caso de Kato-Katz), 
e exame microscópico para identificação e contagem dos ovos de parasitas.
Cada método tem suas próprias especificidades e é usado dependendo do objetivo do estudo, 
tipo de parasita a ser detectado, e recursos disponíveis no laboratório. Esses métodos 
desempenham um papel crucial no diagnóstico, monitoramento e controle de doenças 
parasitárias intestinais em humanos e animais.
D i a g n ó s t i c o d e p a r a s i t o s i n t e s t i n a i s ; 
c a v i t á r i o s . I d e n t i f i c a ç ã o m o r f o l ó g i c a 
d a s e s t r u t u r a s p a r a s i t á r i a
O diagnóstico de parasitos intestinais e cavitários é uma parte essencial da prática clínica, 
exigindo uma abordagem detalhada que pode envolver uma variedade de técnicas laboratoriais 
e clínicas, incluindo identificação morfológica das estruturas parasitárias. 
Diagnóstico de Parasitos Intestinais e Cavitários
Exames Laboratoriais:
Ovos de Nematoides: Especificamente, é usado para contagem de ovos de nematoides 
gastrointestinais em animais, como ovinos, bovinos e suínos.
1.  Análise de Fezes:
Métodos de concentração (sedimentação, flutuação).
Microscopia direta.
Coloração especializada (como coloração de Lugol para protozoários).
2.  Exames de Imagem:
Ultrassonografia.
Tomografia Computadorizada (TC).
Ressonância Magnética (RM).
Exames Clínicos:
Identificação Morfológica das Estruturas Parasitárias
Parasitos Intestinais Comuns:
Parasitos Cavitários Comuns:
A identificação morfológica das estruturas parasitárias é crucial para o diagnóstico preciso de 
infecções parasitárias intestinais e cavitárias. Os métodos laboratoriais e clínicos podem 
fornecer informações importantes para orientar o tratamento adequado e a gestão do paciente. 
É essencial que os profissionais de saúde estejam familiarizados com as características 
morfológicas dos parasitos mais comuns e as técnicas de diagnóstico disponíveis para fornecer 
um cuidado eficaz aos pacientes.
1.  Anamnese e Exame Físico:
História clínica detalhada.
Exame físico para sinais sugestivos de infecção parasitária.
2.  Endoscopia e Colonoscopia:
Visualização direta do trato gastrointestinal para identificação de parasitos.
Biópsia para análise histológica.
1.  Ovos de Helmintos:
Morfologia variada, geralmente com casca rígida.
Exemplos: ovos de Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma duodenale, Necator 
americanus, etc.
2.  Cistos de Protozoários:
Estruturas esféricas ou ovais, muitas vezes com núcleo visível.
Exemplos: cistos de Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Cryptosporidium spp., etc.
3.  Trofozoítos de Protozoários:
Formas vegetativas dos protozoários, frequentemente com movimento.
Exemplos: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Balantidium coli, etc.
1.  Cisticercos de Taenia spp.:
Vesículas contendo escólices de Taenia solium ou Taenia saginata.
Podem ser encontrados em tecidos como músculos e cérebro.
2.  Larvas de Nematoide (Larva migrans visceral):
Larvas de nematoides que migram por tecidos e órgãos.
Exemplos: Toxocara canis, Toxocara cati, Strongyloides stercoralis, etc.
3.  Hidátides de Equinococos:
Estruturas de parede dupla contendo líquido e protoscolices.
Encontradas principalmente no fígado e pulmões.
D i a g n ó s t i c o d e p a r a s i t o s d o s a n g u e e 
t e c i d u a i s . I d e n t i f i c a ç ã o m o r f o l ó g i c a d a s 
e s t r u t u r a s p a r a s i t á r i a s .
O diagnóstico de parasitos do sangue e teciduais requer uma abordagem cuidadosa e pode 
envolver uma variedade de técnicas laboratoriais e clínicas.
Diagnóstico de Parasitos do Sangue e Teciduais
Exames Laboratoriais:
Exames Clínicos:
Identificação Morfológica das Estruturas Parasitárias
Parasitos do Sangue Comuns:
1.  Exame Microscópico de Sangue Periférico:
Identificação de formas sanguíneas dos parasitos.
Esfregaço de sangue corado (Giemsa, Wright) ou não corado (gota espessa, esfregaço 
delgado).
2.  Testes Sorológicos:
Detecção de anticorpos específicos contra o parasito.
Exemplos: ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), Imunofluorescência, Western 
Blot.
3.  Biopsia de Tecido:
Coleta de amostras de tecido afetado para análise microscópica.
Pode ser necessária em casos de infecções teciduais profundas.
1.  Anamnese e Exame Físico:
História clínica detalhada.
Exame físico para sinais sugestivos de infecção parasitária.
2.  Exames de Imagem:
Radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética 
(RM) para detectar lesões teciduais.
1.  Plasmodium spp. (Malária):
Trofozoítos intraeritrocitários com características específicas para cada espécie (ex: 
Plasmodium falciparum tem aparência de "anéis" ou "formas em dardo").
2.  Trypanosoma spp. (Doença do Sono e Doença de Chagas):
Trypanossomas são protozoários flagelados com formas características, como um "C" ou 
"S".
3.  Leishmania spp. (Leishmaniose):
Leishmania tem formas amastigotas intracelulares, muitas vezes visualizadas dentro de 
macrófagos.
Parasitos Teciduais Comuns:
Trichomonas sp
O gênero Trichomonas inclui várias espécies de protozoários flagelados, dos quais o 
Trichomonas vaginalis é o mais conhecido por ser um patógeno humano.Trichomonas sp. (especialmente Trichomonas vaginalis)
Morfologia:
Identificação:
Importância Clínica:
1.  Taenia spp. (Cisticercose):
Cisticercos são vesículas com escólices que podem ser encontradas em tecidos como o 
cérebro.
2.  Toxoplasma gondii (Toxoplasmose):
Toxoplasma tem formas teciduais chamadas taquizoítos, frequentemente visualizadas 
em células infectadas.
3.  Schistosoma spp. (Esquistossomose):
Os ovos de Schistosoma são característicos, com uma espinha lateral proeminente.
Tamanho: Aproximadamente 10-20 micrômetros de comprimento.
Forma: Geralmente têm uma forma oval ou piriforme.
Flagelos: Possuem flagelos que são utilizados para movimento e locomoção.
Núcleo: Um núcleo grande e característico é visível em microscopia.
Organelas Especiais: O Trichomonas vaginalis possui uma estrutura chamada axostilo, que 
é uma característica distintiva.
Microscopia Óptica: É possível visualizar Trichomonas vaginalis em amostras clínicas 
(principalmente esfregaços genitais) através do microscópio óptico.
Características Específicas: No caso do Trichomonas vaginalis, ele pode ser identificado 
por sua morfologia típica, incluindo sua forma piriforme, flagelos e axostilo.
Testes de Cultura: Em alguns casos, pode ser necessário cultivar o Trichomonas para 
confirmação e estudo detalhado.
Infecção Geniturinária: O Trichomonas vaginalis é um patógeno humano que causa a 
tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível que afeta principalmente o trato 
geniturinário.
A identificação morfológica do Trichomonas sp., especialmente do Trichomonas vaginalis, é 
crucial para o diagnóstico e tratamento adequados da tricomoníase, uma infecção sexualmente 
transmissível comum. O uso de técnicas laboratoriais adequadas, como a observação 
microscópica de esfregaços genitais, é essencial para a identificação deste parasito.
Técnicas de Coloração. Técnicas de coloração 
específicas para o diagnóstico parasitológicos
Existem várias técnicas de coloração específicas usadas no diagnóstico parasitológico para 
aumentar a visibilidade e facilitar a identificação de parasitas em amostras clínicas. 
Coloração de Lugol (Iodeto de Potássio)
Sintomas: A tricomoníase pode causar sintomas como corrimento vaginal (nas mulheres) 
ou uretral (nos homens), dor durante a micção, coceira e desconforto genital.
Diagnóstico: O diagnóstico da tricomoníase é geralmente feito através da observação 
microscópica do Trichomonas em amostras clínicas ou por testes de amplificação de ácido 
nucleico (como PCR) para detecção do DNA do parasito.
Uso:
Procedimento:
Resultados:
Coloração de Ziehl-Neelsen (Z-N)
Uso:
Procedimento:
Resultados:
Coloração de Trichrome
Uso:
Procedimento:
Resultados:
Destina-se à detecção de cistos de protozoários, como Giardia lamblia e Entamoeba 
histolytica, em amostras fecais.
Também pode ser usado para identificar ovos de helmintos, destacando suas características 
morfológicas.
1.  A amostra é misturada com uma solução de iodeto de potássio (Lugol).
2.  A solução é observada ao microscópio.
Os cistos de protozoários, como Giardia lamblia, geralmente aparecem como estruturas 
ovaladas com núcleo central e contorno destacado.
Os ovos de helmintos podem mostrar características específicas, como casca, formato e 
estruturas internas.
Usado para a detecção de protozoários álcool-ácido resistentes, como Cryptosporidium spp. 
e Cyclospora cayetanensis, e bacilos álcool-ácido resistentes, como Mycobacterium 
tuberculosis.
1.  A amostra é tratada com uma solução de fenol e corante carbol fucsina.
2.  A amostra é aquecida para fixar o corante.
3.  Em seguida, a amostra é lavada com álcool ou álcool-ácido.
4.  É aplicado um contra-corante, como azul de metileno.
5.  A amostra é observada ao microscópio.
Os protozoários álcool-ácido resistentes aparecem como estruturas coradas em vermelho 
brilhante contra um fundo azul.
Bactérias álcool-ácido resistentes, como Mycobacterium tuberculosis, também aparecem 
como estruturas coradas em vermelho brilhante.
Usado para a detecção de protozoários intestinais, como Giardia lamblia e Entamoeba 
histolytica, em amostras fecais.
1.  A amostra é fixada com álcool ou formalina.
2.  É aplicada uma solução de corante tricrômico.
3.  A amostra é observada ao microscópio.
INTRODUÇÃO A MÉTODOS BIOQUÍMICOS
Controle de Qualidade (CQ)
O controle de qualidade refere-se às medidas adotadas para garantir que os resultados dos 
testes laboratoriais sejam precisos, confiáveis e consistentes. Isso envolve:
Colorimetria
A colorimetria é uma técnica analítica que envolve a medição da absorbância ou transmitância 
de luz por uma substância colorida em uma amostra. Isso é feito utilizando-se um 
O corante tricrômico destaca diferentes estruturas celulares dos protozoários, como 
núcleos, cistos e flagelos, proporcionando uma visualização clara e distintiva.
BIOQUÍMICA
Introdução a métodos bioquímicos (Controle de qualidade, Colorimetria, linearidade, cálculos, técnicas 
de pipetagem)
Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus: Glicemia, glicose pós-prandial, curva glicêmica e 
hemoglobina glicada
 Avaliação laboratorial da função renal: Dosagem de uréia, creatinina e ácido úrico (gota)
Avaliação da função hepática: Bilirrubina, proteínas séricas e transaminases (AST, ALT, GGT, FAL)
Avaliação da função cardíaca (enzimas cardíacas CPK e frações)
 Diagnóstico laboratorial das dislipidemias: dosagem de colesterol total e frações, Triglicérides)
 Enzimas pancreáticas: Amilase e lipase
Uso de controles positivos e negativos durante os testes.
Calibração regular de equipamentos.
Verificação da precisão e exatidão dos métodos.
Treinamento e supervisão adequados dos operadores.
Monitoramento contínuo do desempenho do laboratório.
espectrofotômetro ou colorímetro para determinar a concentração de uma substância com 
base na intensidade da cor.
Linearidade
A linearidade refere-se à capacidade de um método ou instrumento de produzir uma resposta 
proporcional à concentração de uma substância em uma faixa específica. Em outras palavras, 
significa que o sinal de detecção (por exemplo, a absorbância em colorimetria) é diretamente 
proporcional à concentração da substância analisada dentro de uma determinada faixa de 
concentração.
Cálculos
Os cálculos são uma parte essencial de muitos procedimentos laboratoriais e análises. Isso pode 
incluir:
Técnicas de Pipetagem
A pipetagem é uma habilidade fundamental em laboratórios e envolve a transferência precisa 
de líquidos de um recipiente para outro. Algumas técnicas de pipetagem incluem:
Esses conceitos são essenciais para garantir a qualidade e a precisão das análises realizadas em 
laboratórios, seja para diagnóstico clínico, pesquisa científica ou controle de qualidade em 
processos industriais.
Diagnóstico Laboratorial do Diabetes Mellitus: Glicemia, 
glicose pós-prandial, curva glicêmica e hemoglobina 
glicada
O diagnóstico laboratorial do diabetes mellitus envolve a avaliação de vários parâmetros 
relacionados aos níveis de glicose no sangue. 
Conversão de unidades (por exemplo, de mililitros para microlitros).
Determinação de concentrações (por exemplo, usando uma curva de calibração em 
colorimetria).
Cálculos de diluição para preparar soluções com a concentração desejada.
Interpretação de dados e resultados de análises.
Uso adequado de pipetas volumétricas, pipetas graduadas e micropipetas.
Calibração regular das pipetas para garantir precisão.
Utilização de técnicas adequadas, como pipetagem de ar e pipetagem de toque, para 
garantir a precisão e evitar a contaminação cruzada.
Glicemia em Jejum
Glicemia Pós-Prandial
Curva Glicêmica (Teste de Tolerância à Glicose Oral - TTGO)
Hemoglobina Glicada (A1c)
Esses testes laboratoriais são fundamentais para o diagnóstico, monitoramento e controle do 
diabetes mellitus. Eles são usados em combinação para fornecer uma avaliação abrangente dos 
níveis de glicose no sangue e da função do metabolismo da glicose no organismo.O diagnóstico 
Definição: Medição dos níveis de glicose no sangue após um período de jejum de pelo 
menos 8 horas.
Uso: É uma das principais ferramentas de triagem para o diabetes mellitus.
Critérios Diagnósticos:
Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL (7,0 mmol/L) em duas ou mais ocasiões indicativas de 
diabetes mellitus.
Definição: Medição dos níveis de glicose no sangue 2 horas após uma refeição.
Uso: Avalia a capacidade do organismo de regular os níveis de glicose após a ingestão de 
alimentos.
Critérios Diagnósticos:
Glicemia pós-prandial ≥ 200 mg/dL (11,1 mmol/L) em duas ou mais ocasiões indicativas 
de diabetes mellitus.
Definição: Teste que avalia a resposta do organismo à ingestão de uma carga de glicose 
oral.
Uso: Pode ser usado para diagnosticar diabetes mellitus ou avaliar a capacidade do 
organismo de regular os níveis de glicose.
Critérios Diagnósticos:
Glicemia plasmática ≥ 200 mg/dL (11,1 mmol/L) duas horas após a ingestão de 75g de 
glicose oral indicativa de diabetes mellitus.
Definição: Medição da porcentagem de hemoglobina que está glicada (ligada à glicose) no 
sangue.
Uso: Fornece uma estimativa dos níveis médios de glicose no sangue ao longo de um 
período de 2-3 meses.
Critérios Diagnósticos:
A1c ≥ 6,5% indicativo de diabetes mellitus.
preciso e o monitoramento regular são essenciais para garantir o tratamento adequado e 
prevenir complicações associadas ao diabetes mellitus.
Avaliação laboratorial da função renal: Dosagem de 
uréia, creatinina e ácido úrico (gota)
 avaliação laboratorial da função renal envolve a medição de vários marcadores, incluindo ureia, 
creatinina e ácido úrico. 
Dosagem de Ureia
Dosagem de Creatinina
Dosagem de Ácido Úrico (Gota)
Definição: A ureia é um produto residual do metabolismo das proteínas, e sua 
concentração no sangue é influenciada pela função renal e hepática.
Uso: A dosagem de ureia é usada como parte da avaliação da função renal e hepática.
Valores de Referência: Geralmente, os níveis normais de ureia no sangue estão entre 7 e 
20 mg/dL (ou 2,5 a 7,1 mmol/L).
Interpretação: A elevação da ureia no sangue pode indicar disfunção renal, desidratação, 
insuficiência cardíaca ou sangramento gastrointestinal, entre outras condições.
Definição: A creatinina é um produto residual do metabolismo muscular e é eliminada 
principalmente pelos rins.
Uso: A dosagem de creatinina é uma medida importante da função renal, pois os níveis de 
creatinina no sangue aumentam quando a função renal está comprometida.
Valores de Referência: Os níveis normais de creatinina no sangue variam, mas geralmente 
estão na faixa de 0,6 a 1,2 mg/dL (ou 53 a 106 micromol/L) para homens adultos e 0,5 a 1,1 
mg/dL (ou 44 a 97 micromol/L) para mulheres adultas.
Interpretação: A elevação da creatinina no sangue pode indicar disfunção renal, 
especialmente quando acompanhada por uma diminuição da taxa de filtração glomerular 
(TFG).
Definição: O ácido úrico é um produto residual do metabolismo das purinas, que são 
encontradas em alimentos e também são produzidas pelo corpo.
A dosagem de ureia, creatinina e ácido úrico são componentes importantes da avaliação 
laboratorial da função renal e do metabolismo de substâncias no organismo. Esses testes são 
frequentemente solicitados em conjunto para fornecer uma visão abrangente da saúde renal e 
metabólica de um indivíduo. Alterações nos níveis desses marcadores podem indicar disfunção 
renal, desidratação, distúrbios metabólicos ou outras condições médicas que requerem 
avaliação adicional e tratamento adequado.
Avaliação da função hepática: Bilirrubina, proteínas 
séricas e transaminases (AST, ALT, GGT, FAL)
A avaliação da função hepática envolve a medição de vários marcadores sanguíneos, incluindo 
bilirrubina, proteínas séricas e enzimas hepáticas como AST (aspartato aminotransferase), ALT 
(alanina aminotransferase), GGT (gama-glutamiltransferase) e FAL (fosfatase alcalina). 
Bilirrubina
Uso: A dosagem de ácido úrico é usada no diagnóstico e monitoramento da gota e outras 
condições relacionadas ao metabolismo das purinas.
Valores de Referência: Os níveis normais de ácido úrico no sangue variam, mas 
geralmente estão na faixa de 3,4 a 7,0 mg/dL (ou 202 a 416 micromol/L) para homens 
adultos e 2,4 a 6,0 mg/dL (ou 143 a 357 micromol/L) para mulheres adultas.
Interpretação: Níveis elevados de ácido úrico no sangue podem indicar hiperuricemia, que 
está associada à gota e pode ser um fator de risco para doença renal crônica e outras 
condições cardiovasculares.
Definição: A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido pelo fígado durante o 
metabolismo da hemoglobina.
Uso: A dosagem de bilirrubina é utilizada para avaliar a função hepática e diagnóstico de 
condições como icterícia e doença hepática.
Valores de Referência: Os níveis normais de bilirrubina total no sangue estão geralmente 
abaixo de 1,2 mg/dL (ou 21 micromol/L), com a bilirrubina direta representando menos de 
0,3 mg/dL (ou 5,1 micromol/L).
Interpretação: A elevação da bilirrubina total pode indicar obstrução biliar, hepatite, 
cirrose ou outras condições hepáticas.
Proteínas Séricas
Transaminases (AST e ALT)
GGT (gama-glutamiltransferase) e FAL (fosfatase alcalina)
Definição: As proteínas séricas, incluindo albumina e globulinas, são produzidas pelo fígado 
e desempenham várias funções no organismo.
Uso: A dosagem de proteínas séricas pode ser usada para avaliar a função hepática, 
nutricional e imunológica.
Valores de Referência: Os níveis normais de albumina no sangue estão geralmente entre 
3,5 e 5,5 g/dL. Os níveis normais de globulinas podem variar, mas a relação entre albumina 
e globulinas (A/G) é frequentemente avaliada.
Interpretação: A diminuição da albumina pode indicar disfunção hepática, desnutrição ou 
doença renal. Alterações na relação A/G podem sugerir inflamação, infecção ou condições 
autoimunes.
Definição: AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase) são enzimas 
encontradas principalmente nas células hepáticas, sendo liberadas no sangue quando há 
lesão ou dano hepático.
Uso: A dosagem de AST e ALT é um dos principais testes para avaliar a função hepática e 
diagnosticar doenças hepáticas.
Valores de Referência: Os níveis normais de AST e ALT no sangue variam dependendo do 
laboratório, mas geralmente são menores que 40 unidades por litro (U/L) para AST e 45 U/L 
para ALT.
Interpretação: A elevação de AST e ALT pode indicar lesão hepática, como hepatite, cirrose, 
esteatose hepática (fígado gorduroso) ou outros danos ao fígado.
Definição: GGT e FAL são enzimas presentes nas células do fígado e do sistema biliar.
Uso: A dosagem de GGT e FAL é usada como marcadores de lesão hepática e obstrução 
biliar.
Valores de Referência: Os níveis normais de GGT e FAL no sangue variam dependendo do 
laboratório e da idade, sexo e outras variáveis. Em geral, os valores normais de GGT estão 
abaixo de 60 U/L e de FAL abaixo de 130 U/L.
Interpretação: A elevação de GGT e FAL pode indicar lesão hepática, obstrução biliar, 
colestase ou outras condições hepáticas.
A dosagem desses marcadores sanguíneos é essencial para avaliar a função hepática e 
diagnosticar doenças hepáticas. Alterações nos níveis desses marcadores podem indicar várias 
condições, desde lesões hepáticas leves até doenças hepáticas graves, e são utilizados em 
conjunto com outros testes e avaliações clínicas para fornecer uma imagem completa da saúde 
hepática de um indivíduo.
Avaliação da função cardíaca (enzimas cardíacas CPK e 
frações)
Para a avaliação da função cardíaca, as enzimas cardíacas são uma parte fundamental do 
diagnóstico, especialmente em casos de suspeita de infarto do miocárdio ou outras condições 
cardíacas. Uma das principais enzimas cardíacas medidas é a creatina quinase (CK), também 
conhecida como creatina fosfoquinase (CPK), juntamente com suas frações específicas, CK-MB e 
CK-MB massa. 
Creatina Quinase (CK) / Creatina Fosfoquinase(CPK)
Frações CK-MB e CK-MB Massa
Definição: A CK, também conhecida como CPK, é uma enzima encontrada principalmente 
no músculo cardíaco, cérebro e músculo esquelético. Existem diferentes isoenzimas da CK, 
incluindo CK-MM (músculo esquelético), CK-MB (músculo cardíaco) e CK-BB (cérebro).
Uso: A dosagem de CK / CPK é frequentemente usada como parte da avaliação para infarto 
do miocárdio (ataque cardíaco) e outras lesões musculares.
Valores de Referência: Os valores normais de CK variam dependendo do laboratório e do 
método de análise utilizado. Em geral, os valores normais estão na faixa de 0 a 200 U/L.
Interpretação: A elevação da CK pode indicar lesão muscular, incluindo lesão cardíaca, 
trauma, atividade física intensa ou outras condições.
Definição: A fração CK-MB refere-se à forma da CK encontrada predominantemente no 
músculo cardíaco.
Uso: A dosagem da fração CK-MB é específica para avaliar lesão ou infarto do miocárdio.
Valores de Referência: Os valores normais de CK-MB podem variar, mas geralmente são 
considerados elevados quando representam mais de 5-10% da CK total ou quando os níveis 
absolutos são superiores a 6-8 U/L.
Interpretação: A elevação da fração CK-MB, especialmente quando acompanhada por 
sintomas de dor no peito, pode indicar infarto do miocárdio ou outras condições cardíacas 
agudas.
A dosagem de CK / CPK e suas frações, especialmente CK-MB, é uma ferramenta importante na 
avaliação de pacientes com suspeita de infarto do miocárdio ou outras condições cardíacas. É 
importante interpretar os resultados desses testes em conjunto com outros achados clínicos, 
exames de imagem e história clínica do paciente para um diagnóstico preciso e um plano de 
tratamento adequado.
Diagnóstico laboratorial das dislipidemias: dosagem de 
colesterol total e frações, Triglicérides)
O diagnóstico laboratorial das dislipidemias, que envolvem níveis anormais de lipídios (como 
colesterol e triglicérides) no sangue, geralmente envolve a dosagem de colesterol total, frações 
de colesterol (HDL e LDL) e triglicérides. 
Colesterol Total
Colesterol HDL (High-Density Lipoprotein)
Colesterol LDL (Low-Density Lipoprotein)
Definição: O colesterol total refere-se à quantidade total de colesterol presente no sangue, 
incluindo o colesterol transportado pelo HDL, LDL e outras lipoproteínas.
Uso: A dosagem de colesterol total é usada como parte da avaliação do risco de doença 
cardiovascular e para o diagnóstico e monitoramento de dislipidemias.
Valores de Referência: Os valores normais de colesterol total variam, mas geralmente são 
considerados desejáveis quando estão abaixo de 200 mg/dL.
Interpretação: Níveis elevados de colesterol total estão associados a um maior risco de 
desenvolver doenças cardiovasculares, enquanto níveis baixos podem ser indicativos de 
outras condições médicas.
Definição: O colesterol HDL é conhecido como "bom" colesterol, pois ajuda a remover o 
colesterol excessivo das artérias e transportá-lo de volta ao fígado para eliminação.
Uso: A dosagem de colesterol HDL é usada para avaliar o risco de doença cardiovascular. 
Níveis mais altos de HDL são considerados protetores.
Valores de Referência: Os valores normais de colesterol HDL variam, mas geralmente são 
considerados desejáveis quando estão acima de 40 mg/dL.
Interpretação: Níveis elevados de colesterol HDL estão associados a um menor risco de 
doenças cardiovasculares, enquanto níveis baixos podem aumentar o risco.
Triglicérides
A dosagem de colesterol total, HDL, LDL e triglicérides é fundamental para a avaliação do risco 
de doença cardiovascular e o diagnóstico de dislipidemias. Esses testes são frequentemente 
realizados em conjunto e interpretados em conjunto com outros fatores de risco cardiovascular 
para determinar o plano de tratamento e prevenção adequado.
Enzimas pancreáticas: Amilase e lipase
As enzimas pancreáticas, especialmente amilase e lipase, desempenham um papel crucial na 
digestão de nutrientes, como carboidratos e gorduras. 
Amilase
Definição: O colesterol LDL é conhecido como "mau" colesterol, pois pode se acumular nas 
artérias e aumentar o risco de doença cardiovascular.
Uso: A dosagem de colesterol LDL é usada para avaliar o risco de doença cardiovascular. 
Níveis mais altos de LDL estão associados a um maior risco.
Valores de Referência: Os valores normais de colesterol LDL variam, mas geralmente são 
considerados desejáveis quando estão abaixo de 100 mg/dL.
Interpretação: Níveis elevados de colesterol LDL estão associados a um maior risco de 
doenças cardiovasculares, enquanto níveis baixos são considerados protetores.
Definição: Os triglicérides são uma forma de gordura encontrada no sangue, armazenada 
nas células adiposas e usada como fonte de energia.
Uso: A dosagem de triglicérides é usada como parte da avaliação do risco de doença 
cardiovascular e para o diagnóstico e monitoramento de dislipidemias.
Valores de Referência: Os valores normais de triglicérides variam, mas geralmente são 
considerados desejáveis quando estão abaixo de 150 mg/dL.
Interpretação: Níveis elevados de triglicérides estão associados a um maior risco de 
doenças cardiovasculares, especialmente quando combinados com outros fatores de risco, 
como obesidade, diabetes e tabagismo.
Definição: A amilase é uma enzima produzida principalmente pelo pâncreas e glândulas 
salivares.
Função: A principal função da amilase é a quebra de carboidratos complexos, como amido 
e glicogênio, em moléculas menores, como maltose e glicose, para facilitar a absorção no 
trato gastrointestinal.
Lipase
As enzimas pancreáticas, amilase e lipase, desempenham papéis importantes na digestão e 
absorção de nutrientes. A dosagem dessas enzimas no sangue ou urina é frequentemente 
utilizada como parte da avaliação diagnóstica de condições pancreáticas, como pancreatite 
aguda. Níveis elevados dessas enzimas podem indicar lesão, inflamação ou disfunção do 
pâncreas e são úteis para orientar o diagnóstico e o tratamento adequado.
Casos clínicos em hematologia realizando interpretação 
dos dados envolvendo eritrócitos, leucócitos e
Uso Clínico: A dosagem de amilase no sangue ou urina é frequentemente usada para 
diagnosticar condições pancreáticas, como pancreatite aguda. Níveis elevados de amilase 
no sangue ou urina podem indicar dano ou inflamação no pâncreas.
Definição: A lipase é uma enzima produzida principalmente pelo pâncreas.
Função: A principal função da lipase é a quebra de gorduras (triglicérides) em ácidos graxos 
e glicerol, facilitando sua absorção pelo intestino delgado.
Uso Clínico: A dosagem de lipase no sangue é frequentemente usada para diagnosticar e 
monitorar condições pancreáticas, especialmente pancreatite aguda. Níveis elevados de 
lipase no sangue podem indicar lesão ou inflamação no pâncreas.
HEMATOLOGIA
Casos clínicos em hematologia realizando interpretação dos dados envolvendo eritrócitos, leucócitos e
plaquetas, bem como a correlação dos resultados com diversas fisiopatologias: renais, hepáticas, de def.
nutricional (por diversos motivos), infecções, doenças autoimunes.
Diagnóstico diferencial de Anemias
Diagnóstico diferencial de Leucemias
Conceitos de imuno-hematologia e Banco de sangue
plaquetas, bem como a correlação dos resultados com 
diversas fisiopatologias: renais, hepáticas, de def.
nutricional (por diversos motivos), infecções, doenças 
autoimunes.
 Alguns casos clínicos em hematologia que envolvem interpretação dos dados hematológicos, 
incluindo eritrócitos, leucócitos e plaquetas, e sua correlação com várias condições 
fisiopatológicas:
Caso Clínico 1: Anemia Ferropriva (Deficiência Nutricional)
Apresentação Clínica: Uma mulher de 30 anos apresenta fadiga, palidez cutânea e taquicardia.
Dados Hematológicos:
Interpretação: Os dados hematológicos são consistentes com anemia ferropriva, a forma mais 
comum de anemia, causada por deficiência de ferro. A diminuição dos eritrócitos e dos índiceshematimétricos é característica dessa condição. A redução dos níveis de ferritina sérica e ferro 
total sérico confirma o diagnóstico.
Caso Clínico 2: Leucocitose por Infecção Bacteriana
Apresentação Clínica: Um homem de 45 anos apresenta febre, calafrios e dor abdominal.
Dados Hematológicos:
Hemograma: Hemoglobina e hematócrito reduzidos.
Índices Hematimétricos: Volume corpuscular médio (VCM) e concentração de 
hemoglobina corpuscular média (CHCM) diminuídos.
Ferritina sérica: Reduzida.
Ferro sérico e capacidade total de ligação ao ferro (TIBC): Diminuídos.
Ferro total sérico: Reduzido.
Hemograma: Contagem total de leucócitos elevada.
Leucograma: Aumento do número de neutrófilos.
Proteína C-reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação (VHS): Elevadas.
Interpretação: A leucocitose, com aumento dos neutrófilos, sugere uma resposta inflamatória 
aguda, típica de uma infecção bacteriana. Os níveis elevados de PCR e VHS corroboram essa 
hipótese.
Caso Clínico 3: Trombocitopenia por Insuficiência Hepática
Apresentação Clínica: Um homem de 60 anos com cirrose hepática apresenta petéquias, 
equimoses e sangramento nasal espontâneo.
Dados Hematológicos:
Interpretação: A trombocitopenia é comum em pacientes com insuficiência hepática devido à 
diminuição da produção de plaquetas na medula óssea e ao aumento do consumo periférico. 
Os achados adicionais, como prolongamento do tempo de sangramento e TP, sugerem 
disfunção hepática associada. A redução da albumina sérica e elevação da amônia sérica são 
consistentes com a gravidade da cirrose.
Caso Clínico 4: Leucopenia por Lupus Eritematoso Sistêmico (LES)
Apresentação Clínica: Uma mulher de 35 anos apresenta fadiga, mialgia, artralgia e rash 
cutâneo em "asa de borboleta".
Dados Hematológicos:
Interpretação: A leucopenia é uma manifestação comum do LES, uma doença autoimune 
sistêmica. A redução dos linfócitos e neutrófilos sugere uma resposta imunológica exacerbada. 
O teste de Coombs direto positivo indica a presença de autoanticorpos, comumente observados 
em pacientes com LES.
Esses casos clínicos ilustram como os dados hematológicos podem ser interpretados em 
diferentes contextos clínicos e como essas interpretações podem ser correlacionadas com 
Hemograma: Contagem de plaquetas reduzida.
Coagulograma: Prolongamento do tempo de sangramento e tempo de protrombina (TP).
Albumina sérica: Reduzida.
Amônia sérica: Elevada.
Hemograma: Contagem total de leucócitos reduzida.
Leucograma: Redução dos linfócitos e neutrófilos.
Teste de Coombs Direto: Positivo.
diversas fisiopatologias, como disfunção renal, hepática, deficiências nutricionais, infecções e 
doenças autoimunes. A correlação clínica é fundamental para o diagnóstico e manejo 
adequados dessas condições.
Diagnóstico diferencial de Anemias
O diagnóstico diferencial das anemias envolve a identificação da causa subjacente da 
diminuição dos níveis de hemoglobina no sangue. 
Deficiência de Ferro
Anemia de Doença Crônica
Anemia Hemolítica
Anemia por Deficiência de Vitamina B12 ou Ácido Fólico
Anemia Aplástica
Anemia Hemolítica Hereditária (ex: Talassemia, Anemia Falciforme)
Características Clínicas: Palidez cutânea, fadiga, fraqueza, falta de ar, unhas quebradiças, 
língua lisa.
Dados Laboratoriais: Diminuição da hemoglobina, VCM e CHCM; redução dos níveis de 
ferritina sérica e ferro sérico.
Características Clínicas: Palidez, fadiga, fraqueza, história de doença inflamatória crônica.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina, VCM e CHCM; níveis normais ou elevados 
de ferritina sérica.
Características Clínicas: Icterícia, urina escura, esplenomegalia, histórico familiar de 
anemia.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina; aumento da bilirrubina indireta, LDH e 
reticulócitos; teste de Coombs direto positivo.
Características Clínicas: Palidez, fadiga, fraqueza, glossite, neuropatia periférica, história 
de cirurgia bariátrica.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina, VCM e CHCM; níveis baixos de vitamina 
B12 ou ácido fólico sérico.
Características Clínicas: Palidez, fadiga, fraqueza, petéquias, equimoses, sangramento 
mucoso, infecções frequentes.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina, leucócitos e plaquetas; medula óssea 
hipocelular.
Anemia da Doença Renal Crônica
Anemia por Perda Aguda de Sangue
Anemia Associada à Infecção Crônica
A avaliação clínica cuidadosa, juntamente com dados laboratoriais, como hemograma completo, 
testes de função hepática, ferro sérico, ferritina, vitamina B12, ácido fólico e outras avaliações 
específicas, ajudam no diagnóstico diferencial das anemias. O tratamento adequado depende 
da identificação precisa da causa subjacente.
Diagnóstico diferencial de Leucemias
O diagnóstico diferencial das leucemias envolve a distinção entre diferentes tipos e subtipos 
com base em características clínicas, morfológicas, imunofenotípicas e genéticas. 
Leucemia Mieloide Aguda (LMA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Características Clínicas: Varia conforme a condição específica; história familiar de anemia.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina; esfregaço de sangue periférico anormal; 
testes genéticos específicos.
Características Clínicas: Palidez, fadiga, fraqueza, história de doença renal crônica.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina; níveis elevados de ureia e creatinina 
sérica; alterações nos níveis de ferro e eritropoetina.
Características Clínicas: Palidez, taquicardia, hipotensão, histórico de sangramento agudo.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina; história de perda de sangue aguda.
Características Clínicas: Palidez, fadiga, fraqueza, história de infecção crônica.
Dados Laboratoriais: Redução da hemoglobina; evidência de infecção crônica subjacente.
Características Clínicas: Sintomas inespecíficos como fadiga, febre, infecções recorrentes, 
equimoses, petéquias e sangramento.
Dados Laboratoriais: Presença de mieloblastos (mais de 20% dos leucócitos nucleados) na 
medula óssea e sangue periférico.
Subtipos: LMA com maturação, LMA sem maturação, LMA promielocítica aguda (LMA-M3), 
entre outros.
Características Clínicas: Sintomas semelhantes aos da LMA, com predomínio de 
linfadenopatia e hepatosplenomegalia.
Dados Laboratoriais: Presença de linfoblastos na medula óssea e sangue periférico.
Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)
Outros Subtipos de Leucemia
O diagnóstico diferencial das leucemias é realizado por meio de avaliação clínica, morfológica, 
citogenética, imunofenotípica e molecular. É essencial obter uma biópsia de medula óssea para 
análise morfológica e imunofenotípica completa, juntamente com estudos citogenéticos e 
moleculares para confirmar o diagnóstico e determinar o tratamento adequado. O trabalho em 
equipe multidisciplinar com hematologistas, patologistas, citogeneticistas e molecularistas é 
fundamental para o manejo eficaz dos pacientes com leucemia.
Subtipos: LLA de células B precursoras (mais comum em crianças) e LLA de células T 
precursoras.
Características Clínicas: Sintomas inespecíficos como fadiga, febre, suores noturnos, 
perda de peso, infecções recorrentes.
Dados Laboratoriais: Presença de mieloblastos e monoblastos na medula óssea.
Características Adicionais: Presença de monocitose periférica persistente.
Características Clínicas: Geralmente assintomática no início, com progressão para 
esplenomegalia, fadiga, perda de peso e sintomas relacionados à leucostase.
Dados Laboratoriais: Presença do cromossomo Filadélfia (t(9;22)(q34;q11)) ou seu produto 
de fusão BCR-ABL1.
Fases da Doença: Crônica, acelerada e blástica.
Características Clínicas: Assintomática em estágios iniciais, com progressão para 
linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia, fadiga, infecções recorrentes.
Dados Laboratoriais: Presença de linfócitos monoclonais maduros (CD5+, CD23+) na 
medula óssea e periférico.
Características Adicionais: Raios-X de tórax podemmostrar aumento dos linfonodos 
mediastinais.
Leucemia de Células Pilosas: Caracterizada por células pilosas na medula óssea e sangue 
periférico.
Leucemia de Células NK (Natural Killer): Presença de linfócitos atípicos com fenótipo de 
células NK.
Conceitos de imuno-hematologia e Banco de sangue
A imuno-hematologia é o campo da medicina laboratorial que estuda as interações entre o 
sistema imunológico e os componentes sanguíneos, com foco particular nos antígenos 
presentes nas células vermelhas do sangue (hemácias) e no soro sanguíneo. Ela desempenha 
um papel crucial no fornecimento de sangue seguro para transfusões e na prevenção de 
reações transfusionais graves. 
Tipagem Sanguínea
Testes de Anticorpos Irregulares
Crossmatch
Fenotipagem de Antígenos Eritrocitários
Banco de Sangue
Um banco de sangue é uma unidade especializada em coletar, testar, armazenar e distribuir 
componentes sanguíneos para transfusão. Aqui estão alguns conceitos associados aos bancos 
de sangue:
Coleta de Sangue
Processamento e Armazenamento
Testes de Triagem
A tipagem sanguínea envolve a identificação dos antígenos presentes na superfície das 
hemácias, incluindo os antígenos do sistema ABO e do sistema Rh (D, C, c, E, e).
Os testes de anticorpos irregulares (também conhecidos como teste de pesquisa de 
anticorpos irregulares ou TPAI) são realizados para detectar a presença de anticorpos no 
soro do receptor contra antígenos não presentes em suas próprias hemácias, o que pode 
causar reações transfusionais graves.
O crossmatch consiste na mistura do soro do receptor com as hemácias do doador para 
garantir a compatibilidade antes da transfusão. Isso pode ser feito por métodos diretos 
(com hemácias do doador) e indiretos (com células vermelhas tipo O e soro do doador).
A fenotipagem é usada para identificar os antígenos específicos presentes nas hemácias, 
além dos antígenos do sistema ABO e do sistema Rh. Isso é útil para identificar a melhor 
correspondência entre doador e receptor em transfusões de sangue e na prevenção de 
aloimunização.
A coleta de sangue é realizada por profissionais treinados em ambientes controlados para 
garantir a segurança do doador e a qualidade das amostras.
Após a coleta, o sangue é processado para separar os componentes sanguíneos, como 
hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado. Cada componente é armazenado em 
condições adequadas para preservar sua viabilidade e qualidade.
Distribuição
Segurança e Rastreabilidade
A imuno-hematologia e os bancos de sangue desempenham um papel vital no fornecimento de 
sangue e componentes sanguíneos seguros para transfusão, garantindo assim a saúde e a 
segurança dos pacientes.
Testes de aglutinação qualitativos e semi-quantitativos 
(ASLO, PCR E FATOR REUMATOIDE) e floculação(VDRL);
Os testes de aglutinação e floculação são comumente usados em laboratórios clínicos para 
detectar a presença de antígenos específicos ou anticorpos no soro ou plasma do paciente.
Teste de ASLO (Antiestreptolisina O)
Antes da distribuição, o sangue é submetido a uma série de testes de triagem para detectar 
infecções transmitidas pelo sangue, como HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis e doença de 
Chagas.
Os componentes sanguíneos são distribuídos para hospitais e instituições de saúde 
conforme solicitado, com base na compatibilidade do receptor, urgência e disponibilidade.
Os bancos de sangue devem aderir a protocolos rigorosos de segurança e rastreabilidade 
para garantir que os produtos sanguíneos sejam manipulados e distribuídos de forma 
segura e eficaz, minimizando o risco de reações transfusionais e infecções transmitidas pelo 
sangue.
IMUNOLOGIA
 Testes de aglutinação qualitativos e semi-quantitativos (ASLO, PCR E FATOR REUMATOIDE) e 
floculação(VDRL);
Testes de aglutinação em imunohematologia - fenotipagem, teste de coombs direto e 
indireto;
 Titulação e diluição
Tipo de Teste: Aglutinação Qualitativa e Semi-Quantitativa.
Teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase)
Teste de Fator Reumatoide
Teste VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)
Esses testes são fundamentais no diagnóstico de uma variedade de condições médicas e são 
realizados rotineiramente em laboratórios clínicos. A escolha do teste depende do contexto 
clínico e dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente.
Testes de aglutinação em imunohematologia - 
fenotipagem, teste de coombs direto e indireto;
Em imuno-hematologia, os testes de aglutinação desempenham um papel crucial na detecção e 
identificação de anticorpos presentes no soro do paciente que podem reagir com antígenos 
Princípio: Detecta anticorpos antiestreptolisina O, produzidos em resposta à infecção por 
estreptococos do grupo A.
Uso Clínico: Auxilia no diagnóstico de infecções estreptocócicas, como faringite 
estreptocócica e febre reumática.
Interpretação: A presença de títulos elevados de ASLO pode indicar uma infecção recente 
ou passada por estreptococos do grupo A.
Tipo de Teste: Aglutinação Qualitativa (PCR qualitativo) ou Quantitativa (PCR quantitativo).
Princípio: Amplifica o DNA alvo, permitindo a detecção de material genético específico, 
como vírus, bactérias ou parasitas.
Uso Clínico: Utilizado para diagnóstico de uma ampla variedade de infecções virais, 
bacterianas e parasitárias.
Interpretação: Um resultado positivo indica a presença do material genético alvo no 
paciente, sugerindo a presença da infecção.
Tipo de Teste: Aglutinação Qualitativa e Semi-Quantitativa.
Princípio: Detecta anticorpos contra a porção Fc das imunoglobulinas G (IgG), formando 
complexos imunológicos.
Uso Clínico: Auxilia no diagnóstico de doenças autoimunes, como artrite reumatoide.
Interpretação: A presença de fator reumatoide em níveis elevados no sangue pode indicar 
a presença de doenças autoimunes.
Tipo de Teste: Floculação.
Princípio: Detecta anticorpos contra o treponema pallidum, o agente causador da sífilis.
Uso Clínico: Utilizado para diagnóstico de sífilis.
Interpretação: A formação de floculações após a adição do soro do paciente e do antígeno 
indica a presença de anticorpos anti-treponema pallidum, sugerindo infecção por sífilis.
específicos nas hemácias (glóbulos vermelhos). 
Fenotipagem Eritrocitária
Teste de Coombs Direto (Teste de Antiglobulina Direto)
Teste de Coombs Indireto (Teste de Antiglobulina Indireto)
Esses testes de aglutinação em imuno-hematologia são essenciais para a seleção e 
compatibilidade de doadores de sangue, o diagnóstico de doenças hemolíticas e a prevenção de 
reações transfusionais graves. A interpretação adequada desses testes requer experiência e 
conhecimento em imunologia e hematologia.
Titulação e diluição
A titulação e a diluição são técnicas frequentemente usadas em laboratórios para determinar a 
concentração de uma substância em uma solução ou para preparar soluções de concentração 
Princípio: A fenotipagem eritrocitária envolve a identificação dos antígenos presentes na 
superfície das hemácias do paciente.
Teste Realizado: O teste de aglutinação é utilizado para detectar a presença ou ausência de 
antígenos específicos, como os do sistema ABO e Rh (D, C, c, E, e), entre outros.
Interpretação: A aglutinação positiva indica a presença do antígeno correspondente nas 
hemácias do paciente.
Princípio: O teste de Coombs direto detecta a presença de anticorpos ligados às hemácias 
do paciente.
Procedimento: As hemácias do paciente são lavadas para remover os anticorpos não 
ligados. Em seguida, um reagente contendo anticorpos anti-humanos é adicionado para 
detectar a presença de anticorpos ligados às hemácias.
Interpretação: A aglutinação das hemácias indica a presença de anticorpos ligados à 
superfície das hemácias, o que sugere uma reação imunológica ocorrendo in vivo.
Princípio: O teste de Coombs indireto detecta a presença de anticorpos no soro do 
paciente que podem reagir com os antígenos presentes nas hemácias do doador.
Procedimento: O soro do paciente é misturado com hemácias de um doador de sangue 
conhecidopara ser positivo para um determinado antígeno. Em seguida, é adicionado um 
reagente contendo anticorpos anti-humanos para detectar a aglutinação.
Interpretação: A aglutinação indica a presença de anticorpos no soro do paciente que 
reagem com os antígenos nas hemácias do doador, o que pode causar uma reação 
transfusional.
conhecida.
Titulação
Diluição
Tanto a titulação quanto a diluição são técnicas fundamentais em química e em várias outras 
áreas científicas, permitindo a determinação precisa da concentração de substâncias e a 
preparação de soluções de concentração conhecida para uma ampla gama de aplicações 
laboratoriais.
Definição: A titulação é um método de laboratório usado para determinar a concentração 
de uma substância em uma solução desconhecida por meio da reação com uma solução de 
concentração conhecida (titulante).
Procedimento: Durante a titulação, uma solução do titulante é gradualmente adicionada à 
solução desconhecida (titulado) até que a reação atinja seu ponto de equivalência, indicado 
por uma mudança de cor ou outro sinal. A quantidade de titulante necessária para atingir o 
ponto final é medida e usada para calcular a concentração da substância no titulado.
Uso Comum: A titulação é frequentemente usada em química analítica para determinar a 
concentração de ácidos, bases, íons metálicos ou outras substâncias em uma solução.
Definição: A diluição é o processo de reduzir a concentração de uma solução pela adição de 
solvente (geralmente água) para aumentar o volume total.
Procedimento: Durante a diluição, uma quantidade conhecida da solução original 
(concentrada) é transferida para um recipiente de volume maior e o solvente é adicionado 
para alcançar o volume desejado. A nova concentração da solução diluída é calculada com 
base na quantidade original de soluto e no volume total.
Uso Comum: A diluição é amplamente utilizada em laboratórios para preparar soluções de 
concentração conhecida a partir de soluções mais concentradas. Isso é útil para calibrar 
instrumentos de medição, preparar reagentes de trabalho ou ajustar a concentração de 
uma solução para se adequar a um experimento específico.
Fases pré analítica: conceitos, obtenção das amostras, 
preparo do paciente
As fases pré-analíticas referem-se às etapas que ocorrem antes da análise propriamente dita 
das amostras em um laboratório clínico. Essas etapas são críticas para garantir a qualidade e 
integridade das amostras, pois qualquer erro nessa fase pode afetar os resultados finais. 
Conceitos:
URIANALISE
Fases pré analítica: conceitos, obtenção das amostras, preparo do paciente
Análise física e química da urina
 Análise microscópica da Urina (sedimento urinário)
1.  Identificação do Paciente: É fundamental garantir a correta identificação do paciente em 
todas as etapas do processo, desde a coleta até a análise das amostras, para evitar erros de 
identificação que possam levar a resultados incorretos.
2.  Coleta Adequada da Amostra: A coleta adequada da amostra é crucial para garantir 
resultados precisos. Isso inclui a escolha do tipo correto de amostra (sangue, urina, saliva, 
etc.), o uso de técnicas assépticas durante a coleta e o uso de recipientes apropriados para 
acondicionar a amostra.
3.  Preparo do Paciente: Algumas análises requerem que o paciente esteja em condições 
específicas, como jejum, abstinência de certos medicamentos, ou em determinado 
momento do dia. O preparo do paciente envolve instruções claras sobre esses requisitos 
antes da coleta da amostra.
Obtenção das Amostras:
Preparo do Paciente:
As fases pré-analíticas desempenham um papel fundamental na garantia da qualidade dos 
resultados laboratoriais, pois qualquer erro ou falha nessa etapa pode levar a resultados 
imprecisos ou inválidos. Portanto, é essencial seguir procedimentos padronizados e protocolos 
estabelecidos para garantir a integridade e precisão das amostras e dos resultados analíticos.
Análise física e química da urina
A análise física e química da urina é uma parte fundamental da avaliação laboratorial da função 
renal e do diagnóstico de várias condições médicas.
Análise Física:
4.  Transporte Adequado da Amostra: Após a coleta, as amostras devem ser transportadas 
ao laboratório de forma adequada e segura, seguindo as normas de biossegurança e 
utilizando condições de temperatura apropriadas, se necessário, para evitar alterações nos 
resultados.
As amostras podem ser obtidas de diferentes formas, como sangue venoso, sangue arterial, 
urina, saliva, fluidos corporais, tecidos, entre outros, dependendo do tipo de análise a ser 
realizada.
A obtenção da amostra deve ser realizada por profissionais de saúde treinados, seguindo 
protocolos específicos para cada tipo de amostra e respeitando as normas de 
biossegurança.
Antes da coleta da amostra, o paciente pode ser orientado a seguir algumas instruções 
específicas, como jejum por um determinado período de tempo, abstinência de álcool ou 
medicamentos, ou realização de atividades físicas específicas, dependendo do tipo de 
análise a ser realizada.
É importante que essas instruções sejam comunicadas de forma clara e compreensível ao 
paciente para garantir a conformidade e a qualidade das amostras.
1.  Cor e Aspecto: A cor normal da urina varia de amarelo pálido a âmbar, dependendo da 
concentração de pigmentos urinários. O aspecto normal é transparente, mas a presença de 
turbidez pode indicar a presença de células, cristais ou bactérias.
2.  Densidade Urinária: Reflete a concentração de solutos na urina. Pode ser medida usando 
um refratômetro ou um densímetro. Valores normais variam de 1.005 a 1.030, dependendo 
Análise Química:
Outras Análises Específicas:
Além dos componentes mencionados acima, a urina também pode ser analisada para a 
presença de drogas, toxinas, metabólitos específicos ou outros componentes, dependendo dos 
objetivos clínicos do exame.
A análise física e química da urina fornece informações valiosas sobre a função renal, o estado 
de hidratação, a presença de infecções ou inflamações e várias condições médicas sistêmicas. 
Essa análise é uma parte essencial da avaliação clínica e pode ser usada tanto para diagnóstico 
quanto para monitoramento de doenças.
Análise microscópica da Urina (sedimento urinário)
A análise microscópica do sedimento urinário é uma parte importante da avaliação laboratorial 
da urina, permitindo a detecção e identificação de elementos celulares, cristais, cilindros e 
outros componentes que podem indicar várias condições médicas. 
do estado de hidratação do paciente.
3.  pH Urinário: Reflete o equilíbrio ácido-base do organismo. O pH normal da urina é 
ligeiramente ácido, variando de cerca de 4,5 a 8,0.
4.  Volume Urinário: O volume total de urina produzida em um período específico de tempo 
(geralmente 24 horas) pode fornecer informações sobre a função renal e o estado de 
hidratação do paciente.
1.  Proteínas: A presença de proteínas na urina (proteinúria) pode indicar disfunção renal ou 
outras condições médicas, como doença renal crônica, infecções urinárias ou hipertensão.
2.  Glicose: A presença de glicose na urina (glicosúria) pode indicar diabetes mellitus 
descontrolado ou insuficiência renal.
3.  Corpos Cetônicos: A presença de corpos cetônicos na urina (cetonúria) pode indicar 
cetoacidose diabética, dietas cetogênicas ou outras condições metabólicas.
4.  Bilirrubina e Urobilinogênio: A presença de bilirrubina e urobilinogênio na urina pode 
indicar problemas no fígado, como hepatite ou obstrução biliar.
5.  Sangue: A presença de sangue na urina (hematúria) pode ser indicativa de infecções 
urinárias, cálculos renais, traumas, inflamações ou condições mais graves, como tumores 
renais.
6.  Nitritos: A presença de nitritos na urina pode indicar infecção bacteriana do trato urinário.
7.  Leucócitos: A presença de leucócitos na urina (leucocitúria) pode indicar infecção urinária 
ou inflamação renal.Elementos Celulares:
Cristais:
Cilindros:
Outros Componentes:
Além dos elementos mencionados acima, a análise microscópica da urina também pode incluir 
a detecção de bactérias, leveduras, células epiteliais renais, muco, gorduras e outros materiais.
A análise microscópica do sedimento urinário é uma ferramenta valiosa na avaliação de 
doenças renais, infecções do trato urinário, inflamações e outras condições médicas. Interpretar 
os resultados requer conhecimento e experiência, e os resultados devem ser correlacionados 
com os achados clínicos e outros exames laboratoriais para um diagnóstico preciso.
1.  Eritrócitos: A presença de eritrócitos na urina (hematúria) pode indicar várias condições, 
como infecções urinárias, cálculos renais, lesões renais, inflamação ou malignidades.
2.  Leucócitos: A presença de leucócitos na urina (piúria) pode ser indicativa de infecção do 
trato urinário (ITU), inflamação renal, cistite ou pielonefrite.
3.  Células Epiteliais: As células epiteliais da bexiga, uretra ou trato genital podem ser 
observadas na urina e sua presença pode indicar contaminação da amostra ou inflamação 
do trato urinário.
1.  Oxalato de Cálcio: Cristais de oxalato de cálcio podem ser observados na urina e estão 
associados a certas condições médicas, como cálculos renais.
2.  Ácido Úrico: Cristais de ácido úrico podem se formar em condições de aumento dos níveis 
de ácido úrico no sangue (hiperuricemia) e estão associados a condições como gota e 
cálculos renais.
3.  Fosfato Amorfo: Cristais de fosfato amorfo podem ser vistos na urina alcalina e estão 
associados a condições como infecções do trato urinário e dietas ricas em fosfatos.
1.  Cilindros Hialinos: São os mais comuns e geralmente não têm significado clínico específico, 
embora possam ser encontrados em condições de concentração urinária elevada.
2.  Cilindros Granulosos: Contêm grânulos celulares e são frequentemente associados a 
doenças renais, como glomerulonefrite aguda.
3.  Cilindros de Hemoglobina: São indicativos de hemólise intravascular e podem estar 
presentes em condições como hemoglobinúria e lesão renal aguda.
4.  Cilindros de Leucócitos: Indicam inflamação renal e podem ser vistos em casos de 
pielonefrite ou outras condições inflamatórias do trato urinário.
A biossegurança no laboratório e o controle de qualidade são aspectos essenciais para garantir 
a segurança dos trabalhadores, a integridade das amostras e a confiabilidade dos resultados. 
Controle de Qualidade:
BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO E
CONTROLE DE QUALIDADE
1.  Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual): Os trabalhadores devem usar EPIs 
adequados, como luvas, aventais, óculos de proteção e máscaras, dependendo das 
atividades realizadas no laboratório.
2.  Procedimentos de Higiene e Lavagem das Mãos: Os funcionários devem seguir rigorosos 
procedimentos de higiene das mãos, incluindo lavagem frequente com água e sabão, 
especialmente após o manuseio de amostras ou materiais contaminados.
3.  Descarte Adequado de Resíduos: As amostras e materiais contaminados devem ser 
descartados de acordo com os protocolos de biossegurança estabelecidos, utilizando 
recipientes apropriados e seguindo as regulamentações locais.
4.  Manuseio Seguro de Agentes Biológicos: Os agentes biológicos devem ser manipulados 
em ambientes controlados, como cabines de segurança biológica (CSBs), e os trabalhadores 
devem seguir protocolos específicos de manipulação para evitar a exposição.
5.  Desinfecção de Superfícies e Equipamentos: As superfícies de trabalho e os 
equipamentos devem ser desinfetados regularmente com agentes apropriados para evitar 
a contaminação cruzada.
6.  Treinamento e Educação: Todos os funcionários devem receber treinamento adequado 
em biossegurança e seguir práticas padronizadas para minimizar o risco de exposição a 
agentes biológicos.
1.  Controle Interno de Qualidade (CIQ): Os laboratórios devem implementar procedimentos 
de controle interno de qualidade para monitorar a precisão e a precisão dos testes 
realizados. Isso geralmente envolve a utilização de materiais de controle de qualidade 
comercialmente disponíveis e a análise regular de amostras de controle.
2.  Controle Externo de Qualidade (CEQ): Participar de programas de controle externo de 
qualidade, nos quais amostras são enviadas a laboratórios externos para análise cega, é 
A implementação eficaz de medidas de biossegurança e controle de qualidade é fundamental 
para garantir a segurança dos trabalhadores do laboratório, a integridade das amostras e a 
confiabilidade dos resultados. Isso requer um compromisso contínuo com a conformidade 
regulatória, treinamento adequado dos funcionários e monitoramento regular do desempenho 
do laboratório.
fundamental para avaliar o desempenho do laboratório em comparação com outros 
laboratórios e padrões de referência.
3.  Validação de Métodos: Antes de implementar novos métodos ou procedimentos, é 
importante validar sua precisão, sensibilidade, especificidade e linearidade para garantir 
resultados confiáveis.
4.  Monitoramento de Equipamentos: Os equipamentos devem ser calibrados regularmente 
e mantidos de acordo com as especificações do fabricante para garantir seu desempenho 
adequado.
5.  Registro e Documentação: Todos os procedimentos, resultados e atividades de controle 
de qualidade devem ser registrados e documentados de forma clara e organizada para 
permitir a rastreabilidade e a revisão adequada.

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