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Aula 6 - ORÇAMENTO NO CONTEXTO DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL1
Introdução
Como já vimos, o processo orçamentário é composto por três fases, o planejamento, a
execução e o controle. Entretanto, a maioria das pessoas que dizem ter um orçamento em
funcionamento não o faz considerando esses três estágios. Há, quando muito, um registro
dos valores gastos nas categorias sob supervisão.
Considerando, então, que a prática orçamentária (sendo um processo) precisa ser
aprendida, vamos adotar uma prática que tem grande chance de contemplar o ciclo
orçamentário.
A dinâmica orçamentária prevê a seguinte sequência:
● Planejamento (antes do período considerado);
● Execução (durante o período considerado); e
● Controle (após o período considerado).
Entretanto, para fins de aprendizagem, é melhor observar a execução orçamentária em
primeiro lugar para, depois, com base em evidências de fluxo de caixa, elaborar um
planejamento (usando as médias) e, finalmente, exercer o controle orçamentário com base
nas variações encontradas.
Quando o processo orçamentário estiver em andamento com suas etapas previstas na
dinâmica exposta acima, seguimos com os procedimentos visando à prática orçamentária
em bases mensais e, depois, expandindo o horizonte para o trimestre, semestre e,
finalmente, praticar o orçamento com base anual, para ser gerido ao longo da vida laboral.
O exercício orçamentário nos fará ter a capacidade de direcionar a evolução patrimonial
para onde estivermos necessitando, como o pagamento antecipado de dívidas e/ou a
formação de uma carteira de investimentos que poderá ser usufruída na aposentadoria.
Como consequência, provavelmente teremos superávits em sequência e o aumento gradual
do patrimônio líquido.
Aos poucos, vamos ganhando confiança nesta peça fundamental das finanças pessoais.
Para isso, é prudente aumentarmos a complexidade gradualmente, no que se refere à
quantidade de categorias incluídas no processo ou, ainda, os níveis de detalhamento
dessas espécies de gastos e rendas.
1 Texto produzido pelo Coordenador da Disciplina de Finanças Pessoais - fevereiro de 2022.
Previsão orçamentária
Para elaborar uma previsão orçamentária (o planejamento), podemos, basicamente, cogitar
a sugestão de valores para cada categoria ou usar a média histórica (sempre que
necessário, validar essa média observando as tendências e o desvio-padrão).
Para usar a técnica da sugestão, fazemos uma reunião com a família ou o grupo de
pessoas a quem o orçamento se refira e coletamos sugestões sobre quanto destinar para
cada categoria, como no exemplo abaixo:
● Uma família com renda total de $ 4.300 mensais precisa distribuir os valores para as
seguintes categorias: Moradia, Transporte, Compras, Educação, Vestuário e Lazer.
Aqui, você poderia propor alguns valores, pois esta é a dinâmica da prática da
sugestão. Claro que alguns valores como o aluguel (incluído na Moradia) teriam
valores baseados em contratos e, portanto, sem muita variação. Mas as sugestões
podem, por exemplo, determinar um gasto máximo para energia elétrica ou consumo
de gás.
● Deve-se observar que o total do dispêndio precisa ser menor do que a renda, para
que não haja déficit ou, se assim for necessário, prever os valores de empréstimos
para cobrir o excesso de gastos em relação à renda.
Para usar a técnica da média, após ter obtido informação sobre os valores em cada
categoria (os três meses de coleta de informação), o valor médio é entendido como
representativo para fazer projeções.
Exemplo:
Valores em $ (arredondamento para cima)
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Média
Taxa de Condomínio 350 380 370 367
Energia Elétrica 120 130 118 123
Ao utilizar a média, podemos incorrer em alguns casos em que o valor indicado por ela não
seja representativo. Em função disso, podemos considerar a tendência dos valores e o
desvio-padrão.
Tendência: considerar a tendência dos valores na apuração da média nos faz ponderar
esse número. Veja o exemplo abaixo:
Valores em $ (arredondamento para cima)
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Média
Consumo de Gasolina 150 220 370 247
Transporte 220 80 38 113
Nos exemplos acima, o valor de $ 247 que é a média do consumo de gasolina nos três
meses não parece ser o próximo valor no mês seguinte, pois os três valores em sequência
estão aumentando. Pode ser o caso do valor seguinte ser maior do que o valor do mês 3.
O valor de $ 590 considera a sequência de aumentos e está bem afastado do valor médio
de $ 247.
Desvio-padrão: o desvio-padrão é uma medida que considera a dispersão dos números em
relação à média; quanto mais baixo esse número, mais os valores estão próximos da média
(tornando-a mais representativa) e quanto mais alto, mais os valores estão afastados dela
(tornando-a menos representativa).
Com um desvio-padrão2 alto, a sugestão é usar um valor acima da média, para maior
certeza de representatividade do valor do gasto considerado. Se o valor for de uma renda,
devemos considerar um valor abaixo da média.
Exemplo:
Valores em $ (arredondamento para cima)
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Média
Vestuário 100 30 400 177
Compras 370 400 382 384
Veja que no caso da categoria de vestuário, o valor da média não é representativo, pois
possui um desvio-padrão alto3; já na categoria de compras, o valor da média é
representativo, por apresentar um desvio-padrão4 mais baixo.
4 O desvio-padrão nesta categoria de Compras é de 15.
3 O desvio-padrão nesta categoria de Vestuário é de 196,5.
2 O desvio-padrão é facilmente obtido utilizando-se fórmulas em planilhas eletrônicas.
Execução orçamentária
Nesta fase de execução, fazemos os registros da movimentação financeira, ou seja, uma
espécie de contabilidade pessoal, onde o indivíduo registra cada entrada e saída de
dinheiro com a data, a categoria e o valor de cada uma delas e, se possível, um histórico.
Esta atividade requer que os registros fiquem em ordem cronológica e, ao final do período,
somamos em uma mesma categoria os valores de entrada e saída para apurarmos o saldo.
Esse saldo irá indicar quanto de dinheiro foi movimentado em cada categoria e irá compor o
rol de categorias e valores que são evidenciados no fluxo de caixa mensal.
Devemos fazer um registro para cada meio de movimentação, considerando os que
parecem ser os principais: o caixa, a conta corrente, os investimentos e o cartão de crédito.
Podemos fazer uma planilha para cada um dos meios ou movimentar cada um deles em
diferentes abas dentro de uma mesma planilha. Há vantagens e desvantagens em cada um
desses procedimentos.
Ao final do período, devemos juntar todos os meios para fazer o fluxo de caixa. Quando os
fluxos são reunidos, precisamos atentar para as transferências entre os meios. Esses
valores não são gastos ou recebimentos e, portanto, devem ser excluídos do fluxo geral.
O uso do cartão de crédito deve considerar duas possibilidades;
● Classificar o gasto e acumular os valores a pagar no vencimento.
● Juntar os comprovantes e quando a fatura chegar:
○ Registrar o pagamento da fatura.
○ Decompor o valor da fatura, distribuindo os valores entre as categorias.
Seguem dois exemplos (valores em $):
Unificação de fluxos de caixa (caixa e conta corrente):
Caixa
Encaixe
● Transf. da conta corrente 300
Gastos
● Lanche 30
● Transporte 200
● Almoço 50
Conta corrente
Encaixe
● Renda 2.000
● Transf. para cc (300)
Gastos
● Aluguel 700
● Condomínio 280
● Transporte 400
Fluxo unificado (considerando os dois fluxos acima)
Encaixe
● Renda 2.000
Gastos
● Aluguel 700
● Transporte 600
● Tx. Condom. 280
● Lanche 30
● Almoço 50 1.660
Reparar que a transferência do dinheiro da conta corrente para o caixa foi desconsiderada e
os valores de transporte (presentes nos dois fluxos) foram somados no fluxo unificado.
No caso do cartão de crédito, vamos supor os gastos abaixo:
● Lanche 20
● Almoço 70
● Lanche 20
● Compras 200
● Almoço 50
No dia do pagamento da fatura, o indivíduo fará a quitação dela com $ 360. Se um
levantamento for feito nesse dia, haverá uma espécie de categoria chamada pagamento de
cartão de créditocom esse valor de $ 360. Num momento seguinte, a pessoa irá trocar
esse valor de $ 360 nessa categoria pelas categorias relacionadas, conforme segue:
● Lanche 40
● Almoço 120
● Compras 200
Por isso, precisamos manter bons registros sobre cada gasto feito através do cartão de
crédito, pois quando for preciso detalhar o gasto do pagamento da fatura, relacionando esse
valor fechado com as diversas categorias, essas anotações serão de grande importância.
Portanto, quando nos for perguntado “quer seu comprovante?”, a melhor resposta seria
“sim”, pois com os recibos arquivados, quando for preciso detalhar os gastos, esse
procedimento será mais fácil do que precisar lembrar o que cada gasto representou.
Controle orçamentário
Conforme foi relatado, às vezes ouvimos de alguém que essa pessoa é controlada com
dinheiro. Entendemos perfeitamente que esse indivíduo tem, de alguma forma, bons
procedimentos quanto às suas finanças.
Entretanto, exercer o controle prevê que haja um planejamento, pois esta atividade irá
indicar variações entre esta primeira fase (o planejamento) e a segunda fase (a execução).
As variações é que vão permitir o controle e, com base nele, teremos ações corretivas e/ou
melhora no planejamento.
O objetivo do controle é manter o planejamento. Vamos supor que uma pessoa tenha como
objetivo realizar investimentos de $ 500 mensalmente na bolsa de valores. Com o passar
do mês, o indivíduo percebe que gastou além da conta com gasolina. Se isso comprometer
o valor de $ 500 para os investimentos, isso indica que ele precisará gastar menos em outra
categoria para que o plano de investimento seja mantido.
O controle também é usado no caso de renda extra. Por exemplo, alguém que tenha
planejado receber $ 4.500 de renda e, que num determinado mês, recebe $ 6.000, precisa
saber para onde destinar esta renda que não estava sendo esperada. Caso não tenha essa
fase de controle bem feita, provavelmente os $ 1.500 deste exemplo seriam destinados sem
critério algum, o que seria ruim para as próprias finanças.
Vamos ver alguns detalhes a mais sobre esta fase do processo orçamentário. Nela,
identificamos as diferenças entre os valores planejados e os valores executados em cada
categoria. Chamamos essa diferença de variação. As variações podem ser favoráveis ou
desfavoráveis, conforme se apure:
● Variações favoráveis:
○ Renda executada maior do que a renda prevista.
○ Gasto executado menor do que o gasto previsto.
● Variações desfavoráveis:
○ Renda executada menor do que a renda prevista.
○ Gasto executado maior do que o gasto previsto.
Ao determinar as variações, precisamos estar cientes de suas causas para atuar no
controle da dinâmica orçamentária com as duas ações abaixo:
● Implementar medidas corretivas, como gastar menos ou destinar uma renda extra.
● Melhorar o planejamento, para o caso de variações repetitivas.
Segue exemplo:
Planejamento Execução Controle
Energia Elétrica 140 130 10 Fav.
Consumo de Gasolina 250 280 30 Desf.
Soma 390 410 20 Desf.
Neste caso, houve gasto de $ 20 acima do previsto (desfavorável); esse valor foi composto
por um gasto abaixo do previsto de $ 10 com energia elétrica e por um gasto acima do
previsto com consumo de gasolina de $ 30. Deste modo, essa pessoa vai precisar gastar
menos $ 20 em alguma outra categoria para manter o plano.
Usos do orçamento pessoal
Como parte desta aula, faça os exercícios indicados e confira suas respostas com o
gabarito proposto. Havendo dúvidas, vamos resolvê-las.
Considerações finais
Nesta aula, vimos várias coisas:
● Revimos as fases do processo orçamentário.
● Observamos que o orçamento, em sua dinâmica, pode considerar:
○ A sequência planejamento-execução-controle quando já sabemos operar
com ele.
○ A sequência execução-planejamento-controle quando estamos aprendendo.
● Que o exercício orçamentário nos leva a ter a capacidade de direcionar a evolução
patrimonial para nossas necessidades.
● Que o planejamento pode considerar, basicamente, duas possibilidades:
○ A sugestão de valores.
○ O uso da média (considerando tendência e/ou desvio-padrão, se for o caso).
● Que cada registro de movimentação financeira precisa de data, categoria e valores
e, se possível, complementado com um histórico. Após o que, juntar os gastos de
mesma categoria, somando-os.
● Que mensalmente, devemos fazer um fluxo de caixa integrado que considere todos
os meios de movimentação financeira.
● Que o controle, através da análise das variações, nos leva a ações corretivas e/ou
melhor planejamento.
O orçamento deve ocupar uma de nossas principais preocupações, em função dos múltiplos
benefícios que nos traz em termos de gestão de nossas finanças.

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