Prévia do material em texto
Unidade de Estudos 9 - Introdução à Educação ambiental Apresentação Sem dúvidas, a educação ambiental é considerada um instrumento na sensibilização das pessoas e das organizações, sendo fundamental para que as políticas ambientais funcionem de forma eficiente. Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos estudar os conceitos básicos da educação ambiental. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a evolução histórica da consciência ambiental no Brasil.• Identificar os principais modelos de educação ambiental em vigor no país.• Resumir os maiores problemas ambientais e de fiscalização em escala nacional.• Infográfico Atualmente existem duas interpretações fundamentais da educação ambiental (EA). Observe-as no esquema a seguir. Conteúdo do Livro A educação ambiental desempenha um papel fundamental na promoção da compreensão e ação em relação aos problemas ambientais e na busca por soluções sustentáveis. Sua importância é ampla e abrange diversas áreas, desde o nível individual até o global. É, portanto, o principal elemento para consciência ambiental que, por sua vez, é a base para a sustentabilidade global, tendo em vista que promove ações que visam a preservação e regeneração do meio ambiente, buscando um equilíbrio entre as necessidades humanas e a saúde do planeta. Boa leitura! GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Reconhecer a evolução histórica da consciência ambiental no Brasil. > Identificar os principais modelos de educação ambiental em vigor no país. > Resumir os maiores problemas ambientais e de fiscalização em escala nacional. Introdução Compreendemos que nossos padrões cotidianos exercem influência sobre o ambiente que nos cerca, correto? A deterioração do meio ambiente causada pelas atividades humanas tem sido uma ocorrência ao longo de anos, originada por diversas razões, como urbanização caótica, descarte de resíduos em corpos d'água, emissões de gases na atmosfera e outras práticas. No entanto, essa situação está se agravando devido ao aumento da popu- lação e ao modo como conduzimos nossas vidas, o que amplifica as transfor- mações nos ecossistemas e complica a preservação do equilíbrio natural. Para muitos problemas ambientais, mudar as atitudes e os costumes das pessoas é um primeiro passo importante para abordar o problema. Dessa forma, entender o ambiente nos permite aprender como a natureza funciona e como podemos viver em relação respeitosa com ela. Neste capí- tulo, você vai, então, estudar o histórico da sensibilização ambiental no Brasil e entender os modelos de educação ambiental. Esses conhecimentos são Introdução à educação ambiental Ana Carla Fernandes Gasques fundamentais para que a busca pelo desenvolvimento sustentável seja feita de forma mais assertiva, relacionando os problemas ambientais e o papel do homem nesse cenário. Evolução histórica da consciência ambiental no Brasil A história da humanidade tem sido marcada por crescentes atividades econô- micas e antrópicas, como a extração pesada, o consumo de recursos naturais e a combustão de combustíveis fósseis que pressionam o ecossistema e ameaçam a humanidade e o planeta (Saud et al., 2023). Durante sua evolução, a humanidade desenvolveu variadas visões a res- peito dos recursos naturais. Contudo, a partir da Revolução Industrial, o rápido avanço tecnológico passou a exercer uma influência marcante na qualidade do meio ambiente. As mudanças climáticas, o aquecimento global e a deterioração ambiental têm chamado a atenção internacional nas últimas décadas (Calijuri; Cunha, 2013). Em consonância, a escassez progressiva dos recursos naturais, originada por um sistema de produção insaciável, em paralelo com a crescente demanda de consumo da sociedade moderna, está intimamente ligada à degradação ambiental. A destruição de florestas e as contaminações químicas e bioló- gicas do ar, do solo e da água passaram a ser reconhecidas como problemas ambientais (Dias, 2000, Martine; Alves, 2015). Antigamente, prevalecia uma perspectiva utilitária em relação ao meio ambiente, na qual os recursos eram extraídos para atender às necessidades de sobrevivência. Contudo, com a Revolução Industrial, passou a ser reco- nhecido que as formas de produção e consumo estavam resultando em danos ambientais. Isso marcou o surgimento da consciência ambiental (Dias, 2000, Martine; Alves, 2015). Nesse cenário, a evolução histórica da consciência ambiental teve início nos anos 1960 e tem sido cada vez mais integrada à agenda política interna- cional, principalmente devido à disponibilidade — ou à falta — de recursos. Ao abordar a natureza, seja pela forma como a concebemos ou pela perspectiva que cada sociedade adota em relação ao ambiente natural, é possível ob- servar diferentes aspectos. Isso pode variar desde entender-nos como parte intrínseca e característica da natureza até buscar dominá-la para nossos objetivos, adotando uma postura de exterioridade (Calijuri; Cunha, 2013). Introdução à educação ambiental 2 Como marco da conscientização ambiental no mundo e no Brasil, tem-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. Foi o primeiro grande encontro internacional a abordar questões ambientais em escala global, reunindo líderes e representantes de diversos países para discutir a relação entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental. O resultado foi a adoção da Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano e a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) (Saito, 2012; Sanchez, 2013). No contexto brasileiro, a Conferência de Estocolmo teve um impacto direto na conscientização ambiental: trouxe à tona a necessidade de considerar os impactos das atividades humanas no meio ambiente e chamou a atenção para a importância da proteção dos recursos naturais. Isso levou a um aumento na discussão sobre questões ambientais no Brasil e à criação de políticas e regulamentações voltadas para a conservação e a sustentabilidade (Saito, 2012; Sanchez, 2013). A pressão internacional gerada pela conferência incentivou o governo brasileiro a estabelecer políticas ambientais mais abrangentes e regula- mentações para proteger os recursos naturais e combater a degradação ambiental. Além disso, fez com que grupos ambientalistas e da sociedade civil no Brasil passassem a se interessar mais e se engajar com a causa, levando a um aumento das atividades e mobilizações em prol da conscientização e da ação ambiental. Também contribuiu para o desenvolvimento de programas e iniciativas de educação ambiental no Brasil, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da sustentabilidade (Saito, 2012; Sanchez, 2013). A partir da Conferência de Estocolmo, vários marcos contribuíram para a evolução da conscientização ambiental no Brasil, como listado a seguir. � 1970s–1980s: surge a emergência de movimentos ambientalistas no Brasil, com destaque para a mobilização contra grandes projetos de desenvolvimento que ameaçavam ecossistemas sensíveis, como a construção da usina hidrelétrica de Balbina e a rodovia Transamazônica. O crescimento desses movimentos trouxe a conscientização sobre a necessidade de proteger o meio ambiente. � 1980s–1990s: Durante o período da ditadura militar, a conscientização ambiental ganhou força por meio de ações de organizações não go- vernamentais, grupos comunitários e estudantes. Em 1981, foi criado o Ministério do Meio Ambiente (MMA) no governo Figueiredo, sinalizando o reconhecimento oficial da importância das questões ambientais. Introdução à educação ambiental 3 � 1990s–2000s: a promulgação da Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a proteção do meio ambiente, estabelecendo princípios de sustentabilidade e a obrigatoriedade de estudos de impacto ambiental para grandes empreendimentos. A realização da Eco-92, a Conferência das NaçõesUnidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, reforçou a conscientização ambiental e o compromisso do Brasil com a conservação. � 2000s–presente: o Brasil adotou políticas ambientais mais robustas, como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), lançado em 2004, que visava a comba- ter a degradação na maior floresta tropical do mundo. Além disso, a conscientização sobre a importância da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas ganhou destaque, impulsionando ações go- vernamentais e sociais nesse sentido. Além desses marcos, é importante destacar os movimentos sociais e indígenas, que tiveram papel essencial na conscientização ambiental no Brasil. Lutas pela demarcação de terras indígenas e proteção de ecossis- temas ameaçados ganharam destaque, ressaltando a interconexão entre a preservação ambiental e os direitos humanos. Outro ponto importante para a evolução da conscientização ambiental no Brasil diz respeito à legislação e à fiscalização. A criação de leis ambientais mais rigorosas, como a Lei de Crimes Ambientais (Brasil, 1998), e a melhoria na fiscalização, além do fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) ajudaram a consolidar a conscientização e a necessidade de agir em prol do meio ambiente. A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei nº 6.938, também tem impacto na conscientização ambiental no Brasil. Ela é um marco regulatório que busca promover a proteção, a preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente, bem como o uso sustentável dos recursos naturais (Brasil, 1981). Ao longo do tempo, tragédias e desastres naturais e industriais contribuíram para sensibilizar as pessoas sobre a importância de considerar os impactos ambientais das ações humanas e desenvolver uma abordagem mais cuidadosa e sustentável em relação ao meio ambiente. Den- tre esses eventos, podemos adotar como exemplo as bombas de Hiroshima e Nagasaki em 1945 e a doença de Minamata em 1954. Introdução à educação ambiental 4 As explosões resultaram em destruição massiva, perda de vidas humanas e longos efeitos nocivos na saúde das pessoas e no ambiente circundante. Essas tragédias destacaram os riscos associados ao uso indiscriminado e irrespon- sável de tecnologias destrutivas, que poderiam causar danos irreversíveis aos ecossistemas, à saúde humana e à qualidade de vida. A doença de Minamata, por sua vez, foi causada pela contaminação da água por mercúrio despejado por uma fábrica química local, que entrou na cadeia alimentar por meio dos peixes consumidos pela população local. A intoxicação por mercúrio nas pessoas resultou em graves danos neurológicos, deformidades e mortes. Para saber mais, leia a notícia “Principais desastres ambientais no Brasil e no mundo” publicada em 2017, no Jornal da Unicamp. Em suma, a evolução da conscientização ambiental no Brasil após a Con- ferência de Estocolmo é caracterizada por um crescente engajamento de diversos setores da sociedade, pela promulgação de leis ambientais e ações governamentais mais direcionadas à proteção ambiental, bem como pelo reconhecimento crescente da relação intrínseca entre desenvolvimento e sustentabilidade. Tipos de educação ambiental Os desafios ecológicos estão intimamente associados à educação e à aprendizagem. Sem dúvida, a educação desempenha um papel crucial na sustentabilidade ambiental. Diante disso, a educação é fundamental para auxiliar a expansão sustentável, que se origina de relações internacionais (Saud et al., 2023). A consciência ambiental refere-se à compreensão e à sensibilidade em relação aos problemas ambientais que afetam o nosso planeta. Envolve o reconhecimento da interdependência entre os seres humanos e o meio ambiente, assim como a compreensão dos impactos das atividades humanas sobre os ecossistemas e recursos naturais (Gonçalves-Dias et al., 2009). Uma pessoa com consciência ambiental está ciente dos desafios am- bientais, como a poluição do ar e da água, a degradação do solo, a perda de biodiversidade, as mudanças climáticas e o esgotamento de recursos naturais. Essa consciência leva a uma atitude proativa em relação à proteção do meio ambiente e à busca de soluções sustentáveis para os problemas ambientais. Além disso, a consciência ambiental também se estende a práticas indivi- duais e coletivas que visam a minimizar o impacto ambiental das atividades cotidianas. Isso pode incluir a redução do consumo de energia, o uso respon- sável de recursos naturais, a reciclagem, a reutilização, a escolha de produtos sustentáveis e a adoção de práticas de conservação. Introdução à educação ambiental 5 A educação, então, é fundamental no desenvolvimento da consciência ambiental, uma vez que fornece informações sobre os desafios e as soluções ambientais, bem como sobre a importância de agir de maneira responsável a fim de garantir a saúde do planeta para as gerações futuras. A consciência ambiental também influencia políticas públicas, iniciativas empresariais e a tomada de decisões em todos os níveis da sociedade (Afonso et al., 2016). Existe um consenso sobre a importância da educação ambiental na mi- tigação dos efeitos nocivos dos problemas ambientais, na preservação do ambiente natural e na promoção de comportamentos ecológicos. Como a orientação ambiental está arraigada no sistema de valores de uma pessoa, esses valores podem ser ensinados por meio da educação ambiental apro- priada (Sharma; Paço; Upadhyay, 2023). A temática da educação ambiental começou a ganhar destaque como um campo formal de estudo e prática durante as décadas de 1960 e 1970. O prin- cipal marco foi em 1977, na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em colaboração com o Pnuma. Na ocasião, foi organizada uma conferência em Tbilisi, cidade situada na antiga União Soviética, denominada "Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental", que teve como objetivo principal a formulação de princípios, estratégias e diretrizes para a educação ambiental global (Pott; Estrela, 2017). Nesse evento, estabeleceu-se que a educação ambiental deveria ser conduzida de forma interdisciplinar e integrada, sendo um processo con- tínuo que abrange tanto as etapas do ensino formal quanto as do ensino não formal. A conferência foi muito relevante ao reforçar a importância da conscientização ambiental e da integração do tema ambiental em todas as facetas da educação (Pott; Estrela, 2017). Educação ambiental e a consciência ambiental estão relacionadas, mas são conceitos distintos. Aqui está a diferença entre os dois: a educação ambiental é um campo educacional que busca criar uma compreensão mais profunda das questões ambientais, promover a consciência sobre a inter- dependência entre os seres humanos e o ambiente e desenvolver competências para tomar decisões sustentáveis. Já a consciência ambiental consiste no grau de conhecimento, sensibilidade e preocupação que uma pessoa tem em relação ao meio ambiente e aos problemas ambientais (Barraza; Walford, 2002). A educação ambiental pode ser percebida como uma estratégia para combater a grave crise causada pelo uso excessivo dos recursos naturais. Introdução à educação ambiental 6 Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), em seu Art. 1º, entendem-se por educação ambiental: Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Brasil, 1999, art. 1). O capítulo 36 da "Agenda 21" enfatizou a ligação entre a sustentabilidade e a educação como um meio de alcançar o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2010). Em conformidade com esse propósito, a Unesco lançou a "Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável"em 2005 (Boarin; Martinez-Molina, 2022). Entretanto, a educação ambiental não deve ser uma disciplina isolada; ela precisa estar integrada com outras disciplinas, no cotidiano, e o conhecimento ambiental precisa ser efetivamente comunicado entre a comunidade cientí- fica e os profissionais da educação, levando à mudança de comportamento (Sharma; Paço; Upadhyay, 2023). Segundo a PNEA, a educação ambiental deve estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. Dessa forma, a fim de ser desenvolvida, abrange uma gama de abordagens e métodos, adaptados para diferentes contextos e públicos-alvo (Brasil, 1999). Existem diversos modelos e tipos de educação ambiental que enfatizam diferentes abordagens e estratégias, cada um com sua própria importância. A educação ambiental formal é aquela inserida nos programas de educação formal, sendo fundamental para a interdisciplinaridade, pois o aluno passa a ter uma visão sistêmica dos vários conteúdos e como eles se relacionam com as questões ambientais. Ou seja, acontece dentro do sistema educacional tradicional, como escolas e universidades. Pode ser integrada ao currículo regular, abordando temas ambientais em disciplinas como ciências, geografia e estudos sociais. A não formal, ou informal, por sua vez, é realizada fora dos sistemas educa- cionais convencionais, engloba uma variedade de ambientes, como programas de educação em museus, centros de natureza, acampamentos e workshops. Há os casos em que a educação ambiental acontece naturalmente por meio da interação cotidiana com o ambiente, seja por meio da observação direta, experiências de vida ao ar livre ou conversas informais. Não segue um plano estruturado, mas pode ser muito impactante (Mariga, 2006). A educação ambiental formal viabiliza a ocorrência do processo pedagógico por meio de diversos enfoques que se interligam mutuamente. Por outro lado, Introdução à educação ambiental 7 a abordagem induzida pela educação ambiental informal inclui a comunidade de maneira abrangente, englobando tanto a parcela da população que se encaixa no âmbito formal da educação escolar, quanto aquela que não está inserida nesse contexto. Há, ainda, a educação ambiental experiencial, que, segundo Barra (2006), é baseada na aprendizagem prática, promove a exploração direta do ambiente e o envolvimento dos participantes em atividades práticas, como excursões, experimentos e projetos. A educação ambiental participativa enfatiza a partici- pação ativa dos aprendizes na definição de questões e na tomada de decisões, ou seja, incentiva o diálogo, a troca de ideias e a resolução colaborativa de problemas ambientais. Do ponto de vista da sustentabilidade, a educação ambiental vem sendo abordada com diferentes nomenclaturas, “educação para a sustentabilidade”, “educação em ecoturismo e turismo sustentável” ou, ainda, “educação para o desenvolvimento sustentável”. Independente da nomenclatura adotada, conforme o foco principal, todas buscam desenvolver uma compreensão holística das interações entre aspectos sociais, econômicos e ambientais, com os objetivos de: � capacitar os indivíduos a tomarem decisões informadas e sustentáveis; � explorar o ambiente de forma responsável, respeitando a cultura local e minimizando os impactos ambientais; � destacar a ligação entre questões ambientais, sociais e econômicas; � promover a mudança de atitudes e comportamentos em direção a um futuro mais sustentável (Saud et al., 2023). Nos últimos anos, a educação ambiental assumiu uma importante função como instrumento de divulgação e sensibilização para a conservação do meio ambiente. Sua relevância tem crescido substancialmente, especialmente nas décadas mais recentes. Surgiu como uma ferramenta capacitadora para a sociedade questionar e estabelecer restrições diante dos desafios ambien- tais da época. Diante da ampliação desses problemas, a concepção de uma educação voltada para o contexto ambiental permeou as agendas políticas e o cenário educacional (Matos; Batista; Paula, 2019). É importante citar que os tipos de educação ambiental podem se sobrepor e ser adaptados para atenderem às necessidades específicas de diferentes grupos e situações. O objetivo principal é aumentar a conscientização, a compreensão e a ação em prol de um ambiente saudável e sustentável. Introdução à educação ambiental 8 Problemas ambientais e de fiscalização Ao focar em se tornar sustentável, deve-se educar os recursos humanos (es- pecialmente a gestão) sobre desenvolvimento sustentável, sustentabilidade ambiental e vários conceitos de proteção ambiental, bem como trazer à tona os principais problemas ambientais e de fiscalização. Os problemas ambientais e a fiscalização são duas áreas interconectadas e críticas quando se trata de preservar e proteger o meio ambiente. Questões ambientais e de fiscalização ambiental são assuntos cruciais que afetam diretamente a sustentabilidade do nosso planeta. A degradação ambiental resultante da atividade humana tem consequências significativas para o equilíbrio dos ecossistemas e para a qualidade de vida das pessoas. O Brasil dispõe de um conjunto amplo e coeso de leis destinado à pre- servação e ao uso sustentável da diversidade biológica. Esse conjunto de regulamentos em vigor foi estabelecido em épocas distintas ao longo dos anos, sendo moldado por variados fatores econômicos, sociais e políticos, o que resulta em disparidades entre as diferentes normativas. Contudo, o aumento constante das taxas de desmatamento e outras pressões intensas sobre os recursos naturais do país demandam uma inten- sificação dos esforços em todas as esferas governamentais para garantir a implementação efetiva dessas exigências rigorosas. Mecanismos econômicos voltados para a salvaguarda da biodiversidade, como remunerações por serviços ecossistêmicos e medidas compensatórias relacionadas à biodiver- sidade, continuam a ser empregados de maneira generalizada, porém nem sempre alcançando os resultados almejados de forma eficiente (OECD, 2018). A partir de 1970, a extração global de recursos aumentou significativa- mente, triplicando sua magnitude. Esse crescimento abrangeu um aumento de cinco vezes no uso de minerais não metálicos e um incremento de 45% no consumo de combustíveis fósseis. A influência das áreas urbanas e cidades sobre a degradação ambiental, as mudanças climáticas e as crises socioeco- nômicas tem sido um ponto central nas discussões sobre sustentabilidade nas últimas décadas. Nesse cenário, os problemas ambientais têm relação direta com as zonas urbanas, que abrigam 55% da população global, demandam quantidades substanciais de energia, materiais e recursos naturais. Apesar de ocuparem apenas 3% da superfície terrestre, as cidades consomem 78% da energia mundial e são responsáveis por mais de 60% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) (Saiu; Blečić; Meloni, 2022). Introdução à educação ambiental 9 Os problemas ambientais, então, são resultantes das ações do homem ao alterar o ambiente, interferindo na qualidade ambiental. As alterações resultantes dos processos produtivos, novos empreendimentos e desenvolvi- mento urbano de forma geral, interferem nos sistemas ambientais e resultam em poluição desses sistemas, podendo acontecer na água, no solo ou no ar. A problemática da questão ambiental inicia-se a partir dos usos confli- tantes provocados tanto pelas diferentes demandas da sociedade referente a algum recurso ou sistema ambiental quanto pelas próprias mudanças das condições ambientais resultantes das atividades humanas. O Brasil aplica elementos de prevenção e controle integrados da poluição, por exemplo, por meio da emissão de licenças ambientais e da realização de inspeções que abrangem todos os meios ambientais. No entanto, a coordena- ção institucional, a integração dos instrumentos de política ambiental com o planejamento do uso daterra e a capacitação das agências de monitoramento e fiscalização ambiental devem ser fortalecidas (OECD, 2018). A fiscalização ambiental corresponde à aplicação do poder de polícia estabelecido nas leis ambientais e “consiste no dever que o Poder Público tem de fiscalizar as condutas daqueles que se apresentem como potenciais ou efetivos poluidores e utilizadores dos recursos naturais, de forma a garantir a preservação do meio ambiente para a coletividade” (Ibama, 2022). A Lei nº 7.735, datada de 22 de fevereiro de 1989, delegou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) as responsabilidades de polícia ambiental. O Ibama deve fiscalizar uma gama de áreas e atividades que possam impactar o meio ambiente. Algumas das principais áreas que o Ibama deve fiscalizar incluem as listadas a seguir. � Desmatamento e uso do solo: o Ibama é responsável por fiscalizar atividades de desmatamento ilegal, mudanças no uso do solo que afetem áreas de preservação, além de monitorar o cumprimento das regras de manejo florestal sustentável. � Recursos hídricos: a fiscalização de corpos d’água inclui a prevenção da poluição, a fiscalização de empreendimentos que utilizam recursos hídricos e o controle da qualidade da água. � Unidades de conservação: o Ibama deve fiscalizar e proteger as áreas de unidades de conservação, como parques nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental. � Fauna e flora: a fiscalização de atividades relacionadas à fauna e à flora inclui o combate ao tráfico de animais silvestres, a caça ilegal, a exploração ilegal de madeira e a coleta ilegal de plantas. Introdução à educação ambiental 10 � Poluição e emissões: o Ibama deve fiscalizar as fontes de poluição, como indústrias, usinas e empreendimentos, para garantir que não ultrapassem os limites estabelecidos pela legislação. � Pesca e aquicultura: a fiscalização abrange a pesca ilegal, o uso ina- dequado de técnicas de pesca, o excesso de captura e o controle da atividade de aquicultura. � Transporte de produtos perigosos: o Ibama fiscaliza o transporte de produtos químicos e resíduos perigosos para garantir que seja feito de maneira segura e em conformidade com as normas. � Licenciamento ambiental: o Ibama fiscaliza o cumprimento das con- dições estabelecidas nas licenças ambientais emitidas para diversas atividades econômicas. � Terras indígenas e comunidades tradicionais: a proteção das terras indígenas e áreas ocupadas por comunidades tradicionais também faz parte das atribuições do Ibama. � Áreas costeiras e marítimas: a fiscalização se estende às áreas costeiras e marítimas, incluindo o controle de atividades como a exploração de petróleo, construção de portos e atividades de pesca (Brasil, 1989). Essas são apenas algumas das áreas que o Ibama deve fiscalizar, a fim de garantir a conservação e a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais do Brasil. Além do Ibama, existem outros órgãos estaduais e municipais com funções de fiscalização ambiental em suas respectivas jurisdições. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é o órgão responsável pela administração das unidades de conservação federais e executa atividades de fiscalização e proteção dessas áreas. Cada estado e o Distrito Federal têm seus próprios órgãos de meio ambiente, como a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) ou o órgão estadual de proteção ambiental, que são responsáveis pela fiscalização e pelo controle ambiental dentro de suas respectivas jurisdições (Ibama, 2022). Além disso, muitos municípios brasileiros têm órgãos municipais de meio ambiente que cuidam da fiscalização e do controle ambiental em nível local. Eles estão envolvidos principalmente em questões relacionadas ao uso do solo, ao licenciamento de empreendimentos e às questões urbanas. Esses são apenas alguns exemplos dos órgãos ambientais fiscalizadores no Brasil. Cada um deles desempenha um papel importante na proteção e conservação do meio ambiente em diferentes níveis de governo e escopos de atuação (Ibama, 2022). Introdução à educação ambiental 11 Além disso, é importante que o Brasil melhore o desempenho ambiental das operações e edifícios do governo, estabelecendo metas claras e medidas de apoio, promovendo compras públicas verdes e criando mecanismos para acompanhar o progresso. Os numerosos fundos ambientais do país, em geral, são administrados profissionalmente e bem monitorados (OECD, 2018). Frente ao apresentado neste capítulo, adquirir compreensão sobre a histó- ria e os conceitos relacionados à conscientização ambiental nos proporciona a capacidade de participar de debates com o objetivo de preservar o meio ambiente. Esse conjunto de conhecimentos capacita a aplicação precisa do saber adquirido, contribuindo para a manutenção da qualidade ambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável, fatores essenciais para a sustentação da vida em nosso planeta. Referências AFONSO, T. et al. Consciência Ambiental, Comportamento Pró-Ambiental e Qualidade de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 5, n. 3, dez. 2016. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/ geas/article/view/10015. Acesso em: 31 ago. 2023. ASSEMBLEIA… Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sus- tentável, 2005-2014: documento final (do) Plano Internacional de Implementação, maio de 2005. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139937_por. Acesso em: 01 set. 2023. BARRA, V. M. M. Exploração de necessidades socioeducativas e análise de modelos formativos de educação ambiental com caráter experimental. Educar, n. 27, p. 111- 128, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/3XLWkK4LxFCVqyCjctkH6mJ/ abstract/?lang=pt. Acesso em: 31 ago. 2023. BARRAZA, L.; WALFORD, R. A. Environmental Education: a comparison between english and mexican school children. Environmental Education Research, v. 8, n. 2, p. 171-186, maio 2002. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/248965373_En- vironmental_Education_A_comparison_between_English_and_Mexican_school_chil- dren. Acesso em: 31 ago. 2023. BOARIN, P.; MARTINEZ-MOLINA, A. Integration of environmental sustainability consi- derations within architectural programmes in higher education: a review of teaching and implementation approaches. Journal Of Cleaner Production, v. 342, mar. 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652622006242. Acesso em: 31 ago. 2023. BRASIL. Conferência Das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente E Desenvolvimento - Capí- tulo 36. 2010. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/ cap36.doc. Acesso em: 03 set. 2023. BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e admi- nistrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da República, 1998. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605. htm. Acesso em: 31 ago. 2023. Introdução à educação ambiental 12 BRASIL. Lei n. 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 31 ago. 2023. BRASIL. Lei n. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1989. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7735.htm. Acesso em: 31 ago. 2023. BRASIL. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outrasprovidências. Brasília: Presidência da República, 1999. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795. htm. Acesso em: 31 ago. 2023. CALIJURI, M. C.; CUNHA, D. G. F. Engenharia ambiental: conceitos, tecnologia e gestão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. GONÇALVES-DIAS, S. L. F. et al. Consciência ambiental: um estudo exploratório sobre suas implicações para o ensino de administração. Rae Eletrônica, v. 8, n. 1, jun. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/raeel/a/ZMRGBv7KfwzYgHZBDbb5HxQ/#. Acesso em: 31 ago. 2023. IBAMA. O que é fiscalização ambiental? Brasília: Ibama, 2022. Disponível em: https:// www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-protecao-ambiental/fiscalizacao- -ambiental/o-que-e-fiscalizacao#-reas-de-fiscaliza--o-ambiental-federal. Acesso em: 31 ago. 2023. MARIGA, J. A. Educação e meio ambiente. Ciências Sociais em Perspectiva, v. 5, n. 8, 2006. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ccsaemperspectiva/ article/view/1435. Acesso em: 31 ago. 2023. MARTINE, G.; ALVES, J.E.D. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21: tripé ou trilema da sustentabilidade? Revista brasileira de estudos de população, v. 32, n. 3, set./dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/pXt5ZtxqShgBKDJVT DjfWRn/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 31 ago. 2023. MATOS, T. P. P. B.; BATISTA, L. P. P; PAULA, E. O. Notas sobre a história da educação ambiental no Brasil. In: VI CONEDU, VI Congresso Nacional de Educação. Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2019/ebook3/PRO- POSTA_EV127_MD4_ID7800_30082019104142.pdf. Acesso em: 31 ago. 2023. OECD. Evaluating Brazil’s progress in implementing environmental performance review recommendations and promoting its alignment with OECD core acquis on the environ- ment. United Kingdom: OECD, 2021. Disponível em: https://www.oecd.org/environment/ country-reviews/Brazils-progress-in-implementing-Environmental-Performance- -Review-recommendations-and-alignment-with-OECD-environment-acquis.pdf. Acesso em: 31 ago. 2023. POTT, C. M.; ESTRELA, C. C. Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, v. 31, n. 89, abr. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/pL9zbDbZCwW68Z7PMF5fCdp/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 31 ago. 2023. Introdução à educação ambiental 13 SAITO, Carlos Hiroo. Política Nacional de Educação Ambiental e Construção da Cidadania: revendo os desafios contemporâneos. In: RUCHEINSKY, Aloísio. Educação Ambiental: abordagens múltiplas. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012. Cap. 3. p. 54-77. SAIU, V.; BLEčIć, I.; MELONI, I. Making sustainability development goals (SDGs) operational at suburban level: potentials and limitations of neighbourhood sustainability assess- ment tools. Environmental Impact Assessment Review, [s. l.], v. 96, p. 106845, set. 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0195925522001111. Acesso em: 03 set. 2023. SANCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. 2. ed. São Paulo: Oficina de textos, 2013. SAUD, S. et al. Articulating natural resource abundance, economic complexity, education and environmental sustainability in MENA countries: evidence from advanced panel estimation. Resources Policy, v. 80, jan. 2023. Disponível em: https://www.sciencedirect. com/science/article/pii/S0301420722007048. Acesso em: 30 ago. 2023. SHARMA, N.; PAÇO, A.; UPADHYAY, D. Option or necessity: role of environmental education as transformative change agent. Evaluation And Program Planning, v. 97, abr. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36716606/. Acesso em: 30 ago. 2023. Leituras recomendadas BRASIL. Câmara dos Deputados. Legislação brasileira sobre meio ambiente. 2. ed. Bra- sília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. Disponível em: https://bd.camara. leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1362/legislacao_meio_ambiente_2ed. pdf?sequence=4&isAllowed=y. Acesso em: 31 ago. 2023. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm. Acesso em: 31 ago. 2023. CARVALHO, I. C. M. A pesquisa em educação ambiental: perspectivas e enfrentamentos. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 15, n. 1, jun. 2020. Disponível em: https://www. periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/pesquisa/article/view/15126. Acesso em: 30 ago. 2023. CONDE, I. B. Educação ambiental na escola. Fortaleza: EdUECE, 2016. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431714/2/Livro_Educacao%20Am- biental%20na%20Escola.pdf. Acesso em: 30 ago. 2023. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito- res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Introdução à educação ambiental 14 Dica do Professor Nesta aula veremos os elementos conceituais mais importantes relacionados à temática da educação ambiental. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/6e140951def43f0aad8432e64371bd23 Na prática Na atualidade, a educação ambiental é trabalhada basicamente por meio de projetos em diferentes níveis e instituições. Veja a seguir um projeto desenvolvido pelo Ministério de Meio Ambiente. Conheça mais sobre o Projeto Salas Verdes, por meio deste link: Clique aqui https://meioambiente.culturamix.com/projetos/projeto-sala-verde Saiba mais Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: UMA REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO ESCOLAR Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Educação ambiental: abordagens múltiplas. Área do Professor RUSCHEINSKY, A. (Org.).2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012. (Capítulo 11) Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Educação ambiental: pesquisa e desafios SATO, M. et al.. Porto Alegre: Artmed, 2005. (Introdução) Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Mapeando as macro-tendências político-pedagógicas da educação ambiental contemporânea no brasil https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_EV117_MD1_SA14_ID10255_12092018162631.pdf https://biblioteca-a.read.garden/viewer/9788563899873/ii Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.epea.tmp.br/viepea/files.epea2011.webnode.com.br/200000132-64f2b65ec6/epea2011-0127-1.pdf