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Notas de Aula – Educação Ambiental 1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL – Aulas 1, 2, 3 e 4 Prof. Esp. H.C. Valmir Meirelles Especialista em Gestão da Qualidade – UNIA. Graduado em Processos de Produção – Instituto de Ensino Superior Se- nador Flaquer. Técnico em laboratório Industrial – E.T.I. Lauro Gomes. Diplomado Professor Honoris Causa – Faculdade Pentágono. Carga horária: 40h. Objetivo Geral: Desenvolver no aluno o senso crítico e a compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas relações ecológicas, psi- cológicas, legais, políticas sociais, econômicas e éticas transformando cada um em um agente do meio ambiente. Introduzir uma nova visão e consciência ambiental entre os alunos; pro- mover e disseminar a ideia ambiental na comunidade acadêmica e a atuação responsável em seu espaço de vivência. Formar um profissional consciente e das implicações de cada ação e seus impactos no meio ambiente. Notas de Aula – Educação Ambiental 2 SUMARIO. AULA 1. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL. ...................................... 3 1.1. O QUE É E QUAL A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL? ............................................................... 4 LEITURAS. ....................................................................................................................................... 5 1.2 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE. ............................................................................... 6 LEITURA. ........................................................................................................................................ 8 ATIVIDADE. ..................................................................................................................................... 8 AULA 2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. ...................................... 10 2.1. DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. .............................................................................. 11 LEITURA. ...................................................................................................................................... 13 2.2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. .......................................................................................... 14 REFERÊNCIAS. ................................................................................................................................ 19 LEITURAS. ..................................................................................................................................... 20 AULA 3. PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL E NO MUNDO. ................. 21 3.1. OS CINCO MAIORES PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL E NO MUNDO E SUAS SOLUÇÕES. ......................... 22 3.1.1. POLUIÇÃO DO AR E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. ........................................................................................ 22 3.1.2. DESMATAMENTO. ............................................................................................................................ 23 3.1.3. EXTINÇÃO DE ESPÉCIES. ..................................................................................................................... 24 3.1.4. DEGRADAÇÃO DO SOLO. .................................................................................................................... 25 3.1.5. SUPERPOPULAÇÃO. .......................................................................................................................... 25 LEITURAS. ..................................................................................................................................... 26 ATIVIDADE. ................................................................................................................................... 27 AULA 4. MEIO AMBIENTE, MACROAMBIENTE E MICROAMBIENTE. ......... 28 4.1. UM POUCO SOBRE GEOGRAFIA AMBIENTAL (LEITURA 1). .................................................................... 29 4.2. UM POUCO SOBRE GLOBALIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE. ....................................................................... 30 4.3. MEIO AMBIENTE, O QUE É? ......................................................................................................... 32 4.3.1. QUESTÕES INTERNAS E EXTERNAS. ...................................................................................................... 32 LEITURAS. ..................................................................................................................................... 35 ATIVIDADE SUGERIDA. ..................................................................................................................... 35 Notas de Aula – Educação Ambiental 3 AULA 1. Introdução à educação ambiental. CARGA HORÁRIA TOTAL........ 2h. Objetivo: Definir o sistema conceitual básico da educação ambiental. Reconhecer a educação ambiental das organizações. Identificar as principais tendências atuais da educação ambiental. Desafio: Compreender o que é meio ambiente e as relações entre o meio natural e o meio social Indicação de leitura: CHADAD, Flávio Roberto. Reflexões sobre educação e as práticas em educação ambiental. Revista Educação Ambiental em Ação. http://www.revistaea.org/ar- tigo.php?idartigo=2131 Acesso em 29/11/2020 LAYRARGUES, Philippe Pomier e LIMA, Gustavo Ferreira da Costa - VI Encontro “Pesquisa em Educação Ambiental. http://www.epea.tmp.br/viepea/files.epea2011.webnode.com.br/200000132- 64f2b65ec6/epea2011-0127-1.pdf Acesso em 29/11/2020 Notas de Aula – Educação Ambiental 4 1.1. O que é e qual a importância da educação ambiental? A Educação Ambiental busca conscientizar as pessoas através de um processo de participação efetiva e permanente e tem como meta a consciência crítica sobre o meio ambiente e seus problemas, ou seja, a interação homem-natureza precisa ser melhorada. A Educação Ambiental é então um processo longo e delicado e necessita da conscientização e da mudança de comportamento em que cada um faça sua parte cuidando e respeitando o meio ambiente assegurando assim nossa sobrevivência como espécie. Como isso acontece? “A educação ambiental é um complemento na formação dos indivíduos, através de um processo pedagógico participativo ela procura infiltrar no aluno uma consciência crítica sobre os problemas ambientais e ajuda ele a criar uma educação preocupada não somente com o seu bem estar, mas em um bem estar que procure pensar no coletivo. Por que a Educação Ambiental é tão importante para a formação? Ela é importante pois transmite conhecimentos que visam à conscientização e reflexão de todos frente às questões ambientais, que são muito importantes para os dias atuais. Representando a formação de uma geração mais consciente sobre a sustentabilidade, com ideias voltadas para a construção de um futuro mais limpo para as próximas gerações. Ela precisa permear todas as relação e atividades escolares, precisa desenvolver de maneira interdisciplinar, a reflexão sobre questões atuais e com isso fazer com que os alunos pensem em como eles querem que seja o futuro do planeta, e a partir disso pôr em prática esse pensamento crítico em relação às questões ambientais. Retornar a apresentação VÍDEO AULA 1 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 5 Leituras. “Educação Ambiental na formação de Indivíduos Conscientes” Acesso em 11/01/2021. CHADAD, Flávio Roberto. Reflexões sobre educação e as práticas em educa- ção ambiental. Revista Educação Ambiental em Ação. http://www.revis- taea.org/artigo.php?idartigo=2131 Acesso em 29/11/2020 Notas de Aula – Educação Ambiental 6 1.2 A educação ambiental e a sustentabilidade. A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável caminham juntos em busca da conscientização das pessoas para o melhor cuidado do planeta. É necessáriolevar em conta que é de grande importância os aspectos sociais e ambientais e toda a relação que esses assuntos têm com a economia, e a adoção de perspectivas globais de desenvolvimento. Quando usada como método de ensino, a educação ambiental pode provocar nos cidadãos a criação de discussões a respeito dos problemas ambientais que afligem o planeta. Os assuntos que podem ser discutidos vão desde os direitos e deveres do cidadão até a importância de realizar uma correta coleta de lixo ou das consequências que esse lixo pode causar a saúde das pessoas (TREVISOL, 2003, p. 45). O desenvolvimento sustentável e a educação ambiental não devem ser simplesmente uma moda ou um convite para que se juntem a causa da proteção ambiental. O que deve ser feito é entender o conceito de proteção ao meio ambiente. E que a política pública, detentora e administradora de nossos impostos, possam trabalhar visando a melhoria e que possam garantir a proteção dos recursos naturais, e dessa forma o desenvolvimento sustentável se tornará um legado para as próximas gerações (DIAS, 2004, p. 79). A educação para o futuro sustentável significa incluir questões-chave sobre o desenvolvimento sustentável, por exemplo, mudança climática, redução de riscos de desastres, biodiversidade, redução da pobreza e consumo sustentável. Também requer métodos participativos para motivar e mudar nossos comportamentos e tomar atitudes em favor do desenvolvimento sustentável. A educação para o desenvolvimento sustentável promove competências como pensamento crítico, reflexão sobre cenários futuros e tomadas de decisão colaborativas (JACOBI, 2003, p. 23). Isso requer mudanças profundas no modo de vida que é praticado hoje. Esse esforço irá incentivar mudanças de comportamento que virão a gerar um futuro mais sustentável em termos da integridade ambiental, da viabilidade econômica e de uma sociedade justa para as gerações presentes e futuras. Notas de Aula – Educação Ambiental 7 Isso representa uma nova visão capaz de ajudar pessoas de todas as idades a entender melhor o mundo em que vivem, tratando da complexidade e do inter- relacionamento de problemas tais como pobreza, consumo predatório, degradação ambiental, deterioração urbana, saúde, conflitos e violação dos direitos humanos, que hoje ameaçam nosso futuro. Partindo do exposto resolvemos elaborar este artigo objetivando evidenciar a importância da Educação Ambiental como uma ferramenta fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, através de ações que possibilitem uma mudança de postura, num futuro próximo, das autoridades e da população em geral, na busca da preservação do planeta. Além disso, fazer um breve histórico da educação ambiental, relatar a importância do desenvolvimento sustentável e enfatizar a importância da educação ambiental e a importância da adoção de práticas que visem à sustentabilidade. Retornar a apresentação Notas de Aula – Educação Ambiental 8 Leitura. Atividade. Esta atividade não é avaliativa, trata-se de um exercício, sua utilidade é contribuir com a construção do seu conhecimento, facilitando posteriormente a resolução das atividades avaliativas (objetivas) que serão o parâmetro para avaliar o seu desempenho na disciplina. Ao resolver os exercícios indicados, seu objetivo não será obtenção de nota para a disciplina, mas sim aprimorar seu conhecimento, portanto não há a necessidade de enviá-los ao professor, porém é necessário resolve- los para resolver a atividade avaliativa ao final do núcleo de conhecimentos formado pelas aulas 1, 2, 3 e 4., sem os quais não será possível progredir para a próxima etapa do caminho na Educação Ambiental. Questão 1 - A educação ambiental: (Referência nota de aula da aula 1). a) É um processo de curta duração e tem como meta obter apenas resultados imediatos para preservação da flora e fauna. b) É um processo de conscientização e tem como meta somente a preservação dos recursos naturais substituindo-os por recursos não naturais. c) É um processo de participação efetiva e permanente do cidadão e tem como meta a consciência crítica sobre o meio ambiente e seus problemas. d) É um processo longo, porém simplificado e necessita da conscientização e da mudança de comportamento e) É um processo de vigília permanente que visa apenas reduzir o consumo de recursos naturais. LAYRARGUES, Philippe Pomier e LIMA, Gustavo Ferreira da Costa - VI Encontro “Pesquisa em Educação Ambiental”. http://www.epea.tmp.br/viepea/fi- les.epea2011.webnode.com.br/200000132-64f2b65ec6/epea2011-0127-1.pdf Acesso em 29/11/2020 Notas de Aula – Educação Ambiental 9 Questão 2 - Não é um dos tópicos previstos para a educação ambiental: a) Construir valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente; b) Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação am- biental c) A Política Nacional de Educação Ambiental não envolve em sua esfera de ação as instituições educacionais privadas dos sistemas de ensino d) A educação ambiental na educação escolar abrange: educação básica; educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; educação superior; educação especial; educação profissional; e) A educação ambiental não-formal compreende as ações e práticas educativas vol- tadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organi- zação e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Notas de Aula – Educação Ambiental 10 AULA 2. Histórico da educação ambiental. CARGA HORÁRIA TOTAL........ 2h. Objetivo: Demonstrar a evolução da educação ambiental no contexto Brasil e no contexto mundial. Desafio: Conhecer e compreender os fatos históricos que levaram ao desenvolvimento da educação ambiental no Brasil e no mundo e sua importância no contexto atual. Indicação de leitura: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/29517/D%20%20ELISABETH%20CHRIST- MANN%20RAMOS.pdf?sequence=1 (consulta em 05/02/2021) Notas de Aula – Educação Ambiental 11 2.1. Desenvolvimento da educação ambiental. A degradação ambiental compromete seriamente a qualidade de vida da população representando assim uma questão global e tem causado preocupações cada vez maiores em todas as faixas da sociedade. A preocupação com as questões ambientais é relativamente nova e data da segunda metade do século passado, quando se tornou algo mais sério e entendemos que o desequilíbrio ecológico/ambiental poderia comprometer a vida na terra. A sociedade industrial moderna interfere neste equilíbrio com altos riscos de desequilibrá-lo em cada ação. Até adentrarmos aos “tempos modernos” a destruição do meio ambiente não foi motivo de preocupações. “A crescente escassez dos recursos naturais produzida por um sistema produtivo voraz, face à crescente demanda de consumo da sociedade moderna, está associada à deterioração do meio ambiente”, com a devastação de florestas, contaminação de recursos naturais por meios químicos e orgânicos (ar, água, solo). A degradação do ambiente associada ao crescimento econômico assumiu dimensões globais e atinge a todos e tudo sem respeitar fronteiras. Os países industrializados onde a destruição se encontrava de forma mais acentuada e como tomada de consciência de que algo já havia sido perdido, criaram movimentos de proteção ambiental e passaram a questionar o modelo de sociedade industrial, especialmente os empreendimentos econômicos e militares que ela produz, e que possuem um grande poder destrutivo da natureza. Já nos países menos desenvolvidos a questão básica continua sendo o desenvolvimento econômico como resposta para a situações de miséria e atraso, e por isso, a movimentação em torno das questões ambientais nestes países ganhou visibilidade após a década de 80 e está associada à questão da compatibilidade entre desenvolvimento econômicoe proteção do meio ambiente (sustentabilidade). VÍDEO AULA 2 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 12 “Diante da gravidade dos problemas ecológicos e pressionados pelas manifestações de denúncia da sociedade civil contra as agressões ao meio ambiente e à vida, os governos de vários países foram, progressivamente, incorporando as questões ambientais na agenda política e econômica, dando origem a uma série de iniciativas”, dentre elas a instituição da Educação Ambiental como proposta internacional emergente. “Há o reconhecimento de que é preciso informar o homem sobre os problemas ambientais, formando uma consciência, comportamentos e ações adequadas ao uso do meio ambiente e sua proteção. A educação ambiental se constitui, então, em instrumento eficaz para combater a crise ambiental do mundo com o objetivo de ‘‘despertar a consciência ecológica dos indivíduos para uma utilização mais racional dos recursos do Universo”. Retornar a apresentação Notas de Aula – Educação Ambiental 13 Leitura. RAMOS, Elisabeth Christmann – “Educação ambiental: evolução histórica, implicações teóricas e soci- ais. Uma avaliação crítica”. https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/29517/D%20%20ELISA- BETH%20CHRISTMANN%20RAMOS.pdf?sequence=1 Notas de Aula – Educação Ambiental 14 2.2. Histórico da educação ambiental. Década de 60(1) 1962 - Livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson - alertava sobre os efeitos danosos de inúmeras ações humanas sobre o ambiente, como por exemplo o uso de pesticidas. 1968 - Nasce o Conselho para Educação Ambiental, no Reino Unido. Neste mesmo ano, surge o Clube de Roma que em 1972, produz o relatório “Os Limites do Crescimento Econômico” que estudou ações para se obter no mundo um equilíbrio global como a redução do consumo tendo em vista determinadas prioridades sociais. Década de 70(1) 1970 - Entidade relacionada à revista britânica “The Ecologist” elabora o “Manifesto para Sobrevivência” onde insistiam que um aumento indefinido de demanda não pode ser sustentado por recursos finitos. 1972 - Conferência das Nações sobre o Ambiente Humano, Estocolmo. Os principais resultados formais do encontro constituíram a Declaração sobre o Ambiente Humano ou Declaração de Estocolmo que expressa a convicção de que “tanto as gerações presentes como as futuras, tenham reconhecidas como direito fundamental, a vida num ambiente sadio e não degradado” (Tamanes - 1977). Ainda como resultado da Conferência de Estocolmo, neste mesmo ano a ONU criou um organismo denominado Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, sediado em Nairobi. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul criou o primeiro curso de pós-graduação em Ecologia do país. 1975 - Em resposta às recomendações da Conferência de Estocolmo, A UNESCO promoveu em Belgrado (Iugoslávia) um Encontro Internacional em Educação Ambiental onde criou o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA que formulou os seguintes princípios orientadores: a Educação Ambiental deve ser continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais. Carta de Belgrado - constitui um dos documentos mais lúcidos e importantes gerados nesta década. Fala sobre a satisfação das necessidades e desejos de todos os cidadãos da Terra. Propõe temas que falam que a erradicação das causas básicas da pobreza como a fome, o analfabetismo, a poluição, a exploração e dominação, devam ser tratados em conjunto. Nenhuma nação deve se desenvolver às custas de outra nação, havendo necessidade de uma ética global. A reforma dos processos e sistemas educacionais é central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento. Notas de Aula – Educação Ambiental 15 A juventude deve receber um novo tipo de educação que requer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre escolas e comunidade, entre o sistema educacional e sociedade. Finaliza com a proposta para um programa mundial de Educação Ambiental. 1976 - Criação dos cursos de pós-graduação em Ecologia nas Universidades do Amazonas, Brasília, Campinas, São Carlos e o Instituto Nacional de Pesquisas Aéreas - INPA em São José dos Campos. 1977 - Realizada a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental em Tbilisi organizada pela UNESCO com a colaboração do PNUMA. Foi o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de Educação Ambiental, iniciado em 1975. Definiu-se os objetivos, as características da EA, assim como as estratégias pertinentes no plano nacional e internacional. No Brasil, o Conselho Federal de Educação tornou obrigatória a disciplina Ciências Ambientais em cursos universitários de Engenharia. 1978 - Os cursos de Engenharia Sanitária já inseriam as matérias de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental. 1979 - Realização do Seminário de Educação Ambiental para América Latina realizado pela UNESCO e PNUMA na Costa Rica. O departamento do Ensino Médio/MEC e a CETESB publicam o documento “Ecologia - Uma proposta para o Ensino de 1º e 2º graus”. Década de 80(1) 1985 - Parecer 819/85 do MEC reforça a necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de formação do ensino de 1º e 2º graus, integrados a todas as áreas do conhecimento de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a “formação da consciência ecológica do futuro cidadão”. 1987 - Estratégia Internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio 90 - documento final do Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meio-ambiente, realizado em 1987 em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. Ressalta a importância da formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais da EA e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis. Notas de Aula – Educação Ambiental 16 Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou por unanimidade, a conclusão da Câmara de Ensino a respeito do parecer 226/87 que considerava necessária a inclusão da Educação Ambiental dentre os conteúdos a serem explorados nas propostas curriculares das escolas de 1º e 2º graus, bem como sugeria a criação de Centros de Educação Ambiental. A UNESCO/PNUMA realizou em Moscou o Congresso Nacional sobre Educação e Formação Ambientais - UNESCO/PNUMA onde se analisou as conquistas e dificuldades na área de EA desde a conferência de Tbilisi e discutido uma estratégia internacional de ação em educação e formação ambientais para a década de 90. 1988 - Constituição da República Federativa do Brasil dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no Art. 225, Inciso VI, determina ao “... Poder Público, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino...” Realização do Primeiro Congresso Brasileiro de Educação Ambiental no Rio Grande do Sul. Realização do Primeiro Fórum de Educação Ambiental promovido pela CECAE/USP, que mais tarde foi assumido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental. 1989 - Realização da 3º Conferência Internacional sobre Educação Ambiental para as Escolas de 2º Grau com o tema Tecnologia e Meio Ambiente, em Illinois/USA. Década de 90(1) 1990 - A Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em Jontien, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990, reitera: “confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver a sua herança cultural, linguística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender a causa da justiça social, de proteger o meio ambiente....” 1991 - Portaria 678/91 do MEC, determinou que a educação escolar deveria contemplar a Educação Ambiental permeando todo o currículo dos diferentes níveis e modalidades de ensino. Foi enfatizada a necessidade de investir na capacitação de professores.Notas de Aula – Educação Ambiental 17 Portaria 2421 /91 do MEC, institui em caráter permanente um Grupo de Trabalho de EA com o objetivo de definir com as Secretarias Estaduais de Educação, as metas e estratégias para a implantação da EA no país e elaborar proposta de atuação do MEC na área da educação formal e não-formal para a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação Ambiental, promovido pelo MEC e SEMA com apoio da UNESCO/Embaixada do Canadá em Brasília, com a finalidade de discutir diretrizes para definição da Política da EA. 1992 - Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, RIO -92. O MEC promoveu em Jacarepaguá um workshop com o objetivo de socializar os resultados das experiências nacionais e internacionais de EA, discutir metodologias e currículos. Do encontro resultou a Carta Brasileira para a Educação Ambiental. 1993 - Portaria 773/93 do MEC, institui um Grupo de Trabalho para EA com objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para a implementação da EA nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades - concretizando as recomendações aprovadas na RIO-92. 1994 - Proposta do Programa Nacional de Educação Ambiental - PRONEA, elaborada pelo MEC/MMA/MINC/MCT com o objetivo de “capacitar o sistema de educação formal e não-formal, supletivo e profissionalizante, em seus diversos níveis e modalidades.” 1995 - Foi criada a Câmara Técnica temporária de Educação Ambiental no Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, determinante para o fortalecimento da Educação Ambiental. 1996 - Lei nº 9.276/96 que estabelece o Plano Plurianual do Governo 1996/1999, define como principais objetivos da área de Meio Ambiente a “promoção da Educação Ambiental, através da divulgação e uso de conhecimentos sobre tecnologias de gestão sustentável dos recursos naturais”, procurando garantir a implementação do PRONEA. A Coordenação de Educação Ambiental promove 3 cursos de Capacitação de Multiplicadores em Educação Ambiental - apoio do Acordo BRASIL/UNESCO, a fim de preparar técnicos das Secretarias Estaduais de Educação, Delegacias Regionais de Educação do MEC e algumas Universidades Federais, para atuarem no processo de inserção da Educação Ambiental no currículo escolar. 1997 - Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade – Thessaloniki,1997 onde houve o reconhecimento que, passados cinco anos da Conferência Rio-92 , o desenvolvimento da EA foi insuficiente. Entretanto esse encontro foi beneficiado pelos numerosos encontros internacionais realizados em 1997, na Índia, Tailândia, México, Cuba, Brasil, Grécia entre outras. Notas de Aula – Educação Ambiental 18 O Brasil apresentou o documento “Declaração de Brasília para a Educação Ambiental”, consolidado após a I conferência Nacional de Educação Ambiental – CNIA. Reconhece que a visão de educação e consciência pública foi enriquecida e reforçada pelas conferências internacionais e que os planos de ação dessas conferências devem ser implementados pelos governos nacionais, sociedade civil (incluindo ONGs, empresas e a comunidade educacional), a ONU e outras organizações internacionais. Elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs com o tema “Convívio Social, Ética e Meio Ambiente”, onde a dimensão ambiental é inserida como um tema transversal nos currículos do Ensino Fundamental. A Coordenação de Educação Ambiental do MEC promove 7 Cursos de Capacitação de Multiplicadores e 5 Teleconferências. 1998 - A Coordenação de Educação Ambiental do MEC promove 8 Cursos de Capacitação de Multiplicadores, 5 teleconferências, 2 Seminários Nacionais e produz 10 vídeos para serem exibidos pela TV Escola. Ao final deste ano, a Coordenação de Educação Ambiental é inserida na Secretaria de Ensino Fundamental - SEF no MEC, após reforma administrativa. 1999 - Promulgada a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a que deverá ser regulamentada após as discussões na Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no CONAMA. Portaria 1648/99 do MEC cria o Grupo de Trabalho com representantes de todas as suas Secretarias para discutir a regulamentação da Lei nº 9795/99 o MEC propõe o Programa PCNs em Ação atendendo às solicitações dos Estados. Meio Ambiente, um dos temas transversais, será trabalhado no ano 2000. Anos 2000 2002(1) - Conferência das Nações Unidas e Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo - África do Sul– RIO+10 2004(2) - Mudança ministerial no Brasil, a criação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a transferência da CGEA para esta secretaria, permitiu um maior enraizamento da EA no MEC e junto às redes estaduais e municipais de ensino, passando a atuar de forma integrada à áreas de Diversidade, Educação Escolar Indígena e Educação no Campo, conferindo assim maior visibilidade à Educação Ambiental e destacando sua vocação de transversalidade. Em 2004, tem início um novo Plano Plurianual, o PPA 2004-2007. Em função das novas diretrizes e sintonizado com o ProNEA, o Programa 0052 é reformulado e passa a ser intitulado Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Notas de Aula – Educação Ambiental 19 O Brasil, juntamente com outros países da América Latina e do Caribe, assumiu compromissos internacionais com a implementação do Programa Latino-Americano e Caribenho de Educação Ambiental (Placea10) e do Plano Andino-Amazônico de Comunicação e Educação Ambiental (Panacea), que incluem os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação dos países. 2012 - Plano Nacional de Educação - PNE (2012): estabelecido para o decênio 2011-2020, em seu artigo 2°, apresenta no inciso VI como diretriz a “promoção da sustentabilidade socioambiental” (MEC, 2012). Retornar para apresentação Referências. Referência 1 - http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/histo- ria.pdf Referência 2 - https://portalresiduossolidos.com/historia-da-educacao-ambiental-bra- sil-e-mundo/ Notas de Aula – Educação Ambiental 20 Leituras. PORTAL RESÍDUOS SÓLIDOS. A inserção legal da Educação Ambiental no Brasil. Disponível em: https://portalresiduossolidos.com/insercao-legal-da-educacao-ambiental-brasil/ RUFINO, Bianca e CRISPIM, Cristina. “Breve resgate histórico da educação ambiental no Brasil e no mundo”. VI Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2015/VII-069.pdf Notas de Aula – Educação Ambiental 21 AULA 3. Problemas ambientais no Brasil e no Mundo. CARGA HORÁRIA TOTAL........ 2h. Objetivo: Descrever as questões ambientais no Brasil e no mundo. Relacionar ações para evitar e/ou minimizar impactos ambientais negativos. Desafio: Compreender e relacionar os problemas ambientais passados e atuais a necessidade da educação ambiental como ferramenta de mudanças. Indicação de leitura: Artigo: https://www.dw.com/pt-br/os-cinco-maiores-problemas-ambientais-do-mundo-e-suas- solu%C3%A7%C3%B5es/a-36024985 Notas de Aula – Educação Ambiental 22 3.1. Os cinco maiores problemas ambientais no Brasil e no mundo e suas soluções. Dentre tantos outros problemas que nos afligem, ligados direta ou indiretamente com as questões ambientais, destacam-se a poluição do ar e da água, o desmatamento sem controle, a extinção de diversas espécies, a degradação e o desgaste do solo e a superpopulação que tende a 10 bilhões ainda neste século. 3.1.1. Poluição do ar e mudanças climáticas. O problema: a atmosfera e os oceanos estão sobrecarregados de carbono. O CO2 absorve e reemite radiação infravermelha tornando ar, solo e água mais aquecidos (o aquecimento normal evita que o planeta congele). O excesso de carbono no ar devido a queima de combustíveis associado ao desmatamento para atividadesde agricultura, pecuária e atividades industriais aumentaram sobremaneira as concentrações de CO2 (280 ppm há 200 anos para cerca de 400 ppm nos dias de hoje). Este aumento ocorreu sem precedentes, tanto em escala quanto em velocidade. O resultado: perturbações climáticas. O excesso de carbono é apenas uma das formas de poluição do ar causada pela queima combustíveis fósseis, madeira e gás. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou recentemente que uma em cada nove mortes pode estar relacionada a doenças causadas por agentes cancerígenos e outros venenos presentes no ar. Soluções: substituir os combustíveis fósseis por energia renovável; reflorestar áreas degradadas; reduzir as emissões originadas pela agricultura e modificar processos industriais. VÍDEO AULA 3 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 23 A energia limpa é abundante, porém precisa ser estimulada. Poderíamos utilizar 100% de energia limpa em lugar das demais com a tecnologia já existente, porém especialistas afirmam que essas tecnologias não estão sendo utilizadas no ritmo necessário para evitar uma ruptura climática catastrófica. 3.1.2. Desmatamento. O Desmatamento refere-se a retirada da cobertura vegetal parcial ou total de uma certa área. “Enquanto alguns enxergam essa prática como uma ação necessária ao suprimento das necessidades do ser humano, outros apontam o desmatamento como um dos maiores problemas ambientais da atualidade. A retirada da cobertura vegetal está relacionada a diversas causas, como a urbanização, mineração e expansão do agronegócio, e seus impactos são inúmeros”. Causas do desmatamento “Exploração dos recursos naturais acontece desde os primórdios da humanidade. Contudo, na medida em que a sociedade se desenvolveu, essa exploração intensificou-se, colocando em risco o equilíbrio do planeta e comprometendo o suprimento das gerações futuras”. A introdução de novas tecnologias que proporcionaram o aumento da produção industrial e o consumo fizeram com que várias florestas devastadas, a fim de atender a essa nova demanda (o fato iniciou-se com a revolução industrial). Os países industrializados praticamente extinguiram suas florestas e motivou ações em alguns deles que tem recuperado parte destas florestas, porém, nos países em desenvolvimento o desmatamento aumenta vertiginosamente. O desmatamento tem diversas causas: - expansão do agronegócio; - extrativismo animal, vegetal ou mineral; - exploração de matéria-prima; - urbanização (aumento das cidades); - atividades ilegais de exploração. Consequências: - Todo o equilíbrio biológico do planeta encontra-se em risco; - Comprometimento da biodiversidade; - Desaparecimento de espécimes; - Mudanças climáticas (furacões, tufões, enchentes, ondas de calor e de frio); - Escassez de recursos hídricos (morte de nascentes); - Erosão e empobrecimento do solo. Notas de Aula – Educação Ambiental 24 Soluções: - conservar as florestas restantes; - reflorestar / restauras áreas degradadas; - replantio de floresta nativa; - repovoamento de espécies nativas. Retorno a apresentação Referência: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-desmatamento.htm 3.1.3. Extinção de espécies. “O problema: em terra, animais selvagens estão sendo caçados até a extinção para a obtenção de carne, marfim ou para a produção de produtos "medicinais". No mar, grandes barcos de pesca industrial, equipados com redes de arrastão ou de cerco, estão dizimando populações inteiras de peixes. A perda e a destruição de habitat também é um fator importante para a onda de extinção – algo sem precedentes se for considerado que ela está sendo causada por uma única espécie: os humanos. A Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de espécies ameaçadas continua a crescer”. “Soluções: esforços conjuntos devem ser feitos para evitar a diminuição da biodiversidade. Proteger e recuperar habitats é apenas um lado da questão – combater a caça e a pesca ilegais e o comércio de vidas selvagens é outro. Isso deve ser feito em parceria com populações locais, para que a conservação da vida selvagem seja do seu interesse, tanto social como econômico”. Notas de Aula – Educação Ambiental 25 3.1.4. Degradação do solo. Problema: a exploração excessiva das pastagens, as monoculturas, a erosão, a compactação do solo, a exposição excessiva a poluentes, a conversão de terras – a lista de maneiras como os solos estão sendo danificados é longa. Cerca de 12 milhões de hectares de terras agrícolas são degradados seriamente todos os anos, de acordo com estimativas da ONU. Soluções: há uma vasta gama de técnicas de conservação e restauração do solo, como plantio direto, rotação de culturas e a construção de "terraços" para controle da erosão pluvial. Considerando que a segurança alimentar depende da manutenção dos solos em boas condições, é provável que este desafio seja solucionado no longo prazo. Ainda é uma questão em aberto, porém, se isso vai beneficiar igualmente todas as pessoas ao redor do globo. 3.1.5. Superpopulação. O problema: a população humana continua a crescer rapidamente em todo o mundo. A humanidade começou o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas. Hoje são cerca de 7,5 bilhões. Estimativas indicam que a população mundial crescerá para quase 10 bilhões até 2050. A combinação de crescimento populacional com ascensão social está pressionando cada vez mais os recursos naturais essenciais, como a água. Grande parte desse crescimento está ocorrendo no continente africano e no sul e leste da Ásia. O empoderamento das mulheres africanas e asiáticas é essencial para a sustentabilidade global Soluções: a experiência tem mostrado que quando as mulheres têm o poder de controlar a sua própria reprodução e ganham acesso à educação e a serviços sociais básicos, o número médio de nascimentos por mulher cai significativamente. Se forem feitos corretamente, sistemas de assistência podem tirar mulheres da pobreza extrema, mesmo em países onde a atuação do Estado permanece deficiente. Retorno a apresentação Notas de Aula – Educação Ambiental 26 Leituras. O que é poluição do ar? Conheça causas e tipos - https://www.ecycle.com.br/2949-poluicao-do- ar.html Artigo - https://www.savecerrado.org/noticias/?gclid=Cj0KCQiApsiBBhCKARI- sAN8o_4iU0ciN2T2mAHWTSIGhaqjaAE_wLz9u6WH8bNtg26fc05P0GnUKl- BkaAgXYEALw_wcB SZUCKO, A. S. Questões ambientais globais e relações internacionais: um chamado por ação [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2015 - https://humanas.blog.sci- elo.org/blog/2015/11/26/questoes-ambientais-globais-e-relacoes-internacionais-um- chamamento-por-acao/ Notas de Aula – Educação Ambiental 27 Atividade. Após a aula 4 haverá um primeiro questionário com questões de múltipla escolha. Dentre as questões trataremos do assunto: Rompimento da Barragem de Mariana. Pesquise o assunto e busque respostas sobre os seguintes tópicos: - Além das vidas perdidas, quantas cidades foram afetadas pelo fenômeno - O que houve com a vida aquática do rio afetado (Qual foi este rio?) e quanto tempo levará para que o rio volte a produzir pescados? - O surto de febre amarela que acometeu mais de um estado pode estar relaci- onado ao rompimento desta barragem? - O abastecimento de água foi comprometido em quantas cidades? - Que medidas a empresa responsável tem tomado para mitigar os efeitos da ruptura da barragem? Retornar para apresentação aula 3 Notas de Aula – Educação Ambiental 28 AULA 4. Meio ambiente, macroambiente e microambiente. CARGA HORÁRIA TOTAL........ 2h. Objetivo: Descrever os sistemas ambientais em escala macro e micro. Desafio: Compreender o que é meio ambiente e as relações entre o meio natural e o meio social. Indicação de leitura: PENA, Rodolfo F. Alves – Artigo - https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/geo- grafia-ambiental.htm (1) PENA, Rodolfo F.Alves – Artigo - https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/glo- balizacao-meio-ambiente.htm (2) Notas de Aula – Educação Ambiental 29 4.1. Um pouco sobre geografia ambiental (Leitura 1). A Geografia Ambiental interessa-se pelos estudos acerca do meio ambiente e da preservação da natureza, configurando-se como uma área essencialmente interdisciplinar. A Geografia Ambiental é a área dos estudos geográficos que se preocupa em compreender a ação do homem sobre a natureza, produzindo o seu meio de vivência e a sua transformação. Nesse sentido, também é objetivo desse ramo do saber o conhecimento a respeito das consequências dessas ações antrópicas e dos efeitos da natureza sobre as atividades socioespaciais. A principal ênfase dos estudos ambientais na Geografia refere-se aos temas concernentes à degradação e aos impactos ambientais, além do conjunto de medidas possíveis para conservar os elementos da natureza, mantendo uma interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento, como a Biologia, a Geologia, a Economia, a História e muitas outras. Nesse sentido, o principal cerne de estudos é o meio ambiente e as suas formas de preservação. Entende-se por meio ambiente o espaço que reúne todas as coisas vivas e não vivas, possuindo relações diretas com os ecossistemas e também com as sociedades. Com isso, fala-se que existe o ambiente natural, aquele constituído sem a intervenção humana, e o ambiente antropizado, aquele que é gerido no âmbito das práticas sociais. De um modo geral, é possível crer que o mundo e os fenômenos que nele se manifestam são resultados do equilíbrio entre os mais diversos eventos. Desse modo, alterar o equilíbrio pode trazer consequências severas para o meio ambiente, de forma que se tornam preocupantes determinadas ações humanas, como o desmatamento, a poluição e a alteração da dinâmica dos ecossistemas. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/geografia-ambiental.htm Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena Retornar a apresentação VÍDEO 1 - AULA 4 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 30 4.2. Um pouco sobre globalização e meio ambiente. Para garantir uma boa relação entre globalização e meio ambiente, é preciso que as sociedades vençam o desafio de se desenvolverem em uma perspectiva sustentável. A relação entre globalização e meio ambiente expressa-se na perspectiva dos impactos gerados pelas transformações técnicas, sobretudo aqueles referentes à Revolução Técnico-Científica-Informacional, que propiciou avanços suficientes para integrar as diferentes partes do planeta e alterar os sistemas de produção no campo e na cidade. Por definição, a globalização é entendida como o processo de integração global das sociedades, correspondendo ao período de maior avanço e expansão do sistema capitalista. Mesmo que de maneira desigual e, por vezes, contraditória, todas as partes do mundo encontram-se conectadas, com um grande fluxo de informações, capitais, bens e valores culturais. Tal panorama influencia, sem dúvidas, a forma como o ser humano interage e gera impactos sobre o meio natural. No âmbito da questão ambiental na Globalização, podemos considerar como o principal marco histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da Revolução Industrial e suas posteriores transformações. Com a industrialização, ampliou-se o consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, como o solo, as florestas, os minérios e os recursos hídricos. Além disso, a transformação desses elementos primários passou a ser acompanhada da produção de um grande volume de poluição, tanto atmosférica quanto dos solos, hídrica e de outros tipos. No campo, os efeitos dessas mudanças também foram sentidos com a evolução das técnicas agropecuárias, incluindo a mecanização, a Revolução Verde e as transformações recentes introduzidas por conhecimentos científicos, como a biotecnologia. Tudo isso foi desenvolvido com vistas a aumentar a produtividade no meio rural, gerando, em contrapartida, uma maior demanda sobre o consumo e extração dos recursos naturais. As consequências geradas pelo desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos são bastante discutidas, e os seus limites exatos ainda não são muito precisos, sendo alvo de grandiosos debates no meio científico. De todo modo, as alterações na composição da atmosfera e o esgotamento dos recursos naturais são, sem dúvida, os impactos mais duramente sentidos no contexto socioespacial. Além disso, somam-se os eventos climáticos, que, na opinião da maioria dos cientistas, podem ganhar contornos dramáticos em breve, com a intensificação do efeito estufa e o avanço do Aquecimento Global. Notas de Aula – Educação Ambiental 31 No mesmo contexto, insere-se o fenômeno socioespacial da urbanização, que vem se intensificando nos países em desenvolvimento após ter se consolidado nos países centrais e alguns emergentes. Com isso, emergem os problemas socioambientais urbanos, como a extrema poluição, a formação das ilhas de calor, a questão da inversão térmica e os impactos gerados pela má destinação dos resíduos sólidos e da ausência de saneamento ambiental. Contudo, no cerne do processo de transformação e evolução das técnicas e dos objetos técnicos que atuam no processo de produção do espaço geográfico, existe uma incessante busca por alternativas que defendam o desenvolvimento econômico das sociedades com a preservação do meio natural. Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido por muitos como a saída necessária e possível para conciliar o crescimento social com a conservação ambiental. De todo modo, a atenuação dos efeitos da globalização sobre o meio ambiente perpassa por uma série de desafios, tais como vencer a lógica de desenvolvimento via consumismo, os impactos negativos da urbanização concentrada e da produção industrial plena, bem como a diminuição das desigualdades sociais. Para isso, além da conscientização individual, é preciso um sistema mútuo de cooperação entre as nações a fim de desenvolver metas ambientais que atendam as necessidades básicas para a conservação da natureza. Retornar a apresentação Notas de Aula – Educação Ambiental 32 4.3. Meio ambiente, o que é? Segundo a Norma NBR/ISO 14001 meio ambiente compreende toda a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. A circunvizinhança por sua vez compreende o espaço interno da organização (microambientes) e os sistemas locais, regionais e globais (macroambiente) que podem ser descritos em termos de ecossistemas, clima, biodiversidade e tantas outras características. Tais definições implicam em compreender que qualquer ação benéfica ou não que de alguma forma afete o meio pode se estender para limites além da organização e de alguma forma pode afetar ou ser afetado pela organização. 4.3.1. Outro trecho da norma cita as partes interessadas e suas necessidades e expectativas, tanto internas como externas. Partes interessadas podem incluir: - colaboradores - contratados - clientes - fornecedores - agências reguladoras - acionistas - vizinhos - ONGs - associações comunitárias. Podemos então entender pelo que foi definido acima que as ações tomadas podem afetar ou serem afetadas por qualquer uma destas partes interessadas. 4.3.1. Questões Internas e Externas. Os principais desenvolvimentos econômicos e mercadológicos podem afetar a organização; as organizações provavelmente estão fortemente cientes do que está acontecendo nos mercados (macro). VÍDEO 3 - AULA 4 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 33 Inovações e desenvolvimentos tecnológicos; esta também é uma área crítica para o sucesso do negócio e provavelmente é monitorada e discutida em vários níveis (macro) Desenvolvimentos das regulamentações;uma grande quantidade de regulamentações externas é monitorada pelas organizações. Se a organização não as acompanhar, pode prejudicar seriamente seu negócio e, inversamente, se você capturar precocemente as tendências você pode gerenciar eficazmente qualquer risco (macro). Instabilidade política e outras; se, por exemplo, você confiar em matérias- primas de um determinado país que está atravessando grandes instabilidades, todo o seu negócio pode ser comprometido; ou, se houver preocupações ambientais importantes em relação a uma fonte de materiais ou mercadorias, isso pode ter significativas consequências para a reputação da organização (macro). Cultura e atitudes organizacionais; uma força de trabalho eficaz e motivada causará impactos positivos e muitas organizações se beneficiam com o feedback dos seus funcionários (micro). Uso de recursos naturais tais como combustíveis, energia elétrica, água sem o devido controle podem elevar custos e auxiliar no esgotamento destes recursos a curto e médio prazos (micro). Vazamentos de água contaminada, eliminação de água não tratada nos esgotos, vazamentos de óleo podem afetar desde o lençol freático onde a organização está localizada e por consequência contaminar toda uma região (escalas micro e macro) como afetar a saúde dos colaboradores da organização e eventualmente seus familiares (micro – macro). Para ilustração, observe o mapa da represa Billings a seguir que abrange vários municípios e é alimentada por diversos afluentes e nascentes sendo o principal deles o Rio Grande e visualize até onde um poluente pode afetar a vida das pessoas e toda a flora e fauna circunvizinha. Vale lembrar que além das correntezas, comportas e bombeamentos de água que podem espalhar quaisquer toxidades ou poluentes, a represa comporta ainda espécies migratórias de peixes e pássaros, aumentando assim as possibilidades de extensão dos efeitos nocivos pelo ar e pela água. Notas de Aula – Educação Ambiental 34 Mapa da Represa Billings – Fonte https://moma-se.ehr.ufmg.br/reservatorio-de-bil- lings/ Retornar para apresentação VÍDEO 2 - AULA 4 Inserir link (aos cuidados do NTE) Notas de Aula – Educação Ambiental 35 Leituras. Atividade sugerida. Esta atividade não é avaliativa, trata-se de um exercício prático cuja utilidade é contribuir com a construção do seu conhecimento, facilitando posteriormente a reso- lução das atividades avaliativas (objetivas) que serão o parâmetro para avaliar o seu desempenho na disciplina. Ao efetuar a pesquisa sugerida você deverá aprimorar seu conhecimento e, não há a necessidade de enviá-los ao professor, porém é necessário efetuá-la para resolver a parte da atividade avaliativa ao final do núcleo de conheci- mentos formado pelas aulas 1, 2, 3 e 4, sem os quais não será possível progredir para a próxima etapa do caminho na Educação Ambiental. Faça uma pesquisa e procure descobrir até onde chega a água usada que você e sua família despejam nos esgotos da sua cidade e en- tenda assim o efeito que um descarte inadequado pode trazer a toda a circunvizinhança. PENA, Rodolfo F. Alves – Artigo - https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/geografia- ambiental.htm Matéria Veja SP - https://vejasp.abril.com.br/cidades/represa-guarapiranga-proble- mas-ambientais/