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Caso suspeito de dengue/Chikungunya/Zika
Notificar suspeita no SINAN e 
comunicar a vigilância 
epidemiológica municipal
Apresenta sinais de 
alarme¹?
Apresenta:
- sangramento espontâneo de pele
(petéquias); ou 
- sangramento induzido (prova do laço 
positiva); ou 
- condições clínicas especiais e/ou
risco social ou comorbidades²?
SIMNÃO
Grupo A
Acompanhamento
Ambulatorial
Exames complementares
- Hemograma + plaquetas conforme critério 
médico.
Conduta
Hidratação oral:
Adultos: 60 mL/kg/dia, sendo 1/3 com SRO e 2/3 
com ingestão de líquidos caseiros (água, suco de 
frutas, chás, água de coco).
Crianças (<13 anos): Precoce e abundante, 1/3 com 
SRO, oferecido com frequência sistemática e 
completar com líquidos caseiros:
- Crianças até 10 kg: 130 mL/kg/dia 
- Crianças de 10 a 20 kg: 100 mL/kg/dia 
- Crianças acima de 20 kg: 80 mL/kg/dia
Manter a hidratação durante todo o período febril e 
por até 24-48 horas após a defervescência da febre.
Repouso e sintomáticos:
Antitérmicos e analgésicos (Dipirona ou 
paracetamol), não utilizar AINE ou AAS;
Antieméticos, se necessário.
Seguimento
- Reavaliação clínica no dia da remissão da febre. Se a 
febre não ceder reavaliar no 5º dia de doença.
- Orientar sinais de alarme e agravamento, na presença 
destes reavaliação imediata.
- Os sinais de alarme e agravamento do quadro
costumam ocorrer na fase de remissão da febre.
- Entregar cartão de acompanhamento da dengue.
NÃO SIM
Apresenta sinais de 
gravidade³?
NÃO SIM
Grupo C Grupo D
Acompanhamento
Leito de terapia intensiva por 
no mínimo 48 horas
Exames complementares
- Hemograma + plaquetas, albumina e transaminases: obrigatórios;
- Rx de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) e ultrassonografia de abdomen: recomendados. 
- Outros exames conforme necessidade (glicemia, ureia, creatinina, gasometria, eletrólitos, TPAE e 
ecocardiograma);
- Coletar amostra de sangue para teste diagnóstico conforme o dia de sintomas⁵: obrigatório, mas 
não essenciais para conduta clínica. 
Manejo Hospitalar
Deve-se iniciar o hidratação em qualquer nível de atenção, 
enquanto aguarda transporte e durante a transferência.
Conduta
Iniciar reposição volêmica imediata em qualquer ponto da atenção, independente do nível e complexidade, mesmo na ausência de 
exames complementares .
Fase de expansão
- Hidratação EV com soro fisiológico 0,9%: 20 mL/kg 
em até 20 minutos (adulto e criança); 
- Repetir esta fase até 3 vezes, se necessário.
Fase de expansão
Hidratação EV com soro fisiológico 
0,9%: 10mL/kg na primeira hora.
Fase de manutenção
- Soro Fisiológico 0,9% : 25 mL/kg em 6 horas e, se 
melhora, seguir com 25 mL/kg em 8 horas.
NÃO
NÃO
SIM
Reavaliação
Clínica após 1 hora, verificando sinais vitais, PA, 
avaliar diurese (desejável 1mL/kg/h). 
Conduta (Adulto e Criança)
Manter hidratação EV com soro fisiológico
0,9%: 10mL/kg/h, até reavaliação do hematócrito 
(em até 2 horas do início da reposição volêmica).
Reavaliação
Clínica e laboratorial após 2 horas.
NÃO
SIM
Critérios de Alta
Precisa preencher TODOS os critérios:
- Estabilização hemodinâmica durante 48 horas; 
- Ausência de febre por 24 horas;
- Melhora visível do quadro clínico;
- Hematócrito normal e estável por 24 horas;
- Plaquetas em elevação.
Após a alta os casos devem ser manejados 
novamente como do grupo B.
Reavaliação
Clínica a cada 15-30 minutos e
hematócrito após 2 horas.
A reavaliação deve acontecer após cada etapa de 
expansão volêmica e estes pacientes devem ser 
monitorados continuamente.
SIM
SIM
Grupo B
Acompanhamento
Manter em leito de observação até resultado 
dos exames.
Exames complementares
- Hemograma + plaquetas: obrigatório; 
- Outros exames conforme condição clinica.
Conduta
Tratamento em leito de observação com hidratação 
oral supervisionada ou parenteral:
- Iniciar hidratação oral vigorosa (mesma do grupo A) 
sendo 1/3 em 4 horas com SRO; 
-Se intolerância via oral, iniciar hidratação EV com 
soro fisiológico 0,9%: 40mL/kg em 4 horas, 
restaurando via oral assim que possível. 
- Prescrever sintomáticos (não utilizar AINE ou AAS).
Reavaliação
Clínica e do hematócrito em até 4 horas.
Manter hidratação domiciliar como no grupo A.
Seguimento
- Reavaliação clínica e laboratorial diária ou imediata 
na presença de sinais de alarme;
- Entregar cartão de acompanhamento da dengue;
- Acompanhar o paciente até 48 horas após a remissão 
da febre.
NÃO
Melhora clínica
com sinais vitais estáveis, 
diurese normal e queda do 
hematócrito?
Melhora
clínica e de 
hematócrito?
Hematócrito em queda? Persistência de choque?
Utilizar expansores 
plasmáticos.
Se ausência de sangramento, mas com 
surgimento de outros sinais de 
gravidade, observar:
- Sinais de desconforto respiratório, 
sinais de ICC e investigar 
hiperhidratação.
- Tratar com diminuição importante da 
infusão de líquido, uso de diuréticos e 
drogas inotrópicas, quando necessário.
Resposta adequada: tratar 
como grupo C.
Investigar hemorragias e 
coagulopatia de consumo e 
tratar conforme achados.
Acompanhamento
Leito de internação por um 
período mínimo de 48 horas
NÃO
Sem melhora do hematócrito
ou dos sinais hemodinâmicos
- Repetir fase de expansão até 3 
vezes;
- Manter reavaliação clínica (sinais 
vitais, PA, avaliar diurese) após 1 
hora e de hematócrito em 2 horas 
(após conclusão de cada etapa);
Sem melhora clínica e laboratorial: 
conduzir como grupo D.
Hemoconcentração⁴
OU
surgimento de sinais de
alarme?
SIM
Interromper ou reduzir a infusão de líquidos à 
velocidade mínima necessária se:
- Houver término do extravasamento plasmático;
- Normalização da PA, do pulso e da perfusão 
periférica;
- Diminuição do hematócrito, na ausência de 
sangramento;
 - Diurese normalizada;
 - Resolução dos sintomas abdominais.
AAS: ácido-acetilsalicílico; AINE:anti-inflamatório não esteroide; ICC: insuficiência cardíaca congestiva; SRO: soro de reidratação oral; TPAE: tempo de atividade protombina.
¹ Sinais de Alarme: Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural e/ou lipotimia, hepatomegalia maior que 2 cm do rebordo costal; sangramento de mucosas; letargia e/ou irritabilidade; aumento 
progressivo do hematócrito.
² Condição clinica especial e/ou risco social ou comorbidades: lactentes (menores de 2 anos), gestantes, adultos acima de 65 anos, hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, obesidade, doenças hematológicas 
crônicas (principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.
³ Sinais de gravidade: extravasamento grave de plasma, levando ao choque evidenciado por taquicardia; extremidades distais frias; pulso fraco e filiforme; enchimento capilar lento (>2 segundos); pressão arterial convergente (<20 mmHg); taquipneia; oliguria (<1,5 mL/kg/h); hipotensão arterial (fase tardia do choque); 
cianose (fase tardia do choque); acumulação de líquidos com insuficiência respiratória; sangramento grave; comprometimento grave de órgãos.
⁴ Hematócrito aumentado em mais de 20% em relação ao basal.
⁵ Testes diagnósticos: até o 5º dia de sintomas coletar isolamento viral (DENV), RT-PCR ou teste de antígeno NS1. A partir do 6º dia de sintomas coletar ELISA - IgM, inibição da hemaglutinação ou teste de neutralização por redução de placas (PRNT). Um exame negativo não é suficiente para exclusão do diagnóstico, 
sendo necessário uma segunda coleta. Na impossibilidade de realização de confirmação laboratorial deve-se considerar o diagnóstico clínico-epidemiológico nos casos suspeitos em que há vínculo epidemiológico com caso comprovado em laboratório. Em um contexto de epidemia de dengue, os primeiros casos, casos 
graves, gestantes e óbitos devem ser confirmados laboratorialmente, mas os demais podem ter sua confirmação por critério clínico-epidemiológico.

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