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SEMANA 1 - INTRODUÇÃO AOS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DOS 
PROCESSOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM 
 
Abordagens teóricas do processo de Ensino e aprendizagem 
Bordenave (1984): Pedagogia da transmissão, Pedagogia da moldagem, Pedagogia da problematização. 
Libâneo (1982): Pedagogia liberal, em suas versões: • Conservadora • Renovada progressista • Renovada 
não-direita. Pedagogia progressista, em suas versões: • Libertadora • Libertária • De conteúdo 
Saviani (1984): Teorias não-críticas • Pedagogia tradicional • Pedagogia nova • Pedagogia tecnicista. 
Teorias crítico-reprodutivistas • Sistema de ensino enquanto violência simbólica • Escola enquanto 
aparelho ideológico de Estado • Escola dualista 
Mizukami (1986) Abordagem Tradicional Abordagem comportamentalista Abordagem humanista 
Abordagem cognitivista Abordagem sociocultural. 
 
Elementos relevantes na abordagem cognitiva 
A Escola - Deve dar condições para que o aluno possa aprender por si próprio. Deve oferecer liberdade 
de ação real e material. Deve reconhecer a prioridade psicológica da inteligência sobre a aprendizagem. 
Deve promover um ambiente desafiador favorável à motivação intrínseca do aluno. 
O Aluno - Papel essencialmente “ativo” de observar, experimentar, comparar, relaionar, analisar, justapor, 
compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, etc. 
O professor - Deve criar situações desafiadoras e desequilibradoras, por meio da orientação. Deve 
estabelecer condições de reciprocidade e cooperação ao mesmo tempo moral e racional. 
Ensino e aprendizagem - Deve desenvolver a inteligência, considerando o sujeito inserido numa situação 
social. A inteligência constrói-se a partir da troca do organismo com o meio, por meio das ações do 
indivíduo. Baseados no ensino e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problemas, 
facilitando o “aprender a pensar”. Ênfase nos trabalhos em equipe e jogos. 
 
As teorias e o processo de ensino e aprendizagem deveriam subsidiar o ensino (superar a dicotomia teoria 
e prática) 
 
SAVIANI (1996) afirma que a teoria exprime interesses, objetivos e finalidades, se posicionando a respeito 
de qual rumo a educação deve tomar. Neste sentido, a teoria não é apenas retratadora ou constatadora do 
existente, é também orientadora de uma ação que permita mudar a realidade. Quanto à prática 
educacional, ela é sempre o ponto de partida e o ponto de chegada. 
 
IMPORTANTE 
Democratização do acesso à educação; 
Valorização dos contextos socioculturais; 
Apropriação de diferentes saberes; 
Atuação docente e o contexto atual; 
Formação: saberes científicos, valores, práticas, procedimentos 
 
Teorias são elaboradas para explicar, de forma sistemática, determinados fenômenos. A realidade pode 
favorecer a sua aceitação ou não, instalando-se, assim, um processo de discussão permanente entre 
teoria e prática. 
Fundamentação do trabalho docente envolve a necessidade de articulação do aprender, do analisar, do 
discutir opções teóricas existentes à execução, em situações concretas de ensino-aprendizagem, das 
opções teóricas, assim o discurso (o analisado, o lido) e o vivido se aproximam cada vez mais. 
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado 
momento, a tua fala seja a tua prática” Freire (2003, p.61). 
 
Para Bohn (1988), a seleção adequada do material didático é essencial, mas a forma como o 
professor conduz as suas aulas é tão importante quanto este material. Se não for bem preparado 
nem for bem utilizado, o material pouco acrescentará à aprendizagem dos alunos. Em consonância 
com essa colocação, podemos afirmar que: 
Um material didático é selecionado e utilizado em sala de aula com o objetivo de melhorar a qualidade do 
processo de ensino e de aprendizagem, assim é aliado tanto do professor quanto do estudante. 
 
De acordo com Bandeira (2017, p. 29), “No Brasil, o MEC é o órgão responsável pelos critérios de 
avaliação do livro didático. A maioria dos guias de avaliação se concentra em duas etapas: a 
primeira é dedicada ao atendimento às questões da materialidade (suporte, design e layout), e a 
segunda refere-se à garantia dos indicadores de qualidade prescritos para o conteúdo”. 
I. O processo de seleção de materiais didáticos é descomplicado, visto que há vários envolvidos para 
facilitar o desenrolar dessa escolha. 
PORQUE 
II. Desde 1960, o livro didático é estabelecido por um padrão associado a manuais escolares que têm 
conteúdos curriculares. 
 
Há diferentes abordagens teóricas que têm como finalidade determinar o processo de ensino e 
aprendizagem. As correntes teóricas em questão visam entender a educação, por meio de diversas 
perspectivas. Ademais, essas correntes, na maioria das vezes, estão associadas ao momento 
histórico de sua concepção e ao progresso relativo à sociedade em que estavam inseridas. 
I. As correntes teóricas visam distinguir as teorias implícitas que respaldam o trabalho do professor em 
momentos de ensino e aprendizagem. 
PORQUE 
II. O processo de ensino e aprendizagem é formado por uma única parte, que combina o ensinar e o 
aprender. 
 
A abordagem sociocultural é fundamentada na obra de Paulo Freire e associada à cultura popular, 
enfatizando a alfabetização de adultos. Essa abordagem pode ser caracterizada como 
interacionista, mas focalizando o indivíduo como idealizador do conhecimento. 
I. (F) Delimita o fenômeno educativo à educação considerada formal. 
II. (V) Entende que a educação tem o compromisso de levar o sujeito a aprimorar sua realidade. 
III. (V) Considera o docente o responsável por coordenar o processo de ensino e aprendizagem. 
 
Os teóricos da educação investigam as abordagens relacionadas ao processo de ensino e 
aprendizagem fundamentadas em suas convicções, integrando as partes essenciais para o 
fenômeno educativo e suas consequências em relação ao sujeito e à sociedade. 
I. Bordenave (1984) organizou o processo de ensino e aprendizagem em três diferentes concepções de 
Pedagogia: transmissão, moldagem e problematização. 
II. A divisão do processo de ensino e aprendizagem, segundo Saviani (1984), ocorreu por meio da 
classificação da Pedagogia em liberal e progressista, seguindo certas vertentes. 
III. Libâneo (1982) categorizou a abordagem relacionada ao processo de ensino e aprendizagem por meio 
das teorias não críticas e crítico-reprodutivistas. 
 
A abordagem cognitivista tem como objetivo definir os profissionais que estudam as evoluções 
centrais do sujeito, como a ordenação dos saberes, o processamento de informações, os modos de 
pensamento, as particularidades de comportamento, dentre outros aspectos. 
I. A abordagem cognitivista compreende que o ato de pensar e assimilar o conhecimento fundamenta a 
aprendizagem. 
PORQUE 
II. A abordagem cognitivista afirma que o conhecimento é alcançado por meio de uma concepção inerte e 
descontinuada. 
 
Há cinco abordagens relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem: tradicional, 
comportamentalista, humanista, cognitivista e sociocultural. Segundo Mizukami (1986, p. 2-3), elas 
“poderiam estar fornecendo as diretrizes à ação docente, mesmo considerando-se que a 
elaboração que cada professor faz delas é individual e intransferível”. 
I. (V ) A abordagem tradicional é definida pelo ensinamento dos saberes construídos pela humanidade 
durante a história. 
II. ( F) Na abordagem comportamentalista, o sujeito é entendido como inflexível, e a propagação dos 
saberes definidos pela sociedade ou por seus dirigentes é incapaz de afetá-lo. 
III. ( V) A abordagem humanista compreende que o professor deve simplificar o processo de ensino e 
aprendizagem do aluno. 
 
Segundo Batista (2001 apud BANDEIRA, 2017, p. 30), os documentos previstos pelo MEC visam 
desenvolver a ideia de livro didático e, assim, “ampliar a concepção de livro didático, 
possibilitando que a oferta de materiais inscritos sediversifique e se enriqueça”. 
I. Seria lógico manter o conceito de livro didático já existente, pois abrangia, suficientemente, suas funções 
quanto ao processo de ensino aprendizagem. 
II. Os documentos determinavam a necessidade de ampliar o leque de materiais didáticos, com a 
finalidade de satisfazer todos os projetos pedagógicos. 
III. Os documentos consideravam a integração de materiais didáticos capazes de sistematizar o trabalho 
pedagógico, como um conjunto de temas e áreas de conhecimento. 
 
SEMANA 2 - O PLANEJAMENTO DIDÁTICO E A PRÁTICA DOCENTE 
 
“O ato de planejar é a atividade intencional pela qual se projetam os fins e se estabelecem meios para 
atingi-los” (LUCKESI, 2011, p. 124). 
Para planejar deve considerar: ✔Assunto x método ✔Contextualização ✔Resultados (fazer o aluno 
progredir) 
 
"Não somos pescadores domingueiros esperando o peixe. Somos agricultores, esperando a colheita, 
porque a queremos muito, porque conhecemos a semente, a terra, os ventos e a chuva, porque avaliamos 
as circunstâncias e porque trabalhamos seriamente." Danilo Gandin 
 
PLANEJAMENTO ESCOLAR: Atividade que orienta a tomada de decisões da escola e dos professores. 
-> REVISAR -> PLANEJAR -> EXECUTAR OU ACOMPANHAR -> 
 
“O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profissional de educação 
escolar. Nada substitui a tarefa de preparação da aula em si. (...) faz parte da competência teórica do 
professor, e dos compromissos com a democratização do ensino, a tarefa cotidiana de preparar suas aulas 
(...)” (FUSARI, 2008, p. 47). 
 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓCICO 
(Planejamento (Diretrizes nacionais que regem um Sistema Educacional (Projeto Pedagógico da 
Instituição de Ensino (Plano de curso (Plano de ensino das disciplinas (Plano de aula) 
 
PLANO DE AULA (Currículos oficiais Diretrizes nacionais -> (Plano do curso ou PPP (Ementa ou Plano da 
disciplina (Plano de aula) 
✔Conteúdo: O que será discutido/ensinado/abordado 
✔Plano do curso, plano da disciplina, BNCC, Diretrizes curriculares 
✔Tema: é criado pelo professor, representa o conteúdo da aula 
✔Objetivos: de aprendizagem, da aula. O que se quer com a aula? O que o aluno deve aprender nessa 
aula? 
✔Metodologia: como a aula será conduzida, o que o professor irá fazer, como irá fazer, como irá conduzir 
✔Recursos: que materiais irá utilizar na aula 
✔Avaliação: como irá avaliar? O que irá avaliar? Relação da avaliação com a metodologia? Essa 
avaliação deve auxiliar a verificar se o objetivo foi alcançado? 
 
O planejamento foi apresentado como uma atividade orientadora das ações da escola e professores, 
devendo ser concebido, assumido e vivenciado no cotidiano da prática social docente, como um 
processo de reflexão. 
 
Moretto (2007, p. 101) acredita que o professor, ao elaborar o plano de aula, deve considerar alguns 
componentes fundamentais, tais como: conhecer a sua personalidade enquanto professor, conhecer seus 
alunos (características psicossociais e cognitivas), conhecer a epistemologia e a metodologia mais 
adequada às características das disciplinas, conhecer o contexto social de seus alunos. Conhecer todos 
os componentes acima possibilita ao professor escolher as estratégias que melhor se encaixam nas 
características citadas aumentando as chances de se obter sucesso nas aulas. 
Refletir implica em “(re)pensar, retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca 
constante de significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado” (SAVIANI, 1987, 
p. 23). 
 
O planejamento do ensino é o processo de pensar, de forma "radical“ (buscar a raiz do problema), 
"rigorosa“(método) e "de conjunto“ (visão da totalidade), os problemas da educação escolar, no processo 
ensino-aprendizagem. 
Planejamento do ensino abrange a elaboração, execução e avaliação de planos de ensino, é uma atitude 
crítica do educador diante de seu trabalho docente. 
Ao planejar o professor deve refletir sobre a própria prática educativa, reformulando-a constantemente, 
fazendo dela material de estudo e pesquisa, buscando um processo educativo participativo, democrático e 
libertador (Paulo Freire,1997). 
 
Para Libâneo (2004), “o planejamento é um meio para se propagar as ações docentes, mas é também um 
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.” 
Planejamento é ato, atividade que projeta, organiza e sistematiza o fazer docente com relação aos fins, 
meios, forma e conteúdo (FREITAS, 2014, p. 111). 
 
Planejamento: 
Diagnóstico: escola, alunos, resultados anteriores 
Projeto Político Pedagógico 
Avaliação no decorrer do processo 
Materiais para consulta 
Participantes 
Avaliação do resultado 
 
“O real sentido do planejamento do ensino no trabalho do professor é a organização da ação pedagógica 
intencional de forma responsável comprometida com a formação dos alunos” (LOPES, 2004, p. 56). 
O planejamento do ensino é o processo que envolve "a atuação concreta dos educadores no cotidiano do 
seu trabalho pedagógico, ações e situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação entre os 
educadores e entre os próprios educandos" (FUSARI, 1990, p. 45). 
No planejamento, a importância da fundamentação da prática docente, iniciando pelo planejamento 
didático, que deve objetivar como fim principal a formação do educando. 
 
O planejamento didático é uma ferramenta imprescindível, a falta de planejamento na prática do educador 
gera consequências, como aulas mecanizadas, monótonas e desorganizadas, apresentando alunos 
desinteressados ao conteúdo aplicado e tornando aulas desestimulantes, resultando em alunos com falhas 
na aprendizagem. De acordo com Libâneo (1994, p. 221), o planejamento escolar é uma tarefa inerente 
ao docente, pois inclui a previsão, organização e coordenação das atividades didáticas relativas aos 
objetivos que devem ser alcançados na ação pedagógica, promovendo a capacidade de revisão e 
adequação no decorrer do processo de ensino. 
 
Para implantar uma prática docente que apresente resultados, o educador precisa obter diversos 
instrumentos e métodos que alavanquem suas ações, por exemplo, os conhecimentos acerca da 
profissão docente e suas devidas condutas. 
I. (F) O professor deve considerar a homogeneidade na sala de aula, uma vez que a realidade social e 
cultural é igual para todos. 
II. (F) O educador deve utilizar a mesma metodologia, pois os educandos aprendem melhor quando o 
docente usa a mesma sistemática. 
III. (V) As metodologias devem estar de acordo com o conteúdo, os recursos utilizados e o planejamento, 
pois compõem o contexto educativo. 
 
A ação docente, a sala de aula e o planejamento possuem interfaces, e o ato e execução do 
planejamento devem ser fundamentados, assim devemos sempre considerar: 
A sala de aula constituída de sujeitos heterogêneos que se relacionam entre si e com o mundo de forma 
complexa. 
 
O plano de ensino assemelha-se a uma forma de planejamento que tende a apresentar atividades 
de uma disciplina pontual ao longo de um curso. Esse plano pode passar por transformações 
durante o período letivo, devido a causas variadas (internas ou externas). 
I. Ao elaborar um plano de ensino, os profissionais da educação devem considerar apenas o projeto 
pedagógico pertencente à instituição. 
PORQUE 
II. Na elaboração do plano de ensino, é dispensável a apresentação de uma ementa e da metodologia. 
 
Para organizar um planejamento didático não existem modelos fixos a serem seguidos, no entanto, 
o planejamento deve apresentar uma sequência coerente e os elementos necessários para o 
processo de ensino e aprendizagem. Assim, fazem parte de um planejamento didático os seguintes 
elementos: 
Conteúdo programático, objetivos da disciplina, metodologia, recursos didáticos, avaliação, bibliografia. 
 
Do ponto de vista docente, a relação entre professor e aluno é de grande relevância,visto que 
ambos compõem o processo de ensino e aprendizagem, sendo considerados participantes ativos. 
Dessa forma, é imprescindível a elaboração de um bom planejamento, que alcance as metas no 
processo formativo. 
I. O profissional de educação atua como agente mediador e revolucionário, no que diz respeito à 
realidade. 
II. Apesar de o professor ser fundamental no processo educativo, o planejamento das atividades compete 
ao gestor. 
III. O planejamento didático visa ao plano de aula que contenha uma previsão das atividades a serem 
realizadas. 
 
O processo de ensino e aprendizagem é um sistema intricado, considerando as interações 
psicológicas e de comportamento que ocorrem entre educadores e educandos. Nesse contexto, os 
atos de ensinar e de aprender são processos interdependentes nas diversas relações humanas. 
I. Os professores buscam, constantemente, uma solução para as problemáticas presentes na 
reelaboração do trabalho docente. 
PORQUE 
II. O processo educativo é alheio ao preparo dos indivíduos, no que diz respeito à integração da vida 
social. 
 
É notável a relevância do professor no que concerne às transformações sociais, visto que ele é 
responsável pelo engajamento do aluno em relação à aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o 
docente precisa trabalhar suas habilidades intelectuais, até alcançar melhores possibilidades, no 
que se refere a sua conduta profissional. 
I. A prática educativa é associada a uma prática social e política, portanto, a 
educação é vista como desagregada de um contexto histórico e social. 
PORQUE 
II. O professor é o responsável pela organização dos conteúdos a serem 
trabalhados em sala de aula. 
 
SEMANA 3 - METODOLOGIAS DE ENSINO: O FAZER DOCENTE 
 
METODOLOGIA 
“Método”, do latim “methodus”: “caminho ou a via para a realização de algo”. 
Processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. 
Estudo dos melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento. 
 
Metodologia de ensino: aplicação de diferentes métodos no processo ensino-aprendizagem. 
É a ação, aquilo que o professor faz. Estratégias ou metodologias consistem em situações criadas pelo 
professor para o estudante desenvolver seus conhecimentos. 
Exemplos de métodos de ensino: Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de Piaget), o 
Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de Maria Montessori). 
 
“Ao professor cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a promover um avanço no 
desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser social.” (BRASIL, 1997, p. 28) 
 
Conjunto de métodos que o professor utiliza no processo de ensino e de aprendizagem, e que se 
materializa nas ações docentes em sala de aula. 
O modo, a maneira pela qual se dá o processo de ensino e aprendizagem. 
A forma de ensinar e de aprender pode acontecer de formas distintas a partir de perspectivas diferentes 
sobre o papel de educadores e educandos no processo de construção de conhecimento. 
 
“Estudo das diferentes trajetórias traçadas/planejadas e vivenciadas pelos educadores para 
orientar/direcionar o processo de ensino-aprendizagem em função de certos objetivos ou fins 
educativos/formativos.” (MANFREDI, 1993) 
• Cabe a prática de qualquer educador, como se todas as concepções e práticas metodológicas fossem 
semelhantes e pouco importasse diferenciá-las. 
• Considerar o contexto e o momento histórico em que é produzido. 
 
EXPOSIÇÃO ORAL: A mais utilizada nas escolas (em qualquer nível) = aula expositiva (Lopes, 2005). 
Repousa na visão de que temos de ensinar: passar/apresentar conhecimentos, estudantes se adaptam a 
esta forma de ensino/passividade. 
 
A AULA EXPOSITIVA PODE SER UMA BOA ESTRATÉGIA? 
Quando está no início e fechamento de temas. Quando se concentra em tópicos ou itens fundamentais = 
guia para o estudante. Quando é dialogada e com exemplos. Quando problematiza ou coloca questões 
durante a apresentação. Quando é adequada ao nível e interesse do público. Quando segue um plano ou 
esquema básico de apresentação. Quando respeita o tempo de aprendizagem. 
A AULA EXPOSITIVA NÃO PODE LIMITAR-SE A: Favorecer a memorização; Limitar o estudante a esperar 
e cobrar do professor o seu desempenho; Limitar a capacidade crítica e eventuais pensamentos 
divergentes dos estudantes; Reprodução de conhecimentos X criatividade e reflexão; Exposição de 
conteúdos fragmentados, não explorados em suas inter-relações, não contextualizados (na prática, o ‘uso’ 
é integrado com outros conhecimentos, distante de situações idealizadas da aula expositiva). 
 
EXEMPLOS DE METODOLOGIAS 
⮚Ensino tradicional 
⮚Ensino construtivista 
⮚Ensino montessoriano 
⮚Ensino waldorfiano 
⮚ Ensino sociointeracionista 
 
Metodologias Ativas: 
• Sala de aula invertida 
• Aprendizagem baseada em problemas 
• Aprendizagem baseada em projetos 
• Problematização 
• Estudo de Caso 
• Gamificação 
 
A aplicação de uma metodologia deve considerar o objetivo e planejamento para a atividade proposta, 
toda a ação docente deve ter intencionalidade. 
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua 
construção.” Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia. 
 
METODOLOGIAS ATIVAS (O aluno é o centro da aprendizagem) 
Segundo Bacich e Moran (2018), “as metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na 
participação efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, 
interligada e híbrida”. 
Para Neves (2018) “a cultura da passividade: olhar, ouvir e anotar - deve ser substituída pela cultura da 
interatividade - analisar, debater, resolver problemas e participar ativamente”. 
 
Meios de aprendizagem mais interativos e envolventes em sala de aula. 
Característica: despertar o protagonismo do aluno e impor uma remodelação do papel do professor, 
apontando alternativas para o mero aprendizado passivo 
Exemplos: Aprendizagem Baseada em Problemas, Aprendizagem entre Pares, Aprendizagem Baseada em 
Projetos, Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom) – problematização, aprendizagem em equipes, 
aprendizagem baseada em projetos, gamificação, sala de aula invertida, ensino híbrido, estudo de caso. 
 
“(...)uma metodologia ativa de aprendizagem tem como premissa que apenas ver e ouvir um conteúdo de 
maneira apática não é suficiente para aprender. O conteúdo e as competências devem ser discutidos e 
experimentados até chegar ao ponto em que o aluno possa dominar o assunto e falar a respeito com seus 
pares, e quem sabe até mesmo ensiná-lo.” (Mel Silberman) 
“(...)são mecanismos didáticos que colocam o aluno direta e ativamente no centro do processo de 
aquisição do conhecimento, pois concentram o ensino e a aprendizagem no ‘fazer para aprofundar o 
saber’.” (NEVES, 2018, p. 13) 
 
A Teoria da Pirâmide de Aprendizagem, proposta pelo 
psiquiatra estadunidense William Glasser (1925-2013). “A 
boa educação é aquela em que o professor pede para 
que seus alunos pensem e se dediquem a promover um 
diálogo para promover a compreensão e o crescimento 
dos estudantes.” (William Glasser) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Favorecer o protagonismo e autonomia do aluno são temas de discussões já identificadas nas teorias 
construtivistas, naturalistas e sociointeracionistas, as quais defendem que os alunos devem se assumir 
enquanto sujeitos dos próprios processos de aprendizagem. 
PROFESSOR: 
mediador do conhecimento; 
busca novas experiências educacionais; 
planeja; 
testa; 
inova os processos didáticos. 
ESTUDANTE: 
protagonista do seu processo de aprendizagem; 
aprendizagem ativa; 
participa; 
questiona; 
constrói. 
 
Professor e aluno devem participar ativamente!!! 
 Desenvolve o protagonismo; 
 Estimula a criatividade; 
 Desenvolve a criticidade; 
 Proatividade; 
 Aperfeiçoa o raciocínio lógico, Aprofundamentodo senso crítico; 
 Maior colaboração com colegas; 
 Desenvolvimento do senso de responsabilidade; 
 Compreensão da importância da participação na sociedade. 
 
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) podem favorecer processos ativos nos 
espaços educacionais, mas nem todas as Metodologias Ativas implicam, necessariamente, no uso 
obrigatório das TDIC. 
 
METODOLOGIAS ATIVAS E AVALIAÇÃO 
• Revisar a concepção de Avaliação: não é classificar ou aferir uma nota. 
• Avaliação é o caminho. 
• Refletir sobre o processo de ensino e de aprendizagem. Não é apenas uma atividade fim. Não termina o 
ciclo ou determina se o aluno aprendeu. 
• Acompanhamento do progresso do estudante por meio de uma pesquisa, um debate, um seminário. 
Avaliações são diversas e contínuas e não padronizadas. 
 
METODOLOGIAS DE ENSINO: 
⮚ Direcionamento para os planos de ensino; 
⮚ Orienta os professores no dia a dia em sala de aula; 
⮚ Relacionada à missão, visão e valores da escola; 
⮚ Plano de gestão escolar; 
⮚ Deve ser do conhecimento dos pais; 
⮚ Relação com a aprendizagem dos estudantes. 
⮚ Nortear as ações tomadas pela escola em direção aos objetivos de aprendizagem; 
⮚ Escolhidas com base na realidade dos alunos e nas demandas da comunidade escolar; 
⮚ Devem ser o caminho pelo qual se atinge os objetivos de ensino-aprendizagem; 
⮚ Conjunto de ações de ensino que visam assegurar a aprendizagem. 
 
METODOLOGIAS E O FAZER DOCENTE 
O professor estabelece diferentes relações com os saberes, considerando-se que na ação prática, saberes 
de diferentes ordens são por ele mobilizados. 
Existem diferenças entre o cientista e o professor do ponto de vista da relação com o saber, SAVIANI 
(1985) afirma que enquanto o cientista está interessado em fazer avançar a sua área de conhecimento, 
em fazer progredir a ciência, o professor está mais interessado em fazer progredir o aluno. Este vê o 
conhecimento como um meio para o crescimento do aluno, cabendo a ele a organização dos processos e 
de métodos, de modo a garantir a produção de conhecimentos pelo aluno. Já para o cientista o 
conhecimento é um fim, tratase de descobrir novos conhecimentos na sua área de atuação. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO 
▪ Método de exposição pelo professor – em que o professor apresenta conhecimentos, habilidades e 
tarefas para os alunos. Assim, eles ficam com postura passiva na sala de aula. A exposição de conteúdo 
pode ser verbal, por demonstração, por ilustração e por exemplificação. 
▪ Método de trabalho independente – consiste em atividades nas quais os alunos desenvolvem maior 
autonomia. Orientados pelo professor, os estudantes podem aplicar os conhecimentos sem interferência 
direta. Metodologias ativas de aprendizagem, como aprendizagem baseada em projetos, funcionam bem 
para este método. 
▪ Método de elaboração conjunta – em que a interação entre o professor e o aluno acontece de forma 
ativa, com o objetivo de obter novos conhecimentos, habilidades e atitudes. 
▪ Método de trabalho de grupo – Bastante presente em metodologias ativas como a Aprendizagem 
Baseada em Equipes (TBL), este método estimula a interação e o trabalho coletivo para atingir os 
objetivos do ensino. 
▪ Atividades especiais – as quais vêm para complementar os métodos de ensino, com tarefas e trabalhos 
realizados de forma lúdica e disruptiva. 
 
PASSAGEM: TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA - Trabalho didático efetivo para proceder a reformulação de 
um conteúdo para a prática, a fim de apresentar o saber para o aluno de acordo com a sua realidade. 
SABER CIENTÍFICO: É o saber desenvolvido nas universidades ou institutos de pesquisas. O seu 
reconhecimento e a defesa de seus valores são sustentados por uma cultura científica. 
SABER ENSINAR: É a matemática que o aluno é capaz de aprender e de produzir, de 
acordo com seu interesse e nível de desenvolvimento psicológico. 
 
VARIEDADE DE ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS 
Uma delas: metodologias ativas (aprendizagem que valoriza a participação dos alunos em sua 
construção). 
Diferentes formas a partir das quais eles podem se envolver com seus objetos de estudo para que 
aprendam melhor, dentro de seu próprio ritmo, tempo e estilo. 
Refletir sobre como essas metodologias podem realmente favorecer o engajamento dos alunos, assim 
como as possibilidades de integração dessas propostas ao currículo. 
 
Para Moran (2018), as metodologias predominantes no ensino ainda seguem um caráter dedutivo: em um 
primeiro momento, há a transmissão do conhecimento do professor, sendo que depois o aluno deve usar 
esse conhecimento em situações mais específicas. Esse tipo de aprendizagem por meio de transmissão 
não está totalmente descartado e ainda tem sua importância. No entanto, a aprendizagem por meio de 
questionamentos e experimentações pode levar o aprendiz a uma compreensão mais ampla e mais 
profunda. Assim, é notável a combinação entre metodologias ativas em contextos híbridos, que unam as 
vantagens das metodologias indutivas e dedutivas. Assim, “[...] os modelos híbridos procuram equilibrar a 
experimentação com a dedução, invertendo a ordem tradicional: experimentamos, entendemos a teoria e 
voltamos para a realidade (indução–dedução, com apoio docente) [...]” (MORAN, 2018, p. 27–28). 
 
A TECNOLOGIA COMO ALIADA DA METODOLOGIA DE ENSINO 
▪ Interação e a atuação do aluno como protagonista e autor de conteúdos; 
▪ Novas concepções didáticas e estratégias de ensino–aprendizagem; 
▪ Superar abordagens educacionais centradas na fala do professor, na leitura de livros e na passividade do 
estudante. 
 
A concepção tradicional de educação enfatiza a visão de que metodologia do ensino consiste num 
artifício que permite ensinar tudo a todos, de forma lógica. 
 
Na Videoaula 5 foram apresentados definições e exemplos de metodologias de ensino. Conforme 
apresentado, uma definição aceita para metodologias de ensino é: 
Conjunto de métodos que o professor utiliza no processo de ensino e de aprendizagem, e que se 
materializa nas ações docentes em sala de aula. 
 
Considerando a concepção de educação escolanovista, há ideais que se referem às 
individualidades dos sujeitos e que se tornam base da concepção de metodologias para o ensino. 
Nesse sentido, a educação escolanovista refere-se ao agrupamento de técnicas que visam ampliar 
as habilidades dos alunos. 
I. (F) O docente torna-se objeto central do processo educativo, sendo responsável pela transmissão do 
conhecimento. 
II. (F) É uma metodologia de ensino ligada às condições socioeconômicas e políticas no processo de 
desenvolvimento pessoal. 
III. (V) Considera a relação entre professor e aluno, baseada em empatia e amizade. 
 
Durante os anos 1960, fundamentada em ideais da concepção de metodologia da escola ativa, 
houve a elaboração da tecnologia educacional, responsável por levar até a metodologia do ensino 
as orientações de um planejamento considerado hábil. Esse planejamento foi utilizado nas 
empresas capitalistas contemporâneas e fundamentado nos princípios relacionados à ampliação 
do funcionamento eficaz na relação compreendida entre objetivos, meios e resultados. 
I. O Brasil foi tomado pela concepção tecnicista nos anos 1970, sobretudo, nas esferas política e 
educacional. 
PORQUE 
II. A concepção tecnicista de educação é uma metodologia que busca a alta eficiência no processo de 
ensino e aprendizagem. 
As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira 
 
Para Manfredi (1993, p.1), a metodologia do ensino é o “estudo das diferentes trajetórias 
traçadas/planejadas e vivenciadas pelos educadores para orientar/direcionar o processo de ensino-
aprendizagem em função de certos objetivos ou fins educativos/formativos”. 
I. O educador deve selecionar, organizar e estudar diferentes metodologias e adequá-las a seu contexto 
de trabalho. 
II. Metodologia refere-se aos materiais que o professor utilizará em aula, oque ele levará para que os 
estudantes possam interagir. 
III. Metodologia, recurso, planejamento, avaliação, dentre outros elementos didáticos, caminham juntos no 
dia a dia do professor. 
 
De acordo Manfredi (1993, p. 5), “[...] poderíamos qualificar a metodologia do ensino, em uma 
perspectiva histórico-dialética da educação, como sendo um conjunto de princípios e/ou diretrizes 
sócio-políticos, epistemológicos e psico-pedagógicos articulados a uma estratégia técnico-
operacional capaz de reverter os princípios em passos e/ou procedimentos orgânicos e 
sequenciados, que sirvam para orientar o processo de ensino-aprendizagem em situações 
concretas”. 
I. A dimensão sociopolítica refere-se a uma busca por definições de diretrizes, o que nos leva ao 
conhecimento. 
II. Na dimensão epistemológica, é preciso considerar o papel da educação no processo de elaboração do 
projeto educativo. 
III. A dimensão psicopedagógica está relacionada a uma ideia subjetiva, referente ao processo de 
aprendizagem. 
 
Quando falamos da metodologia de “exposição oral”, muitas vezes, pode parecer que essa 
metodologia não é interessante ou que não incentiva a participação ativa dos estudantes, mas, 
dependendo do objetivo, a exposição oral pode ser eficiente e atingir um objetivo. 
I. (V) A exposição rápida de um tema em uma aula curta pode ser bastante adequada e auxiliar 
grandemente a aprendizagem dos alunos. 
II. (F) A metodologia de exposição oral é pouco utilizada nas escolas atualmente, uma vez que apenas 
poucos estudantes gostam desse modelo. 
III. (V) Alguns estudiosos criticam a exposição oral, apontando que o aluno ocupa uma posição de 
aprendizagem muito passiva. 
IV. (V) Alguns estudos na área de metodologia apontam que a exposição oral pode trazer diversas 
contribuições para o ensino. 
 
Analise a seguinte definição para metodologia de ensino: “conjunto de princípios e/ou diretrizes 
sociopolíticos, epistemológicos e psicopedagógicos articulados a uma estratégia técnico-
operacional capaz de reverter os princípios em passos e/ou procedimentos orgânicos e 
sequenciados, que sirvam para orientar o processo de ensino-aprendizagem em situações 
concretas”. Essa definição de Manfredi (1993), presente no texto-base da Semana 3, refere-se a 
uma concepção de ensino denominada pela autora de: 
Concepção histórico-dialética de educação. 
 
Os seguintes enunciados descrevem exemplos de metodologias ativas: 
I. Aprendizagem baseada em problemas: os estudantes devem estudar um determinado problema, 
investigar, discutir e interpretar diferentes formas de resolução. 
II. Sala de aula invertida: os papéis são invertidos, o professor passa a ser estudante, e o estudante 
professor, assim podem aprender uns com os outros. 
III. Gamificação: utiliza procedimentos de jogos na resolução de problemas práticos ou atividades que 
não estão em contexto de jogos. 
 
A metodologia vem da palavra “método”, do latim “methodus”, que significa o caminho ou a via 
para a realização de algo. Relacionando isso a sala de aula e ao ensino, a metodologia, relaciona-se 
a como o professor organiza e conduz sua aula, qual caminho ele utilizará para abordar o conteúdo 
e quais recursos utilizará. 
I. (V) Ao selecionar uma determinada metodologia, o professor selecionará uma certa estratégia para se 
chegar a uma determinada meta. 
II. (V) Existem algumas metodologias que são mais adequadas para serem utilizadas com abordagens de 
ensino específicas. 
III. (V) A partir de um conjunto de métodos, o professor desenvolverá um processo de ensino visando a 
aprendizagem de seus estudantes. 
 
SEMANA 4 - MARCOS ROBERTO APARECIDO DIAS 
 
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NO BRASIL 
Brasil: tradição de produção de materiais didáticos por editoras privadas. 
Século XX: foram criados órgãos pelos estados e pelo governo federal com o objetivo de regular e avaliar 
esses materiais. Contudo, entre 1956 e 1983 o Ministério da Educação manteve duas instituições 
encarregadas da produção de materiais escolares e livros didáticos: 
✔ Campanha Nacional de Material de Ensino (CNME): criada em 12 de janeiro de 1956, por meio do 
Decreto 38.556, transformada, durante a ditadura militar, em 1967, em: 
✔ Fundação Nacional de Material Escolar (Fename) pela Lei 5.327. 
“Tanto a CNME como a Fename tinham a função de produzir materiais escolares – cadernos, pasta de 
desenho etc. – e publicar obras didáticas, atlas, enciclopédias e gramáticas, entre outros, para 
atendimento dos alunos carentes.” (FILGUEIRAS, 2013) 
 
QUESTÕES HISTÓRICAS 
✔ 1950: as críticas aos preços dos livros didáticos e outros materiais escolares; controle sobre o 
crescimento da rede de ensino (ensino secundário). 
✔ Camadas populares: reivindicações por acesso a esse nível de ensino - São Paulo. 
✔ Expansão do ensino secundário: necessidade da permanência dos estudantes nas escolas. 
✔ Congresso Nacional, a grande imprensa, os meios acadêmicos, diferentes órgãos do Ministério da 
Educação: discussões sobre a questão da qualidade e os preços dos livros didáticos. 
✔ Inep: criou em 1952 a Caldeme e Cileme: analisar o ensino primário e secundário, avaliar os manuais 
didáticos e produzir guias para os professores. 
✔ Unesco: seminários que orientavam a reformulação dos livros didáticos (História e Geografia eliminar a 
possibilidade de um novo conflito mundial). 
✔ Campanha Nacional de Material de Ensino (CNME): Decreto 38.556, de 12 de janeiro de 1956. 
 
CAMPANHA NACIONAL DE MATERIAL DE ENSINO (CNME) 
Experiência bem-sucedida pelo DNE - Departamento Nacional de Educação (DNE). 
Atribuição: produzir e distribuir material didático com a finalidade de “contribuir para a melhoria de sua 
qualidade, do seu emprego, bem como para a sua progressiva padronização”. 
Execução ao programa do presidente Juscelino Kubitschek de combate à elevação do custo do ensino e 
de assistência ao estudante, especialmente ao estudante pobre. 
Publicação de obras escolares circunscritas aos livros de consulta: “editando-os em larga escala, com as 
facilidades e os recursos próprios apenas dos poderes públicos”. 
Produzir obras escolares com o objetivo de colaborar para a disseminação da cultura e melhorar a 
qualidade do material didático, mas evidenciavam também a preocupação de não entrar em confronto com 
o mercado editorial privado. 
Os materiais produzidos seriam apenas auxiliares, e os livros didáticos continuariam a ser utilizados. 
Materiais didáticos, tornar esse material “acessível aos alunos e às escolas dos diversos níveis de ensino”. 
Obras de qualidade por preço acessível. 
Objetivos: 
✔contribuir para a difusão da cultura; 
✔melhorar a qualidade do material de ensino, seu uso e padronização; 
✔combater a elevação do custo do ensino, com o fornecimento de materiais didáticos a preço acessível 
para assistir os estudantes carentes. 
A obras produzidas poderiam levar, ainda, à mudança na atuação dos professores. 
 
Juscelino Kubitschek estabeleceu inúmeros incentivos à indústria gráfica brasileira: 
✔ redução do custo do papel e da impressão; 
✔ isenção de impostos do setor livreiro e da indústria de papel; 
✔ redução das tarifas postais para os livros. 
Indústria gráfica, crescimento de 143% entre 1950 e 1960. 
Função complementar e assistencial, estabelecida inicialmente para a CNME, como outras campanhas 
criadas no período, entre elas a Campanha de Difusão e Aperfeiçoamento do Ensino Secundário (Cades) 
e o Fundo Nacional do Ensino Médio. 
A política para o livro didático implantada no governo de Juscelino Kubitschek integrava dois objetivos – 
com a CNME pretendia diminuir as carências dos estudantes, mas mantinha a ênfase na industrialização, 
com incentivo ao parque gráfico nacional. 
 
AÇÕES DA CNME 
Produzir: coleções, peças e aparelhos para o estudo de Ciências Naturais, Matemática e Desenho; 
material para o estudo de Geografia e História, obras de consulta (atlas,enciclopédias e dicionários) e 
material de ensino audiovisual para cursos de grau elementar e médio. 
Os materiais didáticos deveriam ser vendidos a preço de custo em cooperativas escolares, nos postos de 
distribuição de material de ensino que seriam criados em diferentes regiões do país ou por meio dos 
postos volantes, caminhões que percorriam cidades onde não existiam postos fixos. 
Fundo Especial, composto por: 
a) dotações que forem consignadas às Campanhas Extraordinárias da Educação; 
b) destaques das dotações globais do orçamento da União destinadas às Campanhas Extraordinárias da 
Educação; 
c) contribuições, donativos e legados. (Decreto 38.556/56) 
A CNME era dirigida por um conselho em que participavam os diretores de vários órgãos do MEC. 
 
LDB de 1961: funções da CNME se ampliaram. Cadernos MEC, manuais de exercícios e livros de 
conteúdos para as matérias obrigatórias, complementares e optativas do ensino secundário (Português, 
História, Geografia, Matemática e Ciências (Iniciação à Ciência, Ciências Físicas e Biológicas, Química e 
Física), Desenho, Estudos Sociais e Contabilidade. 
 
FUNDAÇÃO NACIONAL DE MATETIAL ESCOLAR (FENAME) 
✔ Campanha Nacional de Material de Ensino foi encerrada em 1967. 
✔ Acervo e publicações incorporados à Fundação Nacional do Material Escolar (FENAME), criada em 2 de 
outubro por meio da Lei 5.327, para substituir a CNME com a finalidade de ampliar a produção e 
distribuição do material escolar. 
 
Forte interferência do Regime Militar 
1976: responsável pelo processo de coedição dos livros didáticos com as editoras privadas. 
1966: Comissão do Livro Técnico e do Livro Didático (Colted) – criada por meio do Decreto 59.355, com a 
finalidade de: “incentivar, orientar, coordenar e executar as atividades do Ministério da Educação e Cultura 
relacionadas com a produção, a edição, o aprimoramento e a distribuição de livros técnicos e de livros 
didáticos” (Decreto 59.355/66), com os objetivos de: estimular a expansão da indústria do livro e baratear 
os livros didáticos produzidos pelas empresas privadas. 
 
1960: implantação do ensino primário obrigatório - aumento significativo de crianças nas escolas, 
contratação em caráter de emergência de novos professores e maior quantidade de material didático. 
✔ Necessidade de uma nova concepção de educação para esse nível de ensino. 
✔ Propostas de inovação: medidas técnico- -pedagógicas = livro didático. 
✔ Crescimento do mercado de livros didáticos, mudanças no processo de elaboração dos manuais. 
 
Colted: Estimular a expansão da indústria do livro, intensificar a produção, edição, qualidade e distribuição 
dos livros técnicos e didáticos produzidos pelas empresas privadas. 
Fename: Produzir obras de consulta e livros didáticos para serem distribuídos ou vendidos a preço de 
custo para alunos e professores das escolas públicas e privadas: 
“(...) contribuir para a melhoria de sua qualidade, preço e utilização”. (Lei 5.327/67) 
Produzir obras de consulta e livros didáticos para serem distribuídos ou vendidos a preço de custo para 
alunos e professores das escolas públicas e privadas para contribuir para a melhoria de sua qualidade, 
preço e utilização. (Lei n. 5.327/67). 
A Fename continuou a produzir os materiais e livros didáticos que já eram publicados pela CNME, além de 
iniciar a produção de novos títulos e outros materiais escolares, o que ampliou significativamente a 
movimentação financeira da instituição. 
Manteve o caráter supletivo e de assistência ao aluno carente, mas como era preciso fornecer material 
escolar e livros didáticos para os alunos de todos os lugares do país, levou à publicação não somente de 
obras de consulta, mas à produção de livros didáticos que seriam utilizados por alunos e professores em 
sala de aula, concorrendo com o mercado privado, e começaria ainda a produzir livros didáticos para o 
ensino superior. 
1970: projeto do governo ditatorial de integração do território nacional, como a implantação do projeto 
“Fename/Amazônia Legal” para a produção e distribuição de material didático para regiões consideradas 
isoladas e com necessidade de integração. 
1976: Decreto 77.107, tornou-se responsável pela execução do Programa do Livro Didático (PLD) e pelo 
processo de coedição com as empresas privadas. Produtora de materiais escolares, obras didáticas, e 
financiadora do mercado editorial privado. 
1982: fechamento dos postos de distribuição da Fename. 
1985: Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). 
 
MATERIAIS DIDÁTICOS: CONCEITOS 
“Todo e qualquer recurso utilizado em um procedimento de ensino, visando à estimulação do aluno e à sua 
aproximação do conteúdo.” 
“Tudo aquilo que pode servir para enriquecer o trabalho de professores e alunos, tais como: revistas, 
jornais, panfletos, anúncios. Os conteúdos de sala de aula podem ser abordados de diversas maneiras e o 
professor deve estar aberto às inovações e disposto a usar sua criatividade.” 
“Todo e qualquer recurso utilizado em um procedimento de ensino, visando à estimulação do aluno e à sua 
aproximação do conteúdo. Nesse contexto, os mapas e os globos são materiais didáticos utilizados para a 
facilitação da aprendizagem. Da mesma forma, quando a professora usa palitos de picolé e canudinhos de 
refrigerante para ensinar matemática ou quando projeta um filme sobre a colonização do Brasil ou, ainda, 
quando planta sementes de girassol e feijão no ambiente escolar para ensinar o processo de germinação.” 
(BRASIL, 2007, p. 21-22) 
“Ao que parece, todo material, sistema ou meio que tenha a intenção de apoiar a atividade pedagógica é 
considerado material didático quando sua concepção está estritamente ligada à transposição didática dos 
conhecimentos sistematizados e definidos no planejamento didático.” (SANTOS e ANDRADE, 2010) 
 
MATERIAIS DIDÁTICOS: FUNÇÕES 
Dinamizar a aula, aguçando a curiosidade do aluno, despertando sua atenção para o que vai ser tratado 
naquele momento. 
O uso precisa ser planejado, bem elaborado, preparado com antecedência. 
Auxiliar o trabalho do professor. Planificação, avaliação e execução. 
Contribui para a organização do conteúdo didático que será abordado, contribuindo com as estratégias de 
execução, desenvolvimento, exercício e também as formas de avaliação. 
Todo material, sistema ou meio que tenha a intenção de apoiar a atividade pedagógica. Podem ser desde 
materiais naturais (flores, sementes), até livros, globos, cartazes, materiais tecnológicos etc. 
 
ESCOLHA DE MATERIAIS DIDÁTICOS 
a) 1950: as críticas aos preços dos livros didáticos e outros materiais escolares; controle sobre o 
crescimento da rede de ensino (ensino secundário); 
b) camadas populares: reivindicações por acesso a esse nível de ensino - São Paulo; 
c) expansão do ensino secundário: necessidade da permanência dos estudantes nas escolas; 
d) Congresso Nacional, a grande imprensa, os meios acadêmicos, diferentes órgãos do Ministério da 
Educação: discussões sobre a questão da qualidade e os preços dos livros didáticos. 
 
“Nenhum material didático pode, por mais bem elaborado que seja, garantir, por si só, a qualidade e a 
efetividade do processo de ensino e aprendizagem. Eles cumprem a função de mediação e não podem ser 
utilizados como se fossem começo, meio e fim de um processo didático. O material didático deve ser 
integrado num ciclo mais completo de ensino-aprendizagem.” 
Os materiais didáticos devem ser utilizados pelo professor com a intenção de organizar possibilidades 
diferenciadas de aprendizagem para contextualizar o conteúdo ou demonstrar características específicas 
que tornem os conceitos mais acessíveis para o estudante. 
 
Com relação ao papel dos materiais didáticos para o processo de ensino e de aprendizagem, 
compreende-se que: 
Um recurso didático, por si só, não é capaz de produzir a aprendizagem. Assim, o professor deve 
organizar uso dos recursos considerando que é o aluno queconstruirá seu próprio conhecimento, bem 
como deve incentivá-lo e criar situações que o leve a refletir e a estabelecer relação entre diversos 
contextos do dia a dia, produzindo novos conhecimentos. 
 
A Campanha Nacional de Material de Ensino (1956) e a Fename (1967) foram instituições criadas 
pelos estados e pelo governo federal brasileiro com o objetivo de regular e avaliar materiais 
didáticos. Sobre essas instituições históricas, é correto afirmar que: 
Tanto a Campanha Nacional de Material de Ensino (1956) quanto a Fename (1967) configuraram 
importantes políticas criadas pelo governo federal para a produção de materiais escolares, colaborando 
com a difusão da cultura, diminuição dos custos do ensino e auxiliar o novo público escolar, considerado 
carente e sem recursos financeiros. 
 
Sobre programas públicos para materiais didáticos, analise as seguintes afirmativas: 
I. A etapa da alfabetização recebe como principal apoio o livro didático através do PNLD – Programa 
Nacional do Livro e Material Didático. 
II. Os programas de leitura escolares não recebem apoio governamental, assim, livros de literatura 
precisam ser adquiridos com recursos próprios das unidades escolares. 
III. Os programas de materiais didáticos, apesar de necessários, não abrangem formação para 
professores, gestores e funcionários. 
 
Segundo Bandeira (2017, p. 21), nas “[...] informações sobre os programas das políticas públicas 
do MEC – edições realizadas entre os anos de 2004 e 2010 que visavam atender a demandas 
específicas da educação em todo o país –, observamos que, além das finalidades, das modalidades 
e do público-alvo, outras variáveis interferem na definição do material didático”. 
I. O material didático é subestimado na elaboração e planificação do trabalho pedagógico na 
alfabetização. 
PORQUE 
II. O livro didático é, estritamente, teórico e dificulta o momento de alfabetização que deve ser, 
substancialmente, lúdico. 
As duas asserções são falsas. 
 
De acordo com Bandeira (2017, p. 20), “Os programas de formação do MEC para professores, 
funcionários e gestores da educação também contribuem para democratizar os conceitos, as 
funções e a diversidade do material didático, já que desenvolvem ações de capacitação para a 
comunidade escolar”. 
I. (V) Alguns programas do Ministério da Educação são responsáveis por formar funcionários que 
trabalham em escolas públicas. 
II. (V) É indispensável que haja um cuidado contínuo do ambiente escolar e um monitoramento acerca dos 
materiais didáticos disponíveis na escola. 
III. (F) No espaço escolar, os únicos responsáveis pelo ensinar e pelo processo de ensino-aprendizagem 
são os professores. 
 
De acordo com Bandeira (2017, p. 22), “[...] cada época desenvolve um conjunto de técnicas – do 
papiro aos meios digitais no século XXI –, e essas mudanças, que já revolucionaram a escrita, 
também alteraram a produção, a difusão e a recepção do material didático”. 
I. Há vários materiais didáticos presentes nas modalidades de educação presencial ou a distância, guiados 
pelos documentos regulamentados pelo MEC. 
II. A elaboração dos materiais didáticos desconsidera a presença das mídias no ensino, pois elas impedem 
a integração entre professor e aluno. 
III. Há um referencial de qualidade da Secretaria de Educação a Distância, implantado em 2003 e que se 
mantém com as mesmas regulamentações até hoje. 
 
Para compreender o conceito de material didático, é preciso considerar as opiniões de 
pesquisadores, educadores e historiadores da área, porque o conhecimento deles facilita a 
compreensão dos trâmites que envolvem o setor editorial atual. 
I. Materiais didáticos são a soma de textos, imagens e demais recursos que tenham um objetivo 
focado na ação educativa. 
PORQUE 
II. O material didático é, indispensavelmente, impresso, isto é, os materiais audiovisuais e outros 
recursos não podem ser considerados didáticos. 
A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa 
 
SEMANA 5 – PRODUÇÃO E USO DE MATERIAIS DIDÁTICOS: O PROFESSOR COMO PRÁTICO 
REFLEXIVO 
 
Critérios que podem ser utilizados pelo professor: 
Adequação do material a proposta pedagógica da escola. 
Estímulo a habilidades de leitura e escrita. 
Conteúdo adaptável à diferentes perfis e níveis de aprendizado. 
Melhora a qualidade de transmissão e recepção das mensagens em sala de aula. 
 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) se constitui na avaliação, compra e distribuição de materiais 
didáticos, pedagógicos, literários e de apoio à prática educativa de forma gratuita, às escolas de Ensino 
Fundamental, Médio e na modalidade regular ou Educação de Jovens e Adultos (EJA) das redes federal, 
municipal e estadual. 
 
Muitos materiais didáticos utilizados na Educação Básica resultaram de pesquisas acadêmicas na área 
educacional. No Brasil, temos, inclusive, uma modalidade de mestrado, chamado de mestrado profissional, 
voltado para professores de Educação Básica, sendo que um dos produtos da pesquisa pode ser um 
material didático organizado para atender uma necessidade concreta, advinda da prática profissional. 
Os professores da educação básica não são apenas consumidores de materiais didáticos, mas podem 
também pesquisar sobre a própria prática e produzir materiais que atendam as necessidades de um dado 
contexto educativo. 
 
O Ministério da Educação do Brasil (MEC) é o responsável pelos critérios de avaliação do livro didático, 
em edital público é comunicado as duas etapas de análise: 
A primeira etapa verifica se a obra contempla suporte, design e layout determinados previamente. 
A segunda etapa envolve a avaliação dos indicadores de qualidade prescritos para o conteúdo do 
material. 
 
 
Os educadores, gestores e os demais profissionais da educação seguem preservando o uso de 
materiais impressos no contexto escolar, pela comodidade em relação à consulta e porque esse 
tipo de material não depende de qualquer tipo de equipamento para ser utilizado. 
I. As editoras brasileiras têm sua atividade voltada, exclusivamente, para a edição de livros (didáticos, 
científicos ou religiosos). 
PORQUE 
II. A indústria editorial dos livros continua sendo a mesma há anos, estruturalmente, pois, dessa maneira, 
pode manter seu objetivo central. 
 
Leia os seguintes enunciados com relação ao PNLD – Programa Nacional do Livro e Material 
Didático: 
I. O PNLD é destinado, exclusivamente, a disponibilizar livros didáticos para todas as escolas 
brasileiras da rede federal, estadual ou municipal, tanto públicas quanto privadas. 
II. O PNLD inclui, além das obras didáticas e literárias, as obras pedagógicas, softwares e jogos 
educacionais, materiais de reforço e correção de fluxo, materiais de formação e materiais 
destinados à gestão escolar, entre outros. 
III. Os materiais distribuídos pelo MEC às escolas públicas de educação básica do país são escolhidos 
pelas escolas, desde que inscritos no PNLD e aprovados em avaliações pedagógicas coordenadas 
pelo Ministério da Educação. 
 
De acordo com Bandeira (2017), o livro didático impresso continua sendo o material de uso mais 
frequente na modalidade de ensino presencial, em todas as etapas da educação básica. Para essa 
autora, existem funções do material didático que vigoram nas práticas de ensino, 
independentemente dos avanços tecnológicos. Podemos indicar como uma das funções apontadas 
pela autora: 
O livro didático tem a função de estruturar o trabalho pedagógico, pois estabeleceu-se historicamente 
como instrumento para assegurar a aquisição dos saberes pelos estudantes. 
 
De acordo com Bandeira (2017, p. 29), “No Brasil, o MEC é o órgão responsável pelos critérios de 
avaliação do livro didático. A maioria dos guias de avaliação se concentra em duas etapas: a 
primeira é dedicada ao atendimento às questões da materialidade (suporte, design e layout), e a 
segunda refere-se à garantia dos indicadoresde qualidade prescritos para o conteúdo”. 
I. O processo de seleção de materiais didáticos é descomplicado, visto que há vários envolvidos para 
facilitar o desenrolar dessa escolha. 
PORQUE 
II. Desde 1960, o livro didático é estabelecido por um padrão associado a manuais escolares que têm 
conteúdos curriculares. 
 
A produção de material didático é um processo complexo, que envolve várias fases e a 
incorporação de características, para que o material produzido realmente contemple objetivos do 
processo de ensino e de aprendizagem. Nesse sentido, a produção de material didático deve 
considerar: 
Um planejamento cuidadoso das etapas de execução, desde um projeto, recursos financeiros necessários, 
com um cronograma para as etapas de produção. 
 
Um material didático poder ser produzidos por pesquisadores da área educacional com o objetivo 
de responder questões que se apresentam na prática pedagógica. Essa produção é submetida a 
testes, validações e avaliações, de acordo com alguns critérios. Assinale a opção que apresenta 
um desses critérios. 
Deve-se verificar a aplicabilidade do material produzido, ou seja, como poderá ser utilizado em sala de 
aula, em situação real de ensino, e não apenas em situação de pesquisa. 
 
O Ministério da Educação impôs uma série de políticas públicas educacionais, associadas aos 
livros didáticos, capazes de proporcionar diretrizes e instruções que têm a função de auxiliar a 
elaboração das atividades diárias no ambiente escolar. 
I. Grande parte das editoras propicia programas voltados para o treinamento relacionado à utilização dos 
materiais didáticos. 
PORQUE 
II. O MEC prevê a necessidade de treinamentos, e a arrecadação propiciada pelos cursos é direcionada 
ao governo, responsável pelo MEC. 
 
Para Bohn (1988), a seleção adequada do material didático é essencial, mas a forma como o 
professor conduz as suas aulas é tão importante quanto este material. Se não for bem preparado 
nem for bem utilizado, o material pouco acrescentará à aprendizagem dos alunos. 
Um material didático é selecionado e utilizado em sala de aula com o objetivo de melhorar a qualidade do 
processo de ensino e de aprendizagem, assim é aliado tanto do professor quanto do estudante. 
 
SEMANA 6 - CONTEÚDOS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA O ENSINO 
“[...] conteúdo significa o conjunto de conhecimentos, habilidades, formas de comportamento e hábitos de 
estudo relacionados aos objetivos e organizados pedagógica e didaticamente, visando a sua aplicação”. 
(LOPES, 2014) 
 
CONTEÚDOS DE ENSINO 
 Específicos: correspondendo a conceitos, leis, teorias, axiomas, procedimentos, métodos e técnicas 
específicas de uma área do conhecimento; 
 Não específicos, abrangendo:  habilidades, que são procedimentos lógicos, heurísticos, algoritmos;  
formas de comportamento, incluindo atitudes e valores;  hábitos de estudo, levando à busca e 
processamento de informações, organização. 
 
Para Libâneo (1994), conteúdo inclui não só conhecimentos, mas habilidades, hábitos, modos valorativos 
e atitudinais de atuação social visando sempre sua aplicação na vida prática dos alunos. Conteúdo, para 
ele, engloba conceitos, ideias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras, habilidades 
cognoscitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de estudo, de trabalho e 
de convivência social, valores, convicções, atitudes. 
“Os conteúdos retratam a experiência social da humanidade no que se refere a conhecimentos e modos 
de ação, transformando-se em instrumentos pelos quais os alunos assimilam, compreendem e enfrentam 
as exigências teóricas da vida social.” (LIBÂNEO, 1994, p. 129) 
 
Segundo LOPES (2014): 
- O conteúdo de ensino comumente é entendido como um conjunto de assuntos que compõem 
determinada matéria ou a relação de temas a serem estudados em uma disciplina. 
- Nogueira (2001, p. 19) chama os professores de “conteudistas” por se preocuparem com o cumprimento 
integral dos conteúdos selecionados para um determinado ano letivo em detrimento, até, do processo de 
aprendizagem. O conteúdo passa a ser o mais importante e a ele se submetem professor e alunos. 
 
Conteúdo, nas instituições escolares, significa elementos de disciplina, matérias, informações diversas, os 
resumos da cultura acadêmica, reflete a visão dos que decidem o que ensinar e dos que ensinam, o que 
se pretende transmitir e o que deve ser assimilado. 
A ampliação da escolaridade alargou a concepção de conteúdos do currículo, englobando as finalidades 
da escolaridade e as aprendizagens que os alunos obtém da escolarização. Conteúdos passam a ser 
“todas as aprendizagens que os alunos devem alcançar para progredir nas direções que marcam os fins 
da educação numa etapa da escolarização, em qualquer área ou fora delas, e para tal é necessário 
estimular comportamentos, adquirir valores, atitudes e habilidades de pensamento, além de 
conhecimentos”. (SACRISTÁN, 1998, p. 150) 
 
Conteúdo abrange mais que a seleção de conhecimentos dos diversos campos do saber incluindo a 
criação de atitudes, fomento de hábitos, ensino da ética, ou seja, os aspectos atitudinais necessários para 
a função socializadora da escola. 
* Não se deve separar conteúdo, experiência e as condições em que esta se realiza = significação para o 
aluno. 
* Sem conteúdo não há ensino, o valor das técnicas e dos recursos didáticos é alcançado através dos 
conteúdos que comunicam. 
* Conciliar o trabalho de mediação do professor de forma a propiciar ao aluno uma educação integral 
através de conteúdos, habilidades e atitudes. 
 
“Os conteúdos são meios para concretizar a aprendizagem e envolvem desenvolvimento de processos 
mentais e tratamento da informação. Conteúdo é uma parte integrante da matéria prima; é o que está 
contido em um campo do conhecimento. Envolve informações, dados, fatos, conceitos, princípios e 
generalizações acumuladas pela experiência do homem, em relação a um âmbito ou setor da atividade 
humana. Fundamentalmente, constitui um conjunto de conhecimentos organizados conforme sua natureza 
e objetivos.” (TURRA, s.d., p. 104) 
 
DIFERENÇA ENTRE CONTEÚDO E CONHECIMENTO 
Conhecimento “a apropriação do objeto pelo pensamento como quer que se conceba essa apropriação: 
como definição, como percepção clara, apreensão completa, análise; erudição, instrução, saber”. 
(FERREIRA, 1986, p. 454) 
Pedro Demo (1997) destaca a importância do saber pensar e do aprender a aprender. O importante no 
conhecimento não é o conceito aprendido mas a forma, os procedimentos utilizados para aprender esse 
conceito e a utilização que se faz do conceito aprendido. Saber pensar aplica-se a qualquer conteúdo e 
implica a capacidade crítica frente ao próprio saber. Aí está o conhecimento como marca cultural histórica 
do ser humano. Saber pensar está perto da sabedoria. 
Para Sacristán (1998) definir conteúdos requer saber que função se pretende que esse conteúdo cumpra 
em relação às pessoas, à cultura, à sociedade atual e futura. O conteúdo de ensino é uma construção 
social, dinâmica e localizada. A visão que se tem do aluno, cultura e função social da educação expressam 
os valores que a escola difunde através dos conteúdos selecionados. 
 
ORGANIZAÇÃO E SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS 
“Nenhum professor consegue criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a 
aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos se ele não compreender, com razoável profundidade 
e com a necessária adequação à situação escolar, os conteúdos das áreas do conhecimento que serão 
objeto de sua atuação didática, os contextos em que se inscrevem e as temáticas transversais ao currículo 
escolar.” 
 
Transposição didática: favorece a compreensão e aprendizagem, a aplicação de estratégias e 
procedimentos de ensino que unam teoria e prática. 
Libâneo (1994, p.127) critica a forma estática e sem significado vital para o aluno como muitas vezes os 
conteúdos são trabalhados, aspecto apenas conceitual, não valorizando a capacidade e habilidade do 
aluno para adquirir conhecimentos, aspecto procedimental e separados das condições socioculturais e 
individuais do aluno, aspecto atitudinal. 
Os conteúdos devem ser significativos, isto é, interessantes, expressivos, incluir elementos da vida dos 
alunos para serem assimilados de forma ativa e consciente. 
 
A BNCC e o trabalho com competências e habilidades 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto 
orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das 
etapas e modalidades da Educação Básica. 
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base 
deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino das Unidades Federativas, como também as 
propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental 
e Ensino Médio, em todo o Brasil. 
A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes 
desenvolvam ao longo da escolaridade básica. 
 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC): texto homologado em dezembro de 2018 
• Escolas: adaptação dos currículos 
• Professores: planejamento de aulas 
• Avaliações (Prova Brasil, SAEB): tomar como parâmetros as habilidades que o documento exige que 
as crianças desenvolvam 
• Finalidade: orientar os sistemas na elaboração de suas propostas curriculares 
• Fundamento: direito à aprendizagem e ao desenvolvimento, em conformidade com o que preceituam o 
Plano Nacional de Educação (PNE) e a Conferência Nacional de Educação (CONAE) 
• Objetivo: expor os conhecimentos fundamentais aos quais os estudantes de todos os Estados brasileiros 
têm o direito de ter acesso no seu percurso na Educação Básica, garantir ao estudante conhecimentos 
essenciais para o desenvolvimento educacional ao longo da vida escolar, desde as séries iniciais até o 
Ensino Médio 
 
OS CONTEÚDOS NA BNCC 
Divisão em unidades temáticas: reunião de um conjunto de conteúdos de uma mesma temática em uma 
unidade. As unidades aparecem em praticamente todos os componentes curriculares ao longo de todo o 
Ensino Fundamental, o que muda são os objetos de conhecimento e as habilidades exigidas para cada 
etapa. 
Respeitando as muitas possibilidades de organização do conhecimento escolar, as unidades temáticas 
definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às 
especificidades dos diferentes componentes curriculares. Cada unidade temática contempla uma gama 
maior ou menor de objetos de conhecimento, assim como cada objeto de conhecimento se relaciona a um 
número variável de habilidades […]. As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem 
ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares. (BRASIL, 2018) 
Unidades temáticas: o conteúdo trabalhado em um ano pode ser retomado e ampliado nos anos 
seguintes, permitindo que o professor trabalhe novas habilidades em sala de aula. 
Componentes curriculares = disciplinas 
Objetos do conhecimento = conteúdos 
Língua Portuguesa: não está estruturado em unidades temáticas. Organizado em práticas de linguagem 
(leitura/escuta, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica), campos de atuação, objetos 
de conhecimento e habilidades. 
 
ESTRUTURA DA BNCC 
As 10 competências gerais: passam por todo o conteúdo de forma transversal (devem ser trabalhadas de 
forma ampla em todo o planejamento da Educação Básica, do Infantil ao Médio). 
“(…) competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), 
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas 
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. (BRASIL, 2018) 
 
• Competências: o que os estudantes devem saber, e devem saber fazer = conhecimento + ação prática e 
potencialmente transformadora (aprender com propósito e finalidade clara). 
• Desenvolvimento completo de cada estudante: conhecimento intelectual, desenvolvimento social, 
emocional, psicológico, físico, cultural, entre outros. 
Habilidades 
Aplicadas nos Ensinos Fundamental e Médio 
“(…) habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos alunos nos 
diferentes contextos escolares”. 
As habilidades expressam de forma clara o que deverá ser tratado nas aulas e quais são os processos 
cognitivos aos quais cada estudante deverá chegar ao fim do processo de aprendizagem. 
Compostas por um verbo (indicando com precisão qual será a ação que o aluno deverá desenvolver), um 
complemento (indicando qual é o objeto do conhecimento tratado, ou seja, o conteúdo) e um ou mais 
modificadores (indicando o contexto para aquela atividade). 
 
A BNCC E A EDUCAÇÃO INFANTIL 
Crianças de 0 a 5 anos e 11 meses 
Foco: acompanhar e potencializar o desenvolvimento completo da criança enquanto ela descobre o 
mundo. Direitos de aprendizagem e desenvolvimento (substituem as competências): 
* Ações: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se; 
* Campos de experiência: 
1. Eu, o outro e nós, 2. Corpo, gestos e movimentos, 3. Traços, sons, cores e formas, 4. Escuta, fala, 
pensamento e imaginação, 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 
 
Cada campo de experiência se desdobra em objetivos de aprendizagem e desenvolvimento (não devem 
ser confundidos com os direitos), que seriam equivalentes às habilidades dos Ensinos Fundamental e 
Médio. 
 
A BNCC E O ENSINO FUNDAMENTAL 
Cinco áreas do conhecimento: Linguagens (subdividida nos componentes Língua Portuguesa, Arte, 
Educação Física e Língua Inglesa), Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas (subdividida 
nos componentes História e Geografia) e Ensino Religioso. 
- Competências específicas de cada área (diferentes das 10 competências gerais) que vimos 
anteriormente. 
- Componentes específicos: Linguagens e Ciências Humanas, há também competências específicas de 
cada componente. 
 
A BNCC E O ENSINO MÉDIO 
Quatro áreas do conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências 
da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. 
Como ocorre para o Ensino Fundamental, o Ensino Médio é composto por competências específicas de 
cada uma das áreas e também por habilidades, que seguem a mesma estrutura, adaptando-se apenas 
aos níveis de complexidade progressivos. 
 
O TRABALHO COM COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
Competência = capacidade, ser capaz de resolver problemas do cotidiano, tomar decisões, liderar, 
resolver conflitos e utilizar conhecimentos adquiridos ao longo da vida acadêmica. Formada pela união das 
habilidades e dos conhecimentos, envolve a aptidão de compreender demandas e mobilizar os recursos 
disponíveis. 
Habilidade = domínio de determinado processo. Aplicação prática de um conhecimento ou uma 
determinada competência para resolver uma situação complexa. 
 
METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS 
A forma como o professor apresenta o conteúdo é de suma importância para o processo ensino-
aprendizagem, ou seja, a metodologia utilizada pode influenciar na maior ou na menor compreensão do 
tema da aula. 
Metodologia deve responder às perguntas: O que eu quero ensinar? Este é o melhor caminho para 
trabalhar este conteúdo com esses alunos? Como os procedimentos contribuem para alcançar os 
objetivos propostos? 
 
Para Haydt (2006, p. 145), ao escolher um procedimento de ensino, o professor deve considerar como 
critérios de seleção, os seguintes aspectos básicos: 
a. Adequação aos objetivos estabelecidos para o ensino e a aprendizagem; 
b. A natureza do conteúdo a serensinado e o tipo de aprendizagem a efetivar-se; 
c. As características dos alunos, como, por exemplo, sua faixa etária, o nível de desenvolvimento mental, o 
grau de interesse, suas expectativas de aprendizagem; 
d. As condições físicas e o tempo disponível. 
 
Segundo Haydt (2006, p. 147), os métodos de ensino podem ser classificados em: 
Métodos individualizados de ensino – valorizam o atendimento às diferenças individuais (fichas, estudo 
dirigido, ensino programado). A aprendizagem é sempre uma atividade pessoal, embora muitas vezes se 
realize em situação social; 
Métodos socializados de ensino – valorizam a interação social (trabalho em grupo, dramatização, 
estudo de caso); 
Métodos socioindividualizados – combinam a individualizada e a socializada (uso de problemas, 
unidades de trabalho, unidades didáticas, unidades de experiência). 
 
O procedimento mais adequado, segundo a autora, é aquele que ajuda o aluno a incorporar os novos 
conhecimentos de “forma ativa, compreensiva e construtiva, estimulando o pensamento operatório”. 
(HAYDT, 2006, p. 148) 
Importância do contexto atual: transformar as aulas mecânicas, repetitivas, memorizadas, em tarefas que 
exijam dos alunos a execução de operações mentais significativas. 
 
Ao ensinar, de acordo com Luckesi (1994), não basta definir que vai se utilizar a “exposição oral” ou a 
“exposição escrita” ou o “trabalho dirigido”, etc; é preciso ter clareza da intenção com a qual se vai utilizar 
este ou aquele procedimento, e isso depende da concepção pedagógica que gere o trabalho docente. 
• Professor: mediador, coordenador, orientador. Deve facilitar o processo de reconstrução do 
conhecimento, mediando a aprendizagem dos alunos, instigando, motivando. 
• Aluno: manipular, construir, observar, comparar, classificar, estabelecer relações, ouvir, falar, perguntar, 
propor hipóteses, experimentar, criar. 
 
Método Tradicional: conhecimento -> professor -> alunos. 
Natureza dos conteúdos (conceitual, procedimental, atitudinal) deve ser considerada para a escolha da 
metodologia 
 
“O conhecimento não é dado como algo terminado e acabado, mas sim como algo em permanente 
construção, através das interações dos indivíduos com o meio físico e social. Daí a importância de 
promover múltiplas interações em sala de aula, selecionar diferentes recursos didáticos para que o 
estudante possa manipular, observar, criar e construir seu próprio conhecimento, estabelecendo relação 
entre diversos contextos do dia a dia, produzindo assim, novos conhecimentos.” (BECKER, 1992 apud 
SILVA et al. 2012, p. 2) 
 
 
- Material didático deve favorecer o entendimento; 
- Estudante deve interagir com o material e, consequentemente, com o conteúdo; 
- Recursos didáticos: auxílio para o professor e para que o estudante produza novos conhecimentos; 
- Professor: qual o material mais adequado? 
 
“[...] a utilização de recursos didático-pedagógicos deve favorecer a exposição do conteúdo de uma forma 
diferenciada, e fazer dos alunos participantes do processo de aprendizagem”. (Castoldi e Polinarski, 2009, 
p. 685) 
Recursos: meios para motivá-los e envolvê-los com o que é discutido, proporcionando, assim, uma melhor 
compreensão e interpretação. 
 
O MATERIAL DIDÁTICO: Deve possuir analogia estrutural e funcional com a realidade; Pode representar 
vários sistemas reais, quando eles compartilham características relevantes. 
Para Souza (2007, p. 112-113): “ [...] utilizar recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem é 
importante para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo sua criatividade, coordenação 
motora e habilidade de manusear objetos diversos que poderão ser utilizados pelo professor na aplicação 
de suas aulas”. 
 
A autora Maria Inácia Lopes, no texto “Critérios para Seleção de Conteúdos”, caracteriza os conteúdos 
como: Um conjunto de conhecimentos, habilidades, formas de comportamento e hábitos de estudo 
relacionados aos objetivos e organizados pedagógica e didaticamente, visando sua aplicação. O conteúdo 
comumente é entendido como um conjunto de assuntos que compõem determinada matéria ou a relação 
de temas a serem estudados em uma disciplina. 
 
A concepção do currículo escolar centrado no conhecimento privilegia a apropriação do patrimônio 
científico cultural acumulado em lugar do avanço em direção a novas descobertas e fronteiras científicas. 
Sua didática é frontal, expositiva e fácil de observar e de aprender, motivo pelo qual ainda predomina em 
muitas salas de aula. Ao longo da história, o currículo centrado no conhecimento garantiu que o legado 
das várias gerações fosse assimilado, preservado e transferido para uma nova geração. 
A vertente centrada no aluno entende que o currículo escolar deve ser constituído do conhecimento 
reconstruído pelo aluno a partir de suas próprias referências culturais e individuais. As muitas variantes 
dessa vertente têm em comum a concepção do conhecimento como emancipação, mas diferem 
significativamente no que diz respeito ao papel do professor e da escola. Para as mais radicais, a 
educação escolar deve ser abolida porque é apenas transmissora de ideologia (Michael Apple, 2004) ou 
de arbitrários culturais (Bourdieu & Passeron, 2008). Já para seguidores de teóricos como Cesar Coll 
(2006) ou Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1988), o conhecimento é emancipador se envolver a 
participação do aluno e se o professor for, antes de mais nada, um facilitador da reconstrução do 
conhecimento. Sua didática requer atividade e vínculo do aluno com o saber; em lugar de frontal, é 
distribuída entre professor e alunos. 
 
Nos últimos anos, devido à padronização da escola básica, aliada à repercussão das novas 
tecnologias presentes na produção e na distribuição do conhecimento, surgiu uma nova 
concepção de currículo, capaz de dominar a contraposição entre as vertentes de currículo já 
existentes. 
I. (V) Nessa concepção, o currículo foca um conhecimento considerado viável, submetido à 
problematização. 
II. (F) A didática da concepção em foco tem como único objetivo viabilizar a renovação do conhecimento. 
III. (V) Essa nova concepção de currículo ressalta as capacidades dos alunos em torno do que eles sabem 
e fazem. 
 
Os conteúdos podem ser classificados de acordo com sua natureza em conceituais, 
procedimentais e atitudinais. Com relação a essa classificação, reconheça a definição 
correspondente nas frases seguintes: 
I. Os conteúdos conceituais estão relacionados a fatos, acontecimentos, situações, dados e 
fenômenos concretos e singulares. 
II. Os conteúdos procedimentais incluem regras, técnicas, métodos, destrezas ou habilidades, 
estratégias, procedimentos e se relacionam a um saber fazer. 
III. Os conteúdos atitudinais estão relacionados a valores, atitudes e normas, relacionados ao 
aprender a viver juntos aprendendo a ser. 
 
"Currículo é tudo aquilo que uma sociedade considera necessário que os alunos aprendam ao 
longo de sua escolaridade. Como quase todos os temas educacionais, as decisões sobre currículo 
envolvem diferentes concepções de mundo, de sociedade e, principalmente, diferentes teorias 
sobre o que é o conhecimento, como é produzido e distribuído, qual seu papel nos destinos 
humanos." 
I. O currículo escolar que focaliza o conhecimento tem uma didática elaborada e complexa. 
PORQUE 
II. O currículo voltado para o conhecimento possibilitou a conservação do legado de gerações anteriores. 
a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
 
Nos primeiros registros de escola básica no Brasil, há o Colégio Imperador Pedro II. Nele, havia um 
curso com duração entre 7 e 8 anos, no qual os primeiros alunos já deveriam ter domínio das 
letras. Em 1855, o imperador, que deu nome ao colégio, aprovou o primeiro currículo nacional, o 
qual apresentava as disciplinas a serem lecionadas no nível elementar e no nível “superior” 
(atualmente, ensino fundamentalII e ensino médio). 
I. O currículo do nível elementar apresentava disciplinas como leitura e escrita, incluindo noções 
gramaticais básicas, aritmética, dentre outras. 
PORQUE 
II. No primeiro ano do nível superior, havia somente duas disciplinas a mais do que no nível anterior: 
história sagrada e educação moral. 
a primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. 
 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2018, apresenta uma proposta de 
trabalho com foco no desenvolvimento de competências e habilidades, essa organização requer: 
Atividades direcionadas para a capacidade de resolver problemas do cotidiano, tomar decisões, liderar, 
resolver conflitos e utilizar conhecimentos adquiridos ao longo da vida acadêmica. 
 
Durante a primeira década do século XXI, a reforma curricular parecia ainda mais complicada, 
devido às novas políticas impostas, visto que houve a aprovação de diversas emendas nas Leis de 
Diretrizes Bases (LDB), incluindo conteúdos considerados obrigatórios nos currículos da educação 
básica. 
I. (F) Os responsáveis por tomar as decisões nas escolas costumam considerar opcionais todas as 
propostas de leis. 
II. (F) O currículo referente ao ensino médio deveria ser sintetizado, se fossem consideradas as emendas 
da LDB. 
III. (V) O Conselho Nacional de Educação (CNE) impôs, para a escolaridade básica, novas Diretrizes 
Curriculares Nacionais (DCN). 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referem-se à proposta curricular recomendada aos 
membros federais. Durante a concepção desses parâmetros, houve a articulação com 
universidades e setores técnicos da educação, mas os outros setores governamentais, órgãos 
normativos e organizações da sociedade civil não estavam trabalhando em cooperação 
coordenada pelo MEC. 
I. A ausência de uma administração da política educacional curricular gerou um tratado nacional acerca 
dos currículos e dos sistemas de ensino. 
PORQUE 
II. Essas dificuldades representam os únicos obstáculos relacionados à determinação do currículo escolar 
brasileiro. 
 
A primeira Lei de Diretrizes Bases (LDB), presente na Constituição de 1946, tem uma trajetória 
considerada extensa dentro do Congresso Nacional. A inovação, anexada pela primeira LDB, que 
tratou da divisão das disciplinas entre obrigatórias e optativas e significou uma regularização 
atualizada para a concepção curricular brasileira, revelou uma ação insignificante rumo à 
descentralização. 
I. O Conselho Federal de Educação (CFE) tem como responsabilidade definir as disciplinas optativas. 
II. Os Conselhos Estaduais de Educação (CEE) têm autoridade para definir as disciplinas obrigatórias a 
serem adotadas pelo Estado. 
III. A lei incluiu o conceito de práticas educativas que podem ser tanto obrigatórias quanto optativas. 
 
SEMANA 7 - O PROFESSOR E O DESENVOLVIMENTO DE UNIDADES DIDÁTICAS NA EDUCAÇÃO 
BÁSICA 
 
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO 
PROFESSOR: • Seleciona e organiza os conhecimentos • Opções metodológicas • Recursos didáticos • 
Transposição didática 
Objetivo = estudante em contato com os objetos de estudo = aprendizagem 
Uma proposta de organização = Unidades Didáticas 
 
Transmissão e assimilação passiva X Reflexão crítica, observação, análise, criatividade 
Ênfase do processo = estudante 
Ensino: formas de organização mais significativas, coesas, usando meios e técnicas que favoreçam a 
participação ativa do estudante, interação com o conhecimento, assimilação ativa dos conteúdos, relação 
com o contexto social vivenciado 
Técnicas de ensino = desenvolver experiências significativas para os estudantes = conhecimentos 
sistematizados sobre o mundo, a natureza, a vida humana 
 
 Considerar condições psicológicas, capacidade de síntese lógica do conhecimento sistematizado 
 Ordenar os conteúdos em torno de pontos unitários significativos de acordo com a capacidade e 
interesses específicos dos alunos 
 Unidades amplas, significativas e coesas 
 
PROPOSTA: Plano de Unidades – Morrison (1931) “Unidade de aprendizagem é entendida como um 
aspecto compreensivo e significativo do ambiente, de uma ciência organizada, de uma arte, ou de uma 
conduta, que, sendo aprendido, resulta numa adaptação da personalidade.” (MORRISON, 1931, p. 24) 
Ensino por Unidades ou Plano Morrison 
 
O conceito de unidade de Morrison (1931) propõe que a experiência vivida pelo estudante e os conteúdos 
de aprendizagem sejam amplos, ricos e homogêneos, com importância para a vida do estudante. O ensino 
precisa garantir o domínio de conhecimentos. Aprendizagens superficiais não levam à estruturação de 
atitudes ou mudanças de comportamento. 
Aprendizagem = permanência do conhecimento. Duração e capacidade de aplicá-lo ao cotidiano. 
“E o que foi realmente aprendido é aquilo que sobreviveu à ação purificadora do esquecimento. O 
aprendido é aquilo que fica depois que o esquecimento faz o seu trabalho.” (ALVES, 2012, p. 70) 
 
UNIDADES DIDÁTICAS 
Ensino por Unidades Didáticas: papel do professor na direção das atividades de aprendizagem, por meio 
do ensino organizado em unidades de matéria. (CARVALHO, 1969) 
Especificidades:  Estudo a partir de um tema ou situação-problema;  Atividades ricas e variadas;  
Atividades inter-relacionadas;  Conteúdos dispostos em unidades;  Contato inicial com o conteúdo 
global e depois com as partes que constituem o todo;  Coleta de dados, elaboração. organização dos 
dados e síntese final;  Conteúdos em torno do problema ou questão;  Material didático rico e variado 
 
“[...] um conjunto ordenado de atividades, estruturadas e articuladas para a consecução de um objetivo 
educativo em relação a um conteúdo correto”. (ZABALLA, 1999, p.193) 
Apresenta conteúdos que podem ser trabalhados e os seus respectivos objetivos educativos, uma 
sequência ordenada de atividades que serão oferecidas aos alunos com o propósito de atingir os 
objetivos; uma avaliação permanente das propostas de ensino e dos processos de aprendizagem que 
ocorrem durante todo o processo de desenvolvimento da unidade. 
“A Unidade Didática contribui para a operacionalização das competências básicas e estabelece o desenho 
curricular, pois tudo deve levar ao desenvolvimento do pensar, do julgar, do agir e do sentir do educando, o 
que está estreitamente ligado ao desenvolvimento de sua racionalidade, do seu espírito lógico, de sua 
capacidade reflexiva.” (CARVALHO, 1978, p. 56) 
 
 Organização da prática docente 
 Contempla um tema central 
 Busca responder: 
 O que ensinar (conteúdo e objetivos) 
 Quando ensinar (sequência das atividades e conteúdos) 
 Como ensinar (tarefas, materiais, metodologia) 
 Como avaliar 
Interação entre formas de ensinar e aprender em um dado contexto 
 
Características fundamentais: • Reais, práticas e úteis; • Definir com clareza os objetivos e as 
aprendizagens a alcançar • Inter-relação metodológica dos elementos • Sequencialidade didática • 
Flexibilidade e revisão constante • Adequada ao contexto sociocultural, pedagógico e à realidade dos 
estudantes • Coerente com as áreas curriculares que integram • Motivadoras, práticas, dinâmicas • 
Adequada ao tempo para realização • Avaliação para adequação 
 
BNCC E UNIDADES TEMÁTICAS 
Currículo Nacional: organizado a partir de aprendizagens fundamentais, no seu conjunto e nas diversas 
áreas que o integram, explicitadas em termos de competências gerais e específicas, com as respectivas 
habilidades, oportunizando experiências de aprendizagem no percurso escolar, ao longo do ensino básico. 
A divisão agora é por unidades temáticas, que consiste na reunião de um conjunto de conteúdo de uma 
mesma temática em uma unidade. 
Na BNCC, essas unidades aparecem em praticamente todos os componentes curriculares ao longo de 
todo o Ensino Fundamental. Por exemplo, a unidade temática “Matéria e Energia” de Ciências aparece do 
1º ao 9º ano, o que muda são os objetos de conhecimento e as habilidades exigidaspara cada etapa. 
 
“Respeitando as muitas possibilidades de organização do conhecimento escolar, as unidades temáticas 
definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às 
especificidades dos diferentes componentes curriculares. Cada unidade temática contempla uma gama 
maior ou menor de objetos de conhecimento, assim como cada objeto de conhecimento se relaciona a um 
número variável de habilidades […]. As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem 
ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.” (BRASIL, 2018, p. 29) 
 
A partir das unidades, o conteúdo trabalhado em um ano pode ser retomado e ampliado nos anos 
seguintes, permitindo que o professor trabalhe novas habilidades em sala de aula. 
Entre os componentes curriculares presentes na BNCC, somente o componente Língua Portuguesa – da 
área de Linguagens – não está estruturado em unidades temáticas. Ou seja, ela se organiza em práticas 
de linguagem (leitura/escuta, produção de textos, oralidade e análise linguística/semiótica), campos de 
atuação, objetos de conhecimento e habilidades. 
 
ENSINO POR UNIDADES: ORGANIZAÇÃO 
Professor acolhe o interesse dos alunos e atua para que se desenvolvam pessoalmente, revisem a 
aprendizagem, exercitem a autoavaliação e aperfeiçoamento constante. 
 
Unidade temática: 
Definem um arranjo dos objetos de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às 
especificidades dos diferentes componentes curriculares. 
Cada unidade temática contempla uma gama maior ou menor de objetos de conhecimento, assim como 
cada objeto de conhecimento se relaciona a um número variável de habilidades. 
 
As expectativas de aprendizagem para cada ano devem ser criadas sobre expectativas anteriores, ao se 
preparar os alunos para competências e conceitos mais desafiadores no ano seguinte 
 
Planejamento: previsão do que poderá ser realizado, mas possui um caráter flexível e adaptável às 
inúmeras situações que circundam o ambiente escolar. 
Demanda tempo, materiais de pesquisa, conhecimento sobre conteúdos, metodologias, recursos e, 
principalmente, conhecimento da realidade dos alunos. 
É tarefa do professor planejar, refletir sobre sua ação, pensar sobre o que faz, antes, durante e depois da 
execução de suas aulas. 
 
PLANEJAR UNIDADES DIDÁTICAS 
Integrar as experiências dos alunos com conteúdos significativos e proporcionar novas experiências de 
aprendizagem 
Ensino por Unidades: estruturar o conteúdo em uma totalidade coerente; promover adaptações de 
aprendizagem, desenvolver experiências e estudos que garantam a aplicação do conteúdo na vida do 
aluno. 
 
ORGANIZAÇÃO: Disposição do conteúdo em unidades: contato com o todo antes de iniciar o estudo das 
partes; Atividades envolvendo etapas de exploração e assimilação para que alunos coletem, organizem e 
analisem dados; Estudo analítico das partes, integração do conhecimento, e síntese do que foi aprendido. 
Objetivos: 
I. Desenvolvimento individual e social do aluno; 
II. Colaboração dos alunos no planejamento da atividade; 
III. Atendimentos individuais e organização das atividades de acordo com necessidades e expectativas 
IV. Articular as quatro dimensões da ação didática: ensinar, aprender, pesquisar, avaliar. (VEIGA, 2004) 
 
Envolve 5 momentos propostos por Morrison (1931): 
I. Exploração: professor levanta conhecimentos dos estudantes sobre o assunto; 
II. Apresentação: professor apresenta o conteúdo de estudo, a relação do todo com as partes, sua 
importância; 
III. Assimilação: estudo pessoal e coleta de dados. O aluno será orientado a construir o entendimento 
sobre o conceito; 
IV. Organização: fixar a aprendizagem e sistematizar novos conhecimentos; 
V. Exposição ou culminância: conteúdo é reelaborado pelo estudante, aperfeiçoando a oralidade e 
escrita através de relatos de experiência, pesquisa, aulas. 
 
Proposta de Morrison articula as dimensões: • Psicológica: articulada ao nível de percepção do aluno; • 
Lógica: estrutura que o conteúdo está situado; • Contextual: realidade do aluno; 
Interdependência entre objetivos, conteúdos, metodologia, recursos e avaliação. 
 
O Ensino:  Sequência de conteúdos em torno de um núcleo temático;  Um mesmo tema pode 
apresentar mais de um conteúdo, estes devem estar relacionados;  Escolha de um eixo para o trabalho 
com os conteúdos;  O eixo escolhido deve estar adequado aos interesses e conhecimentos dos 
estudantes;  A organização dos conteúdos deve favorecer inferências e relações;  Novo conhecimento 
deve ser significativo e relacionar-se aos demais conhecimentos dos estudantes. 
 
A Aprendizagem:  Centrada na atividade do aluno;  Conexão entre objetivos e estudos da realidade;  
Construída a partir da estrutura psicológica e nível de desenvolvimento cognitivo do estudante;  Conflitos 
cognitivos entre conhecimentos prévios e novas aprendizagens. 
 
ORGANIZAÇÃO E CONDUÇÃO 
• Organização fundamentada em uma abordagem política e ideológica do papel social da escola e do 
professor; 
• Realidade como eixo estruturador do ensino e da aprendizagem; 
• Contato com o todo e depois com as partes; 
• Estratégias e recursos utilizados devem ser vinculados à realidade dos estudantes; 
• Processo e produto devem favorecer a aprendizagem; 
• Aluno ativo, construindo autonomia intelectual; 
• Considerar a diversidade cultural, conectando ensino e experiências do estudante; 
• O aluno deve ser capaz de realizar sínteses. 
 
Unidades didáticas integradas ou interdisciplinares 
 
ITENS PARA O PLANEJAMENTO 
 Justificativa: explica o motivo para escolha da organização em unidade didática 
 Diagnóstico: levantar concepções dos estudantes 
 Organização das atividades: descrever as metas educacionais, temas para a pesquisa, plano para a 
pesquisa, recursos e materiais, organização dos estudantes 
 Desenvolvimento do estudo: tempo, local, recursos 
 Apresentação das conclusões 
 Avaliação: como irá acompanhar a aprendizagem dos estudantes e retornar feedbacks (avaliação 
formativa) 
 
O principal objetivo da unidade temática é permitir que o aluno seja capaz de abordar uma matéria, mas 
com base nas diferentes habilidades ou domínios da aprendizagem, como ciências, desenvolvimento da 
linguagem, arte e/ou matemática. 
 
As unidades didáticas configuram uma organização na qual todos os elementos didáticos se articulam em 
um projeto didático contextualizado. Devem ser consideradas uma forma de organização enquanto 
elemento integrador para os elementos didáticos de aula: conteúdo, objetivos, metodologias, recursos e 
avaliação. 
 
A definição de unidade didática remete a uma ideia técnico-didática, fundamentada em uma 
integração de métodos/estratégias como uma maneira pontual de associar a seleção do conteúdo 
programático ao fator tempo. 
I. As unidades didáticas são espaços de organização da esfera didática. 
PORQUE 
II. As unidades didáticas são fundamentadas em características como a estabilidade de seus princípios, 
dispensando revisões constantes. 
A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. 
 
No planejamento de uma unidade didática, devem ser apresentados os conteúdos, os objetivos e 
as competências, considerando as fases de pré-leitura, leitura e pós-leitura. 
I. (F) As atividades de pré-leitura só devem ser incluídas no planejamento se o professor observar que 
sobrará tempo para desenvolvê-las, pois são as de menor importância. 
II. (V) As atividades planejadas para o período de leitura em si favorecem a compreensão dos textos e 
devem se relacionar aos conhecimentos prévios dos alunos, para que haja uma experiência prazerosa e 
compreensível. 
III. (F) As atividades que envolvem a pós-leitura envolvem a avaliação somativa em si, assim, o professor 
verifica se o aluno, de fato, aprendeu ou não. Esse processo exige um papel ativo do professor e passivo 
do aluno. 
 
No Currículo Nacional,há orientações relacionadas aos conteúdos fundamentais a serem 
aprendidos no ensino básico, pensando de modo interdisciplinar. 
I. A denominação “competências essenciais” evidencia os saberes considerados essenciais para que os 
estudantes compreendam os processos apresentados pelas disciplinas. 
II. A gestão do currículo deve ser flexível, pois os processos de ensino e de aprendizagem devem 
coadunar as particularidades de cada estudante, lembrando que cada um apresenta um estilo de 
aprendizagem diferente. 
III. As competências trabalhadas ao longo de todo o percurso da educação básica se relacionam com os 
saberes necessários para possibilitar qualidade de vida a todos os sujeitos. 
 
A relevância da integração didática, como possibilidade metodológica de abordar processos de 
ensino e aprendizagem para áreas específicas, como o ensino da leitura e a formação de leitores, 
foi revelada por investigações acerca do tema. 
I. O avanço no desenvolvimento dos alunos portugueses, na esfera literária do conhecimento, pode ser 
relacionado ao alcance facilitado aos livros. 
PORQUE 
II. O desempenho dos alunos no âmbito literário é alheio às mudanças nos modos de ensinar e à relação 
com os livros em espaço familiar. 
A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa 
 
A Base Nacional Comum Curricular propõe a organização dos conteúdos em grandes temas. Uma 
das formas de organização possíveis que o professor pode utilizar para organizar os conteúdos de 
suas aulas são as unidades didáticas. 
I. O professor constantemente se questiona como ele pode organizar melhor sua aula. 
II. O professor reflete sobre as opções metodológicas que ele pode utilizar em suas aulas. 
III. Uma das funções do professor é realizar o exercício de transposição didática. 
 
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): “Respeitando as muitas possibilidades 
de organização do conhecimento escolar, as unidades temáticas definem um arranjo dos objetos 
de conhecimento ao longo do Ensino Fundamental adequado às especificidades dos diferentes 
componentes curriculares” (BRASIL, 2018, p. 29). O documento, nessa descrição, propõe a 
organização do ensino em: 
Unidades didáticas.

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