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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNOPAR Sistema de Ensino A DISTÂNCIA PEDAGOGIA MICHELE ALINE DA ROCHA DIAS PROJETO DE ENSINO EM Pedagogia Cidade 2020 Cidade 2020 Cidade Cascavel 2024 michele aline da rocha dias PROJETO DE ENSINO EM pedagogia Projeto de Ensino apresentado à UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNOPAR/ CASCAVEL, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia. Docente supervisor: Prof. Nathalia Barbosa Limeira CASCAVEL 2024 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1 TEMA 4 2 JUSTIFICATIVA 6 3 PARTICIPANTES 8 4 OBJETIVOS 9 5 PROBLEMATIZAÇÃO 10 6 REFERENCIAL TEÓRICO 11 7 METODOLOGIA 16 8 CRONOGRAMA 17 9 RECURSOS 18 10 AVALIAÇÃO 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 REFERÊNCIAS 22 INTRODUÇÃO Os jogos e as brincadeiras são essenciais em todas as fases da vida humana. Considerando que não se tratam de simples entretenimentos, esta pesquisa tem como propósito investigar como essas atividades vêm sendo desenvolvidas na prática escolar da Educação Infantil, assim como suas influências no desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor das crianças. O mundo em que elas vivem é descoberto através de jogos de diversos tipos, que vão desde os mais simples de encaixe até as mais curiosas brincadeiras folclóricas. Para a criança, o jogo é um exercício e uma preparação para a vida adulta. É por meio das brincadeiras, dos movimentos, da interação com objetos e com outras crianças que ela desenvolve suas potencialidades, descobrindo diversas habilidades. Nossa pesquisa visa investigar como os jogos e brincadeiras têm sido aplicados na prática educativa da Educação Infantil. Jogos e brincadeiras na prática escolar facilitam o aprendizado, pois despertam a criatividade, atraem o aluno para a escola, auxiliam o professor na motivação, favorecem a autoaprendizagem, a exploração e a investigação, e, dessa forma, contribuem para a construção do conhecimento. Assim, podemos considerar que brincar é uma das maneiras mais divertidas e eficazes de ensinar. A abordagem do tema se justifica pela necessidade de pesquisarmos sobre a real influência dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor dos alunos na Educação Infantil, e verificar como tem sido a formação dos educadores no que se refere a dar suporte à formação lúdica dos educandos. Acreditamos que a criança, ao interagir com o outro, aprende melhor brincando, e, diante disso, sabemos que os jogos e brincadeiras proporcionam a aquisição de novos conhecimentos, desenvolvem habilidades de forma natural e agradável, permitindo assim a autodescoberta, a formação da autoconfiança e do senso. 7 TEMA Este projeto de Ensino explora a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, destacando a relevância dessas atividades para o desenvolvimento integral das crianças. Os jogos e as brincadeiras não são apenas atividades de lazer, mas ferramentas essenciais que desempenham um papel vital em todas as etapas do desenvolvimento humano, desde os primeiros anos de vida até a fase adulta. Considerando que essas atividades vão além de simples entretenimento, este estudo se propõe a investigar de que maneira elas estão sendo integradas ao cotidiano escolar na educação infantil, além de analisar suas influências no desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor das crianças. No ambiente escolar, os jogos e as brincadeiras representam mais do que momentos de descontração; eles são oportunidades valiosas para o aprendizado e a socialização. O mundo das crianças é descoberto e compreendido por meio dessas atividades, que variam de jogos simples de encaixe, que estimulam a coordenação motora e o raciocínio lógico, até brincadeiras folclóricas, que promovem o conhecimento cultural e o senso de pertencimento à comunidade. Esses jogos permitem que as crianças experimentem, criem, explorem e aprendam de forma ativa e participativa. Além disso, o ato de brincar é crucial para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Ao interagirem com seus colegas durante as brincadeiras, elas aprendem a compartilhar, a respeitar as regras, a lidar com frustrações e a trabalhar em equipe, habilidades essenciais para a vida em sociedade. Através do jogo, a criança não apenas se prepara para a vida adulta, mas também constrói sua identidade e autoestima, desenvolvendo autoconfiança e um senso de competência. As brincadeiras também proporcionam um ambiente onde as crianças podem expressar suas emoções e experimentar diferentes papéis e situações, contribuindo para o desenvolvimento da empatia e do entendimento do mundo ao seu redor. Cada movimento, cada interação com objetos e com outras crianças, cada brincadeira, é uma oportunidade de aprendizagem, onde a criança pode descobrir e expandir suas habilidades naturais. Assim, este projeto reforça a ideia de que o brincar não é apenas um momento de recreação, mas uma atividade educativa essencial, que deve ser incentivada e valorizada na prática pedagógica da educação infantil. Com base nisso, a pesquisa se debruça sobre as práticas atuais nas escolas, buscando compreender como os educadores estão utilizando os jogos e as brincadeiras para promover um desenvolvimento infantil mais pleno e significativo. JUSTIFICATIVA A partir da Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que estabelece a inclusão de crianças de 6 anos no Ensino Fundamental, surgiram muitos questionamentos e reflexões na área da educação sobre o currículo escolar e a forma como ele é elaborado para esse público. Sob a perspectiva de pedagogos em formação, torna-se imprescindível a busca por um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto, pois as crianças nessa faixa etária encontram-se em uma fase crucial de suas vidas, onde o brincar é uma atividade predominante e essencial. O desenvolvimento e a aprendizagem dessas crianças ocorrem constantemente dentro desse ambiente lúdico, e é lamentável privá-las desse direito tão importante. Essa questão ganha ainda mais relevância quando consideramos a necessidade de repensar a educação destinada a esse público infantil, que foi recentemente integrado ao Ensino Fundamental. O objetivo é garantir um ensino de qualidade, que seja envolvente, prazeroso e que contribua para a formação integral do indivíduo. É necessário que a educação nesta fase seja capaz de preservar a essência da infância, respeitando a importância do lúdico no processo de aprendizagem. A utilização de jogos no ensino, especialmente em disciplinas como matemática, por exemplo, tem se mostrado uma estratégia eficaz para ajudar as crianças a compreender e internalizar melhor alguns conteúdos que, muitas vezes, de forma tradicional, poderiam ser de difícil assimilação. Os jogos educativos criam um ambiente onde a criança pode explorar conceitos e habilidades de maneira interativa e envolvente, o que facilita o aprendizado de forma significativa. "Através do jogo, a criança fornece informações e o jogo pode ser útil para estimular o desenvolvimento integral da criança e trabalhar conteúdos curriculares". (FRIEDMANN, 1996, p. 17) Além disso, ao incorporar o lúdico no currículo, os educadores não apenas respeitam o direito das crianças de aprender brincando, mas também promovem um ambiente de aprendizagem que valoriza a criatividade, a curiosidade e a motivação intrínseca. Isso resulta em uma educação que não apenas cumpre seu papel instrutivo, mas também forma indivíduos mais completos, capazes de pensar criticamente, resolver problemas de maneira inovadora e interagir de forma colaborativa com seus pares. Em última análise, a inclusão de jogos e brincadeiras no processo educativo para crianças de 6 anos no Ensino Fundamental não deve ser vista como uma mera estratégia pedagógica, mas como um compromisso com a qualidade da educação infantil, assegurando que o processo de aprendizagem seja prazeroso, significativo e alinhado com as necessidades e características dessa fase da vida. Desta forma, a educação se torna não apenas um caminho parao conhecimento, mas também uma experiência de vida enriquecedora e transformadora. PARTICIPANTES Este plano de ensino foi desenvolvido com o objetivo de apoiar os professores em sua prática pedagógica em sala de aula. Busca-se proporcionar uma aula extremamente agradável e não apenas um momento de relaxamento, para que os alunos se sintam confortáveis e possam aprender cada vez mais por meio de brincadeiras, rompendo com a rotina exaustiva de uma sala de aula tradicional. OBJETIVOS · Investigar como os jogos e brincadeiras têm sido implementados na prática pedagógica da educação infantil. · Verificar fatores que contribuem para a construção do conhecimento, por meio dos jogos e brincadeiras. · Compreender a importância da formação docente no que diz respeito à aplicação de jogos e brincadeiras. · Identificar as teorias relacionadas a jogos e brincadeiras. PROBLEMATIZAÇÃO O presente trabalho visa refletir sobre o assunto por meio de pesquisa bibliográfica de autores renomados, como Piaget, Wallon, Maria Montessori, Vygotsky, Froebel, entre outros. É importante reconhecer e levantar as legislações que envolvem a inserção da criança de 6 anos no primeiro ano do ensino fundamental, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que já previa o ensino de 9 anos, além da Lei de 6 de fevereiro de 2006, que por fim regulamenta o anteriormente previsto. Ainda, como essa criança consegue aprender, evidenciando as etapas de aprendizagem pelas quais passa, na visão de autores como Piaget e Vygotsky. Infelizmente, sabemos que muitas escolas não se adequaram a esse padrão lúdico nas fases iniciais, e as crianças muitas vezes se estressam muito cedo por causa dos conteúdos maçantes e tradicionais, muitas vezes por falta de materiais lúdicos nas escolas públicas ou pela própria falta de atualização dos professores. Como Montessori destaca, as crianças precisam ver, ouvir e captar do ambiente os elementos necessários ao início de sua estruturação mental, apropriando-se deles (Montessori, p. 99). REFERENCIAL TEÓRICO Jogos e brincadeiras são essenciais na vida da criança, pois, por meio deles, ela experimenta novos movimentos, entende o vencer e o perder, aprende a colaborar com o outro e consegue assimilar conceitos fundamentais para a aprendizagem. Ao ar livre, dentro ou fora das salas de aula, em forma de gincanas ou jogos, brincadeiras são sempre bem-vindas tanto em momentos de recreação quanto em situações de aprendizagem. Partindo deste pressuposto, faz-se necessário um estudo detalhado sobre os jogos e brincadeiras na educação infantil, pois na teoria que embasa o brincar, há uma grande confusão sobre o significado das palavras brinquedo, brincadeira e jogo. Nos dicionários, os significados são os seguintes:* Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) simbolizam uma proposta que tem por objetivo orientar, de maneira coerente, as múltiplas políticas educacionais existentes nas diferentes áreas territoriais do país, contribuindo para a melhoria da eficiência, atualização e qualidade de nossa educação, visando também a uma concepção de cidadania que alinhe o aluno, e consequentemente o cidadão, à realidade do mundo contemporâneo. Dessa forma, representam um referencial para promover a reflexão sobre os currículos estaduais e municipais, garantindo assim a melhoria do ensino, socializando discussões e pesquisas sobre estratégias e procedimentos de ensino. Percebe-se, portanto, que a orientação proposta nos PCN's está baseada nos princípios construtivistas e se apoia em um modelo de aprendizagem que reconhece a participação ativa do aluno, a intervenção do professor nesse processo e a escola como um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos e o desenvolvimento de habilidades operatórias favorecem a inclusão do aluno na sociedade que o cerca, ampliando assim seu universo cultural. Para que essa proposta se concretize e se transforme em uma realidade, é necessária a interação do sujeito com o objeto a ser conhecido. É a partir dessa interação que os jogos e brincadeiras ganham um papel importante, pois são eles que viabilizam a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos de sua aprendizagem, cabendo ao professor ser apenas um mediador e conhecedor do momento oportuno para utilizar essa atividade lúdica. Contudo, os PCN's não constituem uma linha educacional impositiva, mas sim um conjunto de proposições que buscam estabelecer referências a partir das quais a educação possa progressivamente se transformar em um processo de construção de cidadania. Já o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), em seus três volumes, aborda a todo momento a importância da utilização dos jogos e brincadeiras no contexto escolar. Tanto que, nos Objetivos Gerais da Educação Infantil, espera-se que as crianças desenvolvam a capacidade de "brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades" (RCNEI, 1998, v. 1, p. 63). É através dos jogos, das brincadeiras e do ato de brincar que a criança tem a oportunidade de experimentar o mundo no plano da imaginação, utilizando a linguagem simbólica e internalizando, assim, uma compreensão sobre os diversos conhecimentos, sentimentos e pessoas, estabelecendo vínculos entre as características presentes no papel assumido pela criança, suas relações com outros papéis, generalizando para outras situações que possam vir a ocorrer e construindo novos significados. No entanto, cabe ao professor a capacidade de escolher as brincadeiras, os jogos, estruturá-los e aplicá-los, tanto para as crianças de zero a três anos, onde, por exemplo, as brincadeiras de "faz-de-conta" (que utilizam principalmente a imitação), as de "manipular objetos e brinquedos" e as de "esconder e achar" são predominantes nessa faixa etária. Já para as crianças de quatro a seis anos, que escolhem seus parceiros, os objetos, temas, locais e que querem brincar, como por exemplo, as brincadeiras de faz-de-conta, de casinha, pular corda, jogos sonoros — musicais, de regras, de construção, entre outros, estão presentes nessa faixa etária. Portanto, a criança é um ser social que, desde o seu nascimento, possui capacidades afetivas, emocionais e cognitivas, e quando está realizando atividades lúdicas, como os jogos e brincadeiras, experimenta e entra em contato com sujeitos e recursos diferentes, ampliando suas relações sociais, desenvolvendo, sistematizando e transformando os conhecimentos. Logo, as atividades lúdicas propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis, sendo de suma importância que as escolas e seus professores vejam e utilizem os jogos e as brincadeiras de maneira permanente, com um objetivo estabelecido e fundamentado, e não como um simples passatempo divertido. Nesse contexto, o jogo ganha um enorme espaço como ferramenta ideal de aprendizagem, por isso é que a maioria dos filósofos, sociólogos e antropólogos compreendem o jogo como uma atividade lúdica fundamental no desenvolvimento da criança. Para o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), educar é provocar atividade, ou seja, estimular a busca do conhecimento para o próprio desenvolvimento da criança. Muitas dúvidas persistem entre educadores que procuram associar o jogo à educação, embora as pesquisas em torno do jogo tenham surgido no início deste século, e sua intensidade tenha variado conforme as mudanças políticas e sociais de cada contexto. O ressurgimento das pesquisas psicológicas sobre o jogo infantil nos anos 70 foi em grande parte estimulado por Piaget, em sua obra "A formação do símbolo na criança" (1978). Seguindo uma orientação cognitiva, Piaget analisa o jogo integrando-o à vida mental, caracterizado por uma particular orientação do comportamento da criança, denominada de assimilação. *Para Piaget, cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio entre duas tendências: assimilação e acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações dentro de formas de pensamento, que constituem as estruturasmentais organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Assim, podemos notar que, no ato de inteligência, o sujeito adapta-se às exigências do ambiente externo, enquanto ao mesmo tempo mantém sua estrutura mental intacta. O brincar, neste caso, é identificado pelo ato da assimilação sobre a acomodação, ou seja, o sujeito assimila fatos e objetos ao seu "eu" e suas estruturas mentais.* *Com o aparecimento do jogo simbólico, a criança ultrapassa a simples satisfação da manipulação. Ela assimila a realidade externa ao seu "eu", fazendo distorções ou transposições. Da mesma forma, o jogo simbólico é usado para encontrar satisfação fantasiosa por meio de compensação, superação de conflitos e preenchimento de desejos. Quanto mais avança em idade, mais caminha para a realidade. Piaget aborda a importância do jogo infantil no desenvolvimento cognitivo da criança, afirmando que: "O infantil é simplesmente a expressão de uma das fases dessa diferenciação progressiva: é o produto da assimilação, dissociando-se da acomodação antes de se reintegrar nas formas de equilíbrio permanente que dele farão seu complemento, ao nível do pensamento operatório ou racional. É nesse sentido que o constitui o polo extremo da assimilação do real ao eu, tanto como participante, como assimilador, daquela imaginação criadora que permanecerá sendo o motor de todo pensamento interior e mesmo da razão" (Piaget, 1975, p. 207). Segundo Vygotsky, a essência da brincadeira é a criação de uma nova relação entre situações do pensamento real, criando assim uma "zona de desenvolvimento proximal", onde a criança se comporta além do seu comportamento habitual e correto para sua idade. A criança se desenvolve através da atividade de brincar, com isso, a brincadeira pode ser vista como uma atividade condutora que determina seu desenvolvimento. Neste sentido, Vygotsky afirma que "o que na vida real passa despercebido pela criança, torna-se uma regra de comportamento no brinquedo" (Vygotsky, 1989, p. 108). *Ao formular o conceito de "zona de desenvolvimento proximal", Vygotsky deixa claro que o bom ensino é aquele que tem como objetivo estimular a criança a atingir um nível de compreensão e habilidades que ainda não domina completamente, extraindo dela um novo conhecimento, permitindo delinear o futuro imediato do educando e seu estado dinâmico de desenvolvimento, proporcionando o acesso não só ao que foi atingido, mas também àquilo que está em processo de maturação, ou seja, o que irá atingir. *A partir das ideias de Vygotsky, percebemos que ensinar à criança o que já é de seu conhecimento acabará gerando uma desmotivação que, consequentemente, irá prejudicá-la a ir além de sua capacidade. Daí surge a necessidade de as escolas encararem os jogos e brincadeiras como uma atividade lúdica "séria", pois, através deles, poderá aguçar a curiosidade do educando, ampliando assim seus conhecimentos de uma forma mais prazerosa e social. Enquanto se divertem em um mesmo ambiente, as crianças nem imaginam que estão se conhecendo, aprendendo e descobrindo o mundo em que vivem. Diante da realidade na qual predomina a industrialização, muitos estudiosos apontam que os setores produtivos estão disponibilizando brinquedos na área educacional, dando maior destaque para tais produtos. Brincar não significa perda de tempo, nem é uma forma de preenchimento de tempo, mas uma maneira de colocar a criança frente a frente com o objeto, embora nem sempre a brincadeira envolva um objeto. O brinquedo possibilita o METODOLOGIA A partir do tema "Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil", vamos realizar uma atividade para as crianças do maternal. Essa atividade será desenvolvida em sala de aula. Os alunos deverão ser organizados em grupos de três participantes. Os integrantes do grupo devem fazer um sorteio para decidir quem começará a jogada. · O tabuleiro deve ficar colocado no centro. · As fichas com as palavras devem estar com as faces voltadas para baixo. · Em cada rodada, um participante tira uma ficha e lê para o grupo. · Cada integrante deve identificar a classificação da palavra (oxítona, paroxítona ou proparoxítona). · Quem acertar a classificação avança uma casa no tabuleiro. · Vence quem completar a volta no tabuleiro em primeiro lugar. CRONOGRAMA MESES ETAPAS JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO LEVANTAMENTO DO TEMA E DO PROBLEMA X LEVANTAMENTO BIBLIOGRAFICO X X X LEITURA E REALIZAÇÃO DE FICHAMENTOS X X X X X APRESENTAÇÃO E FINALIZAÇÃO DO PROJETO X X RECURSOS Este projeto foi realizado em cinco dias com cinco turmas diferentes. Foi desenvolvido um trabalho de investigação com a professora de uma turma do 2º ano do Ensino Fundamental I, que conta com 25 alunos na sala de aula pesquisada. No momento da coleta, as crianças tinham idades entre 6 e 7 anos. A escola faz parte da rede privada da cidade de Belo Horizonte, e o projeto também envolveu a coordenadora desse nível de ensino. A escolha da escola foi intencional, pois se buscou verificar de que modo o lúdico é tratado em uma instituição que atende a um público bastante comum. Materiais utilizados: * Três marcadores * Um tabuleiro * Fichas de palavras AVALIAÇÃO Os conteúdos abordados aqui têm um valor imensurável para a vida de um indivíduo. A capacidade de pensar de forma crítica e encontrar soluções para os desafios que surgem é uma das habilidades mais valiosas que uma pessoa pode desenvolver. Por meio desse aprendizado, estamos formando indivíduos capazes de construir seu próprio conhecimento, o que os torna aptos a transformar o ambiente ao seu redor. Isso não apenas lhes confere autonomia, mas também os capacita a influenciar positivamente a sociedade, promovendo mudanças significativas em diversos contextos. Além disso, essa capacidade de reflexão e resolução de problemas contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e intelectuais, que são essenciais para o sucesso em diferentes áreas da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos objetivos propostos nesta pesquisa, constatamos que todos foram atingidos, comprovando que a motivação para brincar é essencial para a própria atividade. Mesmo sem a intenção explícita de aprender, quem brinca acaba adquirindo conhecimento, pois também se aprende a brincar. Como uma construção social, a brincadeira está intrinsecamente ligada ao aprendizado, já que os brinquedos e o ato de brincar simultaneamente narram a história da humanidade e dela participam diretamente. Isso demonstra que brincar é algo aprendido, e não uma predisposição inata do ser humano. Dessa forma, percebe-se a necessidade de o educador incorporar o brincar em um projeto educativo, o que implica uma intencionalidade, ou seja, ter metas claras e a consciência da importância de sua atuação no desenvolvimento e na aprendizagem infantil. Nesse contexto, o jogo assume um papel significativo como ferramenta ideal de aprendizado, razão pela qual a maioria dos filósofos, sociólogos e antropólogos vê o jogo como uma atividade lúdica fundamental para o desenvolvimento da criança, e não apenas como um simples passatempo. Durante nossa pesquisa, observamos que, atualmente, os jogos e brincadeiras têm conquistado um espaço importante na área educacional, sendo reconhecidos como ferramentas ideais para o desenvolvimento integral da criança. Dessa forma, os jogos e brincadeiras na escola estão se tornando algo sério, pois desenvolvem, estimulam e enriquecem a personalidade do aluno; ajudam-no a fazer novas descobertas e simbolizam um instrumento pedagógico que transforma o professor em um mediador, incentivador e avaliador da aprendizagem. Tanto se discute a relevância dos jogos e brincadeiras em sala de aula que não podemos deixar de mencionar o faz-de-conta, que também desempenha um papel crucial no desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor da criança. Graças a essa prática, a criança pode imaginar, imitar, criar ou brincar simbolicamentee, assim, gradualmente, reconstruir em esquemas verbais ou simbólicos tudo o que desenvolveu em seus primeiros anos de vida. Com isso, a criança amplia seu mundo, aprimorando seus conhecimentos além de seu próprio corpo; pode encurtar tempos, expandir espaços, substituir objetos e criar acontecimentos. Além disso, é capaz de adentrar o universo de sua cultura ou sociedade, aprendendo costumes, regras e limites fundamentais para o desenvolvimento humano. REFERÊNCIAS 1. BANDET, Jeanne; SARAZANAS, Réjane. *A criança e os brinquedos*. 2. ed. São Paulo: Estampa, 1972. 165 p. 2. BRASIL. *Parâmetro Curricular Nacional*. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. v. 1, Introdução, 136 p. 3. BRASIL. *Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil*. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1, 104 p. 4. PIAGET, Jean. *A explicação do jogo. In: PIAGET, Jean. **A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação*. Tradução Álvaro Cabral e Christiano Monteiro Oiticica. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. Cap. VI, p. 188-216. 5. VYGOTSKY, L. S. *A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores*. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168 p 6. *CUNHA, Nylse Helena Silva. **Brincar, pensar e conhecer: brinquedos, jogos e atividades*. 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