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<p>Alanne Paula I 7E</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>➞ Tipo de doença cardiovascular mais</p><p>prevalente em adultos – causada principalmente</p><p>pelo acúmulo de placas de gordura na túnica</p><p>íntima do vaso;</p><p>➞ A aterosclerose é caracterizada pelo acúmulo</p><p>de lipídeos, elementos fibrosos e inflamatórios,</p><p>especialmente de resposta à injúria endotelial</p><p>vascular, podendo resultar da interação de várias</p><p>forças, incluindo anormalidades metabólicas e</p><p>nutricionais:</p><p>➞ A Síndrome Coronariana aguda (SCA) é o</p><p>processo que ocorre devido à desproporção</p><p>entre oferta e demanda de oxigênio ao miocárdio,</p><p>gerando um cenário propício para a isquemia,</p><p>geralmente em consequência de ruptura de uma</p><p>placa de ateroma presente nas artérias coronárias</p><p>e trombose secundária;</p><p>➞ Diante disso, o sintoma preponderante desse</p><p>quadro consiste na dor precordial, também</p><p>chamada de angina, geralmente descrita como</p><p>sensação em aperto no tórax, retroesternal, de início</p><p>súbito, aos mínimos esforços ou em repouso;</p><p>➞ O processo de ruptura da placa</p><p>aterosclerótica pode resultar na:</p><p> SCACSST:</p><p>o Formação de um trombo oclusivo</p><p>da luz do vaso, tipicamente</p><p>produzindo supradesnivelamento</p><p>de ST no eletrocardiograma;</p><p>o Infarto agudo do miocárdio CSST.</p><p> SCASSST:</p><p>o Formação de um trombo não</p><p>oclusivo, mas que obstrui a luz do</p><p>vaso, reproduzindo (ou não)</p><p>infradesnivelamento de ST no</p><p>eletrocardiograma;</p><p>o Angina instável ou infarto agudo do</p><p>miocárdio SSST.</p><p>FATORES DE RISCO:</p><p>MODIFICÁVEIS NÃO-MODIFICÁVEIS</p><p>Dislipidemia;</p><p>Idade;</p><p>Hipertensão arterial;</p><p>Sexo;</p><p>Alanne Paula I 7E</p><p>Diabetes Mellitus;</p><p>História familiar de</p><p>DAC;</p><p>Síndrome metabólica;</p><p>História familiar de</p><p>Doença</p><p>Aterosclerótica.</p><p>Obesidade;</p><p>Tabagismo e etilismo;</p><p>Sedentarismo.</p><p>ANGINA ESTÁVEL X INSTÁVEL:</p><p>➞ ESTÁVEL:</p><p> Síndrome cardíaca caracterizada por dor ou</p><p>desconforto em qualquer região do tórax,</p><p>epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou</p><p>MMSS;</p><p> Tipicamente desencadeada ou agravada</p><p>com atividade física ou estresse emocional</p><p>– normalmente curta e alivia com repouso;</p><p> Acomete portadores de DAC com</p><p>comprometimento de pelo menos uma nas</p><p>artérias coronárias;</p><p>➞ INSTÁVEL:</p><p> Denominada de “angina pré-infarto”;</p><p> Interrupção parcial do fluxo sanguíneo</p><p>(isquemia) - surge repentinamente;</p><p> Os sintomas aumentam de frequência e</p><p>gravidade, podem não ser aliviados com</p><p>repouso nem com uso de nitratos.</p><p>INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM):</p><p>➞ Causado por oclusão TOTAL da artéria</p><p>coronária;</p><p>➞ Os mecanismos envolvidos incluem a rotura da</p><p>placa aterosclerótica com formação de trombo</p><p>oclusivo no local;</p><p>➞ Ocorre destruição permanente de uma área</p><p>miocárdica;</p><p>➞ Dor torácica >20min;</p><p>➞ Níveis séricos de troponina acima do percentil</p><p>99.</p><p>Derivação ➞ Parede ➞ Artéria</p><p>QUADRO CLÍNICO SCA:</p><p>➞ Angina> com sensação de aperto na região do</p><p>tórax, podendo irradiar para o epigástrio,</p><p>mandíbula, ombro, dorso ou MMSS;</p><p>➞ Pode haver sensação de parestesia no membro</p><p>superior esquerdo;</p><p>➞ O paciente geralmente não associará a dor aos</p><p>movimentos respiratórios e não indicará um ponto</p><p>específico doloroso, porque a dor isquêmica</p><p>consiste em uma dor visceral, a qual não envia</p><p>sinais neurológicos de dor localizada, mas sim de</p><p>dor difusa;</p><p>➞ Pode acontecer taquipneia, náuseas, vômitos, bem</p><p>como elevação da PA;</p><p>➞ Pacientes diabéticos podem ter manifestações</p><p>atípicas, sem presença de dor torácica;</p><p>➞ Sinal de Levine:</p><p> Paciente levemente curvado devido à</p><p>dor anginosa e com o punho na região</p><p>do coração.</p><p>EXAMES DIAGNÓSTICOS:</p><p>➞ ELETROCARDIOGRAMA DE 12 DERIVAÇÕES:</p><p>Alanne Paula I 7E</p><p> Deve ser realizado em até 10min, para auxiliar</p><p>de forma precisa na classificação;</p><p> Se houver disponibilidade, o ECG deve ser</p><p>realizado antes da chegada ao serviço</p><p>de emergência, uma vez que o supra de ST</p><p>pode leva-lo ao atendimento prioritário.</p><p> Avaliar se há a presença de supra ou</p><p>infra de ST;</p><p> IAMCSST:</p><p>O supra de ST é tão grave porque consiste no</p><p>sinal elétrico de um coração cujo ramo coronário</p><p>está obstruído por completo (geralmente),</p><p>configurando o IAMCSST!</p><p> A ausência de supra de ST, e presença de</p><p>infra, quando compatível com SCA,</p><p>configura 2 possíveis quadros: infarto sem</p><p>supra de ST ou angina instável;</p><p> IAMSST:</p><p>No IAMSST, o eletro pode apresentar uma onda</p><p>T apiculada, em segundos ou minutos após o</p><p>início do quadro.</p><p>➞ MARCADORES BIOLÓGICOS:</p><p> No momento da chegada, devem ser</p><p>dosados os níveis séricos dos marcadores</p><p>de necrose do miocárdio;</p><p>ENZIMAS INÍCIO DE</p><p>ELEVAÇÃO</p><p>NORMALIZAÇÃO</p><p>CK- MB</p><p>3-6h</p><p>3 a 4 dias</p><p>MIOGLOBINA</p><p>1-3h</p><p><24h</p><p>TROPONINA</p><p>3-6h</p><p>3 semanas</p><p> Nos casos de angina instável – marcador</p><p>negativo.</p><p>➞ ECOCARDIOGRAFIA TRANSESOFÁGICA:</p><p> Para avaliar a função ventricular, detectar</p><p>a presença de movimento hipocinético e</p><p>acinético da parede, para determinar a</p><p>frequência de ejeção da (FE)</p><p>Alanne Paula I 7E</p><p>TRATAMENTO:</p><p>➞ O tratamento inicial inclui repouso e</p><p>monitoramento via ECG;</p><p>➞ TROMBOLÍTICOS – fibrinólise;</p><p>➞ A dor anginosa deve ser tratada com morfina, se</p><p>não houver hipotensão ou com a administração de</p><p>nitrato;</p><p>➞ CATETERISMO – angioplastia:</p><p> É a inserção de um cateter por meio de</p><p>uma entrada arterial, guia-se o dispositivo</p><p>até o ponto coronariano acometido, infla-</p><p>se um balão, a fim de desobstruir a artéria,</p><p>e firma-se a abertura do vaso com um</p><p>stent, que impede a retração elástica do</p><p>vaso pós-balonamento.</p><p> Caso o paciente consiga ser encaminhado</p><p>para a sala de hemodinâmica do hospital</p><p>para realizar o cateterismo em até 90 minutos</p><p>após a sua chegada no serviço de</p><p>emergência;</p><p> A angioplastia primária consiste em um</p><p>tratamento superior à terapia fibrinolítica,</p><p>uma vez que estudos demonstram que ela</p><p>traz consigo menores índices de</p><p>mortalidade, reinfarto e AVC.</p><p>➞ REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO:</p><p> Tem como objetivo melhorar o fluxo</p><p>sanguíneo para o músculo cardíaco em</p><p>pessoas que apresentam estreitamentos ou</p><p>"bloqueios" importantes das artérias que</p><p>nutrem o coração;</p><p> A ponte de safena é a mais tradicional e</p><p>envolve a retirada de um ou mais</p><p>segmentos de veia safena da perna,</p><p>seguida de anastomose de uma das</p><p>pontas à parede da aorta e costura da</p><p>outra ponta ao segmento de artéria</p><p>coronária subsequente ao local da</p><p>obstrução, realizando, assim, um desvio;</p><p> A artéria mamária interna, localizada no</p><p>tórax, também pode ser utilizada, neste</p><p>caso, realiza-se apenas uma anastomose,</p><p>pois o sangue flui naturalmente da aorta,</p><p>para um de seus ramos e daí, para a</p><p>artéria mamária interna, É a chamada</p><p>“ponte mamária”.</p><p>PRINCIPAIS OBJETIVOS E CUIDADOS GERAIS DO</p><p>ENFERMEIRO:</p><p>➞ Preservar a vida;</p><p>➞ Promover recuperação;</p><p>➞ Evitar pioras – choque cardiogênico;</p><p>➞ Monitorizar o paciente;</p><p>➞ Observar sinais de desconforto;</p><p>➞ Oxigenoterapia;</p><p>Alanne Paula I 7E</p><p>➞ Realizar ECG nos primeiros 10min;</p><p>➞ Verificar SSVV;</p><p>➞ Manter ambiente tranquilo e repouso no leito;</p><p>➞ Administrar medicamentos conforme prescrição.</p><p>DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM:</p><p> Perfusão ineficaz do tecido miocárdico,</p><p>relacionado com o fluxo sanguíneo coronário</p><p>reduzido;</p><p> Ansiedade de morte relacionada com o</p><p>evento cardíaco;</p><p> Déficit de conhecimento sobre o</p><p>autocuidado pela SCA.</p><p>DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA DOR TORÁCICA:</p>