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APG 24 Diabetes Mellitus 2 1 🍬 APG 24 - Diabetes Mellitus 2 Created Tags Referências Bibliográficas: Medcurso Medcel Definição Doença metabólica crônica caracterizada por: Resistência periférica à insulina com associação ao longo do tempo à disfunção progressiva das células beta (exaustão secretória); Hipoinsulinismo relativo porque a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas diminui ao longo dos anos; Obesidade + sedentarismo + susceptibilidade genética Classificação da Diabetes Pré-Diabetes Glicemia de jejum entre 100125 mg/dl Glicemia 2h após o TOTG75 entre 140199 mg/dl Hemoglobina glicada HbA1C entre 5,76,4%. Diabetes Mellitus tipo 1 Destruição primária das células beta das ilhotas pancreáticas Hipoinsulinismo absoluto Classificação Tipo 1A Imunomediado 90% da DM1 April 23, 2024 348 PM APG 24 Diabetes Mellitus 2 2 Comum Juvenil LADA Diabetes autoimune latente do adulto 30 anos progressão lenta do déficit de insulina → décadas até a destruição completa das células beta das ilhotas pancreáticas Incomuns Síndrome da pessoa rígida Síndrome de resistência à insulina tipo B (por anticorpos antirreceptor de insulina) Tipo 1B Idiopático → raro, ocorre em asiáticos e negros Diabtes Mellitus tipo 2 Resistência periférica à insulina com associação ao longo do tempo à disfunção progressiva das células beta (exaustão secretória) Hipoinsulinismo relativo obesos; 45 anos O diagnóstico diferencial entre DM1 e DM2 DEVE SER CONSIDERADO apenas em bases clínicas. Exames complementares específicos só são necessários quando há dúvidas em realação ao diagnóstico. Diabetes gestacional Intolerância à glicose diagnosticada na gestação que não atende os critérios diagnósticos para pacientes não grávidas quando os critérios de DM para pacientes não grávidas são observados na gestação há DM verdadeira Diabetes Mellitus secundárias Secundárias a defeitos monogênicos na função das células ß pancreáticas MODY Mature Onset Diabetes of the Young) APG 24 Diabetes Mellitus 2 3 Forma hereditária de DM em que crianças e adolescentes desenvolvem precocemente um quadro parecido com o DM tipo 2, exceto pelo fato de NÃO haver obesidade Com frequência, há pelo menos três gerações acometidas numa mesma família (abrindo o quadro antes de 25 anos de idade) Já foram identificados vários subtipos de MODY, todos consistindo em defeitos monogênicos (de transmissão autossômica dominante) que interferem no mecanismo de secreção de insulina pela célula beta Estima-se que 25% dos diabéticos classificados como DM tipo 2, e cerca de 10% dos DM tipo 1, sejam, na realidade, portadores de MODY, mas sua verdadeira prevalência ainda não é conhecida Diabetes neonatal transitório ou permanente Diabetes mitocondrial Secundária a efeitos genéticos na ação da insulina Síndrome de resistência à insulina tipo A Leprechaunismo Síndrome de Rabson-Mendenhall Diabetes lipoatrófico Secundárias a doenças do pâncreas exócrino Pancreatite Trauma ou pancreatectomia Neoplasia pancreática Fibrose cística Hemocromatose Pancreatopatia fibrocalculosa Secundárias a endocrinopatias Acromegalia APG 24 Diabetes Mellitus 2 4 Síndrome de Cushing Glucagonoma Feocromocitoma Hipertireoidismo Somatostatinoma Aldosteronoma Secundárias a drogas (quimicamente induzido) Vacor Piriminil - raticida com potencial para destruir célula Beta) Pentamidina Ácido nicotínico Glicocorticoides Hormônio de tireóide Diazóxido Agonista ß adrenérgico Tiazídicos Difenilhidantoina Interferon Y Secundárias a infecções Rubéola congênita Citomegalovírus Secundárias a síndromes genéticas Porfiria Distrofia miotônica Coreia de Huntington Síndrome de Laurence-Moon-Biedl Ataxia de Friedreich Síndrome de Prader Willi APG 24 Diabetes Mellitus 2 5 Síndrome de Wolfram Síndrome de Turner Síndrome de Klinefelter Síndrome de Down Epidemiologia Maior predomínio da genética em relação à DM1 Etiologia Susceptibilidade genética + sedentarismo, obesidade, dieta rica em açúcares Fisiopatologia Hiperglicemia crônica + consequente hiperlipemia crônica → efeito glicotóxico e lipotóxico por agravo da alta resistência de insulina periférica e da hipoinsulinismo pelas células beta das ilhotas pancreáticas O que causa a disfunção progressiva das células beta das ilhotas pancreáticas frente ao hipoinsulinismo? Acúmulo de amilina APP (co-secretada com a insulina) por depósitos amiloides patogênicos que formam fibrilas amiloides tóxicas Obesidade visceral → por que é mecanismo fisiopatológico da DM2? gordura central é mais lipolítica e libera mais ácidos graxos livres na circulação → acúmulo em tecidos como o fígado e os músculos → excesso de ácidos graxos livres dentro da célula diminui o funcionamento de enzimas relacionadas à transdução do sinal da insulina o tecido adiposo também libera citocinas inflamatórias na circulação TNF-alfa Fatores de risco Obesidade Sedentarismo Dieta rica em açúcares APG 24 Diabetes Mellitus 2 6 Quadro clínico Acantose nigricans/nigricante Resistência à insulina → hiperinsulinemia → estimulação dos receptores de fator de crescimento IGF1 proliferação de fibroblastos e queratinócitos → espessamento e escurecimento da pele em áreas de dobras e pregas como pescolço, virilhas e cotovelos Diagnóstico diferencial de CA de pulmão ou do trato gastrointestinal → principalmente se o acometimento for extenso, rápido e envolver palmas e solas APG 24 Diabetes Mellitus 2 7 Complicações agudas Cetoacidose diabética Resultado de déficit absoluto de insulina com produção de corpos cetônicos consequentes à betaoxidação Tratamento Internação Monitorização e tratamento com hidratação Insulinoterapia Reposição de potássio Critérios diagnósticos Glicemia > ou 250 mg/dL pH 7,3 Bicabornato 18 mEq/L Cetonúria fortemente positiva ou cetonemia Critérios de resolução Glicemia < ou 200mg/dL Bicabornato sérico > ou 15mEq/L pH ou 7,3 Hipoglicemia APG 24 Diabetes Mellitus 2 8 Tríade de Whipple Glicemia 70 mg/dL Tontura Melhora dos sintomas após administração de carboidratos Tratamento hipoglicemia leve 15g de carboidratos de absorção rápida via oral Repetir a dose se não houver melhora em 15min Tratamento hipoglicemia grave Glicose hipertônica 20 a 30g IV em bolus ou glucagon 1mg SC ou IM Não oferecer nada via oral ao paciente com rebaixamento de consciência Estado hiperosmolar não cetótico Complicação exclusiva do DM2 Tratamento Internação Monitorização e tratamento com hidratação Insulinoterapia Reposição de potássio Critérios diagnósticos Glicemia 600 mg/dL Hiperosmolaridade 320 mOsm/L Ausência de acidose → pH 7,3 e bicabornato > ou 15 mEq/L Cetose ausente ou discreta Fatores precipitantes Infecção respiratória ou urinária IAM APG 24 Diabetes Mellitus 2 9 AVE Critérios de resolução Glicemia < ou 250mg/dL osmolaridade plasmática < ou 310 mOsm recuperação do nível de consciência Complicações crônicas Retinopatia diabética Neovascularização retiniana ou hemorragia vítrea ou pré- retiniana → retinopatia proliferativa tratamento → fotocoagulação com laser de argônio Doença renal do diabetes Albuminúria é o marcador mais precoce e sensível para doença renal do diabetes Rastreamento anual com dosagem de excreção urinária de albumina e estimulativa de taxa Manejo → controle glicêmico, lipídico, arterial, uso de IECA ou BRA, restrição de ingestão de proteínas e sódio Neuropatia diabética Polineuropatia sensitivo-motora distal → mais comum, cursa com alterações da sensibilidade → exame com monofilamento de 10g Pé diabético → complicação mais comum Manejo da dor neuropática → uso de anticonsulsivantes, antidepressivos tricíclicos, ISRS e ISRSN, opioides Doença macrovascular SBD recomenda rastreio por eletrocardiograma anual para todos os portadores de DM Diagnóstico Glicemia capilare glicosúria não são critérios diagnósticos Teste de confirmação automática APG 24 Diabetes Mellitus 2 10 Glicemia ocasional/aleatória > ou = a 200mg/dL sintomas clássicos de hiperglicemia 4 Pʼs) Necessidade de no mínimo 2 testes alterados Podem ser distintos ou o mesmo teste repetido; Pode ser feita na mesma amostra ou numa nova coleta. Se a repetição for feita na mesma amostra, recomenda-se que duas metodologias diferentes de testagem sejam empregadas (ex.: glicemia de jejum + hemoglobina glicada) 3 testes: Glicemia de jejum > ou 126mg/dL Glicemia 2 horas após Teste Oral de Tolerância à Glicose TOTG ou 200mg/dL Hemoglobina glicada HbA1c) > ou 6,5% Desde que o método utilizado seja aprovado pelo National Glycohemoglobin Standardization Program NGSP Qual é o teste mais sensível para o diagnóstico de DM? Teste Oral de Tolerância à Glicose TOTG Tratamento Multifatorial → mudanças de estilo de vida Previne complicações microvasculares 1ª linha Metformina 2ª linha Insulina NPH em esquema bedtime Esquema bedtime Insulina de ação intermediária ou prolongada na hora de dormir com objetivo de controlar os níveis de glicose durante o jejum noturno e evitar a hiperglicemia da manhã Prevenção cardiovascular para pacientes diabéticos APG 24 Diabetes Mellitus 2 11 Estatinas para todos com histórico de doença cardiovascular, risco cardiovascular alto ou 40 anos Metas Meta de HbA1c para tratamento de adultos com DM HbA1c 7% Meta de glicemia para adultos com DM Glicemia de jejum/pré-prandial 100 mg/dL Glicemia 2 horas após as refeições 160 mg/dL