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Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 1 Caderno da AV 2 de Administrativo III – Luciano Chaves - Bens Públicos: Os bens públicos estão previstos no art. 98 do Código Civil. Art. 98. são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Ou seja, são aqueles no domínio das pessoas jurídicas de direito público interno (Estados, União, Municípios, Ministérios, Secretárias, Autarquias). A jurisprudência entente que aqueles bens particulares que se destinarem a função pública/afetada por função pública, gozam de algumas prerrogativas dos bens públicos. Corrente recepcionada pelo CC: entendia que os bens públicos pertenciam às pessoas jurídicas de direito público. A segunda corrente que considerava todos os bens das pessoas jurídicas da administração direta e indireta como públicos. Enquadramento amplo. A terceira corrente dizia que se os bens estatais não estivessem vinculados as atividades finalísticas daquela pessoa jurídica, estes não poderiam ser considerados como bem público. 1. Classificação dos Bens Públicos: Quanto à titularidade: a quem o bem público pertence. Podem existir bens federais (união), estaduais (estados), municipais (município), distritais (DF) e bens pertencentes a entidades autárquicas. Quanto à natureza: bem público pode se configurar como bem móvel (viatura de polícia) ou imóvel (lotes, prédios), incorpore (nome social de uma empresa, direitos autorais) ou corpóreo (imóveis, móveis, veículos), material (cadeiras da UFBA) ou imaterial (hino nacional, fórmula de uma vacina, patente de medicamento). 1. Quanto à destinação: leva em consideração a utilização do bem e podem ter diferentes destinações. a. Bens de uso comum do povo: são destinados a toda coletividade, independente de consentimento do Poder Público (art. 99, I, CC). Comentado [PO1]: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 2 i. É quando o bem está sendo ofertado e disponibilizado para utilização geral dos indivíduos (ex: praias, ruas, praças). ii. Este uso independe de consentimento do Poder Público (ex: se eu quiser ir à praia, eu não preciso de autorização do Poder Público). iii. O Poder Público pode e deve regulamentar e restringir o uso desses bens. Essa regulamentação e restrição é para que o bem público seja zelado, evitando o vandalismo (ex: praça só poderá ser usada de Xh até Yh). 1. Pode haver a cobrança pelo uso dos bens públicos (ex: pedágio; taxa de cobrança em Morro de São Paulo, art. 103 do CC). iv. Bens de uso especial: são aqueles destinados à prestação dos serviços públicos (art. 99, II, CC). O uso é desempenhado de uma atividade administrativa. A população utiliza na qualidade de usuário (ex: escolas públicas, hospitais públicos, viaturas, ambulância da SAMU). v. Bens dominicais: são os que constituem o patrimônio disponível das pessoas jurídicas de direito público (art. 99, III, CC). Esses bens podem ser alienados, não possuem destinação. 1. São bens públicos que pertencem ao Estado na sua qualidade de proprietário, sem destinação específica para o uso do povo ou para a prestação de serviços. 2. Sãos bens que não receberam ainda ou que perderam um destino anterior (ex: terras devolutas). 2. Afetação e Desafetação: São institutos doutrinárias que dizem respeito à possibilidade de converter um bem para uma funcionalidade ou tirar a funcionalidade de um bem. Através desse instituto, é possível converter um bem desafetado em afetado. Bens afetados são inalienáveis (bens comuns e especiais), bens desafetados são alienáveis (bens dominicais). Podem acontecer por um ato ou um fato. Bens Afetados: são aqueles que têm destinação pública específica (ex: praças, viaturas policiais). Comentado [PO2]: Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Comentado [PO3]: Art. 99. São bens públicos: II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; Comentado [PO4]: Art. 99. São bens públicos: III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 3 Bens Desafetados: a desafetação é a mudança da forma de destinação do bem, ou seja, se deixa de utilizar o bem para que se possa dar a ele outra finalidade. Um bem desafetado não está sendo utilizado para qualquer fim público. Alguns bens públicos de uso comum e de uso especial podem ser desafetados, o que conduz à modificação do regime jurídico. 3. Características dos Bens Públicos: Inalienabilidade: É uma presunção relativa. É uma característica fundamental dos bens públicos, o que significa que eles não podem ser vendidos, transferidos ou alienado de forma permanente pelo Estado. Essa restrição visa preservar o interesse pública e impedir que esses bens sejam privatizados ou utilizados de maneira inadequada. 1. É determinada pela “afetação do bem”, ou seja, o bem de comum e de uso especial possuem uma destinação pública. Impenhorabilidade: É uma presunção relativa, ou seja, os bens não podem ser objeto de constrição judicial (não são passíveis de penhora, hipoteca, desapropriação, reinvindicação, usufruto ou servidão). 1. Há exceção. Está prevista no art. 100, parágrafo 6 da CFRB, a ideia do artigo é que, em caso de preterição de pagamento de precatório, é possível o sequestro de verba pública. 1. Precatório: ordem de pagamento de dívida pública. Ex: Pedro e Olavo são dois ex-servidores públicos, ambos tinham verbas a receber. Eles resolvem judicializar e entram com uma ação judicial contra o Estado. Eles ganham. Mas Pedro entrou com a ação antes e ganhou antes que Olavo. Ainda, a dívida de Olavo está inscrita depois da dívida de Pedro. Olavo recebeu primeiro que Pedro, porém, isso é errado pois ocorreu a preterição da ordem de pagamento. Dessa forma, Pedro pode pedir sequestro da verba pública (seria como uma penhora da verba pública) da conta do ente respectivo. Imprescritibilidade: É uma presunção absoluta. Os bens públicos, de qualquer categoria (bem de uso comum do povo, bens especiais e bens dominicais) são absolutamente imprescritíveis. Isto é, os bens públicos são insusceptíveis de aquisição por meio de usucapião, que é denominada de prescrição aquisitiva do direito de propriedade. Não-Onerabilidade: Os bens públicos não podem servir como garantia. Onerar significa deixar um bem em garantia para o credor no caso de inadimplemento da obrigação. São os direitos reais Comentado [PO5]: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 6o As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedênciaou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 4 da garantia sobre a coisa alheia, cujas espécies são o penhor, a anticrese e a hipoteca. Os bens públicos não podem ser gravados com esse tipo de garantia. 2. Publicações e Intervenções Estatais na Propriedade Privada: 1. Função Social da Propriedade O Estado pode e deve intervir no direito de propriedade, visando adequá-lo à concretização do bem-estar social. O poder público tem a prerrogativa constitucional para interferir nas propriedades privada, para adequar-se ao bem comum (interesse público) e não somente aos interesses privados. A constituição de 1988 constitui a publicização do direito da propriedade. Embora o Estado reconheça e garanta o direito fundamental de propriedade, ele condiciona o uso, gozo e a disposição da propriedade ao bem-estar social. Assim, o direito da propriedade, que era exclusivo e absoluto, passa a ter uma dimensão social e pública. A função social se torna base do direito de propriedade e é o elemento norteador desse direito. Em razão dessa função social, o Poder Público está autorizado a intervir nas propriedades para fazer com que elas cumpram uma função social. Assim, o sujeito não pode fazer exatamente o que quiser ou não quiser fazer com a propriedade Obs: a função social da propriedade na cidade é diferente da propriedade no campo. O ordenamento brasileiro, apesar de estar garantindo e reconhecimento o direito de propriedade, acaba condicionando à função social, vejamos: art. 5, XXII - é garantido o direito de propriedade art. 5, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social 2. Pressupostos da Intervenção: Para intervir na propriedade privada o Estado precisa de dois pressupostos: 1. Cumprimento de uma Função Social (art. 5, XXIII da Constituição Federal): para fazer com que as propriedades cumpram uma função social, tem a prerrogativa de intervir na propriedade privada Ex: Para se ter energia elétrica em um lugar, é possível que seja necessária a colocação de postes em terrenos privados. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 5 2. Princípio da Supremacia do Poder Público (implícito na CF): é a supremacia do interesse coletivo. Ex: postos de gasolina na paralela que tiverem que ser desapropriados para a construção do metrô (interesse público). 3. Formas de Intervenção do Estado: - Limitações e Servidões Administrativas: ordenar socialmente o uso da propriedade. 1. Limitações Administrativas (ordenar o uso): São restrições gerais e abstratas do estado sobre a propriedade privada, pois atinge um n. indeterminado de propriedades. Não sei quem vai construir, mas a regra é essa para qualquer pessoa. Ex: regra da proibição de construir em determinada área da cidade até determinada altura. Se a pessoa quiser edificar em determinado bairro, só poderá construir até determinado andar. Ex: recuo das propriedades para fazer calçada. Atinge o caráter absoluto da propriedade privada (tenho uma propriedade privada e não posso fazer o uso que eu quero). É uma obrigação genérica de não fazer. Mas, pode haver obrigações de fazer (ex: faça uma calçada tátil na sua casa para não gerar o dever de indenizar). Não gera direito à indenização. Ex: regra da proibição de construir acima de determinada altura em determinado bairro; espaçamento de construção de passeio público; calçamento tátil; todas essas hipóteses não possuem direito À indenização, pois foi uma ordem através de limitação que o particular tem que cumprir. 2. Servidões Administrativas (ordenar o uso): São restrições parciais e concretas (determinadas) do Estado sobre a propriedade privada. As restrições atingem um n. determinado de propriedades, ou seja, o Poder Público já sabe quem se destinam as restrições. Essas servidões incidem em propriedades especificadas. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 6 Ex: propriedades que são obrigadas a colocarem placas de energia eólica no terreno; servidões de aquedutos (tubulações da Embasa nas propriedades privadas); uso de casa para colocar plaquinha indicando nome da rua; servidões de passagem Ex: colocar postes de energia elétrica em um terreno rural para que a população não fique sem energia elétrica; Atinge o caráter exclusivo (eu tenho propriedade, mas vou ter que compartilhar o uso com o Poder Público). É uma obrigação de deixar fazer ou tolerar que se faça, assim, o particular não quer fazer ou deixar de fazer nada, tem apenas a obrigação de tolerância que o Poder Público faça (não se pode negar de fazer). Possui natureza jurídica de direito real, pois o que envolve é o direito real de uso instituído pelo Poder Público. Utiliza o direito real para atingir o interesse público. Possui caráter permanente, ou seja, enquanto existir o interesse público, persistirá a servidão. Podem gerar direito à indenização, sendo uma possibilidade e não uma regra geral. Ex: um oleoduto em um terreno privado paga uma taxa ao particular (indenização) por correr o risco de contaminação. Para que haja a efetiva indenização, o dano tem que ser concreto, não pode ser hipotético. A indenização é calculada sobre o imóvel e na proporção do dano que está sendo discutido (jurisprudencial). - Ocupação Temporária e Requisição Administrativa: utilizar transitoriamente o bem particular. Estes institutos são distintos, mas com características similares. A diferença é a essência do objeto da propriedade privada que vai ser utilizado. A maioria da doutrina entende que a ocupação temporária incide em bens imóveis (terrenos) e a requisição administrativa incide nos serviços particulares e bens móveis. Portanto, é a forma de intervenção mediante a qual o Estado utiliza, temporariamente, bem móveis, imóveis ou serviços. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 7 1. Ocupação Temporária (utilizar transitoriamente o bem particular): é gratuita, mas pode ser onerosa no sentido de ressarcimento posterior se houver dano e pelo uso que se ocupou de um imóvel. Ex: ocupação de escolas particulares para as eleições; ocupação de escolas particulares para a realização do ENEM; durante a pandemia, muitas clínicas particulares foram ocupadas, o Estado deverá pagar por essa ocupação. Respaldo Constitucional: art. 5, XXV. Independe da anuência do particular. Possui caráter temporário. A indenização é posterior, se houver dano. Não havendo dano, não terá indenização. 2. Requisição Administrativa (utilizar transitoriamente): Ex: policiais que solicitam carro de particular (móvel). Respaldo Constitucional: art. 5, XXV. Pode ser gratuita ou onerosa. Independe de anuência do particular. Incide sobre bem móveis e serviços. Caráter temporário. Indenização posterior. Ex (bem móveis): polícia que tiveram a viatura quebrada, podem requisitar o carro de um cidadão para perseguir o bandido. Ex (serviços particulares): o juiz pode requisitar o serviço de um advogado que esteja “de bobeira” no fórum. Comentado [PO6]: Art. 5 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 8 - Tombamento: Restringir propriedades em razão do seu valor histórico e cultural, a partir da vontade do Poder Público. É a restrição estatal na propriedade privada que se destina especificamenteà proteção do patrimônio cultural, histórico e artístico nacional. Basta que tenha algum desses valores para haver o tombamento. Tem a intenção de preservar o valor histórico, artístico ou cultural de um determinado patrimônio para gerações futuras. É determinado pelo poder público, esta precisa dizer o que vai tombar (se é um todo ou somente parte dele). Qualquer tipo de bem pode ser tombado, seja bem público ou privado. Ex: elevador Lacerda; farol da barra; pelourinho; capoeira; acarajé. O tombamento precisa de autorização constitucional, art. 216 da CF. Depende de procedimento/processo administrativo: não pode ser informal. O particular vai ter contraditório e ampla defesa (para motivos irreais de tombamento, somente dessa forma pode se esquivar do tombamento), mas o tombamento é ato vinculado e compulsório No âmbito federal, é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que abre o procedimento administrativo para aferir os valores históricos e culturais de bens nacionais. No âmbito estadual, é o Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC). Um bem pode ser tombado pelas duas esferas (Federal e Estadual). Esse procedimento termina com o registro do tombamento do bem. O proprietário precisa ser notificado para ter ciência da abertura do procedimento administrativo. Há uma possibilidade de resistência do proprietário, desde que seja comprovado o seu motivo irreal. O proprietário não perde a propriedade do bem tombado. Ele pode vender, mas não pode desconfigurar o bem. A manutenção do bem fica a cargo do proprietário, caso ele tenha condições. Mas, se não tiver, o Poder Público vai garantir a sua manutenção. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 9 Pode gerar indenização (desvalorização). Ex: antes do tombamento, a casa valia 10 m, agora, pós tombamento, a casa vale 3m. O Poder Público teria que indenizar em 7m, caso o proprietário queira vender. O tombamento pode ser feito de qualquer bem, público ou privado, móvel ou imóvel, corpóreo ou incorpóreo, material ou imaterial. a) Modalidades de Tombamento: Ofício: quando os bens são públicos. Voluntário: quando o proprietário do bem solicita ou concordar com o tombamento. Compulsório: quando o dono do bem não quer, mas este vai ser tombado. b) Quanto à eficácia do Tombamento: Provisório: período entre a abertura e a finalização do procedimento administrativo do tombamento. Quando há notificação do proprietário do bem e o processo se inaugura. Os efeitos já começam a ser produzidos a partir da notificação do proprietário desse tombamento provisório. Definitivo: quando encerra o processo administrativo com a decisão de que, realmente, vai tomar. Leva-se ao cartório para o registro do tombamento. O tombamento definitivo dificilmente pode ser revertido. c) Quanto aos Destinatários: Geral: incide em uma coletividade de bens. Ex: pelourinho, foi tombado tudo de uma vez. Individual: incide sobre um bem individual. Ex: tombamento do acarajé; capoeira; lagoa do Abaeté. d) Efeitos do Tombamento: O bem não pode ser destruído, mutilado, demolido ou reparado sem autorização do Poder Público (Lei de Tombamento de 1937) O bem tombado não pode sofrer redução de sua visibilidade, precisam ser visíveis. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 10 Bens tombados se sujeitam à vigilância permanente do Poder Público. O direito de preferência caiu recentemente. Antes, o proprietário teria que primeiro, oferecer a venda do bem tombado ao Poder Público e, caso este não aceitasse, o proprietário poderia vender para qualquer um. Atualmente, o proprietário pode vender para qualquer um direto. - Controle da Administração Pública. Gênese na Teoria da Separação dos Poderes. É um corolário do Estado do Direito: O controle é um conjunto de instrumento que possibilitam a fiscalização da atuação administrativa. São mecanismo por meio dos quais se exerce a fiscalização. A abrangência deste controle é ampla e está no art. 70, parágrafo único da CF/88. Tipos de Controle: 1. QUANTO AO ORGÃO CONTROLADOR: 1. Administrativo: realizado pela própria administração pública. Controle interno da administração. 2. Legislativo: parlamento controla através do controle político e financeiro. CPI (político) e análise de contas (financeiro). 3. Judicial: realizado no âmbito do judiciário. 2. QUANTO À ORIGEM: 1. Interno: administrativo. CGU, AGU (órgãos setoriais de controle). 2. Externo: Judicial, MP, TCU. 3. Social: Popular. Ação popular é um mecanismo de controle. 3. QUANTO AO MOMENTO: 1. Prévio: anterior ao ato. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 11 2. Concomitante: durante o ato. 3. A Posteriori: posterior ao ato. 4. QUANTO AO DIREITO: 1. Legalidade (Legitimidade). 2. Mérito: é referente a eficácia da política pública. Paula Peixoto O’Dwyer Faculdade Baiana de Direito 2024.1 12 Considerações Finais Este caderno possui partes tiradas do caderno de Thiago Coelho (@taj_studies) e do caderno de Alice Kimie Nakagawa (monitora dessa matéria quando cursei).