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<p>COMENTARIOS ARISTO PROVA REVALIDA INEP 2023.2</p><p>01 -CCQ: Saber que diante de uma emergência hipertensiva com repercussão neurológica, nossa conduta será diminuir a</p><p>pressão arterial via parenteral, assim como solicitar uma tomografia de crânio</p><p>Temos o relato de uma paciente de 60 anos, hipertensa, em uso irregular de medicamentos, é levada pelo filho ao pronto-</p><p>socorro com história de ter começado a sentir, há 8 horas, cefaleia holocraniana intensa, apresentando náuseas e vômitos, no</p><p>qual passou a ter confusão mental e, na última hora, está mais sonolenta.</p><p>Ao exame físico, temos uma pressão arterial de 220 x 140 mmHg em ambos os membros superiores: está sonolenta, porém</p><p>apresentando uma certa resposta verbal Percebe-se, também, que está desorientada no tempo e no espaço, assim como suas</p><p>pupilas estão isocóricas e fotorreativas e ela não apresenta déficit motor ou sensitivo.</p><p>Perceba que temos nitidamente uma leão de órgão alvo por conta da pressão elevadíssima, não é mesmo? Com uma clínica</p><p>destas, com repercussão à nível de sistema nervoso central, temos que pensar principalmente em duas hipóteses: uma</p><p>hemorragia subaracnóide ou encefalopatia hipertensiva, pois ambas cursam com importante dor de cabeça (embora a primeira</p><p>se relaciona mais com uma cefaleia muito dolorosa). No entanto, é importante ressaltar que não sinais focais, falando mais a</p><p>favor de uma encefalopatia hipertensiva. Além disso, é importante ressaltar os sinais meníngeos que a hemorragia subaracnóide</p><p>promove, fato que não é relatado no enunciado.</p><p>De qualquer forma, não há outra forma: nossa conduta será reduzir esta pressão arterial de forma parenteral, apresentando</p><p>grande destaque o nitroprussiato de sódio, assim como solicitar um tomografia de crânio para descartar de fato uma AVC.</p><p>Apenas ressaltar que a diminuição da pressão não pode ser muito drástica, senão acabamos reduzindo muito a perfusão cerebral</p><p>nas áreas cerebrais adjacentes ao acometimento.</p><p>Vamos dar uma analisada nas alternativas?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Pensando em uma hemorragia subaracnóide, a punção liquórica poderá ser feita caso não</p><p>encontremos sinais deste tipode hemorragia na tomografia, e não como primeiro exame. Além disso, nossa conduta não será a</p><p>utilização de betabloqueadores, mas sim anti-hipertensivos.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente, como dito anteriormente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Em relação a tomografia, certíssimo, porém, a furosemida não apresenta indicação aqui (seria uma</p><p>indicação no contexto de emergência hipertensiva em relação ao edema agudo pulmonar). Apesar de ter ação venodilatadora,</p><p>não é o nosso foco, pois precisamos reduzir a pressão arterial.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A ressonância acaba sendo o exame em que veremos melhores detalhes (seria o ideal, se não fosse e</p><p>acesso a este exame), porém, pensando em algo hemorrágico, não podemos administrar acido acetilsalicílico, pois temos que</p><p>certeza de que se trata de algo hemorrágico ou trombótico. Portanto, nem pensar em usar este medicação neste momento.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa B.</p><p>02-CCQ: Durante a etapa de identificação do paciente cirúrgico, deve-se proceder à demarcação da lateralidade (direita ou</p><p>esquerda) do procedimento, avaliação de alergias conhecidas, e checagem da existência do termo de consentimento para</p><p>o procedimento, visando a segurança do paciente</p><p>a segurança do paciente. Em 2004, a Joint Commission adotou, como uma meta de segurança do paciente, a eliminação de</p><p>procedimentos em local errado, procedimento errado e em paciente errado. Um Protocolo Universal foi desenvolvido, e o conceito</p><p>de time out ou tempo de parada foi instituído. O protocolo inclui marcação pré operatória do local cirúrgico; confirmação do local</p><p>por comparação com notas clínicas, consentimento, assinatura e identificação do paciente; e a garantia de que os materiais ou</p><p>dispositivos necessários estão disponíveis para o procedimento. Muitas instituições adicionam outros elementos de informação ao</p><p>seu tempo de parada, como profilaxia de TEV e antibióticos. Um exemplo de processo time out é mostrado na figura abaixo:</p><p>Fonte: Sabiston - Tratado de Cirurgia - 20ªed</p><p>A implementação de listas de verificação cirúrgicas está associada a redução global nas taxas de morte e complicações. A</p><p>monitoração é outro aspecto crítico do cuidado ao paciente cirúrgico. Os componentes essenciais da monitoração incluem</p><p>observação e vigilância, obtenção de dados por intermédio de aparelhos, análise e instituição de medidas de correção, se indicado.</p><p>O objetivo da monitoração do paciente é propiciar as melhores condições intraoperatórias e detectar anormalidades precocemente</p><p>para que possam ser instituídas medidas corretivas antes que ocorram lesões sérias e irreversíveis. Agora vamos analisar as</p><p>alternativas?</p><p>Alternativa A – Incorreta: Como vemos na imagem, essas medidas não são preconizadas.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Apesar de serem medidas importantes, elas não são preconizadas pela lista de verificação de segurança</p><p>cirúrgica. Alternativa C – Incorreta: A contagem e checagem de materiais são sim medidas preconizadas para um cirurgia segura,</p><p>mas repare que a questão nos pede as medidas durante a etapa de identificação do paciente. Dessa forma, essa não é a melhor</p><p>resposta.</p><p>Alternativa D – Correta: Sim, essas medidas devem ser adotadas em toda cirurgia e estão especificamente relacionadas com a</p><p>identificação do paciente.</p><p>Portanto, concluímos que o gabarito é a letra D.</p><p>03- QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO</p><p>O transporte seguro de crianças em veículos é de extrema importância para garantir sua integridade física em caso de acidentes.</p><p>Para uma criança de 9 anos com 29kg e 1,36m de altura, podemos utilizar tanto o elevador de assento como podemos dispensá-</p><p>lo. O uso de elevador de assento é obrigatório dos 4 anos 7 anos de idade. Após esta idade, o uso do elevador de assento fica</p><p>indicado até que o sinto de segurança de 3 pontas se adeque perfeitamente ao corpo da criança. Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Segundo o Conselho Nacional de Transito (CONTRAN), as crianças com idade superior a 4 anos e inferior</p><p>a 7 anos devem utilizar obrigatoriamente o elevador de assento. Já a SBP define que devemos utilizar o cinto de três pontas a partir</p><p>do momento em que ele se adapte de forma perfeita à criança, o que geralmente acontece com 1-35 - 1,45m, entre 9-13 anos.</p><p>Alternativa B - Incorreta: As cadeirinhas costumam ser mais adequadas para crianças mais novas, geralmente abaixo de 4 anos de</p><p>idade, que ainda não atingiram as dimensões necessárias para utilizar somente o cinto de segurança do veículo. No caso de uma</p><p>criança de 9 anos, essa opção não é a mais apropriada, já que a cadeirinha pode não ser projetada para o tamanho e peso dela.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Essa opção também não é a mais indicada para uma criança de 9 anos com essas dimensões. Como</p><p>mencionado anteriormente, as cadeirinhas costumam ser projetadas para crianças mais jovens e podem não proporcionar o ajuste</p><p>e o suporte adequados para uma criança dessa idade e tamanho.</p><p>Alternativa D - Correta: Este foi o gabarito da banca e também está correto. A obrigatoriedade do assento elevador se dá até os</p><p>7 anos de idade, mas é indicada a utilização do elevador de assento até que a criança atinja a altura que permita a adaptação</p><p>perfeita do cinto de 3 pontas.</p><p>Portanto, as alternativas corretas são A e D.</p><p>04- CCQ: Para paciente com menos de 65 anos, a prevenção primária da osteoporose é com dieta rica em cálcio e vitamina D,</p><p>exposição ao Sol e fortalecimento muscular</p><p>A pós-menopausa é um período que, apesar de ser um alívio para muitas mulheres por representar o fim dos sangramentos</p><p>mensais, traz consigo consequências que pode afetar a qualidade de vida. A queda expressiva dos hormônios femininos, em</p><p>especial o estrogênio, faz com que</p><p>gonocóccica. Porém, perceba que neste tipo de artrite, as lesões cutâneas nas extremidades,</p><p>típicas com centro claro não são descritas. Tudo leva a crer na possibilidade de contaminação pela próprio procedimento da</p><p>artrocentese, carreando bactérias para o espaço sinovial, com destaque ao S. aureus, principal patógeno envolvido nesta</p><p>situação. O fato de termos uma leucocitose com segmentados acima de 75% no leva para uma hipótese de caráter infeccioso,</p><p>sendo que entre 20 a 75% nos levaria para um caráter apenas inflamatório, como gota e outras artrites não infecciosas. Portanto,</p><p>nossa principal hipótese é uma artrite séptica bacteriana.</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente. Nesta situação, não devemos perder tempo e agir rápido</p><p>com ATB endovenoso, pois a evolução desta condição será a temível osteomielite (no qual o processo infecto-inflamatório se</p><p>estende para o osso).</p><p>Alterantiva B - Incorreta: Nesta condição, temos o achado de cristais de pirofosfato, com visualização de cristais com</p><p>birrefringência positiva, que acomete pessoas normalmente acima dos 60 anos. Nada disso é falado no enunciado, assim como</p><p>um predomínio muito grande de polimorfonucleares afasta a hipótese de algo somente inflamatório.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Assim como na alternativa acima, já estamos diante de um processo infeccioso, a não apenas uma</p><p>recorrência da gota.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Alternativa que pode ter pego muita gente boa, porém é importante salientar que a banca não nos</p><p>trouxe comemorativos para pensar nisto, como sinais de artrite reativa ocasionado principalmente pela clamídia (uveíte, artrite</p><p>e uretrite), assim como as lesões dermatólogicas na artrite gonocóccica supracitadas.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa A.</p><p>32- CCQ: Febre persistente no pós-operatório de diverticulite perfurada é sugestiva de infecção intra-abdominal</p><p>Que tal resumir o quadro clínico? No 2º DPO de sigmoidectomia com colostomia à Hartmann por diverticulite perfurada, o</p><p>paciente evolui com febre intermitente, que dura até o 7º DPO. Além disso, apresenta distensão abdominal que o impede de se</p><p>alimentar. No exame físico temos um paciente febril, eupneico, com semiologia respiratória quase normal, taquicárdico, com</p><p>pressão arterial boa. O abdome está hipertimpânico e a ferida operatória em bom aspecto. Apresenta leucocitose, com 4% de</p><p>bastões.</p><p>Galera, esse paciente apresentou antes, da cirurgia, um quadro de diverticulite perfurada, ou seja, houve extravasamento de</p><p>fezes para a cavidade abdominal. Nessas situações, durante a cirurgia e até mesmo após ela, deve ser feita uma lavagem</p><p>excessiva da cavidade abdominal, visando reduzir as chances de infecção. Veja que isso não foi relatado no enunciado em</p><p>questão. Dessa forma, vamos pensar que esse paciente provavelmente apresenta alguma infecção intra-abdominal.</p><p>Algo a mais: Vale a pena revisar a classificação de Hinchey para diverticulite aguda, que geralmente é cobrada nas provas. Como</p><p>houve extravasamento de fezes para a cavidade, provavelmente nosso paciente seria classificado como Hinchey IV.</p><p>Alternativa A – Incorreta: A pneumonia não é a hipótese mais provável, pois o paciente não tem sintomas respiratórios e</p><p>apresenta poucas alterações no aparelho respiratório ao exame físico.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Não há relato de sintomas urinário para pensar em infecção nessa topografia.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Visto que muito provavelmente há uma infecção intra-abdominal, o paciente poderia sim evoluir para</p><p>um quadro de sepse. Porém, essa alternativa peca ao indicar coleta de secreção do sítio cirúrgico. Como vimos acima, a ferida</p><p>operatória apresenta bom aspecto.</p><p>Alternativa D – Correta: Perfeito, essa é a principal hipótese, dada a possibilidade de peritonite fecal no pré-op e ausência de</p><p>limpeza da cavidade.</p><p>Dessa forma, o gabarito é a letra D.</p><p>33-CCQ: Desidratação grave > 1 ano deve receber o plano C (30 ml/kg de soro fisiológico ou ringer lactato em 30 minutos)</p><p>Veja que nosso paciente apresenta há 3 dias diarreia e vômitos, muito provavelmente por uma gastroenterite infecciosa, comum</p><p>nesta faixa etária.</p><p>Diante de uma criança com diarreia, o primeiro passo é sempre avaliar o estado de hidratação do paciente:</p><p>Fonte: Ministério da Saúde 2023</p><p>Veja que na atualização entrou a perda de peso como um critério. Se nosso paciente tinha 11 kg e agora está com 10 kg, perdeu</p><p>1 kg. Se dividirmos 1/11, teremos um valor de 0,09. Multiplicando por 100 teremos uma perda de 9% de peso. Então é</p><p>considerado um critério de desidratação, assim como olhos fundos e lágrimas ausentes.</p><p>Porém, os outros sinais como hipotonia, pulsos fracos e capacidade de ingerir líquidos são sinais de desidratação grave. Portanto,</p><p>temos 3 sinais de desidratação grave, sendo um deles "pulsos fracos", então manejaremos esse paciente como uma desidratação</p><p>grave, portanto aplicaremos o plano C.</p><p>A primeira fase do plano C é sempre a expansão, portanto essa é nossa conduta imediata. Lembrando que sempre deve ser</p><p>realizado via endovenosa e dentro do hospital. Agora, a partir de 2023, temos planos diferentes para crianças abaixo e acima de</p><p>1 ano. Para as crianças acima de 1 ano (que é o caso do nosso paciente), devemos realizar uma expansão de 30 ml/kg de soro</p><p>fisiológico ou ringer lactato em 30 minutos. Se nosso paciente tem 10 kg, receberá 300 ml em 30 minutos.</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativas A e D – Incorretas: Serão 300 ml em 30 minutos.</p><p>Alternativa B – Correta: Conforme explicado acima.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Seria em 1 hora se o paciente tivesse < 1 ano.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>34-CCQ: Citopatológico de colo uterino com LSIL em paciente ≥ 25 anos = repetir exame em 6 meses</p><p>O rastreamento do câncer de colo é composto por um tripé: citopatológico, colposcopia e biópsia. Quando o primeiro mostra</p><p>alterações, partimos para o segundo; se o segundo também está alterado, o terceiro é feito. Isso é uma forma de ser mais</p><p>específico e sensível nessa investigação. O mais importante desse caminho é lembrar sobre as condutas frente ao resultado do</p><p>citopatológico, em especial quando devemos repetir o exame.</p><p>Alternativa A - Correta: Isso! Paciente com LSIL pode ter o exame repetido, pois esta alteração e o ASC-US são achados que</p><p>podem ser revertidos de maneira espontânea pelo organismo feminino, mesmo significando que pode haver infecção pelo HPV.</p><p>Ah! A coilocitose descrita no exame reforça ainda mais essa infecção pelo vírus. Como a paciente tem mais de 25 anos, o exame</p><p>pode ser repetido em 6 meses. Vale chamar atenção que, caso o resultado se mantenha o mesmo após a repetição, então</p><p>devemos encaminhar a paciente para a colposcopia.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A colposcopia seria indicada já de cara caso houvesse qualquer outra alteração, exceto em LSIL e ASC-</p><p>US.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Essa é uma conduta mais avançada que não se justifica com essa alteração encontrada.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A pesquisa do DNA viral não é recomendada antes dos 30 anos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>35 - CCQ: criança que apresenta pobre interação social em vários aspectos merece ser abordado o TEA</p><p>Os sinais mencionados, como a ausência de sorriso social, falta de contato visual, falta de interesse por outras crianças, ausência</p><p>de lalação e não responder a chamados, são características que podem levantar suspeitas de transtorno do espectro autista</p><p>(TEA) em uma criança. Embora algumas dessas características possam ser mais sutis ou variáveis, uma avaliação mais</p><p>aprofundada por profissionais especializados é essencial para um diagnóstico preciso.</p><p>Nesse caso, o médico de família deve encaminhar a criança para a atenção especializada, que pode incluir pediatras, psicólogos,</p><p>fonoaudiólogos e outros profissionais que possam avaliar o desenvolvimento</p><p>infantil e diagnosticar possíveis transtornos, como</p><p>o TEA. O acompanhamento em conjunto com a atenção primária é importante para garantir uma abordagem completa e</p><p>integrada no cuidado da criança.</p><p>É importante ressaltar que o diagnóstico de transtorno do espectro autista requer uma avaliação criteriosa e especializada, e</p><p>quanto mais cedo essa avaliação for feita, melhores são as chances de intervenção e apoio adequados para a criança e sua</p><p>família.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Esta alternativa sugere manter a rotina de acompanhamento médico e de desenvolvimento da criança,</p><p>com a colaboração de uma equipe multidisciplinar, até os 24 meses de idade. Embora a estimulação e acompanhamento sejam</p><p>importantes para todas as crianças, neste caso, devido aos sinais de alerta mencionados, a opção de apenas continuar a rotina</p><p>de puericultura pode não ser suficiente, já que os sintomas levantam suspeitas de transtorno do espectro autista (TEA). Um</p><p>encaminhamento para avaliação especializada seria mais apropriado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Esta alternativa sugere realizar um rastreamento para transtorno do espectro autista (TEA) na criança</p><p>antes de encaminhá-la para a atenção especializada. No entanto, dada a presença de vários sinais de alerta para TEA, é</p><p>apropriado encaminhar a criança diretamente para avaliação especializada, em vez de tentar descartar a condição por meio de</p><p>rastreamento na atenção primária.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Os sinais de alerta mencionados na questão, como a falta de sorriso social, falta de contato visual, falta</p><p>de interesse por outras crianças, ausência de lalação e não responder a chamados, são indicativos de que uma avaliação</p><p>especializada é necessária para investigar a possibilidade de TEA.</p><p>Alternativa D - Correta: Esta alternativa é a mais apropriada dada a situação apresentada. Os sinais de alerta para transtorno do</p><p>espectro autista são preocupantes e indicam a necessidade de encaminhar a criança para avaliação especializada. O</p><p>acompanhamento em conjunto com a atenção primária permite uma abordagem completa e integrada no cuidado da criança,</p><p>garantindo que ela receba as intervenções adequadas o mais cedo possível, se necessário.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>36- CCQ: Saber que a inquietude, tensão, medo excessivo de algo em específico, muitas vezes sem prejuízo das atividades</p><p>laborais são características do transtorno de ansiedade generalizada</p><p>Caso clínico típicos de um homem de 30 anos apresentando queixa de alteração no padrão do sono, alternando noites</p><p>de insônia com noites de sono inquieto há 7 meses, sentindo preocupado, com medo excessivo de adoecer ou de algo</p><p>desagradável ocorrer. Seus amigos o consideram inquieto, tenso, irritado e com dificuldade de se concentrar. Ele relata que</p><p>mantém suas atividades profissionais normalmente. Temos um típico quadro típico de transtorno de ansiedade generalizada,</p><p>caro aluno(a). Vamos dar uma revisada nos critérios diagnósticos, d acordo com DSM-5: Pelo menos durante um período mínimo</p><p>de 6 meses, o paciente apresenta preocupação e ansiedade em excesso e de difícil controle, envolvendo diferentes situações;</p><p>Além disso, são necessários um mínimo de três dos seguintes sintomas para adultos: Irritação; Fadiga; Tensão muscular;</p><p>Alterações no sono; Sensação de "branco" ou dificuldade de concentração; Nervos à flor da pele/inquietação; Há prejuízo no</p><p>funcionamento em diversas áreas da vida do indivíduo e/ou sofrimento importante; O quadro não é mais bem explicado pelo</p><p>uso de alguma substância, transtorno mental, doença clínica. Perceba que nosso paciente se encontra irritado, alteração do sono,</p><p>tenso e inquieto mais 7 meses. Mas por que não pode ser outra etiologia? Vamos dar uma conferida nas outras alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Muitas vezes, na prática, sintomas depressivos podem se assemelhar a transtornos ansiosos, porém,</p><p>na primeira, a tristeza é algo marcante, assim como a questão de perder o prazer em fazer coisas que antes gostava, assim como</p><p>choro constante, são mais relacionados ao transtorno de depressão maior, algo que não vemos no paciente (embora a alteração</p><p>do sono e fadiga, entre outros sintomas, podem estar presentes em ambas as condições).</p><p>Alternativa B - Incorreta: Neste transtorno um pouco mais complexo, teremos alternância de episódio maníaco (Humor eufórico,</p><p>elevado, expansivo, irritado ou lábil, comportamento de risco, desinibido, expansivo, sem consideração pelos limites sociais,</p><p>aumento importante da energia e do nível de atividade; Impulsividade) e episódios depressivos (humor triste, irritável,</p><p>melancólico ou disfórico, angústia, ansiedade, apatia, anedonia). Não temos relato destas manifestações em nosso paciente.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Se caracteriza por uma diminuição quantitativa da concentração e sintomas motores, como a</p><p>inquietude e a impulsividade. Apesar de haver inquietude, o enunciado relata que o paciente exerce suas atividades profissionais</p><p>normalmente, algo que o TDAH muitas vezes compromete. Portanto, o gabarito da questão é a alternativa C.</p><p>37- Para acertarmos essa questão, precisávamos entender que a principal manifestação do carcinoma urotelial vesical é a</p><p>hematúria, a qual pode ser macroscópica ou microscópica. Assim, em questões com pacientes idosos, sobretudo acima de 50</p><p>anos, com hematúria, o diagnóstico mais provável é de carcinoma de bexiga. Isso se torna ainda mais evidente quando estamos</p><p>diante de um paciente que apresenta o principal fator de risco para os tumores uroteliais: o tabagismo. O subtipo mais comum</p><p>do câncer de bexiga é o carcinoma urotelial ou carcinoma de células de transição. Esse tumor pode ocorrer em qualquer parte</p><p>da via urinária revestida pelo epitélio urotelial: pelve renal, ureteres, bexiga urinária e partes da uretra, entretanto, o local mais</p><p>comum é mesmo a bexiga. Podem ser relatados, ainda, sintomas irritativos semelhantes aos da hiperplasia prostática benigna</p><p>(HPB), como urgência miccional, disúria e polaciúria. Porém, nunca se esqueça: único episódio de hematúria macroscópica,</p><p>especialmente em fumantes, pode ser câncer e justifica uma investigação completa. O principal exame diagnóstico é a</p><p>cistoscopia, em que devemos realizar a biópsia por visualização direta da lesão. A tomografia computadorizada (TC) de abdome</p><p>muitas vezes pode ajudar no diagnóstico, principalmente nos exames contrastados. A ultrassonografia também é uma ferramenta</p><p>importante no diagnóstico mas perde em sensibilidade e especificidade para a TC.</p><p>A ressonância magnética nuclear, deve ser utilizada com critério por ser um método caro e pouco disponível. Vamos ver as</p><p>alternativas?</p><p>Alternativa A – Incorreta: Um único episódio de hematúria macroscópica, especialmente em fumantes, pode ser câncer e justifica</p><p>uma investigação completa. Entretanto, a ressonância magnética não é o exame mais indicado para complementar essa</p><p>investigação. A urotomografia e a ultrassonografia seriam melhores opções.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Na ureterolitíase obstrutiva, o paciente apresentaria uma dor intensa em flanco ou região lombar, o</p><p>que não foi relatodo no caso em questão.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A HPB seria uma possibilidade. Mas dada a história de tabagismo, antes de pensar em outras</p><p>possibilidade diagnósticas devemos pensar em câncer de bexiga e proceder à investigação. Submeter o paciente a uma USG</p><p>transrretal iria atrasar o diagnóstico de um possível tumor urotelial, piorando o prognóstico. Alternativa D – Incorreta: A</p><p>tuberculose urogenital é uma causa rara de hematúria, por isso não é a hipótese mais provável aqui. Gabarito oficial: letra A.</p><p>38-CCQ: Pacientes adolescentes com capacidade de discernimento tem direito a receber prescrição de anticoncepção em sigilo</p><p>Segundo o Código de Ética Médica, artigo 74, é vedado ao médico “revelar sigilo profissional relacionado</p><p>a paciente</p><p>menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo</p><p>quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. Porém, em algumas situações a quebra de sigilo é necessária</p><p>Fonte imagem: Consulta do adolescente: abordagem clínica, orientações éticas e legais como instrumentos ao pediatra. SBP.</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: É permitida a prescrição de contraceptivos para adolescente com maturidade para adesão.</p><p>Alternativa B – Correta: Pacientes adolescentes tem direito à anticoncepção e, de acordo com o Código de Ética Médica, artigo</p><p>74, é vedado ao médico revelar sigilo profissional. Assim, pode-se realizar a prescrição, abordar e prática sexual segura e</p><p>incentivar a construção de bom laço familiar.</p><p>Alternativa C – Incorreta: É permitida a prescrição de contraceptivos para adolescente e a maturidade pode ser avaliada ao longo</p><p>da consulta.</p><p>Alternativa D – Incorreta: O sigilo médico deve ser preservado.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>39-CCQ: Cisto em anexo em torno do 14° dia do ciclo + dor em região anexial + sem sinais de gravidade = pensar em cisto lúteo</p><p>Paciente chega ao atendimento referindo dor em fossa ilíaca esquerda, sem febre ou alterações urinárias ou intestinais. Em</p><p>primeiro momento, por se tratar de uma mulher, devemos sempre suspeitar de gestação ectópica, mas outros diagnósticos</p><p>diferenciais devem estar em mente, como a apendicite, possibilidade que afastamos um pouco pelo lado da dor, já que</p><p>classicamente a dor da apendicite é à direita. O exame revela um abdome com sinais de irritação peritoneal, mas não devemos</p><p>nos assustar tanto num primeiro momento porque a paciente está estável. Conseguimos afastar a possibilidade de um quadro</p><p>infeccioso pela ausência de corrimento vaginal e febre - não exclui 100%, mas já ajuda muito no raciocínio. O resultado do teste</p><p>de gravidez negativo exclui a possibilidade de ectópica e esse ponto pode embaralhar a nossa cabeça, mas vamos seguir firmes</p><p>no pensamento. Uma USG é realizada e vemos um cisto heterogêneo com vascularização periférica ao Doppler, de 4 cm e pouco</p><p>líquido em fundo de saco, ou seja, não se trata de uma torção, pois a torção é muito mais comum em massas anexiais maiores (></p><p>8 cm), e não é uma massa rota, pois a quantidade de líquido seria maior. Um dado importantíssimo no início do relato nos ajudará</p><p>aqui: a última menstruação. A paciente menstruou há 15 dias, ou seja, ela deve estar no meio do ciclo, na transição entre fase</p><p>folicular e fase lútea, então essa dor deve ser por conta da ruptura durante a ovulação e o cisto da USG deve ser um cisto lúteo!</p><p>Já podemos ver nossas opções.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa seria uma opção caso houvesse instabilidade hemodinâmica, o que não é o caso. Alternativa B -</p><p>Incorreta: A paciente, pelo provável diagnóstico, não tem indicação de tratamento cirúrgico, então essa também não é nossa</p><p>resposta.</p><p>Alternativa C - Correta: Bingo! Com todo o nosso raciocínio, podemos dizer que a causa da dor é benigna e autolimitada, sendo</p><p>assim, podemos deixar a paciente em observação, para confirmar que nada pior irá acontecer, além de lançar mão de analgesia</p><p>para conforto.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Mais uma vez temos uma opção cirúrgica que não cabe no caso.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>40-CCQ: Ampliar a cobertura da atenção primária e integrá-la de forma mais eficaz com a atenção secundária pode levar a</p><p>uma melhor gestão das doenças crônicas, proporcionando atendimentos mais preventivos e direcionados</p><p>Veja que o município tem apenas 70% da população com cobertura de atenção primária, ao ler essa informação, vemos que</p><p>temos uma cobertura muito baixa. O enunciado quer saber qual ação prioritária que esse gestor precisa ter nesses anos de</p><p>gestão. Os desafios identificados na população, são as doenças crônicas não transmissíveis e as causas externas (acidentes).</p><p>Ampliar a cobertura da atenção primária e integrá-la de forma mais eficaz com a atenção secundária pode levar a uma melhor</p><p>gestão das doenças crônicas, proporcionando atendimentos mais preventivos e direcionados. A resolubilidade do sistema</p><p>também é fundamental para garantir que os casos mais complexos possam ser tratados de maneira adequada e eficiente. Além</p><p>disso, priorizar a atenção primária é uma abordagem estratégica, já que muitos problemas de saúde podem ser prevenidos ou</p><p>gerenciados de forma eficaz nesse nível de cuidado, reduzindo a demanda por serviços de urgência e emergência. Isso também</p><p>contribui para uma abordagem mais holística da saúde, considerando fatores sociais, comportamentais e ambientais que</p><p>influenciam as condições de saúde da população. Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Isso mesmo, precisamos ampliar está cobertura, e se possível chegar a 100%, que assim conseguem</p><p>trabalhar para evitar e tratar doenças crônicas evitando progressão.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não devemos manter a cobertura, como vimos 70% é uma cobertura baixa, e devemos ampliar.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Essa alternativa joga a pegadinha no final do enunciado dela, onde coloca sem estratégia da saúde da</p><p>família, sendo incorreto.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não temos informações de quantas ambulâncias e transportes para saber se está seria a opção correta,</p><p>o transporte pode ser adequado, o que vemos que está incorreto é justamente a cobertura de apenas 70% e não transportes.</p><p>Sendo assim, o gabarito é alternativa A!</p><p>41- CCQ: Saber que uma proteinúria acima de 3,5 gramas em 24 horas associada a hipoalbuminemia e dislipidemia caracteriza</p><p>uma síndrome nefrótica</p><p>. Temos o relato de uma paciente de 19 anos que vai a uma consulta devido a edema de membros inferiores, relatando piora</p><p>progressiva desde o parto, ocorrido há um mês. Ao exame físico, apresenta edema depressível de membros inferiores e pressão</p><p>arterial de 130 × 80 mmHg. Os exames laboratoriais apresentam urina de rotina com proteína positiva (4+/44), proteinúria de</p><p>24h de 4g (valor de referência (VR]: < 150 mg/24h); colesterol total de 300 mg/aL (VR: < 200 mg/dL); colesterol HDL de 20 mg/JL</p><p>(VR: > 35 mg/dL); triglicerídeos de 280 me/dL (VR: < 150 mg/dh) /glicemia de jejum de 201 mg/dL (VR: < 100 mg/dL); albumina</p><p>de 1,8 g/dL (VR. 3,5 a 5,2 g/dL); pesquisa de autoanticorpos FAN positiva com padrão nuclear homogêneo e título de 1:640. Em</p><p>negrito, vemos sinais frequentes em uma síndrome glomerular muito conhecida nossa, não é mesmo? Exaaaato, uma síndrome</p><p>nefrótica, com uma proteinúria massiva, hipoalbuminemia e dislipidemia. Além disso, a banca traz uma informação importante:</p><p>alta titulação para o FAN, anticorpo relaciona a algum processo autoimune., com padrão nuclear homogêneo, algo muito típico</p><p>do Lúpus Eritematoso Sistêmico. A questão da paciente não ter comparecido de forma regular ao pré-natal ocasionou a não</p><p>detecção destes anticorpos, o que poderia ter sido evitado esta lesão glomerular por parte do Lupus, promovendo uma nefrite</p><p>lúpica. Apenas ressaltando que a nefrite lúpica pode se apresentar tanto por uma síndrome nefrótica quanto nefrítica. Neste</p><p>caso, acabou indo para o caminho de uma nefrótica (talvez o subitpo V, denominado nefrite lúpica membranosa). Vamos analisar</p><p>as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Incorreta: De fato, é uma síndrome nefrótica, porém, apenas a hiperglicemia mostrada nos resultados é</p><p>insuficiente para pensarmos que durante o pré-natal esta condição propiciou para este quadro glomerular. Não há relato de</p><p>diabetes gestacional ou outros eventos hiperglicêmicos relevantes.</p><p>Alternativa B e C - Incorretas: A síndrome nefrítica se relaciona a hipertensão, oligúria, proteinúria menor que 3,5 gramas por</p><p>dia e principalmente hematúria, diferente do que vemos aqui.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa D.</p><p>42-CCQ: A fístula uretero-vaginal se apresenta</p><p>com perda de urina pela vagina, porém a paciente tem micção normal.</p><p>A incontinência urinária de esforço é (IUE) o tipo mais comum, segundo a maioria dos autores, e aparece clinicamente como uma</p><p>perda involuntária de urina ao tossir, rir, espirrar ou outros movimentos. Pode ser causada por hipermobilidade do colo vesical</p><p>(Pressão de perda ao esforço > 90 cm H2O) ou defeito esfincteriano (Pressão de perda ao esforço < 60 cm H2O), sendo essa</p><p>diferenciação feita através de um exame chamado estudo urodinâmico. O desejo incontrolável de urinar, no qual a paciente não</p><p>consegue segurar, é chamado de urgência miccional. Geralmente é acompanhada de frequência urinária e noctúria. É causada</p><p>pela hiperatividade do músculo detrusor, o responsável pelo esvaziamento da bexiga através do estímulo parassimpático</p><p>(acetilcolina). Seu diagnóstico é clínico e não há necessidade de exames adicionais. No entanto, é facilmente observado no estudo</p><p>urodinâmico com as contrações não inibidas do detrusor, mas lembre-se de que esse exame só deve ser indicado em caso de</p><p>dúvida de diagnóstico ou suspeita de incontinência mista. Nesse caso em questão, a paciente iniciou com as queixas urinárias</p><p>após um procedimento cirúrgico. Além disso, um outro detalhe importante é que a perda involuntária de urina é pelo canal</p><p>vaginal. Ao afirmar que a micção é normal, vemos que a paciente não perde urina pela uretra. Dessa forma, a principal hipótese</p><p>é a fístula uretero-vaginal, uma comunicação anormal entre um ureter e a vagina. Isso explica porque a urina sai pela vagina, mas</p><p>ainda assim temos uma função uretral normal, já que o outro ureter (sem fístula) leva parte da urina normalmente para a bexiga,</p><p>a qual será eventualmente eliminada pela uretra. Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Essa é um termo que não existe. Na realidade, a incompetência (ou hipermobilidade) do colo vesical</p><p>é sim uma causa de incontinência urinária de esforço, que não é o quadro da paciente em questão. Alternativa B – Incorreta:</p><p>Não há sinais infecciosos para pensarmos em abscesso.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O seroma é uma complicação que poderia ocorrer na ferida operatório, caso a cirurgia fosse feita por</p><p>via aberta e não explicaria as queixas urinárias da paciente.</p><p>Alternativa D – Correta: Perfeito, como vimos acima, essa é a principal condição que poderia levar a perda urinária pela vagina</p><p>associada a micção normal.</p><p>Dessa forma, concluímos que o gabarito é a letra D.</p><p>43-CCQ: Diante de crianças com petéquias acompanhada de dor abdominal, devemos levantar a suspeita de vasculite por IgA</p><p>A Vasculite por IgA é também conhecida como Púrpura de Henoch-Schönlein, é comum em crianças com menos de 10 anos,</p><p>principalmente meninos, é desencadeada por infecções virais prévias (principalmente IVAS), como a rinofaringite da criança do</p><p>enunciado. Classicamente se apresenta como uma petéquias ou púrpuras palpáveis em membros inferiores, podendo acometer</p><p>as nádegas. Pode ser acompanhada de dor abdominal acompanhada de vômitos, artralgia/artrite em joelhos, tornozelos (pode</p><p>acometer mãos e pés) e envolvimento renal (hematúria, proteinúria e cilindros hemáticos</p><p>Alternativa A – Incorreta: A GNPE não cursa com petéquias e esperaríamos um quadro bem diferente devido a hipertensão</p><p>arterial.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Normalmente ocorre após infecção por E. coli O157:H7 e curso com quadro grave, gerando, inclusive</p><p>plaquetopenia.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O LES é raro nessa faixa etária e a manifestação clínica não é compatível.</p><p>Alternativa D – Correta: Como vimos, o quadro é compatível com vasculite por IgA.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa D</p><p>44-QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE RECURSO Fala, meus queridos</p><p>Vamos lá! Quando falamos de terapia de reposição hormonal (TRH) no climatério, as questões focam muito na contraindicações</p><p>e indicações dessa terapia, o que não foge muito aqui. A principal indicação para o uso da TRH é a presença de sintomas</p><p>vasomotores, os famosos fogachos, algo que a paciente sofre - ou seja, o uso da TRH, a princípio, está adequado. Entretanto, a</p><p>paciente tem histórico de evento tromboembólico há 5 anos, um dado importante e que contraindica o uso de TRH, pois o</p><p>estrógeno interfere no sistema de coagulação e aumenta o risco de tromboembolismo. Os exames que a imagem traz são mais</p><p>para nos confundir do que tudo, pois, considerando eles, a paciente não tem contraindicação, lembrando que a espessura</p><p>endometrial normal é < 5 mm em mulheres sem TRH e < 8 mm em mulheres com TRH. Outros dados importantes é que a</p><p>hipercolesterolemia isolada, caso não haja outras comorbidades, indica TRH via oral, enquanto que a hipertrigliceridemia indica</p><p>TRH via transdérmica. Vamos ver nossas opções.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A presença de sintomas vasomotores é algo que indica que os fitoterápicos não serão suficientes, pois</p><p>esses sintomas são contornados mais precisamente pelo uso de hormônios em TRH. Mas como vamos ajudar a paciente se ela</p><p>tem contraindicação? Pois bem, podemos usar ISRS ou ISRSN para controlar os fogachos e lubrificantes vaginais para melhorar</p><p>os sintomas locais.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não, não! Como dito, o uso de estrogênio está contraindicado à paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Além da indicação do hormônio estar incorreta, uma histeroscopia com biópsia não se justifica pelo</p><p>fato da paciente não ter sangramento uterino.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Mesmo a via transdérmica evitar o efeito de primeira passagem pelo fígado, ainda assim a paciente</p><p>não pode usar estrógenos pelo evento tromboembólico no passado.</p><p>Gabarito oficial: alternativa D.</p><p>45-CCQ: A asbestose é uma doença decorrente do depósito de asbesto no parênquima pulmonar. Esse material era</p><p>amplamente utilizado na construção civil, especialmente em telhas e caixas d’água</p><p>Temos nesta questão um paciente de 59 anos que apresenta os seguintes sinais e sintomas: Perda de peso Dispneia Tosse seca</p><p>Quando vemos a tomografia do nosso paciente temos espessamento da pleura visceral e parietal, derrame pleural e formação</p><p>de placas pleurais. Quando analisamos as alternativas que a banca trás para o aluno, ela quer que você pense que local onde o</p><p>paciente trabalhava e acabou encerrando suas atividades é o que causou a patologia do paciente. A asbestose é uma doença</p><p>decorrente do depósito de asbesto no parênquima pulmonar. Esse material era amplamente utilizado na construção civil,</p><p>especialmente em telhas e caixas d’água. Desde 2017, no entanto, o amianto tem sua extração, industrialização, comercialização</p><p>e distribuição proibidas. Algumas características radiológicas importantes na asbestose, para além das opacidades difusas e/ou</p><p>lineares, são a perda do contorno da silhueta cardíaca e o espessamento pleural, sendo este último muito característico dessa</p><p>condição. O período de latência entre a exposição e o início dos sintomas é longo, de cerca de 20 anos, sendo que 10% desses</p><p>indivíduos evoluem com mesotelioma – uma neoplasia pleural incurável, com prognóstico reservado. Vamos analisar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Contato com agrotóxicos e sua intoxicação crônica cursa com alterações sanguíneas.</p><p>Alternativa B - Correta: Veja que nosso paciente tem espessamento pleural na tomografia, como vimos acima esse é uma</p><p>característica muito importante da asbesto.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Provoca alterações cromossômicas em linfócitos periféricos. Embora não tenha uma sintomatologia</p><p>bem definida, classicamente, nas provas, o benzenismo é descrito como um quadro neuropsiquiátrico (irritabilidade, cefaleia e</p><p>alterações de memória) e mielotóxico, cursando com anemia, leucopenia e plaquetopenia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Decorre da inalação do pó de carvão. Seu padrão de acometimento também é mais nodular, poupando</p><p>pleuras, e vemos que nosso paciente tem acometimento pleural.</p><p>Sendo assim, nosso gabarito é alternativa B!</p><p>46-CCQ: Saber que a hemicrania com aura se caracteriza por</p><p>uma dor moderada a intensa, latejante, tipicamente com</p><p>fenômenos visuais, porém sem sinais de alarme</p><p>Vamos dar uma conferida? Temos o relato de uma adolescente de 14 anos procura uma unidade básica de saúde com queixa de</p><p>cefaleia. Diz que viu "imagens brilhantes" e que, a seguir, a visão dela ficou como uma mancha escura e passou a ter dor de</p><p>cabeça. Depois de 30 minutos, a visão se normalizou. Ao tentar voltar a fazer a prova, houve uma piora da dor, de localização</p><p>lateral, no qual teve vontade de vomitar, referindo fonofobia (relatando que os sons estão mais fortes). Nega o uso de</p><p>anticoncepcional oral. Ao exame fisico, está pálida, sudoréica, nauseada e com dor. Com relação aos sinais vitais, apresenta</p><p>pressão arterial de 110 x 70 mmHg, frequência cardíaca de 96 batimentos por minuto; frequência respiratória de 14 incursões</p><p>respiratórias por minuto; e temperatura axilar de 36,9 °C. Não há sinais neurológicos focais, nem sinais meníngeos, e o exame de</p><p>fundo de olho revela pulso venoso espontâneo presente. Não há dúvida que temos todos os achados típicos de uma enxaqueca</p><p>com aura. Lembrando que outros nomes para isto seria migrânea com aura, assim como hemicrania com aura (embora a</p><p>enxaqueca não necessariamente precisa ser unilateral, porém é a apresentação mais comum). Consiste, portanto, em uma</p><p>cefaleia primária, pois não é consequência de outra condição, fato que o enunciado ressalta **no fato de não haver sinais</p><p>neurológicos focais (efeito de massa no SNC), sinais meníngeos (meningite), assim como exame de fundo de olho normal</p><p>(afastando encefalopatia hipertensiva ou outra causa de hipertensão intracraniana). Vamos analisar as alternativas e discuti-las,</p><p>caro(a) aluno(a):</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como disse, ausência de sinais focais, assim como o padrão da cefaleia (que no caso de tumores tem</p><p>de a ser uma dor progressiva) nos afasta deste diagnóstico, assim como ausência de outras alterações neurológicas, como</p><p>hipertensão intracraniana.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente. Ressaltar a questão da fonofobia e a fotofobia (algo que</p><p>não é mencionado porém é super comum nesta condição), assim como náuseas e vômitos.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Esta condição se relaciona com uma cefaleia muito intensa, em trovoada, em que o(a) paciente refere</p><p>que foi a pior dor da sua vida, assim como sinais meníngeos (o que a paciente não apresenta). Portanto, hipótese improvável.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não há sinais de hipertensão intracraniana, que seriam **vômitos em jato (não há náuseas),</p><p>papiledema (fundo de olho normal na paciente), assim como a tríade de Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e alterações</p><p>respiratórias. Ou seja, nada disso presente na paciente.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa B.</p><p>47-CCQ: Saber que a conduta inicial em caso de contato dos olhos com líquido causticante é a lavagem abundante.</p><p>Os acidentes com substâncias causticantes estão entre os traumas mais comuns nos olhos. Ácidos e álcalis fortes são</p><p>extremamente cáusticos e podem causar danos graves e permanentes à superfície ocular e mesmo cegueira total do olho</p><p>comprometido. A questão nos pede a conduta inicial! Nesses casos, o mais importante é retirar a substância cáustica do olho o</p><p>mais rápido possível, para evitar o agravamento da lesão. Isso pode ser feito lavando o olho afetado com água ou soro fisiólogico</p><p>(preferencialmente) de forma abundante por pelo menos 30 minutos com 1 a 2 litros. Dito isso, vamos para as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa não é a conduta inicial adequada!</p><p>Alternativa B - Incorreta: O corticoide pode ser utilizado, mas não como conduta inicial! Ele pode ser utilizado em um momento</p><p>posterior.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Cuidado com isso! O uso de anestésicos tópicos deve ser feito com muita parcimônia, pois eles podem</p><p>facilitar a penetração da substância causticante.</p><p>Alternativa D - Correta: Conforme explicado acima, a conduta inicial em traumas oculares por substâncias causticantes, é a</p><p>lavagem abundante do olho afetado.</p><p>Portanto, o Gabarito da questão é a Alternativa D</p><p>48-CCQ: baixa estatura com GH abaixo dos valores de referência indica deficiência de</p><p>Temos aqui um paciente em investigação de baixa estatura. A baixa estatura do paciente, evidenciada pelo escore Z de -3 para</p><p>altura/idade, juntamente com os resultados dos testes provocativos da secreção de hormônio de crescimento (GH) abaixo do</p><p>valor de referência, indicam a possibilidade de deficiência de GH como o diagnóstico etiológico mais provável para a baixa</p><p>estatura desse menino de 9 anos. A deficiência de GH pode resultar em crescimento inadequado durante a infância. Outros</p><p>aspectos do exame físico sem alterações sugerem que outras causas como hipotireoidismo ou má absorção de nutrientes são</p><p>menos prováveis neste caso específico. A baixa estatura constitucional também é uma possibilidade, mas geralmente não</p><p>apresenta uma baixa tão acentuada quanto 3 desvios-padrão. É importante que um profissional médico avalie adequadamente</p><p>o paciente para chegar a um diagnóstico definitivo. Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O hipotireoidismo pode levar a uma variedade de sintomas, incluindo crescimento inadequado em</p><p>crianças. No entanto, o hipotireoidismo geralmente é acompanhado por outros sintomas, como ganho de peso, fadiga, pele seca,</p><p>entre outros. Além disso, os resultados dos testes de hormônio de crescimento não estão relacionados ao hipotireoidismo.</p><p>Alternativa B - Correta: Como vimos, a deficiência de hormônio de crescimento (GH) é uma condição em que a glândula pituitária</p><p>não produz quantidades adequadas de GH, levando a um crescimento insuficiente. Os resultados dos testes provocativos de GH</p><p>abaixo dos valores de referência, juntamente com a baixa estatura acentuada, são sugestivos dessa condição.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A má absorção de nutrientes pode resultar em déficits nutricionais que afetam o crescimento. No</p><p>entanto, os resultados dos testes de GH não estão diretamente relacionados à má absorção de nutrientes. Além disso, a má</p><p>absorção geralmente é acompanhada por outros sintomas gastrointestinais, como diarreia crônica, perda de peso e deficiências</p><p>vitamínicas.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A baixa estatura constitucional é uma variação normal da altura em que uma pessoa simplesmente</p><p>herda a tendência de ser mais baixa. No entanto, uma baixa estatura constitucional geralmente não resulta em uma diferença</p><p>tão acentuada quanto 3 desvios-padrão da curva de crescimento. Além disso, ela é geralmente familiar, ou seja, outros membros</p><p>da família também apresentam a mesma característica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>49-QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE RECURSO</p><p>O rastreamento do câncer de mama é algo defendido de forma diferente por algumas instituições. As principais fontes que</p><p>divergem e precisamos saber são o Ministério da Saúde e a Febrasgo, como podemos ver a seguir. IMAGEM Fonte: banco Aristo.</p><p>Como em tudo na Medicina, a anamnese é essencial para determinar alguns riscos que podem mudar a abordagem da paciente.</p><p>Quando falamos de câncer de mama, alguns fatores merecem destaque por aumentarem o risco para essa neoplasia: História</p><p>familiar para câncer de mama Mutações genéticas Idade > 50 anos Presença de lesões precursoras na mama Exposição</p><p>prolongada ao estrogênio - menarca precoce e/ou menopausa tardia Uso de TRH prolongado Esse raciocínio é importante pra</p><p>gente saber como conduzir. Vamos ver o que temos nas alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A paciente ainda não entra na população de rastreio. Classicamente as provas trazem a história de</p><p>câncer de mama em parente de primeiro grau (mãe), o que justificaria adiantar o rastreio para uma idade 10 anos antes do</p><p>diagnóstico do parente - ex: mãe com CA de mama aos 50 anos, o rastreio da filha deve começar aos 40, mas não é o caso aqui.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O exame clínico das mamas</p><p>até pode ser realizado, até por ser uma avaliação necessária principalmente</p><p>em um primeiro contato com a paciente. Entretanto, a mamografia ainda não se faz necessária. Alternativa C - Correta:</p><p>Exatamente! Uma das características que chamamos a atenção para aumento do risco é a presença de mutação genética. O fato</p><p>de a mãe ter tido câncer de ovário deve ser um dado chamativo porque também é um tipo de câncer ligado ao gene BRCA 1 e 2,</p><p>o que justifica essa pesquisa na paciente pra saber se ela é de alto risco ou não.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Essa conduta está incompleta porque precisamos da pesquisa genética no caso. Gabarito oficial:</p><p>alternativa D.</p><p>Gabarito Aristo: alternativa C.</p><p>50 -CCQ: Saber que a primeira conduta em um paciente com CAD é hidratação venosa devendo ser vigorosa e feita com</p><p>solução fisiológica 0,9%</p><p>De uma forma geral, o tratamento da CAD baseia-se na hidratação venosa, insulinoterapia e correção dos distúrbios</p><p>hidreletrolíticos presentes.</p><p>1° : a hidratação venosa deve ser vigorosa e feita com solução fisiológica 0,9%.</p><p>2°: a insulinoterapia deve ser iniciada por via endovenosa, sendo 0,1 U/kg administrados em bolus, após a manutenção de</p><p>0,1/kg/h em bomba infusora. Mas um detalhe importante que não podemos esquecer aqui é que, caso o paciente apresente</p><p>hipocalemia (K < 3,3), está contraindicado o uso de insulina nesse momento. Isso ocorre porque, juntamente com o influxo de</p><p>glicose para o meio intracelular, a insulina também estimula o influxo de potássio. O início da insulinoterapia em um paciente</p><p>com hipocalemia somente agravaria esse distúrbio, podendo causar consequências cardiovasculares catastróficas.</p><p>3° : pelo motivo descrito acima, devemos começar a reposição de K mesmo antes dele chegar ao limite inferior. Funciona como</p><p>uma medida profilática:</p><p>"Sabemos que a insulinoterapia vai reduzir os níveis de potássio e, por isso, adicionamos como forma de prevenção a reposição</p><p>quando o paciente apresenta K < 5,0-5,2 (tenha muita atenção pois cada banca gosta de cobrar um valor diferente como</p><p>referência)". Porém, preste atenção: para repor potássio, o paciente deve ter uma boa diurese.</p><p>4°: Sabemos que uma acidose extrema é incompatível com a vida. Por isso, caso o pH do paciente alcance a marca de < 6,9,</p><p>estamos completamente respaldados pelos trabalhos científicos a realizar a reposição de HCO3, objetivando um pH alvo de até</p><p>7,0. O grande problema é que isso acaba não acontecendo na prática.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Apesar de serem exames precisos neste paciente, a nossa primeira abordagem nestes pacientes devido</p><p>a desidratação intensa, é a hidratação do paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Está não é a primeira opção do nosso paciente, vamos rever as medicações, porém esta etapa é</p><p>realizado durante a alta do paciente.</p><p>Alternativa C - Correta: Devido o quadro importante que estes pacientes apresentam de desidratação, nossa primeira conduta</p><p>diante deles é a hidratação vigorosa, cuidando sempre com cardiopatas para não exagerar.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Vamos encaminhar esse paciente para um hospital e fazer a internação, mas primeiro precisamos</p><p>compensar e estabilizar ele hemodinamicamente.</p><p>Portanto, nosso gabarito é alternativa C!</p><p>51 -CCQ: Saber que paciente com lacrimejamento excessivo, sialorreia, pupilas mióticas e que pode ter entrado em contato</p><p>com organofosforados devemos tratar com atropina</p><p>Temos um paciente de 22 anos que vem com quadro de náuseas, vômitos, incontinência fecal e urinária, fasciculações</p><p>musculares e sialorreia. Ao exame físico temos pupilas mióticas, lacrimejamento e confirmação da sialorreia. Além disso temos</p><p>um histórico de avô agricultor.</p><p>Pessoal! Muito cuidado aqui, veja que o paciente esta com a famosa clínica dos "líquidos saindo por todos os lugares" (sialorreia,</p><p>incontinência fecal e urinária, lacrimejamento excessivo), claro os outros sintomas também são chamativos, mas para definirmos</p><p>a causa de intoxicação estes dos "líquidos" são bem característicos da intoxicação por organofosforados, o que fala mais ainda a</p><p>favor é o fato do avô ser agricultor, pois os venenos utilizados nas plantações possuem este componente.</p><p>Então, esta seria a nossa principal hipótese e o tratamento é realizado principalmente com atropina! Agora, vamos às</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não é compatível com intoxicação por diltiazem.</p><p>Alternativa B - Incorreta Não tem nada que nos sugira uma intoxicação por varfarina (clínica de sangramento principalmente).</p><p>Alternativa C - Incorreta Aqui teríamos taquicardia, sintomas beta-adrenérgicos.</p><p>Alternativa D - Correta Sim! Estamos suspeitando de intoxicação por organosfosforados e o tratamento é com atropina.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>52-CCQ: Saber que em pacientes com histórico de câncer de mama e que apresentam dor lombar, a primeira suspeita deve ser</p><p>metástase.</p><p>Temos uma paciente de 59 anos com histórico de câncer de mama a 3 anos, com queixa de dor lombar contínua, de forte</p><p>intensidade, de caráter progressivo, com piora no último mês e refratária ao uso de analgésico e anti-inflamatório. Apresenta</p><p>ainda hiperalgesia aos estímulos em coluna lombar e radiografia da coluna lombar com lesões líticas. A questão nos indaga qual</p><p>a nossa principal hipótese diagnóstica!</p><p>Aqui não há muito o que pensar! Estamos provavelmente diante de uma metástase óssea do câncer de mama!</p><p>Segundo o Instituto Nacional do Câncer - INCA, um paciente pode ser considerado curado de câncer apenas após 5 anos sem</p><p>evidência de doença após o tratamento. Nossa paciente tem apenas 3 anos! O INCA ainda cita que os principais sítios de</p><p>metástase do câncer de mama são: OSSOS, pele, linfonodos, pulmões, pleura, fígado e cérebro.</p><p>Outro fator que nos leva a pensar nessa hipótese como a mais provável, é a dor lombar contínua de caráter progressivo! A</p><p>medida que a doença avança sobre os ossos, aumenta a dor da paciente!</p><p>Aliado a isso ainda temos uma radiografia evidenciando lesões líticas (osteolíticas). As lesões líticas são manchas de dano ósseo</p><p>que resultam do acúmulo de células cancerígenas na medula óssea e acontecem porque os ossos não conseguem quebrar e</p><p>regenerar (um processo chamado remodelação óssea) como deveriam. Veja a imagem ilustrativa abaixo:</p><p>Vamos para as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Exato! Essa é nossa principal hipótese diagnóstica</p><p>Alternativa B - Incorreta: Entra como um diagnóstico diferencial! Até poderiamos pensar nessa hipótese pela dor e pela</p><p>radiografia da paciente, mas outros sintomas deveriam estar associados para que pudessemos pensar na tuberculose como a</p><p>principal hipótese e a questão não nos fornece evidências nesse sentido.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Também um diagnóstico diferencial! Entretanto, hérnias não cursam com lesões osteolíticas!</p><p>Alternativa D - Incorreta: Improvável, pois a paciente não apresenta história de trauma e a questão não nos direciona no sentido</p><p>deste diagnóstico.</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa A</p><p>53-CCQ: paciente com febre após ciclo de quimioterapia, devemos pensar em neutropenia febril</p><p>A paciente é uma criança de 6 anos em tratamento para leucemia linfoide aguda, o que a coloca em um grupo de alto risco para</p><p>desenvolver complicações graves, como neutropenia febril. A neutropenia é a diminuição dos neutrófilos no sangue, que são um</p><p>tipo importante de glóbulos brancos envolvidos na defesa contra infecções.</p><p>Nesse caso, a febre é um sinal de alerta significativo em pacientes imunocomprometidos, como os que passam por tratamento</p><p>de quimioterapia para câncer. Mesmo na ausência de outros sintomas óbvios, a febre pode ser indicativa de uma infecção</p><p>potencialmente grave.</p><p>A propedêutica adequada para esse caso inclui:</p><p>Hemograma completo para avaliar a contagem de neutrófilos. Neutrófilos abaixo de 500/mm³ ou 1.000/mm³ com tendência de</p><p>queda</p><p>nas próximas 48h são um sinal de neutropenia grave.</p><p>Hemoculturas (tanto do sangue periférico quanto do cateter central), para identificar possíveis agentes infecciosos no sangue.</p><p>Provas inflamatórias, como a dosagem da PCR (proteína C reativa) e da VHS (velocidade de hemossedimentação), que podem</p><p>indicar a presença de uma resposta inflamatória.</p><p>Essa abordagem é importante para identificar precocemente qualquer infecção bacteriana ou fúngica, que pode se espalhar</p><p>rapidamente em pacientes com neutropenia, devido à supressão do sistema imunológico. Portanto, a opção C é a correta neste</p><p>cenário.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Esta alternativa não é a mais indicada inicialmente. Embora o uso de antibióticos seja uma parte</p><p>importante do tratamento em pacientes imunocomprometidos com febre, a troca imediata do cateter de longa permanência</p><p>não é necessária sem uma avaliação adequada. A decisão de trocar o cateter deve ser baseada em evidências clínicas de infecção</p><p>no cateter, e não apenas devido a um pico febril isolado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Esta alternativa não é apropriada para pacientes imunocomprometidos em tratamento de</p><p>quimioterapia, especialmente quando apresentam febre. Mesmo que não haja alterações óbvias no exame físico, a febre em</p><p>pacientes como esse pode ser o único sinal de infecção subjacente, que pode progredir rapidamente para complicações graves.</p><p>Alternativa C - Correta: Essa é a resposta correta. A paciente, devido ao seu histórico de leucemia linfoide aguda e tratamento</p><p>com quimioterapia, está em risco de neutropenia febril. A avaliação proposta nesta alternativa (hemograma, hemocultura,</p><p>provas inflamatórias) é apropriada para detectar possíveis infecções subjacentes e iniciar o tratamento apropriado.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não devemos esperar o resultado do hemograma para coletarmos hemocultura, provas inflamatórias</p><p>e hemocultura de cateter venoso. Além disso, o diagnóstico de neutropenia febril se dá com neutrófilos < 500/mm³ OU <</p><p>1000/mm³ com tendência de queda nas próximas 48h.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>54-CCQ: Pesquisa para GBS desconhecida + RPMO = necessidade de profilaxia para GBS</p><p>Fala, pessoal! Questão interessante sobre profilaxia para streptococcus do grupo B (GBS) na gestação, com dois casos para a</p><p>gente analisar a necessidade de realizar a prevenção. Vamos revisar!</p><p>A pesquisa para GBS é uma conduta defendida pelo Ministério da Saúde como forma de prevenir a sepse neonatal. Essa pesquisa</p><p>é realizada com swab vaginal e perianal entre 35 e 37 semanas e o seu resultado ajudará a determinar se precisa ou não a</p><p>profilaxia durante o parto. Vamos ver o que cada caso traz pra gente.</p><p>Gestante X</p><p>É uma gestante com um acompanhamento precário no pré-natal, com apenas 4 consultas, além de não ter realizado a pesquisa</p><p>para GBS. Quando a pesquisa não é realizada, adotamos como desconhecida e precisamos pensar no pior cenário, que é a</p><p>presença do patógeno. Somado a isso, temos uma paciente com uma rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) há</p><p>muito tempo, pois diz que foi no dia anterior, ou seja, outro dado que deve nos chamar a atenção porque a RPMO com mais de</p><p>18 horas aumenta muito o risco de sepse neonatal.</p><p>Gestante Y</p><p>Aqui temos uma gestante que parece ter feito um acompanhamento adequado no pré-natal, sendo realizado, inclusive, em</p><p>serviço de alto risco. A pesquisa para GBS foi feito em tempo hábil e o seu resultado serve para a cesariana eletiva, pois o</p><p>resultado do swab é válido por até 5 semanas após a sua realização, ou seja, serviria, para esse caso, até a 41ª semana.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não, não! A paridade e a presença de hipertensão não indicam profilaxia. A paciente tem uma pesquisa</p><p>válida, com tempo hábil e resultado negativo, o que é suficiente para não precisar de profilaxia.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Como explicado, a paciente Y não precisa de profilaxia.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente! Como dito, a paciente provavelmente tem uma RPMO acima de 18 horas, além de não ter</p><p>pesquisa para GBS. Tendo isso em mente, a profilaxia é necessária.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Como discutido, a paciente X precisa da profilaxia.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>55-CCQ: Longas filas -de espera no sus podem ser explicadas por problemas de acessibilidade e gestão</p><p>Nessa charge vemos pacientes na fila para atendimento do SUS, sendo um paciente está sem queixas, e é questionado o motivo</p><p>pelo qual ele está na fila, argumento que está na fila porque até chegar a sua vez, ou seja, devido a demora do atendimento e</p><p>das acessibilidades, é provável que ele esteja doente.</p><p>O que ela quer trazer para gente é a falta de acessibilidade e gestão, sabemos que apesar de alguns lugares terem ótimas</p><p>acessibilidade e gestão, isso é a minoria, maioria é subfinanciados e gerenciadas, e apesar do investimento o retorno do mesmo</p><p>é baixo.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Está não é a queixa do nosso paciente e o motivo para ele já estar na fila mesmo ainda saudável.</p><p>Alternativa B - Correta: Isso mesmo, o paciente está na fila porque relata o acesso ser difícil e acabar gerando filas enormes</p><p>para atendimentos.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Todos os pacientes tem seus problemas resolvidos, o que acontece na charge é a dificuldade em ser</p><p>atendido.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Embora a coordenação do cuidado seja um aspecto importante da atenção primária, a charge parece</p><p>estar mais focada na questão da acessibilidade e do tempo de espera, que são diretamente relacionados a problemas de gestão</p><p>e financiamento.</p><p>Portanto, o nosso gabarito é alternativa B!</p><p>56-CCQ: Saber que paciente com dor lombar e incontinência urinária tem diagnóstico de dor lombar com comprometimento</p><p>neurológico e devemos solicitar exame de imagem</p><p>Fala pessoal! Questão interessante sobre dor lombar, vamos lá entender o que a banca queria de nós.</p><p>Temos um paciente de 65 anos com queixa de dor lombar há 1 mês, que vem piorando progressivamente. Agora vem um dado</p><p>importante, pois o paciente esta aparentemente (por queixa da esposa) com incontinência urinaria. Ao exame físico temos</p><p>espasmo muscular localizado e dor à palpação das apófises vertebrais (L2 e L3) e às manobras que visa identificar radiculopatias</p><p>principalmente (laségue) estão negativas.</p><p>Pessoal! Veja que além da dor lombar o paciente apresenta incontinência urinária, ou seja, temos algum problema no sistema</p><p>neurológico também! Por isso, ficaríamos com o gabarito de dor lombar com comprometimento neurológico.</p><p>Vamos analisar às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não é uma simples dor musculoesquelética.</p><p>Alternativa B - Incorreta Como vimos, aqui teríamos testes como manobra de Laségue positivos.</p><p>Alternativa C - Correta Exato! O nosso gabarito. Esta alteração da continência urinária nos indica um problema neurológico.</p><p>Alternativa D - Incorreta Não é uma simples dor lombar postural.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>57-CCQ: Saber que hérnias incisionais em pacientes obesos devem receber abordagem multidisciplinar antes da correção</p><p>cirúrgica</p><p>Questão bem tranquila sobre um tema Pareto em provas: Hérnias!</p><p>Temos uma paciente do sexo feminino, obesa, com IMC de 37 kg/m² e hérnia incisional de moderado tamanho com colo herniário</p><p>de 15 x 7 cm, assíntomática e sem comorbidades. A questão nos pergunta qual a conduta mais adequada para o manejo pré-</p><p>operatório dessa paciente.</p><p>Nossa paciente apresenta um quadro de hérnia incisional, estando indicado o tratamento eletivo pois não há sinais de</p><p>encarceramento ou estrangulamento. Entretanto, a paciente apresenta hérnia de moderado tamanho e obesidade grau II, sendo</p><p>o tamanho da hérnia e a obesidade, importantes fatores de risco para a recidiva do quadro! Desta forma, devemos indicar</p><p>tratamento multidisciplinar</p><p>com perda de peso antes do tratamento cirurgico. O tratamento multidisciplinar é feito com auxílio</p><p>de outros profissionais como nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, objetivando com que o</p><p>paciente perca peso e mantenha o peso adequado após o procedimento cirurgico, visando com que não haja recidiva herniária.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Poderia ser uma opção caso nossa paciente apresentasse comorbidades e risco cirurgico elevados e</p><p>que contraindicassem uma tentativa de reparo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A questão não dá nenhum indício de que houve ou possa haver risco de encarceramento e portanto</p><p>a cirurgia eletiva está indicada.</p><p>Alternativa C - Correta: Conforme explicado acima, essa é a conduta mais adequada.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não há necessidade!</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa C</p><p>58-CCQ: a prevalência de cardiopatias congênitas é alta em pacientes com Síndrome de Down</p><p>Temos aqui um RN que apresenta ao exame físico pregas palpebrais oblíquas para cima, epicanto, protrusão lingual, palato</p><p>ogival, retrognatia, pavilhão auricular pequeno de implantação baixa, braquidactilia, prega palmar única transversa, discreta</p><p>hipotonia, frouxidão ligamentar, excesso de tecido adiposo no dorso do pescoço e diástase dos músculos dos retos abdominais.</p><p>Estas alterações são compatíveis com a síndrome de Down, não é mesmo?</p><p>Recém-nascidos com síndrome de Down (trissomia do 21) têm um risco aumentado de desenvolver cardiopatias congênitas, que</p><p>são anomalias no desenvolvimento estrutural do coração desde o nascimento. Portanto, é importante realizar uma avaliação</p><p>cardíaca detalhada para identificar e tratar essas condições precocemente. Os exames a serem realizados incluem:</p><p>Radiografia de Tórax: Pode fornecer informações sobre o tamanho e a forma do coração, bem como detectar qualquer</p><p>anormalidade nos vasos sanguíneos pulmonares.</p><p>Eletrocardiograma (ECG): Um ECG registra a atividade elétrica do coração e pode ajudar a identificar ritmos cardíacos anormais.</p><p>Ecocardiograma: O ecocardiograma é um exame de ultrassom do coração que fornece imagens detalhadas das estruturas</p><p>cardíacas. Ele é fundamental para detectar e avaliar a gravidade das cardiopatias congênitas. Este é o exame mais importante e</p><p>específico para avaliação cardíaca em recém-nascidos com síndrome de Down.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Esta opção não parece ser apropriada com base na descrição clínica fornecida. As características</p><p>mencionadas, como pregas palpebrais oblíquas para cima, epicanto, protrusão lingual, palato ogival, retrognatia, pavilhão</p><p>auricular pequeno, entre outras, são típicas de síndrome de Down e não estão diretamente relacionadas a anomalias do arco</p><p>duodenal.</p><p>Alternativa B - Correta: A descrição clínica menciona características que levantam suspeita de Síndrome de Down, que está</p><p>pode estar relacionada a possíveis cardiopatias congênitas. A realização de exames cardíacos, como radiografia de tórax,</p><p>eletrocardiograma (ECG) e ecocardiograma, é apropriada para avaliar a saúde do coração do neonato.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O teste do pezinho é realizado para rastrear diversas doenças, incluindo hipotireoidismo congênito.</p><p>No entanto, a descrição clínica não menciona sintomas relacionados à tireoide ou indicações para suspeita de hipertireoidismo.</p><p>Além disso, as características apresentadas parecem estar mais relacionadas à síndrome de Down, que não é rastreada no teste</p><p>do pezinho.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Embora a descrição mencione características musculoesqueléticas como braquidactilia, prega palmar</p><p>única transversa e diástase dos músculos dos retos abdominais, não há indicação clara de instabilidade atlantoaxial. Além disso,</p><p>dada a possibilidade de cardiopatias congênitas levantada pelas características apresentadas, a avaliação cardíaca parece ser</p><p>uma prioridade mais relevante neste momento.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>59-QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE RECURSO</p><p>O caso traz uma gestante com 35 semanas de idade gestacional e aumento dos níveis pressóricos, já devemos abrir o olho para</p><p>as síndromes hipertensivas da gestação, em especial a pré-eclâmpsia. O diagnóstico clássico é dado com hipertensão (PAS ≥ 140</p><p>e/ou PAD ≥ 90 mmHg) associado a proteinúria. Entretanto, há a possibilidade de diagnóstico caso não haja proteinúria, mas sim</p><p>a presença de algumas das seguintes alterações.</p><p>Plaquetopenia (< 100.000/mm³)</p><p>Creatinina ≥ 1,1 mg/dL</p><p>Disfunção hepática (transaminases com o dobro do valor basal)</p><p>Edema agudo pulmonar</p><p>Presença de sintomas cerebrais ou visuais</p><p>A paciente tem uma PA elevada e uma cefaleia que não melhora com a analgesia, algo que devemos nos atentar, pois a PA pode</p><p>ser a causa dessa cefaleia e indica um acometimento do SNC. Portanto, estamos diante de um quadro de pré-eclâmpsia com</p><p>sinais de gravidade. Vamos colocá</p><p>-los aqui em baixo pra vocês.</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não, não! A paciente já recebeu analgesia e isso não funcionou, então não podemos liberá-la.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A conduta está meio vaga aqui. Considerando uma pré-eclâmpsia com sinais de gravidade, devemos</p><p>internar, realizar exames laboratoriais principalmente pra excluir HELLP e prescrever sulfato de magnésio para evitar eclâmpsia.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A metildopa é um anti-hipertensivo que é usado para controle pressórico no caso de pré-eclâmpsia,</p><p>mas não é usada num quadro de urgência com sinais de gravidade.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Essa conduta ainda considera que a paciente tem apenas uma cefaleia benigna, mas já entendemos</p><p>que precisamos ser mais maldosos e considerar um quadro mais grave, que necessite de sulfato de magnésio.</p><p>Gabarito oficial: alternativa D.</p><p>Gabarito Aristo: não há alternativa correta.</p><p>60-CCQ: Ao suspeita de Chikungunya devemos notificar os serviços de informações de saúde, sendo o tratamento de suporte,</p><p>com uso de analgésicos – dipirona, paracetamol e, nos casos graves, opioides</p><p>Temos aqui uma doença provocada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pertence à família Togaviridae, sendo a principal forma</p><p>de transmissão também pelo mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os mosquitos podem adquirir o vírus ao picar</p><p>indivíduos infectados desde o primeiro até o quinto dia da doença. De forma rara, mas possível, também temos a transmissão</p><p>do vírus por via materno-fetal ou através de hemoderivados.</p><p>Uma curiosidade é que o nome “Chikungunya” é derivado de uma língua africana e significa "aquilo que se curva" ou "andar</p><p>inclinado", por causa da artralgia incapacitante causada pela doença.</p><p>Sendo o tratamento na forma aguda de de suporte, com uso de analgésicos – dipirona, paracetamol e, nos casos graves, opioides.</p><p>Na fase aguda, os AINEs não devem ser prescritos como drogas de primeira linha devido ao risco de sangramento aumentado.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Devemos notificar diante da suspeita, não necessitando de confirmação para ser notificado e devendo</p><p>ser tratado ambulatorialmente caso não apresente sinais e sintomas de gravidade.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não vamos fazer a notificação do caso quando houver confirmação laboratorial, faremos diante da</p><p>suspeita, anulando está alternativa.</p><p>Alternativa C - Correta: Vamos notificar este paciente diante da suspeita, fazer a busca ativa pelos ACS assim como ações de</p><p>campanhas e promoções, devendo tratar com sintomáticos e ingesta hídrica.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Vamos realizar o tratamento do paciente e todo o cuidado do paciente na UBS sem a necessidade de</p><p>encaminhamento.</p><p>Sendo assim, nossa alternativa é letra C!</p><p>61-CCQ: Paciente jovem com quadro amigdalite, cefaleia, febre e adenopatias cervicais com presença de linfócitos atípicos no</p><p>hemograma tem diagnóstico sugestivo de mononucleose a qual pode ser diagnosticada</p><p>por sorologia para EB</p><p>Temos uma paciente de 17 anos (adolescente) com cefaleia, dor de gargante e febre há 8 dias, apresenta linfonodos cervicais</p><p>aumentados, sendo que um deles tem 1,5 cm de diâmetro, agora vem um dado extremamente característico, a presença de</p><p>linfocitose com linfócitos atípicos. Galerinha, se você ainda não sabia deste detalhe, grave ele no seu coração.</p><p>Estes linfócitos atípicos em um adolescente com dor de gargante deve te fazer pensar em mononucleose infecciosa! Isso aqui</p><p>cai todos os anos, então você tem que saber deste quadro clínico. Muito bem, mas a banca não queria saber qual é o diagnóstico,</p><p>mas sim a abordagem diagnóstica, aqui deveríamos saber que uma dar formas de realizarmos este diagnóstico é com a sorologia</p><p>para Epstein-Barr.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Exato! Este é o nosso gabarito.</p><p>Alternativa B - Incorreta Não temos nada que nos sugira um processo maligno por exemplo, para solicitarmos biópsia dos</p><p>linfonodos.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não é necessária uma punção da medula óssea, pois não estamos suspeitando de algo maligno</p><p>(provavelmente a banca quis te confundir com os linfócitos atípicos).</p><p>Alternativa D - Incorreta Não era necessário neste momento a solicitação de uma TC.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>62-CCQ: Saber que pacientes com traumas extensos de face, necessitam de via aérea definitiva, estando indicada via aérea</p><p>cirúrgica com cricotireoidostomia</p><p>Questão de trauma do Revalida INEP, tema PARETO em qualquer prova de revalidação e residência.</p><p>Temos um paciente de 20 anos, vítima de colisão frontal de automóvel contra parede de alvenaria, em alta velocidade, sem cinto</p><p>de segurança e sem airbag. Ao exame, o rapaz apresenta traumatismo craniofacial extenso, escala de coma de Glasgow de 6,</p><p>sinais de fratura e de instabilidade do arco mandibular, laceração e perda tissular significativa no segmento - Lábios, língua,</p><p>gengivas e elementos dentários associadas a sangramento profuso. A questão nos pergunta a conduta imediata nessa situação.</p><p>Note que nosso paciente apresenta Glasgow de 6, uma clara indicação da necessidade intubação orotraqueal. (lembre que</p><p>Glasgow menor ou igual a 8 indica intubação) Podemos entubar este paciente? Antes, vamos revisar as contraindicações ao</p><p>procedimento!</p><p>E agora? Podemos entubar? Não! O paciente apresenta um trauma maxilofacial extenso, o que contraindica o procedimento de</p><p>intubação orotraqueal. E agora? O que faremos? Calma! Não se desespere! Quando tivermos um paciente que necessita</p><p>assegurar via aérea e existe contraindicação de IOT, podemos fazer uso da cricotireoidostomia! E porque não a traqueostomia?</p><p>A questão nos pede a conduta imediata para o caso e a traqueostomia necessita ser realizada em centro cirúrgico, o que</p><p>demanda tempo, algo que normalmente não temos num pronto-socorro! Dito isso vamos para as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa conduta não atenderia a necessidade do paciente, além disso, ele apresenta sangramento profuso</p><p>e pode ter engolido sangue. Se ele vomitar, a cânula não impede a broncoaspiração.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Como vimos acima, a IOT está contraindicada para este paciente</p><p>Alternativa C - Correta: A cricotireoidostomia, consiste no estabelecimento de uma abertura através da membrana</p><p>cricotireóidea e a colocação de um tubo de traqueostomia ou tubo endotraqueal (TET) com balonete na traqueia, assegurando</p><p>e protegendo a via aérea do paciente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A questão nos pede a conduta imediata e conforme explicado acima, a traqueostomia não é</p><p>adequada.</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa C</p><p>63-CCQ: A taquipneia transitória do recém-nascido caracteriza por taquipneia com sinais de desconforto respiratório, cianose</p><p>e retrações, que respondem bem a oxigenoterapia e de evolução autolimitada em cerca de 72 hrs</p><p>A taquipneia transitória do recém-nascido é uma condição comum quando ocorre cesária em data limítrofe de maturidade, pois</p><p>há acumulo de líquido no pulmão. Trata-se de uma condição autolimitada e com recuperação em até 3 dias. Responde bem a</p><p>oxigenoterapia, necessitando de uma FiO2 baixa (40%).</p><p>Na radiografia de tórax pode-se evidenciar congestão hilar, aumento da trama vascular, líquido cisural, derrame pleural e</p><p>cardiomegalia. Observe:</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: A descrição do caso não menciona febre ou outros sintomas associados à infecção, e a evolução</p><p>radiológica não é típica de uma pneumonia congênita.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A doença da membrana hialina, também conhecida como síndrome da angústia respiratória do recém-</p><p>nascido, ocorre devido à falta de surfactante nos pulmões imaturos do bebê prematuro. A doença da membrana hialina</p><p>geralmente afeta bebês prematuros, e a descrição menciona um bebê nascido com 36 semanas de idade gestacional, o que é</p><p>considerado próximo ao termo, reduzindo a probabilidade dessa condição, além disso a evolução foi rápida e autolimitada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Na sd. da aspiração meconial esperaríamos pneumotórax (e até pneumomediastino) e infiltrado</p><p>alveolar grosseiro. Acomete mais recém nascidos a termo ou pós-termo.</p><p>Alternativa D – Correta: A taquipneia transitória do recém-nascido caracteriza por taquipneia com sinais de desconforto</p><p>respiratório, cianose e retrações, que respondem bem a oxigenoterapia e de evolução autolimitada. Na radiografia podemos ter</p><p>aumento a trama peri-hilar, cardiomegalia leve a moderada, hiperdensidade decorrentes de alvéolos cheios de líquido, como</p><p>observado na radiografia inicial do enunciado. O prognóstico é bom, com resolução em até 72 hrs após o início dos sintomas,</p><p>em geral, já apresenta melhora significativa após 12 horas, o que é compatível com a melhora radiológica do enunciado.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa D</p><p>64-CCQ: O ácido tranexâmico faz parte da conduta para HPP por atonia uterina</p><p>A hemorragia pós-parto é definida como a perda sanguínea de 500 mL, em caso de parto vaginal, ou 1.000 mL, em caso de</p><p>cesariana, nas primeiras 24 horas de pós-parto ou qualquer perda de volume que seja capaz de gerar sintomas clínicos e/ou</p><p>sinais de hipovolemia. As causas da HPP são chamadas de ”4 Ts”, o que nos ajuda a sistematizar o pensamento.</p><p>temos um caso bem clássico de HPP por atonia uterina. Começamos pelo parto taquitócico e a multiparidade, que são fatores</p><p>de risco para hipotonia uterina, seguido da clínica bem característica, com útero amolecido e acima da cicatriz umbilical. A</p><p>conduta básica para essa situação é composta por:</p><p>Medicações uterotônicas: misoprostol, ocitocina e/ou metilergometrina.</p><p>Antifibrinolítico: ácido tranexâmico.</p><p>Abordagem não cirúrgica: o principal representante é a manobra de Hamilton.</p><p>Abordagem cirúrgica: sutura de B-lynch, ligadura das artérias uterinas.</p><p>Vamos ver o que temos em cada alternativa.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não, não! A histerectomia realmente é uma possibilidade, mas fica como uma medida mais de última</p><p>instância porque sempre buscamos preservar a fertilidade da paciente.</p><p>Alternativa B - Correta: Sim! Como dito, essas medicações fazem parte da conduta - os uterotônicos são usados para promover</p><p>contração uterina, enquanto que o ácido tranexâmico ajuda no controle do sangramento.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Errado! O ácido tranexâmico não é usado apenas em caso de laceração.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Também não! O ácido tranexâmico é usado de forma concomitante à droga uterotônica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>65-CCQ: Paciente em situação de rua e com diagnóstico de tuberculose, pode iniciar o esquema básico e realizar o tratamento</p><p>diretamente observado com auxílio de pessoas que possuem vínculo</p><p>Fala queridos, como andam os estudos? Temos aqui uma excelente questão sobre Consultórios na Rua, cujo objetivo é ampliar</p><p>o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando,</p><p>de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde</p><p>para esse grupo.</p><p>Estamos diante de um paciente com 42 anos com tosse produtiva discreta de 2 semanas, perda ponderal, em situação de rua,</p><p>que ao exame físico apresenta redução do murmúrio em terço superior de hemitórax esquerdo. Em que devemos pensar? Em</p><p>tuberculose! Somos um país endêmico para a doença e pessoas em situação de rua constituem-se um grupo de risco para a</p><p>doença. Uma vez diagnosticado, devemos seguir com o tratamento. Você se lembra do esquema de tratamento?</p><p>Alternativa A – Incorreta: Apesar dos moradores em situação de rua terem maior chance de uma infecção resistente, não temos</p><p>nenhuma informação a respeito disso no enunciado. Além disso, há indicação de TDO para o paciente.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Como discutimos, não há nada na história que confirme uma infecção resistente. Além disso, o TDO é</p><p>feito pela atenção primária e não a secundária. Ademais, devemos iniciar a investigação com teste rápido molecular.</p><p>Alternativa C – Correta: Isso mesmo, pessoal! Diante do diagnóstico estabelecido a conduta é iniciar o esquema básico. Além</p><p>disso, o TODO pode ser feito em conjunto com pessoas que tenham vinculo próximo.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Não é necessário aguardar a cultura. Além disso, recadinho muito importante aqui: tratamento de</p><p>tuberculose para pessoas em situação de rua e sem gravidade é realizado na atenção primária, é possível e indicado a realização</p><p>do TDO.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa C.</p><p>66-CCQ: Paciente morador de área urbana com falta de saneamento básico com febre, icterícia, eritema conjuntival e dor</p><p>muscular especialmente em panturrilhas tem diagnóstico provável de leptospirose</p><p>Temos um paciente de 50 anos com febre e icterícia há 3 dias, temos um antecedente importante aqui, que é o de morar em</p><p>área urbana com falta de saneamento básico (fator de risco para leptospirose) e é descrito que além da febre e icterícia o</p><p>paciente apresenta náuseas, eritema conjuntival bilateral e dor muscular, especialmente em panturrilhas.</p><p>Galera, não tem como, quadro clínico característico da leptospirose! Só faltou a banca colocar que o paciente passou por área</p><p>de enchente , então este é a nossa principal hipótese neste momento, mas a banca quer saber também o exame complementar</p><p>que pode ser utilizado, sendo o teste de microaglutinação (um método que detecta indiretamente a presença de anticorpos anti-</p><p>leptospira) um dos métodos possíveis.</p><p>Veja que para acertar, você só precisava saber qual doença estavamos frente! Pois, só temos 1 opção com leptospirose, esta é a</p><p>importância de trabalhar com às alternativas! Vamos analisá-las:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não temos um quadro característico de dengue.</p><p>Alternativa B - Incorreta Pessoal, apesar de hepatite poder levar a alguns dos sintomas, esta dor muscular especialmente em</p><p>panturrilhas não é sugestiva.</p><p>Alternativa C - Correta Exato! O nosso gabarito, que é compatível com todos os sintomas descritos no enunciado.</p><p>Alternativa D - Incorreta Não, paciente não mora em área de risco para febre amarela (zona urbana) e a dor em panturrilha</p><p>também não é sugestiva desta doença.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>67-CCQ: Saber que paciente com tamponamento cardíaco que evolui com parada ainda na admissão, necessita de toracotomia</p><p>de urgência.</p><p>Temos um paciente de 16 anos vítima de acidente automobilístico que chega ao pronto-socorro com escoriação extensa em</p><p>parede torácica anterior, murmúrio vesicular fisiológico e simétrico, bulhas cardíacas hipofonéticas, frequência cardíaca de 48</p><p>batimentos por minuto, pressão arterial de 80 x 40 mmHg e turgência bilateral de jugulares. O paciente sofre uma parada</p><p>cardiorrespiratória logo após a admissão.</p><p>Não resta dúvida que estamos diante de um tamponamento cardíaco que evoluiu com parada cardiorespiratória!</p><p>O tamponamento cardíaco ocorre pelo acúmulo de líquido ou sangue no espaço pericárdico, isso impede o movimento cardíaco</p><p>e tem uma apresentação clínica característica:</p><p>Hipofonese cardíaca</p><p>Hipotensão arterial</p><p>Turgência jugular</p><p>Esse conjunto de sinais é conhecido como Tríade de Beck e é característico do tamponamento cardíaco. O tratamento dessa</p><p>condição requer drenagem por punção (tratamento inicial e que nos dá tempo para uma correção definitiva) ou drenagem</p><p>cirúrgica por uma janela pericárdica.</p><p>Mas o que fazer quando nosso paciente evolui com parada ainda na admissão?</p><p>Nesse caso, temos indicação de uma toracotomia de urgência, uma medida heróica para tentar salvar a vida do paciente! Esse</p><p>procedimento é realizado através de uma incisão anterolateral no tórax com intuito de se ter rápido acesso ao coração e aos</p><p>principais vasos torácicos, buscando o controle direto de hemorragias intratorácicas que ponham a vida em risco, aliviar o</p><p>tamponamento cardíaco, permitir a massagem cardíaca direta, clampear a aorta torácica descendente e reparar danos cardíacos,</p><p>quando presentes.</p><p>Algo a mais: Critérios de indicação e de contra-indicação:</p><p>Indicações: pacientes agônicos que apresentem sinais de vida com o objetivo de retirar sangue do pericárdio no tamponamento</p><p>cardíaco, controle direto de hemorragias intratorácicas, massagem cardíaca aberta, clampeamento da aorta descendente para</p><p>diminuir o fluxo sanguíneo abaixo do diafragma e melhorar a perfusão do cérebro e do coração.</p><p>Contra-indicações: ausência de sinais vitais ao chegar, lesão cerebral traumática grave, colapso circulatório - provavelmente por</p><p>causas extratorácicas.</p><p>Vamos para as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Conforme explicado acima! É a conduta mais adequada nesse caso!</p><p>Alternativa B - Incorreta: O paciente está com um tamponamento e parado! Apenas massagem externa nãoolve o problema!</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não há indicação!</p><p>Alternativa D - Incorreta: Seria uma opção se nosso paciente não estivesse em parada cardiorespiratória!</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa A</p><p>68-CCQ: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias e o conselho tutelar só</p><p>será acionado mediante recusa dos pais após abordagem educacional</p><p>Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente - artigo 14, é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados</p><p>pelas autoridades sanitárias. Caso os pais se recusem a vacinar as crianças, o Conselho Tutelar deverá ser acionado para as</p><p>devidas providências.</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: Caso após orientação da família se permaneça a decisão de não vacinar, o conselho tutelar deve ser</p><p>acionado.</p><p>Alternativa B – Correta: Isso mesmo! Por não ser uma emergência médica, podemos fazer uma tentativa de educação em saúde.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Apesar das crianças estarem expostas a risco, ele não é iminente. Assim, podemos tentar orientar a</p><p>família antes. Caso fosse um risco iminente, acionaríamos o conselho de imediato. Caso a família permaneça com a decisão de</p><p>não acatar a orientação, também acionaríamos.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A primeira conduta deve ser a orientação da família.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B</p><p>69-CCQ: É permitida a troca de acompanhante ao longo do trabalho de parto, no parto e no pós-parto</p><p>Assim como todo e qualquer paciente, a gestante é munida de direitos que fazem parte de um acompanhamento adequado. O</p><p>tópico da vez é a possibilidade de acompanhante, algo que devemos saber inclusive para informar as nossas pacientes que estão</p><p>ansiosas pelo trabalho de parto.</p><p>A Lei Nº 11.108 de 07 de abril de 2005 garante a presença de acompanhante a uma gestante em trabalho de parto, esse(a)</p><p>acompanhante deve ser determinado(a) de acordo com a vontade da paciente buscando o seu bem-estar e tranquilidade para</p><p>passar por esse momento. Entretanto, essa obrigatoriedade fica limitada à presença de apenas um acompanhante, ou seja, o</p><p>hospital pode vedar a entrada de um segundo acompanhante</p><p>muitas alterações orgânicas aconteçam ao longo dos anos, mudanças estas que significam o</p><p>surgimento de novos fatores de risco para várias doenças.</p><p>Aumento do risco cardiovascular, sintomas como fogachos e ressecamento vaginal, redução da libido etc., estes são apenas</p><p>alguns exemplos da consequência do hipoestrogenismo. Não bastasse, o risco de osteoporose também se eleva, pois o</p><p>estrogênio é responsável por reduzir a atividade de osteoclastos e estimular os osteoblastos, mas é sempre importante lembrar</p><p>que a terapia de reposição hormonal (TRH) não será indicada apenas por conta de um risco aumentado de osteoporose.</p><p>Ok, ok. Mas e como podemos prevenir essa doença? Aí entra o centro da nossa questão, caro(a) aluno(a)! Vamos usar as</p><p>alternativas para entender isso.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não, não! A Febrasgo indica o uso de densitometria para rastreio apenas a partir dos 65 anos, caso</p><p>seja uma paciente de baixo risco, que é o caso da questão.</p><p>Alternativa B - Correta: Exatamente! A paciente é nova, tem pouco tempo de menopausa e não apresenta comorbidades, ou</p><p>seja, podemos ter mais segurança de que a prevenção primária será não farmacológica - incentivando a prática de atividade</p><p>física, ingesta adequada de cálcio, assim como exposição à luz solar.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O uso de alendronato ou raloxifeno é para pacientes com diagnóstico de osteoporose, não com</p><p>osteopenia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O diagnóstico de menopausa é clínico e o enunciado deixa claro que a paciente já é menopausada,</p><p>pois a última menstruação foi há mais de 12 meses.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>05 - CCQ: A microárea, subdivisão da área, é realizada a partir da homogeneidade de grupos socioeconômicos e culturais, de</p><p>risco ou não, com intuito de melhoria das condições de saúde</p><p>A territorialização é uma ferramenta utilizada pela Atenção Primária à Saúde (APS) que auxilia na compreensão do processo</p><p>saúde doença da população permitindo a realização do diagnóstico e assinalando possíveis necessidades de intervenção para os</p><p>problemas encontrados naquele território.</p><p>É utilizada para definir área de atuação dos serviços de saúde com objetivo de planejar as ofertas de serviços aos perfis da</p><p>população daquela localidade. Esse processo de organização considera as características demográficas,</p><p>socioeconômicas, geográficas, sanitárias, epidemiológicas, atividades produtivas existentes, disponibilidade de serviços de saúde</p><p>e articulação entre as regiões administrativas e municípios de fronteiras.</p><p>Como proposta para adequado diagnóstico situacional e intervenções em saúde, divide-se o território em área e micro área.</p><p>Território: região delimitada de responsabilidade de uma gerência de serviços da atenção primária (GSAP), pode conter uma ou</p><p>mais unidades básicas de saúde.</p><p>Área de abrangência: área delimitada de responsabilidade de uma equipe de saúde da família.</p><p>Microárea: a área de uma equipe é dividida em microáreas (responsabilidade de um agente comunitário de saúde, quando</p><p>houver, ou da equipe, quando não há agente específico para a microárea).</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não leva em consideração a distribuição das famílias conforme suas necessidades, o que poderia</p><p>resultar em sobrecarga de trabalho para os profissionais que atendem famílias mais vulneráveis.</p><p>Alternativa B - Correta: Essa estratégia considera a divisão do território em áreas menores, mas que compartilham características</p><p>semelhantes em termos de necessidades de saúde e outras condições. Isso ajuda a direcionar as ações da equipe de saúde de</p><p>forma mais eficaz, atendendo às necessidades específicas de cada micro área e otimizando o uso dos recursos disponíveis.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Devemos fazer a divisão conforme as características e semelhanças, no contexto da saúde da família e</p><p>da territorialização, usar mapas esquemáticos ou mapas impressos pode ser útil para visualizar a distribuição geográfica da</p><p>população, das estruturas de saúde, das vias de acesso, das áreas de risco, entre outros fatores relevantes. No entanto, essa</p><p>estratégia pode ter limitações quando se trata de uma abordagem mais dinâmica e atualizada.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Essa alternativa se refere à obtenção de dados para embasar a territorialização, enquanto a pergunta</p><p>foca na estratégia para organizar o processo de territorialização em si.</p><p>Portanto, nosso gabarito é alternativa B!</p><p>06-CCQ: Saber que diante de uma reação urticariforme aguda, devemos retirar a exposição, utilizar anti-histamínicos e realizar</p><p>hidratação da pele</p><p>Temos o caso clínico de um paciente, 20 anos, totalmente saudável, no qual iniciou o uso de nimesulida para alívio de dor causada</p><p>por uma entorse de tornozelo. Porém há 24 horas, afirma ter começado a apresentar prurido e pápulas vermelhas de tamanhos</p><p>variados, distribuídas de forma irregular em tronco e em membros superiores, porém o paciente não apresenta dispneia,</p><p>palpitações ou alterações gastrointestinais (informação importante, querido(a) aluno(a). A banca quer saber nossa conduta.</p><p>Sem dúvida, estamos diante de uma reação urticariforme, provavelmente por conta da nimesulina, sendo que a sua retirada já</p><p>foi realizada, segundo o próprio enunciado. Portanto, é uma condição alérgica, porém é importante ressaltar que não há</p><p>repercussões tão sistêmicas como dispneia, palpitações e outros transtornos para descartar uma anafilaxia, e principalmente</p><p>um choque anafilático, no qual cursa com importante deterioração, certo? Estamos apenas diante de uma reação alérgica com</p><p>repercussão apenas cutânea, com prurido. Portanto, nossa conduta será somente anti-histamínico e como é um evento que</p><p>pode desidratar a pele, nada como dar um suporte hídrico (podendo ser oral ou endovenoso nete caso).</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Conduta excelente se fosse um choque anafilático. Porém, como vimos, a reação alérgica não está</p><p>sendo tão intensa a este ponto neste paciente (felizmente).</p><p>Alternativa C - Incorreta: Paciente não apresenta dispneia ou outros sintomas mais importantes para encaminhar o paciente ao</p><p>pronto-socorro.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O corticoide oral até pode ser usado em alguns lugares, porém não é de primeira linha nesta situação</p><p>de reação urticariforme, assim como o uso tópico nas lesões não tem indicação. Além disso, caso a situação piore, ainda assim</p><p>o corticoide endovenoso também não será nossa conduta, mas sim a adrenalina (e intramuscular).</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa A.</p><p>07-CCQ: O diagnóstico do trauma de uretra é feito com uretrocistografia retrógrada</p><p>As rupturas uretrais são normalmente associadas a uma fratura pélvica anterior. Elas podem ser divididas pela noção anatômica,</p><p>em que ocorrem acima (em uretra posterior) ou abaixo (em uretra anterior) do diafragma urogenital. A etiologia difere, havendo</p><p>associação a fraturas pélvicas concomitantes nas lesões de uretra posterior, normalmente devido a acidente automobilístico; já</p><p>as lesões de uretra anterior se devem normalmente a traumas diretos, como em fraturas penianas.</p><p>O paciente, podendo ter fratura pélvica, manifesta dor e possível abaulamento em hipogástrio, equimose perineal/escrotal,</p><p>sangue em meato uretral, hematúria macroscópica, sintomas urinários de dificuldade de esvaziamento. Lembrando que segundo</p><p>o ATLS 10ª edição, o encontro de próstata cefálica (flutuante) no toque retal NÃO é isoladamente confiável para suspeição de</p><p>lesão uretral.</p><p>A uretrocistografia retrógrada, com demonstração do extravasamento de contraste a partir da uretra, confirma o diagnóstico. O</p><p>manejo é feito através da cistostomia, dando preferência à técnica percutânea. E cuidado: deve-se evitar a passagem de sonda</p><p>vesical; caso já a tenha passado, deve-se retirar.</p><p>A questão nos pede o exame</p><p>caso julgue necessário.</p><p>As alternativas trarão outros pontos para nossa discussão.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não, não! A filmagem do parto é algo mais comum no ambiente particular, mas é possível ser realizado</p><p>no serviço público. Em ambos os casos é preciso que a equipe de saúde autorize a realização das fotos e/ou da filmagem por</p><p>conta do direito de imagem de cada um dos funcionários.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Incorreta! Não é preciso um grau de instrução mínimo para ser acompanhante.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Também não! A gestante pode levar quem ela sente mais segurança para o momento, podendo ser a</p><p>mãe, o/a parceiro(a), amigo ou amiga, enfim, não há grau de parentesco previsto.</p><p>Alternativa D - Correta: Isso! A gestante pode mudar de ideia ao longo do processo, assim como devemos ter em mente que</p><p>um trabalho de parto pode demorar e o/a acompanhante pode não ter a disponibilidade de ficar o tempo todo com a gestante,</p><p>ou seja, essa troca é sim prevista.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>70-CCQ: Adolescentes sem registros de vacinação, devemos iniciar o esquema vacinal do zero, de acordo com a faixa etária</p><p>Temos aqui uma criança sem esquema vacinal registrado até os 11 anos. Apesar da mãe ter relatado que a criança recebeu as</p><p>vacinas do primeiro ano, não há registro dessas vacinas. Assim, teremos que realizar o esquema vacinal do zero. Como fica esse</p><p>esquema? Observe as recomendações do Ministério da Saúde:</p><p>Alternativa A – Correta: Para os adolescentes, devemos fazer a hepatite B em 3 doses, dupla adulto em 3 doses, febre amarela</p><p>dose única e tríplice viral em 2 doses. A vacina do HPV é feita com 2 doses entre 9 a 14 anos para Meninas e Meninos, já a</p><p>Meningocócica ACWY (Conjugada) é feita em dose única entre 11 e 14 anos.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Só fazemos 3 doses de HPV se estamos lidando com vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos</p><p>sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos. Além a recomendação é vacinar para a meningocócica conjugada entre 11 e</p><p>14 anos.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O adolescente tem indicação de realizar 2 doses de HPV.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Não há indicação para a pentavalente, a febre amarela seria dose única e indicaríamos a</p><p>meningocócica conjugada.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>71 -CCQ: Saber que paciente com hipercalcemia, injúria renal, anemia e lesões ósseas tem diagnóstico provável de mieloma</p><p>múltiplo</p><p>Temos um homem de 68 anos que vem a consulta por dores torácica e lombar que vem aumentando nos últimos 3 meses e</p><p>temos o resultado dos exames do paciente. Aqui temos que ter muita atenção!</p><p>Veja que este paciente tem aumento de creatinina (insuficiência renal), cálcio sérico aumentado (hipercalcemia), hemoglobina</p><p>baixa (anemia) e também a queixa de dores ósseas (pode indicar lesões ósseas), ou seja, ele tem todos os parâmetros do famoso</p><p>CRAB do mieloma múltiplo (mnemônico para lembrarmos dos achados do MM).</p><p>C: Hipercalcemia;</p><p>R: Injúria renal;</p><p>A: Anemia;</p><p>B: Lesões ósseas (Bones).</p><p>Para confirmar o diagnóstico, um dos exames utilizados é o mielograma, onde esperamos encontrar a presença de infiltração de</p><p>plasmócitos. Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não! Aqui teríamos um quadro doloroso e não esperamos encontrar hipercalcemia.</p><p>Alternativa B - Incorreta Não temos nada que nos sugira linfoma (linfonodos aumentados, perda de peso...).</p><p>Alternativa C - Incorreta Também não explicaria todos os sintomas do paciente.</p><p>Alternativa D - Correta Sim! Todos os sintomas presentes neste paciente são característicos do MM, então é a nossa principal</p><p>hipótese, além do exame para diagnóstico ser o mielograma.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>72-CCQ: Paciente com dor ao evacuar, sangramento vivo, de pequena intensidade, que se repete a cada evacuação, é</p><p>sugestivo de fissura anal</p><p>Temos uma paciente com relato de dor significativa ao evacuar e pequeno sangramento anal vivo, dor persistente com menor</p><p>intensidade por alguns minutos após a eliminação das fezes e sangramento que se repete em cada evacuação. A paciente refere</p><p>constipação habitual, com eliminação de fezes ressecadas em média 3 vezes por semana. A questão nos pergunta o que</p><p>provavelmente encontraremos no exame físico.</p><p>Nossa paciente apresenta sinais e sintomas de fissura anal! A fissura anal pode ser definida como úlcera linear, geralmente na</p><p>linha média posterior do ânus em cerca de 90% dos casos. A fisiopatologia das fissuras anais ainda não é bem compreendida,</p><p>mas sabemos que a constipação crônica é o principal fator de risco para seu desenvolvimento. Sua fisiopatologia está associada</p><p>ao aumento do tônus do esfíncter anal interno, que acarreta isquemia local. Esta sucessão de eventos acaba originando um ciclo</p><p>de progressão da doença, onde a contração exacerbada do esfíncter gera isquemia local, originando a fissura que, por ser</p><p>dolorosa, leva à mais contração e, assim, a mais isquemia.</p><p>A principal manifestação clínica da fissura é a dor anal, principalmente à defecação, que se prolonga durante horas após, com</p><p>sensação de ardor e queimação. Como é uma ulceração, pode haver sangramentos à medida que ocorrem novos traumas.</p><p>O diagnóstico da condição é baseado apenas no exame físico da região anal, no qual podemos evidenciar duas situações: uma</p><p>fissura anal ativa ou uma cicatriz hipertrófica de uma fissura antiga, denominada plicoma sentinela. Essas alterações podem estar</p><p>presentes em um quadro agudo, mas são mais comuns nos quadros crônicos.</p><p>Alternativa A - Correta: Exato! É provável que ao inspecionar o ânus da paciente, encontremos fissuras anais.</p><p>Alternativa B - Incorreta: É um importante diagnóstico diferencial, no entanto essa etiologia não costuma cursar com dor.</p><p>Inclusive, quando ocorre dor, devemos pensar em condições associadas ou complicações, como fissuras anais, abscessos ou, no</p><p>caso de hemorroidas externas, trombose.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Improvável, já que sua principal manifestação é a drenagem de secreção purulenta e não de sangue!</p><p>Alternativa D - Incorreta: Também improvável, pois abscessos são coleções de pus e não costumam apresentar sangue vivo</p><p>como referido pela paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a Alternativa A!</p><p>73-CCQ: Nos pacientes com via aérea avançada, devem ser realizadas 100 a 120 compressões por minuto e uma ventilação a</p><p>cada 2-3 segundos (em média 20-30 ventilações por minuto)</p><p>Nos pacientes sem via aérea avançada, a relação compressão x ventilação dependerá do número de socorristas disponível. Nos</p><p>locais com apenas um socorrista, a relação deve ser 30:2, e nos locais com dois ou mais socorristas, 15:2.</p><p>Nos pacientes com via aérea avançada, devem ser realizadas 100 a 120 compressões por minuto e uma ventilação a cada 2-3</p><p>segundos (em média 20-30 ventilações por minuto).</p><p>Com relação à qualidade da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), a compressão deve ser ≥ ⅓ do diâmetro anteroposterior do</p><p>tórax. O socorrista deve ser alterado a cada 2 minutos, e reduzir ao mínimo as interrupções.</p><p>Relembre o fluxograma:</p><p>Alternativa A – Correta: O paciente está com via aérea avançada, assim deve executar uma ventilação a cada 2 a 3 segundos,</p><p>mantendo-se as compressões cardíacas (100 a 120 por minuto).</p><p>Alternativa B – Incorreta: Na ausência de via área avançada, essa seria a conduta recomendada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não temos informações suficientes para essa informação.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A epinefrina tem indicação de ser feita o mais breve possível. Porém, não temos informação sobre a</p><p>presença de acesso venoso, logo não conseguimos iniciar imediatamente.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>74-CCQ: Gestante com lombalgia + febre + história de litíase renal → pensar em pielonefrite → necessidade de pronto</p><p>atendimento</p><p>Conseguiu se imaginar na situação descrita no enunciado? Gente, isso acontece, tá? Então devemos</p><p>estar preparados para esse</p><p>tipo de situação que não se limita aos enunciados das provas. Temos uma gestante com 30 semanas de idade gestacional. Ela</p><p>chega pra você na UBS com febre, lombalgia e queda do estado geral. Só o fato de ter comprometimento do sensório é algo pra</p><p>gente abrir o olho aqui!</p><p>A história clínica é ainda mais rica quando ela diz que tem histórico de litíase renal, um fator de risco importante para ITU alta,</p><p>em especial em gestantes, uma população que naturalmente já tem um risco maior a esse tipo de infecção pela ação da</p><p>progesterona na musculatura lisa. A possibilidade de IVAS foi afastada pelo relato, então devemos suspeitar de que? Pielonefrite!</p><p>Esse é um diagnóstico importante pra uma grávida, pois sempre significa necessidade de internação para tratamento e vigilância.</p><p>Vamos ver nossas opções.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não! Essa paciente já tem comprometimento do estado geral, liberá-la para casa pode significar um</p><p>desfecho muito ruim para ela, pois a chance de complicação é alta.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Também não! Essa consulta eletiva mais uma vez abre brecha para que o caso se complique.</p><p>Alternativa C - Correta: Sim! Vamos tentar controlar a temperatura com antitérmico e precisamos encaminhar a paciente para</p><p>um serviço de urgência, pois estamos em uma UBS.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O antiespasmótico aqui não faz tanto sentido porque pensamos em um quadro infeccioso, seria</p><p>melhor indicado se a suspeita fosse de um quadro de cólica renal.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>75-CCQ: Os Agente Comunitários de Saúde (ACS) são responsáveis por verificar testes de sáude no nascimento, vacinação e</p><p>verificar inscrições em programas sociais</p><p>Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desempenham papéis cruciais na atenção básica à saúde e na prevenção de doenças</p><p>em comunidades locais. Suas funções incluem a realização de diagnósticos socioeconômicos e de saúde, visitas domiciliares</p><p>regulares para monitorar a população, identificação e prevenção de doenças, orientação sobre medidas de saúde, mobilização</p><p>comunitária, encaminhamentos e registro de casos suspeitos. Os ACS têm atribuições adicionais de cadastro e adscrição de</p><p>indivíduos, integração entre equipe de saúde e população, além de medições básicas de saúde. As atividades podem ser apoiadas</p><p>por profissionais de nível superior e também envolvem o planejamento, gerenciamento e avaliação das ações realizadas, visando</p><p>o bem-estar e qualidade de vida da comunidade.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: Não é função dos ACS orientar pais sobre alimentação de crianças abaixo do percentil +3 no gráfico</p><p>de peso para idade, essa função exige mais conhecimento técnico na área, sendo responsabilidade do médico e enfermeiro da</p><p>equipe.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Orientações sobre o uso de medicações não é de responsabilidade dos ACS, sendo responsabilidade</p><p>do médico e enfermeiro da equipe.</p><p>Alternativa C – Correta: Os agentes de saúde têm a responsabilidade de garantir que testes de saúde, como o teste do pezinho,</p><p>e vacinas importantes, como BCG e contra hepatite B, sejam realizados em bebês. Além disso, eles também avaliam sinais de</p><p>violência em crianças e verificam se as famílias estão inscritas no Programa Bolsa Família, que oferece auxílio a famílias de baixa</p><p>renda.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A falta da cicatriz de BCG não indica a revacinação.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa C.</p><p>76-CCQ: Saber que paciente com taquicardia ventricular monomórfica e sinais de instabilidade deve receber cardioversão</p><p>elétrica</p><p>Temos um homem de 58 anos que vem ao P.S com clínica de IAM, sendo submetido a angioplastia por CATE com resolução dos</p><p>sintomas. No segundo dia após o procedimento ele apresentou rebaixamento súbito do nível de consciência, com permanência</p><p>de pulso central, sendo que o monitor demonstra o ECG dado pela banca. Veja que temos aqui somente a presença de complexos</p><p>QRS alargados e todos iguais, isso denominamos como taquicardia ventricular. Como o paciente teve rebaixamento do nível de</p><p>consciência, falamos que se trata de taquicardia ventricular com sinais de instabilidade.</p><p>Com base nisso, a banca quer saber qual seria a nossa conduta. Galerinha, paciente com taquicardia ventricular monomórfica,</p><p>deve ter o ritmo revertido! Como o paciente se encontra instável, vamos optar pela cardioversão elétrica, que seria o gabarito</p><p>final desta questão (alternativa A.)</p><p>Porque a banca nos diz que o paciente tem pulso, isso modifica algo? Com certeza! Se o paciente estivesse sem pulso, estaríamos</p><p>frente a uma taquicardia ventricular sem pulso e aqui não faríamos cardioversão elétrica sincronizada, mas sim a desfibrilação.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Exato! É o nosso gabarito.</p><p>Alternativa B - Incorreta Não! Temos que resolver o quadro agudo deste paciente, com uma cardioversão.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não! Paciente tem sinais de instabilidade, precisamos resolver neste momento.</p><p>Alternativa D - Incorreta Não pessoal! Aqui temos que fazer a cardioversão elétrica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>77-CCQ: Saber que um paciente fumante, obeso, com úlceras em membros inferiores e claudicação intermitente,</p><p>provavelmente apresenta doença arterial oclusiva periférica - DAOP</p><p>Temos uma paciente de 57 anos, fumante e obesa, procura atendimento médico por possuir úlcera de membro inferior. Queixa-</p><p>se do aparecimento de ferida no tornozelo esquerdo nos últimos 2 meses, que vem aumentando de tamanho progressivamente,</p><p>acompanhada por dor de forte intensidade e refratária ao uso de analgésicos. Ela relata que, em seu trabalho, caminha grandes</p><p>percursos no dia e que, há 1 ano, vem apresentando dor no membro inferior esquerdo durante a deambulação, claudicação,</p><p>obrigando-a a sentar por alguns minutos para melhorar. Por orientação de um parente, tem procurado repousar com os</p><p>membros inferiores elevados ao chegar em casa, entretanto não tem obtido bons resultados com essa manobra, referindo,</p><p>inclusive, piora da dor. Ao exame do membro inferior esquerdo, nota-se úlcera profunda na região do maléolo medial, com</p><p>bordas bem definidas, pálida, com áreas necróticas e sem tecidos de granulação. A região em torno da úlcera apresenta</p><p>coloração eritematovinhosa.</p><p>Estamos diante de uma doença arterial oclusiva periférica! A DAOP é um processo</p><p>patológico de degeneração ou oclusão parcial ou total das artérias, exceto aquelas que irrigam coração e cérebro. A</p><p>arteriosclerose (termo geral que descreve qualquer endurecimento de artérias médias ou grandes) é o fator desencadeante mais</p><p>associado, por isso, as comorbidades com associação</p><p>às placas ateroscleróticas são importantes fatores de risco para DAOP.</p><p>Os principais fatores de risco para aterosclerose são: o tabagismo (e outros agentes tóxicos ou até infecciosos), a hipertensão, a</p><p>diabetes, a hiperlipidemia e a hipercolesterolemia. Os vasos mais acometidos são as artérias poplítea e femoral, principalmente</p><p>nas regiões de bifurcações.</p><p>O quadro clínico clássico, no contexto ambulatorial, é de claudicação intermitente,</p><p>caracterizada por uma dor na panturrilha que surge durante o exercício e melhora com o repouso, geralmente traduzindo uma</p><p>insuficiência arterial leve a moderada. A dor é ocasionada por diminuição do fluxo sanguíneo para os músculos irrigados pela</p><p>artéria acometida. Sendo assim, faz total sentido que indivíduos com obstruções graves consigam percorrer distâncias cada vez</p><p>menores.</p><p>Ao exame físico, a diminuição dos pulsos distais, ausência de pelos, atrofia ungueal e pele brilhante são outros achados</p><p>frequentes. Alterações de temperatura e coloração da pele, como cianose, palidez durante a elevação ou rubor dependente</p><p>podem ser encontradas, sobretudo em casos de isquemia crítica. A isquemia crítica é mais comum nos indivíduos com obstrução</p><p>grave e difusa. O quadro é de dor no dorso do</p><p>pé ao repouso, que piora com a elevação do membro e melhora quando o pé está</p><p>pendente. A dor pode ser tão intensa que leva o paciente a acordar. Além do quadro álgico, alterações sensoriais como</p><p>dormência e parestesia também são frequentes. Podemos encontrar atrofia muscular, gangrena e úlceras que não cicatrizam na</p><p>região.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Esta patologia não se apresenta com essas características.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Úlceras neuropáticas são lesões caracterizadas pela perda da sensibilidade protetora, ou seja, se tratam</p><p>de feridas que o paciente não sente! Não é o caso dessa paciente!</p><p>Alternativa C - Correta: Exato! Nossa paciente apresenta fatores de risco como tabagismo, obesidade e clínica compatível com</p><p>esta etiologia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A dor da IVC melhora com a elevação dos membros e nossa paciente refere piora! Além disso, as</p><p>úlceras relacionadas à insuficiência venosa crônica costumam ser pouco dolorosas, úmidas, com bordos pouco elevados e fundo</p><p>sujo.</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa C</p><p>78-CCQ: A retenção de bário 24-36 após o enema opaco sugere doença de Hirschprung</p><p>Olá, Aluno(a) Aristo! Espero que você esteja bem!</p><p>A Doença de Hirschsprung, também conhecida como megacólon congênito, é uma condição intestinal congênita na qual há uma</p><p>ausência ou uma quantidade significativamente reduzida células ganglionares nas partes inferiores do intestino, especialmente</p><p>no reto. Essas células são responsáveis por coordenar os movimentos peristálticos que empurram o conteúdo intestinal ao longo</p><p>do trato gastrointestinal.</p><p>Como resultado da ausência de células ganglionares, os músculos do intestino afetado não conseguem relaxar</p><p>adequadamente, causando uma obstrução funcional. Isso leva a uma dificuldade na passagem das fezes e à dilatação do</p><p>segmento afetado, resultando em um megacólon.</p><p>Os principais sintomas da Doença de Hirschsprung em recém-nascidos e crianças incluem constipação grave desde o</p><p>nascimento, distensão abdominal, vômitos, perda de peso e falta de crescimento adequado. O diagnóstico é geralmente</p><p>confirmado por meio de exames como biópsia retal, que demonstra a ausência de células ganglionares, e manometria retal para</p><p>avaliar a função muscular do reto e do cólon. O enema opaco pode auxiliar na visualização da transição do segmento aganglionar</p><p>do segmento normal.</p><p>O tratamento primário é a cirurgia, na qual o segmento afetado do intestino é removido (ressecção) e o intestino saudável é</p><p>reconectado. Em alguns casos graves, a cirurgia pode ser feita em duas etapas, começando com a criação de uma colostomia</p><p>temporária para aliviar a obstrução antes da ressecção definitiva.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Aqui a biópsia é necessária para confirmação diagnóstica.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A presença do sinal da dupla bolha é mais sugestiva de uma obstrução proximal no intestino, que pode</p><p>não estar diretamente relacionada à Doença de Hirschsprung. Esse sinal é mais característico de atresia duodenal ou outras</p><p>obstruções proximais.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O exame clínico e a ultrassonografia abdominal podem levantar suspeitas, mas não são métodos</p><p>definitivos para diagnosticar a Doença de Hirschsprung. A confirmação geralmente requer métodos mais específicos, como</p><p>biópsia ou manometria retal.</p><p>Alternativa D - Correta: O enema opaco pode ser utilizado como parte da investigação da Doença de Hirschsprung, mas não é</p><p>um método definitivo de diagnóstico. Em casos suspeitos, um enema opaco pode mostrar uma transição abrupta entre o</p><p>segmento agangliônico e o segmento normal do cólon, o que pode indicar a presença da doença. A retenção do contraste após</p><p>24-26h de realização do exame sugere este diagnóstico.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>79-CCQ: A posição do dorso fetal é de acordo com a lateralidade da mãe e altura uterina entre as curvas P90 e P10 significa</p><p>adequada para a idade gestacional</p><p>Estática fetal costuma ser um foco maior em relação às dúvidas. Ela é a postura do feto dentro do útero, algo que nos ajuda a</p><p>determinar condutas, como a via de parto. Dividimos a estática fetal em:</p><p>Situação: é a relação entre o maior eixo fetal e o maior eixo uterino. Se esses eixos são paralelos, dizemos que o feto está</p><p>longitudinal; se perpendiculares, transverso; se houver uma angulação entre 90º e 180º, estará oblíquo.</p><p>Posição: aqui vemos a relação entre o dorso fetal e o corpo materno. Se o dorso estiver para a esquerda da mãe, o feto está à</p><p>esquerda e vice-versa.</p><p>Atitude: a atitude é o grau de flexão do corpo do feto - geralmente o feto está fletido.</p><p>Apresentação: aqui vemos qual a parte do feto está mais próxima do colo uterino, aquilo que irá sair primeiro no parto vaginal -</p><p>pode ser apresentação cefálica, pélvica e córmica (de ombro).</p><p>Outro assunto aqui abordado é o desenvolvimento uterino. A altura uterina é uma medida importante para a gente suspeitar de</p><p>um desenvolvimento fetal adequado - se estiver abaixo do esperado, pensamos em um crescimento intrauterino restrito, se</p><p>estiver aumentado, podemos pensar em macrossomia fetal, por exemplo.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não! A imagem nos mostra um dorso fetal à esquerda da mãe.</p><p>Alternativas B e C - Incorretas: Não, não! Pela imagem conseguimos ver que o feto está com a cabeça para baixo, então é</p><p>apresentação cefálica!</p><p>Alternativa D - Correta: Isso! O dorso está à esquerda da mãe e, quando colocamos a altura uterina no gráfico, esta fica entre o</p><p>P90 e o P10, ou seja, adequada para a idade gestacional.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>80-CCQ: Casos SUSPEITOS de febre amarela são de notificação compulsória imediata e um teste IgM negativo para a febre</p><p>amarela não é conclusivo para amostras coletadas até o 7º dia após o início dos sintomas</p><p>A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos, sendo classificada em duas formas: febre amarela urbana e febre</p><p>amarela silvestre. No caso descrito, o paciente apresenta sintomas sugestivos de febre amarela após contato com primatas não</p><p>humanos mortos em uma região com epizootia. Isso indica a possibilidade de febre amarela silvestre.</p><p>Deve ser considerado caso suspeito indivíduo com exposição em área afetada recentemente ou em ambientes rurais e/ou</p><p>silvestres destes, com até sete dias de quadro febril agudo, acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas:</p><p>cefaleia (principalmente de localização supraorbital), mialgia, lombalgia, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia e/ou</p><p>manifestações hemorrágicas sendo residente ou procedente de área de risco para febre amarela, nos 15 dias anteriores, que</p><p>não tenha comprovante de vacinação de febre amarela ou que tenha recebido a primeira dose há menos de 30 dias.</p><p>Diante desses casos, devemos realizar a notificação compulsória imediata. Além disso, em relação ao dia para a coleta do exame,</p><p>devemos lembrar que um teste IgM negativo para a febre amarela não é conclusivo para amostras coletadas até o 7º dia após o</p><p>início dos sintomas. A febre amarela pode ser descartada se o teste for negativo IgM em uma amostra coletada a partir do 8º</p><p>dia após o aparecimento dos sintomas.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: O caso não precisa estar confirmado para a notificação compulsória. Além disso, essa alternativa</p><p>sugere que o caso já deve ser confirmado como febre amarela silvestre com base apenas nos sintomas do paciente e na sua</p><p>localização em uma área onde ocorreu uma epizootia em primatas. No entanto, a confirmação da febre amarela requer exames</p><p>laboratoriais, como a detecção de anticorpos específicos.</p><p>Alternativa B – Correta: Casos suspeitos de febre amarela são de notificação compulsória imediata. Recomenda-se a pesquisa</p><p>de anticorpos IgM específicos para febre amarela por meio de um exame de ELISA a partir do 7º dia do início dos sintomas,</p><p>especialmente se o paciente</p><p>não estiver vacinado contra a doença. Isso se deve ao fato de que o teste IgM pode não ser</p><p>conclusivo se realizado muito cedo após o início dos sintomas.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O termo "febre amarela urbana" não se encaixa no contexto do paciente que teve exposição em</p><p>ambiente silvestre e contato com primatas.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A recomendação é iniciar a pesquisa a partir do 7º dia após o início dos sintomas, não do 10º dia. Além</p><p>disso, menciona a pesquisa independente da vacinação.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>81-CCQ: Saber que paciente com ascite e neutrófilos >250 tem diagnóstico de PBE e deve ser tratado com ceftriaxona</p><p>Temos um homem de 43 anos que tem aumento do volume abdominal há 4 semanas, negando ingestão de bebida alcoólica,</p><p>mas referindo ser portador de hepatite C após transfusão sanguínea. Temos a presença de icterícia e notamos sinais de ascite</p><p>(piparote e macicez móvel positivos).</p><p>Agora vem o ponto central da questão, foi realizada uma paracentese de alívio do paciente e nela notamos a presença de 320</p><p>polimorfonucleares (neutrófilos)! Aqui vem o pulo do gato. Paciente com ascite e presença de >250 polimorfonucleares</p><p>(neutrófilos) tem diagnóstico de peritonite bacteriana espontânea e deve ser tratada com antibióticos, um dos preferencias é a</p><p>ceftriaxona.</p><p>Galera, olha só que interessante, mesmo que você não soubesse que com a presença de mais de 250 neutrófilos para diagnóstico</p><p>de PBE, você poderia olhar às alternativas e ver que todas citam um antibiótico, então poderíamos suspeita que a banca esta</p><p>falando de PBE, por isso, a importância de trabalhar com às alternativas.</p><p>Vamos analisá-las:</p><p>Alternativa A - Correta Exato! É um antibiótico de primeira linha para tratamento da PBE.</p><p>Alternativa B - Incorreta Não é de primeira linha.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não é de primeira linha.</p><p>Alternativa D - Incorreta Também não é de primeira linha.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>82-CCQ: Saber que paciente vítima de trauma que apresenta sensibilidade diminuída (graduação sensorial 1) do primeiro ao</p><p>terceiro dedos das mãos, mas não identifica toque leve ou estímulos dolorosos no quarto e no quinto dedos das mãos, no</p><p>tronco, na pelve e nos membros inferiores, provavelmente apresenta lesão a nível de C7</p><p>Temos um homem de 22 anos vítima de trauma na cabeça após mergulho em lagoa. Encontra-se consciente, com colar cervical,</p><p>imobilizado adequadamente em prancha rígida. Relata que apresenta sensibilidade diminuída (graduação sensorial 1) do</p><p>primeiro ao terceiro dedos das mãos, mas não identifica toque leve ou estímulos dolorosos no quarto e no quinto dedos das</p><p>mãos, no tronco, na pelve e nos membros inferiores. Realiza a extensão dos cotovelos (tríceps) apenas com os membros</p><p>superiores apoiados sobre o leito, sem ação da gravidade (força muscular grau 2), e não consegue fletir os dedos das mãos ou</p><p>mover o tronco, a pelve e ou os membros inferiores. A questão nos pede para indicar onde poderia estar a lesão deste paciente.</p><p>Para isso precisamos do mapa de dermátomos, Veja:</p><p>Quando olhamos o mapa dos dermátomos, o paciente não apresenta sensibilidade a partir de C8/T1. O mesmo ocorre quando</p><p>avaliamos a movimentação, em que apenas consegue realizar a extensão do cotovelo (C7). Dessa forma, a lesão provavelmente</p><p>ocorreu entre C7 e T1.</p><p>Alternativas A, C e D - Incorretas: Não correspondem a localização da lesão apresentada por nosso paciente.</p><p>**Alternativa B - Correta: A análise do que o paciente refere e do mapa de dermátomos, nos permite dizer que a lesão se</p><p>encontra entre C7 e T1.</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa B</p><p>83- CCQ: níveis de bilirrubina ≥12 mg/dL indicam icterícia grave</p><p>Temos aqui um recém-nascido com níveis elevados de bilirrubina indireta (18,5 mg/dL), o que indica uma hiperbilirrubinemia</p><p>significativa.</p><p>A presença de icterícia que acomete a cabeça e o tronco, estendendo-se até a raiz dos membros, é um sinal de preocupação.</p><p>A mãe tem tipo sanguíneo O negativo e a criança A negativo, o que sugere a possibilidade de incompatibilidade ABO.</p><p>A conduta adequada é iniciar imediatamente a fototerapia para ajudar na conversão da bilirrubina indireta em uma forma menos</p><p>tóxica. Ao mesmo tempo, deve-se preparar o material para a exsanguineotransfusão, que é uma intervenção indicada em casos</p><p>graves de hiperbilirrubinemia para reduzir rapidamente os níveis de bilirrubina.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Embora o recém-nascido seja a termo e sem incompatibilidade sanguínea aparente, os níveis de</p><p>bilirrubina indireta estão muito elevados (18,5 mg/dL), o que sugere uma hiperbilirrubinemia significativa. A abordagem de</p><p>apenas monitorar por 12 horas não é apropriada para essa situação.</p><p>Alternativa B - Correta: Esta é a opção correta. Ela reconhece a gravidade da icterícia e indica uma conduta adequada. A</p><p>fototerapia é iniciada imediatamente para reduzir os níveis de bilirrubina indireta. Ao mesmo tempo, é solicitada uma nova</p><p>bilirrubina em curto prazo para avaliar a resposta à fototerapia. Além disso, a preparação para uma possível</p><p>exsanguineotransfusão é mencionada, o que é apropriado dado o nível elevado de bilirrubina.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Embora a exsanguineotransfusão seja uma opção adequada para casos graves de hiperbilirrubinemia,</p><p>esta opção não menciona a fototerapia, que é uma medida importante para reduzir os níveis de bilirrubina indireta. Além disso,</p><p>a reposição com soro fisiológico não é apropriada para tratar a icterícia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Esta opção subestima a gravidade da icterícia, dado o nível elevado de bilirrubina indireta. Além disso,</p><p>mesmo sem incompatibilidade sanguínea aparente, a alta concentração de bilirrubina justifica uma avaliação mais frequente do</p><p>paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>84-CCQ: Cardiotocografia muito precoce pode dar falso-negativo</p><p>A vitalidade fetal é uma avaliação importante do bem-estar do feto que nos traz segurança sobre o seu estado caso tenha</p><p>resultados normais. Essa avaliação é feita, por exemplo, a partir do perfil biofísico fetal (PBF), uma avaliação que observa os</p><p>seguintes critérios descritos na tabela a seguir.</p><p>Podemos reparar que esse PBF é composto por 4 variáveis vistas na USG e 1 observada na cardiotocografia (CTG). Sua indicação</p><p>fica mais direcionada a casos em que devemos suspeitar de alterações do estado geral do feto, como queixas da paciente sobre</p><p>a movimentação fetal, em momentos de urgência como em um caso de sangramento da gravidez etc. A CTG, mais</p><p>especificamente falando, também tem suas indicações de forma isolada, sendo a mais importante nas provas a sua indicação no</p><p>contexto intraparto, para acompanhamento do feto durante o trabalho de parto. Esse uso é mais restrito a pacientes de alto</p><p>risco, como aquelas com DMG, pré-eclâmpsia e gestação gemelar, por exemplo.</p><p>Dito isto, vamos ver as alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não! A CTG é um exame, como dito, importante no caso de paciente com diabetes, seja DM2 ou DMG.</p><p>Alternativas B e C - Incorretas: A conduta do médico não é adequada e vamos entender daqui a pouco o porquê, mas realmente</p><p>a CTG ajuda a identificar alterações precoces na vitalidade fetal, pois a frequência cardíaca é um dos primeiros parâmetros a se</p><p>alterar.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente! Apesar de a CTG ser importante na avaliação, aqui ela não é muito bem aplicada por conta</p><p>da idade gestacional. Fetos muito novinhos ainda não tem um sistema nervoso autônomo bem desenvolvido e isso pode dar</p><p>resultados falsos na CTG.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>85- CCQ: A consulta ao Conselho Local permite uma abordagem mais localizada e envolve os usuários da unidade no processo</p><p>de tomada de decisões e solução de problemas</p><p>O SUS, como um sistema público de saúde no Brasil, reconhece a importância de envolver</p><p>ativamente a população na gestão,</p><p>no planejamento e na avaliação das políticas de saúde.</p><p>A participação popular no SUS é garantida pela Constituição Federal de 1988 e é concretizada por meio de diferentes</p><p>mecanismos, como conselhos de saúde, conferências de saúde, comitês gestores, entre outros. Esses espaços proporcionam à</p><p>comunidade a oportunidade de contribuir com opiniões, sugestões e críticas, influenciando diretamente as decisões e diretrizes</p><p>que orientam a saúde pública.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Correta: Este conselho local de saúde é uma opção que permite a participação direta da comunidade na resolução</p><p>dos problemas enfrentados pela equipe de saúde da família. A consulta ao conselho permite uma abordagem mais localizada e</p><p>envolve os usuários da unidade no processo de tomada de decisões e solução de problemas.</p><p>Alternativa B – Incorreta: O conselho municipal de saúde, na verdade, é um órgão deliberativo e permanente. Além disso, ele</p><p>não se volta para o problema específico de uma unidade e sim para questões municipais.</p><p>Lembre-se:</p><p>Alternativa C – Incorreta: Um Conselho Gestor de Saúde poderia ser uma opção para a resolução dos problemas internos da</p><p>unidade de saúde, como a falta de profissionais. No entanto, essa opção não envolve diretamente a comunidade na tomada de</p><p>decisões ou na participação na busca por soluções para os problemas de agendamento, coleta de exames e disponibilidade de</p><p>medicamentos.</p><p>Alternativa D – incorreta: O Núcleo de Saúde Coletiva realiza organização interna da unidade e não conta com a participação</p><p>popular.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>86-CCQ: Saber que a presença de microalbuminúria em paciente diabético sugere uma nefropatia diabética em fase inicial</p><p>Temos uma mulher de 21 anos portadora de diabetes mellitus tipo 1 há 8 anos, a qual é submetida anualmente a testes para</p><p>avaliação de complicações microvasculares do diabetes. Aqui deveríamos nos lembrar principalmente da afetação renal! Pois, a</p><p>banca cita que neste exame foi documentada uma alteração que indica a presença de nefropatia em fase inicial e ela quer saber</p><p>qual seria esta alteração.</p><p>Pessoal! Basicamente a pergunta da banca é a seguinte: Qual seria uma alteração precoce da nefropatia diabética? Lembre-se a</p><p>microalbuminúria aqui (excreção de albumina 30-300 mg/dia), esta é a alteração mais precoce e que sugere nefropatia em fase</p><p>inicial.</p><p>Algo a mais a ser citado é que o médico esta certo em indicar rastreamento para complicações microvasculares nesta paciente,</p><p>lembre-se que ele é indicado a partir do diagnóstico do DM tipo 2 e após 5 anos do diagnóstico do DM tipo 1 (nossa paciente já</p><p>tem 8 anos desde o diagnóstico).</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Proteinúria é um termo muito vago, podendo indicar uma quantidade grande ou pequena, então</p><p>poderia não ser alto tão inicial quanto o enunciado nos pede.</p><p>Alternativa B - Incorreta Aqui já teríamos uma alteração da filtração da creatinina! Já temos uma fase mais avançada da</p><p>nefropatia.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não! Galera, aqui já temos uma DRC estágio 3, então não é algo inicial.</p><p>Alternativa D - Correta Exato! Este achado de microalbuminúria é sugestivo de nefropatia inicial.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>87-CCQ: Saber que paciente com dor no olho, vermelhidão, turvação visual periférica e aumento de escavação na periferia</p><p>da papila óptica, deve ser investigado para glaucoma</p><p>Temos uma paciente referindo vermelhidão e dor no olho esquerdo + turvação visual em visão periférica de olho esquerdo +</p><p>aumento de escavação na periferia da papila óptica sem sinais de hemorragia ou alterações de vasos retinianos ou edema de papila,</p><p>com antecedente de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2 e depressão, e está em tratamento regular com losartana</p><p>50 mg/dia, atenolol 25 mg/dia, hidroclorotiazida 25 mg/dia, metformina 850 mg/dia e amitriptilina 75 mg/dia. Estamos diante de</p><p>um provável quadro de glaucoma! O glaucoma de ângulo fechado é definido como um aumento da pressão intra-ocular (e lesão</p><p>do nervo óptico) secundário a um fechamento do ângulo iridocorneano (ângulo de filtração), o que acaba comprometendo a</p><p>drenagem do humor aquoso. Isso pode se dar de forma aguda (crise de glaucoma) ou crônica.</p><p>FATORES DE RISCO Algumas condições aumentam o risco de desenvolvimento de Glaucoma:</p><p>Idade acima de 40 anos</p><p>Sexo Feminino</p><p>Asiático</p><p>Parente de primeiro grau acometido</p><p>Diabetes Mellitus</p><p>Estreitamento constitucional do ângulo</p><p>iridocorneano</p><p>Íris Plateau: Alteração anatômica, mais comum em mulheres jovens, em que a íris está achada no centro e angulada na periferia -</p><p>o que torna o ângulo iridocorneano mais estreito</p><p>A questão nos pergunta qual nossa conduta diante do quadro da paciente: Devemos realizar medição da pressão</p><p>intraocular e substituição de medicações que aumentem a pressão intraocular!</p><p>Alternativa A - Incorreta: O exame de fundo de olho não mostra alterações de vasos retinianos ou edema de papila.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há essa indicação.</p><p>Alternativa C - Correta: Exato! Diante do quadro da paciente, precisamos verificar a pressão intraocular e substituir medicamentos</p><p>que possam agravar o quadro.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não é o caso, pois haveria outros sintomas associados!</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa C</p><p>88-CCQ: Diante da suspeita de escoliose, deve-se solicitar a radiografia panorâmica</p><p>A escoliose afeta a coluna vertebral, causando uma curvatura lateral anormal. Pode-se apresentar com o desalinhamento visível</p><p>da coluna (uma curva lateral visível), ombros ou quadris assimétricos, assimetria da caixa torácica e dor nas costas. Em casos</p><p>leves, a escoliose pode não causar muitos problemas além da aparência física alterada. No entanto, curvas mais acentuadas</p><p>podem causar desconforto, dor e, em alguns casos, dificuldades respiratórias, dependendo da gravidade da curva e da sua</p><p>localização.</p><p>O Teste de Adams é importante para avaliar a possível a presença de escoliose. Nesse teste, a criança ou adolescente é instruído</p><p>a inclinar o tronco para frente, mantendo os pés e as mãos unidos, sem dobrar os joelhos. Durante essa inclinação, torna-se mais</p><p>evidente a curvatura da escoliose estrutural, caso esteja presente.</p><p>Observe:</p><p>####Fonte imagem: Efeitos da Reeducação Postural Global em escolares com escoliose. Publicado na revista Fisioterapia e</p><p>Pesquisa da Universidade de São Paulo em 2011.</p><p>Diante de um paciente com assimetria de ombros, com teste de Adams positivo com presença de gibosidade (proeminência),</p><p>devemos considerar o diagnóstico de escoliose.</p><p>Nesses casos, como prosseguir a investigação?</p><p>Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Correta: A investigação radiográfica é fundamental, sendo a radiografia panorâmica o exame inicial.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A escanometria de membros inferiores é um exame utilizado para medir e avaliar desigualdades no</p><p>comprimento das pernas, a escanometria de membros inferiores não seria a escolha mais apropriada para confirmar a hipótese</p><p>diagnóstica.</p><p>Alternativa C – Incorreta: No caso de suspeita de escoliose ou curvatura da coluna vertebral, a ultrassonografia não ofereceria</p><p>informações detalhadas o suficiente para confirmar o diagnóstico ou avaliar adequadamente a gravidade da curvatura.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A ressonância magnética pode fornecer informações detalhadas sobre a estrutura da coluna vertebral,</p><p>permitindo visualizar as vértebras, discos intervertebrais, medula espinhal e tecidos moles ao redor. Porém, ela não é o exame</p><p>inicial.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>89-CCQ: O melhor meio de avaliar a idade gestacional, além da DUM, é o comprimento cabeça-nádega em USG de primeiro</p><p>trimestre</p><p>A determinação da idade gestacional geralmente é feita com o cálculo pela DUM, caso a paciente tenha essa</p><p>informação precisa.</p><p>O cálculo é feito somando os dias desde a DUM até a data que se deseja calcular, seguida da divisão desse total por 7 - o quociente</p><p>será as semanas e o resto será os dias.</p><p>Quando essa informação não é disponível ou quando é muito diferente da USG, usamos o exame de imagem para esse cálculo.</p><p>É aqui onde mora o cerne da nossa resposta, então vamos evitar spoilers.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A presença de ciclos irregulares é algo que inviabiliza o uso da DUM nesse cálculo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não! Quanto mais tarde fazemos a avaliação, menos sensível será para calcular a idade gestacional -</p><p>não é que não pode ser usado, mas não é a melhor escolha.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente! O comprimento cabeça-nádega (CCN) realizado entre 6 e 12 semanas é o melhor parâmetro</p><p>para determinar a IG.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não, não! Essa medida é realmente realizada na USG, mas não é melhor do que o CCN.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>90-CCQ: Paciente com profissão de risco com queixa de lombalgia de intensidade moderada, sem irradiação e sem sinais de</p><p>alarme tem diagnóstico de lombalgia de origem mecânico postural e faremos o tratamento conservador</p><p>Temos uma paciente de 46 anos, trabalhadora doméstica, veja que nesta profissão a paciente tem risco para lombalgia, pelas</p><p>posições adotadas no trabalho (varrendo, passando pano no chão....) e ela apresenta dor lombar há 1 semana, de intensidade</p><p>moderada na escala de dor (5 de 10), contínua e sem irradiação, apresentando quadro similar anterior em que foi indicado o uso</p><p>de relaxantes musculares, agora a banca quer saber qual seria a hipótese diagnóstica e a conduta adequada a ser tomada aqui.</p><p>Pessoal, paciente com profissão de risco, tem dor lombar sem nenhum sinal de alarma (incontinência urinária, dormência em</p><p>membros inferiores, dormência em sela....), isso se trata de uma lombalgia de origem mecânico-postural, a qual faremos o</p><p>tratamento com analgésicos simples e relaxantes musculares (tratamento conservador).</p><p>Após esta introdução, vamos analisar às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Exato! Este é o nosso gabarito, pois muito provavelmente a origem desta dor é o trabalho da paciente,</p><p>que leva ela a adotar posições que a estão levando a ter a lombalgia, o tratamento é conservador neste caso.</p><p>Alternativas B e D - Incorretas Não é uma lombalgia inespecífica! Temos uma hipótese bem provável para explicar as dores da</p><p>paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não temos sinais de alerta.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>91-QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO</p><p>Veja que temos uma paciente de 28 anos que foi internada por pielonefrite aguda secundária a nefrolitíase, a despeito do uso</p><p>de medicações (analgesia e bloqueador alfa-1-adrenérgico) a paciente evolui com febre e calafrios, no segundo dia de internação,</p><p>a paciente apresenta uma PAM de 70mmHg (não esta ainda hipotensa), mas encontra-se febril e taquipneica, havendo evidência</p><p>de disfunção renal de respiratória pelo escore de SOFA.</p><p>Resumindo: Paciente séptica com obstrução de via urinária. Neste contexto a banca quer que citemos a medida terapêutica</p><p>imediata e aqui vem o problema! Veja que para uma paciente séptica o guideline do Surviving Sepsis Campaign, indica a adoção</p><p>de expansão volêmica imediatamente:</p><p>"...The guidelines recognize sepsis as a medical emergency and recommend that treatment and resuscitation begin</p><p>immediately."</p><p>Antibioticoterapia também entra como precoce, mas o mais imediato seria a ressuscitação volêmica. Mas e quanto a</p><p>desobstrução? Com certeza é uma emergência, mas pessoal, veja que vamos preparar o local e os equipamentos para</p><p>realizarmos o procedimento de desobstrução, e nesse meio tempo já vamos estar fazendo a ressuscitação.</p><p>Então, a medida mais imediata que temos dentre às alternativas é a ressuscitação volêmica! Por isso, questão passível de recurso,</p><p>podendo tanto solicitar a anulação (ambas são medidas basicamente imediatas a serem realizadas) ou mudança do gabarito</p><p>para alternativa A.</p><p>Vamos analisar às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Em nossa opinião seria o melhor gabarito para esta questão.</p><p>Alternativa B - Correta Pessoal, é sim uma medida emergencial, mas veja que o imediato seria a ressuscitação volêmica,</p><p>enquanto preparamos tudo para realizar este procedimento.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não! Para termos indicação de introdução de aminas vasoativas, temos que ter realizado uma</p><p>ressuscitação volêmica com ausência de resposta.</p><p>Alternativa D - Incorreta É uma conduta precoce, mas é descrito que vamos fazer o antes possível no artigo e não de forma</p><p>imediata, como a hidratação.</p><p>92-CCQ: Saber que paciente com aumento progressivo e indolor do saco escrotal, deve ser investigado para câncer de</p><p>testículo</p><p>Temos um homem de 19 anos queixando-se de aumento indolor do saco escrotal com início há cerca de 2 meses, que está</p><p>progredindo. Nega comorbidades e informa que pratica ciclismo 3 a 4 vezes por semana. Ao exame físico, nota-se aumento do</p><p>volume escrotal à esquerda, com hidrocele medindo 8 cm x 5 cm em dimensões céfalocaudal e transversal, respectivamente.</p><p>A questão nos pergunta qual o provável diagnóstico da causa da hidrocele e qual o exame é o mais apropriado para sua</p><p>confirmação?</p><p>Estamos diante de um provável caso de câncer testicular!</p><p>O câncer testicular é uma neoplasia maligna que acomete os testículos, sendo que</p><p>95% da neoplasias do testículo têm origem nas celulas germinativas - por isso iremos discutir aqui esse subtipo. Os outros 5%</p><p>incluem: linfoma, metástases, tumores de cordão sexual, gonadoblastoma etc</p><p>É o tumor mais prevalente na população masculina jovem entre 15-25 anos de idade, com maior incidência em homens brancos</p><p>se comparados com negros e asiáticos. Para comparação, nos EUA, a incidência em homens negros chega a ser 1/3 dos homens</p><p>brancos. Apesar de ser o mais importante tumor entre jovens, no geral, é um câncer raro: representando apenas 1% de todas as</p><p>neoplasias em homens.</p><p>O achado clínico mais comum é a presença de um nódulo/massa testicular, geralmente observada pelo paciente em um</p><p>autoexame. Na grande maioria das vezes, a lesão acomete apenas um testículo. Essa lesão costuma ser endurecida, indolor e</p><p>com crescimento progressivo. Outros achados podem incluir:</p><p>Edema testicular</p><p>Em 30-40% dos pacientes: leve dor, incômodo, sensação de peso em baixo-ventre e períneo</p><p>Em 10% dos pacientes pode existir dor testicular aguda devido ao infarto testicular secundário ao crescimento da neoplasia</p><p>Em 5% dos casos pode existir ginecomastia (crescimento da mama), impotência e libido - devido a produção do hormônio HCG</p><p>(Gonadotrofina Coriônica Humana). Além disso, o aumento de hCG pode simular um hipertireoidismo, devido a sua semelhança</p><p>ao TSH.</p><p>Em 10% dos pacientes os sintomas iniciais podem ser decorrentes de metástases:</p><p>Massa cercial (metástase em linfonodo supraclavicular)</p><p>Dispneia / Tosse (Metástase pulmonar)</p><p>Anorexia, náuseas, vômito, hemorragia gastrointestinal (metástase retroduodenal)</p><p>Dor lombar (doença retorperitoneal volumosa envolvendo músculo psoas ou raízes nervosas)</p><p>Dor ósseas (metástases ósseas)</p><p>Edema de membros (trombose ou obstrução venosa)</p><p>Achados neurológicos periféricos ou centrais (por compressão nervosa)</p><p>Vamos para as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Este é um quadro de escroto agudo! Dessa forma, o paciente provavelmente não suportaria 2 meses</p><p>com essa condição e já teria procurado ajuda.</p><p>Alternativa B - Correta: Exato! A etiologia mais provável é um CA de testículo e o exame mais adequado é a USG.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Este também é um quadro de escroto agudo!</p><p>Alternativa D - Incorreta: O paciente não refere trauma e a questão não direciona para essa etiologia.</p><p>Portanto, o Gabarito é a Alternativa B</p><p>93-QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO</p><p>A situação</p><p>descrita sugere uma possível intoxicação por bromazepam, um benzodiazepínico. A conduta clínica dependerá da</p><p>gravidade da intoxicação, mas em geral devemos tomar as seguintes condutas:</p><p>Lavagem gástrica: A lavagem gástrica é uma medida inicial para eliminar qualquer resíduo do medicamento não absorvido no</p><p>estômago. No entanto, essa medida é mais eficaz se realizada dentro de 1 a 2 horas após a ingestão dos comprimidos. Uma vez</p><p>que o tempo da ingestão não é conhecido, a lavagem gástrica ainda é uma opção a ser considerada.</p><p>Monitorar eletrocardiograma, eletrólitos, função renal e hepática: Os benzodiazepínicos podem causar depressão do sistema</p><p>nervoso central e afetar o sistema cardiovascular, além de ter impacto no funcionamento renal e hepático. O monitoramento</p><p>desses parâmetros é importante para avaliar a gravidade da intoxicação e sua evolução.</p><p>Administrar flumazenil: O flumazenil é um antagonista dos receptores de benzodiazepínicos e pode reverter os efeitos sedativos</p><p>e depressores causados pelo bromazepam. No entanto, seu uso não é isento de riscos e deve ser cuidadosamente avaliado,</p><p>especialmente em pacientes que apresentam depressão respiratória. Portanto, sua administração deve ser realizada com</p><p>cautela, por profissionais experientes.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A dosagem dos níveis séricos de benzodiazepínicos pode nos ajudar a confirmar a presença desta</p><p>medicação no sangue, o que pode ser útil quando não sabemos qual foi o fármaco ingerido. Entretanto, aqui neste caso já</p><p>sabemos que a paciente tomou uma cartela de bromazepam e a dosagem sérica não traria nenhuma vantagem no manejo clínico</p><p>desta paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há sinais de descompensação respiratória que indiquem a IOT.</p><p>Alternativa C - Correta: Essa opção abrange várias medidas importantes, incluindo a lavagem gástrica para tentar remover o</p><p>medicamento não absorvido, o monitoramento de parâmetros vitais como eletrocardiograma e função renal/hepática, que</p><p>podem ser afetados pela intoxicação, e a administração do flumazenil, que pode ser considerada dependendo da avaliação</p><p>médica da paciente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não há indicação de estimulação renal com hidratação e a alternativa não cita o uso do antídoto</p><p>utilizado nas intoxicações por benzodiazepínicos, que é o flumazenil.</p><p>Gabarito Banca: alternativa D.</p><p>Gabarito Aristo: alternativa C.</p><p>94-CCQ: Anemia e ITU são fatores de risco para parto pré-termo</p><p>O trabalho de parto prematuro é definido como o início do trabalho de parto com idade gestacional abaixo de 37 semanas. A</p><p>sua ocorrência já significa um importante fator de risco para várias condições, como sepse neonatal, insuficiência respiratória e</p><p>alterações no desenvolvimento, por exemplo. Sendo assim, evitar que isso aconteça é sempre fundamental e, para isso, a</p><p>identificação de fatores de risco para a prematuridade se faz necessária. Quais os fatores de risco mais importantes para a prova?</p><p>Prematuridade espontânea prévia.</p><p>Intervalo interpartal curto (< 18 meses).</p><p>Gemelaridade.</p><p>Polidrâmnio.</p><p>Malformações uterinas.</p><p>Doenças maternas crônicas (diabetes, hipertensão, cardiopatias, etc.).</p><p>Pré-eclâmpsia.</p><p>Tabagismo, etilismo e/ou uso de drogas.</p><p>Infecções do trato urinário ou bacteriúria assintomática.</p><p>Vamos ver o que temos em cada opção.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não! A prática de atividade física não entra como fator de risco para prematuridade.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A idade materna até é um fator de risco, mas a paciente ainda não chegou nessa idade - dizemos que</p><p>o risco de prematuridade aumenta mais com uma idade a partir de 35 anos.</p><p>Alternativa C - Correta: Isso! A paciente tem uma anemia (Hb < 11 g/dL) e presença de ITU, ambos são fatores de risco para</p><p>prematuridade.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Como dito, a idade materna ainda não é um fator de risco no caso da paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>95-QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE RECURSO</p><p>A questão queria apresentar um médico de saúde da família e que quer iniciar os trabalhos na saúde suplementar, ou seja, no</p><p>setor privado. Seu objetivo é ofertar alguns atributos essenciais da atenção primária. Vamos revisar esses atributos?</p><p>Alternativa A – Incorreta: O modelo assistencial tradicional é o hospitalocêntrico, focado no diagnóstico. Isso difere dos atributos</p><p>da atenção primária.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Realmente, o médico de família pode atuar na atenção domiciliar, porém o erro da alternativa é dizer</p><p>que o médico não consegue realizar esse serviço de forma autônoma.</p><p>Alternativa C – Correta: Nos consultórios de instituições de saúde, ao atenderem os pacientes que entraram em contato com o</p><p>responsável, seguindo um padrão de cuidados primários de saúde com a garantia de acompanhamento contínuo e organização</p><p>do tratamento, o estabelecimento possa estar integrado em um sistema de Atenção Primária à Saúde (APS), no qual a</p><p>continuidade no atendimento e a coordenação do cuidado são características fundamentais.</p><p>Segundo o Tratado de Medicina de Família e Comunidade, temos:</p><p>“A participação do médico de família na saúde suplementar pode ser classificada de várias formas:</p><p>Segundo o local de atendimento:</p><p>Em consultório próprio ou locado: neste caso, ele poderá atuar como profissional liberal, atendendo clientes por intermediação</p><p>de planos de saúde ou por pagamento direto. Apresenta mais liberdade para definir os processos do local, mas assume a maior</p><p>parte dos seus custos. Neste cenário, torna-se um desafio garantir os atributos da APS, em especial a integralidade, uma vez que</p><p>não está inserido em uma rede assistencial organizada.</p><p>Em consultórios de estabelecimentos de saúde, no qual prestará atendimento para pacientes provenientes de acordos e</p><p>contratos feitos pelo proprietário do estabelecimento, podendo ou não estar inserido dentro de um modelo de APS.</p><p>Em consultórios ou clínicas da operadora de plano de saúde: o processo chamado verticalização é aquele em que operadoras de</p><p>planos de saúde abrem serviços assistenciais ou de apoio diagnóstico ou terapêutico, na busca de melhor controle sobre os</p><p>processos assistenciais e, por consequência, dos custos.”</p><p>Alternativa D – Incorreta: O médico pode sim garantir a coordenação do cuidado na rede. Porém, a longitudinalidade exige uma</p><p>estrutura da atenção primária e não apenas a atenção médica. Como vimos acima, segundo o Tratado de Medicina de Família e</p><p>Comunidade, neste cenário, torna-se um desafio garantir os atributos da APS, em especial a integralidade, uma vez que não está</p><p>inserido em uma rede assistencial organizada.</p><p>Gabarito Oficial: alternativa D</p><p>Gabarito Aristo: alternativa C.</p><p>96-CCQ: Tosse produtiva com expectoração pútrida e evolução insidiosa, devemos suspeitar de abcesso pulmonar</p><p>Fala pessoal, como estão? Estamos diante de um paciente com Tosse produtiva com expectoração pútrida e evolução insidiosa,</p><p>devemos suspeitar de pneumonia necrotizante e abcesso pulmonar. Na radiografia, o abcesso pulmonar se caracteriza como</p><p>uma lesão cavitária > 2 cm, geralmente contendo nível aéreo. Observe:</p><p>São fatores de risco: Depressão do estado de consciência, alcoolismo, epilepsia e distúrbios motores.</p><p>A etiologia envolve bactérias anaeróbias. É um dos poucos casos em medicina que podemos tentar um tratamento conservador</p><p>para o abcesso, uma opção é a clindamicina.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas?</p><p>Alternativa A – Incorreta: Para casos de TEP esperaríamos dor torácica de início súbito, dispnéia e níveis elevados de D-dímero.</p><p>Alternativa B – Correta: Como discutimos acima, estamos diante de um caso clínico e imagem compatíveis com abcesso</p><p>pulmonar.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Apesar do processo insidioso, o câncer de pulmão não costuma ser uma causa direta de um cheiro</p><p>pútrido. A imagem seria compatível com a presença de massa ou nódulo.</p><p>Alternativa D – Incorreta:</p><p>A tuberculose pulmão não costuma ser uma causa direta de um cheiro pútrido.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>97-QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO</p><p>Fala pessoal, estamos diante de uma questão confusa e era difícil entender qual era o objetivo da banca nessa questão. Vamos</p><p>primeiro revisar os critérios de indicação de cirurgia bariátrica?</p><p>Mas, lembre-se: A cirurgia não é a primeira opção terapêutica diante do desejo de tratamento da obesidade. Inicialmente, é</p><p>necessário realizar o acompanhamento regular com médico por, no mínimo, dois anos, abrangendo mudanças no estilo de vida,</p><p>dieta e exercícios físicos.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: O erro dessa alternativa foi indicar que seria necessário apenas o acompanhamento por 5 meses, na</p><p>verdade, como vimos, é necessário realizar o acompanhamento regular com médico por, no mínimo, dois anos, abrangendo</p><p>mudanças no estilo de vida, dieta e exercícios físicos.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Essa alternativa foi indicada como correta. Porém, de acordo com o Protocolo para Cirurgia Bariátrica</p><p>seguindo a PORTARIA Nº 424, DE 19 DE MARÇO DE 2013. É indicação para a cirurgia:</p><p>“Indivíduos que apresentem IMC > 40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal</p><p>realizado, na Atenção Básica e/ou na Atenção Ambulatorial Especializada, por no mínimo dois anos e que tenham seguido</p><p>protocolos clínicos.”</p><p>Assim, não há necessidade do encaminhamento direto para o setor de cirurgia, primeiro pode-se tentar o tratamento clínico.</p><p>Alternativa C – Incorreta: IMC > 40 Kg/m²não precisa de comorbidades para ser considerado critério de cirurgia.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Nenhuma das comorbidades da paciente são impeditivos para sua cirurgia.</p><p>Gabarito oficial: alternativa B.</p><p>Gabarito Aristo: Não há alternativas corretas.</p><p>98-CCQ: deficiência intelectual associada à macrocefalia, face alongada, orelhas proeminentes e prognatismo são</p><p>características da síndrome do X frágil</p><p>As características físicas e os sintomas mencionados sugerem a possibilidade de uma síndrome genética específica, a Síndrome</p><p>do X frágil. O sequenciamento genético pode identificar mutações ou variantes genéticas associadas a diferentes síndromes que</p><p>possam estar causando os sintomas apresentados pelo paciente. Isso ajudaria a confirmar o diagnóstico e permitiria um melhor</p><p>planejamento do tratamento e acompanhamento.</p><p>A síndrome do X frágil é uma das principais causas de deficiência intelectual genética. Ela se carcateriza por deficiência</p><p>intelectual, com possível défict de atenção associado, orelhas proeminentes, macrorquidia, pés planos, hiperextensibilidade das</p><p>articulações metacarpofangianas. Bem compatível com nosso caso clínico! Diante a suspeita da síndrome, pode-se solicitar testes</p><p>moleculares para avaliação de repetições de CGG no gene FMR1 ou o sequenciamento genético (que avalia também variantes</p><p>que não envolvem a repetição de CGG).</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: O sequenciamento genético é uma ferramenta poderosa para identificar mutações ou variantes</p><p>genéticas que podem estar associadas a síndromes genéticas específicas. No contexto deste paciente, que apresenta</p><p>características fenotípicas distintas, como deficiência intelectual, anomalias craniofaciais e outras características físicas, o</p><p>sequenciamento genético pode ajudar a confirmar a presença de uma síndrome genética, como a Síndrome de X Frágil.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Esse exame é mais frequentemente utilizado para avaliar a glândula pituitária e a região da sela túrcica</p><p>no cérebro. No entanto, com base nas características descritas, não parece ser o exame mais relevante para confirmar a etiologia</p><p>da deficiência intelectual e das características fenotípicas mencionadas. Portanto, esta opção é menos provável de ser a correta.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A tomografia computadorizada do crânio é útil para avaliar a estrutura do cérebro e do crânio. No</p><p>entanto, embora possa fornecer informações sobre algumas das características físicas mencionadas no caso (como perímetro</p><p>cefálico acima da média e face alongada), não é a ferramenta mais específica para identificar a etiologia genética da deficiência</p><p>intelectual e de outras características fenotípicas complexas.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O eletroencefalograma (EEG) é utilizado para avaliar a atividade elétrica do cérebro. Embora seja</p><p>relevante para avaliar as crises convulsivas mencionadas no caso, não é a ferramenta principal para confirmar a etiologia da</p><p>deficiência intelectual e das características fenotípicas apresentadas.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>99-CCQ: O diagnóstico de bolsa rota é clínico, sem necessidade de exames complementares</p><p>Como abordado na questão, o diagnóstico de bolsa rota é clínico. Em cerca de 90% dos casos o diagnóstico é feito pela história</p><p>da paciente, que revela perda abundante de líquido via vaginal. O exame com espéculo estéril confirma o diagnóstico ao se</p><p>visualizar líquido escorrendo pelo orifício externo do colo uterino.</p><p>Temos algumas opções que podem ajudar no diagnóstico, mas não são necessárias:</p><p>Teste de Cristalização:</p><p>Após a coleta do líquido vaginal, devemos secá-lo por 10 min e colocá-lo em uma lâmina. Após a secagem, a presença de</p><p>arborização (cristalização) sugere amniorrexe.</p><p>Teste do Fenol Vermelho:</p><p>Deixa-se um tampão vaginal por algum tempo na vagina da paciente, com o objetivo de coletar um pouco de líquido amniótico.</p><p>Após a etirada do tampão, observa-se uma mudança de coloração (de laranja para vermelho) quando se instilam gotas do fenol.</p><p>Teste rápidos: Amnisure (detecta proteína alfa 1 microglobulina) e Actim Prom ( detecta IGFBP-1). Se realiza um swab vaginal e</p><p>aplica-se em um solvente. Aplica-se a fita nesse solvente e aguarda-se cerca de 5-10 min. São testes caros e pouco usados de</p><p>rotina.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Como explicado acima, o diagnóstico de amniorrexe é clínico.</p><p>Alternativa B, C e D - Incorretas: Todos esses exames complementares podem auxiliar o médico em sua propedêutica, mas não</p><p>são necessários.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>100-CCQ: Sempre que um teste treponêmico é positivo (teste rápido) devemos solicitar o VDRL para confirmação e</p><p>acompanhamento de tratamento</p><p>TRATAMENTO</p><p>Sífilis primária, secundária e latente recente (até um ano de evolução): penicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2</p><p>milhão UI em cada glúteo).</p><p>Sífilis terciária, latente tardia (com mais de um ano em curso) ou de duração indeterminada: penicilina benzatina 2,4 milhões UI,</p><p>IM, semanal, durante três semanas, totalizando 7,2 milhões UI.</p><p>Neurosífilis: penicilina cristalina 18 a 24 milhões UI/dia, EV, administrada em doses de 3-4 milhões UI a cada quatro horas, ou</p><p>em infusão contínua, por 14 dias.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Não se solicita o TR para sífilis anualmente, pois evidenciaria cicatriz sorológica, não sendo ideal para</p><p>acompanhamento. Além disso, trata-se de uma sífilis latente recente, não sendo necessário 3 doses da penicilina.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Não fazemos teste rápido para controle de cura e esse controle não é mensal.</p><p>Alternativa C – Correta: Sempre que um teste treponêmico é positivo (teste rápido) devemos solicitar o VDRL para confirmação</p><p>e acompanhamento de tratamento. Por ter uma evolução de menos de 1 anos (menos de 5 meses), trata-se de uma sífilis latente</p><p>recente, assim basta dose única para o tratamento. Além disso, devemos solicitar novamente o teste de HIV, pois ela pode estar</p><p>na janela imunológica e rastrear demais ISTs (hepatites B e C). Devemos , também, notificar a doença.</p><p>Alternativa D – Incorreta: O ideal é utilizar um teste não treponêmico para a confirmação diagnóstica. Além disso, basta a</p><p>penicilina para tratamento, sem associações.</p><p>Assim, o gabarito</p><p>é alternativa C.</p><p>indicado para confirmar o diagnóstico. Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Correta: Exatamente! Essa é o exame confirmatório do trauma de uretra. Diferentemente do que alguns pensam,</p><p>não é necessário fazer a sondagem uretral para realizar esse exame, já que o contraste é injetado pelo óstio externo da uretra.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Essa seria uma medida de tratamento do trauma uretral após a sua confirmação pela uretrocistografia</p><p>retrógrada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A cateterização uretal está contraindicada na suspeita de trauma de uretra, pois pode causar mais</p><p>danos ao órgão. Na suspeita do trauma uretral, devemos solicitar uma uretrocistografia retrógrada para confirmar ou afastar o</p><p>diagnóstico antes de passar uma sonda uretral.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A TC não é o melhor exame para diagnosticar a lesão de uretra. Classicamente, o melhor exame frente</p><p>a essa suspeita é a uretrocistografia retrógrada.</p><p>Assim, vimos que o gabarito é a letra A.</p><p>08-CCQ: A síndrome de dumping tardio cursa com náuseas, diarreia, dor abdominal, sudorese, sensação de desmaio iminente</p><p>e fraqueza, 1-3 horas após a ingestão de carboidratos</p><p>A cirurgia não é a primeira opção terapêutica diante do desejo de tratamento da obesidade. Inicialmente, é necessário realizar</p><p>o acompanhamento regular com endocrinologista por, no mínimo, dois anos, abrangendo mudanças no estilo de vida, dieta e</p><p>exercícios físicos. Para o paciente se enquadrar nos requisitos para cirurgia bariátrica, é necessário que ele tenha um dos</p><p>seguintes critérios.</p><p>• IMC ≥ 40 kg/m².</p><p>• IMC ≥ 35 kg/m² com pelo menos uma comorbidade ocasionada ou agravada pela obesidade.</p><p>• IMC ≥ 30 kg/m² + DM2 refratário há menos de dez anos</p><p>É importante também conhecer algumas contraindicações da cirurgia, como transtornos psiquiátricos não tratados</p><p>(bulimia, depressão, psicose, abuso de álcool e/ou drogas recreativas).</p><p>O Bypass gástrico com reconstrução em Y de Roux é umas das técnicas de cirurgia bariátrica mais utilizadas no mundo. A perda</p><p>de peso é de 60-70% do excesso de peso, devido à junção de ambos os mecanismos (restritivo e disabsortivo).</p><p>A síndrome de dumping ocorre em cerca de 76% dos pacientes submetidos a bypass gástrico. É caracterizada por um conjunto</p><p>de sintomas vasomotores e gastrointestinais associados ao esvaziamento gástrico rápido ou à exposição súbita do intestino</p><p>delgado aos nutrientes – principalmente carboidratos simples.</p><p>DUMPING PRECOCE: a mais comum, ocorrendo em menos de 30 minutos após a refeição e apresentando sintomas</p><p>gastrointestinais mais intensos, além de alguns efeitos cardiovasculares. O paciente pode se queixar de náuseas e vômitos,</p><p>sensação de plenitude epigástrica, dor abdominal em cólicas, podendo chegar até diarreia de grande monta. Pode também haver</p><p>palpitações, taquicardia, diaforese, desmaios, tontura. Esse conjunto de sinais e sintomas ocorre devido à rápida passagem do</p><p>conteúdo hiper-osmolar do estômago para o intestino delgado, tendo como resposta a liberação de bradicinina, serotonina e</p><p>glucagon junto ao líquido extracelular.</p><p>DUMPING TARDIO: Assim como o dumping precoce, também decorre de um esvaziamento gástrico acelerado. No entanto,</p><p>ocorre a liberação rápida de carboidratos no interior do intestino delgado no dumping tardio, gerando hiperglicemia e,</p><p>consequentemente, grande liberação de insulina. Isso culmina em uma hipoglicemia profunda, gerando resposta adrenal com</p><p>liberação de catecolaminas, justificando seus sintomas adrenérgicos. Não à toa, também é conhecida como hipoglicemia</p><p>hiperinsulinêmica pós-prandial! O paciente apresenta diaforese, tremores, tontura, taquicardia e confusão mental. Ocorre cerca</p><p>de uma a três horas após a ingestão de carboidratos, por meses, até mesmo anos, após a cirurgia.</p><p>Agora sim, vamos analisar as alternativas.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Fístula gastro-gástrica seria uma comunicação entre o pouch gástrico criado (novo estômago) e o</p><p>restante do estômago que foi desconectado do trato digestivo. Essa possível complicação não causaria os sintomas apresentados</p><p>pelo paciente.</p><p>Alternativa B – Correta: Exatamente, como vimos acima, a descrição dos sintomas do paciente se enquadram na síndrome de</p><p>dumping.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A peritonite bacteriana secundária se desenvolve no contexto de alguma infecção intra-abdominal</p><p>que se expandiu para o peritônio. Ascite e febre são sinais importantes, e não estão presentes no paciente da questão.</p><p>Alternativa D – Incorreta: As deficiência minerais (especialmente do ferro) e hipovitaminoses são possíveis complicações da</p><p>cirurgia bariátrica. Porém, elas não explicariam os sintomas do paciente. Suas manifestações clínicas são anemia e neuropatia.</p><p>Dessa forma, concluímos que o gabarito é a letra B.</p><p>09-CCQ: A puberdade fisiológica nas meninas acontece entre 8-13 anos</p><p>Desenvolvimento sexual e puberdade precoce é um assunto que cai mais em questões de Pediatria, é fato, mas o Revalida trouxe</p><p>dentro da GO desta vez. Um conceito fundamental para chegar à resposta é lembrar que a puberdade precoce, em meninas,</p><p>acontece quando os caracteres sexuais secundários surgem antes dos 8 anos de idade. E como é o fluxo de desenvolvimento?</p><p>Primeiramente acontece a telarca, quando as mamas estão no estágio M2 de Tanner;</p><p>Em seguida ocorre a pubarca, cerca de seis meses a um ano após a telarca;</p><p>Por último temos a menarca, geralmente dois anos após a telarca.</p><p>Quando identificamos uma puberdade precoce, devemos determinar o nível da alteração, se é central ou periférica. A central é</p><p>de causa idiopática em 80-90% dos casos e é responsável pela ativação precoce do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, mas não</p><p>devemos descartar a possibilidade de tumores do sistema nervoso que podem causar esse tipo de alteração. Já as causas</p><p>periféricas são ligadas à produção exagerada de hormônios sexuais, como é o caso de tumores ovarianos ou na hiperplasia</p><p>adrenal congênita (HAC).</p><p>Tendo isso em mente, vamos ver o que temos nas alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A paciente tem desenvolvimento normal, ou seja, não há puberdade precoce central.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A HAC gera sintomas mais precoces, podendo haver virilização como um achado comum.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Mais uma vez temos uma opção falando de puberdade precoce, algo que não encaixa aqui.</p><p>Alternativa D - Correta: Sim! A paciente não teve uma telarca antes dos 8 anos, então esse desenvolvimento é normal e devemos</p><p>tranquilizar a mãe.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>10-CCQ: Saber que pode ser considerado caso suspeito de dengue a criança proveniente ou residente em área endêmica que</p><p>apresente quadro febril, sem sinais de localização da doença ou na ausência de sintomas respiratórios</p><p>O Ministério da Saúde coloca caso suspeito de dengue todo paciente que apresente doença febril aguda, com duração</p><p>máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos sinais ou sintomas como cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia,</p><p>artralgia, prostração ou exantema, associados ou não à presença de sangramentos ou hemorragias, com história epidemiológica</p><p>positiva, tendo estado nos últimos 15 dias em área com transmissão de dengue ou que tenha a presença do Aedes aegyti.</p><p>Também pode ser considerado caso suspeito a criança proveniente ou residente em área endêmica que apresente quadro febril,</p><p>sem sinais de localização</p><p>da doença ou na ausência de sintomas respiratórios.</p><p>Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas</p><p>graves da doença.</p><p>Observe que neste caso não temos um caso suspeito de dengue, nosso paciente tem sinais e sintomas sugestivos de</p><p>uma otite média aguda com complicações para mastoidite o tratamento requer antibioticoterapia endovenosa geralmente por</p><p>sete a dez dias seguida pelo uso de antibióticos orais para completar quatro semanas de tratamento.</p><p>Vamos analisar</p><p>as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Veja que não temos um caso suspeito nesse paciente, temos um sinal de localização de doença que é</p><p>a otite média aguda, não encaixando nos critério de caso suspeito.</p><p>Alternativa B - Correta: Isso mesmo, descartamos a suspeita de dengue devido os sinais de foco infeccioso que nesse caso é o</p><p>ouvido e com complicação de mastoidite, devendo o paciente nos primeiros dias receber tratamento intravenoso em ambiente</p><p>hospitalar.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Veja que não temos um caso suspeito nesse paciente, temos um sinal de localização de doença que é</p><p>a otite média aguda, não encaixando nos critério de caso suspeito, e o tratamento deste paciente devido mastoidite deve ser</p><p>antibioticoterapia intravenosa.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Nosso paciente apresenta uma complicação aguda da OMA que é a mastoidite, nesses casos devemos</p><p>tratar nossos pacientes em nível hospitalar nos primeiros dias devido a necessidade de antibioticoterapia intravenosa.</p><p>Portanto o nosso gabarito é alternativa B!</p><p>11-CCQ: Saber que câimbras, parestesias sinal de Trousseau e Chvostek, assim como aumento do QT corrigido no ECG são</p><p>manifestações típicas da hipocalcemia</p><p>Fala aluno(a) Aristo, tudo bem contigo? Espero que sim. Questão muito bacana para dar uma revisada nas manifestações clínicas</p><p>promovidas por determinados transtornos hidroeletrolíticos. Vamos conferir com detalhes, querido(a) aluno(a).</p><p>Temos um caso clínico de um paciente com quadro de pancreatite aguda biliar, associado à "uma cãibra" na mão, enquanto ela</p><p>estava começando a desinflar o manguito do esfigmomanômetro, assim como relato de parestesias periorais e nas extremidades</p><p>(olhe que informação importante!). Durante o exame físico, paciente está angustiado e sudorético, com os sinais vitais</p><p>inalterados e com glicemia capilar de 138 mg/dL. O médico, então, pede um manguito, infla a bolsa durante 3 minutos acima da</p><p>pressão sistólica e observa a mão contraturada. Depois, percute o nervo facial e observa contração dos músculos perilabiais</p><p>ipsilateralmente, Além disso, ao solicitar um eletrocardiograma, constatamos um intervalo QTc está aumentado.</p><p>Já imagina o que seja, certo, querido(a) aluno(a). Siiiim, o médico fez duas manobras importantes devido às manifestações</p><p>neurológicas que o paciente apresenta: o sinal de Trousseau, que consiste na insuflação durante 3 minutos acima da pressão</p><p>sistólica e assim, evidenciando uma contratura na mão, e o sinal de Chvostel, em que observa-se contração dos músculos</p><p>perilabiais durante a percussão a nível do arco zigomático. Além disso, aumento do intervalo QT ajuda a corroborar para o</p><p>diagnóstico de hipocalcemia.</p><p>Isto mesmo. É importante recordar que a pancreatite aguda biliar tende a cursar com hipocalcemia devido a reação de</p><p>saponificação da gordura peripancreática ao se ligar ao cálcio, reduzindo seus valores séricos, assim como o aumento das</p><p>catecolaminas circulantes devido ao quadro da pancreatite causa um deslocamento do cálcio circulante para o compartimento</p><p>intracelular, levando a hipocalcemia relativa.</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Incorreta: A hipocalemia não repercute a nível neurológico com parestesias como a diminuição do cálcio.</p><p>Alterações musculares (mialgia), assim como transtornos cardíacos (bloqueios, arritmias, taquiarritmia) são alterações mais</p><p>vistas. Além disso, não esqueçamos da onda U, aplanamento da onda T e onda P apiculada na hipocalemia, algo que não vemos</p><p>no enunciado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não temos um valor glicêmico a ponto de desencadear tais sintomas. Apesar da hiperglicemia estar</p><p>relacionada a pancreatite aguda, tais alterações apresentadas pelo paciente não se assemelham a uma possível cetoacidose</p><p>diabética ou estado hiperosmolar não-cetogênico.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente, como dito anteriormente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Na hipercalcemia, temos outros sintomas, semelhantes a uma hiperglicemia, como poliúria, polidipsia,</p><p>nefrolitíase. Além disso, não há relação de hipercalcemia com pancreatite, assim como no ECG teremos diminuição do intervalo</p><p>QT corrigido, e não aumento como na hipocalcemia.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa C.</p><p>12-CCQ: A angiotomografia computadorizada de abdome é um exame bastante sensível e específico para o diagnóstico da</p><p>isquemia mesentérica aguda</p><p>Fala galera, tudo bem com os estudos? Mais uma questão de abdome agudo, tema super dentro do Pareto. Vamos lá?</p><p>Estamos diante de uma paciente com dor abdominal intensa e distensão abdominal com duração de 1 dia. Ao exame físico</p><p>abdominal temos um abdome plano, levemente distendido, com dor difusa à palpação profunda e sem sinais de irritação</p><p>peritoneal. Opa! Se você pensou que o exame físico está desproporcional à dor referida pelo paciente, pensou certo! Veja que o</p><p>paciente queixa-se de uma dor incapacitante, porém o exame físico abdominal é praticamente inocente, pois não temos irritação</p><p>peritoneal. Essa desproporção é muito típica do abdome agudo vascular.</p><p>Além disso, estamos diante de um idoso, portador de fibrilação atrial, uma importante fonte de êmbolos, que podem ganhar a</p><p>circulação e obstruir artérias do sistema digestivo, membros inferiores e SNC, causando isquemia. Dessa forma, o abdome agudo</p><p>vascular se torna muito provável.</p><p>É importante lembrar que, além da fibrilação atrial, endocardite e cardiopatias são outros possíveis fatores de risco para embolia</p><p>e consequentemente para o abdome agudo vascular. Quando o paciente apresenta aterosclerose ou fatores de risco para o seu</p><p>desenvolvimento, na ausência de alguma fonte emboligênica, é mais provável que o abdome agudo vascular tenha etiologia</p><p>trombótica.</p><p>Os melhores exames para confirmação diagnóstica são a arteriografia e a angiotomografia de abdome.</p><p>Devido à alta mortalidade, o tratamento não deve ser adiado, e objetiva a recuperação do segmento de intestino acometido e</p><p>avaliação da necessidade de ressecção deste segmento.</p><p>• Colite isquêmica: dieta zero, hidratação e antibiótico</p><p>• Embolia arterial: embolectomia</p><p>• Trombose arterial: revascularização</p><p>• Trombose venosa: anticoagulação</p><p>• Isquemia não oclusiva: papaverina (vasodilatador)</p><p>Agora vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Incorreta: A radiografia poderia mostrar uma dilatação de alças intestinais, um achado inespecífico que não</p><p>confirmaria o diagnóstico de abdome agudo vascular.</p><p>Alternativa B – Incorreta: O aumento da LDH sérica é um sinal de hemólise, que não ajudaria na elucidação diagnóstica desse</p><p>caso.</p><p>Alternativa C – Correta: Sim! Dentre os exames apresentados a angioTC é a mais sensível e específica para o diagnóstico de</p><p>isquemia mesentérica aguda.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A USG perde para angioTC em questão de sensibilidade nesse caso, por isso não é a melhor alternativa.</p><p>Portanto, concluímos que o gabarito é a letra C.</p><p>13-CCQ: Após TCE de criança maior que 2 anos e que não apresenta qualquer sinal de alerta para risco de lesão intracraniana,</p><p>não há indicação para realizar TC</p><p>Para crianças com menos de 2 anos:</p><p>Fonte imagem: Aristo.</p><p>Para crianças maiores de 2 anos, devemos solicitar TC quando:</p><p>Glasgow < 15 ou;</p><p>Fratura de crânio ou;</p><p>Sinais neurológicos focais ou;</p><p>Deterioração neurológica progressiva ou;</p><p>Suspeita de trauma não acidental</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: Não há indicação para realizar a TC.</p><p>Alternativa B – Correta: Estamos diante de uma criança MAIOR de 2 anos, Gasglow 15, exame físico e neurológico normal e</p><p>ausência de indicação de fratura de crânio. nesses casos, não há indicação de TC pelo baixo risco de lesão intracraniana.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não há indicação para realizar a TC.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Não há indicação para realizar a radiografia.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>14-CCQ: Fogachos + irregularidade menstrual + paciente não histerectomizada</p><p>→ pensar em TRH com estrógenos +</p><p>progestágenos</p><p>Quando as provas cobram TRH geralmente pedem duas coisas principais: se a paciente tem ou não indicação e/ou qual esquema</p><p>utilizar. Essa questão não fugiu disso e devemos identificar o esquema mais interessante para o caso. Para isso, devemos</p><p>sistematizar nosso pensamento e vamos ajudar você com isso.</p><p>Antes de discutirmos a TRH, precisamos conferir se a paciente tem ou não indicação mesmo que isso não seja o centro da nossa</p><p>discussão. Ela tem? Tem sim! A paciente apresenta o principal sintomas que indica o uso da TRH, que são os fogachos! Não só</p><p>isso, ela também sofre com insônia, labilidade emocional e irritabilidade, que podem ser reflexos dos sintomas vasomotores,</p><p>pois estes atrapalham o sono e causam desconforto ao ponto de gerar alterações do humor - mas vale lembrar que o</p><p>hipoestrogenismo já é uma causa de alteração do humor por si só.</p><p>Ok, sabendo que há indicação, qual o esquema mais adequado pensando que a paciente deseja o mais seguro? De início já</p><p>devemos descartar o uso de estrógenos isolados porque não estamos diante de uma paciente histerectomizada, então o uso</p><p>concomitante de progestágenos é fundamental para evitar hiperplasia endometrial ou neoplasia de endométrio - a exceção são</p><p>as pacientes com endometriose, que devem usar o esquema combinado mesmo se histerectomizadas.</p><p>Para fechar a nossa decisão, falta saber a via e a regularidade de administrações. A paciente cita que a última menstruação foi</p><p>há 6 meses, o que já tem que chamar atenção para uma irregularidade menstrual, algo super comum no climatério,</p><p>especialmente nos meses que antecedem a menopausa - levando isso em conta, o esquema com progestágeno cíclico pode ser</p><p>mais interessante. Agora, sobre a via, devemos ver se há ou não comorbidades que impeçam o uso via oral. A paciente apresenta</p><p>hipertensão, uma comorbidade que indica fortemente o uso de hormônio pela via parenteral.</p><p>Vamos ver nossas opções.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A via oral não é a melhor, nesse caso, porque a presença de HAS é um alerta para uma possível doença</p><p>cardiovascular e que pode ser desestabilizada pelo uso de hormônios via oral.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Apesar de a via transdérmica ser mais segura pela perda da primeira passagem pelo fígado, o uso</p><p>contínuo de progestágeno não é o melhor pelo fato de haver irregularidade menstrual.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Mais uma vez temos uma alternativa que fala sobre a via oral, que não está indicada.</p><p>Alternativa D - Correta: Isso! O uso de progestágeno cíclico, ou seja, entre o 14° e o 25° dias de ciclo menstrual é o que mais</p><p>ajuda a regularizar o ciclo por mimetizar melhor como seria um ciclo fisiológico.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>15 -QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE RECURSO</p><p>Vamos conversar sobre a conduta em um SUA agudo!</p><p>O SUA didaticamente pode ser dividido em causas estruturais e não estruturais, organizadas de forma que podemos lembrá-las</p><p>pelo mnemônico PALM-COEIN.</p><p>O que as questões costumam cobrar é o diagnóstico e o tratamento dessas condições, mas que geralmente são vistas de forma</p><p>crônica. Aqui temos um caso um pouco diferente, necessitando saber o manejo de um SUA agudo. A paciente da questão se</p><p>mostra instável hemodinamicamente, com uma PA baixa associada com taquicardia, algo esperado pelo tempo e volume do</p><p>sangramento - outros dados que falam a favor dessa perda excessiva de sangue é a queixa de astenia, cansaço e fraqueza.</p><p>Quando a paciente está instável, devemos sempre garantir reposição volêmica por dois acessos venosos calibrosos já de</p><p>imediato, assim como precisamos de exames laboratoriais que vão complementar nosso raciocínio. Os exames indicados são</p><p>hemograma, coagulograma e beta-hCG, pois sempre devemos excluir causas de sangramentos da gravidez em uma paciente na</p><p>menacme.</p><p>O foco no SUA gudo é estabilizar e interromper o sangramento, o qual pode ser realizado de forma hormonal ou não hormonal.</p><p>Hormonal: podemos usar anticoncepcionais combinados ou progestágenos isolados, como o DIU de levonorgestrel.</p><p>Não hormonal: os principais são os AINEs (naproxeno e ibuprofeno) associados com antifibrinolítico (ácido tranexâmico).</p><p>Caso a instabilidade seja muito grave, com alteração do sensório ou choque hipovolêmico claro, devemos recorrer ao tratamento</p><p>cirúrgico, o que também pode ser considerado se a paciente não obtiver melhora com o manejo clínico.</p><p>Vamos ver nossas opções.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Esse é o gabarito oficial, mas não é interessante no momento, pois o TSH é um exame que não entra</p><p>na propedêutica, além de faltar o coagulograma. A USG transvaginal não entra nesse primeiro momento pela instabilidade</p><p>hemodinâmica da paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A avaliação da função hepática não faz parte da propedêutica, algo firmado, inclusive, pela Febrasgo.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O ácido mefenâmico é um AINE que pode sim ser usado, mas, como dito, a USG não será agora.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Solicitação de FSH, LH e prolactina é uma forma de investigar a causa do SUA, mas isso deve ser feito</p><p>posteriormente, com a paciente estabilizada.</p><p>Gabarito oficial: alternativa A.</p><p>16- CCQ: Saber que a síndrome do intestino irritável consiste em um diagnóstico de exclusão, no qual o paciente não apresenta</p><p>um transtorno orgânico</p><p>Temos um relato de uma mulher de 28 anos no qual foi avaliada em unidade básica de saúde com queixa de diarreia crônica,</p><p>referindo estar preocupada, pois sua mãe e irmã têm doença de Crohn. Relata que a diarreia tem 2 anos de evolução, sendo, às</p><p>vezes, intercalada por periodos de corstipação intestinal. No entanto, afirma que nunca foi despertada do sono em função da</p><p>diarreia e que há dor abdominal recorrente que sempre alivia com a evacuação. Não há relato de emagrecimento ao longo desse</p><p>período e afirma que as fezes não flutuam no vaso sanitário (descartando algum possível transtorno disabsortivo), nem contêm</p><p>muco, pus ou sangue (ou seja, não há presença de fezes patológicas).</p><p>Ao exame físico, a paciente revela-se eutrófica (índice de massa corporal de 25 kg/m2), normecorada, acianótica, sem ederias e</p><p>com sinais vitais normais. O resultado de sua colonoscopia está normal e ela ainda aguarda o resultado do exame</p><p>histopatológico.</p><p>Ou seja, no ponto de vista orgânico, nossa paciente não apresenta nenhuma alteração de processo inflamatório e/ou</p><p>disabsortivo, pois no contexto geral, tirando estes eventos diarréicos, ela está bem. Porém, não podemos subestimar o estado</p><p>psicológico da paciente, pois isto é algo muito relacionado à síndrome do intestino irritável.</p><p>Como dito antes, é algo extremamente comum, principalmente nas mulheres, e basicamente consiste em um diagnóstico de</p><p>exclusão. Utilizamos os critérios de ROMA IV para diagnosticar:</p><p>Dor abdominal recorrente, pelo menos 1x/semana nos últimos 3 meses, com início de sintomas, há, no mínimo, 6 meses,</p><p>associada a dois ou mais destes critérios:</p><p>Associada à evacuação (melhora ou piora da dor);</p><p>Associada à alteração na frequência de evacuações;</p><p>Associada à alteração na forma das fezes (aparência).</p><p>Lembrar da questão da melhora do sintomas após a evacuação, algo muiti típico desta síndrome.</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos, não há sinais sistêmicos que nos falem a favor desta doença. Não há relato de fezes</p><p>patológicas e, portanto, podemos a princípio descartar tal hipótese (embora haja relato familiar desta doença).</p><p>Alternativa B - Incorreta: Diagnóstico diferencial importante, porém não há relato sobre possível relação de algum tipo de</p><p>alimento com a diarreia. Além disso, o fato das fezes não boiarem falam contra uma possível síndrome disabsortiva (no qual se</p><p>relaciona com presença de gordura nas fezes, nos qual não foram absorvidas pelo intestino delgado).</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente, como dito anteriormente.</p><p>Alternativa D - Incorreta:</p><p>Assim como na alternativa A, não há manifestações orgânicas, assim como a presença de fezes</p><p>patológicas.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é alternativa C.</p><p>17 -CCQ: O exame mais adequado para confirmação da DRGE é a pHmetria esofágica</p><p>Estamos diante de um paciente com com queixa de dor epigástrica e retroesternal (em queimação, diária) nos últimos 5 meses,</p><p>que piora quando se deita e após terminar as refeições. Ele nega sinais de alarme como disfagia e perda ponderal. Com base</p><p>nesses achados, é bem provável que o paciente apresenta uma síndrome dispéptica do tipo doença do refluxo gastroesofágico</p><p>(DRGE).</p><p>A DRGE, como o próprio nome sugere, nada mais é uma condição na qual há refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago e/ou</p><p>órgãos adjacentes (como faringe e pulmão), ocasionando sinais e sintomas esofágicos e/ou extraesofágicos. Isso talvez explica a</p><p>tosse e a rouquidão apresentadas pelo paciente.</p><p>A pHmetria 24h é o exame padrão-ouro para o diagnóstico da DRGE, porém deve ser solicitada somente em casos de dúvida</p><p>diagnóstica. Na grande maioria das vezes, quando o paciente apresenta sintomas clássicos e não tem nenhum sinal de alarme,</p><p>podemos dar o diagnóstico sem solicitar nenhum exame e podemos iniciar a prova terapêutica com o uso de inibidores de bomba</p><p>de prótons (IBP — omeprazol, pantoprazol, etc.) por 6-8 semanas. Caso haja resposta à terapia antissecretora, definimos o</p><p>diagnóstico e nenhuma avaliação adicional é necessária.</p><p>A endoscopia é útil quando temos algum sinal de alarme e serve para excluir causas estruturais para os sintomas. O sinal de</p><p>alarme são:</p><p>• Disfagia.</p><p>• Odinofagia.</p><p>• Emagrecimento.</p><p>• Idade > 40 – 45 anos.</p><p>• Pirose persistente.</p><p>• Sintomas refratários ao tratamento clínico.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Correta: Exatamente, como vimos, a pHmetria é o exame padrão ouro para o diagnóstico de DRGE.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Provavelmente, esse paciente deverá ser submetido a endoscopia digestiva alta (EDA), pois apresenta</p><p>idade > 45 anos, o que configura um sinal de alarme. Porém, no contexto da DRGE, a EDA mostra apenas lesões na mucosa</p><p>esofágica, não conseguindo confirmar que essas lesões se devem ao refluxo gástrico, a não ser que elas sejam classificadas como</p><p>Los Angeles graus C e D, mas nem todos os casos se apresentam assim. Como a questão pergunta qual o exame mais adequado</p><p>para confirmação diagnóstica da DRGE, essa não é a melhor resposta.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O esofagograma baritado tem utilidade na suspeita de acalasia, condição na qual o paciente se</p><p>apresenta com disfagia de longa data e perda ponderal, o que não é o caso aqui.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A manometria é utilizada na suspeita de acalasia e também no planejamento cirúrgico da DRGE, mas</p><p>não é realizada para dar o diagnóstico dessa condição.</p><p>Dessa forma, concluímos que o gabarito é a letra A.</p><p>18 -CCQ: A fimose patológica se caracteriza por formação de uma estrutura fibrótica cicatricial em forma de cone, causada por</p><p>trauma por manobra forçada de exposição da glande, balanopostites de repetição ou processos inflamatórios</p><p>Fimose fisiológica: pode se manifestar como impossibilidade de expor a glande ou inchaço do prepúcio ao urinar. Acontece por</p><p>aderência da mucosa interna do prepúcio e a mucosa da glande.</p><p>Fimose patológica: formação de uma estrutura fibrótica cicatricial em forma de cone, causada por trauma por manobra forçada</p><p>de exposição da glande, balanopostites de repetição ou processos inflamatórios.</p><p>Aderências balanoprepuciais: aderência da parte mucosa do prepúcio com a glande. Se resolve espontaneamente.</p><p>Cisto de esmegma: é um acúmulo da descamação da glande que forma pontos brancos no local. Resolve-se quando há liberação</p><p>das aderências balanoprepuciais.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Incorreta: Observe que estamos diante de uma criança já com 7 anos, com anel cicatricial e infecções locais,</p><p>característico da fimose patológica.</p><p>Alternativa B – Correta: Isso mesmo, como vimos, estamos diante de uma caso de fimose patológica. A permenência do anel da</p><p>fimose com a idade e a infecção local recorrente são critérios para indicar a cirurgia (postectomia) eletiva.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Parafimose é uma emergência médica na qual o prepúcio se retrai como um anel restritivo sobre a</p><p>glande, ao nível do sulco balano-prepucial. Ocorre geralmente pela exposição da glande por manobras forçadas pela própria</p><p>criança ou por cuidadores. Nesse caso a cirurgia frequentemente é necessária.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Na verdade, trata-se de fimose patológica.</p><p>Assim, o gabarito é alternativa B.</p><p>19- CCQ: BI-RADS 0 = outro exame complementar</p><p>As questões de mastologia geralmente focam ou na propedêutica, que é o nosso caso, aqui, ou no tratamento mais adequado</p><p>quando o estadiamento já está determinado para uma paciente. Quando o foco está na investigação, saber interpretar o que</p><p>significa cada classificação BI-RADS é fundamental para você ir bem na prova! Cada graduação indica uma conduta diferente por</p><p>ter um significado específico e representar um risco maior ou menor de estarmos diante de uma lesão com potencial maligno</p><p>observado no exame de imagem. Olha só.</p><p>Se a questão traz pra gente um exame de imagem com o BI-RADS já determinado, muito provavelmente é sobre isso que será</p><p>perguntado! Vamos ver o que temos em cada opção abaixo.</p><p>Alternativa A - Incorreta: É, por vezes, tentador pensar que essa é a nossa resposta, mas felizmente a maioria das lesões de</p><p>mama são benignas e o exame de imagem é nosso aliado para determinar quais lesões merecem uma investigação mais</p><p>aprofundada assim. Como temos um BI-RADS 0, não conseguimos dizer ainda que a biópsia precisa ser feita.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Essa seria nossa resposta caso fosse uma imagem com BI-RADS 3.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente! Quando temos um resultado BI-RADS 0, por ser inconclusivo, é preciso ter uma avaliação</p><p>adicional, preferencialmente com um exame de imagem diferente. Geralmente o que acontece: vem uma mamografia com BI-</p><p>RADS 0 e a USG de mama é usada para complementar, justamente o que temos aqui.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Essa medida é uma forma de diferenciar se temos uma lesão sólida de lesão cística, entretanto, já</p><p>existe a necessidade, pelo BI-RADS, de fazer uma USG, então essa dúvida também será respondida.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>20-CCQ: A PNPIC visa o desenvolvimento das PIC em caráter multiprofissional, para as categorias profissionais presentes no</p><p>SUS, e em consonância com o nível de atenção</p><p>No cumprimento de suas atribuições de coordenação do Sistema Único de Saúde e de estabelecimento de políticas para garantir</p><p>a integralidade na atenção à saúde, o</p><p>Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja</p><p>implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Esta política atende,</p><p>sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na</p><p>rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais destacam-se aquelas no âmbito da Medicina Tradicional Chinesa</p><p>Acupuntura, da Homeopatia, da Fitoterapia, da Medicina Antroposófica e do Termalismo-Crenoterapia.</p><p>Isso significa que as práticas integrativas e complementares devem ser incorporadas de forma complementar aos serviços de</p><p>saúde, considerando as necessidades e realidades locais. Além disso, a abordagem multiprofissional envolve diferentes</p><p>profissionais de saúde trabalhando em conjunto para oferecer um cuidado integral aos pacientes. Portanto, as PICS não são</p><p>restritas a um único nível de atenção e podem ser implementadas de acordo com as especificidades de cada contexto.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Essa afirmação está incorreta. De acordo com as diretrizes do SUS para as Práticas</p><p>Integrativas e</p><p>Complementares (PICS), a acupuntura pode ser oferecida em diferentes níveis de atenção à saúde, não sendo exclusivamente</p><p>limitada à atenção especializada. Além disso, a ideia é que as PICS sejam integradas aos serviços de saúde de forma mais</p><p>abrangente, considerando as necessidades dos pacientes em todos os níveis de atenção.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha reconhecido a importância das Práticas</p><p>Integrativas e Complementares em Saúde, ela não regula especificamente quais práticas podem ser implementadas em cada</p><p>contexto. A decisão de implementar PICS em um sistema de saúde é tomada pelas autoridades de saúde locais, levando em</p><p>consideração as evidências científicas disponíveis e as necessidades da população.</p><p>Alternativa C - Correta: Isso significa que as práticas integrativas e complementares devem ser incorporadas de forma</p><p>complementar aos serviços de saúde, considerando as necessidades e realidades locais. Além disso, a abordagem</p><p>multiprofissional envolve diferentes profissionais de saúde trabalhando em conjunto para oferecer um cuidado integral aos</p><p>pacientes. Portanto, as PICS não são restritas a um único nível de atenção e podem ser implementadas de acordo com as</p><p>especificidades de cada contexto.</p><p>Alternativa D - Incorreta: As PICS não devem ser automaticamente inseridas em todos os níveis de atenção em saúde, e a escolha</p><p>de implementar uma prática específica em um nível de atenção depende das necessidades da população e das evidências</p><p>disponíveis. Não há uma ênfase automática na atenção terciária, e a decisão sobre onde implementar a auriculoterapia (ou</p><p>qualquer outra prática) deve ser baseada em critérios clínicos e de saúde pública.</p><p>Portanto, nosso gabarito é alternativa C!</p><p>21-CCQ: Saber que devemos solicitar a pesquisa de anticorpos do tipo TRAB para confirmar a hipótese diagnóstica de doença</p><p>de Graves</p><p>Temos uma mulher de 35 anos se queixando de nervosismo, insônia e tremores, negando dor na região cervical, assim como</p><p>linfonodomegalias palpáveis, assim como afirma não ter tido nenhum quadro infeccioso. Ao exame físico, a paciente exibe fácies</p><p>basedoweana típica, extremidades quentes e úmidas, taquicardia (120 batimentos por minuto) e hipertensão arterial sistólica</p><p>isolada (164 × 78 mmHg). No exame da tireoide, nota-se pequeno aumento de tamanho, não nodular e sem sopro local à</p><p>ausculta.</p><p>Apenas neste trecho em negrito, basicamente o enunciado já nos dá o possível diagnóstico, não é mesmo? Sim, fáscies</p><p>basedowean se refere a Basedow, relacionado a Doenã de Graves Basedow, principal causa de hipertireoidismo. Tais fáscies se</p><p>caracterizam por exoftalmia que se destaca em rosto magro, com um aspecto de espanto e ansiedade.</p><p>Exoftalmia (protrusão do globo ocular, em virtude do crescimento de tecido conjuntivo retro-orbicular, no qual desloca o olho</p><p>para frente, típicos da Doença de Graves, associado com "olhar de passarinho", por conta do aumento das catecolaminas</p><p>promovidas pelo aumento de hormônios tireoidianos.</p><p>Para elucidar seu diagnóstico, solicitaremos além dos hormônios tiredoidianos para evidenciar tireotoxicose, a pesquisa de</p><p>anticorpos do tipo TRAB, que consistem em anticorpos **que estimulam a tireóide a produzir hormônios, simulando a ação do</p><p>TSH (fisiopatologia da Doença de Graves).</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Exame interessante para analisar a área da tireóide no qual há uma maior atividade de síntese, como</p><p>os nódulos tóxicos produtores de hormônios. Porém, a questão de haver fáscies basedownianas nos condiz a principal etiologia</p><p>do hipertireoidismo. Portanto, sem necessidade deste exame.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Apesar de ser um excelente exame para excluir possível nódulo tóxico, não ajuda a nos elucidar a</p><p>hipótese diagnóstica de Doença de Graves, apesar de corroborar com o diagnóstico (aumento difuso da glândula nesta</p><p>condição).</p><p>Alternativa C - Incorreta: Exame indicado para nódulos, tanto para avaliar o tipo histológico quanto descartar cistos. Portanto,</p><p>um pouco fora do nosso contexto, uma vez que não preseça de nódulos em nossa paciente.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente, como mencionado anteriormente.</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a alternativa D.</p><p>22-CCQ: O tratamento da colangite não supurativa consiste em antibioticoterapia e descompressão da via biliar, que pode ser</p><p>feita eletivamente</p><p>Estamos de frente a uma mulher de 45 anos, com dor epigástrica e em hipocôndrio direito, náuseas, vômitos há 3 dias. De</p><p>achados importantes no exame físico, vemos que ela está febril e ictérica. Vocês já ouviram falar da tríade de Charcot? É</p><p>exatamente isso que a nossa paciente apresenta. Os achados de dor em hipocôndrio direito + febre + icterícia são muito</p><p>sugestivos de colangite bacteriana aguda, uma complicação infecciosa predisposta pela estase da bile na árvore biliar após a</p><p>impactação de um cálculo – uma das principais complicações da coledocolitíase.</p><p>A ultrassonografia de abdome mostra vesícula biliar de paredes finas, com múltiplos pequenos cálculos em seu interior, e</p><p>moderada dilatação de vias biliares, sem evidência de fator obstrutivo ao método. Não estranhe o fato de a USG não ter</p><p>conseguido encontrar obstrução das vias biliares. Lembre-se de que a USG é excelente para ver cálculos dentro da vesícula, mas</p><p>perde uma pouco de acurácia quando esses cálculos estão dentro do colédoco, situação na qual a colangiorressonância ou a</p><p>CPRE seriam mais bem indicadas para o diagnóstico. Apesar de não vermos cálculos dentro do colédoco, a clínica sugestiva, a</p><p>presença de cálculos na vesícula e a dilatação das vias biliares torna a colangite bastante provável.</p><p>Vemos que essa paciente ainda não apresenta um quadro supurativo, no qual teríamos a pêntade de Reynolds (dor em</p><p>hipocôndrio direito + febre + icterícia + hipotensão + estado confusional). É essa diferenciação em quadro supurativo e não</p><p>supurativo que define a conduta imediata. Invariavelmente, o tratamento da condição envolve, a descompressão da árvore biliar,</p><p>além da hidratação e antibioticoterapia venosa, sendo os esquemas mais usados a cefalosporina de 3.ª geração ou quinolona +</p><p>metronidazol. Nos casos não supurativos, a descompressão pode ser feita eletivamente. Já nos casos supurativos, a</p><p>descompressão deve ser realizada com urgência, por punção ou papilotomia.</p><p>Agora vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Correta: Exatamente, nos casos de colangite aguda não supurativa, uma das condutas imediatas é o início da</p><p>antibioticoterapia, deixando a descompressão da via biliar de forma eletiva.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A presença de icterícia e o aspecto fino da parede das vias biliares fala contra a colecistite aguda</p><p>(inflamação da vesícula). Nessa condição o tratamento seria antibiótico por 48h e, diante do controle do processo infeccioso, o</p><p>tratamento definitivo é feito com a colecistectomia, de preferência videolaparoscópica (CVL).</p><p>Alternativa C – Incorreta: A colecistostomia percutânea (drenagem da vesícula biliar) estaria indicada nos casos de colangite</p><p>supurativa, condição na qual a paciente se apresentaria hipotensa e com rebaixamento do sensório.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A presença de icterícia e o aspecto fino da parede das vias biliares fala contra a colecistite aguda</p><p>(inflamação da vesícula). Nessa condição o tratamento seria antibiótico por 48h e, diante do controle do processo infeccioso, o</p><p>tratamento definitivo é feito com a colecistectomia, de preferência por videolaparoscópica (CVL).</p><p>Dessa forma, concluímos que o gabarito é a letra A.</p><p>23-QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO</p><p>As causas de mortes evitáveis ou reduzíveis são definidas como aquelas previníveis, total ou parcialmente, por ações</p><p>efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em um determinado local e época.</p><p>De acordo com o Ministério da Saúde, são causas evitáveis:</p><p>Sífilis congênita (Reduzível</p><p>por adequada atenção à mulher na gestação e parto e ao recém-nascido);</p><p>Desnutrição e outras deficiências nutricionais (Reduzível por ações promoção à saúde vinculadas a ações de atenção);</p><p>Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer (Reduzível por adequada atenção à mulher na gestação)</p><p>Tuberculose (Reduzível pelas ações de imunização);</p><p>Anemias carenciais ( Reduzíveis por ações promoção à saúde vinculadas a ações de atenção);</p><p>Síndrome da morte súbita na infância (Reduzível por ações promoção à saúde vinculadas a ações de atenção). Esta última entra</p><p>nas causas evitáveis de morte em menores de 5 anos.</p><p>Vamos aprender com as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Isso mesmo. Todas as doenças aqui são causas evitáveis de morte.</p><p>Alternativa B - Incorreta: As malformações congênitas não aparecem na lista do Ministério da Saúde como causas de morte</p><p>preveníveis.</p><p>Alternativa C - Correta: Todas estas doenças aparecem</p><p>Alternativa D - Incorreta: As doenças desmielinizantes não aparecem na lista do Ministério da Saúde como causa de morte</p><p>preveníveis.</p><p>Portanto, as alternativas A e C estão corretas.</p><p>24-CCQ: Paciente com TEP prévio, LES e malformação uterina → pensar em progesterona isolada para anticoncepção segura</p><p>Quando as provas abordam o tema da anticoncepção, normalmente não fogem do que é clássico, cobrando o que é e o que não</p><p>é indicado para alguma paciente levando em conta suas peculiaridades clínicas. As opções para anticoncepção podem ser</p><p>divididas em hormonais e não hormonais, sendo estas últimas muito bem representadas pelos DIUs de cobre ou prata, por</p><p>exemplo. Já as opções hormonais podem ser classificadas em combinadas, contendo estrógenos e progestágeno, ou isoladas,</p><p>contendo apenas progestágeno.</p><p>Em se tratando das opções hormonais, o que mais deve nos chamar atenção são os potenciais efeitos intrínsecos ao estrógeno,</p><p>pois é ele o agente que, no geral, irá impactar mais na saúde da mulher, destacando-se a sua capacidade de interferir no sistema</p><p>de coagulação e o seu potencial carcinogênico (Ex.: no endométrio). A interferência na cascata de coagulação vira e mexe é foco</p><p>de discussão porque o estrógeno cria um ambiente pró-coagulante, então devemos ficar atentos com possíveis eventos</p><p>tromboembólicos.</p><p>Revisado isso, temos condições de conversar sobre as alternativas.</p><p>Alternativas A e B - Incorretas: A paciente tem uma malformação importante no útero, o qual incapacita o uso de dispositivos</p><p>intrauterinos, por conta disso, o DIU não pode ser usado.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Um método combinado para essa paciente não se mostra uma escolha muito segura. Essa paciente já</p><p>teve um evento tromboembólico importante no passado (TEP) e, além disso, tem uma doença autoimune que também aumenta</p><p>o risco de tromboembolismo, que é o LES. Sendo assim, essa também não pode ser nossa resposta.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente! Por conta de tudo o que conversamos, o uso de progestágeno isolado, no caso a pílula</p><p>(mas também poderia ser um implante subdérmico), é a melhor opção para essa paciente no momento.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>25- CCQ: Saber que é importante realizar a avaliação de nível de estresse, em uma entrevista separada da presença do idoso</p><p>para não gerar atrito entre o casal</p><p>nto domiciliar, pontos importantes temos que focar nesta questão:</p><p>Em relação ao MEEM do paciente, veja que ele é idoso aposentado com um nível superior, ou seja, temos nível de escolaridade</p><p>elevada, esperamos que MEEM seja acima de 27 pontos, sendo nosso pacien</p><p>Veja que temos um casal de idosos o qual foram visitados durante um atendime te pontuando 25 pontos, devemos ficar em</p><p>alerta.</p><p>Outro ponto temos a senhora que se sente sobrecarregada tanto com as demandas da casa quanto as do marido.</p><p>Outro detalhe é que há 6 meses, o senhor tem demonstrado dificuldades progressivas para realizar o pagamento de suas contas,</p><p>para fazer compras e para utilizar o celular - práticas, até então, cotidianas.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Apesar do paciente apresentar uma síndrome demencial, ainda não estamos diante de um quadro</p><p>avançado, tornando incorreta.</p><p>Alternativa B - Correta Devemos realizar essa avaliação da paciente sem a presença do idoso, para conseguir avaliar bem e</p><p>entender a senhora, sem impactar no relacionamento dos pacientes.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A avaliação de Snellen é uma ferramenta de avaliação da acuidade visual.</p><p>Alternativa D - Incorreta: No enunciado da questão já é abordado Índex, porque já temos as informações necessárias do</p><p>paciente.</p><p>Portanto, nosso gabarito é alternativa B!</p><p>26-CCQ: Saber que a Leishmaniose tegumetnar se caracterisa por um úlcera única e indolor, com formato arredonda, bordes</p><p>elevados como uma moldura</p><p>Temos o relato de paciente de 19 anos, previamente hígido, no qual vem à consulta na unidade de saúde relatando o surgimento,</p><p>há algumas semanas, de lesão única na mão direita. Inicialmente, a lesão era como pápula, que aumentou progressivamente até</p><p>ficar com o aspecto atual. O paciente é militar, pardo, servindo na floresta amazônica, solteiro, natural de Belém do Pará,</p><p>negando dor</p><p>E claro, a estrela da questão, a imagem: lesão única, indolor, arredondada em modura. Querido(a) aluno(a), isso é a chamada</p><p>úlcera de Bauru, lesão característica da Leishmaniose tegumentar, doença esta causada por um protozoário (Leishmania)</p><p>transmitida pelo flobótomo (mosquito palha). A informação de que o paciente é militar nos induz a pensar em provável picada</p><p>pelo inseto, no qual contém o protozoário e o transmite para a corrente sanguínea.</p><p>Seu tratamento de primiera linhas consistirá no antimoniato de N-metilglucamina,m (comercialmente conehcido por Glucantime</p><p>(no caso da leishmaniose tegumentar, a administração será 15 mg/kg/dia EV/IM por 20 dias, e caso não haja cicatrização</p><p>completa após 12 semanas do término do tratamento, repetir o tratamento por 30 dias. Na ausência de melhora, utilizar drogas</p><p>de segunda escolha.)</p><p>Portanto, nobre aluno(a), grave esta imagem, pois isto é muito importante para suas próximas questões.</p><p>Vamos analisar as alternativas e discuti-las?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Diagnóstico diferencial interessante, não há como negar. A blastomicose é causada por um fungo, no</p><p>qual também se relaciona com a mata/selva, no entanto, há mais repercussões sistêmicas, como febre, calafrios, suores</p><p>importantes. por vezes, dor no peito, dificuldade respiratória e tosse, inclusive podendo acometer ossos e cérebro. Além disso,</p><p>há manifestações cutâneas:</p><p>infecção cutânea pode começar como caroços diminutos e salientes. Podem surgir bolhas. Portanto, perceba que as lesões são</p><p>realmente diferentes do paciente em questão.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Para pensar em câncer espinocelular, pensaríamos em lesão crônica. Além disso, as características da</p><p>lesão por este tipo de câncer são outras:</p><p>se caracteriza pelo aparecimento de uma área avermelhada coberta por crostas, com lesões bem definidas de bordas regulares</p><p>ou irregulares.</p><p>Alternativa C - Incorreta:</p><p>27-CCQ: O melanoma se apresenta como uma lesão cutânea assimétrica, de bordos irregulares, com colorações diferentes,</p><p>diâmetro acima de 6mm e evolutiva</p><p>Olá pessoal, tudo certinho com os estudos? Espero que sim!</p><p>Estamos diante de um paciente de 58 anos que se queixa de uma lesão hiperpigmentada em face há 4 anos, que evoluiu nos</p><p>últimos 2 meses. Ao exame físico observamos uma lesão grande, provavelmente > 6mm, assimétrica, com bordas irregulares,</p><p>com coloração um pouco mais intensa no centro, e que mudou de aspecto nos últimos meses. Todas essas características nos</p><p>fazem pensar em melanoma.</p><p>Lesão suspeita é sinônimo de dermatoscopia (exame direto com lupa especial) e biópsia excisional com margem entre 1 e 3 mm</p><p>(preferencialmente removendo a lesão até o tecido subcutâneo). A biópsia incisional deve ser feita como exceção</p><p>nos casos em</p><p>que a lesão for muito grande e a retirada se constituir em uma intervenção cirúrgica de porte significativo. Na incisional, remove-</p><p>se um fragmento de lesão visível; na excisional, remove-se toda a lesão.</p><p>O tratamento para o melanoma é por ampliação de margens da biópsia, que depende da espessura (profundidade) do tumor</p><p>analisado na histopatologia – dado esse chamado de índice de Breslow.</p><p>Agora vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Correta: Sim, como vimos, essa lesão apresenta todas as características no ABCDE do melanoma, sendo essa a</p><p>hipótese mais provável.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Os nevos melanocíticos são geralmente pigmentados uniformemente, diferente da imagem da</p><p>questão.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A ceratose seborreica tem um aspecto mais verrucoso ou aveludado, diferente do apresentado. Olha</p><p>só:</p><p>Alternativa D – Incorreta: O CEC apresenta um aspecto nodular ulcerativo que evolui a partir de uma ceratose actínica. Além</p><p>disso, as localizações mais comuns são: lábio inferior, orelhas, face, dorso das mãos, mucosa bucal e genitália externa.</p><p>Dessa forma, concluímos que o gabarito é a letra A.</p><p>28- CCQ: Diante de um lactente com < 6 meses e na impossibilidade de ofertar o leite materno, podemos utilizar a fórmula</p><p>infantil de partida</p><p>Aleitamento exclusivo: neonato só ingere leite materno, sem água ou qualquer líquido, ou alimento sólido (obs.: mesmo</p><p>se o lactente precisar ingerir medicações, podemos dizer que é aleitamento exclusivo).</p><p>Aleitamento predominante: leite materno + água, sucos ou outros fluidos. Sem alimentos sólidos.</p><p>Aleitamento misto ou parcial: leite materno + outros tipos de leite (por exemplo, fórmula infantil).</p><p>Aleitamento complementado: leite materno + alimentos sólidos ou semissólidos.</p><p>Agora ... Vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A – Correta: Estamos diante de um lactente de 3 meses e 3 semanas. Na impossibilidade de ofertar leite materno,</p><p>podemos utilizar a fórmula infantil complementar.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A “formula de seguimento” é a formula ofertada aos lactentes acima de 6 meses de idade.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A alimentação complementar só deve ser iniciada acima de 6 meses.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Como vimos, a “formula de seguimento” é a formula ofertada aos lactentes acima de 6 meses de idade</p><p>e a alimentação complementar só deve ser iniciada acima de 6 meses</p><p>Assim, o gabarito é alternativa A.</p><p>29- CCQ: Corrimento branco, aderido às paredes vaginais, sem odor, com pH normal e com teste de Whiff negativo = pensar</p><p>em candidíase</p><p>Quando falamos de corrimento vaginal, devemos sempre ter em mente as 3 principais que compõem esse grupo: candidíase,</p><p>vaginose bacteriana e tricomoníase. O que mais acontece é a questão nos fornecer um quadro clínico bem clássico, mas nem</p><p>sempre é assim, então reconhecer os detalhes de cada uma é algo primordial. Olha a tabela abaixo!</p><p>Só essa tabela já nos ajuda 100% aqui, então vamos conferir o que temos em cada opção.</p><p>Alternativa A - Correta: Já começamos com a correta! O quadro é bem clássico, né? Corrimento branco, grumoso, aderido, com</p><p>uma irritação da mucosa, sem cheiro forte, pH normal e teste de Whiff negativo. Não podemos ter dúvidas, é candidíase!</p><p>Alternativa B - Incorreta: A G. vaginalis é o agente da vaginose, que geralmente traz um corrimento verde-amarelado, com odor</p><p>de peixe poder, pH mais básico (> 4,5) e que costuma piorar no período menstrual ou após o coito.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A tricomoníase classicamente é um corrimento mal cheiroso, branco-acinzentado, bolhoso, fluido e</p><p>que geralmente traz um achado bem característico, que é o colo em framboesa.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Falar em Chlamydia é pensar em cervicite ou DIP, o que não é o caso da nossa paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>30-CCQ: Saber que devemos resolver o quadro a partir da detecção de disfuncionalidades, visando a busca do reequilíbrio</p><p>desta estrutura de relações familiares</p><p>A visita foi solicitada porque esposa relatou o desinteresse do idoso em realizar tarefas cotidianas além da falta de apoio, em</p><p>relação aos cuidados com o pai, da filha do casal, o paciente recebeu recentemente um diagnóstico de neoplasia de próstata</p><p>sem perspectiva de cura.</p><p>Diante disso a equipe realiza o ecomapa considerando outras informações colhidas pelo AC5 durante à visita domiciliar, vemos</p><p>que a esposa possui uma relação fraca e estressante com a filha de 33 anos a qual possui problemas com drogadição. Com</p><p>relação aos vizinhos apresenta uma proximidade importante com a família.</p><p>Reconhecer a dinâmica de funcionamento familiar é fundamental para entender as interações e as disfuncionalidades presentes</p><p>na família. O idoso está enfrentando um diagnóstico de neoplasia de próstata avançada sem possibilidade de cura, o que pode</p><p>afetar seu estado emocional e sua capacidade de autocuidado. Além disso, a esposa está enfrentando o desafio de lidar com a</p><p>saúde do marido e da filha, enquanto a filha parece estar enfrentando problemas que também impactam a dinâmica familiar.</p><p>Planejar intervenções precoces na busca do reequilíbrio das relações familiares é crucial para fornecer o suporte necessário a</p><p>todos os membros da família. Isso pode incluir oferecer suporte psicológico para o idoso e sua esposa, fornecer informações</p><p>sobre o tratamento da neoplasia, encaminhar a filha para serviços de saúde mental, e até mesmo oferecer apoio prático para as</p><p>tarefas do dia a dia.</p><p>Vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Uma abordagem que se concentra apenas em desenvolver um projeto terapêutico singular para a</p><p>esposa não abordaria adequadamente as complexas interações familiares, os desafios emocionais enfrentados pelo idoso e sua</p><p>esposa, e a necessidade de uma abordagem mais ampla para equilibrar a dinâmica familiar.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A internação compulsória para tratamento da filha do casal, com o objetivo de diminuir os problemas</p><p>que a esposa do idoso precisará gerenciar nesta fase.</p><p>Alternativa C - Correta: Reconhecer a dinâmica familiar e planejar intervenções para reequilibrar as relações, é mais alinhada</p><p>com a complexidade da situação e com as necessidades da família.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Embora os cuidados paliativos sejam uma opção importante para pacientes com condições avançadas</p><p>e incuráveis, como o idoso com neoplasia de próstata avançada, a situação descrita no cenário não indica necessariamente que</p><p>o idoso está em um estado que exija internação em um serviço de cuidados paliativos.</p><p>Portanto, o nosso gabarito é alternativa C!</p><p>31- CCQ: Saber que a artrite séptica bacteriana se caracteriza pela presença de sinais inflamatórios associados a leucocitose</p><p>no líquido sinovial, com predomínio de polimorfonucleares</p><p>A banca nos relata um caso clínico de um homem branco de 56 anos, sexualmente ativo (informação importantíssima), portador</p><p>de síndrome metabólica, no qual retorna ao ambulatório de referência 2 semanas após ter sido diagnosticado com artrite gotosa</p><p>aguda em joelho direito, através de artrocentese com analise do liquido sinovial. Após o diagnóstico, o paciente manteve o uso</p><p>de colchicina porém interrompeu o tratamento com alopurinol, no qual relata que apresentou melhora nos seus sintomas com</p><p>o uso do anti-inflamatório não esteroidal prescrito.</p><p>Ao exame físico, no entanto, a articulação do joelho direito apresenta sinais importantes de inflamação, como rubor intenso,</p><p>calor e edema, além de impotência funcional, obrigando a realizar uma nova artrocentese, cujos resultados iniciais revelam</p><p>120.000 leucócitos/mm3, com 95% de polimorfonucleares.</p><p>O interessante nesta questão é que a banca não poupou tempo em descrever fatores de risco típicos para a gota (no qual houve</p><p>de fato um diagnóstico através da artrocentese), assim como a questão de descrever o paciente como sexualmente ativo, nos</p><p>induzindo a uma possível artrite</p>