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<p>Toxoplasmose</p><p>· Agente etiológico: Toxoplasma gondii.</p><p>· Filo: Apicomplexa.</p><p>· Gênero: Toxoplasma.</p><p>· Espécie: T. gondii</p><p>· Hospedeiro definitivo: Felídeo.</p><p>O filo apicomplexa apresenta o complexo apical: Auxilia o parasito a penetrar nas células do hospedeiro.</p><p>Foi descoberto simultaneamente em 1908 por Splendore, no Brasil, e por Nicolle e Manceux, na Tunísia.</p><p>HABITAT</p><p>· Vários tecidos, células nucleadas e líquidos orgânicos.</p><p>FORMAS EVOLUTIVAS</p><p>Taquizoítos</p><p>· Forma infectante - Ativa metabolicamente.</p><p>· Encontrado na fase aguda da doença.</p><p>· Chamado de trofozoíto (forma proliferativa).</p><p>· Prolifera em todos os tipos de células nucleadas de mamíferos (dentro do vacúolo parasitóforo por endodiogenia – formam rosetas).</p><p>· Encontrado dentro de vacúolo das células parasitadas e nos líquidos orgânicos.</p><p>· Atravessam barreira transplacentária e hemato-encefálica.</p><p>Bradizoíto – CISTO TECIDUAL</p><p>· Forma infectante – Inativa metabolicamente.</p><p>· Geralmente encontrado na fase crônica.</p><p>· Encontrados dentro do vacúolo parasitóforo das células dos tecidos.</p><p>· Formam cistos – Forma de resistência ao SI.</p><p>· Multiplicação lenta dentro do cisto por endodiogenia mantem latência.</p><p>Oocistos</p><p>· Forma de resistência (possuem parede dupla) a fatores externos.</p><p>· Não é infecioso antes da esporulação.</p><p>· A maturação resulta em um oocisto contendo 2 esporocistos, que contém 4 esporozoítos cada.</p><p>· Produzidos no intestino de felídeos.</p><p>· Presentes nas fezes de gatos 3-5 dias após ingestão de cistos teciduais.</p><p>· Mantêm-se viáveis no ambiente por 12 a 18 meses. Felinos cobrem as fezes, aumenta as condições de sobrevida dos oocistos.</p><p>CICLO BIOLÓGICO</p><p>· Heteroxênico.</p><p>· Reprodução assexuada e sexuada em felídeos.</p><p>· Reprodução assexuada nos hospedeiros intermediários (cães, ratos, aves, caprinos, bois, homem).</p><p>Esquizogonia - ASSEXUADA</p><p>· Divisão do núcleo sem divisão da membrana – gerando o ESQUIZONTE- Célula com vários merozoítos.</p><p>· O merozoítos saem do esquizonte e invadem outras células intestinais, reproduzindo assexuadamente por esquizogonia.</p><p>· Os merozoítos saem da célula hospedeira e invadem mais células – VÁRIOS CICLOS.</p><p>Gametogonia – SEXUADA</p><p>· Após vários ciclos esquizogônicos acontece a formação de GAMETAS a partir dos merozoítos.</p><p>· Macrogameta e microgameta fecundam e formam o oocisto.</p><p>· Oocisto é liberado nas fezes do gato na forma imatura (não infectante). Após esporulação forma-se o oocisto maturo, com 2 esporocistos e 4 esporozoítos, que ficam no solo por meses (contaminação de alimentos e água).</p><p>HOSPEDEIRO DEFINITIVO</p><p>· O gato contamina-se com a ingestão de cistos teciduais (bradizoítos) através da presa (aves, ratos).</p><p>· Ciclo assexuado: Diferentes tecidos.</p><p>· Ciclo sexuado: Céls. epiteliais do intestino.</p><p>HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO</p><p>· Infectam-se pela ingestão de oocistos esporulados presentes na água e alimento contaminados (esporozoítos).</p><p>· Infectam-se pela ingestão de cistos teciduais presentes em carne mau passada/crua (bradizoítos).</p><p>· (1) Bradizoítos ou esporozoítos/merozoítos no trato gastrointestinal do hospedeiro → (2) essas formas invadem células intestinais e reproduzem por esquizogonia em taquizoítos → (3) os taquizoítos atingem o sangue e linfa e se espalham no organismo → (4) invadem células dos diferentes tecidos (olhos, cérebro, coração, músculo, placenta) formando o vacúolo parasitóforo → (5) no vacúolo dos tecidos divide-se por endodiogenia → (6) saem do vacúolo e da célula do hospedeiro atingindo órgãos, através do sangue e da linfa → (7) fase proliferativa ou fase aguda da toxoplasmose → (8) sistema imune ativado, produção de anticorpos (IgG) → diminuição do parasitismo → alguns taquizoítos nos órgãos diferenciam-se em cistos teciduais → fase cística ou crônica, com diminuição da sintomatologia.</p><p>· Caso haja imunossupressão, poderá haver uma reativação da infecção.</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>· Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoítos) eliminados pelas fezes de gatos ou de outros felinos.</p><p>· Ingestão de cistos (contendo bradizoítos) presentes em carne crua ou mal passada.</p><p>· Ingestão de leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítos.</p><p>· Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea → Taquizoítos.</p><p>· Transmissão placentária → Taquizoítos na fase aguda, ou rompimento de cistos presentes no endométrio (ação mecânica).</p><p>PATOGENIA</p><p>· O quadro clínico é variável, desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves.</p><p>· 90% assintomático e 10% sintomáticos.</p><p>· Essa variação depende de determinados fatores, como:</p><p>· Estado Imunológico do Hospedeiro.</p><p>· Quantidade do Inoculo – Tipo ingestão de muitos cistos, ou oocistos.</p><p>· Forma infectante (cisto ou oocisto).</p><p>· Genética do parasito (diferentes linhagens Tipo I-(o mais patogênico), Tipo II (intermediária) e Tipo III cisto-gênica).</p><p>· Idade gestacional da paciente grávida.</p><p>· Condições Socioeconômicas.</p><p>PATOGENIA CONGÊNITA/TRANSPLANCETÁRIA OU PRÉ-NATALA gravidade da doença é inversamente proporcional com relação à idade gestacional.</p><p>· A toxoplasmose congênita é uma das formas mais graves da doença:</p><p>· Coriorretinite (90% dos casos).</p><p>· Calcificações cerebrais (69%).</p><p>· Perturbações neurológicas, retardamento psicomotor (60%).</p><p>· Micro ou macrocefalia (50% dos casos).</p><p>· Outras possíveis manifestações clínicas são: epilepsia, anemia, rash cutâneo, icterícia, encefalite.</p><p>ALTERACOES FETAIS</p><p>· Primeiro trimestre: Aborto.</p><p>· Segundo trimestre: Aborto, nascimento prematuro com – coriorretinite, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas, retardamento psicomotor, alterações no volume craniano (micro ou macrocefalia).</p><p>· Terceiro trimestre: Criança pode nascer normal, assintomática ou apresentar doença após o parto.</p><p>RECOMENDAÇÕES ÀS GESTANTES</p><p>· Não coma carne crua ou mal passada.</p><p>· Lave bem frutas e verduras.</p><p>· Consumir agua de qualidade (ferver se não souber a procedência).</p><p>· Evite contato com fezes do gato ou use luvas para manipular as fezes.</p><p>PATOGENIA PÓS NATAL</p><p>· Ganglionar ou febril aguda - comprometimento ganglionar, generalizado ou não, com febre alta.</p><p>· Dor abdominal, hepatoesplenomegalia, mal-estar e exantema.</p><p>· Cérebro-espinhal ou meningoencefálica.</p><p>OCULAR</p><p>· A coriorretinite é a lesão mais frequentemente associada à toxoplasmose. É consequência de uma infecção aguda com taquizoítos causando lesões na retina e na coroide. T. gondii alcança a retina através da corrente sanguínea. As lesões podem evoluir para uma cegueira parcial ou total ou podem se curar por cicatrização.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>· Parasitológicos: Parasitos no sangue- esfregaço – Taquizoítos.</p><p>· Sorológicos: RIFI, ELISA, HAI. IgM diminui e IgG altos.</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>· Parasita intracelular obrigatório.</p><p>· Distribuição mundial.</p><p>· Prevalência alta.</p><p>· OMS estima que 50-60% da população mundial esteja infectada.</p><p>Tem caráter oportunista em pacientes imunocomprometidos.</p><p>· A maioria das pessoas não apresentam sintomas ou somente sintomas benignos (dor de cabeça, dor de garganta, linfoadenite e febre).</p><p>· Doença severa:</p><p>A) Toxoplasmose congênita (transmissão materno-fetal).</p><p>B) Toxoplasmose ocular em adultos imunocompetentes.</p><p>C) Neurotoxoplasmose (perda de um sistema imune funcional).</p><p>TRATAMENTO</p><p>· Não existe fármaco eficaz.</p><p>· Fármacos somente atuam contra as formas proliferativas (Taquizoítos).</p><p>· Geralmente somente se trata os casos agudos</p><p>· Tratamento da Toxoplasmoses Ocular.</p><p>· Associação de Pirimetamina com sulfadiazina ou sulfadoxina</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p>