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<p>1</p><p>Ambos os textos, parte a princípio de uma análise do dia a dia em uma sala de aula. No</p><p>texto de Leandro Karnal, a sala de aula vista pelo olhar do professor no seu primeiro dia, já no</p><p>texto de Marli André, o observar do dia a dia de um professor dentro do ambiente escolar.</p><p>O capítulo primeiro do livro “Conversas com um jovem professor” inicia com a expectativa</p><p>de um jovem professor que vai enfrentar um turma pela primeira vez, ele começa se questionado</p><p>de tudo que estudou, como irá desenvolver dentro de uma sala de aula, esse capítulo apresenta</p><p>as provocações, desde a saída da sala do professores, onde os colegas passam as últimas</p><p>instruções de como se comportar junto aos alunos, até a entrada da sala de aula sendo essa uma</p><p>tarefa a se enfrentar, a mais assustadora no momento.</p><p>Já em sala de aula, considera o ambiente marcado por diversos comportamentos dos</p><p>alunos, como silêncio ou barulho, olhares curiosos ou reprovados, o frio na barriga para começar</p><p>a passar o conteudo, se vai lembrar os nomes dos alunos das diversas salas de aula, se terá uma</p><p>maior aproximação ou distanciamento, como esses alunos, ou se mantém o equilibrio. Karnal</p><p>declara que: “ a aula é um momento profissional e você não é amigo do aluno, amizade implica</p><p>em igualdade, e em sala de aula isso não existe.” Ao mesmo tempo que o professor não é amigo,</p><p>também não será inimigo, deve existir um equilíbrio entre familiaridade e distância.</p><p>Para Karnal, uma boa aula tem quatro linhas de força: a primeira é você, temos nossos</p><p>problemas particulares, mas como em qualquer outra profissão, é necessário deixar que eles</p><p>sejam resolvidos em um outro momento, nunca levá-los para a sala de aula, pois poderá interferir</p><p>no bom andamento. O segundo é o conteúdo em si, planeje uma boa aula dentro do tempo</p><p>determinado, descontando os intervalos entre a entrada na sala, acalmaria da turma, chamada,</p><p>entre outros. O terceiro, seria as condições externas como barulho, iluminação, calor, chuva,</p><p>conforto em sala, e quarta e última, o aluno, o mais importante para o professor, ele é o objetivo</p><p>de todo esse esforço, de todo esse tempo de estudos graduados. O comportamento do aluno</p><p>pode ser um problema, mas o aluno não é o problema. O olhar do aluno, diz com clareza se está</p><p>CURSO: PEDAGOGIA</p><p>POLO DE APOIO PRESENCIAL: SÃO BERNARDO DO CAMPO</p><p>SEMESTRE: 2º - {TURMA 02A} 2022/2</p><p>COMPONENTE CURRICULAR / TEMA: DOCENCIA NA CONTEMPORANEIDADE</p><p>NOME COMPLETO DO ALUNO: VIVIANE CRISTINA RODRIGUES TEIXEIRA</p><p>TIA:10922020421</p><p>NOME DO PROFESSOR: ALINE MARTINS DE ALMEIDA</p><p>mailto:10922020421@mackenzista.com.br</p><p>https://eadgrad.mackenzie.br/user/view.php?id=30032&course=5149</p><p>2</p><p>bom ou ruim, se as coisas estão andando corretamente, como Karnal diz: “ o olhar do aluno não é</p><p>seu horizonte, mas sua possibilidade.” Ele também ressalta que “há poucos bons professores,</p><p>mas muita gente que dá aula bem.”</p><p>Dentro de uma sala de aula, professores costumam dar a mesma matéria muitas vezes,</p><p>aos poucos vai adquirindo experiência, dessa matéria, vão melhorando ainda mais seu conteudo.</p><p>Karnal compara a aula como uma peça de teatro, onde nesse jogo de cenas, o professor é</p><p>provocado a entender a sala de aula como diálogo de teatro, à medida que, sedução, encanto e</p><p>realização contagiam e orientam espectadores/alunos.</p><p>A atuação do professor na realização de uma boa aula, avança o controle dos momentos,</p><p>rápidos ou devagar, o uso atento e consciente do tom da voz, deslocamento e gesticulações em</p><p>sala. É necessário pensar à aula como uma obra planejada, um exercício artesanal, tendo ponto</p><p>de partida e de chegada, em constante análise de erros e acertos, pois não temos a segurança</p><p>absoluta de sucesso, explorando a escrita dessa história que se constitui e aperfeiçoa à prática</p><p>cotidiana de um bom professor.</p><p>No texto de Marli Andre “Questões do cotidiano na escola de 1º grau” nos apresenta como</p><p>é o dia-a-dia de uma escola, como tratar os problemas. Neste texto, ela nos trás uma reflexão</p><p>muito importante sobre pesquisa educacional, a autora defende a utilização da pesquisa</p><p>etnográfica como uma forma privilegiada de se compreender o cotidiano escolar. Nos conta as</p><p>diferentes experiências que passou em sala de aula, na escola em si, acompanhou os professores,</p><p>observou suas aulas, acompanhou os planejamentos, e quando juntou os resultados percebeu</p><p>que tudo que visualizou em sala de aula não foi o suficiente, pois a sala de aula é desenvolvida</p><p>por muitos fatores, entre eles, o que a escola determina com a instituição para prática pedagogica.</p><p>Ela descobre outros pontos da sala de aula, e amplia sua pesquisa, com tempo ela</p><p>percebe que necessita de mais elementos, retorna a escola e reorganiza sua pesquisa e</p><p>considera outros pontos importantes, como reuniãos e pais e mestres, projetos curriculares da</p><p>escola, escolha do livro didatico, entre outros, vai ampliando e nos mostra que a sala de aula é</p><p>determinada por muitos fatores. Em três estudos realizados em escolas públicas a partir desta</p><p>perspectiva, ela apresenta, no primeiro estudo, a preocupação com questões do cotidiano escolar</p><p>e o a revisão da didática, no segundo, a importância do estudo do cotidiano escolar como espaço</p><p>social contraditório, nesse momento ela destaca a investigação de algumas dimensões</p><p>sistemática do cotidiano escolar, são elas, dimensão institucional/organizacional e a dimensão</p><p>instrucional/pedagógica histórica/filosófica/epistemológica. No terceiro estudo, é feito uma revisão</p><p>dos estudos do tipo etnográfico que foram desenvolvidos em escolas de 1 ° Grau, contribuíndo</p><p>para o desvelamento da prática docente e para a reconstrução do saber e do fazer didáticos.</p><p>Investigar a escola requer perspectiva teórica, As dimensões apresentadas no segundo</p><p>estudo, nos aproxima da escola e do seu ambeinte, aprendemos o dinamismo escolar, elas são</p><p>https://eadgrad.mackenzie.br/file.php/4902/arquivos/Questoes_do_cotidiano_Artigo_aula1.pdf</p><p>3</p><p>apresentadas como uma unidade de multiplas inter-relações, onde conseguimos compreender a</p><p>dinâmica social do cotidiano escolar.</p><p>A dimensão institucional/organizacional, são questões que levam os professores a</p><p>apresentar um plano de aula, controle de frequência, disponibilidade de recursos humanos todos</p><p>os aspectos referentes ao contexto da prática escolar, ou toda a rede de relações que se forma e</p><p>transforma no acontecer diário da vida escolar.</p><p>A dimensão instrucional/pedagógica, abrange todas as situações de ensino onde se dá o</p><p>encontro professor-aluno-conhecimento. Sala de aula, conteúdos, material didático, linguagem, e</p><p>e outros meios de comunicação entre professor e alunos, e as formas de avaliar o ensino e a</p><p>aprendizagem.</p><p>A dimensão histórica/filosófica/epistemológica, que se refere aos pressupostos subjacentes</p><p>à prática educativa. Inclui uma reflexão sobre as determinantes sociopolíticas dessa prática, um</p><p>entendimento da sua razão histórica e um exame das concepções de homem, mundo, sociedade</p><p>e conhecimento nela envolvidas.</p><p>O texto conclui que: “O estudo possibilitou afirmar a complexidade da prática educativa. (...)</p><p>O que acontece dentro da Escola é muito mais o resultado da cadeia de relações que constrói o</p><p>dia-a-dia do professor, do aluno e do conhecimento e muito menos a atitude e decisão isoladas de</p><p>um desses elementos. Os anéis dessa cadeia se ligam de várias maneiras aos anéis que</p><p>compõem o todo institucional, o qual se articula de muitas formas com as várias esferas do social</p><p>mais amplo," e que também, “ é preciso lembrar que a jornada escolar é realizada por indivíduos</p><p>em relação, produtores e produto de determinados encontros e simultaneamente de</p><p>desencontros.”</p><p>Estes dois textos nos leva a refletir como será o nosso formato de trabalho, o dia a dia em</p><p>um ambiente escolar, analisar cada etapa do processo, o momento em que entramos na escola, a</p><p>ansiedade do professor, como proceder dentro de sala, como avaliar, ou disciplinar, o ambiente, o</p><p>bairro em si, as pessoas que frequentam a escola, o convívio com os colegas,</p><p>a organização</p><p>escolar, a coordenação, material didatico, a a tia da cantina, as merendeiras, o momento da</p><p>primeira aula, o contato com os alunos, a aprendizagem, a ansiedade, o choro da criança, o</p><p>sorriso. Cada experiência deve ser analisada, observada, anotada. Tudo será um desafio que</p><p>iremos enfrentar, mas no fim o resultado será o conhecimento e a aprendizagem, de um futuro</p><p>professor.</p>