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<p>Assédio moral e</p><p>assédio sexual nas</p><p>configurações do</p><p>ambiente</p><p>Universitário</p><p>Isabela Magno</p><p>Psicologa</p><p>CRP 03/04614</p><p>O que é Assédio?</p><p>Assédio é o ato de pressionar, intimidar,</p><p>ameaçar ou perseguir alguém de forma</p><p>repetida e indesejada. O assédio pode ocorrer</p><p>em diferentes contextos, como no ambiente de</p><p>trabalho, na escola, nas redes sociais ou em</p><p>relacionamentos pessoais.</p><p>O assédio pode assumir diversas formas,</p><p>incluindo assédio sexual, assédio moral, assédio</p><p>racial, assédio por orientação sexual, entre</p><p>outras.</p><p>O assédio moral é uma violência psicológica perpetrada de maneira</p><p>sistemática, abusiva e reiterada com o objetivo de prejudicar alguém no</p><p>ambiente da universidade, podendo ser realizada por superiores</p><p>hierárquicos (professores, orientadores) e/ou colegas, alunos(as) e</p><p>servidores(as).</p><p>Ele é constituído por gestos, comportamentos, olhares e palavras, que</p><p>podem se materializar, por exemplo:</p><p>Na criação de um ambiente de convivência intimidante, hostil e ofensivo</p><p>No isolamento, desqualificação ou críticas ao desempenho profissional</p><p>e/ou acadêmico para provocar humilhação</p><p>Na ameaça ou descumprimento de direitos como horários, férias,</p><p>licenças</p><p>Na vigilância excessiva prejudicando a autonomia da estudante</p><p>Assédio Moral na</p><p>Universidade</p><p>Já o assédio sexual se constiti em atos, insinuações, contatos físicos</p><p>forçados, convites inconvenientes, que se apresentem como condição para</p><p>manutenção das funções, influência em promoções na carreira, prejuízo</p><p>no rendimento profissional, humilhação, insulto ou intimidação da vítima</p><p>no ambiente no contexto das atividades universitárias.</p><p>Importante dizer que estão incluídos no conceito de violência contra</p><p>mulher o assédio e a prática abusiva motivados pela especificidade do</p><p>gênero – machismo e violência contra a mulher, que desrespeitem de</p><p>forma sistemática a integridade física e/ou psicológica de uma mulher ou</p><p>grupo de mulheres.</p><p>Assédio Sexual na</p><p>Universidade</p><p>https://valentereispessali.com.br/como-lidar-com-machismo-e-violencia-de-genero-em-ambientes-coletivos-como-escolas-e-empresas/</p><p>Quem comete assédio moral ou sexual no ambiente</p><p>universitário em geral é uma pessoa em posição</p><p>hierarquicamente superior à vítima.</p><p>Sendo assim, é comum existir uma implícita ameaça</p><p>ao desempenho e carreira acadêmica da pessoa</p><p>assediada, que é forçada a aturar um contexto</p><p>violento em nome de seus objetivos.</p><p>Como se dá o assédio no</p><p>contexto universitário?</p><p>Investidas verbais ou insinuações de caráter sexual1.</p><p>Exigência de favores sexuais em troca de orientação ou benefícios</p><p>acadêmicos</p><p>2.</p><p>Comentários depreciativos ou constrangedores sobre a aparência ou</p><p>comportamento</p><p>3.</p><p>Humilhação pública ou privada, incluindo críticas excessivas e</p><p>desproporcionais</p><p>4.</p><p>Ameaças ou intimidações para forçar a aluna a aceitar determinadas</p><p>condições de orientação ou avaliação</p><p>5.</p><p>Pressão para que a aluna participe de atividades ou eventos que envolvam</p><p>situações constrangedoras ou de cunho sexual</p><p>6.</p><p>Discriminação baseada em gênero, incluindo a negação de oportunidades ou</p><p>tratamento injusto</p><p>7.</p><p>Isolamento ou ostracismo por parte do orientador ou do grupo de pesquisa;8.</p><p>Tentativas de sabotar a carreira acadêmica da aluna, como dificultar a</p><p>publicação de artigos ou a obtenção de financiamento</p><p>9.</p><p>Contato excessivo e inadequado fora do ambiente universitário, incluindo</p><p>ligações, mensagens de texto ou convites para encontros</p><p>10.</p><p>Existem várias práticas de assédio sexual</p><p>e moral que podem ocorrer na</p><p>universidade</p><p>A dificuldade da vítima em constituir provas sobre o assédio está relacionada a diversos</p><p>fatores, como:</p><p>A natureza do próprio assédio, que muitas vezes ocorre de forma sutil e velada, sem</p><p>deixar evidências concretas;</p><p>A falta de testemunhas ou a relutância de colegas em testemunhar contra o agressor,</p><p>que muitas vezes é uma pessoa em posição hierarquicamente superior;</p><p>O medo da vítima em reportar o assédio, por receio de retaliações pessoais ou</p><p>acadêmicas ou de não ser acreditada.</p><p>Contudo, a partir do momento em que alguém se percebe vítima de assédio ou vê o que</p><p>está acontecendo com alguma colega, pode tentar produzir provas para corroborar o seu</p><p>relato.</p><p>Alguns exemplos de possíveis provas para os atos de assédio são e-mails e/ou mensagens,</p><p>bem como gravações de ligações e conversas com conteúdo inapropriado.</p><p>Se as condutas forem perpetradas em ambiente com a presença de outras pessoas, estas</p><p>podem ser testemunhas do ocorrido, considerando que, em um processo judicial na</p><p>hipótese de suspeição ou impedimento (por exemplo, por serem amigo íntimo ou inimigo</p><p>de alguma das partes, com interesse no litígio), podem ser ouvidas como informantes.</p><p>Como comprovar o assédio?</p><p>A maior parte das vítimas se sente perdida e desamparada sobre</p><p>o que fazer com relação a casos de assédio em universidades e</p><p>desconhecem os caminhos para denunciar um caso de assédio.</p><p>O mais importante é buscar uma rede de apoio e se fortalecer</p><p>psicologicamente para enfrentar possíveis efeitos da denúncia,</p><p>como a exposição, questionamento e até mesmo criminalização</p><p>por parte do agressor.</p><p>Em um primeiro momento, é importante buscar organizações</p><p>estudantis como o Centro Acadêmico ou organizações políticas</p><p>como coletivos feministas em busca de apoio (sempre</p><p>fundamental). Além disso, é necessário verificar os mecanismos</p><p>de controle e fiscalização que a universidade possui, como</p><p>ouvidorias ou órgãos criados especialmente para combater esse</p><p>tipo de violência.</p><p>Fui assediada(o) ou presenciei</p><p>casos de assédio, o que fazer?</p><p>https://valentereispessali.com.br/violencias-sexuais-em-universidades-o-que-fazer/</p><p>O que nós na UESB</p><p>podemos fazer em</p><p>relação a isso?</p><p>Juntos podemos</p><p>fazer a diverença</p><p>Gratidão!</p>