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<p>ASPECTOS</p><p>ENERGÉTICOS</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso, Basal e Total</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso e Basal</p><p>■ Gasto Energético Basal (GEB)</p><p>É a medida da TAXA METABÓLICA BASAL (TMB)</p><p>Medida em Kcal/24hrs</p><p>A quantidade mínima de energia gasta que é compatível</p><p>com a vida.</p><p>Quantidade de energia usada durante 24hrs enquanto se descansa</p><p>fisicamente e mentalmente em ambiente termoneutro.</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso e Basal</p><p>■ Gasto Energético Basal (GEB)</p><p>A medição é complexa, deve ser feito de 10 a 12hrs após a ingestão</p><p>de alimentos, pela manhã com repouso completo. Esses cuidados</p><p>devem ser tomados para que os efeitos da atividade física, do</p><p>alimento e da temperatura ambiente tenham mínima influência sobre</p><p>o metabolismo.</p><p>Por razões práticas a TMB é raramente medida, se usa comumente a</p><p>TMR.</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso e Basal</p><p>■ Gasto Energético de Repouso (GER)</p><p>É a medida da TAXA METABÓLICA DE REPOUSO (TMR)</p><p>Medida em Kcal/24hrs</p><p>Energia despendida nas atividades necessárias para</p><p>manter as funções corporais normais e a homeostase.</p><p>Representa maior porção do gasto energético total (60% a 75%).</p><p>Pode ser até 10% a 20% maior que o gasto energético basal,</p><p>pois leva em conta o resultado o efeito térmico do alimento e</p><p>consumo excessivo de oxigênio.</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso e Basal</p><p>■ A taxa de metabolismo de repouso é muitas vezes utilizada de</p><p>maneira equivocada como um sinônimo da TMB, mas é a</p><p>energia gasta sob condições semelhantes às da TMB.</p><p>■ A principal diferença entre elas é que a medida da taxa de</p><p>metabolismo de repouso pode ser realizada após o indivíduo</p><p>se deslocar até o local do exame e com menor tempo de</p><p>jejum, sendo este de 4 a 8 horas.</p><p>■ Com intuito de neutralizar os efeitos da atividade física</p><p>exercida, recomenda-se que antes do exame haja um período</p><p>de repouso de 30 minutos.</p><p>Como medir o GEB ou GER?</p><p>Calorimetria direta</p><p>■ Provavelmente, é o método</p><p>que provê maior acurácia à</p><p>realização de medidas do</p><p>gasto energético (1 a 2% de</p><p>erro), pois mede de forma</p><p>direta o calor gerado pelo</p><p>organismo.</p><p>■ Em virtude de seu alto custo</p><p>operacional, é raramente</p><p>utilizado.</p><p>Calorimetria indireta</p><p>Estima, por um aparelho, o calor</p><p>gerado pelo organismo a partir da</p><p>mensuração do oxigênio (O2)</p><p>consumido, do dióxido de carbono</p><p>(CO2) produzido e do nitrogênio</p><p>urinário excretado por determinado</p><p>período.</p><p>Calorimetria indireta</p><p>A troca gasosa medida pelo calorímetro permite o cálculo do quociente</p><p>respiratório (volume de CO2 produzido dividido pelo volume de O2</p><p>consumido), o qual possibilita conhecer o substrato ou a mistura de</p><p>substratos oxidados como fonte de energia no momento em que o</p><p>exame é realizado.</p><p>.</p><p>Metabolismo</p><p>Gasto energético em Repouso</p><p>O que altera o GEB:</p><p>■ Tamanho corporal (Peso e altura)</p><p>■ Composição corporal (Massa magra x Massa gorda)</p><p>■ Idade</p><p>■ Sexo</p><p>■ Estado hormonal</p><p>Importante</p><p>■ GEB ≠ GER (não são equivalentes), porém a motivos práticos</p><p>normalmente se mensura, através de exames, o GER e o considera</p><p>como o GEB.</p><p>■ GET – é gasto total de energia durante 24h/dia. Engloba vários</p><p>componentes:</p><p>• Metabolismo Basal ou de Repouso – o maior componente (60% a 75%)</p><p>• Atividade física – o segundo maior componente (muito variável)</p><p>• Efeito térmico dos alimentos – difícil se mensurar precisamente (considera-se um</p><p>acréscimo de 10% do GEB)</p><p>• Termogênese Facultativa (FT e FI) – quando existe (doentes)</p><p>Componentes do Gasto energético:</p><p>Gasto Energético Total (GET):</p><p>• Metabolismo Basal ou de Repouso</p><p>• Fator térmico dos alimentos</p><p>• Atividade física (FA)</p><p>• Termogênese Facultativa (FT e FI)</p><p>Atividade Física</p><p>É o segundo maior componente do gasto energético;</p><p>Resultante da atividade física e constitui o componente mais variável do</p><p>gasto energético;</p><p>Corresponde as atividades intencionais (andar, sentar, correr e outras)</p><p>realizadas pelos músculos voluntários.</p><p>Atividade Física</p><p>Sedentária</p><p>É aquela que se desenvolve dentro de casa, em clima temperado e sem pertencer a</p><p>ofício ou profissão determinada. As calorias devem cobrir as exigências do</p><p>requerimento energético necessário para viver fora da posição acamado, quais</p><p>sejam, comer, vestir-se, conversar, mover-se e dormir não menos que 8h diárias.</p><p>Atividade Leve Desenvolvida em ambiente fechado, geralmente como o indivíduo sentado, a saber,</p><p>intelectuais, escriturários, costureiros, desenhistas, digitadores, motoristas,</p><p>estudantes, entre outros.</p><p>Atividade</p><p>Moderada</p><p>Desenvolvida em lugar abrigado, mas em pé, tais como médicos, vendedores,</p><p>professores, porteiros e balconistas. Incluímos neste grupo donas de casa que</p><p>realizam todas as tarefas domésticas.</p><p>Atividade Intensa É desenvolvida ao ar livre, com intenso gasto energético, tais como lixeiros,</p><p>jardineiros, ambulantes, carpinteiros, pedreiros, entre outros.</p><p>Atividade Muito</p><p>Intensa</p><p>Incluem-se, neste grupo, os trabalhadores sob as intempéries ou em ambientes com</p><p>temperaturas extremas, visto que todos eles desempenham um trabalho muscular</p><p>muito intenso: maquinistas, foguistas, forjadores, fundidores, estivadores, atletas,</p><p>soldados em campanha, entre outros.</p><p>Fator térmico dos alimentos</p><p>Efeito térmico dos alimentos (ETA)</p><p>■ É o aumento do gasto de energia associado ao consumo de</p><p>alimentos.</p><p>■ É responsável por cerca de 10% do GEB</p><p>■ É Muito variável! Varia de acordo com a composição da dieta, sendo</p><p>maior após o consumo de CHO e PTN do que após o de gorduras.</p><p>■ Pimenta intensifica e prolonga o ETA</p><p>■ Cafeína – aumenta ETA em 8% a 11%</p><p>A medição real é somente usada para fins de</p><p>pesquisa! Utiliza-se 10% da soma do GEB.</p><p>Qualquer doença ou estado de recuperação elevam o gasto energético</p><p>do individuo, pois há aumento da demanda de energia para combater o</p><p>patógeno ou para recuperar tecidos.</p><p>Fator Injúria</p><p>Fator Térmico</p><p>Quando o individuo está em estado febril, também</p><p>há maior utilização de energia pelo organismo</p><p>Temperatura Fator Térmico</p><p>38°C 1,1</p><p>39°C 1,2</p><p>40°C 1,3</p><p>41°C 1,4</p><p>Componentes do Gasto energético:</p><p>Termogênese Facultativa</p><p>Condição clínica Fator</p><p>injúria</p><p>Paciente não complicado 1,0</p><p>Pós-operatório 1,1</p><p>Fratura 1,2</p><p>Sepse 1,1 a 1,8</p><p>Peritonite 1,2 a 1,5</p><p>Multitrauma (reabilitação) 1,5</p><p>Multitrauma + sepse 1,6</p><p>Queimadura até 20% 10, a 1,5</p><p>Queimadura 30-50% 1,7</p><p>Queimadura 50-70% 1,8</p><p>Queimadura 70-90% 2,0</p><p>Câncer 1,1 a 1,45</p><p>Condição clínica Fator injúria</p><p>Jejum ou inanição 0,85 a 1,0</p><p>Pequena cirurgia 1,2</p><p>Cirurgia eletiva 1,0 a 1,1</p><p>Pequeno trauma de tecido 1,14 a 1,37</p><p>Fraturas múltiplas 1,2 a 1,35</p><p>PO cirurgia geral 1,0 a 1,5</p><p>PO cirurgia cardíaca 1,2 a 1,5</p><p>Infecção grave 1,3 a 1,35</p><p>Insuficiência renal aguda 1,3</p><p>Insuficiência cardíaca 1,3 a 1,5</p><p>Insuficiência hepática 1,3 a 1,55</p><p>Desnutrição grave 1,5</p><p>Doença cardiopulmonar 0,8 a 1,0</p><p>Doença cardiopulmonar com</p><p>cirurgia</p><p>1,3 a 1,55</p><p>Transplante de fígado 1,2 a 1,5</p><p>Fator Injúria</p><p>Resumo</p><p>Como realizar o cálculo???</p><p>Cálculo das Recomendações Nutricionais</p><p>Idade</p><p>Sexo</p><p>Altura</p><p>Peso</p><p>Tipos de Atividade</p><p>física</p><p>1º Passo – Levantar dados</p><p>Necessidade energética</p><p>2º Passo – Com esses informes, determinar Gasto Energético Basal</p><p>(GEB) e é calculado através de diversas fórmulas:</p><p>Equações mais utilizadas:</p><p>•IOM (2002)</p><p>•OMS (2001 / 1985)</p><p>•Harris e Benedict (1919)</p><p>Necessidade energética</p><p>Efeito térmico dos alimentos (ETA):</p><p>O efeito térmico dos alimentos é um fator muito variável, que muitas vezes</p><p>pode superestimar os GET calculado através de fórmulas.</p><p>Essa medida deve ser utilizada com cautela, sendo melhor empregada na</p><p>conduta nutricional para pacientes que tem como objetivo aumento de</p><p>peso e massa magra.</p><p>GEB + 10%</p><p>Necessidade energética</p><p>3º Passo – determinar Gasto Energético Total (GET)</p><p>Fator atividade (FA):</p><p>- Existem fórmulas em que o FA já é calculado junto com o GEB – Ex:</p><p>cálculo do IOM</p><p>- As fórmulas em que o FA não está incluso, iremos multiplicar o FA ao</p><p>final do cálculo de GEB.</p><p>GET = GEB x FA</p><p>FA (Fator atividade)= NAF (nível de atividade física)</p><p>Fórmulas para cálculo</p><p>Necessidade energética</p><p>IOM (DRI)</p><p>EER (Estimated Energy Requeriment): Requerimento ou necessidade de energia (kcal/dia)</p><p>Necessidade de energia a quantidade de energia da dieta necessária para manutenção do balanço</p><p>energético em um indivíduo de determinada idade, gênero, peso, estatura e nível de atividade física</p><p>(NAF), de modo a manter boa saúde.</p><p> Lactentes e crianças até 2 anos</p><p> Crianças de 3 a 8 anos de idade</p><p>(diferença entre sexo)</p><p> Crianças e adolescentes de 9 a 18 anos</p><p>(diferença entre sexo)</p><p> Adultos – acima de 19 anos (diferença</p><p>entre sexo)</p><p> Gestantes de 14 a 18 anos</p><p> Gestantes de 19 a 50 anos</p><p> Nutriz de 14 a 18 anos</p><p> Nutriz de 19 a 50 anos</p><p>Fórmulas:</p><p>Necessidade energética</p><p>IOM (2023) – EER</p><p>Adultos – acima de 19 anos:</p><p>Sexo masculino:</p><p>Inativo: EER= 753,07 – (10,83 x idade) + (6,50 x altura) + (14,10 x peso)</p><p>Pouco ativo: EER= 581,47 – (10,83 x idade) + (8,30 x altura) + (14,94 x peso)</p><p>Ativo: EER= 1004,82 – (10,83 x idade) + (6,52 x altura) + (15,91 x peso)</p><p>Muito ativo: EER= -517,88 – (10,83 x idade) + (15,61 x altura) + (19,11 x peso)</p><p>Erro padrão predito = 342 kcal</p><p>Idade em anos</p><p>Peso em Kg</p><p>Altura em cm</p><p>Necessidade energética</p><p>IOM (2023) - EER</p><p>Adultos – acima de 19 anos:</p><p>Sexo feminino:</p><p>Inativo: EER= 584,90 – (7,01 x idade) + (5,72 x altura) + (11,71 x peso)</p><p>Pouco ativo: EER= 575,77 – (7,01 x idade) + (6,60 x altura) + (12,14 x peso)</p><p>Ativo: EER= 710,25 – (7,01 x idade) + (6,54 x altura) + (12,34 x peso)</p><p>Muito ativo: EER= 511,83– (7,01 x idade) + (9,07 x altura) + (12,56 x peso)</p><p>Erro padrão predito = 241 kcal</p><p>Idade em anos</p><p>Peso em Kg</p><p>Altura em cm</p><p>OMS - 1985</p><p>Segundo gênero, faixa etária, peso corporal e estatura</p><p>ADULTOS</p><p>18 a 30 anos</p><p>■ F – GEB = (13,3xP) + (334xE) + 35</p><p>■ M – GEB = (15,4xP) - (27xE) +717</p><p>30 a 60 anos</p><p>■ F – GEB = (8,7xP) - (25xE) + 865</p><p>■ M – GEB = (11,3xP) + (16xE) +901</p><p>CUDADO COM OS SINAIS!!!!</p><p>Idade em anos</p><p>Peso em Kg</p><p>Altura em metros</p><p>GET = GEB x NAF</p><p>OMS, 2001</p><p>Fórmula de bolso Prática, rápida, porém</p><p>menos precisa!</p><p>Necessidade energética</p><p>NASF - OMS</p><p>Necessidade energética</p><p>Harris e Benedict</p><p>• Homens:</p><p>GEB = 66 + (13,7 x Peso) + (5,0 x Altura) – (6,8 x Idade)</p><p>• Mulheres:</p><p>GEB = 665 + (9,6 x Peso) + (1,8 x Altura) – (4,7 x Idade)</p><p>GET = GEB x FA</p><p>Idade em anos</p><p>Peso em Kg</p><p>Altura em cm</p><p>Como eu uso a termogênese</p><p>facultativa?</p><p>Fator Injúria (fator lesão/ fator</p><p>estresse) e Fator Térmico</p><p>Paciente doente</p><p>GET = GEB x FA x FI X FT</p><p>GET – termogênese facultativa</p><p>IOM (DRI)</p><p>Cálculo proposto por Kinney e Wilmore</p><p>Tema de aula</p><p>para</p><p>DIETOTERAPIA!!!</p><p>Podem representar o mesmo valor, mas não</p><p>são a mesma coisa!</p><p>VET –Valor Energético Total</p><p>Representa o valor calórico da dieta (prescrita ou atual)</p><p>NET –Necessidade Energética Total</p><p>GET - Gasto Energético Total</p><p>É o cálculo da quantidade de energia total requerida pelo</p><p>indivíduo – termos sinônimos.</p><p>Vamos Calcular Juntos</p><p>Calcule o GET:</p><p>J.A.D sexo F, 27 anos, saudável</p><p>P: 64,300Kg</p><p>E: 1,64m</p><p>Trabalha em escritório, sentada o dia todo, cuida</p><p>de casa e filho, não realiza atividade física.</p><p>Usar as 3 fórmulas</p><p>Compromisso Pessoal de Estudo</p><p>FAZER A LISTA DE EXERCÍCIOS – CORREÇÃO PROXIMA AULA</p><p>CUPPARI, L. (Coord.). GUIA de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed. Barueri: Manole, 2005. 34 -</p><p>62p. Disponível na Minha Biblioteca:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520438237/pageid/0</p>