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O ENSINO DE GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autora: Geane Lima Pereira[footnoteRef:1] [1: Acadêmico do Curso de Licenciatura em Geografia; Geane Lima Pereira Email: geany_emi@hotmail.com, Lucimara Nogueira da Costa, E-mail: maramay@gmail.com.br] 
 Lucimara Nogueira da Costa
 Tutor externo: Mauricio Rodrigues Sampaio[footnoteRef:2] [2: Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Geografia – Polo Manacapuru - AM; E-mail: mauriciorodriguessampaio@gmail.com.br] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso (TURMA) – Estágio
26/12/2020
RESUMO
A abordagem deste trabalho se concentrou em buscar conhecer como acontece o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental I no período de pandemia em que estamos vivendo. Tendo como fundamentação teórica utilizada para este estudo, os principais estudiosos e especialistas que tratam sobre o assunto, buscando dar o embasamento para os objetivos estabelecidos neste estudo, que foram o de compreender as práxis dos professores que lecionam nesta modalidade de ensino, assim como o de fazer uma análise do plano de curso, a verificação das atividades desenvolvidas e por último a observação das metodologias e dos recursos utilizados pelos educadores para ministrar as aulas da disciplina de geografia. Após feito este embasamento teórico, foi narrado as vivências de estágio, onde se pode mostrar como foi esta experiência e o que se pode observar durante este trabalho. E, por último foi relatado de que maneira esta prática de estágio pode implicar na vida acadêmica e profissional do professor-pesquisador, levando em consideração as impressões causadas pelo estudo, finalizando assim com as considerações finais, onde o pesquisador pode fazer leves sugestões para a melhoria da qualidade de ensino, tendo como referência o que foi observado e vivido durante o estágio. 
Palavras-chave: Pandemia. Ensino. Metodologia.
1 INTRODUÇÃO
O processo de ensinar e aprender a disciplina de geografia é fundamental para a construção de saberes e para a formação integral do aluno com uma visão crítica e global a respeito das sociedades e das suas estruturas geográficas. No entanto, a educação brasileira 
encontra-se num cenário atípico por conta da pandemia COVID-19, obrigando escolas a adotarem o ensino remoto, mediado por tecnologias a fim de se prevenir contra a doença sem deixar de manter a oferta de ensino. Nesse sentido, o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia se tornou desafiador face aos novos moldes de ensinar, abrindo leques de possibilidades e de novas maneiras de transmitir o conhecimento da geografia e consequentemente à aprendizagem.
Para tanto, o presente estudo se concentra no processo de ensino aprendizagem da disciplina de geografia em tempos de pandemia. A escolha do tema se deu com o intuito de refletir sobre este processo com os estudantes do ensino fundamental objetivando compreender o ato de ensinar a disciplina de geografia nas práxis dos professores que trabalham nos anos iniciais, outro objetivo deste trabalho foi o de, analisar parte do plano de curso, também, verificar as atividades realizadas e por último, observar as metodologias e recursos utilizados pelo professor ao trabalhar com a disciplina de geografia.
Dessa forma, este trabalho estará estruturado com o propósito de manter uma leitura mais compreensiva do que foi desenvolvido e vivido durante a pesquisa. De antemão, será apresentado a fundamentação teórica que traz o embasamento dos principais estudiosos sobre a temática, seguido das vivências de estágio, que mostrará as experiências do que foi possível observar durante o processo de escuta e observação que são ações típicas do ato de estagiar, e por final, será exposto as impressões causadas pelo estágio e no que isto pode contribuir para a formação profissional do pesquisador.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ensinar e aprender em tempos de pandemia se tornou um desafio para professores e estudantes. Manter a concentração e o foco nos estudos fora do ambiente escolar, habitualmente conhecido pelos atores que compõem este processo (professor e aluno), instiga tanto o educador quanto o educando a transformar suas maneiras de produzir o conhecimento, em especial, o da Geografia. 
Por conta disso, a escolha da área de concentração deste estudo se justifica pelo interesse em conhecer como acontece o processo de ensinar e aprender a disciplina da geografia no período de pandemia, tendo como objetivos principais a compreensão das práxis do professor dos anos iniciais, a análise do plano de curso, a verificação das atividades propostas neste momento pandêmico e a observação das metodologias utilizadas pelo professor ao trabalhar esta disciplina. A temática escolhida propõe então conhecer como acontece o ensino da geografia nos anos iniciais do ensino fundamental que vai de encontro ao projeto de extensão que trata das práticas pedagógicas na educação básica em tempos de ensino á distância. 
O fazer didático-pedagógico do professor se torna primordial neste cenário de pandemia, é preciso que ele se reinvente e que assuma um novo modelo para o ato de ensinar, para CAVALCANTI (2010, p. 03)
Ao dar aulas para qualquer nível de ensino, o professor escolhe sua fala, seu discurso, define abordagens, enfoques, tempos de fala, tempos de silêncio, encaminha atividades, utiliza-se de recursos, que têm influência direta nos resultados dos processos de aprendizagem dos alunos. De alguma maneira, consciente ou inconscientemente, o trabalho do professor está ligado a um projeto de formação, a um projeto de sociedade, a um projeto de humanidade.
A fala da autora é contemporânea ao momento em que a sociedade vive hoje, pois de acordo com ela, além da didática, é preciso que o professor faça uso dos recursos disponíveis buscando os resultados no processo de aprendizagem, fazendo com que este trabalho de formação esteja ligado à humanização. Nada mais humano que apesar das mediações tecnológicas neste ato de conduzir o conhecimento, o educador compreenda em suas práxis, que o aluno perpassa por toda uma dinâmica social imposta pela pandemia e que este tem uma função social de ensinar o que é prioritário em Geografia, reconhecendo esses alunos como sujeitos que tem uma história e uma cognição a ser considerada, CAVALCANTI (2010, p. 03). É possível perceber na fala da autora que as práxis do professor devem estar ligadas as vivências do alunado, tendo como ponto de partida a compreensão da sua realidade, além dos conhecimentos de conceitos da geografia escolar e acadêmica. 
Para tanto, além da didática e do fazer pedagógico do professor em sala de aula, é necessário conhecer como acontece o plano de curso neste período de aulas remotas, pois de acordo com CALLAI (2005, p. 05):
 Para romper com a prática tradicional da sala de aula, não adianta apenas a vontade do professor. É preciso que haja concepções teóricos metodológicos capazes de permitir o reconhecimento do saber do outro, a capacidade de ler o mundo da vida e reconhecer a sua dinamicidade, superando o que está posto como verdade absoluta. É preciso trabalhar com a possibilidade de encontrar formas de compreender o mundo, produzindo um conhecimento que é legítimo.
Como afirma a autora, é necessário que o professor se aposse de concepções teóricas metodológicas que o possibilitem abrirem os horizontes para conhecer o outro, rompendo com a prática tradicional reproduzida em sala de aula. O que as aulas transmitidas remotamente exigem, é exatamente isto. O professor pode, no ato do planejamento de suas atividades, inculcar a leitura de mundo bem como a dinâmica que se vive na atualidade.
 O ato de planejar então, se torna ativo, e deve se aproximar com a realidade do alunado, para isso, evocamos MENEGOLA e SANT’ANNA (2001, p. 25), que afirmam o dever de [...] “planejar a ação educativa para o homem não lhe impondo diretrizes que o alheiem”.Para os autores, o planejamento tem o papel de formador de opiniões, possibilitando que o educando construa sua própria história. 
As atividades propostas pelos professores bem como as metodologias utilizadas por eles neste momento de pandemia para lecionar as aulas de geografia também foram alvos de atenção, para CALLAI (1999) primeiro é preciso possuir clareza do por que estudar Geografia, pois de acordo com a autora é preciso três motivos para ensinar a disciplina na atualidade: “conhecer o mundo e obter informações; conhecer o espaço produzido pelo homem e contribuir na formação do cidadão”. Dessa forma os estudantes das séries iniciais poderão analisar interpretar e raciocinar de maneira crítica o espaço onde vivem. De acordo com BOGO (2020, p. 06) “o professor deve apresentar as inúmeras formas de conhecer, ser e agir, para que o aluno supere o conhecido e avance na resolução de questionamentos que possui enquanto ser social e pensante”. De acordo com o autor, quando se refere ao desenvolvimento da criança e suas descobertas, o professor deve interferir de maneira constante para que o conhecimento seja mediado.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O estágio foi realizado na turma do 4° ano A do Ensino fundamental I do turno matutino da escola CMPM IV Jamil Seffair, situada no município de Manacapuru-AM, endereçada na Avenida Boulevard Pedro Rates de Oliveira, no bairro de Terra Preta. A instituição de ensino foi fundada no ano de 2007, criada e dirigida inicialmente pela Secretaria Estadual de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC), no entanto, no ano de 2017 ela se tornou um colégio militar coordenada sob os comandos da Polícia Militar do Amazonas. 
A escola tem uma ampla estrutura física, possuindo prédio próprio e seus compartimentos bem divididos a fim de atender a clientela de alunos. O quadro de professores e profissionais de apoio à educação suprem a demanda discente, o que dá mais qualidade ao processo de ensino na escola. 
No entanto, o período de pandemia já havia começado quando o estágio precisou iniciar, o que fez com que os dados para este estudo fossem coletados mediante as conversas, com a professora da classe e as observações intermediadas por tecnologias. 
Para entender a dinâmica de ensino da escola foi preciso, inicialmente ter uma conversa informal com a professora, foi feito também um questionário para conhecer melhor como estava acontecendo o processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Geografia naquele momento. 
 Foi observado então que para suprir as necessidades de ensino durante a pandemia, a secretaria estadual de educação transmitia as aulas remotas na TV e internet através do projeto Aula em Casa, criada poucas tempo depois que as aulas presenciais foram suspensas. As escolas cívico-militares, junto com seu copo docente aderiram ao projeto. 
Os conteúdos, bem como, as atividades dirigidas aos alunos foram de acordo com a proposta pedagógica de ensino da secretaria, onde foi possível lecionar os conteúdos tidos como prioritários. A professora da classe por sua vez, precisou criar grupos de conversas em aplicativos de mensagens com seus alunos e responsáveis. Lá, a mesma postava suas atividades complementares, orientava e tirava as dúvidas dos estudantes, além de fazer o recebimento dos exercícios e a verificação do processo de aprendizagem dos seus alunos, assim como, monitorava a participação e o engajamento do alunado nas aulas à distância.
No entanto, houve impasses que foram sinalizados no decorrer do estágio, tais como: s dificuldade de acesso à internet por uma quantidade significativa de alunos, participação da família no acompanhamento das atividades propostas e no engajamento do alunado para o acompanhamento das aulas de maneira frequente. Essas dificuldades foram sinalizadas pela professora e impactaram diretamente no desenvolvimento da aprendizagem dos seus alunos.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)
O que pôde ser observado e vivido durante o período de estágio muito contribuiu para formação acadêmica e profissional do professor em formação, haja vista, que esta experiência favorece a prática do ensino, pois ela permite que o pesquisador compreenda como acontece o processo de ensinar e aprender a disciplina da geografia. 
Especialmente, quando se trata dos objetivos que foram propostos no início do projeto de pesquisa. Durante o estágio foi possível analisar as práxis dos professores no ensino a distância devido a pandemia, assim como também, foi verificado o plano de curso, as atividades propostas, as metodologias e os recursos que a professora utilizou para lecionar a disciplina. 
De posse dessas informações e de todas as experiências que foram vividas durante o estágio, pode-se concluir que promover o ensino á distancia é desafiador, ainda mais quando se está no período de pandemia global. O professor, junto com a família e alunado necessita de suportes que vão desde a estrutura física e tecnológica, até as psicossociais, esta última se dá pelo estresse caudado pelo isolamento social e por toda a dinâmica que o ensino á distância requer dos atores nela envolvidos tais como: distinção de horário para as atividades escolares e domésticas, atratividades nas aulas, adaptação das atividades e dos conteúdos para a vida escolar do aluno, acesso á internet para famílias de crianças de baixa renda e tantos outros pormenores que permeiam o processo de ensinar e aprender em tempos de pandemia. 
Conclui-se que o ensino da geografia continua sendo essencial para a construção da criticidade do aluno e da compreensão de fatos atuais que dinamizam o processo geográfico do lugar onde vivem como foi o caso da pandemia. Conceitos fundamentais para um processo de ensino voltado para o senso crítico e para a formação de cidadãos justos preocupados com o mundo onde vivem. 
REFERÊNCIAS
BOGO, J. Ler o mundo com a Geografia: o uso de conceitos geográficos como contribuição didática para o ensino nos anos iniciais. Congresso Internacional de Filosofia e Educação, 2010.
CAVALCANTI, LANA DE SOUZA. A geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços, caminhos, alternativas. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010;
_______________; A geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços, caminhos, alternativas. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010;
CALLAI, HELENA COPETTI. Aprendendo a ler o mundo: A geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br;
________________; CALLAI, J. L. Grupo, espaço e tempo nas séries iniciais. In: CALLAI, H. C.; SCHÄFFER, N. O. KAERCHER, N. A. (Org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRGS/AGB-Seção Porto Alegre, 1999. p. 65-74.
MENEGOLLA e SANT’ANA, Maximiliano e Ilza Martins. Porque Planejar? Como Planejar? Currículo e Área-Aula. 11º Ed. Editora Vozes. Petrópolis. 2001. Parâmetros curriculares nacionais. Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de educação fundamental – Brasília. MEC/SEF, 1998;
ANEXO I
ANEXO II
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO
Eu______________________________________, acadêmico do curso_________________________________, matrícula ________________, CPF ______________, da turma ___________, autorizo a divulgação do produto virtual, realizado para atender o Projeto de Extensão, intitulado de: ________________________________________, de acordo com critérios abaixo relacionados:
a) O produto virtual é de minha autoria, desenvolvido com materiais de diferentes fontes pesquisa (vídeos, imagens, links de textos para pesquisa, links para visitas virtuais, dicas de filmes, livros, etc.) devidamente referenciados, conforme as Regras da ABNT.
b) Tenho ciência de que o materialpor mim cedido à UNIASSELVI é isento de plágio, seguindo a Legislação brasileira vigente.
c) Estou ciente de que o material ficará disponível para consulta pública à comunidade interna e externa, desde que aprovado pelos coordenadores, professores e tutores da UNIASSELVI.
Número de telefone fixo/celular: ( ) _____-_________/ ( ) ______-_________
Dar o aceite _____________________________________
 Assinatura do acadêmico
Cidade, _______de__________________ de 2021.

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