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<p>Unidade 4</p><p>Livro Didático Digital</p><p>Gustavo Silva Oliveira</p><p>Gerenciamento de</p><p>Aspectos e Impactos</p><p>Ambientais</p><p>Diretor Executivo</p><p>DAVID LIRA STEPHEN BARROS</p><p>Gerente Editorial</p><p>CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA</p><p>Projeto Gráfico</p><p>TIAGO DA ROCHA</p><p>Autor</p><p>GUSTAVO SILVA OLIVEIRA</p><p>O AUTOR</p><p>Gustavo Silva Oliveira</p><p>Olá. Meu nome é Gustavo Silva Oliveira. Sou Engenheiro Florestal</p><p>formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em</p><p>Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina</p><p>(UDESC) e, atualmente, doutorando do programa de Pós-graduação em</p><p>Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), nas</p><p>áreas de Economia, Política e Administração Florestal. Possuo experiência</p><p>como tutor científico no Programa de Educação Continuada em Ciências</p><p>Agrárias da Universidade Federal do Paraná (PECCA/UFPR). Além das</p><p>atividades de ensino, também participo ativamente de projetos de pesquisa</p><p>institucionais nas áreas de Economia e administração florestal. Amo minha</p><p>profissão, meu trabalho e adoro transmitir meus conhecimentos e as</p><p>experiências que tive ao longo da minha carreira. É uma grande satisfação</p><p>poder contribuir na formação de pessoas que estão em busca de um</p><p>futuro melhor e que almejam ser bons profissionais. Deste modo, fui</p><p>convidado pela “Editora Telesapiens” a compor seu corpo docente e seu</p><p>elenco de autores independentes. É com grande satisfação que quero</p><p>colaborar com você nesta etapa de estudo e trabalho. Estou aqui para o</p><p>que precisar! Conte comigo!</p><p>ICONOGRÁFICOS</p><p>Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez</p><p>que:</p><p>INTRODUÇÃO:</p><p>para o início do</p><p>desenvolvimento de</p><p>uma nova compe-</p><p>tência;</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>houver necessidade</p><p>de se apresentar um</p><p>novo conceito;</p><p>NOTA:</p><p>quando forem</p><p>necessários obser-</p><p>vações ou comple-</p><p>mentações para o</p><p>seu conhecimento;</p><p>IMPORTANTE:</p><p>as observações</p><p>escritas tiveram que</p><p>ser priorizadas para</p><p>você;</p><p>EXPLICANDO</p><p>MELHOR:</p><p>algo precisa ser</p><p>melhor explicado ou</p><p>detalhado;</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>curiosidades e</p><p>indagações lúdicas</p><p>sobre o tema em</p><p>estudo, se forem</p><p>necessárias;</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>textos, referências</p><p>bibliográficas e links</p><p>para aprofundamen-</p><p>to do seu conheci-</p><p>mento;</p><p>REFLITA:</p><p>se houver a neces-</p><p>sidade de chamar a</p><p>atenção sobre algo</p><p>a ser refletido ou dis-</p><p>cutido sobre;</p><p>ACESSE:</p><p>se for preciso aces-</p><p>sar um ou mais sites</p><p>para fazer download,</p><p>assistir vídeos, ler</p><p>textos, ouvir podcast;</p><p>RESUMINDO:</p><p>quando for preciso</p><p>se fazer um resumo</p><p>acumulativo das últi-</p><p>mas abordagens;</p><p>ATIVIDADES:</p><p>quando alguma</p><p>atividade de au-</p><p>toaprendizagem for</p><p>aplicada;</p><p>TESTANDO:</p><p>quando o desen-</p><p>volvimento de uma</p><p>competência for</p><p>concluído e questões</p><p>forem explicadas;</p><p>SUMÁRIO</p><p>Planos e Programas de Emergência Ambiental ............................ 10</p><p>Planos e Programas Ambientais .......................................................................................... 12</p><p>Programa de Gestão Ambiental ....................................................................... 12</p><p>Programa de Supervisão Ambiental ............................................................. 13</p><p>Programas de Controle da Qualidade Ambiental ................................ 14</p><p>Programas de Desenvolvimento Social ...................................................... 14</p><p>Programa Compensatório .................................................................................... 15</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) ..................... 15</p><p>Gestão de Resíduos Sólidos ................................................................... 17</p><p>Fundamentos da Gestão dos Resíduos Sólidos ....................................................... 17</p><p>Caracterização dos Resíduos Sólidos .............................................................................. 19</p><p>Tratamento e Condução Final dos Resíduos ..............................................................22</p><p>Gestão dos Recursos Hídricos .............................................................. 25</p><p>Estrutura da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil ..........................................28</p><p>Planos de Recursos Hídricos ................................................................................................. 30</p><p>Controles Ambientais .............................................................................. 33</p><p>Abordagem Geral dos Controles Ambientais ...........................................................33</p><p>Requisitos de Controle Ambiental .................................................................................... 36</p><p>Controle Operacional ............................................................................................... 36</p><p>Monitoramento e Medição ................................................................................... 38</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 7</p><p>LIVRO DIDÁTICO DIGITAL</p><p>UNIDADE</p><p>04</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais8</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Atualmente as grandes questões ambientais têm apontado diversos</p><p>problemas que afetam o meio ambiente, como poluição, desmatamento,</p><p>queimadas, aquecimento global, entre outros. Além disso, o planeta é</p><p>afetado diretamente por esses fatores, sendo muitos deles causados</p><p>por diversas ações humanas. Para isso, a legislação busca, por meio de</p><p>planos e programas, atenuar e manter a qualidade ambiental, tanto a curto</p><p>quanto a longo prazo, visando proteger a atual e as futuras gerações. No</p><p>entanto, as emergências ambientais necessitam de uma forte e eficiente</p><p>gestão. Como exemplo, aborda-se a questão da gestão dos resíduos</p><p>sólidos que, ao longo dos anos, tem ganhado importância em virtude de</p><p>vários fatores. Visto a complexidade da sociedade moderna no convívio</p><p>com o meio ambiente, é preciso um alto grau de interferência sobre os</p><p>processos. Outro fator extremamente importante é em relação à gestão</p><p>dos recursos hídricos, em que representam as águas superficiais ou</p><p>subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacias.</p><p>Assim, a gestão desse recurso visa estabelecer um pacto nacional para a</p><p>definição de diretrizes e políticas públicas para conservação e proteção.</p><p>Diante do exposto e da complexidade das questões, é fundamental que</p><p>se realize o correto controle ambiental, buscando atenuar os danos aos</p><p>ecossistemas, sejam estes controles de cunho preventivo ou de medidas</p><p>mitigadoras.</p><p>E então? Preparado para iniciar este desafio rumo ao aprimoramento</p><p>do conhecimento? Vamos começar.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 9</p><p>OBJETIVOS</p><p>Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar</p><p>você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o</p><p>término desta etapa de estudos:</p><p>1. Compreender como funciona os planos e programas ambientais.</p><p>2. Identificar os procedimentos de gestão de resíduos sólidos.</p><p>3. Identificar os procedimentos de gestão de recursos hídricos.</p><p>4. Entender e avaliar os controles ambientais. Então? Preparado para</p><p>uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho!</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais10</p><p>Planos e Programas de Emergência</p><p>Ambiental</p><p>INTRODUÇÃO:</p><p>Ao término deste capítulo, você será capaz de verificar</p><p>os conceitos de planos e programas ambientais e suas</p><p>principais diretrizes. Além disso, serão abordados alguns</p><p>exemplos de programas utilizados e aplicados pela</p><p>legislação vigente frente aos impactos e degradação</p><p>causados por um empreendimento.</p><p>E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então</p><p>vamos lá. Avante!</p><p>O Plano de Emergência Ambiental consiste em um identificador</p><p>de situações emergenciais de cenários, que podem causar incidentes</p><p>perigosos ou prejudiciais, e a proposição de medidas para atenuar o</p><p>incidente.</p><p>Nos dias atuais, muitos são os problemas ambientais advindos do</p><p>uso desacerbado dos recursos, muitos deles provocados pelas atividades</p><p>humanas. Além disso, tais questões afetam diretamente a qualidade e</p><p>sobrevivência da fauna, flora,</p><p>solo, águas, ar, etc.</p><p>Nesse contexto, surgem os planos de emergência ambiental que</p><p>apresentam inúmeras vantagens para manutenção e preservação do</p><p>ambiente, dentre elas:</p><p>• Prevenção de danos ambientais, materiais e pessoais;</p><p>• Manutenção de procedimentos formais que atenuem cenários</p><p>perigosos ou prejudiciais à organização;</p><p>• Conscientização dos colaboradores sobre os danos que suas</p><p>atividades podem causar.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 11</p><p>Figura 1: Prevenção de danos ambientais</p><p>Fonte:@freepik</p><p>Além disso, esses instrumentos têm como premissa dar suporte</p><p>a todos os empreendimentos que necessitam estar preparados para</p><p>emergências ambientais e redução de danos. Assim, as recomendações</p><p>em relação aos programas, sob uma ótica empresarial, se justificam por:</p><p>• Fixar procedimentos formais a serem adotados em situações</p><p>emergenciais;</p><p>• Fornecer aos colaboradores conhecimento dos danos ambientais</p><p>que suas atividades possam desencadear;</p><p>• Prevenir danos de cunho ambiental, material, etc.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais12</p><p>Planos e Programas Ambientais</p><p>Considerando a complexidade das problemáticas ambientais, os</p><p>planos e programas ambientais surgem com o propósito de explanar</p><p>metodologias eficientes para com medidas:</p><p>• Compensatórias;</p><p>• Preventivas;</p><p>• Corretivas;</p><p>• Potencializadoras.</p><p>Ademais, cabe ressaltar que, em virtude das diferentes realidades</p><p>dos empreendimentos e operações que as empresas desenvolvem, é</p><p>fundamental que sejam formulados planos específicos que se adequem</p><p>aos cenários de cada empresa.</p><p>Programa de Gestão Ambiental</p><p>Este programa visa estabelecer fatores eficientes que colaborem</p><p>com a implantação das atividades planejadas de prevenção,</p><p>monitoramento, controle e prevenção dos impactos ambientais inerentes</p><p>às atividades.</p><p>NOTA:</p><p>Cabe a este instrumento manter o padrão de qualidade</p><p>ambiental em equilíbrio com as questões legais.</p><p>Assim, o (PGA) busca sistematizar os objetivos e metas ambientais,</p><p>estabelecendo atribuições e indicadores para o atendimento. Ademais,</p><p>formaliza as ações que a organização deve inserir e desenvolver junto ao</p><p>seu planejamento.</p><p>Diante do exposto, para o atendimento do planejamento, é</p><p>fundamental seguir determinado cronograma com as seguintes iniciativas:</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 13</p><p>• Capacitação técnica dos colaboradores;</p><p>• Cuidar os riscos à saúde e segurança do colaborador;</p><p>• Implantação das atividades;</p><p>• Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais da atividade;</p><p>• Definir objetivos e metas nos setores envolvidos;</p><p>• Medidas compensatórias;</p><p>• Sequenciamento de revisões.</p><p>Programa de Supervisão Ambiental</p><p>Nestas situações, definem-se regras e limites legalmente,</p><p>apontando-se as metodologias de tratamento e procedimento de</p><p>atenuação de geração, segregação e descarte de resíduos e efluentes.</p><p>Figura 2: Resíduos sólidos</p><p>Fonte: @freepik</p><p>Em suma, o programa tem como principal objetivo a garantia</p><p>de que os grupos de atividades apontadas se apliquem conforme a</p><p>legislação vigente, agregando inclusive questões de garantias dos prazos</p><p>e condições estabelecidos aos organismos de fiscalização e controle</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais14</p><p>ambientais. Além disso, define o processo de gestão a ser adotado para</p><p>a execução de ações destinadas a evitar ou a mitigar as consequências</p><p>dos impactos.</p><p>Programas de Controle da Qualidade Ambiental</p><p>Nestes programas, são apontadas as rotinas para monitorar</p><p>a manutenção da qualidade ambiental nas áreas referentes aos</p><p>empreendimentos.</p><p>Exemplo: Programa de monitoramento da qualidade do solo.</p><p>Programas de Desenvolvimento Social</p><p>Nos programas com enfoque de desenvolvimento social, abordam-</p><p>se as diretrizes que visam orientar as respostas às necessidades individuais</p><p>e coletivas.</p><p>Figura 3: Desenvolvimento social</p><p>Fonte:@freepik</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 15</p><p>Nesses programas, são promovidas a disseminação de</p><p>conhecimento, conscientização e a prática de ações voltadas à preservação</p><p>ambiental, objetivando servir de suporte a todas as intervenções para a</p><p>promoção do desenvolvimento social.</p><p>Além disso, prezam pelo estabelecimento de canais para a</p><p>explanação de opiniões e esclarecimentos em relação ao empreendimento.</p><p>Programa Compensatório</p><p>A compensação ambiental é uma ferramenta criada para que</p><p>as organizações consigam contrabalançar os impactos de seus</p><p>empreendimentos diante dos ecossistemas.</p><p>Exemplo: Determinações do SNUC (Sistema Nacional de Unidades</p><p>de Conservação) aplicados aos empreendedores na implantação e</p><p>manutenção de unidades de conservação.</p><p>Atualmente, muitas são as medidas compensatórias voltadas para</p><p>unidades de conservação, no entanto, podem ser bem mais abrangentes,</p><p>como ações voltadas à educação ambiental, criação de uma praça, entre</p><p>outras.</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas</p><p>(PRAD)</p><p>O PRAD objetiva o planejamento das atividades que têm em vista o</p><p>retorno da área degradada a uma forma de utilização, conforme um plano</p><p>pré-determinado para a utilização do uso do solo.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais16</p><p>Figura 4: Área degradada</p><p>Fonte:@freepik</p><p>Cabe ressaltar que o plano é solicitado pelos órgãos ambientais</p><p>responsáveis, no processo de licenciamento de atividades degradadoras</p><p>ou alteradoras do ambiente, após o empreendimento ser punido</p><p>administrativamente em virtude da degradação ambiental.</p><p>Desse modo, destaca-se que muitos são os planos e programas</p><p>aplicados atualmente visando possibilitar a qualidade ambiental. Alguns</p><p>apresentam retorno de maneira mais imediata, e outros, a longo prazo.</p><p>RESUMINDO:</p><p>Neste capítulo explanou-se alguns dos planos e programas</p><p>mais utilizados para manutenção da qualidade ambiental</p><p>frente aos empreendimentos que possam causar impactos</p><p>ou degradação ambiental.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 17</p><p>Gestão de Resíduos Sólidos</p><p>INTRODUÇÃO:</p><p>Nesta segunda unidade, você terá uma abordagem geral</p><p>sobre a gestão dos resíduos sólidos frente ao crescente</p><p>aumento da produção e a capacidade do planeta em</p><p>gerenciar os resíduos produzidos por este cenário. Em</p><p>seguida, verá os principais tratamentos e destinações</p><p>utilizados atualmente para os resíduos. .</p><p>Preparado? Vamos começar!</p><p>Fundamentos da Gestão dos Resíduos</p><p>Sólidos</p><p>Nos últimos anos, as questões relacionadas à gestão dos resíduos</p><p>sólidos têm sido bastante discutidas por diversos atores da sociedade e</p><p>em todas as partes do mundo, fato explicado pela complexidade social</p><p>moderna frente à utilização dos recursos naturais.</p><p>Em vista disso, os resíduos sólidos compõem no mundo moderno</p><p>uma das grandes questões ambientais, pois o aumento contínuo de</p><p>consumo, em virtude do aumento populacional e criação de novas</p><p>demandas, avança no sentido de escassez dos recursos naturais.</p><p>Agregado a esse crescente consumo está a produção de resíduos</p><p>sólidos, cuja gestão é fundamental para a saúde e qualidade de vida</p><p>humana. Assim, no Brasil, destaca-se a Lei Federal 12.305/2010, que</p><p>aborda exclusivamente a gestão dos resíduos sólidos.</p><p>Tal lei foi estabelecida como ferramenta norteadora dos seguintes</p><p>critérios:</p><p>• Desenvolvimento sustentável;</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais18</p><p>Figura 5: Desenvolvimento sustentável sob os critérios da lei</p><p>Fonte:@freepik.</p><p>• Ótica sistêmica;</p><p>• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;</p><p>• Prevenção e a precaução;</p><p>• Colaboração entre os diferentes níveis do poder público;</p><p>• Direito social quanto à informação e ao controle social;</p><p>• Razoabilidade e a proporcionalidade;</p><p>• Entre outros.</p><p>Nesse contexto, os resíduos são produtos inevitáveis resultantes</p><p>dos processos de quem a sociedade depende. Assim, é extremamente</p><p>necessário o desenvolvimento de mecanismos que transformem</p><p>poluentes em produtos menos agressivos aos ecossistemas.</p><p>Gerenciamento de Aspectos</p><p>e Impactos Ambientais 19</p><p>Dentre eles, racionar a utilização das matérias primas, separação</p><p>correta e adequada, são alternativas para atenuar o impacto danoso</p><p>ao meio ambiente, equilibrando os elementos sociais, econômicos e</p><p>ambientais.</p><p>Caracterização dos Resíduos Sólidos</p><p>Conforme a NBR 10004:2004, os resíduos sólidos no Brasil são</p><p>classificados é a norma que classifica os resíduos no Brasil. Ainda,</p><p>considera os resíduos quanto aos seus riscos potenciais ao ambiente e à</p><p>saúde pública, apontando que necessitam ser manuseados e rigidamente</p><p>controlados. Essa separação é realizada quanto à origem e quanto à</p><p>periculosidade.</p><p>Sob o ponto de vista da origem podem ser divididos em:</p><p>• Domiciliares;</p><p>• Limpeza urbana;</p><p>• Resíduos sólidos urbanos;</p><p>• Estabelecimentos comerciais</p><p>• Prestadores de serviços;</p><p>• Serviços públicos de saneamento básico;</p><p>• Industriais;</p><p>• Serviços de saúde;</p><p>• Construção civil;</p><p>• Agrossilvopastoris;</p><p>• Serviços de transportes;</p><p>• Mineração.</p><p>Já em relação à periculosidade, seguindo a Legislação vigente,</p><p>juntamente à NBR 10004:2004, são representados como perigosos e não</p><p>perigosos (ABNT, 2004).</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais20</p><p>Resíduos classe I (Perigosos): resíduos que apresentam</p><p>periculosidade ou toxicidade, corrosividade, inflamabilidade,</p><p>reatividade ou patogenicidade. Podem inclusive, representar</p><p>risco para a saúde pública, resultando em mortalidade ou</p><p>incidência de doenças. Quando dispostos de maneira errônea,</p><p>podem causar impactos adversos ao ambiente, quando</p><p>conduzidos ou dispostos de forma inadequada;</p><p>Figura 6: Produtos com resíduos perigosos</p><p>Fonte:@freepik</p><p>• Resíduos classe II (Não perigosos): constituem resíduos não perigosos</p><p>e que não estão em nenhuma das premissas dos classificados como</p><p>classe I. Tal classificação ainda pode ser dividida em:</p><p>• Resíduos classe II A (Não inertes): podem ter propriedades como</p><p>biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 21</p><p>Exemplo: Materiais orgânicos da indústria alimentícia.</p><p>• Resíduos classe II B (Inertes): Esse segundo grupo engloba os</p><p>resíduos, quando amostrados de uma maneira significativa e postos</p><p>em contato dinâmico e estático com água destilada, em temperatura</p><p>ambiente não apresentam elementos constituintes solubilizados</p><p>a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,</p><p>excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.</p><p>Figura 7: Produtos de classe II B (inertes)</p><p>Fonte:@freepik</p><p>Diante da classificação, os gestores responsáveis realizam a</p><p>quantificação dos resíduos, por meio de taxas que consideram o número</p><p>de indivíduos ou empreendimentos comerciais ou industriais.</p><p>Para isso, é fundamental projetar a população, conciliando as</p><p>técnicas de previsão dos dados de populações ao longo do tempo à</p><p>modelos matemáticos.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais22</p><p>Tratamento e Condução Final dos</p><p>Resíduos</p><p>O tratamento e condução dos resíduos são extremamente</p><p>importantes frente ao modelo atual de produção. Atualmente, um</p><p>dos principais problemas encontrados diz respeito aos lixões, que se</p><p>apresentam como uma grande e grave ameaça aos ecossistemas.</p><p>Aponta-se que esses resíduos causam degradação ao ambiente,</p><p>visto que a lixiviação desses materiais infiltram no lençol freático e em</p><p>mananciais. Deste modo, as partes interessadas buscam soluções</p><p>tecnológicas, dentre elas:</p><p>• Aterros sanitários: nos dias de hoje, é um tratamento bastante utilizado.</p><p>Os resíduos são dispostos e intercalados por camadas da terra;</p><p>Figura 8: Aterro sanitário</p><p>Fonte:@freepik</p><p>NOTA:</p><p>Desse modo, o processo no aterro ocorre por decomposição</p><p>da matéria orgânica de maneira anaeróbio, produzindo gás</p><p>natural, como por exemplo, metano.</p><p>https://br.freepik.com/fotos-premium/pilha-de-lixo-na-lixeira-ou-aterro-caminhoes-de-lixo-de-vista-aerea-descarregam-lixo-para-um-aterro-o-aquecimento-global_4253448.htm</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 23</p><p>• Compostagem: coloca-se disposição de matéria orgânica em área</p><p>controlada para que ocorra a inertização dos resíduos.</p><p>NOTA:</p><p>O material gerado tem grande capacidade de fertilização</p><p>de áreas agrícolas. Ademais, cabe destacar que a correta</p><p>condução desse tipo de solução depende de uma boa</p><p>utilização da matéria orgânica e boa triagem.</p><p>• Incineração: ocorre pela combustão dos resíduos, reduzindo-os</p><p>a cinzas a serem dispostas em aterro apropriado em muito menor</p><p>volume. Tal processo é bastante utilizado na destinação final</p><p>de resíduos perigosos, especialmente resíduos hospitalares e</p><p>contaminantes químicos;</p><p>Figura 9: Queima do lixo em um barril</p><p>Fonte: @freepik</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais24</p><p>NOTA:</p><p>Nesses procedimentos existe a alternativa de recuperação</p><p>energética por meio de uma caldeira e a geração em</p><p>uma termoelétrica. No entanto, apresentam altos custos</p><p>inerentes à implantação e manutenção.</p><p>• Biodigestores: pode ser feito com um reator anaeróbio produzindo</p><p>gás natural, para posterior utilização na geração de calor e energia;</p><p>• Sistemas de transbordo: consiste em um modelo mais econômico em</p><p>que é adotado um sistema de transporte de maior escala entre o local</p><p>que gera o resíduo e o local que de tratamento.</p><p>Dessa maneira, destaca-se que independentemente do sistema de</p><p>tratamento e destinação final do resíduo utilizado, ele deve ser eficiente e</p><p>conduzir de maneira correta a gestão dos resíduos sólidos.</p><p>RESUMINDO:</p><p>Nesta unidade, foi apresentada a gestão dos resíduos</p><p>sólidos e sua importância para a qualidade ambiental. Além</p><p>disso, foi realizada a abordagem referente aos tipos de</p><p>tratamento e condução final do resíduo mais utilizado, cada</p><p>qual com suas características e finalidades.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 25</p><p>Gestão dos Recursos Hídricos</p><p>INTRODUÇÃO:</p><p>Neste capítulo serão abordadas questões frente à</p><p>indispensabilidade de uma correta gestão deste recurso.</p><p>Ademais, o foco da abordagem será em relação à legislação</p><p>brasileira vigente, compartilhando as competências de</p><p>cada órgão e instituição frente ao gerenciamento. Para</p><p>finalizar, serão apontados os planos utilizados.</p><p>Vamos começar!</p><p>A gestão deste recurso consiste em um processo sistemático</p><p>visando ao desenvolvimento sustentável, alocando e mantendo a sua</p><p>utilização sob as metas e objetivos ambientais, sociais e econômicos.</p><p>Teoricamente falando, a água é um elemento fundamental para a vida e</p><p>é um dos elementos do empasse entre o modelo de produção atual e a</p><p>escassez dos recursos.</p><p>Além disso, a água consiste em um bem de valor econômico,</p><p>representando um importante insumo produtivo. Ainda cabe destacar</p><p>que é função do estado ser ator responsável por manter a qualidade e a</p><p>correta utilização desse recurso natural.</p><p>No entanto, em virtude da grande degradação e poluição do</p><p>ambiente, o grande desafio é garantir a sociedade acesso à água potável</p><p>e saneamento básico. Diante dessas questões, deve-se buscar uma</p><p>gestão que garanta os investimentos necessários para a preservação da</p><p>água para a atual e futuras gerações.</p><p>Assim, define-se gestão de recursos hídricos como agregado de</p><p>medidas visando controlar e regular a utilização desses recursos vitais.</p><p>Para isso, as atividades de gestão são realizadas conforme a legislação</p><p>vigente e de maneira a preservar a qualidade e a quantidade das águas.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais26</p><p>Figura 10: Recursos hídricos</p><p>Fonte:@freepik</p><p>No Brasil, conforme o estabelecimento da Constituição Federal de</p><p>1988 em seu artigo 225, descreve que:</p><p>• “Todos possuem direito e ao Poder Público e à coletividade incumbe a</p><p>defesa do meio ambiente, sendo que a água, ou os recursos hídricos</p><p>integram o meio ambiente como elemento vital”;</p><p>• “O domínio dos recursos hídricos pela União e pelos Estados não</p><p>tem a conotação de propriedade inscritível no registro imobiliário,</p><p>mas decorre a responsabilidade pela preservação do bem, guarda</p><p>e gerenciamento, objetivando a sua perenidade e uso múltiplo, bem</p><p>como do poder de editar as regras aplicáveis”.</p><p>Ressalta-se que o Brasil se apresenta como um dos países com</p><p>maior abundância em recursos hídricos, possuindo domínio de três</p><p>grandes bacias hidrográficas e boa parcela do aquífero guarani. No</p><p>entanto, apresenta irregularidade quanto à distribuição de água potável</p><p>entre as populações. Dentre as atividades que mais demandam desse</p><p>recurso, destacam-se:</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 27</p><p>• Irrigação;</p><p>Figura 11: Pivô de irrigação a campo</p><p>Fonte:@freepik</p><p>• Usos domésticos;</p><p>• Usos urbanos;</p><p>• Uso industrial.</p><p>Em virtude desses muitos usos, crescimento demográfico e a</p><p>crescente urbanização, torna-se muito difícil para o órgão responsável</p><p>fazer a gestão da disponibilidade hídrica.</p><p>Com base nesses preceitos é importante conhecer a estrutura do</p><p>código da água promulgado em 10 de julho de 1934 na forma do Decreto</p><p>nº 10.643. Tal decreto serviu de base para várias legislações, considerando</p><p>a cobrança do uso dos recursos hídricos públicos e o princípio poluidor-</p><p>pagador. Nesse sentido, o ator responsável pelos danos ou perdas às</p><p>águas responde criminalmente, conforme legislações vigentes.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais28</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Um dos mais importantes pontos desse decreto diz respeito</p><p>a garantir a preservação e a qualidade das águas do Brasil.</p><p>Tecnologicamente a gestão deve englobar todas as variáveis</p><p>conectadas aos recursos hídricos, dentre elas:</p><p>• Controle e a conservação dos recursos hídricos;</p><p>• Vazão ou quantidade de águas disponíveis;</p><p>• Desníveis e velocidade de escoamento;</p><p>• Oxigênio disponível;</p><p>• Demanda bioquímica de oxigênio;</p><p>• Teor em coliformes;</p><p>• Toxidez;</p><p>• Eutrofização potencial;</p><p>• Estratificação térmica;</p><p>• Entre outros.</p><p>Estrutura da Gestão dos Recursos</p><p>Hídricos no Brasil</p><p>Juntamente à aplicação eficiente e correta de toda a legislação,</p><p>estão os atores responsáveis por tais aplicação. Assim, atualmente, no</p><p>Brasil, a estrutura de gestão ocorre da seguinte maneira:</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 29</p><p>Figura 12: Esboço simplificado da estrutura de gestão dos recursos hídricos no Brasil</p><p>Fonte: Adaptado pelo autor, 2019.</p><p>Conforme abordado na figura o Conselho Nacional de Recursos</p><p>Hídricos (CNRH), configura-se como a instância de nível mais acima. Esse</p><p>conselho tem por intuito analisar propostas, deliberar projetos, atenuar</p><p>conflitos e administrar a promoção dos recursos hídricos em todos os</p><p>âmbitos federais.</p><p>Juntamente, existe a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente</p><p>Urbano (SRHU) e o órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no</p><p>qual é feita a gestão dos recursos de acordo com a estrutura regimental</p><p>definida. Em seguida, tem a Agência Nacional das Águas (ANA), seguindo</p><p>os comitês e agências de bacia, do mesmo modo, de cunho estadual,</p><p>na qual existe o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), órgão</p><p>deliberativo, secretarias e entidades Estaduais, com a responsabilidade</p><p>de gestão das bacias e recursos dos estados.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais30</p><p>Planos de Recursos Hídricos</p><p>Conforme determinações do comitê de bacia hidrográfica, tendo</p><p>a responsabilidade de aprovar e executar o plano de recursos hídricos,</p><p>assim como expor alternativas para o cumprimento de metas.</p><p>NOTA:</p><p>O comitê é composto por representantes do governo,</p><p>municípios, usuários da água e sociedade civil.</p><p>Deste modo, de acordo com a Lei 9.433, fica estabelecido que</p><p>os Planos de Recursos Hídricos são de longo prazo, compostos por</p><p>horizontes de planejamento adequado com o tempo de implantação de</p><p>seus programas e projetos que devem apresentar:</p><p>• Análise da atual situação dos recursos em questão;</p><p>• Identificação dos conflitos potenciais;</p><p>• Metas de racionalização de uso;</p><p>• Diagnósticos de medidas de crescimento demográfico;</p><p>• Evolução de atividades produtivas e de alterações na padronização</p><p>de uso do solo;</p><p>• Equilíbrio entre demandas dos recursos hídricos, em quantidade e</p><p>qualidade;</p><p>• Aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos</p><p>hídricos disponíveis;</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 31</p><p>Figura 13: Recursos hídricos disponíveis</p><p>Fonte:@freepik</p><p>• Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;</p><p>• Critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;</p><p>• Propostas de locais sujeitos à restrição de uso;</p><p>• Alternativas de programas a serem desenvolvidos;</p><p>• Projetos a serem aplicados para atender às metas.</p><p>Diante dessa abordagem, aborda-se que a definição dos planos</p><p>de recursos hídricos é extremamente importante para a qualidade e</p><p>quantidade disponível desse recurso natural. Pois é a partir desses planos</p><p>que podem ser apontadas as tomadas de decisões frente a quaisquer</p><p>problemas relacionados à má qualidade ou extinção.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais32</p><p>RESUMINDO:</p><p>Neste capítulo, foram abordadas algumas questões básicas</p><p>em relação à gestão dos recursos hídricos e sua importância</p><p>em relação à vida no planeta. Em seguida, foi explanada</p><p>uma estrutura básica em relação às competências de</p><p>gestão para esse recurso, com a abordagem final referente</p><p>aos planos de gestão.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 33</p><p>Controles Ambientais</p><p>INTRODUÇÃO:</p><p>Ao término deste capítulo você será capaz de entender</p><p>sobre os controles ambientais e sua importância frente</p><p>ao equilíbrio entre os empreendimentos e a qualidade</p><p>ambiental. Ainda serão abordados os dois tipos de controle,</p><p>conforme a norma vigente, que são divididos em dois</p><p>grandes grupos: controle operacional e monitoramento e</p><p>medição.</p><p>E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então,</p><p>vamos lá. Avante!</p><p>Abordagem Geral dos Controles</p><p>Ambientais</p><p>Diante da atual situação dos cenários ambientais frente ao elevado</p><p>consumo e a disponibilidade de recurso, muitas devem ser as medidas</p><p>mitigadoras e preventivas quanto à degradação e poluição ambiental.</p><p>Desse modo, sob uma ótica empresarial, muitas são as exigências</p><p>em relação às responsabilidades ambientais, em virtude da dimensão que</p><p>uma má gestão pode causar. Em muitos casos, os empreendedores e</p><p>gestores têm buscado o estabelecer o gerenciamento de suas atividades</p><p>com objetivos e metas bem definidos, dentre eles:</p><p>• Controle da poluição;</p><p>• Atenuação das taxas de efluentes;</p><p>• Controle e atenuação dos impactos ambientais;</p><p>• Aperfeiçoamento do uso de recursos naturais.</p><p>Diante desses apontamentos, o principal objetivo do controle</p><p>operacional diz respeito à identificação das ações e atividades adotadas</p><p>por uma empresa, para atenuar os efeitos dos seus impactos ambientais</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais34</p><p>representativos. Além disso, busca identificar as situações que vão contra</p><p>o cumprimento dos objetivos ambientais da organização e a legislação</p><p>vigente.</p><p>Figura 14: Gestor realizando controle ambiental</p><p>Fonte: @freepik</p><p>Conforme definida a política ambiental, o controle operacional</p><p>colabora para que sejam avaliadas as operações poluidoras para que</p><p>então, a gestão possa buscar alternativas para garantir o desempenho</p><p>frente ao compromisso ambiental. Desse modo, esse posicionamento</p><p>deve ser expandido para novos projetos e ampliados nos outros já</p><p>existentes.</p><p>NOTA:</p><p>Na prática, o controle operacional na organização deve ser</p><p>encaminhado abordando noções em relação a atividades</p><p>que agreguem controle ambiental, dentre elas: resíduos,</p><p>efluentes líquidos, emissões atmosféricas, consumo de</p><p>energia e água.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 35</p><p>Juntamente às diretrizes de controle ambiental, a norma ISO</p><p>14001:2015 aborda que a empresa tem que estabelecer meios e</p><p>procedimentos para:</p><p>• Identificar potenciais acidentes;</p><p>• Situações de emergência;</p><p>• Prevenir e mitigar os</p><p>impactos ambientais.</p><p>No Brasil, as certificações aparecem como um poderoso instrumento</p><p>por parte das empresas para se diferenciar e se adaptar às normativas</p><p>ambientais.</p><p>Figura 15: Adaptação as normativas de controle ambiental</p><p>Fonte: @freepik</p><p>Conforme as concordâncias com as normativas de controle</p><p>ambiental, os gestores devem atenuar os impactos e o risco de ocorrência</p><p>de desvios, incidentes e acidentes ambientais.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Aplicar o controle operacional nas empresas é ter o domínio</p><p>sobre os aspectos ambientais.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais36</p><p>O controle está, de maneira direta, relacionado às atividades sob</p><p>o gerenciamento da empresa e compreendem ações que vão desde</p><p>instruções de trabalho e procedimentos que estabelecem as medidas a</p><p>serem tomadas para reduzir os distintos impactos de suas operações.</p><p>Requisitos de Controle Ambiental</p><p>O controle ambiental ocorre conforme a norma IS014001, em</p><p>que a empresa deve identificar aquelas atividades inerentes aos</p><p>aspectos ambientais representativos conforme a política, objetivos e</p><p>metas. Ademais, é preciso atentar-se para o planejamento de ações de</p><p>manutenção visando assegurar que sejam executadas sob condições</p><p>específicas.</p><p>Desse modo, de acordo com a norma, o controle ambiental se</p><p>divide em dois modos:</p><p>Controle Operacional</p><p>Agrega procedimentos para manter as atividades da organização</p><p>conforme os aspectos ambientais significativos, para que eles não</p><p>excedam situações especificadas ou padrões de desempenho.</p><p>Exemplo: Procedimento para operação de estação de tratamento</p><p>de efluentes.</p><p>Juntamente ao controle das empresas, necessita-se rever</p><p>constantemente os tipos de materiais, insumos, e serviços identificados.</p><p>Cabe destacar que, em algumas situações, deve-se atentar para questões</p><p>como: toxicidade, reuso, reciclagem e embalagem do insumo.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 37</p><p>Figura 16: Situações em que os insumos ou materiais podem causar perigo</p><p>Fonte:@freepik</p><p>Além dessas questões, em relação aos serviços também se deve</p><p>ter total atenção, pois podem incluir resíduos, transportabilidade de</p><p>cargas perigosas, entre outros.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Cabe à organização gerenciar o estabelecimento de ações</p><p>sistematizadas para qualificar e avaliar prestadores de</p><p>serviços, agregando as questões ambientais.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais38</p><p>Ainda sob os preceitos da norma, ela aponta que empresas de</p><p>prestação de serviços, seja por compra e venda de insumos, devem ter</p><p>responsabilidades ambientais em conjunto, pois estão comercialmente</p><p>vinculadas.</p><p>Monitoramento e Medição</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>Monitoramento e medição configuram-se como as</p><p>atividades que avaliam se a empresa está em concordância</p><p>com os critérios de sua política ambiental, objetivos, metas,</p><p>entre outros.</p><p>Dessa maneira, a norma ISO 14001 aponta que a organização deve</p><p>estabelecer e manter documentados os procedimentos inerentes às</p><p>atividades de monitoramento e medir, com uma certa periodicidade, os</p><p>atributos das operações que apresentem impacto sobre o meio ambiente.</p><p>Exemplo: Carga orgânica de efluente.</p><p>Outro ponto abordado pela norma é que a organização estabeleça</p><p>indicadores de desempenho frente aos seus objetivos e metas e ao</p><p>histórico de desempenho ambiental.</p><p>Juntamente a essas premissas de indicadores, ressalta-se que,</p><p>hoje em dia, esses procedimentos estão totalmente computadorizados,</p><p>facilitando para que as empresas consigam avaliar, com maior praticidade,</p><p>os fatores impostos pela legislação. Além disso, muitos modelos</p><p>permitem que sejam realizadas simulações de cenários, visando o melhor</p><p>atendimento dos objetivos frente ao controle ambiental.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 39</p><p>Figura 17: Monitoramento e medição</p><p>Fonte: @freepik</p><p>Diante do exposto, destaca-se que esses procedimentos de</p><p>monitoramento e medição só ocorrem de maneira eficiente se os</p><p>instrumentos estiverem aferidos e bem organizados.</p><p>Algumas empresas atualmente utilizam laboratórios eventualmente</p><p>contratados, institutos externos, para garantir a qualidade das análises,</p><p>visando potencializar a confiabilidade do monitoramento de suas</p><p>atividades.</p><p>RESUMINDO:</p><p>Neste último capítulo, foram abordados os controles</p><p>ambientais necessários para quaisquer que sejam as</p><p>atividades e empreendimentos que utilizem o meio</p><p>ambiente para produzir suas atividades. Além disso, foram</p><p>abordados os dois métodos de controle ambiental, de</p><p>acordo com a norma vigente em que são divididos em</p><p>controles operacionais e monitoramento e medição.</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais40</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Quer se aprofundar nesse tema? Recomendamos o acesso</p><p>à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo:</p><p>“Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da</p><p>sustentabilidade”. JACOBI e BESEN, acessível pelo link:</p><p>https://bit.ly/2FCu6oE.</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo</p><p>tudinho? Agora, só para termos certeza de que você</p><p>realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,</p><p>vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido</p><p>sobre os planos e programas ambientais, associados a uma</p><p>eficiente gestão ambiental. Em seguida, foram explanados</p><p>os pontos mais importantes de uma gestão de resíduos</p><p>sólidos, fundamentando suas diretrizes e caracterizando</p><p>os resíduos sólidos quanto a sua origem e periculosidade.</p><p>Ainda no mesmo capítulo, foram abordados os principais</p><p>métodos de tratamento e condução final dos resíduos. No</p><p>terceiro capítulo, o foco foi a gestão dos recursos hídricos e</p><p>a indispensabilidade de uma correta gestão desse recurso</p><p>frente à qualidade do ambiente. Ainda, a estrutura de</p><p>competências da gestão e os planos utilizados atualmente</p><p>foram abordados de maneira sucinta. Para finalizar a</p><p>unidade, foram apresentados os controles ambientais,</p><p>fundamentados frente aos empreendimentos. Por fim,</p><p>conforme a norma vigente, foram explicados os dois tipos</p><p>de controle: controle operacional e o de monitoramento e</p><p>medição.</p><p>https://bit.ly/2FCu6oE</p><p>Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais 41</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) – NBR 1004:</p><p>Resíduos Sólidos: Classificação. Rio de Janeiro: 2004.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) – NBR ISSO</p><p>14001: Sistemas de gestão ambiental: especificação e diretrizes para uso .</p><p>Rio de Janeiro: 1996.</p><p>BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do</p><p>Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.</p><p>Acesso em: 28 set. 2020.</p><p>BRASIL. Lei Federal n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política e</p><p>Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. QA – Qualidade</p><p>da água.</p><p>BRASIL. Resolução Conama n° 357, de 17 de março de 2005. Brasília, DF.</p><p>FLORES, R. K.; MISOCZKY, M. C. Dos antagonismos na apropriação</p><p>capitalista da água à sua concepção como bem comum. Organizações &</p><p>Sociedade, v. 22, p. 237-250, 2015.</p><p>MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São</p><p>Paulo: Boitempo, 2002.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm</p><p>Gustavo Silva Oliveira</p><p>Livro Didático Digital</p><p>Planos e Programas de Emergência Ambiental</p><p>Planos e Programas Ambientais</p><p>Programa de Gestão Ambiental</p><p>Programa de Supervisão Ambiental</p><p>Programas de Controle da Qualidade Ambiental</p><p>Programas de Desenvolvimento Social</p><p>Programa Compensatório</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)</p><p>Gestão de Resíduos Sólidos</p><p>Fundamentos da Gestão dos Resíduos Sólidos</p><p>Caracterização dos Resíduos Sólidos</p><p>Tratamento e Condução Final dos Resíduos</p><p>Gestão dos Recursos Hídricos</p><p>Estrutura da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil</p><p>Planos de Recursos Hídricos</p><p>Controles Ambientais</p><p>Abordagem Geral dos Controles Ambientais</p><p>Requisitos de Controle Ambiental</p><p>Controle Operacional</p><p>Monitoramento e Medição</p>