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<p>CENTRO PAULA SOUZA</p><p>ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA</p><p>Técnico- Administração</p><p>Bianca Juliano Pereira Rocha</p><p>Isabela Ricardo Da Silva</p><p>Julia Almeida Da Silva</p><p>Julia Silva Barbosa</p><p>Jheovanna Thainá Moreira Diamantino</p><p>MARKETING DE LUXO:</p><p>Diadema- São Paulo</p><p>2022</p><p>Bianca Juliano Pereira Rocha</p><p>Isabela Ricardo Da Silva</p><p>Julia Almeida Da Silva</p><p>Julia Silva Barbosa</p><p>Jheovanna Thainá Moreira Diamantino</p><p>MARKETING DE LUXO:</p><p>Trabalho de Mercado Apresentado ao Curso Técnico Em Administração da Etec Juscelino Kubitschek, orientado pelo Prof. Marciano.</p><p>Diadema- São Paulo</p><p>2022</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Sumário</p><p>Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.</p><p>ABSTRACT</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>as castas das sociedades humanas sempre buscaram diferenciar-se das demais classes sociais. A monarquia utilizou o simbolismo do sangue azul, dando aos beneficiados pela hereditariedade o direito à perpetuação do poder baseada na ignorancia de um povo iludido por questões religiosas e opressivas. Não importa o que a civilização mencione, se exibir sempre foi um hábito da nobreza. Ao período de instalação do capitalismo, quando os burgos passaram a dominar as relações de poder estabelecidas pela economia, a ostentação também passou a ser praticada pelos insurgentes que quebraram o sistema de hereditariedade, conquistando a sua condição econômica-politico-social desejada. Na idade moderna eram os trajes de linhos importados, mobilhas italianas, palacetes, obras de arte; após a segunda guerra mundial, surgiu a televisão como novo diferenciador social, bem como os plásticos tiveram seu momento, automóveis, telefones, celulares e assim por diante.</p><p>Está na raça humana a necessidade da diferenciação social e o capitalismo contemporâneo convive com esta situação do ponto de vista meritocrático, de forma que, além de tratar com ares de liberdade tais condutas e de não regulá-las com os poderes do estado, é poder do mercado se auto-transforma e adequar-se às demandas da sociedade em questão. A partir desta e de muitas outras necessidades, é que nasce o marketing, um mercado projetado para analisar, planejar e recomendar mecanismos para indivíduos o objeto de seu desejo, cujo limite consiste apenas em ambiente e as barreiras morais impostas por sua sociedade.</p><p>O marketing de luxo nasce com a nobre missão de dissecar os desejos (Kotler, 1993), muitas vezes subversivos de um público específico (próspero financeiramente) para transformar este desejo em procura, ofertando-lhe o produto correto, e, posteriormente, transformando-o em demanda, concretizando o consumo, garantindo a satisfação e todos os elementos pós-consumo envolvidos na transação.</p><p>O marketing de luxo surge como arte para oferecer a coisa certa, no lugar certo, da forma correta, ao valor e preço inerentes ao seu público. Veremos a análise de um mercado muito controverso, cuja própria sociedade cristã sempre tratou como pecado.</p><p>2. O QUE É MARKETING DE LUXO</p><p>O marketing de luxo é um segmento que promove a venda de produtos de luxo de alta qualidade. As marcas de luxo não apenas atraem os consumidores com seus produtos de última geração, mas também gerenciam ativamente a percepção desses produtos.</p><p>Esse nicho de mercado segue uma lógica de manufatura que une o lado artesanal (delicado, exclusivo, único) à alta tecnologia (resistência, bons materiais, qualidade). Isso quer dizer que eles não seguem as frenéticas movimentações do mercado comum, mas que ditam o seu próprio ritmo de funcionamento.</p><p>No marketing de luxo o preço não é mencionado na maioria das vezes. O que realmente conta são as características que valorizam o produto que está sendo vendido, com materiais de qualidade excepcional e único.</p><p>Quem produz marketing de luxo não deve esperar alta demanda nas vendas dos produtos, pois esses produtos são geralmente bem caros que atraem compradores específicos.</p><p>As marcas de luxo não se deixam comparar com outras. Elas são fiéis às suas identidades, que são indivisíveis e inegociáveis.</p><p>Contudo, os preços que esses produtos podem ser vendidos, não necessitam de uma alta demanda para se obter lucro satisfatório.</p><p>“Quando pensamos mais especificamente em mercados e questões econômicas, o termo “luxo”, refere-se a um produto melhor, superior, mais duradouro, mais bem acabado, mais bonito...”</p><p>(SCHWERINER, 2005)</p><p>2.1 Como surgiu o Marketing de Luxo</p><p>2.2 Na Pré-História, na Idade Antiga e na Era Medieval</p><p>É possivel notarmos a presença do luxo desde os primóridos. Com pigmentos, ossos e plumas, os xamãs, primeiros líderes conhecidos entre os homens, se destacavam pelo uso de vestimenta e objetos diferenciados.</p><p>“Está na natureza humana querer se sobressair dos demais, especialmente com coisas belas e luxuosas, como jóias, ouro e produtos refinados”, afirma a jornalista e pesquisadora americana Dana Thomas.</p><p>Nos séculos seguintes, o Antigo Egito demarcou sua rígida pirâmide social promovendo o acesso exclusivo a certos bens. Apenas quem estava no poder — a família do faraó e os sacerdotes — poderia ostentar as jóias, inclusive após a morte.</p><p>A estratégia de reservar às elites políticas e religiosas os produtos de melhor acabamento e procedência perdurou por milhares de anos. Na Grécia Antiga, berço da cultura do prazer, tecidos e tinturas específicos vestiam os membros da nobreza, e eram negados ao resto da população.</p><p>Em meados do século 15, profissionais se agruparam em oficinas, onde mantinham aprendizes e ofereciam iguarias sob nomes que garantiam a excelência dos produtos, de maneira semelhante às grifes de hoje. As oficinas deram origem a parte da burguesia que se consolidou na Idade Moderna, com o fim do feudalismo. As regras que impunham diferentes tipos de roupa para cada camada social.</p><p>“Até o século 17, o luxo tinha um significado negativo de autoindulgência e privilegiação das satisfações carnais”, diz o professor Christopher Berry, da Universidade de Glasgow. “O luxo tornou certas sociedades militarmente fracas, levando-as a contratar exércitos mercenários enquanto se dedicavam a atividades econômicas de interesse restrito, em detrimento do bem público”.</p><p>2.3 Após a Revolução Francesa, no Brasil e no Mundo.</p><p>Após o século 17, eventos como a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789-1799) mudaramba visão geral sobre o luxo e, consequentemente, os hábitos de consumo a ele relacionados, segundo o professor Berry.</p><p>“A partir desse momento, o luxo passou a ser julgado favoravelmente como um incentivo, o que aumentou o bem-estar material de todos”, afirma o acadêmico britânico. “Ele representava a visão realista de que os seres humanos são motivados por seus desejos, e que ter a liberdade de buscar esses desejos, dentro do Estado de Direito, era moralmente defensável”.</p><p>Em outras palavras, a possibilidade de a burguesia obter bens até então restritos às cortes — sobretudo às cortes absolutistas, superdispendiosas — transformou a produção de objetos e serviços de luxo em um modelo de negócio. Restrito aos burgueses, mas mais acessível e, principalmente, mais desejado por todos. Não era mais um estigma de quem detinha o poder apenas por laços hereditários.</p><p>Adam Smith (1723-1790), considerado pai da economia moderna e mais importante teórico do liberalismo econômico, chegou a chamar de “impertinências monstruosas” as leis suntuárias, que, havia séculos, ditavam as roupas a serem usadas por cada parcela da sociedade.</p><p>No Brasil, porém, o acesso a bens de luxo tardou a ser real. “A corte brasileira possuía hábitos simples e não tinha chances de consumir os produtos semi-artesanais e posteriormente industriais produzidos na Europa” diz o diretor do programa de MBA em gestão do luxo da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Silvio Passarelli.</p><p>Autor de "O Universo do Luxo: Marketing e Estratégia para o Mercado de Bens e Serviços de Luxo", Passarelli afirma que a vinda da Família Real, mal planejada e realizada às pressas</p><p>diante da ameaça de invasão do exército napoleônico, em 1808, não trouxe grande variedade de produtos luxuosos. Por isso, tampouco contribuiu de maneira significativa para emancipar o consumo da colônia, elevada à condição de vice-reino em 1815.</p><p>Diz Passarelli: “O luxo no Brasil ficou restrito a pequenas ocorrências nas cortes do Rio de Janeiro. Só no fim do século 19, representantes das elites econômicas passaram a enviar seus filhos ao exterior (sobretudo à França e à Itália) para estudarem. Já formados, eles retornavam ao país habituados ao consumo de itens feitos com materiais de qualidade superior”.</p><p>2.4 PROPAGANDAS NO MARKETING DE LUXO</p><p>O Marketing de Luxo vai se caracterizar por aquelas estratégias que agreguem um alto valor à marca assim como criar um identidade forte e diferente entre os competidores, que busque gerar conexão e reconhecimento com o público.</p><p>Assim, aspectos como o “hand-made”, tecnologia utilizada, requinte empregado na produção e venda, status social intrínseco ao produto e veículos exclusivos de anúncio e venda são essenciais para entender tal estratégia.</p><p>Um branding muito forte</p><p>Ao pensarmos em empresas atuantes no Mercado de Luxo, sempre pensamos nas características que cada uma delas nos conta. Por exemplo, o posicionamento que ela tem sobre certas questões políticas, como ela se comporta em relação às redes sociais, se ela é mais conservadora ou liberal e assim por diante.</p><p>Essas características, quase de personalidades humanas, dão às marcas uma identidade única e que vai gerar conexão e reconhecimento com o cliente. Quando se diz sobre branding das marcas de luxo precisamos ressaltar que a identidade da marca é muito importante para a decisão da compra por um cliente. Ela é quem vai diferenciar se alguém comprará uma blusa da marca X ou da marca Y.</p><p>Essa identidade forte é importante, pois ela é tida como a história da marca, desde o seu nascimento até os dias atuais. Logo, comprar um produto de tal marca seria como comprar um pedaço da história dela, o que agrega ainda mais no status do produto.</p><p>A partir da história e posicionamento das empresas, podemos também diferenciar os possíveis consumidores. A partir da identidade, determinadas marcas vão agregar defensores, mesmo que eles não comprem produtos da empresa. Isso pois, como é feito todo um trabalho de identificação, os clientes, ou possíveis clientes, passam a se reconhecer nas características passadas e defender aqueles valores transmitidos.</p><p>Podemos pegar como exemplo a grife francesa Chanel. Criada em 1910, em Paris, por Coco Chanel, a marca cresceu e se tornou uma das maiores na atualidade. Quando algum consumidor compra um sobretudo produzido pela empresa, ele não simplesmente tem a peça de roupa, mas um pedaço da história que a própria fundadora da marca acredita ser a melhor, e mais elegante, maneira de se proteger do frio.</p><p>Dessa forma, vemos que o Branding das empresas está diretamente ligado à maneira como a marca será vista e consumida.</p><p>O Customer Success no Marketing de Luxo</p><p>Que a identidade das marcas de luxo é algo importante nós já sabemos, mas você sabia que o sentimento dos clientes durante a experiência de compra também é algo fundamental?</p><p>Basicamente, Customer Success é uma técnica que procura garantir a melhor sensação do cliente durante o contato da empresa com ele. Essa interação, no Marketing de Luxo, normalmente se dá pela presença física da pessoa na loja, uma vez que dessa forma o vendedor consegue agregar mais valor ao produto.</p><p>Esse também é um dos motivos pelos quais o Mercado do Luxo nem sempre está muito presente nas plataformas digitais, pois, para garantir uma verdadeira sensação positiva no cliente, ele deve estar presente fisicamente na interação.</p><p>Um exemplo disso seria a classe executiva da companhia aérea Fly Emirates. Com o objetivo de criar uma boa sensação durante a viagem e, assim, fidelizar o cliente, a empresa dispõe de um bar exclusivo equipado com nobres bebida. Além disso ela oferece kits higiênicos feitos pela grife Bvlgari e ainda proporciona belas refeições feitas dentro mesmo do avião.</p><p>Por fim, vimos que o Marketing de Luxo, apesar de ser uma ramificação do marketing convencional, exige suas especificações do mercado que ele se encontra. Mas isso não quer dizer que eles estão separados, muito pelo contrário, eles compartilham do mesmo senso estratégico, porém, com o uso diferente para cada mercado.</p><p>Com isso, essas técnicas são criadas e implementadas para que, no final desse processo de venda, o consumidor possa sonhar, cada vez mais, com os hotéis de luxo, os carros esportivos, as roupas de grife e com o desejo que tem por essas marcas.</p><p>Cada vez mais grifes buscam se posicionar e alcançar clientes no Instagram, Facebook, Twitter e Snapchat. Segundo especialistas, os conteúdos em redes sociais podem elevar as vendas online em cerca de 5%.</p><p>A Burberry por sua vez é uma das marcas que incorporaram as redes sociais e outras plataformas online diretamente às campanhas de marketing. Entre as ações, está publicar fotos de pessoas comuns vestindo roupas da grife.</p><p>Em resposta à liberdade de acesso que é sinônimo de internet, analistas dizem que muitas companhias tiveram de expandir sua pegada online, geralmente em parcerias com queridinhos das redes sociais e outras celebridades para apresentar uma imagem mais populista.</p><p>Isso inclui a Dior, que uniu forças à estrela Rihanna, cuja quantidade de seguidores nas redes sociais é quatro vezes maior do que a da marca. A Calvin Klein assinou um acordo com Justin Bieber, dentre outras razões, para se aproximar dos seguidores do cantor canadense no Instagram e no Twitter, cuja audiência é até 15 vezes maior do que a da marca.</p><p>“Cada marca tem de encontrar um equilíbrio entre exclusividade e inclusividade”, disse James Lovejoy, analista da Brandwatch, empresa de tecnologia de Nova York que acompanha discussões nas redes sociais. “Quando Rihanna usa Dior numa foto postada no Instagram, o alcance que ela consegue pode não ser exatamente o da base de consumidores Dior, mas ela certamente atrai uma audiência maior”, acrescentou.</p><p>Para Matt Jacobson, chefe de desenvolvimento de mercado do Instagram, a plataforma tornou-se a rede social escolhida pelas marcas de luxo e seus seguidores. Sua capacidade de engajar uma grande audiência está no coração de como as empresas devem usar suas plataformas online.</p><p>A marca britânica Karen Millen, por exemplo, pediu fotos de seus seguidores nas redes sociais para usar em sua loja na internet, mostrando como seus clientes – e todo o mundo – veem a marca. Já a Coach se voltou para imagens geradas por seus usuários numa recente campanha publicitária para destacar seus calçados, que incluiu um mapa interativo que mostra onde os clientes fizeram suas fotografias digitais em todo o mundo.</p><p>Este tipo de interação online, diz Jacobson, aconteceria independentemente da participação das marcas. Mas, ao entrar em contato tanto com seus principais consumidores quanto com uma audiência mais ampla, as marcas de luxo têm uma oportunidade de usar o marketing potencial oferecido pelas redes sociais. “A conversa está acontecendo, com ou sem você”, acrescentou ele. “Você não pode escolher a exclusão. Mas você pode escolher não participar.”</p><p>2.5 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE LUXO</p><p>Atualmente, o luxo deixou de estar apenas relacionado com os bens, mas também passou a estar associado à marca e ao estilo de vida dos consumidores. Seu significado é subjetivo e ao pesquisá-lo encontramos os seguintes resultados:</p><p>1. maneira de viver caracterizada pelo gosto do fausto e desejo de ostentação, por despesas excessivas, pela procura de comodidades caras e supérfluas.</p><p>2. qualquer bem, objeto caro que origina despesas supérfluas.</p><p>3.  esplendor, riqueza, suntuosidade, pompa.</p><p>Fazendo sentindo no mundo do marketing e este trabalho, o luxo ser um conjunto de produto/serviço de padrão superior + distribuição seletiva/limitada + vínculo com grife ou marca.</p><p>O que motiva o consumo?</p><p>Algumas análises vão além</p><p>e levam em consideração os aspectos psicográficos dos públicosalvo, ou seja, combinam variáveis de personalidade, estilo de vida e motivações, para explicar diferentes escolhas de consumo e uso de produtos. Ao usar essa segmentação, uma empresa pode posicionar melhor seu produto, enfatizando as características que mais combinam com um determinado estilo de vida.</p><p>Vários autores (Vigneron, Johnson, Nyeck e Schweriner) estabeleceram motivações para o consumo dos bens de luxo. Um pequeno resumo de suas teorias listaria: O desejo de ser único, de exclusividade e diferenciaçã0; O desejo de melhorar o auto-conceito, projetando sucesso e poder; O desejo de exteriorizar a própria personalidade; Necessidade de marcar a filiação a um grupo social almejado; Desejo de marcar-se como elite, old money, símbolo de status hereditário, entre outros.</p><p>1. A distinção</p><p>A sociedade contemporânea necessita do consumo para a sobrevivência, mas o consumo de produtos/serviços de luxo, para o consumidor a sensação de pertencer a grupo seleto é um dos fatores mais importantes na hora de decidir a compra. Considera-se que o consumidor esta comprando não só o produto, mas uma emoção, que pode ser para si, como também para os outros.</p><p>Para Pierre Bordieu, um dos mais influentes sociólogos franceses da segunda metade do século XX, o consumo é uma maneira de o indivíduo melhorar sua posição no espaço social. E comprar determinado produto não é uma mera escolha da pessoa, mas uma herança sociocultural enraizada pelos indivíduos e sendo moldado em partes pelas circunstâncias da vida da pessoa.</p><p>Segundo Lloyd e Luk no livro “A Revelation into Customer Perceived Value of Luxury and Mass Fashion Brands”  os consumidores que adquirem produtos de luxo, sentem-se psicológicamente e emocionalmente satisfeitos, devido ao fato de os produtos significarem status social como resultado do seu preço elevado e por serem considerados os produtos com maior qualidade existentes no mercado.</p><p>Os produtos de luxo para além de conseguirem satisfazer as necessidades e os desejos existentes nos consumidores, conseguem ainda proporcionar sensações emocionais e psicológicas que tendem a aumentar a sua autoestima, por serem produtos de suposta exclusividade, capazes de assumir prestígio e valor simbólico.</p><p>A decisão de compra dos consumidores altera-se conforme os produtos. Quanto mais dinheiro envolver o produto, maior é a ponderação por parte do consumidor. De acordo com Braga (2004) a compra de produtos de luxo está ligada a diversos fatores, grande parte deles intangíveis como: (i) vaidade; (ii) conforto; (iii) valores éticos e estéticos; (iv) prazer.</p><p>Para além de todos estes fatores, o mais importante está relacionado com a classe social, dado que os consumidores que adquirem bens de luxo pretendem transmitir que pertencem a uma classe de elite e com maior riqueza.</p><p>Grande parte das categorias de luxo são comparadas de forma ocasional pelos consumidores, porque como se trata de bens supérfluos, muitas vezes não voltam a ser comprados. Contudo, os consumidores têm tendência a ser fiéis à marca, o que os leva a divulgar a mesma, como a cantora estadunidense Billie Eilish com as marcas Louis Vuitton e Gucci, frequentemente presente em seus looks.</p><p>2. Pertencimento</p><p>O livro de Grant McCracken, Cultura e Consumo, insere-se na corrente que entende o consumo como parte do processo de construção identitária. Como escreveu a pesquisadora Gisela Taschner, professora da Fundação Getúlio Vargas, “o consumo; especialmente o de certos itens, torna-se um meio de construção e expressão de identidades dos sujeitos individuais que vivem nas cidades, especialmente nas metrópoles.</p><p>Marcas como Harley Davidson ou Apple, por exemplo, construíram verdadeiras comunidades repletas de significados no seu entorno. O que se criou à volta dessas marcas foi de fato uma tribo de pessoas unidas</p><p>pelos mesmos valores e os mesmos interesses. Ao escolher uma moto</p><p>Harley Davidson, o indivíduo demonstra pertencimento a um estilo de vida</p><p>peculiar, pautado, no caso, por certa noção de liberdade. Já ao optar por</p><p>um laptop, tablet ou telefone da Apple, o indivíduo passa a imagem de uma pessoa ligada à tecnologia, mas de maneira cool, antenada.</p><p>3. Exclusividde e tratamento personalizado</p><p>as marcas de luxo podem ser definidas como marcas que demonstram exclusividade, qualidade acima da média e que simbolizam um padrão social elevado. As lojas devem seguir uma linha, desde os produtos sofisticados, à funcionários que estejam apitos a se relacionarem com uma parcela mínima da população que será atraída pelo marketing de luxo.</p><p>O luxo faz parte do cotidiano desses consumidores e vendedores, é necessário entender e compreender o ambiente, Segundo Paraíso (2010, p. 80), “os atributos mais valorizados pelos consumidores ultra-ricos numa marca de luxo são a qualidade extrema, a perfeição no trabalho manual, que os ingleses chamam de superior crafmanship e um serviço de atenção máxima ao cliente”</p><p>Cada consumidor tem a sua forma de encarar a vida, tem as suas tendências, os seus gostos e as suas preferências, pois tudo isso influencia a forma como escolhe os seus produtos de luxo. O que um consumidor pode considerar diferente, para outros pode apenas ser mais um produto banal e sem qualquer significado, pois depende sobretudo do gosto e da cultura de cada um.</p><p>As marcas não podem apresentar produtos no mercado que vão apenas ao encontro das necessidades dos mesmos. É necessário mais, é preciso surpreender os consumidores.</p><p>4. Custo elevado</p><p>Ao levarmos em conta que o comprador de um item de luxo está, na maioria das vezes, em busca de um prestígio e uma distinção, o preço é um fator determinante:</p><p>Para Garcia (2003) é essencial referir que nem todo o produto caro é um produto de luxo, porém um produto de luxo é sempre caro.</p><p>Existe então uma relação direta entre o preço e a categoria de luxo a que cada produto pertence:</p><p>1. Preço muito elevado: diz respeito ao luxo inacessível, representa maior exclusividade, por consequência diz respeito aos consumidores com maiores rendimentos, ou seja, às elites.</p><p>2. Preço elevado: corresponde ao luxo intermédio, considerado o luxo mais competitivo. Apresenta uma qualidade que justifica o preço pedido pelo mesmo, são produtos voltados para as classes médias-altas.</p><p>3.  Preço médio/alto: relacionado com o luxo acessível, apresenta uma pequena margem de prestígio.</p><p>O preço deve estar em conexão com a qualidade, visto ser um mercado extremamente competitivo. Em síntese, qualquer produto de luxo está associado a um preço elevado, e percebe-se que o nível do preço é quem define a que categoria o mesmo pertence. Entende-se, portanto, que quem adiciona valor ao produto é o preço, se um produto de luxo não apresentar um preço elevado o cliente não o considera de luxo. Contudo, quando se fala da elite do luxo o preço não é um fator determinado para o consumidor, visto que para este público o valor percebido está associado com os elementos intangíveis e emocionais (Garcia, 2003).</p><p>4. Quem é o Consumidor de Luxo no Brasil?</p><p>De acordo com Diniz (2012) o Mercado e o Consumidor de luxo do Brasil são diferentes dos demais países, o brasileiro costuma comprar por impulso, e normalmente a sua compra é feita por cartão de crédito, na visão da consumidora ela não paga cinco mil reais em uma bolsa, ele paga dez vezes de quinhentos reais.</p><p>O consumidor de luxo no Brasil gosta de ser paparicado, e acaba criando um vinculo de amizade com o vendedor, eles adoram chegar à loja e serem recebidos com champanhe, sua música preferida e o vendedor conhece os seus gostos. Cada cidade tem sua particularidade, os cariocas são mais descontraídos e entram em trajes de banho em lojas para comprarem produtos de luxo.</p><p>Abaixo uma pesquisa da empresa COGNATIS GEOMARKTING para a revista exame em relação à idade que consomem produtos de Luxo:</p><p>IDADE</p><p> 5% têm até 29 anos</p><p> 16,7% têm de 30 a 39 anos</p><p> 62,9% têm de 40 a 65 anos</p><p> 15,5% têm acima de 65 anos</p><p>De acordo com a pesquisa os mais jovens</p><p>até 29 anos representam 5% dos consumidores de luxo, e a taxa que mais consome luxo são ente 40 e 64 anos.</p><p>2.6 EMBALAGENS DO MARKETING DE LUXO</p><p>0. O que é embalagem?</p><p>A embalagem é um recipiente ou material que envolve e armazena produtos por um determinado período, para proteger e garantir a vida útil, possibilitando a distribuição desse produto, também utilizada para embelezar produtos e chamar atenção dos consumidores.</p><p>A utilização da embalagem proporcionou oferecer os alimentos, e produtos de conveniência com segurança e informação para as pessoas, assim como novas formas de apresentar os produtos ou prepará-los. Cada empresa possui uma forma diferente de embalar seus produtos, deixando cada embalagem única.</p><p>Com a competição de mercado a embalagem se tornou item estratégico para atrair o consumidor, seja pela aparência, usabilidade (reaproveitamento) ou praticidade de utilização.</p><p>Considerando a importância que a embalagem possui e o quanto ela pode influenciar no consumo do produto, é relevante considerar os seguintes aspectos:</p><p>- Técnicos de produção e funcionalidade: proteção do produto garantindo a integridade durante o transporte;</p><p>- Regulatórios: seguir os padrões estabelecidos pela legislação e certificações exigidas;</p><p>- Estéticos: formato e composição das informações;</p><p>- Ambientais: que proporcione menor índice de poluição;</p><p>- Mercadológicos: que posicione o produto no mercado de forma estratégica e proporcione menor custo.</p><p>Considerando todos esses aspectos, a embalagem irá se somar ao produto para conquistar o consumidor. Como dito antes, cada empresa tem sua embalagem de uma forma única e estratégica para diferenciar seus produtos, assim ganhando mais credibilidade com seus consumidores e futuros clientes.</p><p>0. Processo de decisão de compra: influência da embalagem</p><p>Para conseguirmos entender a influência da embalagem nas etapas de decisão de compra, é necessário compreender cada uma dessas fases. Os conceitos apresentados pelos autores Mowen e Minor (Autores do livro Comportamento do Consumidor) abriram o caminho desses passos que guiam o consumidor para o ato de comprar. O primeiro momento desse modelo é o reconhecimento da necessidade, onde o indivíduo percebe que necessita de um determinado produto e há manifestação do desejo de compra. Kotler (1998, p.27) afirma que o reconhecimento da necessidade, coincidente com o início do processo de compra, ocorre quando o consumidor percebe a diferença entre seu estado atual e um estado desejado.</p><p>O segundo momento refere a busca de informações, onde o indivíduo pesquisa sobre o objetivo desejado, esse rastreio de dados pode ser feito por meio da internet, ou de experiências de terceiros ou até mesmo da própria pessoa. A avaliação das alternativas é o terceiro momento, onde se analisa as opções disponíveis no mercado daquele produto de desejo, avaliando o preço, qualidade e muitas vezes também a embalagem. A etapa seguinte, é constituída pelo ato de comprar em si, onde o consumidor adquiri o produto na loja física ou virtual. Seguindo da última etapa, a pós compra, sendo o período que define a satisfação do consumidor em relação a compra e o produto.</p><p>A embalagem, por vezes, é inferiorizada apenas como um meio de conservação dos produtos, porém ela tem suma importância nesse processo de decisão de compra. No período de avaliação de alternativas e na compra, seu design é primordial para que haja um destaque dentre os outros produtos. Assim como existe o elemento de atratividade pela aparência também há a confiabilidade transmitida por meio de uma embalagem bem estruturada que remete ao consumidor segurança ao comprar aquele produto.</p><p>No período pós-venda detectamos a reação do consumidor diante de uma embalagem planejada e diferenciada da maioria, sendo resultante, afixação da marca pela presente estética da embalagem. Diante de tantos pontos, não podemos negar que a embalagem correta é essencial para qualquer empresa que queira alavancar sua visibilidade e suas vendas.</p><p>1.3 A importância da embalagem no mercado de luxo</p><p>Há um conjunto composto pelo produto em si, pela embalagem (caixa, cartonagem) e o embrulho final (papel de presente, fita) que é de extrema importância para muitos produtos de luxo, principalmente se este for um presente. Como dito acima, a embalagem tem grande poder de influência na hora da compra, mesmo antes de ver o produto muitos levam em consideração a embalagem que o envolve, ou seja, produtos com uma embalagem mais trabalhada tendem a serem vendidos mais facilmente.</p><p>Mais do que apresentação e proteção do produto, a embalagem faz ainda parte da experiência da compra. A embalagem deve ser feita com matérias de altíssima qualidade e deve ser muito estudada (dimensão e forma, cores e qualidade de cartonagem, entre outros). Vale destacar que no luxo contemporâneo, as embalagens que utilizam elementos naturais, sustentáveis e até mesmo rústicos são muito mais valorizadas, desde que, claro, estejam coerentes com a política de marketing e comunicação da marca.</p><p>Como exemplo de embalagem de luxo impecável, podemos ver A Dior que é, atualmente, uma das grifes francesas de luxo mais poderosas do mundo. Podemos comentar sobre a embalagem para presente Dior icônica de cortesia, os produtos são lindamente organizados em uma embalagem de presente e embrulhados em papel de seda plissado, o arco de assinatura adiciona um toque final a esta experiência única. A opção de incluir uma mensagem pessoal acrescenta mais sentimento ao enviar um presente.</p><p>Por isso, é tão importante escolher a embalagem certa, ela completa essa experiência incrível de consumir um produto de qualidade e da mais viabilidade ao produto e a marca envolvida.</p><p>4. OS 4P'S DO MARKETING NO QUE DIZ RESPEITO AO MARKETING DE LUXO</p><p>Introduzido por Neil Borden em 1949 e aprimorada pelo professor Jerome McCarthy, os constituintes dos 4P's do marketing (produto, preço, praça e promoção), também denominado como marketing mix e composto mercadológico, são um conjunto de estratégias aplicadas e muito utilizadas por empresas e profissionais do marketing para alcançar objetivos planejados dentro de um mercado alvo estabelecido.</p><p>O planejamento dos 4Ps começa na formulação de uma oferta ao mercado para satisfazer as necessidades e desejos dos clientes-alvo. O cliente vai julgar a oferta de acordo com três fatores: características e qualidade do produto, mix, dos serviços e preço apropriado.</p><p>De acordo com CZINKOTA et al (2001, p. 31), o composto de marketing “refere-se a como o produto é percebido pelos clientes no mercado em relações aos concorrentes”, além de auxiliar a organização e ser desenvolvido justamente para apoiar uma estratégia de posicionamento do produto.</p><p>De acordo com Kotler e Keller (2006, p.366):</p><p>O planejamento do mix de marketing começa na formulação de uma oferta ao mercado para satisfazer as necessidades e desejos dos clientes-alvo. O cliente vai julgar a oferta de acordo com três fatores: características e qualidade do produto, mix e qualidade dos serviços e preço apropriado.</p><p>A seguir serão descritos sucintamente, cada um dos elementos do marketing mix.</p><p>4.1. Produto</p><p>Um produto com base em (KOTLER e KELLER, 2006), é tudo o que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo, e podem ser bens físicos, serviços, pessoas, eventos, organizações, informações, experiências, propriedades, lugares e bens.</p><p>Allérès (2006) argumenta que os produtos de luxo são de alta qualidade, distribuição seletiva, elegante e refinada, preços mais elevados e uma comunicação dirigida e específica.. Castarède (2005) segue a mesma linha e define o produto de luxo como tecnicamente perfeito, deve ter uma abordagem personalizada, ser esteticamente belo, ser raro nem usual nem comum e possuir aquele algo mais, ou seja, estilo, apresentação, apelo histórico, design e originalidade. “Sem produto mítico, de qualidade superior, raro, envolto em uma aura de mistério, não há marketing do luxo” (CASTARÈDE, 2005, p.98). D’Ângelo (2006) sintetiza as características</p><p>e atributos dos produtos de luxo como: de qualidade superior; caros; raros; belos e bem elaborados; ter marca famosa.</p><p>Segundo Dubois, Laurent e Czellar (2001) e Dubois e Paternault (1997) os produtos para serem de luxo são de excelente qualidade, durabilidade e refinamento, de alto preço, exclusivos, possuem status de bom gosto, apelo estético, história e tradição, possuem uma marca de notoriedade universal, intimista e de prestígio. “Um objeto de luxo encerra todos os qualificativos da perfeição, em todos os níveis de sua existência e de seu itinerário, até o consumidor” (ALLÉRÈS, 2006, p.109).</p><p>Os executivos de marketing das empresas de vestuário e acessórios de luxo no Brasil definem os seus produtos de luxo como os “que possuem uma marca forte, de exclusividade a poucos, produtos de design, qualidade excelente, tradição da marca, sofisticação, distribuição seletiva e alta desejabilidade” (PIANARO, 2007, p.116).</p><p>Essas visões podem ser agrupadas na definição das características dos produtos de luxo apresentadas por Allérès (2006). De acordo com a autora, os principais elementos dos produtos de luxo que são:</p><p>Perfeição – sua invenção depende da criação de um novo produto ou de uma nova tendência com a utilização de materiais nobres e raros, harmonia das cores, seleção das idéias mais originais e inovadoras e com as condições de realização e controle mais perfeccionistas.</p><p>Acondicionamento – a apresentação global do produto com a embalagem, o papel de presente, a fita e a sacola são de extrema importância e asseguram o refinamento e o extremo requinte dos produtos de luxo.</p><p>Preço – “Se é falso, às vezes, que um produto caro seja um produto de luxo, é sempre certo um produto de luxo ser um produto caro” (ALLÉRÈS, 2006, p.112).</p><p>Distribuição – a seletividade precisa estar de acordo com a imagem do produto e da marca e deve ser muito grande nos produtos da alta costura, ampla no prêt-à-porter e acessórios.</p><p>Comunicação – construção de uma história, criada em torno do passado da empresa ou da personalidade de seus criadores. A escolha dos meios de comunicação é fundamental, levando-se em conta a transmissão da notoriedade da marca, a clientes pretendidos, o conceito e a imagem do produto.</p><p>Quanto menor a acessibilidade ao produto, mais perfeito ele será, o acondicionamento será mais luxuoso, o preço será mais alto, a distribuição e a comunicação mais seletiva (ALLÉRÈS, 2006).</p><p>De acordo com Kirmani e Zeithaml (1993), os atributos de um produto têm sua qualidade avaliada pelo consumidor com base em uma gama de informações intrínsecas ao produto que dizem respeito às características físicas do produto em si como formato, estilo, cor, design e aroma, além de informações extrínsecas ou externas ao produto como preço, imagem da marca e país de origem (GUILHOTO, 2001). D’Angelo (2006) tem uma visão muito semelhante e afirma que os produtos de luxo são verdadeiramente melhores, com qualidade intrínseca e essência superiores como a melhor matéria-prima e acabamento, design diferenciado, maior conforto e durabilidade.</p><p>Segundo Kotler e Keller (2006) o sortimento de produtos de um varejista precisa atender às expectativas de consumo do seu mercado-alvo. As empresas de vestuário de produtos de luxo no Brasil trabalham com quatro coleções anuais, comercializam estações opostas que os países da parte Norte do globo, adaptam as peças ao clima e aos clientes (PIANARO, 2007) e a grade de tamanhos correspondem às medidas dos clientes brasileiros (SCHMID, 2003). Estas empresas também comercializam acessórios, os quais passam por um momento de crescimento nas vendas com produtos como cintos, gravatas, lenços, chaveiros, entre outras peças de preço mais acessível e consumo ocasional. De acordo com Dubois e Laurent (1995) os acessórios são adquiridos, em sua maior parte, por clientes que não possuem recursos para adquirir uma peça de maior valor, mas que desejam ter acesso ao luxo e a ao mundo elitizado.</p><p>Podem-se relacionar os produtos de luxo, principalmente os de vestuário e acessórios, com os ciclos de vida de estilo, moda e modismo do estudo de Wasson (1968). O estilo, que no caso de roupas pode ser diferenciado como formal, informal, descolado, fashion, entre outros, pode durar gerações e entrar e sair de moda várias vezes. O ciclo de moda passa pela distinção, emulação, massificação e declínio, sendo difícil prever a sua duração que depende das necessidades atendidas, tendências sociais, culturais e tecnológicas. Já o modismo é a moda que surge subitamente, o produto é lançado, chega logo ao pico com adeptos que desejam emoção e destaque, mas o seu declínio vem a seguir e é rápido, não sobrevivendo por muito tempo (WASSON, 1968). Segundo Carozzi (2005), os ciclos de vida dos produtos de vestuário de luxo são cada vez mais curtos e as empresas estão em sintonia com as tendências e expectativas do mercado para atender a demanda por novos modelos e criações.</p><p>Os autores Nueno e Quelch (1998) mencionam as três estratégias de produtos de luxo que são: (a) acessórios com preços mais baixos para atrair mais clientes; (b) ampliação da linha de produtos em uma estratégia de extensão de marca ou segunda marca; (c) lançamento de produtos para os mais jovens com o objetivo de ampliar o mercado e influenciar as pessoas desde cedo com a cultura do luxo.</p><p>4.2. Preço</p><p>O preço é o custo ou o valor que o cliente paga para adquirir um produto ou serviço em uma transação. De acordo com Kotler e Keller (2006) o preço é o único elemento do marketing mix que gera receita, informando ao mercado o posicionamento de valor pretendido pela empresa para seus produtos e sua marca.</p><p>O preço não deve ser considerado apenas como meio de auferir ganhos para o negócio, mesmo porque as empresas têm objetivos estratégicos que influenciam a precificação como, por exemplo, a entrada em novos mercados, ampliação de vendas, maior penetração em mercados já conquistados, momento do produto em seu ciclo de vida, diversificação dos canais de distribuição, modas e modismos, entre outros.</p><p>Pode-se destacar cinco práticas de determinação de preço que podem ser aplicadas pelos varejistas: (a) preço de markup que é formado a partir da adição de uma porcentagem que se deseja ganhar acima do custo fixo e variável dos produtos ou serviços, tendo a vantagem de ser muito simples e a desvantagem é que isto pode elevar os valores de venda a preços irreais em termos da geração de demanda e da competitividade do mercado (BUELL, 1984); (b) preço de valor percebido que é formado por uma proposta de valor que deve ser entregue pela empresa e percebida pelo cliente como vantajosa, não entrando os custos para a composição deste preço e ficando evidente que uma maior proposta de valor é alcançada com o envolvimento de outros elementos do marketing mix como a promoção, equipe comercial, os pontos-de-vendas, as garantias, além de atributos subjetivos como confiabilidade, valor da marca, raridade dos produtos, e exclusividade; (c) preço de retorno-alvo que é formado a partir da taxa de retorno sobre os investimentos (ROI) que a empresa espera atingir, determinando-se assim as quantidades de produtos que se precisa vender para atingir esta taxa; (d) preço de valor que é formado quando é cobrado um valor relativamente baixo para uma oferta de alta qualidade percebida e valorizada pelos clientes, carecendo de reestruturação na empresa para haver redução nos custos e maior produção e distribuição para atender a um aumento da demanda; (e) preços de mercado que são formados a partir da análise dos preços praticados pela concorrência.</p><p>A política de preços das empresas de produtos de luxo de vestuário e acessórios no Brasil é orientada pela matriz e comumente utiliza-se o mark-up (PIANARO, 2007).</p><p>Os produtos de luxo atingem preços mais elevados, pois exigem materiais mais nobres, fabricação em pequena quantidade, acondicionamento refinado, distribuição muito seletiva, atendimento personalizado e lojas muito bem estruturadas (ALLÉRÈS, 2006).</p><p>Segundo Castarède (2005) o diferencial de preço de um</p><p>produto de luxo pode ser justificado por componentes racionais e também emocionais. Para Roux (2005) os preços dos produtos de luxo apóiam-se no preço psicológico para o consumidor como raridade, distinção e escassez, sem falar dos valores simbólicos, afetivos e emocionais de diferenciação (CASTARÈDE, 2005; ROUX, 2005).</p><p>De acordo com Nueno e Quelch, (1998) os altos preços praticados pelas empresas do mercado do luxo são devidos a: qualidade, raridade e estilo único dos produtos, reputação global da marca, percepção do consumidor do estilo, design e distinção, distribuição seletiva, produção limitada, associação ao país de origem, a personalidade e os valores do seu criador e atenção aos riscos da moda.</p><p>Segundo Groth e Mcdaniel (1993) alguns produtos de luxo têm seus preços altos para fazer com que sejam mais desejados, ou mais aspirados pelos consumidores e consequentemente, aumentem seu volume de vendas.</p><p>4.3. Praça</p><p>A praça, definida também como canal de distribuição é o processo de entrega e difusão de produtos, desde onde são fabricados até o local onde são comprados pelo consumidor final. No entendimento de Cobra (1992, p. 44), a distribuição “[...]precisa levar o produto certo ao lugar certo através dos canais de distribuição adequados, com uma cobertura que não deixe faltar produto em nenhum mercado importante”.</p><p>As principais e tradicionais marcas de luxo são exportadoras, o que faz sua distribuição ser bem cuidadosa utilizando importadores, atacadistas especializados ou até administradores de shoppings de luxo para distribuir seus produtos em pontos de vendas fora de seus países de origem (CASTARÈDE, 2005).</p><p>Segundo Allérès (2006) o nível de seletividade do produto e da marca são os direcionadores da distribuição dos produtos de luxo, a qual pode ser muito seletiva, dependendo do mercado dirigido, seja ele sofisticado ou não. Os canais de distribuição, segundo Semenik e Bamossy (1995), podem ser classificados de duas formas distintas, o direto e o indireto. O direto é quando a empresa é a própria responsável pela entrega de seus produtos ao consumidor final, sem que haja intermediários envoltos no processo. Já na distribuição indireta, há um intermediário no processo, ou seja, a empresa repassa a este intermediário seu produto, a fim de chegar ao consumidor final.</p><p>4.4. Promoção</p><p>O composto de promoção ou comunicação de marketing tem o papel de informar, persuadir e lembrar o consumidor a adquirir determinado produto (CHURCHILL JR., PETER, 2000). A comunicação informa aos clientes sobre as lojas, as mercadorias e os serviços que a marca disponibiliza, além de criar repetições de negócios e fidelidade dos clientes (LEVY, WEITZ, 2000).</p><p>Para Castarède (2005) a divulgação das empresas de luxo acontece essencialmente pela marca. De acordo com Nueno e Quelch (1998) a divulgação de uma marca de luxo é realizada com coerência no mundo todo, explicitando as iniciativas, lançamentos ou qualquer outra ação que a empresa estrategicamente pretenda comunicar. Alléres (2006) é mais ampla e menciona que a coerência necessária entre notoriedade da marca, a imagem do produto, a clientela pretendida e a comunicação correta podem transmitir e realmente promover os produtos, as marcas e seus criadores.</p><p>No universo do luxo, veículos de mídia de massa não são utilizados, preferindo se revistas periódicas que focam em seu público (PIANARO, 2007). O endorsement é comumente realizado pelas empresas, associando-se a marca com personalidades emblemáticas (CASTARÈDE, 2005), somado ao uso de relações públicas com forte ação de assessoria de imprensa e eventos, para conquista de mídia espontânea (CASTARÈDE, 2005; PIANARO, 2007). Nueno e Quelch (1998) mencionam que os eventos especiais das marcas de luxo têm esforços de relações públicas cuidadosamente coordenados, VIPS e celebridades são convidados para gerar bons editorias em conceituados veículos de mídia do mercado.</p><p>Segundo Rocha (2007) o São Paulo Fashion Week 2007 foi um grande exemplo de endorsement, pois a maior parte do destaque dedicado pela mídia ao evento foram as celebridades e as personalidades que desfilavam, assistiam ou circulavam pelo evento e, consequentemente, de que marcas e quais os modelos das peças que estavam vestindo.</p><p>Apenas como orientação de investimentos, o prêt-à-porter da Ralph e Laurent e seus licenciados investiram em 2004 mais de U$ 180 milhões de dólares na promoção de sua marca e a Calvin Klein ultrapassou os U$ 60 milhões no mesmo ano (ROUX, 2005).</p><p>As liquidações das marcas de luxo de moda seguem o calendário brasileiro de saldos, o qual acontece normalmente em janeiro e julho de cada ano (PIANARO, 2007; SCHMID, 2003). Na ocasião, apenas algumas peças entram em liquidação (PIANARO, 2007), mesmo porque as grifes preservam seus produtos considerados tradicionais, os quais não são liquidados (SCHMID, 2003). Roux (2005) afirma que as liquidações podem diminuir a desejabilidade, a exclusividade e a atratividade por uma marca de luxo no longo prazo (ROUX, 2005). O calendário brasileiro é repleto de datas comemorativas como o dia das mães, dos namorados entre outros. As empresas de luxo de moda aproveitam estas ocasiões para divulgar seus produtos e promover suas marcas com os temas e apelos que melhor caracterizem estes momentos, principalmente com o intuito de atrair clientes e aumentar as vendas (SCHMID, 2003).</p><p>2.2.2 As ruas mais famosas</p><p>Em meio de tantas opções de lazer pelo Brasil, há ruas charmosas e que encantam por diferentes características. Algumas são cercadas por árvores, outras fazem parte de um valioso cenário histórico, e outras que fazem um papel importante para a rentabilidade do país, com suas lojas de grife, e culinárias para um paladar mais refinado.</p><p>Na América do Sul, o mercado varejista continua amadurecendo, embora os aluguéis continuam a apresentar volatilidade. No Brasil, o cenário econômico e político tem impactado no setor varejista, inclusive nas principais ruas. A frágil confiança do consumidor levou a uma maior volatilidade no setor varejista e a um clima de incerteza nas vendas, principalmente nas lojas físicas. Isso fez com que muitos varejistas pressionassem os seus proprietários para que eles revisassem os contratos, combinando a redução dos aluguéis mínimos com uma receita variável de acordo com as vendas do lojista.</p><p>Na liderança do ranking de bairros mais caros para se viver aparece o Leblon, no RJ com R$ 21.612,19 o metro quadrado, de acordo com a pesquisa da DataZAP+, braço de inteligência do ZAP, juntamente com o FipeZAP. Na segunda colocação entre os bairros mais caros aparece a Vila Nova Conceição, em São Paulo, com um metro quadrado de R$ 20.569,77.</p><p>Em relação as ruas mais caras do país O estudo também identificou que a Rua Oscar Freire tem sido relativamente imune à tendência de queda em seus preços por estar localizada em umas das regiões mais caras do Brasil. De fato, todas as principais ruas de luxo dos dois maiores polos comerciais do Brasil: Oscar Freire-SP, Haddock Lobo-SP, Alameda Lorena-SP, Visconde de Pirajá-RJ e Garcia D'Ávila-RJ - recentemente viram um nível sólido de atividade comercial, com uma ocupação variada de marcas internacionais de vestuário, calçados e alimentação. Com base uma pesquisa feita em 2019 “ruas de varejo mais caras da América Latina (fonte: Cushman & Wakefield)” a rua Oscar Freire Jardins está em 2° lugar com relação à rentabilidade de mercado, com 62,34%.</p><p>Rua Oscar Freire</p><p>Batizada em homenagem ao médico baiano Oscar Freire de Carvalho — que veio dar aulas em São Paulo a convite do doutor Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, em 1917 —, a rua, a partir da década de 1980, a rua tornou-se o primeiro endereço na cidade de diversas marcas importantes na história da moda e das artes brasileiras. Até então, a Rua Augusta concentrava a maior parte das lojas de luxo dos Jardins.</p><p>A rua é avaliada como um dos metros quadrados mais caros da América Latina, e reconhecida por ser um dos pontos de comércio mais elegantes e valorizados da cidade de São Paulo. Geralmente essas</p><p>lojas fazem um espaço conceito, ou seja, uma loja diferenciada das que elas têm em outros bairros e cidades. No ano de 2008, foi eleita pela pesquisa Excellence Mystery Shopping, a 8ª região mais luxuosa do mundo. Atingiu o seu auge entre 2004 e 2006. Ao todo, são 110 lojas associadas à Associação dos Lojistas dos Jardins (ALOJ).[4][5] Apesar de ser extensa (2600 metros), reúne, em poucos quarteirões, nas proximidades entre o cruzamento com a rua Augusta, algumas das grifes mais famosas e caras com atuação no país dentro ramo da moda e acessórios, como a Shoulder, Le Lis Blanc, Tommy Hilfiger, Forum, Osklen, Camper, H. Stern, Ellus, Animale, Canal, Rosa Chá, Spezzato, Track & Field, Montblanc, Pandora, entre outras.</p><p>A Oscar Freire e suas ruas adjacentes também abrigam diversos restaurantes e bares, entre eles o Fasano, Piselli, Antiquarius, Almanara, Chez Oscar, Italy, Serafina, P.J. Clarke´s e recentemente foi aberta uma franquia da hamburgueria Burger Joint, de Nova York, na qual o dono é o ator Bruno Gagliasso, e docerias, entre elas a Ici Brasserie, Gero, Rodeio, A Bela Sintra, as sorveterias Baccio di Latte e Ben & Jerrys, a doceiras Dulca, Kopenhagen, Cristallo e recentemente a Carlo's Bakery. As ruas também contam com obras de grafite do renomado artista Kobra. Além disso, a rua é considerada um lugar onde várias celebridades podem ser vistas normalmente fazendo compras pelas lojas luxuosas.</p><p>2.3 Reformas</p><p>Uma ampla reforma, parte do Programa de Intervenção em Ruas Comerciais, foi realizada em 2006, ao custo de aproximadamente 8,5 milhões de reais. As obras, de autoria dos arquitetos Héctor Vigliecca, Ronald Werner Fiedler e Luciene Quel, do escritório Vigliecca & Associados, contemplaram o enterramento de fios entre as ruas Melo Alves e Padre João Manoel, nivelamento das calçadas e padronização do mobiliário urbano, com o objetivo de transformá-la em uma região de comércio a céu aberto, assim como outros existentes ao redor do mundo. Cerca de metade do valor das obras é de origem de verbas municipais. A inauguração ocorreu em 10 de dezembro de 2006, tendo sido marcada pela interdição da passagem de veículos pela rua, experiência que se repetiu mais duas vezes, mas hoje é além de uma avenida de passeio também uma rua para o trânsito de veículos.</p><p>A reforma realizada naquele ano valorizou ainda mais a região, que se consolidou como o segundo ponto de aluguel mais caro, por metro quadrado, do país. No entanto, com a chegada de novos centros de luxo na capital, como os shopping centers JK Iguatemi e Cidade Jardim, diversas grifes internacionais como Christian Dior, Salvatore Ferragamo, Cartier, Louis Vuitton, entre outras, fecharam suas portas na região, concentrando-se nos novos centros de compras de luxo que surgiram, dispersando o foco central na rua e caminharam para os pontos de vendas mais específicos para o público-alvo dessas grifes.</p><p>Com esta migração, marcas brasileiras como Melissa, Riachuelo, Natura, Hope, Arezzo, Chilli Beans, Havaianas, dentre outras que nunca tiveram como foco a venda para a classe A, ganharam território neste espaço. Consideradas mais populares se comparadas às grifes que ocupavam anteriormente a Rua Oscar Freire, preencheram o espaço deixado pelas grandes marcas internacionais e instalaram-se na região com lojas-conceito, também conhecidas como flagship, que são lojas que introduzem um espaço diferenciado e conceitual, muitas vezes apresentando coleções inéditas, galerias de arte, vitrines e fachadas especiais para a Oscar Freire, que funciona como uma divulgação e mecanismos de posicionamento de mercado para essas empresas. Essas grifes costumam abrir filiais extensas para promover festas e criar relações com a imprensa. O sócio-diretor da consultoria BG&H Gouvêa de Souza, Marcos Hirai, analisa a abertura de filiais populares na Oscar Freire como um passo inicial para as grifes que pretendem se firmar no mundo da moda, conquistar reconhecimento. Ele diz que "A Oscar Freire é uma espécie de entrada para o clube de varejistas maduros. A maioria das operações não gera lucro, mas as empresas têm um ganho indireto na imagem. Funciona mais como marketing". Também cita como exemplo a loja Riachuelo, que abriu uma filial de 1.600 metros para promover festas e criar relações com a imprensa. Além disso, a rua foi recentemente revitalizada, introduzindo parklets, bicicletários, rede wi-fi e carregadores de celular a seus visitantes.</p><p>A Rua também conta com uma "Pracinha" nomeada com o próprio nome de sua localização, definida também como um pocket park. Inaugurada em 21 de maio de 2014, foi instalada em uma rampa de acesso a um estacionamento particular e foi transformada em espaço de lazer e descanso nesta rua de comércio luxuoso, propondo novas relações com os espaços abertos ao público. Além de poder receber eventos, workshops e food trucks, conta com uma parede de "lousa" em que pode ser escrita com giz e paredes de grafite que virou local para fotos. O espaço foi criado pelo Instituto Mobilidade Verde em parceria com a incorporadora Reud. A ideia é inspirar e incentivar as pessoas a levarem seu trabalho ao ar livre, dentro deste conceito, estão convidados empresas e funcionários em geral, para passarem meio período trabalhando ao ar livre em mesas coletivas no meio urbano. A Pracinha Oscar Freire tinha como projeto funcionar por um ano, mas está ativa até os dias atuais.</p><p>Uma das Maiores marcas de Luxo: DIOR</p><p>Cristão Dior nasceu em 1905 em Granville, uma pequena cidade na costa da Normandia, na França. Sua família era muito rica, graças à sua bem-sucedida empresa de fertilizantes. O Dior família mudou-se para Paris em 1910, onde Christian cresceu. Quando menino, ele sempre foi apaixonado por arte e, na verdade, queria se tornar um arquiteto. Mas seus pais valorizavam uma boa educação e, portanto, sob um pouco de pressão, Christian começou sua graduação em ciência política. A paixão pela arte nunca desapareceu e, após se formar em 1928, Christian abriu uma pequena galeria de arte com a ajuda financeira de seu pai. em sua família industrial, Dior foi primeiro galerista, mas teve que largar a função quando ele e sua família empobreceram depois da crise financeira iniciada pela quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Para sobreviver, ele começou a fazer ilustrações de moda para grifes e publicações.</p><p>Quando a guerra terminou, a França estava em ruínas, no entanto, isso também significava que havia oportunidades para novos negócios (de moda). Um amigo de infância de Christian, chamado Marcel Boussac, era o proprietário da empresa de roupas "Phillippe et Gaston". Os negócios não estavam indo muito bem após a guerra e Marcel pediu a Christian para ajudá-lo com novos projetos. É aqui que Christian Dior finalmente teve a chance de lançar sua primeira coleção. Quem o ajudou a alçar voo sozinho foi um dos homens mais poderosos da França na época, o magnata dos tecidos Marcel Boussac, que financiou a primeira maison CD, aberta em 1946. Tudo aconteceu em velocidade acelerada: eles se conheceram em julho, as negociações começaram em outubro e a loja foi inaugurada em dezembro, em uma mansão refinada de Paris.</p><p>"La Ligne Corolie” É o nome de cristão Dior à primeira coleção, lançada em 1947. E mesmo sendo essa a coleção que o tornou mundialmente famoso, poucas pessoas a conhecem por esse nome. Por causa da edição americana da revista “Harper's Bazaar”, é mundialmente conhecida como “New Look”. O New Look foi um grande sucesso, mudou o cenário da moda pós-Segunda Guerra Mundial e consistia na mais fina alfaiataria combinada com tecidos luxuosos. Características como ombros arredondados, cintura marcada e saia cheia de corte A foram claramente revolucionárias nos anos 40.</p><p>“É uma revolução e tanto, querido cristão! Seus vestidos têm um visual tão novo! - Carmel Snow, ex-editor-chefe da edição americana de "Harper's Bazaar", (12 de fevereiro de 1947).</p><p>Mudanças</p><p>Em 1957, com a morte do fundador, assume a Maison Dior seu assistente, o jovem Yves Saint-Laurent, que logo causou polêmicas</p><p>com a criação de peças consideradas contrárias a tradição da marca. Em 1960, Yves é convocado para servir a guerra da Argelia e, em 1962 abre sua própria casa. Assume seu lugar na Dior o renomado estilista Marc Bohan. Em seguida a ele, o italiano Gianfranco Ferre. Mas nenhum deles conseguiu perpetuar com a mesma intensidade o brilho da mais reverenciada marca de moda, a Dior, que se tornou uma “bela adormecida”.</p><p>A aquisição da marca feita pelo Grupo LVMH</p><p>Bernard Arnault adquire sua primeira marca de luxo na área da moda, a Dior, reforçando o Grupo LVMH que está entre os líderes do mercado mundial do luxo. É a 7ª maior fortuna do mundo e a 1ª maior fortuna da França. Engloba inúmeras empresas e marcas como Louis Vuitton, Moet&Chandon e Hennessy (dai a sigla LVMH), além de Christian Dior, entre outras.</p><p>Em 1995, escolhido por Bernard Arnault, Jonh Galliano foi o primeiro britânico a assumir o controle criativo de uma Maison francesa, a Givenchy. Dois anos depois, Bernard pediu que ele levasse sua excentricidade para a Christian Dior, que se encontrava em decadência.</p><p>Também no ano de 1995, foi criada a icônica bolsa “Lady Dior”tendo como característica principal o “cannage”, desenho da cana-da-índia, das cadeiras de palhinha, com letras DIOR soltas na alça. Foi um sucesso imediato, o nome em homenagem a princesa Diane, embaixadora mundial da marca e amiga pessoal de Bernand Arnault, presidente e principal executivo do grupo LVMH.</p><p>A linha de bolsas é a campeã da marca até os dias de hoje, e é seguida por outros modelos famosos como a relançada recentemente “Saddle”e a “Street Chic”.</p><p>A marca atualmente</p><p>Por pouco mais de meio ano, Dior trabalhou sem diretor de criação, até a designer italiana Maria Grazia Chiuri ser nomeada em julho de 2016. Maria Grazia Chiuri iniciou sua carreira na Fendi, e anteriormente também trabalhou na Valentino. Ela é conhecida por seus belos desenhos bordados, e seus vestidos costumam ser vistos no tapete vermelho de Hollywood. No curto espaço de tempo em que Maria foi diretora criativa da Dior, ela já causou um grande impacto na casa da moda, e não apenas na moda.</p><p>Maria também usa a passarela como plataforma para defender o empoderamento das mulheres e o feminismo. Sua visão é projetar moda moderna compatível com o estilo de vida da mulher moderna. Ela vê que toda mulher é única e quer criar sua moda em torno dessa ideia. Ela se opõe à imagem da moda ser apenas para mulheres com corpos super finos, e espera criar moda que seja vestível para todas as mulheres, independentemente do tamanho dela.</p><p>A Casa da Costura Cristã Dior ainda é um dos líderes mais importantes do mundo da moda. Mesmo com seus diferentes diretores criativos ao longo dos anos, uma coisa permanece a mesma. Dior nos surpreenderá com seus designs, mas permanecerá delicado, sofisticado e intrigante, sempre nos mantendo à beira de nossos assentos.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p>

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