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<p>Envelhecimento</p><p>Introdução</p><p>• Envelhecer pressupõe alterações físicas,</p><p>psicológicas e sociais no indivíduo. Tais</p><p>alterações são naturais e gradativas.</p><p>• É importante salientar que essas transformações</p><p>são gerais, podendo se verificar em idade mais</p><p>precoce ou mais avançada e em maior ou menor</p><p>grau, de acordo com as características genéticas</p><p>de cada indivíduo e, principalmente, com o</p><p>modo de vida de cada um.</p><p>•</p><p>• A alimentação adequada,</p><p>• a prática de exercícios físicos,</p><p>• a exposição moderada ao sol,</p><p>• a estimulação mental,</p><p>• o controle do estresse,</p><p>• o apoio psicológico,</p><p>• a atitude positiva perante a vida e o</p><p>envelhecimento</p><p>ASPECTOS</p><p>FÍSICOS</p><p>• Hoje em dia, com o avanço</p><p>farmacológico, a melhoria nas</p><p>condições de vida e a maior</p><p>preocupação com a prevenção de</p><p>doenças com boa alimentação,</p><p>exercícios físicos, como</p><p>caminhadas e outras atividades, o</p><p>envelhecimento está acontecendo</p><p>em idade mais avançada.</p><p>ASPECTOS</p><p>SOCIAIS</p><p>• À medida que as pessoas vivem mais, a</p><p>tecnologia avança a passos largos, os meios</p><p>de comunicação bombardeiam com fatos e</p><p>dados, as mudanças acontecem muito</p><p>rapidamente, as distâncias aumentam a</p><p>cada dia, a vida é cada vez mais agitada, o</p><p>tempo cada vez menor e as condições</p><p>econômicas são mais difíceis, nossa</p><p>sociedade passa por grandes modificações.</p><p>• Isso tudo exige a introdução de novos</p><p>conceitos e maneiras diferentes de viver e</p><p>uma grande flexibilidade e capacidade de</p><p>adaptação, que o idoso nem sempre tem, o</p><p>que o leva a ter mais problemas.</p><p>O aumento do número de idosos no Brasil, até há pouco</p><p>considerado um país de jovens, começa a dar lugar a uma</p><p>realidade diferente e traz a consciência de que a velhice</p><p>existe e é uma questão social que pede uma atenção muito</p><p>grande.</p><p>O envelhecimento social da população traz uma modificação</p><p>no status do idoso e no relacionamento dele com outras</p><p>pessoas em função de:</p><p>Crise de identidade, provocada pela falta de papel social, o</p><p>que levará o idoso a uma perda de sua auto-estima.</p><p>Mudanças de papéis na família, no trabalho e na sociedade.</p><p>Com o aumento de seu tempo de vida, ele deverá se adequar</p><p>a novos papéis.</p><p>Aposentadoria, já que, hoje, ao aposentar-se, ainda</p><p>restam à maioria das pessoas muitos anos de vida;</p><p>portanto, elas devem estar preparadas para não</p><p>acabarem isoladas, deprimidas e sem rumo.</p><p>Perdas diversas, que vão da condição econômica ao</p><p>poder de decisão, à perda de parentes e amigos, da</p><p>independência e da autonomia.</p><p>Diminuição dos contatos sociais, que se tornam</p><p>reduzidos em função de suas possibilidades, distâncias,</p><p>vida agitada, falta de tempo, circunstâncias financeiras e</p><p>a realidade da violência nas ruas.</p><p>ASPECTOS</p><p>PSICOLÓGICOS</p><p>• Além das alterações no corpo, o envelhecimento</p><p>traz ao ser humano uma série de mudanças</p><p>psicológicas, que pode resultar em:</p><p>• dificuldade de se adaptar a novos papéis;</p><p>• falta de motivação e dificuldade de planejar o</p><p>futuro;</p><p>• necessidade de trabalhar as perdas orgânicas,</p><p>afetivas e sociais;</p><p>• dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas, que</p><p>têm reflexos dramáticos nos idosos;</p><p>• alterações psíquicas que exigem tratamento;</p><p>• depressão, hipocondria, somatização, paranóia,</p><p>suicídios;</p><p>• Baixo nível de autoimagem e autoestima</p><p>ASPECTOS PSICOLÓGICOS</p><p>Segundo estudos internacionais, 15% dos</p><p>idosos necessitam de atendimento em</p><p>saúde mental e 2% das pessoas com mais</p><p>de 65 anos apresentam quadros de</p><p>depressão, que, muitas vezes, não são</p><p>percebidos pelos familiares e cuidadores,</p><p>sendo encarados como características</p><p>naturais do envelhecimento.</p><p>As pessoas mais saudáveis e otimistas</p><p>têm mais condições de se adaptarem às</p><p>transformações trazidas pelo</p><p>envelhecimento. Elas estão mais</p><p>propensas a verem a velhice como um</p><p>tempo de experiência acumulada, de</p><p>maturidade, de liberdade para assumir</p><p>novas ocupações e até mesmo de</p><p>liberação de certas responsabilidades.</p><p>Envelhecer</p><p>A aposentadoria pode ser vivida como uma perda de muito</p><p>significado, pois o trabalho é uma das principais áreas da vida,</p><p>e a maioria das pessoas investe nessa atividade grande parte</p><p>de sua energia, de seu tempo e de seu afeto.</p><p>Para muitos idosos, o efeito cumula[vo de repe[das perdas,</p><p>que impede a elaboração do luto e sua resolução, é um fato</p><p>devastador.</p><p>Outra caracterís[ca dessa faixa etária é que, ao contrario das</p><p>etapas evolutivas precedentes, cujas perdas principais se</p><p>referem a objetos externos, na velhice, elas tendem a</p><p>centrar-se no próprio indivíduo.</p><p>Rede Social</p><p>• Alguns estudos confirmam que os cônjuges e os familiares mais próximos</p><p>fornecem o principal apoio em tempos de crise e que particularmente as</p><p>filhas são mais efetivas do que os vizinhos em proporcionar auxílio a longo</p><p>prazo.</p><p>• A existência de um confidente pode ser essencial para uma adaptação</p><p>efetiva em pessoas com 85 anos ou mais. Contudo os confidentes são com</p><p>frequência companheiros da mesma idade, quanto mais idosos, maior o</p><p>risco de perdê-los, por morte ou incapacitação.</p><p>• A velhice é vivida de forma diferente por homens e mulheres, cabendo levar</p><p>em conta fatores culturais, emocionais e socioeconômicos para explicar tais</p><p>diferenças.</p><p>Erikson</p><p>Integridade do ego</p><p>•Avaliar</p><p>•Recapitular</p><p>•Aceitar suas vidas</p><p>para aceitarem a</p><p>morte</p><p>•Aquisição de</p><p>sabedoria: nem tudo</p><p>é perfeito</p><p>Desespero</p><p>• Incapacidade de viver a vida</p><p>de maneira diferente</p><p>•Certo desespero é</p><p>inevitável, é preciso se</p><p>lamentar, mas mesmo assim</p><p>é preciso manter um</p><p>envolvimento vital na</p><p>sociedade</p><p>SEXUALIDADE</p><p>DO IDOSO</p><p>Sexualidade x Velhice</p><p>• Assunto que gera incômodo</p><p>• remete a vivências pessoais e</p><p>extremamente íntimas</p><p>• Desagradável falar disso na velhice</p><p>• tema polêmico, cheio de preconceitos por</p><p>parte dos jovens, dos idosos e dos</p><p>profissionais</p><p>• Alterações hormonais ao longo da vida da</p><p>mulher</p><p>• 45 anos: climatério ( ≠ menopausa)</p><p>• involução de alguns hormônios</p><p>• alterações perceptíveis - cabelo, pele, ondas</p><p>de calor, secura vaginal</p><p>Sexualidade x</p><p>Velhice</p><p>• Homens</p><p>• relacionado à libido</p><p>• Testosterona</p><p>• por alguma doença</p><p>• Impotência</p><p>• homem pensa que está acabado</p><p>• ciclo de ansiedade</p><p>• falha inevitável</p><p>• Dificuldade de enfrentar possíveis falhas</p><p>com maturidade</p><p>• questões culturais</p><p>• desenvolvimento do fantasma da</p><p>impotência</p><p>Sexualidade x Velhice</p><p>• MITOS E PRECONCEITOS</p><p>• Sexo é coisa pra jovem</p><p>• Velhice assexuada</p><p>• Homem - tarado</p><p>• Mulher - assanhada</p><p>• Sensualidade no jovem x Libertinagem</p><p>no idoso</p><p>• Mulher tem menos necessidade do que</p><p>o homem</p><p>• Menopausa assinala o “fim da vida</p><p>sexual”</p><p>• A penetração é o único método de</p><p>relação sexual</p><p>• Relação com a improdutividade</p><p>Envelhecimento e Cognição</p><p>“O envelhecimento, assim como as demais etapas da vida é</p><p>um processo de transformação do organismo que se reflete</p><p>nas suas estruturas físicas, nas manifestações da cognição,</p><p>bem como na percepção subjetiva dessas transformações”</p><p>(Parente, 2006 p.17)</p><p>Senescência: envelhecimento natural (conviver com</p><p>as limitações impostas pelo envelhecimento e</p><p>manter-se ativo). ativo).</p><p>Senilidade: envelhecimento anormal ou patológico</p><p>(incapacidade progressiva para a vida saudável e</p><p>ativa).</p><p>Tipos de Envelhecimento</p><p>Normal</p><p>• mudanças típicas do envelhecimento humano;</p><p>• não causa prejuízos significativos às atividades de vida diárias;</p><p>• baixo comprometimento à aspectos funcionais físicos. psicológicos</p><p>e sociais</p><p>Patológico</p><p>• impedimentos à funcionalidade;</p><p>• vulnerabilidade e comprometimento da capacidade de adaptação;</p><p>• perda da independência e da autonomia.</p><p>Bem-sucedido</p><p>• ausência de fatores de risco (doenças crônicas, incapacidades funcionais);</p><p>• manutenção do funcionamento físico e mental;</p><p>• engajamento na vida ativa.</p><p>Diminuição de peso e volume cerebral</p><p>Diminuição da quantidade ou concentração da dopamina</p><p>(importante para regular a atenção)</p><p>Menos conexões neuronais</p><p>Diminuição do tempo de resposta e da velocidade de</p><p>processamento</p><p>Diminuição da bainha de mielina – diminuição do transporte dos</p><p>impulsos neuronais de forma rápida</p><p>O envelhecimento...</p><p>O envelhecimento...</p><p>• Perda de eficiência no processamento da informação e nas habilidades</p><p>cognitivas</p><p>• Shifting atencional</p><p>• Melhores quanto a tarefas que exigem um repertório de conhecimentos e</p><p>hábitos arraigados</p><p>Memória episódica: muitos eventos similares; pouca atenção a detalhes e sim ao contexto</p><p>Tendência ao armazenamento de memórias positivas</p><p>Armazenamento: lobos frontais (concentração, atenção) e hipocampo</p><p>Diário de memórias: tendência a ocorrer falhas em dias estressantes e envolvendo outras pessoas</p><p>Declínio Cognitivo</p><p>Social</p><p>Psíquicos</p><p>Biológico</p><p>Depressão</p><p>no Idoso</p><p>Cerca de 30% da população idosa</p><p>apresenta algum tipo de transtorno</p><p>mental.</p><p>Depressão e demências são os</p><p>problemas mentais mais prevalentes.</p><p>Impacto no cuidador.</p><p>Apenas 20% dos idosos que procuram o</p><p>sistema de atendimento primário são</p><p>devidamente diagnosticados e tratados.</p><p>Depressão no Idoso</p><p>Importante investigação</p><p>ativa</p><p>Cuidar com</p><p>apresentação diferente –</p><p>queixas somáticas</p><p>Elevada freqüência de</p><p>sintomas somáticos</p><p>pode confundir ou</p><p>sobrepor a doenças</p><p>preexistentes</p><p>Falta de reconhecimento</p><p>dos sintomas</p><p>depressivos pelo próprio</p><p>paciente, atribuindo</p><p>apenas a doença clínicas</p><p>Depressão no Idoso</p><p>Preconceito “velho só</p><p>reclama, coisa de</p><p>fraco”</p><p>Algumas substâncias</p><p>podem desencadear</p><p>sintomas depressivos</p><p>- polifarmácia</p><p>Doenças Comuns no Envelhecimento</p><p>Projeções revelam que 77% das</p><p>mortes nos países em</p><p>desenvolvimento ocorrerão por</p><p>doenças não-transmissíveis</p><p>(derrame, enfarto, diversos</p><p>tipos de câncer, diabetes e</p><p>hipertensão).</p><p>As doenças comuns do</p><p>envelhecimento estão</p><p>relacionadas às condições de</p><p>vida - tais como alimentação e</p><p>estilo de vida.</p><p>Doenças</p><p>Comuns no</p><p>Envelhecimento</p><p>• Cardiovasculares (hipertensão),</p><p>respiratórias (asma, bronquite e</p><p>enfisema), músculo-esqueléticas</p><p>(artrite), neurológicas (alzheimer),</p><p>depressivas, metabólicas</p><p>(diabetes), sensoriais (desordens</p><p>visuais e auditivas) e incontinência</p><p>urinária (perda de controle</p><p>temporária ou não da retenção da</p><p>urina).</p><p>SER IDOSO NÃO SIGNIFICA:</p><p>- Perder a autonomia</p><p>- Perder a aptidão física</p><p>- Perder os valores, personalidade e perspectivas</p><p>- Perder a sexualidade, a paixão e o sentimento amoroso</p><p>- Perder a possibilidade de contribuir socialmente</p><p>- Perder o espírito desbravador e pioneiro</p><p>SER IDOSO SIGNIFICA:</p><p>- Gerenciar possíveis limitações morfo-fisiológicas com</p><p>inteligência e prevenção</p><p>- Acumular e utilizar a experiência/sabedoria adquirida</p><p>- Viver todos os estágios do desenvolvimento humano</p><p>27</p>