Prévia do material em texto
<p>SAÚDE DO</p><p>TRABALHADOR</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>> Conceituar higiene ocupacional.</p><p>> Identificar os agentes de risco nos ambientes de trabalho.</p><p>> Descrever a atuação do enfermeiro nos programas de higiene ocupacional.</p><p>Introdução</p><p>Nos últimos anos, um grande esforço vem sendo feito para formular melhores</p><p>condições de trabalho, considerando o respeito pela dignidade humana e pela</p><p>proteção da vida do trabalhador. A ciência e a tecnologia gradativamente vêm</p><p>desvendando o modo de entender a vida, não apenas em sua concepção e</p><p>prolongamento, mas também nos hábitos, na cultura, no comportamento do</p><p>ser humano e nos meios reais e virtuais disponíveis. Esses meios se alteram e</p><p>inovam em ritmo acelerado e contínuo, a fim de propor ações que considerem</p><p>as condições de trabalho e a valorização do trabalhador.</p><p>Nesse sentido, entendemos que viver bem é ter acesso a oportunidades</p><p>que ofereçam segurança e conforto. Obter isso no ambiente de trabalho é</p><p>imprescindível, mesmo que haja exposição a riscos. Para tanto, é necessário</p><p>conhecer o ambiente onde será desenvolvido o labor e os possíveis riscos e,</p><p>a partir disso, buscar medidas preventivas ancoradas em normatizações que</p><p>garantam, por meio de legislações específicas, os direitos do trabalhador à</p><p>saúde no local de trabalho e, consequentemente, na vida.</p><p>Neste capítulo, você vai estudar a higiene ocupacional, que busca prevenir</p><p>doenças relacionadas ao trabalho. Além disso, vai identificar os agentes de</p><p>risco no ambiente de trabalho. Por fim, vai ver como o enfermeiro atua nos</p><p>programas de higiene ocupacional.</p><p>Higiene ocupacional</p><p>Valdenice Silva Rocha Vieira</p><p>Conceito de higiene ocupacional</p><p>Durante o processo do trabalho, o homem está imerso em ambientes específi-</p><p>cos à sua área de atuação. Naturalmente, essa imersão resulta em exposições.</p><p>Diante disso, torna-se necessário conhecer esse ambiente onde trabalhador</p><p>está exposto para identificar e avaliar os riscos e, a partir disso, buscar a</p><p>prevenção. As ações de prevenção são conhecidas como higiene ocupacional.</p><p>A higiene ocupacional, também chamada de higiene industrial ou higiene</p><p>do trabalho, tem caráter prevencionista, mas é importante observarmos que</p><p>o conceito da higiene ocupacional não aborda apenas a área de concentração</p><p>do labor. Esse conceito atua de forma multiprofissional e multidisciplinar,</p><p>retratando também a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável.</p><p>Segundo Santos et al. (2004, p. 17), “o reconhecimento da existência de</p><p>uma relação causal entre os fatores de risco e a doença foi a chave no desen-</p><p>volvimento da prática da higiene ocupacional”. A sociedade vem solicitando</p><p>de forma concreta melhores condições de trabalho e a garantia da solução</p><p>cooperativa de problemas e conflitos. Dessa forma, “apenas o reconhecimento</p><p>dos fatores de risco sem a intervenção e o controle dos mesmos, isto é, sem</p><p>a prevenção da doença, não pode ser qualificado como higiene ocupacional”</p><p>(SANTOS, et al., 2004, p. 18).</p><p>Segundo a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO, 2021,</p><p>documento on-line), “higiene ocupacional é a ciência e arte dedicada ao estudo</p><p>e ao gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos</p><p>e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação</p><p>e controle das condições e locais de trabalho”. Ter esse entendimento dos</p><p>agentes causais nos prepara para propostas concretas e factíveis no processo</p><p>de proteção da saúde do trabalhador.</p><p>Enquanto ciência, a higiene ocupacional é baseada em fatos comprováveis</p><p>e analisáveis por métodos científicos. Ela é um ponto fundamental para co-</p><p>nhecer, avaliar, prevenir e controlar fatores, tensões, riscos provenientes do</p><p>trabalho, desconfortos e agravos ao trabalhador, o que reverbera na família</p><p>e na sociedade.</p><p>Conhecer o ambiente do trabalho é fundamental. A partir desse conheci-</p><p>mento, os profissionais responsáveis e habilitados nessa área vão planejar</p><p>ações. Para o planejamento das ações, deve ser feita a avaliação, o monito-</p><p>ramento e o controle dos riscos ocupacionais.</p><p>Higiene ocupacional2</p><p>As Normas de Higiene Ocupacional (NHO) orientam medidas preventivas</p><p>contra os agravos. Segundo o Fundacentro (2021, documento on-line):</p><p>Os conteúdos são baseados em referências normativas de abrangência internacional</p><p>e na aplicação prática dos métodos e se destinam, principalmente, aos profissionais</p><p>que atuam na caracterização, avaliação, controle e gestão dos aspectos envolvidos</p><p>com o gerenciamento dos riscos e perigos ocupacionais, além de todos os atores</p><p>sociais e estudantes envolvidos nas questões relacionadas à segurança e saúde</p><p>ocupacional, de modo geral.</p><p>A higiene ocupacional tem como objetivo prevenir riscos e doenças ocu-</p><p>pacionais. Isso é feito em quatro etapas; veja a seguir.</p><p>1. Antecipação: nessa etapa acontece uma previsão, ou seja, deve-se</p><p>antever situações a partir de normas, instruções e procedimentos,</p><p>a fim de impedir que o risco ocorra.</p><p>2. Reconhecimento: essa etapa requer o conhecimento dos processos de</p><p>trabalho. Ela analisa as diferentes operações e processos, identificando</p><p>a presença de agentes físicos, químicos, biológicos e/ou ergonômicos</p><p>que possam prejudicar a saúde do trabalhador, estimando o grau de</p><p>risco.</p><p>3. Avaliação: é uma etapa realizada por meio de um sistema de medição</p><p>respaldado pela NR 15, que define os limites de tolerância a exposições</p><p>para agentes físicos, químicos e biológicos (BRASIL, [2019a]). Além disso,</p><p>essa etapa estabelece como e quando quantificar a contaminação do</p><p>ambiente para, a partir disso, avaliar os riscos.</p><p>4. Controle: essa etapa consiste na adoção de medidas relativas a riscos</p><p>ao ambiente e ao homem, obtidas a partir das etapas anteriores.</p><p>Essas medidas de prevenção e intervenção vão minimizar as ações</p><p>dos possíveis riscos.</p><p>Como exemplo, pense em uma trabalhadora que está em uma área com</p><p>pouca iluminação, tendo apenas a claridade da tela do computador. Essa</p><p>situação tem uma eminência de riscos de trabalho. Considerando esse exem-</p><p>plo, conforme a NHO nº 11 (FUNDACENTRO, 2021), deve-se verificar a existência</p><p>de lâmpadas queimadas e se o sistema de iluminação tem alguma sujidade</p><p>capaz de interferir na claridade necessária. Além disso, é importante verificar</p><p>se os níveis de iluminação atendem aos requisitos mínimos previstos na norma.</p><p>Higiene ocupacional 3</p><p>Ainda considerando o exemplo da trabalhadora, a NHO nº 9 (FUNDACENTRO,</p><p>2021) recomendaria: substituição de lâmpadas queimadas ou defeituosas;</p><p>limpeza de luminárias e lâmpadas; mudanças na decoração do local, com</p><p>uso de cores mais claras; remoção de objetos que bloqueiem a iluminação e</p><p>redução do espaçamento das luminárias. Também é recomendado o uso de</p><p>lâmpadas de maior fluxo luminoso, um fornecimento de iluminação suple-</p><p>mentar e/ou a mudança da tarefa para outro local.</p><p>O objetivo da Lei de Segurança e Saúde Ocupacional de 1970 é:</p><p>Garantir condições de trabalho seguras e saudáveis para os trabalhadores (homens</p><p>e mulheres); autorizando a aplicação das normas desenvolvidas nos termos da</p><p>lei; ajudando e incentivando os Estados em seus esforços para garantir condições</p><p>de trabalho seguras e saudáveis fornecendo pesquisa, informação, educação e</p><p>treinamento no campo da segurança e saúde no trabalho (UNITED STATES, 2020, p. 1).</p><p>A Lei de Segurança e Saúde Ocupacional exige que os empregadores cumpram</p><p>os padrões e regulamentos de saúde e segurança promulgados pela Adminis-</p><p>tração de Saúde e Segurança Ocupacional (Osha, do inglês Occupational Safety</p><p>and Health Administration) ou por um estado com um plano estadual aprovado</p><p>pela OSHA (UNITED STATES, 2020).</p><p>Agentes de risco nos ambientes de trabalho</p><p>Entender o que são riscos é essencial para minimizar as não conformidades</p><p>e garantir os acertos ao realizar a identificação nos ambientes laborais. Esse</p><p>entendimento contribui para fazer a gestão dos riscos, além de promover</p><p>precocidade para minimizá-los.</p><p>Segundo Gondim (2007, p. 90):</p><p>[...] sistematizando os muitos sentidos</p><p>do risco, na tentativa de compreender sua</p><p>percepção na atualidade, é fundamental distinguir uma ameaça à saúde (health</p><p>hazard) de um risco à saúde (health risk). Uma ‘ameaça’ pode ser um objeto ou</p><p>um conjunto de situações que podem potencialmente trazer dano à saúde de</p><p>uma pessoa. Um ‘risco’ é uma probabilidade de que uma pessoa sofrerá um dano</p><p>devido a uma ameaça em particular.</p><p>Higiene ocupacional4</p><p>Como exemplo do que Gondim (2007) afirma, pense no trabalho noturno,</p><p>considerado potencialmente uma ameaça à saúde, em razão da ruptura</p><p>do ritmo circadiano. Entretanto, ele passa a ser um risco se as empresas</p><p>não mitigarem os problemas associados ao trabalho noturno, como o risco</p><p>cardiovascular em razão de uma alimentação inadequada.</p><p>Os riscos podem ser classificados em ambientais, ergonômicos e de</p><p>acidentes. A NR nº 9 (BRASIL, [2019b], p. 1) “estabelece a obrigatoriedade</p><p>da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e</p><p>instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa</p><p>de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)”. Os riscos ambientais descritos</p><p>na norma podem causar danos e agravos para a saúde, dependendo de sua</p><p>natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição no período de</p><p>desenvolvimento das atividades do trabalho. A seguir, veja como os riscos</p><p>ambientais são classificados (BRASIL, [2019b]).</p><p>� Agentes físicos: são as diversas formas de energia a que os traba-</p><p>lhadores possam estar expostos, como ruído, vibrações, pressões</p><p>anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações</p><p>não ionizantes, infrassom e ultrassom.</p><p>� Agentes químicos: são substâncias, compostos ou produtos capazes</p><p>de penetrar no organismo pela via respiratória, em forma de poeiras,</p><p>fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, pela pele ou por ingestão,</p><p>dependendo da natureza da atividade de exposição.</p><p>� Agentes biológicos: são bactérias, fungos, bacilos, parasitas, pro-</p><p>tozoários, vírus, entre outros, que podem contaminar os ambientes</p><p>ocupacionais, sendo responsáveis pelo desenvolvimento de doenças.</p><p>A NR nº 17 (BRASIL, [2018], documento on-line) tem como objetivo “esta-</p><p>belecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às</p><p>características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar</p><p>um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”. São considerados</p><p>riscos ergonômicos os relacionados ao levantamento de peso, ao transporte</p><p>e à descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições</p><p>ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.</p><p>Higiene ocupacional 5</p><p>Os riscos de acidentes:</p><p>[...] são muito diversificados e estão presentes no ambiente físico inadequado, pisos</p><p>pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de especificação,</p><p>utilização de máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou</p><p>defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituo-</p><p>sas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais</p><p>peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência</p><p>de acidentes (SAÚDE e segurança no trabalho, 2016, documento on-line).</p><p>São fatores que colocam o trabalhador em situação vulnerável que possa</p><p>afetar sua integridade e seu bem-estar físico e psíquico (DIAS, 2001).</p><p>Para identificar o agente e as formas de exposição, deve ser realizada uma</p><p>descrição muito clara e objetiva das atividades executadas nos ambientes</p><p>laborais, além de uma descrição desses ambientes onde os trabalhadores</p><p>desempenham suas atividades, ou seja, dos elementos que compõem esses</p><p>ambientes, das fontes de perigos e das condições de execução das atividades.</p><p>Esses dados vão subsidiar as tomadas de decisões e nortearão o quantitativo</p><p>de exposição, que será comparado aos limites de exposição ocupacional</p><p>(limites de tolerância).</p><p>Segundo a NR 15 (BRASIL, [2019a], documento on-line), “entende-se por</p><p>‘limite de tolerância’ [...] a concentração ou intensidade máxima ou mínima,</p><p>relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não</p><p>causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral”. Dessa</p><p>forma, podemos dizer que o conhecimento das características específicas</p><p>de cada agente e do tipo de limite é fundamental na definição de seu po-</p><p>tencial de agressividade. Isso permite maior compreensão dos riscos que o</p><p>trabalhador está exposto, além de facilitar a detecção e a implementação</p><p>de oportunidades de melhoria para a saúde do trabalhador.</p><p>Os perigos no ambiente de trabalho podem incapacitar ou até mesmo</p><p>causar a morte dos trabalhadores. O Quadro 1 mostra exemplos de riscos</p><p>existentes no trabalho e seus efeitos sobre a saúde.</p><p>Higiene ocupacional6</p><p>Quadro 1. Exemplos de riscos existentes no trabalho e seus efeitos sobre</p><p>a saúde</p><p>Categoria Exemplos</p><p>de riscos</p><p>Possíveis efeitos</p><p>sobre a saúde</p><p>Atividades em</p><p>que podem estar</p><p>presentes</p><p>Físicos</p><p>Ruído Sensação auditiva</p><p>desagradável</p><p>que interfere na</p><p>percepção do</p><p>som desejado</p><p>(zumbido).</p><p>Trabalhos</p><p>com máquinas</p><p>barulhentas</p><p>(motores,</p><p>britadeiras),</p><p>motoristas de</p><p>ônibus</p><p>Temperaturas</p><p>extremas</p><p>Desidratação,</p><p>câimbras pelo</p><p>calor, fadiga,</p><p>alergia respiratória,</p><p>sinusite, resfriados</p><p>frequentes</p><p>Trabalho na rua</p><p>e a céu aberto,</p><p>frigoríficos,</p><p>cozinhas industriais,</p><p>ambientes com</p><p>ar-condicionado</p><p>Iluminação pouca</p><p>ou em excesso</p><p>Problemas de visão,</p><p>dor de cabeça</p><p>Várias atividades</p><p>na indústria e no</p><p>setor de serviços,</p><p>costureiras e</p><p>manicures</p><p>Radiações</p><p>ionizantes e</p><p>não ionizantes</p><p>(ultravioleta,</p><p>infravermelho,</p><p>raios X)</p><p>Câncer de pele,</p><p>anemia aplástica,</p><p>leucemia, catarata</p><p>Agricultores,</p><p>trabalhadores na</p><p>rua, trabalhadores</p><p>em hospitais</p><p>e consultórios</p><p>odontológicos que</p><p>operam raios X</p><p>Máquinas com</p><p>partes móveis</p><p>não protegidas,</p><p>calandras</p><p>e cilindros,</p><p>guilhotinas,</p><p>prensas,</p><p>instrumentos</p><p>cortantes ou</p><p>perfurantes, etc.</p><p>Acidentes diversos</p><p>(quedas, fraturas,</p><p>esmagamentos,</p><p>amputações,</p><p>traumatismos)</p><p>Trabalhadores</p><p>da construção</p><p>civil, motoristas</p><p>de transportes</p><p>coletivos, padeiros,</p><p>metalúrgicos,</p><p>trabalhadores</p><p>em vias públicas,</p><p>profissionais de</p><p>saúde, etc.</p><p>(Continua)</p><p>Higiene ocupacional 7</p><p>Categoria Exemplos</p><p>de riscos</p><p>Possíveis efeitos</p><p>sobre a saúde</p><p>Atividades em</p><p>que podem estar</p><p>presentes</p><p>Químicos Substâncias</p><p>químicas que</p><p>podem estar</p><p>presentes nos</p><p>ambientes de</p><p>trabalho na</p><p>forma de poeiras,</p><p>fumos, névoas,</p><p>neblinas, gases</p><p>ou vapores, como</p><p>os agrotóxicos</p><p>Queimaduras,</p><p>náusea, vômito,</p><p>cefaleia, alergia,</p><p>asma brônquica,</p><p>câncer, doenças</p><p>gástricas,</p><p>intestinais,</p><p>neurológicas,</p><p>hepáticas, renais,</p><p>entre outras.</p><p>Também podem</p><p>provocar acidentes</p><p>decorrentes</p><p>de explosões</p><p>e incêndios,</p><p>ocasionando</p><p>queimaduras</p><p>e infecções</p><p>respiratórias</p><p>Inúmeras atividades</p><p>na indústria, no</p><p>setor de serviços, no</p><p>setor agropecuário,</p><p>na silvicultura, no</p><p>setor madeireiro,</p><p>em empresas</p><p>desinsetizadoras</p><p>e de saúde pública</p><p>que atuam no</p><p>controle de</p><p>endemias e</p><p>zoonoses, etc.</p><p>Biológicos Microrganismos</p><p>(bactérias,</p><p>fungos,</p><p>protozoários,</p><p>vírus, entre</p><p>outros)</p><p>Doenças</p><p>contagiosas</p><p>(hepatite,</p><p>tuberculose,</p><p>tétano, pneumonia,</p><p>aids, covid-19, etc.)</p><p>Profissionais de</p><p>saúde, manicures</p><p>Ergonômi-</p><p>cos</p><p>Jornadas de</p><p>trabalho longas,</p><p>esforços físicos</p><p>exagerados,</p><p>posturas</p><p>forçadas,</p><p>carregamento de</p><p>peso, trabalho</p><p>repetitivo e</p><p>monótono</p><p>Doenças</p><p>osteomusculares</p><p>relacionadas ao</p><p>trabalho (Dort),</p><p>dores musculares</p><p>e articulares,</p><p>doenças</p><p>cardiovasculares e</p><p>neurológicas</p><p>Trabalhadores de</p><p>linha de montagem,</p><p>carregadores,</p><p>bancários,</p><p>trabalhadores em</p><p>teleatendimento</p><p>Psicosso-</p><p>ciais</p><p>Desemprego,</p><p>vínculos</p><p>precários</p><p>ou ausência</p><p>de vínculo</p><p>trabalhista</p><p>Sofrimento mental,</p><p>manifestações</p><p>de insegurança,</p><p>desmotivação,</p><p>depressão,</p><p>distúrbios do sono,</p><p>estresse, etc.</p><p>Trabalhadores</p><p>informais e com</p><p>vínculos precários,</p><p>terceirizados e</p><p>temporários</p><p>Fonte: Adaptado de ABHO (2021), DiBartolomeis (2016), OMS e OIT (2021) e Souza et al. (2018).</p><p>(Continuação)</p><p>Higiene ocupacional8</p><p>Entretanto, o fato de os trabalhadores estarem expostos aos riscos não</p><p>significa que eles necessariamente vão contrair uma doença ocupacional.</p><p>Por isso é tão importante medir e garantir o controle dos riscos no local de</p><p>trabalho.</p><p>O Ministério da Saúde vem propondo “estratégias e orientações à</p><p>Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast)</p><p>que permitam a detecção, a modificação e o cuidado oportuno e integral a</p><p>todos os trabalhadores” (27 JULHO, [2018], documento on-line). Além disso,</p><p>o órgão atua na vigilância nos locais de trabalho, com intervenções capazes de</p><p>propiciar a eliminação ou a minimização dos riscos inerentes ao processo de</p><p>trabalho (27 JULHO, [2018]).</p><p>Prestar serviços envolve um olhar aprofundado aos riscos. A higiene ocupa-</p><p>cional é responsável por prever esses potenciais riscos e estabelecer medidas</p><p>de eliminação ou controle antes que eles aconteçam no ambiente de trabalho.</p><p>Atuação do enfermeiro nos programas de</p><p>higiene ocupacional</p><p>Um fator que vem impulsionando a demanda por enfermeiros na higiene</p><p>ocupacional é a necessidade de prezar pela saúde do trabalhador no ambiente</p><p>da empresa. Para integrar a equipe do Serviço Especializado em Segurança e</p><p>Medicina do Trabalho (SESMT), é necessário que o profissional de enfermagem</p><p>seja especialista na área.</p><p>A NR 4 do SESMT estabelece as diretrizes básicas para a implementação de</p><p>medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores (BRASIL, [2016]).</p><p>Por se referirem à área profissional, a NR 4 estabelece a obrigatoriedade de</p><p>contratação de profissionais da área de segurança e saúde do trabalho de</p><p>acordo com o número de empregados e com a natureza do risco da atividade</p><p>econômica da empresa (BRASIL, [2016]).</p><p>Os profissionais integrantes do SESMT são especializados. Cada um dentro</p><p>de sua área é o responsável pela elaboração, planejamento e aplicação dos</p><p>conhecimentos de engenharia de segurança e medicina do trabalho nos</p><p>ambientes laborais, visando a garantir a integridade física e a saúde dos</p><p>Higiene ocupacional 9</p><p>trabalhadores. O SESMT tem como eixo comum a proteção, a promoção e a</p><p>segurança dos trabalhadores e do ambiente onde trabalham.</p><p>Segundo a NR 4:</p><p>[...] os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do</p><p>Trabalho devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança</p><p>do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar</p><p>ou Técnico em Enfermagem do Trabalho” (BRASIL, [2016], documento on-line).</p><p>Veja a seguir as ações que o enfermeiro do trabalho está autorizado a fazer,</p><p>segundo a Resolução nº 571, de 21 de março de 2018, do Conselho Federal de</p><p>Enfermagem (Cofen):</p><p>Art.1º Fica autorizado ao Enfermeiro do Trabalho, inscrito, reconhecido e registrado</p><p>como especialista no respectivo Conselho Regional de Enfermagem, preencher,</p><p>emitir e assinar o Laudo de Monitorização Biológica, previsto no Perfil Profissio-</p><p>gráfico Previdenciário-PPP.</p><p>Art. 2º O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP deve ser preenchido pelas em-</p><p>presas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos</p><p>químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à</p><p>integridade física nos termos definidos pela legislação vigente.</p><p>Art. 3º O Enfermeiro do Trabalho, para dar cumprimento a esta Resolução, poderá</p><p>preencher todos os campos relativos ao Anexo I, itens 17 e 18, da IN INSS/PRES</p><p>n° 85, de 18/02/2016, DOU de 19/02/2016, referentes a exames médicos obrigatórios,</p><p>clínicos e complementares, realizados para o trabalhador, como responsável pela</p><p>Monitoração Biológica, constante no PPP.</p><p>Art. 4º Para respaldo ético e profissional da conduta e decisão adotada, estará o</p><p>Enfermeiro obrigado a manter Registros no prontuário do trabalhador, assegurando</p><p>a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) (COFEN, 2018,</p><p>documento on-line).</p><p>Os enfermeiros fazem parte de um grupo profissional que estabelece</p><p>ligação com o indivíduo, a família e a comunidade. Assim, ao lidar com a vida</p><p>humana, na equipe multiprofissional de saúde do trabalhador, o enfermeiro vai</p><p>buscar discernir situações de risco iminente, que interferem tanto na rotina do</p><p>trabalhador na empresa quanto em sua vida social. Após essa identificação,</p><p>o enfermeiro vai traçar planos de ação coerentes com a proposta da higiene</p><p>ocupacional. Para além desse foco, devemos pensar que lesões e doenças</p><p>relacionadas ao trabalho sobrecarregam os sistemas de saúde, reduzem a</p><p>produtividade e podem ter um impacto gigantesco na renda familiar. Isso</p><p>causa um “efeito dominó” em toda a comunidade, fragilizando a família e</p><p>todo o seu entorno, afetando aspectos biopsicossociais e econômicos.</p><p>Higiene ocupacional10</p><p>Segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organi-</p><p>zação Internacional do Trabalho (OIT) (2021, documento on-line), “as doenças e</p><p>lesões ocupacionais foram responsáveis pela morte de 1,9 milhão de pessoas</p><p>em 2016”. Esse dado alarmante levou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom,</p><p>a declarar: “É chocante ver tantas pessoas literalmente sendo mortas por</p><p>seus empregos” (OMS; OIT, 2021, documento on-line).</p><p>Nessa perspectiva, o enfermeiro deve ter um olhar cada vez mais científico.</p><p>A higiene ocupacional como ciência gera a necessidade de o profissional</p><p>atuar dentro do processo a partir de análises individuais, mas com foco no</p><p>coletivo. Para isso, ele deve aumentar o nível de conhecimento, estabelecer</p><p>conexões com a empresa e com os trabalhadores, se fundamentar em seu</p><p>código de ética profissional e sempre considerar que a saúde do trabalhador</p><p>tem repercussões a nível de saúde pública.</p><p>No cotidiano de trabalho, os sujeitos estão expostos a múltiplas situações e fa-</p><p>tores de risco para a saúde, que podem atuar sinergicamente ou potencializar</p><p>seus efeitos. Além das exposições nos locais de trabalho, com frequência, os(as)</p><p>trabalhadores(as) e suas famílias estão expostos(as) a riscos decorrentes da con-</p><p>taminação e da degradação ambiental no entorno e nos locais de moradia, gerados</p><p>pelos processos produtivos desenvolvidos no território (SOUZA et al., 2018, p. 20).</p><p>A atuação do enfermeiro na higiene ocupacional é ampla, envolvendo as</p><p>seguintes ações (ABHO, 2021; COFEN, 2018; FAGUNDES, 2018; HUERTAS RÍOS,</p><p>2016; MATOS; SILVA; LIMA, 2017; OMS; OIT, 2021; RICE, 2016; SOUZA et al., 2018).</p><p>� Planejar, organizar e executar atividades de enfermagem do trabalho,</p><p>empregando processos de rotina e/ou específicos.</p><p>� Visitar os locais de trabalho para identificar as necessidades no campo</p><p>de segurança.</p><p>� Manter o ambiente adequado para o cuidado com a saúde do trabalhador.</p><p>� Executar ações em cooperação com outros profissionais, emitindo</p><p>pareceres para realizar levantamentos, identificar problemas, propor</p><p>soluções e elaborar programas e projetos.</p><p>� Manter a organização de registros, arquivos e documentações da em-</p><p>presa ligada ao setor.</p><p>� Guardar os prontuários dos trabalhadores de forma segura e acessível</p><p>para equipe dos profissionais.</p><p>� Controlar estoque de materiais, medicações e insumos necessários</p><p>ao cuidar do trabalhador.</p><p>� Registrar comunicações internas e externas.</p><p>Higiene ocupacional 11</p><p>� Realizar ata com registro de reuniões com equipe, reuniões com chefia</p><p>e reuniões com trabalhadores.</p><p>� Realizar atividades educativas, treinamentos e capacitações.</p><p>� Realizar o Diálogo Diário de Segurança (DDS), uma conversa com os tra-</p><p>balhadores de uma empresa sobre riscos no trabalho e como evitá-los.</p><p>� Orientar quanto ao uso e a importância dos Equipamentos de Proteção</p><p>Individual (EPIs).</p><p>� Planejar ações de enfermagem, diagnosticar situações, descobrir ne-</p><p>cessidades e problemas, determinar prioridades e avaliar os resultados.</p><p>� Elaborar e executar as atividades de assistência de enfermagem aos</p><p>trabalhadores.</p><p>� Criar informes internos com temas sobre atualidades no setor da saúde,</p><p>podendo ser expostos em cartazes, murais, redes sociais e outras</p><p>formas de divulgação.</p><p>� Introduzir</p><p>e avaliar os projetos feitos com a equipe multidisciplinar,</p><p>como o PPRA, o Programa de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços</p><p>de Saúde (PGRSS) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa-</p><p>cional (PCMSO).</p><p>� Criar atividades lúdicas junto à equipe multiprofissional.</p><p>Considerando o enfermeiro do trabalho e suas principais atribuições:</p><p>O enfermeiro do trabalho exerce suas atividades elencadas em funções básicas</p><p>como: funções técnicas envolvendo dinamometria, acuidade visual, antropometria</p><p>e aferição de sinais vitais, curativos e administração de medicamentos, coleta de</p><p>material para exames laboratoriais, campanhas de vacinação, prevenção de do-</p><p>enças ocupacionais, atividades de promoção à saúde, desinfecção e esterilização</p><p>de material; funções de ensino, executando programas para promover saúde e</p><p>segurança no trabalho, prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, entre</p><p>outras atividades educativas; funções administrativas e atividades de pesquisa e</p><p>produção científica (Moraes, 2010) (MATOS; SILVA; LIMA, 2017, p. 207–208).</p><p>O profissional da enfermagem do trabalho atua diretamente nas organi-</p><p>zações, reafirmando a importância da prevenção de acidentes de trabalho</p><p>e doenças ocupacionais.</p><p>Considerando a importância da segurança, da saúde e do bem-estar dos</p><p>trabalhadores, é fundamental refletir sobre as funções da equipe de higiene</p><p>ocupacional em um contexto mais global, identificando os direitos de quali-</p><p>dade de vida desse grupo. Essa proposição de garantir promoção, proteção e</p><p>prevenção abarca necessidades de ações a nível macro (políticas públicas) e</p><p>local (empresas e indivíduo). Além disso, envolve a conscientização do traba-</p><p>Higiene ocupacional12</p><p>lhador sobre a necessidade de se engajar e de se comprometer com a própria</p><p>saúde e com a saúde coletiva, garantindo a qualidade no mundo do trabalho.</p><p>O papel do enfermeiro especialista em saúde do trabalhador é fundamen-</p><p>tal na implementação de intervenções para a promoção da saúde e para a</p><p>capacitação do autocuidado dos trabalhadores.</p><p>A saúde dos trabalhadores não é influenciada apenas por fatores relacio-</p><p>nados ao trabalho; uma abordagem holística e integrativa no âmbito da saúde</p><p>ocupacional pode transformar o contexto laboral em um ambiente favorável</p><p>para a promoção da saúde.</p><p>Referências</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS (ABHO). Um pouco da história</p><p>da ABHO. ABHO, 2021. Disponível em: https://www.abho.org.br/abho/. Acesso em:</p><p>15 dez. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 4 — Serviços especializados em</p><p>engenharia de segurança e em medicina do trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho</p><p>e Previdência, [2016]. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/</p><p>pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-</p><p>-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-04.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 9 — Programa de prevenção de riscos</p><p>ambientais. Brasília: Ministério do Trabalho e Previdência, [2019b]. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/</p><p>secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regula-</p><p>mentadoras/nr-09-atualizada-2019.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 15 — Atividades e operações insalubres.</p><p>Brasília: Ministério do Trabalho e Previdência, [2019a]. Disponível em: https://www.</p><p>gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-</p><p>-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-15.</p><p>pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 17 — Ergonomia. Brasília: Ministério</p><p>do Trabalho e Previdência, [2018]. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-</p><p>-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/</p><p>seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf. Acesso em:</p><p>15 dez. 2021.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução Cofen nº 571/2018. Autoriza o</p><p>enfermeiro do trabalho preencher, emitir e assinar laudo de monitorização biológica,</p><p>previsto no perfil profissiográfico previdenciário-PPP. Brasília: Cofen, 2018. Disponível</p><p>em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-571-2018_61591.html. Acesso em: 15</p><p>dez. 2021.</p><p>DIAS, E. C. (org.). Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para</p><p>os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da</p><p>Saúde no Brasil, 2001. (Série A. Normas e Manuais Técnicos, n. 114).</p><p>DIBARTOLOMEIS, M. J. Avaliação de risco para a saúde. In: LADOU, J.; HARRISON, R. J.</p><p>(org.). Current — medicina ocupacional e ambiental: diagnóstico e tratamento. 5. ed.</p><p>Porto Alegre: AMGH, 2016. E-book.</p><p>Higiene ocupacional 13</p><p>FAGUNDES, J. P. B. Análise dos riscos ocupacionais: estudo de caso em uma olaria em</p><p>Caçapava do Sul - RS. 2018. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Mineral) – Universi-</p><p>dade Federal do Pampa, Caçapava do Sul, 2018.</p><p>FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO, DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO</p><p>(FUNDACENTRO). Normas de Higiene Ocupacional – NHOs. Fundacentro, 2021. Disponível</p><p>em: https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/centrais-de-conteudo/biblioteca/nhos.</p><p>Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>GONDIM, G. M. M. Do conceito de risco ao da precaução: entre determinismos e incer-</p><p>tezas. In: FONSECA, A. F.; CORBO, A. D. (org.). O território e o processo saúde-doença. Rio</p><p>de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007. p. 87-120. (Coleção Educação Profissional e Docência</p><p>em Saúde: a formação e o trabalho do agente comunitário em saúde, n. 1).</p><p>HUERTAS RÍOS, S. A higiene ocupacional, essa grande desconhecida: vamos conhecê-la?</p><p>Revista ABHO, n. 42, p. 13-17, 2016. Disponível em: https://www.abho.org.br/wp-content/</p><p>uploads/2014/02/Revista_Abho_42_artigo.pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>MATOS, D. A. R.; SILVA, S. O. P.; LIMA, C. B. Enfermagem do trabalho: abordando competên-</p><p>cias e habilidades para a atuação do enfermeiro. Temas em Saúde, v. 17, n. 3, p. 204-216,</p><p>2017. Disponível em: https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2017/10/17314.</p><p>pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS); ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO</p><p>(OIT). Quase 2 milhões de pessoas morrem por causas relacionadas ao trabalho a cada</p><p>ano. Opas, 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/16-9-2021-omsoit-</p><p>-quase-2-milhoes-pessoas-morrem-por-causas-relacionadas-ao-trabalho-cada. Acesso</p><p>em: 15 dez. 2021.</p><p>RICE, P. B. Segurança ocupacional. In: LADOU, J.; HARRISON, R. J. (org.). Current — me-</p><p>dicina ocupacional e ambiental: diagnóstico e tratamento. 5. ed. Porto Alegre: AMGH,</p><p>2016. E-book.</p><p>SANTOS, A. M. A. et al. Introdução à higiene ocupacional. São Paulo: MTE, Fundacentro,</p><p>2004.</p><p>SAÚDE e segurança no trabalho. BVS, Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: https://</p><p>bvsms.saude.gov.br/saude-e-seguranca-no-trabalho/. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>SOUZA, A. N. et al. (org.). Saúde do trabalhador e da trabalhadora. Brasília: Ministério</p><p>da Saúde, 2018. (Cadernos de Atenção Básica, n. 41).</p><p>UNITED STATES. Department of Labor. Diretrizes para a preparação dos locais de trabalho</p><p>para o COVID-19. Osha, 2020. Disponível em: https://sinait.org.br/docs/OSHA3990_TRAD.</p><p>pdf. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>Leitura recomendada</p><p>27 JULHO: Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho. BVS, Ministério da Saúde,</p><p>[2018]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/27-7-dia-nacional-da-prevencao-de-</p><p>-acidentes-do-trabalho-4/#:~:text=27%2F7%20%E2%80%93%20Dia%20Nacional%20</p><p>da,Biblioteca%20Virtual%20em%20Sa%C3%BAde%20MS. Acesso em: 15 dez. 2021.</p><p>Higiene ocupacional14</p><p>Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos</p><p>testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da</p><p>publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas</p><p>páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito-</p><p>res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou</p><p>integralidade</p><p>das informações referidas em tais links.</p><p>Higiene ocupacional 15</p>