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<p>FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA – FEST</p><p>ANTROPOLOGIA CULTURAL</p><p>CRISLEYDE MENDES DE SOUSA</p><p>ATIVIDADE AVALIATIVA</p><p>IMPERATRIZ/MA</p><p>2024</p><p>FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA – FEST</p><p>ANTROPOLOGIA CULTURAL</p><p>CRISLEYDE MENDES DE SOUSA</p><p>ATIVIDADE AVALIATIVA</p><p>Trabalho avaliativo apresentado a disciplina Antropologia Cultural, da Faculdade de Educação Santa Terezinha.</p><p>Professor: Me. Cláudio Marcos Sousa Moraes</p><p>IMPERATRIZ/MA</p><p>2024</p><p>ATIVIDADE AVALIATIVA</p><p>1. O que é Antropologia?</p><p>Segundo Ruthes (2018) a antropologia, originada das palavras gregas “anthropós” (que significa “homem”, “ser humano”) e “logos” (que, entre outras acepções, significa “estudo”, “compreensão”), sendo, portanto, o estudo amplo do ser humano e suas realizações. Essa definição abrangente pode ser aplicada em diversas áreas das ciências humanas, mas diferentes abordagens podem surgir dependendo do foco cultural. Por exemplo, se a antropologia se concentrar na dimensão cultural, estudará os costumes e condicionamentos que formam a cultura de diferentes povos e grupos. No entanto, uma definição muito restrita pode negligenciar aspectos importantes da antropologia.</p><p>2. Como surgiu a Antropologia?</p><p>3. Escreva a importância da Antropologia para seu cotidiano.</p><p>Para mim, como estudante de direito que trabalha com o público, a Antropologia é incrivelmente relevante no meu dia a dia, mesmo que eu não a encare sob um prisma estritamente científico. Ela é essencial porque me ajuda a entender as pessoas além das leis e regulamentos. Quando estou lidando com clientes, muitas vezes me deparo com uma diversidade impressionante de origens, culturas e valores. A Antropologia me ensinou a reconhecer e respeitar essas diferenças. Ela me permite entender que cada pessoa traz consigo uma bagagem única de experiências, crenças e tradições que influenciam suas perspectivas e necessidades legais.</p><p>Além disso, a Antropologia me ajuda a desenvolver empatia. Ao mergulhar no estudo das diversas formas como as pessoas vivem, amam, trabalham e interagem, sou capaz de me colocar no lugar dos meus clientes de uma maneira mais profunda e significativa. Isso não só me ajuda a construir relacionamentos mais fortes com eles, mas também a oferecer soluções legais mais eficazes e personalizadas.</p><p>Outro aspecto importante é que a Antropologia me lembra constantemente da complexidade da sociedade humana. Ela me ensina a olhar para além das questões legais imediatas e considerar os contextos sociais, históricos e culturais mais amplos que moldam as vidas das pessoas. Isso é crucial para garantir que eu esteja abordando as questões legais dos meus clientes de forma holística e inclusiva.</p><p>4. Pesquise em livros pelo menos 2 conceitos de Antropologia, cite o autor e ano.</p><p>Gomes (2008) explora a natureza da antropologia, revelando sua composição etimológica e duas possíveis definições: o estudo do homem e a lógica do homem. Ele ressalta que a antropologia faz parte das ciências humanas, como a Sociologia, e destaca seu papel como método para compreender a diversidade cultural e reconhecer que, dentro dessa diversidade, existem semelhanças e diferenças entre os seres humanos, representando faces distintas de um mesmo ser.</p><p>Nesse mesmo sentido, Laplantine (2003, p.9) define a Antropologia como o “estudo do homem por inteiro”, em qualquer lugar e tempo. Essa afirmação ressalta que uma abordagem verdadeiramente antropológica deve ser integrativa, buscando considerar as múltiplas dimensões do ser humano na sociedade. Embora o acúmulo de dados e o aperfeiçoamento das técnicas de investigação possam levar à especialização do conhecimento, a verdadeira vocação da Antropologia é evitar a fragmentação do ser humano, buscando, ao invés disso, relacionar campos de investigação frequentemente separados.</p><p>5. Descreva os pontos principais acerca da história do surgimento da Antropologia destacando seus principais precursores.</p><p>A[footnoteRef:1] história do surgimento da Antropologia pode ser rastreada através de diversos precursores e marcos importantes, como os relatos de viagens dos séculos XVI ao XIX, o evolucionismo social, a escola sociológica francesa, o funcionalismo, o culturalismo norte-americano, o estruturalismo, a antropologia interpretativa e a antropologia pós-moderna. Aqui está um resumo dos principais pontos: [1: As informações sobre os precursores e principais paradigmas da Antropologia foram coletadas e elaboradas a partir do conteúdo disponibilizado no site do Departamento de Antropologia da FFLCH-USP. Disponível em: https://antropologia.fflch.usp.br/antropologia. Acesso em: 17 mar. 2024.]</p><p>Relatos de Viagens (Séculos XVI-XIX): Antes do estabelecimento formal da Antropologia como disciplina, os relatos de viagens de exploradores, missionários, comerciantes e administradores coloniais forneceram os primeiros registros sobre as culturas e sociedades “descobertas” em diferentes partes do mundo. Exemplos incluem as cartas de Pero Vaz de Caminha sobre o Brasil e as viagens de Jean de Léry à Terra do Brasil.</p><p>Evolucionismo Social: No século XIX, surgiram teorias evolucionistas que buscavam explicar o desenvolvimento das sociedades humanas. Pensadores como Herbert Spencer, Edward Tylor e Lewis Henry Morgan propuseram modelos de evolução cultural, partindo de estágios “primitivos” até estágios mais “civilizados”. Eles substituíram o conceito de raça pelo de cultura, enfatizando a unidade psíquica do homem e a evolução das sociedades.</p><p>Escola Sociológica Francesa: Representada principalmente por Émile Durkheim e Marcel Mauss, esta escola contribuiu para a definição dos fenômenos sociais como objetos de investigação socio-antropológica. Eles exploraram temas como solidariedade social, formas primitivas de classificação (totemismo), troca e reciprocidade, e buscaram compreender o “fato social total”.</p><p>Funcionalismo: Esta abordagem, desenvolvida principalmente por Bronislaw Malinowski e Radcliffe-Brown, enfatizava o estudo das instituições culturais e suas funções na manutenção da sociedade como um todo. Eles realizaram extenso trabalho de campo, utilizando a observação participante para entender as culturas em seu contexto.</p><p>Culturalismo Norte-Americano: Liderado por Franz Boas, Margaret Mead e Ruth Benedict, esta abordagem adotou um método comparativo para identificar padrões culturais e estudar a relação entre cultura e personalidade. Eles rejeitaram abordagens evolucionistas simplistas, destacando a importância da diversidade cultural e do contexto histórico.</p><p>Estruturalismo: Claude Lévi-Strauss foi um dos principais representantes desta escola, que buscou identificar as estruturas subjacentes das culturas, como as regras de parentesco e a lógica dos mitos. Ele desenvolveu a ideia de que a mente humana opera com pares de oposição e códigos binários, influenciando a organização cultural.</p><p>Antropologia Interpretativa: Liderada por Clifford Geertz, esta abordagem enfatizou a interpretação densa da cultura, buscando compreender os significados que os nativos atribuem às suas práticas e símbolos. Eles adotaram uma abordagem hermenêutica, reconhecendo a complexidade da experiência humana e a importância da subjetividade na pesquisa antropológica.</p><p>Antropologia Pós-Moderna ou Crítica: Surgindo nas décadas de 1980 e 1990, esta abordagem criticou os paradigmas teóricos tradicionais e a “autoridade etnográfica” do antropólogo. James Clifford, George Marcus e outros destacaram a necessidade de uma reflexão sobre os recursos retóricos presentes nas etnografias e a politização da relação entre observador e observado.</p><p>Esses precursores e paradigmas fornecem uma base sólida para entender a evolução da Antropologia como disciplina ao longo do tempo, refletindo uma variedade de abordagens teóricas e metodológicas para o estudo da diversidade cultural humana.</p><p>6. Pesquise e escreva a relação existente entre antropologia e a graduação que está cursando “Direito”.</p><p>Reinert (2018) afirma que a Antropologia e o direito compartilham o mesmo objeto, o ser humano.</p><p>Nesse seara, de acordo com autora, a relação entre o direito e a antropologia é profunda e multidimensional. A antropologia oferece uma perspectiva única ao examinar o direito como parte integrante da cultura e da sociedade. Ela investiga não apenas as normas jurídicas formais, mas também os costumes, valores e crenças subjacentes que influenciam o comportamento humano e moldam o sistema legal. Ao estudar o ser humano em seu contexto social, a antropologia jurídica destaca a complexidade das interações humanas e a diversidade de sistemas jurídicos ao redor do mundo. Além disso, ela utiliza métodos comparativos para analisar diferentes formas de ordenamento jurídico, buscando compreender as raízes históricas e as consequências sociais das práticas jurídicas (Reinert, 2018). Essa abordagem ampla e interdisciplinar enriquece nossa compreensão do direito e contribui para o desenvolvimento de sistemas jurídicos mais justos e inclusivos.</p><p>7. O que é pesquisa etnográfica? Cite exemplo.</p><p>Segundo Hammersley (2022) a etnografia é uma abordagem metodológica na pesquisa social que se originou na antropologia do século XIX e início do século XX. Inicialmente, era um relato descritivo de aspectos de comunidades ou culturas consideradas primitivas ou exóticas. Na prática, a etnografia envolve a participação do pesquisador na vida cotidiana das pessoas por um período prolongado, observando, ouvindo e fazendo perguntas por meio de entrevistas informais e formais, e coletando documentos e objetos relevantes para a investigação (Laplantine, 2003).</p><p>Nesse sentido, os etnógrafos recorrem a uma variedade de fontes de dados, comumente privilegiando a observação participante. Um exemplo prático, em um estudo para o campo do Direito, poderia ser um estudo realizado em uma comunidade urbana para examinar como os moradores percebem e interagem com as instituições legais locais, como tribunais, delegacias de polícia ou centros de resolução de conflitos. O pesquisador poderia passar um período de tempo significativo na comunidade, observando os processos legais em ação, participando de reuniões comunitárias, entrevistando moradores e líderes locais, e coletando documentos relevantes, como registros judiciais ou legislação municipal.</p><p>Durante a pesquisa, o pesquisador poderia identificar as percepções e experiências dos moradores em relação ao sistema legal, incluindo suas atitudes em relação à justiça, acesso à lei e resolução de conflitos. Eles também poderiam examinar como fatores sociais, culturais e econômicos influenciam a forma como os moradores interagem com as instituições legais. Por exemplo, o pesquisador poderia investigar como questões de raça, classe social ou status socioeconômico afetam a experiência dos moradores com a aplicação da lei.</p><p>Com base nos dados coletados, o pesquisador poderia fornecer insights importantes para profissionais do direito, legisladores e formuladores de políticas sobre como melhorar o acesso à justiça e a eficácia do sistema legal em comunidades específicas. Isso poderia informar a implementação de programas ou políticas que visam abordar as necessidades e preocupações legais das comunidades de uma maneira mais sensível e eficaz.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Antropologia. Disponível em: <https://antropologia.fflch.usp.br/antropologia>. Acesso em: 17 mar. 2024.</p><p>GOMES, Mércio Pereira. Antropologia: ciência do homem, filosofia da cultura. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2008.</p><p>LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo, Brasiliense, 2003.</p><p>REINERT, Regina Paulista Fernandes. Antropologia jurídica. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2021.</p><p>RUTHES, Vanessa Roberta Massambani. Introdução à antropologia teológica. Curitiba. Intersaberes, 2018.</p><p>HAMMERSLEY, Martyn. Etnografia: princípios em prática. 1. ed. São Paulo: Vozes, 2022.</p>

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