0ab78b6021e449bbd1393ee22bdc2b0d7adc2d44

Prévia do material em texto

<p>Tipos de Estruturas Organizacionais</p><p>Apresentação</p><p>Como você vem percebendo ao longo dos estudos na área de administração, muitas são as</p><p>mudanças (ou demandas por elas) com as quais os gestores têm se deparado. A estrutura</p><p>organizacional não fica fora desse cenário. O segredo da permanência e do sucesso de muitas</p><p>empresas no mercado pode estar justamente na sua capacidade de rever a maneira como se</p><p>organiza, em um mundo onde o compartilhamento e a colaboração são cada vez mais essenciais.</p><p>Certamente, não é tarefa simples, pois muitas estruturas são as mesmas há décadas.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer os principais conceitos ligados à estrutura</p><p>organizacional e como estão organizados os trabalhos e as responsabilidades dos envolvidos.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Identificar os princípios básicos de diferenciação e integração do trabalho.•</p><p>Descrever as dimensões vertical e horizontal de uma estrutura organizacional. •</p><p>Relacionar a função de um organograma com a hierarquia da empresa.•</p><p>Infográfico</p><p>Um organograma tradicional reflete organizações mecânicas, mais rígidas e dapartamentalizadas.</p><p>Uma estrutura orgânica, por outro lado, é aquela que enfatiza a flexibilidade. São organizações mais</p><p>modernas e que apresentam algumas características, como você pode conferir no infográfico.</p><p>Conteúdo do livro</p><p>No cenário empresarial em constante evolução, compreender a dinâmica interna das organizações</p><p>é essencial para alcançar eficiência, adaptabilidade e sucesso duradouro. À medida que as empresas</p><p>expandem e enfrentam desafios crescentes, surgem questões cruciais sobre como coordenar</p><p>diversas unidades, como estruturar a autoridade e como visualizar essas complexas relações.</p><p>A estrutura organizacional, como o nome sugere, é o molde que define a arquitetura de uma</p><p>organização. Sob sua orientação, as hierarquias são delineadas, as autoridades são demarcadas, as</p><p>responsabilidades são distribuídas e os canais de comunicação são esboçados. A</p><p>departamentalização, um elemento crucial deste processo, implica na criação de unidades ou</p><p>departamentos específicos dentro da organização, agrupando atividades afins e recursos em</p><p>categorias discerníveis.</p><p>Neste capítulo, você vai compreender os aspectos de integração e diferenciação de unidade, as</p><p>abordagens de divisão do trabalho em estruturas verticais e horizontais, e a utilização de</p><p>organogramas.</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>> Identificar os princípios básicos de diferenciação e integração do trabalho.</p><p>> Descrever as dimensões vertical e horizontal de uma estrutura organiza-</p><p>cional.</p><p>> Relacionar a função de um organograma com a hierarquia da empresa.</p><p>Introdução</p><p>A estrutura organizacional se refere à maneira como uma empresa é dividida,</p><p>organizada e coordenada. Ela define como as tarefas, responsabilidades e auto-</p><p>ridades são distribuídas entre os membros da organização. Ela também repre-</p><p>senta o arranjo formal das unidades, dos departamentos e das funções dentro</p><p>da empresa, e a maneira como a integração e a diferenciação são gerenciadas</p><p>influencia diretamente essa estrutura.</p><p>Neste capítulo, você vai compreender os conceitos de diferenciação e integração</p><p>das unidades da empresa e vai aprender as duas formas de divisão do trabalho:</p><p>vertical e horizontal. Você também vai verificar modelos de organogramas que</p><p>ilustram as estruturas hierárquica e funcional das organizações.</p><p>Tipos de estruturas</p><p>organizacionais</p><p>Flávia Monaco Vieira</p><p>Integração e diferenciação de unidades da</p><p>empresa</p><p>O tipo de ambiente ao redor de uma empresa pode afetar como ela é or-</p><p>ganizada. É com base nessa premissa que surgiu a teoria da contingência,</p><p>que busca compreender como a organização se relaciona com o ambiente,</p><p>mostrando a existência de uma relação funcional entre as condições do</p><p>ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz</p><p>dos objetivos da organização (Andrade; Amboni, 2011).</p><p>A teoria da contingência aponta que não se alcança a eficácia organiza-</p><p>cional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional — ou seja, não</p><p>existe uma forma única e melhor para organizar, no sentido de se alcançar os</p><p>objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também variado</p><p>(Chiavenato, 2003). Nesse sentido, deve-se considerar que as diferentes partes</p><p>da empresa podem ser influenciadas pelo ambiente externo, tornando a</p><p>estrutura diferenciada ou mais integrada. Para tanto, a organização precisa</p><p>encontrar a melhor forma de se estruturar, considerando diferentes fatores.</p><p>Conforme explicam Andrade e Amboni (2011), os pesquisadores Paul</p><p>Lawrence e Jay Lorsch realizaram um estudo sobre como as empresas lidam</p><p>com o ambiente ao seu redor. Eles queriam entender o que faz as empresas</p><p>serem eficientes em diferentes situações externas e tecnológicas. Os autores</p><p>chegaram à conclusão de que os problemas estão relacionados à diferenciação</p><p>e à integração (Andrade; Amboni, 2011; Souza, 2015). Segundo Bateman e Snell</p><p>(2012), a diferenciação é um aspecto do ambiente interno da empresa criado</p><p>pela especialização de cargos e pela divisão do trabalho. Já a integração é o</p><p>nível em que unidades trabalham juntas e coordenam seus esforços.</p><p>Diferenciação</p><p>A diferenciação desempenha um papel fundamental na formação da estrutura</p><p>organizacional. À medida que uma organização cresce e se torna mais com-</p><p>plexa, ela precisa dividir suas atividades em unidades especializadas para</p><p>lidar com as diversas funções e tarefas. Cada unidade se concentra em uma</p><p>área específica de expertise, seja marketing, produção, vendas, pesquisa e</p><p>desenvolvimento, entre outras. Essas diferentes unidades formam os com-</p><p>ponentes da estrutura organizacional, como departamentos ou divisões.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais2</p><p>O ambiente geral em que a organização está envolvida cria diferentes</p><p>tipos de tarefas, e cada um desses tipos se liga a uma parte específica da</p><p>organização, como se fossem times separados (Chiavenato, 2003). A estrutura</p><p>organizacional reflete a diferenciação das atividades e funções, permitindo</p><p>que a organização seja eficiente e eficaz em suas operações.</p><p>A forma como essas unidades são agrupadas, os níveis hierárquicos e as</p><p>relações de autoridade dentro da estrutura organizacional são influenciados</p><p>pelo grau de diferenciação existente. Em síntese, a diferenciação é necessária</p><p>para lidar com a complexidade e a diversidade de tarefas em uma organização.</p><p>Integração</p><p>A integração se refere à coordenação e à colaboração entre diferentes unidades</p><p>ou partes de uma empresa, a fim de alcançar objetivos comuns e promover o</p><p>alinhamento dos esforços organizacionais. Ela envolve a criação de ligações</p><p>e sinergias entre as várias partes da organização para trabalharem juntas</p><p>de maneira harmoniosa. Isso é essencial para evitar redundâncias, minimizar</p><p>conflitos e maximizar a eficiência geral (Souza, 2015).</p><p>Dessa forma, ao mesmo tempo que as empresas adotam a diferenciação</p><p>para melhorar a eficiência, elas precisam garantir que essas partes especia-</p><p>lizadas trabalhem juntas harmoniosamente para atingir os objetivos gerais</p><p>da empresa. De acordo com Bateman e Snell (2012, p. 129), “quanto mais</p><p>diferenciada uma empresa, maior a necessidade de integração entre suas</p><p>unidades”. Os principais meios de integração identificados são (Souza, 2015):</p><p>� sistema formal de coordenação para assegurar a integração;</p><p>� relacionamento administrativo direto entre unidades (subsistemas);</p><p>� hierarquia administrativa;</p><p>� utilização de grupos interfuncionais em um ou mais níveis de</p><p>administração;</p><p>� provisão para relações especiais entre indivíduos e criação de uma</p><p>unidade de integração.</p><p>Para ter sucesso no ambiente em que opera, a empresa precisa encontrar</p><p>o equilíbrio entre a diferenciação e a integração requeridas. A diferenciação</p><p>requerida é sobre como as partes da organização precisam ser diferentes e</p><p>especializadas para lidar com o ambiente.</p><p>Já a integração requerida é sobre</p><p>quão bem essas partes precisam trabalhar juntas para serem eficazes.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 3</p><p>Para compreender os conceitos de diferenciação e integração, imagine</p><p>que uma empresa é como um time de futebol. A diferenciação cor-</p><p>responde à função específica de cada jogador do time — por exemplo: zagueiro,</p><p>atacante, meio-campo e lateral. A integração é quando esses jogadores com</p><p>funções distintas precisam passar a bola e trabalhar em conjunto para marcar</p><p>um gol.</p><p>A estrutura organizacional é o resultado entre a diferenciação e a inte-</p><p>gração. A diferenciação leva à criação de unidades especializadas dentro da</p><p>organização, enquanto a integração garante que essas unidades trabalhem</p><p>juntas de maneira harmoniosa. Na próxima seção, serão abordadas as ca-</p><p>racterísticas e as funções das estruturas verticais e horizontais que moldam</p><p>a dinâmica interna das empresas. As estruturas organizacionais definem a</p><p>forma como as atividades são coordenadas, as decisões são tomadas e as</p><p>pessoas interagem dentro do contexto organizacional.</p><p>Estruturas verticais e horizontais</p><p>A teoria da organização se caracteriza por uma divisão do trabalho claramente</p><p>definida. Essa divisão do trabalho pode se dar em duas direções, a saber</p><p>(Souza, 2015):</p><p>� vertical — segundo os níveis da autoridade e da responsabilidade;</p><p>� horizontal — segundo os diferentes tipos de atividades da organização</p><p>(departamentalização).</p><p>A Figura 1 traz a representação da estrutura organizacional nas abordagens</p><p>vertical e horizontal.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais4</p><p>Figura 1. Estrutura organizacional.</p><p>Fonte: Adaptada de Souza (2015).</p><p>Nível 1</p><p>Nível 2</p><p>Nível 3</p><p>Departamento A Departamento B Departamento C Departamento D</p><p>Es</p><p>tr</p><p>ut</p><p>ur</p><p>a</p><p>ve</p><p>rt</p><p>ic</p><p>al</p><p>Estrutura horizontal</p><p>Estrutura vertical</p><p>A estrutura vertical trata da forma como as pessoas se relacionam em termos</p><p>de autoridade e subordinação. Isso significa que ela define quem está acima</p><p>de quem na hierarquia da empresa. Por exemplo, um chefe está acima de</p><p>seus subordinados (Bateman; Snell, 2012). Dentro da organização, a autori-</p><p>dade pode ser concedida de duas maneiras, descritas a seguir com base em</p><p>Bateman e Snell (2012):</p><p>� Autoridade formal: é o que normalmente pensamos quando falamos</p><p>sobre autoridade. É a autoridade que é oficialmente atribuída aos cargos</p><p>dentro da organização. Por exemplo, um gerente tem autoridade para</p><p>tomar decisões relacionadas ao seu departamento devido ao seu cargo.</p><p>� Autoridade informal: não é baseada em cargos, mas em influência e</p><p>reconhecimento. Às vezes, pessoas que não têm um cargo de gerência</p><p>formal ainda podem ter influência significativa sobre seus colegas,</p><p>devido à sua experiência, ao seu conhecimento ou aos seus relacio-</p><p>namentos. Por exemplo: um cientista de pesquisas.</p><p>A autoridade é essencial para que as decisões sejam tomadas e para</p><p>coordenar as ações de diferentes membros da organização. A estrutura e</p><p>o comportamento organizacional são moldados por influências internas e</p><p>externas. Para lidar com essas influências, as organizações se organizam em</p><p>três níveis, institucional, intermediário e operacional, descritos a seguir com</p><p>base em Chiavenato (2003):</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 5</p><p>� Nível institucional: este é o nível mais alto da organização e é composto</p><p>por diretores, proprietários ou acionistas e altos executivos. Envolve</p><p>as decisões de longo prazo e os valores centrais da organização. Lida</p><p>com a incerteza pelo fato de não ter poder ou controle sobre os even-</p><p>tos ambientais presentes e muito menos capacidade de prever com</p><p>razoável precisão os eventos ambientais futuros.</p><p>� Nível intermediário: este nível lida com a tradução das estratégias</p><p>gerais em ações específicas. Trata-se da linha do meio de campo.</p><p>Atua na escolha e na captação dos recursos necessários, bem como</p><p>na distribuição e na colocação do que foi produzido pela empresa nos</p><p>diversos segmentos do mercado. Os gerentes de níveis intermediários</p><p>decidem como as diferentes partes da organização vão funcionar juntas</p><p>para atingir os objetivos maiores.</p><p>� Nível operacional: é o nível localizado nas áreas inferiores da orga-</p><p>nização. Envolve os processos diários e as tarefas individuais que</p><p>contribuem para os objetivos maiores da organização. Os desafios</p><p>tecnológicos internos são particularmente relevantes aqui, pois a efici-</p><p>ência operacional depende das ferramentas e dos métodos utilizados.</p><p>A autoridade é o elemento que conecta esses três níveis. Por meio da hie-</p><p>rarquia, cada unidade de trabalho em níveis inferiores está sob a supervisão</p><p>e o controle de uma unidade em níveis superiores (Souza, 2015).</p><p>Estrutura horizontal (departamentalização)</p><p>À medida que uma empresa cresce e se torna mais complexa em suas ope-</p><p>rações, é natural que ela se divida em diferentes áreas para gerenciar suas</p><p>atividades de forma mais eficaz. Isso é conhecido como departamentalização,</p><p>em que a organização é subdividida em unidades menores chamadas de</p><p>departamentos, cada um responsável por funções específicas (Chiavenato,</p><p>2003). Existem duas categorias de classificação de departamentos com base</p><p>nas funções internas desempenhadas: os departamentos de linha e os de-</p><p>partamentos de apoio (Bateman; Snell, 2012).</p><p>Os departamentos de linha são aqueles responsáveis pelas atividades</p><p>principais da empresa. Eles estão diretamente envolvidos na produção, na</p><p>venda ou na prestação de serviços essenciais da empresa. Eles constituem</p><p>a atividade central da organização e estão voltados para a execução das</p><p>atividades que geram receita e entregam valor aos clientes. Os gerentes de</p><p>departamentos de linha geralmente têm autoridade direta sobre as ope-</p><p>Tipos de estruturas organizacionais6</p><p>rações principais e tomam decisões operacionais importantes, que afetam</p><p>diretamente o sucesso da organização.</p><p>Por outro lado, os departamentos de apoio são aqueles que oferecem</p><p>habilidades especializadas e suporte aos departamentos de linha. Esses</p><p>departamentos não estão diretamente envolvidos na produção ou na venda</p><p>dos produtos ou serviços da empresa, mas desempenham um papel vital</p><p>no apoio às operações principais. Exemplos de departamentos de apoio</p><p>incluem os departamentos de pesquisa, jurídico, de contabilidade, de relações</p><p>públicas e de recursos humanos, entre outros. Em empresas maiores, cada</p><p>um desses departamentos de apoio pode ter sua própria liderança (como</p><p>vice-presidentes) e níveis de autoridade variados.</p><p>A divisão entre departamentos de linha e de apoio é comum em</p><p>muitas organizações e visa a garantir uma operação harmoniosa,</p><p>em que as atividades principais são complementadas e apoiadas por funções</p><p>especializadas. Se considerarmos um hospital, os departamentos são divididos</p><p>do seguinte modo (Bateman; Snell, 2012):</p><p>� departamentos de linha — unidades de internação, unidade cirúrgica, unidade</p><p>obstétrica, etc.;</p><p>� departamentos de apoio — serviço de compras, hotelaria, serviço de nutri-</p><p>ção, etc.</p><p>Ao observar como as empresas organizam suas diversas unidades, é pos-</p><p>sível identificar padrões e tendências nos agrupamentos e na estruturação</p><p>dos departamentos. Há três abordagens básicas de departamentalização</p><p>na visão clássica:</p><p>� departamentalização funcional (por função; por processo);</p><p>� departamentalização divisional (por produto; por cliente; por área</p><p>geográfica);</p><p>� departamentalização matricial.</p><p>A visão contemporânea, por sua vez, destaca mais duas abordagens de</p><p>departamentalização: a departamentalização em equipe e a departamenta-</p><p>lização em rede (Chiavenato, 2003; Souza, 2015).</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 7</p><p>Na departamentalização funcional, as atividades são agrupadas de acordo</p><p>com funções específicas, como marketing, produção, finanças, recursos</p><p>humanos, etc. Cada departamento é especializado em uma função e é res-</p><p>ponsável por realizar todas as atividades relacionadas a essa função. Essa</p><p>abordagem é eficaz para organizações que desejam alcançar eficiência e</p><p>especialização</p><p>nas atividades (Chiavenato, 2003). O Quadro 1 apresenta as</p><p>vantagens e desvantagens da estrutura funcional.</p><p>Quadro 1. Vantagens e desvantagens da estrutura funcional</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Permite agrupar vários especialistas</p><p>sob uma única chefia comum, quando</p><p>sua atividade é especializada.</p><p>Reduz a cooperação</p><p>interdepartamental, pois exige forte</p><p>concentração interdepartamental</p><p>e cria barreiras entre os</p><p>departamentos, devido à ênfase nas</p><p>especialidades.</p><p>Garante plena utilização das</p><p>habilidades técnicas das pessoas,</p><p>pois se baseia no princípio da</p><p>especialização ocupacional.</p><p>É inadequada quando a tecnologia</p><p>e as circunstâncias externas são</p><p>mutáveis ou imprevisíveis.</p><p>Permite economia de escala, pela</p><p>utilização integrada de pessoas,</p><p>máquinas e produção em massa.</p><p>Dificulta a adaptação e a flexibilidade</p><p>a mudanças externas, pois a sua</p><p>abordagem introvertida não percebe</p><p>nem visualiza o que acontece</p><p>fora da organização ou de cada</p><p>departamento.</p><p>Orienta as pessoas para uma</p><p>atividade específica, concentrando</p><p>sua competência de maneira eficaz, e</p><p>simplifica o treinamento do pessoal.</p><p>Faz com que as pessoas focalizem</p><p>seus esforços sobre suas próprias</p><p>especialidades, em detrimento do</p><p>objetivo global da empresa.</p><p>É indicada para circunstâncias</p><p>estáveis de poucas mudanças e que</p><p>requeiram desempenho continuado</p><p>de tarefas rotineiras.</p><p>Aconselhada para empresas que</p><p>tenham produtos ou serviços que</p><p>permanecem inalterados por longo</p><p>prazo.</p><p>(Continua)</p><p>Tipos de estruturas organizacionais8</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Reflete elevado nível de auto-</p><p>orientação e de introversão</p><p>administrativa por parte da</p><p>organização.</p><p>Fonte: Adaptado de Chiavenato (2003).</p><p>A estrutura funcional é adequada para situações estáveis, com poucas</p><p>mudanças, em que a execução de tarefas rotineiras é importante. É reco-</p><p>mendada para empresas com poucos produtos ou serviços e que não mu-</p><p>dam frequentemente. Essa estrutura reflete um alto grau de foco interno e</p><p>autogerenciamento, destacando a preocupação da empresa com sua própria</p><p>organização interna (Chiavenato, 2003).</p><p>Já na departamentalização divisional, a organização é dividida em unidades</p><p>autônomas chamadas de divisões, com base em produtos, clientes ou áreas</p><p>geográficas. Cada divisão tem seus próprios departamentos operacionais,</p><p>de marketing e financeiro. Cada divisão pode agir quase como se fosse uma</p><p>empresa ou um centro de lucros em separado e trabalhar com autonomia para</p><p>realizar as metas da empresa como um todo. Isso permite uma maior flexi-</p><p>bilidade e foco em mercados específicos ou produtos (Bateman; Snell, 2012).</p><p>As organizações podem criar estruturas divisionais de diversas maneiras,</p><p>como: por produto, por cliente e por divisões geográficas (Bateman; Snell, 2012).</p><p>As divisões por produto ou serviço são criadas de acordo com os diferentes</p><p>produtos ou linhas de produtos da empresa. O agrupamento das atividades</p><p>da organização por produtos facilita o emprego da tecnologia, das máquinas,</p><p>dos equipamentos, do conhecimento e da mão de obra, permitindo uma</p><p>intensificação de esforços e de concentração que aumentam sobremaneira</p><p>a eficiência da organização (Chiavenato, 2003). Essa estrutura é indicada para</p><p>circunstâncias ambientais instáveis e mutáveis, pois induz à cooperação entre</p><p>especialistas e à coordenação de seus esforços para um melhor desempenho</p><p>do produto/serviço.</p><p>As divisões por clientes são formadas para atender a diferentes grupos</p><p>de clientes ou segmentos de mercado. As características dos clientes, como</p><p>idade, sexo, nível socioeconômico, tipo de consumidor, etc., constituem a base</p><p>para esse tipo de departamentalização (Chiavenato, 2003). Essa abordagem</p><p>organizacional é mais voltada para o cliente do que para a própria empresa,</p><p>sendo muito proativa. É recomendada quando o negócio envolve diferentes</p><p>(Continuação)</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 9</p><p>tipos de produtos/serviços que variam conforme as necessidades dos clientes.</p><p>Nesse caso, o cliente ganha destaque, e os produtos/serviços são moldados</p><p>para atender às suas necessidades específicas. Essa estratégia orienta os</p><p>executivos e todos os envolvidos a priorizarem a satisfação dos clientes,</p><p>permitindo a concentração de conhecimento nas diferentes necessidades e</p><p>demandas dos diversos canais de mercado.</p><p>Já as divisões por área geográfica são baseadas em diferentes regiões em</p><p>que a empresa opera. As distinções podem ser por distrito, território, região</p><p>ou país (Bateman; Snell, 2012). A forma de se organizar por base territorial</p><p>é comumente adotada por empresas que operam em extensas áreas geo-</p><p>gráficas e têm mercados amplos. É especialmente atrativa para empresas</p><p>de grande porte que operam em diferentes locais geográficos. Empresas</p><p>multinacionais empregam essa abordagem em suas operações fora do país</p><p>de origem. Essa abordagem é mais apropriada para as áreas de produção e</p><p>vendas, sendo menos utilizada na área financeira, que nem sempre permite</p><p>a descentralização (Chiavenato, 2003).</p><p>O Quadro 2 apresenta as vantagens e desvantagens da estrutura divisional.</p><p>Quadro 2. Vantagens e desvantagens da estrutura divisional</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Ao direcionar os esforços para grupos</p><p>de produtos, clientes ou regiões, é</p><p>possível fornecer um atendimento</p><p>mais personalizado e adequado.</p><p>Pode levar à duplicação de esforços</p><p>e atividades semelhantes entre</p><p>diferentes grupos de produtos,</p><p>clientes ou regiões, o que aumenta os</p><p>custos operacionais.</p><p>Rápidas respostas às mudanças</p><p>no mercado e nas necessidades</p><p>dos clientes, devido à sua</p><p>proximidade com os problemas e as</p><p>oportunidades.</p><p>A coordenação entre várias divisões</p><p>pode ser complicada, especialmente</p><p>quando há sobreposição de</p><p>responsabilidades ou falta de</p><p>comunicação eficaz.</p><p>Divisões focadas podem favorecer</p><p>a inovação, uma vez que estão mais</p><p>centradas em resolver desafios</p><p>específicos e desenvolver soluções</p><p>criativas.</p><p>A busca por recursos e</p><p>reconhecimento pode levar a uma</p><p>competição interna prejudicial</p><p>entre as divisões, em vez de uma</p><p>colaboração harmoniosa.</p><p>Fonte: Adaptado de Bateman e Snell (2012).</p><p>Tipos de estruturas organizacionais10</p><p>A departamentalização matricial é uma combinação das abordagens fun-</p><p>cional e divisional. Os funcionários pertencem a duas estruturas: uma vertical</p><p>(funcional) e outra horizontal (divisional). Cada departamento passa a ter</p><p>uma dupla subordinação, que é seguir orientação dos gerentes funcionais e</p><p>dos gerentes de produto/projeto de forma simultânea (Bateman; Snell, 2012).</p><p>Dessa forma, a departamentalização matricial pode levar a uma maior co-</p><p>laboração, mas também pode criar conflitos de autoridade e responsabilidade.</p><p>O Quadro 3 apresenta as vantagens e desvantagens da estrutura matricial.</p><p>Quadro 3. Vantagens e desvantagens da estrutura matricial</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>A tomada de decisões é</p><p>descentralizada a um ponto que</p><p>permite o correto processamento</p><p>das informações e a aplicação do</p><p>conhecimento relevante.</p><p>Podem surgir confusões, porque as</p><p>pessoas não têm um único superior a</p><p>quem se reportar.</p><p>Há amplas redes de comunicação</p><p>para ajudar a processar grandes</p><p>volumes de informação.</p><p>Um excesso de democracia pode levar</p><p>à falta de ação.</p><p>Com a delegação das decisões aos</p><p>níveis adequados, os altos níveis de</p><p>gestão não se sobrecarregam com</p><p>decisões operacionais.</p><p>Pode surgir uma crença equivocada</p><p>de que a gestão matricial é o mesmo</p><p>que a tomada de decisões em grupo.</p><p>A utilização de recursos é eficiente</p><p>porque os principais insumos</p><p>são compartilhados por diversos</p><p>programas ou produtos importantes.</p><p>O conceito incentiva os gestores</p><p>que compartilham subordinados a</p><p>lutarem por poder.</p><p>Os funcionários aprendem</p><p>as habilidades colaborativas</p><p>necessárias para operar em um</p><p>ambiente caracterizado por reuniões</p><p>frequentes e interações mais</p><p>informais.</p><p>Criam-se rotas de carreira duplas, à</p><p>medida que mais opções de carreira</p><p>surgem dos dois lados da empresa.</p><p>Fonte: Adaptado de Bateman e Snell (2012).</p><p>Tipos de estruturas organizacionais</p><p>11</p><p>A estrutura matricial é considerada um plano flexível, em que as pessoas</p><p>trabalham juntas e os departamentos se ajudam. Ela pode ser usada quando</p><p>as coisas ficam complicadas e envolve equipes que misturam diferentes</p><p>habilidades. Essa estrutura é como um meio-termo entre diferentes formas</p><p>de organizar as empresas (Souza, 2015).</p><p>A departamentalização em equipe enfatiza a formação de equipes multi-</p><p>disciplinares que trabalham em projetos ou tarefas específicas. Essas equipes</p><p>são compostas por membros de diferentes departamentos funcionais, pro-</p><p>movendo a colaboração e a troca de conhecimentos entre as áreas. Existem</p><p>dois tipos de equipes (Chiavenato, 2003):</p><p>� as funcionais cruzadas, compostas por pessoas de vários departamen-</p><p>tos funcionais que resolvem problemas mútuos; e</p><p>� as permanentes, constituídas como se fossem departamentos formais</p><p>na organização, em que seus participantes trabalham juntos e se repor-</p><p>tam ao mesmo gerente para resolver problemas de interesse comum.</p><p>O Quadro 4 apresenta as vantagens e desvantagens da estrutura em</p><p>equipes.</p><p>Quadro 4. Vantagens e desvantagens da estrutura em equipes</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Aproveita as vantagens da estrutura</p><p>funcional, como economias de escala</p><p>e treinamento especializado, com as</p><p>vantagens do relacionamento grupal</p><p>mais intenso.</p><p>Apesar do entusiasmo pela sua</p><p>participação, os membros da equipe</p><p>enfrentam conflitos e uma dupla</p><p>lealdade. A equipe funcional cruzada</p><p>impõe diferentes solicitações aos</p><p>seus membros, o que provoca</p><p>conflitos que precisam ser resolvidos.</p><p>Redução das barreiras entre</p><p>departamentos, aumentando o</p><p>compromisso pela maior proximidade</p><p>entre as pessoas.</p><p>Aumento de tempo e recursos</p><p>despendidos em reuniões, o</p><p>que aumenta a necessidade de</p><p>coordenação.</p><p>(Continua)</p><p>Tipos de estruturas organizacionais12</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Menor tempo de reação aos</p><p>requisitos do cliente e às mudanças</p><p>ambientais, já que as decisões</p><p>da equipe são mais rápidas,</p><p>por dispensarem a aprovação</p><p>hierárquica.</p><p>Pode provocar a descentralização</p><p>exagerada e não planejada. Enquanto</p><p>os gerentes departamentais tomam</p><p>decisões de acordo com os objetivos</p><p>organizacionais, nem sempre os</p><p>membros da equipe têm uma noção</p><p>corporativa, tendendo a tomar</p><p>decisões que são boas para a equipe,</p><p>mas que podem ser ruins para a</p><p>organização como um todo.</p><p>Participação das pessoas devido</p><p>ao total envolvimento em projetos</p><p>amplos, em vez de tarefas estreitas</p><p>e monótonas do departamento. As</p><p>tarefas são enriquecidas e ampliadas.</p><p>Menores custos administrativos,</p><p>pois a equipe derruba a hierarquia,</p><p>não requerendo gerentes para sua</p><p>supervisão.</p><p>Fonte: Adaptado de Chiavenato (2003).</p><p>A departamentalização em rede é uma estrutura mais flexível, em que a</p><p>organização se conecta com parceiros externos, fornecedores e outras enti-</p><p>dades para colaborar na realização de tarefas específicas. Isso permite que</p><p>a organização se adapte rapidamente às mudanças do mercado e aproveite</p><p>recursos externos. O Quadro 5 apresenta suas vantagens e desvantagens.</p><p>Quadro 5. Vantagens e desvantagens da estrutura em rede</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Permite competitividade em escala</p><p>global, pois aproveita as vantagens</p><p>no mundo todo e alcança qualidade e</p><p>preço em seus produtos e serviços.</p><p>Falta de controle global, pois os</p><p>gerentes não têm todas as operações</p><p>dentro de sua empresa e dependem</p><p>de contratos, coordenação,</p><p>negociação e mensagens eletrônicas</p><p>com outras empresas para tocar tudo</p><p>em conjunto.</p><p>(Continua)</p><p>(Continuação)</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 13</p><p>Vantagens Desvantagens</p><p>Flexibilidade da força de trabalho</p><p>e habilidade de fazer as tarefas</p><p>onde elas são necessárias.</p><p>Apresenta flexibilidade para mudar</p><p>rapidamente sem restrições ou</p><p>limitações de fábricas próprias ou de</p><p>equipamentos fixos.</p><p>Maior incerteza e potencial de falhas,</p><p>pois, se uma empresa subcontratada</p><p>deixa de cumprir o contrato, o</p><p>negócio pode ser prejudicado. A</p><p>incerteza é maior, porque não existe</p><p>o controle direto sobre todas as</p><p>operações.</p><p>Custos administrativos reduzidos,</p><p>pois pode ter uma hierarquia simples,</p><p>com apenas dois ou três níveis</p><p>hierárquicos, contra dez ou mais das</p><p>organizações tradicionais.</p><p>A lealdade dos empregados é</p><p>enfraquecida, pois as pessoas</p><p>sentem que podem ser substituídas</p><p>por outros contratos de serviços. A</p><p>cultura corporativa se torna frágil.</p><p>Fonte: Adaptado de Chiavenato (2003).</p><p>Em síntese, a estrutura organizacional se refere à maneira como uma</p><p>organização é organizada, definindo a hierarquia, as relações de autoridade,</p><p>as responsabilidades e a comunicação dentro da organização. A departamen-</p><p>talização é uma dessas formas de organizar essa estrutura, que envolve a</p><p>criação de unidades ou departamentos dentro da organização, agrupando ati-</p><p>vidades relacionadas e recursos em categorias específicas. Na próxima seção,</p><p>serão apresentados os modelos de organograma, que permitem identificar</p><p>as diversas camadas hierárquicas e os departamentos que compõem uma</p><p>organização. O organograma comunica quem está em posição de liderança,</p><p>quem se reporta a quem e como as informações fluem entre diferentes níveis.</p><p>Organograma institucional</p><p>Um organograma é um diagrama ou uma representação gráfica que ilustra</p><p>a estrutura hierárquica e funcional de uma organização. Ele fornece uma</p><p>visão clara das relações entre os diferentes departamentos, cargos e níveis</p><p>dentro da empresa, mostrando como a autoridade e a responsabilidade são</p><p>distribuídas.</p><p>O principal propósito de um organograma é fornecer uma maneira visual</p><p>e simplificada de entender como os diferentes setores, departamentos e</p><p>indivíduos se encaixam na estrutura da organização. Ele ajuda a definir as</p><p>relações de supervisão, comunicação e tomada de decisões (Pontotel, 2023).</p><p>(Continuação)</p><p>Tipos de estruturas organizacionais14</p><p>Existem diferentes modelos de organograma construídos com base nas</p><p>estruturas organizacionais: vertical, horizontal, circular, funcional, matricial,</p><p>etc. O organograma tradicional, também conhecido como vertical ou linear,</p><p>apresenta de forma clara os níveis de hierarquia. A direção é única, a chefia</p><p>é fonte de autoridade, e cada subordinado recebe ordens de um único chefe</p><p>(Marques; Oda, 2012). A Figura 2 traz um modelo de organograma tradicional.</p><p>Figura 2. Modelo de organograma tradicional.</p><p>Fonte: Adaptada de Marques e Oda (2012).</p><p>Seção de</p><p>apoio</p><p>Seção de</p><p>fabricação</p><p>Divisão de</p><p>produtos</p><p>Divisão de</p><p>vendas</p><p>Seção de</p><p>vendedores</p><p>Seção de</p><p>entregas</p><p>Conselho</p><p>de acionistas</p><p>Diretor-presidente</p><p>O organograma de linha (staff) é uma representação gráfica que se asseme-</p><p>lha ao organograma tradicional, mas abrange funções de assessoria e outras</p><p>que não têm autoridade direta sobre as restantes, mas oferecem suporte direto</p><p>ao nível imediatamente superior. De maneira geral, as atividades de linha e</p><p>assessoria não envolvem autoridade de tomada de decisão, consistindo em</p><p>aconselhamento, análise, estudo e outras atividades que permitem aliviar</p><p>as responsabilidades de seus superiores imediatos, capacitando-os para um</p><p>desempenho mais eficiente de suas tarefas (Marques; Oda, 2012). A Figura 3</p><p>traz um modelo de organograma de linha.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 15</p><p>Figura 3. Modelo de organograma de linha.</p><p>Fonte: Adaptada de Marques e Oda (2012).</p><p>Presidência</p><p>Assesoria de comunicação Assessoria jurídica</p><p>Diretoria de produção</p><p>Diretoria de</p><p>montagem</p><p>Diretoria de</p><p>recrutamento</p><p>Diretoria de</p><p>seleção</p><p>Diretoria de qualidade Diretoria de</p><p>recursos humanos</p><p>O organograma matricial apresenta os grupos de trabalho por projetos</p><p>formados por diversos especialistas que atuam em atividades específicas.</p><p>É utilizado quando não se tem uma definição muito precisa dos órgãos, como</p><p>em grupos temporários de trabalho. A característica predominante é a sua</p><p>natureza multidimensional (Chinelato Filho, 2011). A Figura 4 traz um modelo</p><p>de organograma matricial.</p><p>Figura 4. Modelo de organograma matricial.</p><p>Fonte: Adaptada de Marques e Oda (2012).</p><p>Presidência</p><p>Diretoria</p><p>de projetos</p><p>Projeto</p><p>A</p><p>Projeto</p><p>B</p><p>Diretoria de produção Diretoria de qualidade</p><p>Diretoria de</p><p>recursos humanos</p><p>Tipos de estruturas organizacionais16</p><p>O organograma circular, também chamado de radial, apresenta os grupos</p><p>de trabalho, sem a intenção de estabelecer hierarquia entre os órgãos. É</p><p>utilizado principalmente em instituições mais modernas e flexíveis, como</p><p>empresas de consultoria, grupos artísticos, agências de propaganda, entre</p><p>outras (Chinelato Filho, 2011). A Figura 5 traz um modelo de organograma</p><p>circular.</p><p>Figura 5. Modelo de organograma circular.</p><p>Fonte: Adaptada de Marques e Oda (2012).</p><p>Presidente</p><p>Diretor</p><p>adminis-</p><p>trativo</p><p>Diretor</p><p>industrial</p><p>Diretor de</p><p>suprimentos</p><p>Dep. de</p><p>custos</p><p>Dep. de</p><p>montagem</p><p>Dep. de</p><p>acaba-</p><p>mento</p><p>Dep. de</p><p>fundição</p><p>Dep. de</p><p>matéria-prima</p><p>Dep. de</p><p>compras</p><p>Dep.</p><p>contábil</p><p>Dep. de</p><p>pessoal</p><p>Dep.</p><p>financeiro</p><p>Para selecionar o modelo organizacional mais apropriado e criar sua re-</p><p>presentação visual, é fundamental considerar vários fatores. Primeiramente,</p><p>é necessário entender qual é o propósito da instituição ou da área sobre a</p><p>qual se está criando essa representação. Isso inclui compreender claramente</p><p>seus objetivos, sua missão e suas metas (Marques; Oda, 2012). Além disso,</p><p>é crucial analisar a estrutura hierárquica dentro da organização — ou seja,</p><p>como as diferentes posições e níveis de autoridade estão organizados. Também</p><p>é importante examinar as atividades que são realizadas e as relações que</p><p>existem entre as várias unidades ou departamentos dentro da organização.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 17</p><p>A escolha e a representação adequada do modelo organizacional auxiliam</p><p>na eficácia das operações, na otimização das interações entre as partes e no</p><p>alinhamento dos esforços em direção a uma visão compartilhada, o que é vital</p><p>para a longevidade e o sucesso da organização. A natureza multidimensional</p><p>de algumas representações gráficas busca refletir as interações complexas</p><p>entre diferentes unidades e funções dentro de uma organização. Essas re-</p><p>presentações visuais desempenham um papel fundamental na compreensão</p><p>e na comunicação eficaz das dinâmicas organizacionais.</p><p>Nesse sentido, pode-se compreender como as organizações equilibram a</p><p>necessidade de manter uma identidade coesa com a capacidade de se espe-</p><p>cializar em diferentes áreas. Esse equilíbrio é essencial para criar cooperação</p><p>entre departamentos e para responder adequadamente às mudanças do</p><p>mercado. As estruturas organizacionais verticais definem quem tem autoridade</p><p>e responsabilidade em diferentes níveis, enquanto as horizontais procuram</p><p>diminuir as barreiras hierárquicas e promover a colaboração entre departa-</p><p>mentos. Os organogramas representam essas estruturas, mostrando como</p><p>as posições se relacionam. Eles facilitam a compreensão das hierarquias, dos</p><p>relacionamentos e da comunicação tanto dentro quanto fora da organização.</p><p>Referências</p><p>ANDRADE, R. O. B.; AMBONI, N. Teoria geral da administração. 2. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Elsevier, 2011.</p><p>BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. Administração. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.</p><p>CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da</p><p>moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier,</p><p>2003.</p><p>CHINELATO FILHO, J. O&M integrado à informática: uma obra de alto impacto na mo-</p><p>dernidade das organizações. 14. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.</p><p>MARQUES, C. F.; ODA, É. Organização, sistemas e métodos. Curitiba: Iesde Brasil, 2012.</p><p>PONTOTEL. Organograma de uma empresa: principais modelos e como elaborar de forma</p><p>simples. Pontotel, 2023. Disponível em: https://www.pontotel.com.br/organograma-</p><p>-de-uma-empresa/. Acesso em: 29 ago. 2023.</p><p>SOUZA, H. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Seses, 2015.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais18</p><p>Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos</p><p>testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da</p><p>publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas</p><p>páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito-</p><p>res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou</p><p>integralidade das informações referidas em tais links.</p><p>Tipos de estruturas organizacionais 19</p><p>Dica do professor</p><p>O vídeo desta unidade tem o intuito de reforçar o seu aprendizado sobre os diferentes tipos de</p><p>arranjos organizacionais, ou seja, como as organizações e suas diferentes áreas estão organizadas:</p><p>organização funcional, divisional, matricial e em rede.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/97fde7b38666becf96af68f53b2ec9cb</p><p>Exercícios</p><p>1) A tradicional abordagem funcional adotada por muitas empresas pode trazer vantagens e</p><p>desvantagens. Marque a alternativa que se refere a uma vantagem da abordagem funcional.</p><p>A) Quando as empresas estão crescendo, e o ambiente empresarial está em mutação, as áreas</p><p>de trabalho precisam ser integradas com maior eficácia.</p><p>B) Em uma organização funcional, as pessoas podem preocupar-se mais com sua função do que</p><p>com a empresa como um todo.</p><p>C) Em uma organização funcional, o fato de os gestores serem especialistas prejudica a visão e o</p><p>entendimento mais sistêmico do negócio.</p><p>D) As pessoas têm mais oportunidades de treinamento especializado e desenvolvimento</p><p>aprofundado de habilidades.</p><p>E) A estrutura funcional pode promover a diferenciação funcional, mas não a integração entre as</p><p>diferentes funções.</p><p>2) O organograma representa os cargos da empresa e a maneira como são organizados. Assim,</p><p>oferece uma visão da estrutura de subordinação e também das diversas atividades realizadas</p><p>por diferentes pessoas. Sobre as informações transmitidas por um organograma, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>A) Um organograma não pode servir como base para tomada de decisões estratégicas.</p><p>B) As caixas de um organograma representam diferentes tarefas, que não fazem relação com a</p><p>hierarquia organizacional.</p><p>C) Os níveis de gestão são indicados pelas camadas horizontais do diagrama. Os funcionários de</p><p>mesma hierarquia e que respondem a uma mesma pessoa encontram-se no mesmo nível.</p><p>D) As relações de subordinação e autoridade são indicadas pelas linhas tracejadas que mostram</p><p>ligações entre superior e subordinado.</p><p>E) O formato do organograma não reflete o que as empresas fazem na prática, é meramente</p><p>ilustrativo.</p><p>3) De acordo com a leitura indicada nesta unidade, em relação à estrutura organizacional,</p><p>pode-se afirmar que:</p><p>A) Em uma estrutura orgânica, os ocupantes de cada cargo têm responsabilidades mais amplas e</p><p>que mudam de acordo com as necessidades.</p><p>B) Colaboração e interação são palavras-chave para as estruturas orgânicas.</p><p>C) A estrutura orgânica relaciona-se com empresas mais modernas, menos rígidas e que</p><p>enfatizam a flexibilidade.</p><p>D) As organizações mecânicas refletem uma estrutura formal que tem por objetivo promover a</p><p>eficiência interna.</p><p>E) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>4) Observe a afirmação: "enquanto as empresas diferenciam suas estruturas, os gestores</p><p>devem, ao mesmo tempo, considerar aspectos de integração". É CORRETO fazer a seguinte</p><p>afirmação:</p><p>A) Quanto mais diferenciada for uma empresa, menor será a necessidade de integração entre</p><p>suas unidades.</p><p>B) A afirmação demonstra que mesmo as tarefas especializadas de uma empresa não podem ser</p><p>completamente independentes.</p><p>C) A integração e a coordenação não são adequadas para um alinhamento das tarefas à missão</p><p>geral da empresa.</p><p>D) A diferenciação horizontal dentro da estrutura organizacional envolve, além de outros fatores,</p><p>o conselho de administração, o presidente executivo e os níveis hierárquicos.</p><p>E) A diferenciação vertical na estrutura organizacional envolve questões de departamentalização</p><p>que criam empresas funcionais.</p><p>5) Sobre estrutura organizacional, assinale a alternativa que se relaciona com a necessidade de</p><p>mudanças estruturais</p><p>em uma organização.</p><p>A) Fazer com que a geração de ideias dentro da empresa seja responsabilidade de todos.</p><p>B) Aproximar gestores e equipes de diferentes áreas em um projeto estratégico comum.</p><p>C) Atualmente, muitas unidades de apoio, como departamentos de pesquisa, jurídico, de</p><p>relações públicas e departamento pessoal, estão revendo o seu papel nas organizações.</p><p>D) A concorrência, o avanço tecnológico e a globalização são fatores que afetam as estruturas</p><p>organizacionais.</p><p>E) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>Na prática</p><p>A coliderança – quando mais de um líder comanda a empresa – tem sido adotada em diversos</p><p>setores por ser considerada uma gestão mais igualitária e colaborativa. Porém, nem sempre a</p><p>prática é vantajosa. Um estudo da Universidade de Colúmbia (Estados Unidos) usou a indústria da</p><p>moda para discutir essa questão.</p><p>Esse é um exemplo de como as estruturas organizacionais podem se tornar mais flexíveis. No</p><p>entanto, é necessário respeitar as particularidades de cada negócio e o processo de mudança na</p><p>cultura organizacional que se faz necessário. Em um ambiente de mudanças bastante aceleradas, "a</p><p>pressa pode ser inimiga da perfeição"!</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Os sete princípios das empresas orgânicas</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>CONHEÇA OS TIPOS DE ESTRUTURAS</p><p>ORGANIZACIONAIS EXISTENTES</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>5 dicas para ter uma estrutura organizacional de primeira</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.youtube.com/embed/EKO0j7Lc7Vs</p><p>https://www.ibccoaching.com.br/portal/conheca-os-tres-tipos-de-estruturas-organizacionais-existentes/</p><p>https://endeavor.org.br/pessoas/estrutura-organizacional/</p>