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<p>História da Palestina</p><p>nos Tempos de Jesus</p><p>Material Teórico</p><p>Responsável pelo Conteúdo:</p><p>Prof. Dr. Edgar Silva Gomes</p><p>Prof. Ms. André Valva</p><p>Revisão Textual:</p><p>Prof. Ms. Claudio Brites</p><p>A Atuação de Jesus e os Poderosos de seu Tempo</p><p>• Jesus e o Poder em seu Tempo</p><p>• Jesus Confronta os Poderosos</p><p>• Jesus: A Condenação Política e a Pena de Morte</p><p>· Apresentar um panorama sobre os poderes políticos da Galileia e da</p><p>Palestina dos tempos de Jesus.</p><p>OBJETIVO DE APRENDIZADO</p><p>A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>de seu Tempo</p><p>Orientações de estudo</p><p>Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem</p><p>aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua</p><p>formação acadêmica e atuação profissional, siga</p><p>algumas recomendações básicas:</p><p>Assim:</p><p>Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte</p><p>da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e</p><p>horário fixos como o seu “momento do estudo”.</p><p>Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma</p><p>alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.</p><p>No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e</p><p>sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também</p><p>encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua</p><p>interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.</p><p>Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,</p><p>pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato</p><p>com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.</p><p>Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte</p><p>Mantenha o foco!</p><p>Evite se distrair com</p><p>as redes sociais.</p><p>Mantenha o foco!</p><p>Evite se distrair com</p><p>as redes sociais.</p><p>Determine um</p><p>horário fixo</p><p>para estudar.</p><p>Aproveite as</p><p>indicações</p><p>de Material</p><p>Complementar.</p><p>Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma</p><p>Não se esqueça</p><p>de se alimentar</p><p>e se manter</p><p>hidratado.</p><p>Aproveite as</p><p>Conserve seu</p><p>material e local de</p><p>estudos sempre</p><p>organizados.</p><p>Procure manter</p><p>contato com seus</p><p>colegas e tutores</p><p>para trocar ideias!</p><p>Isso amplia a</p><p>aprendizagem.</p><p>Seja original!</p><p>Nunca plagie</p><p>trabalhos.</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Contextualização</p><p>A Palestina e a região da Galileia são de fundamental importância dentro do</p><p>estudo teológico. Foram os principais palcos onde a crença judaica e, posterior-</p><p>mente, cristã se desenvolveu.</p><p>A Unidade traz uma compreensão sucinta da política nas duas regiões, Palestina</p><p>e Galileia, destacando o termo sucinto, pois a política é complexa e sua influência</p><p>para os assuntos teológicos são profundos, assim como a criação simbólica para</p><p>judeus e cristãos.</p><p>Estes estudos introdutórios da política da Palestina e da Galileia servem de ce-</p><p>nário para a compreensão de quem foi Jesus e como ele se envolveu com os mo-</p><p>vimentos sociais de sua época. É importante contextualizar Jesus dentro da região</p><p>onde viveu, cresceu e iniciou seu próprio movimento social/religioso.</p><p>Desfrute dos conteúdos e não se esqueça de acessar os materiais e conteúdos</p><p>complementares.</p><p>Vamos conhecer a Palestina?</p><p>Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal será dar</p><p>conta de conhecer, definir, classificar e conceituar a Teologia como campo de pes-</p><p>quisas, estudos e formação acadêmica e profissional, é o que você encontrará nas</p><p>próximas unidades.</p><p>Ademais, perceba que a Disciplina em ensino a distância pode ser realizada</p><p>em qualquer lugar que você tenha acesso à Internet e em qualquer horário. Dessa</p><p>forma, normalmente com a correria do dia a dia não nos organizamos e deixamos</p><p>para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará no não aprofunda-</p><p>mento do material trabalhado, ou ainda, na perda dos prazos para o lançamento</p><p>das atividades solicitadas.</p><p>Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exem-</p><p>plo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário</p><p>todos ou alguns dias e determinar como o “momento do estudo”.</p><p>No material de cada unidade há videoaulas e leituras indicadas, assim como</p><p>sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua</p><p>interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.</p><p>Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em</p><p>fóruns de discussão, assim como realize as atividades de sistematização, essas que</p><p>lhe ajudarão a verificar o quanto absorveu do conteúdo: são questões objetivas que</p><p>lhe pedirão resoluções coerentes ao apresentado no material da respectiva Unida-</p><p>de para, então, prepará-lo(a) à realização das respectivas avaliações. Tratando-se</p><p>de atividades avaliativas, se houver dúvidas sobre a correta resposta, volte a consul-</p><p>tar as videoaulas e leituras indicadas para sanar tais incertezas.</p><p>8</p><p>9</p><p>A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>de seu Tempo</p><p>Jesus e o Poder em seu Tempo</p><p>Primeiramente, precisamos relembrar que a Palestina, e consequentemente a</p><p>Galileia, era uma província romana; assim, Roma nomeava um líder para a região.</p><p>Nos tempos de Jesus, o representante romano na região era Pôncio Pilatos. Ele foi</p><p>governador da Judeia de 26 a 36 d.E.C., e ele era mais conhecido como Procurador.</p><p>Pilatos foi de Cesaria para Jerusalém para vigiar a cidade na Páscoa (comemoração</p><p>judaica sobre o êxodo do Egito nos tempos de Moisés). Neste período festivo, os</p><p>pensamentos rebeldes e os sentimentos separatistas ficavam mais aflorados, por esta</p><p>razão, Roma enviou um Procurador para a região.</p><p>Em determinado momento, viu-se obrigado a suprimir uma revolta popular judaica,</p><p>em relação ao uso do dinheiro do Templo para a construção de um aqueduto. Pilatos</p><p>executou os líderes samaritanos da revolta, mas esta atitude levou Roma a chamá-lo de</p><p>volta para conter os ânimos e consolidar o domínio na região da Palestina.</p><p>O fato de Pilatos ter permanecido no cargo por dez anos indica que ele não foi</p><p>um mal administrador. Sua importância para o movimento de Jesus é que ele está</p><p>relacionado, diretamente, com a morte de Jesus.</p><p>A Palestina também era governada pelos chamados “Reis Clientes”. Herodes,</p><p>o Grande, foi o principal representante destes reis. Ele herdou a região de seu pai,</p><p>Hircano II, que foi Procurador romano antes de Pôncio Pilatos.</p><p>Herodes, o Grande, foi o responsável por unificar todas as províncias (Idumeia,</p><p>Judeia, Pereia, Samaria, Galileia, Atanaria e Traquionítida) sob o mesmo comando.</p><p>Ele governou estas regiões de 37 a 4 a.E.C. Quando ele morreu, suas terras foram</p><p>deixadas em testamento para seus filhos.</p><p>Arquelau ficou com as terras da Judeia, Idumeia e Samaria; governou de 4</p><p>a.E.C até 6 E.C. Ele encontrou fortes resistências em suas terras, pois a população</p><p>era (quase em absoluto) judaica. Diferentemente dos demais territórios. Augusto,</p><p>imperador romano, depôs Arquelau, anexando a região e classificando-a como</p><p>Província Imperial; assim a Judeia, Idumeia e Samaria ficariam sob administração</p><p>de um procurador romano.</p><p>A Galileia e a Pereia ficaram com Herodes Antipas, que governou de 4 a.E.C</p><p>até 39 E.C.; foi considerado um bom governante do ponto de vista romano. Com</p><p>controle rígido e severo, procurou não cometer o mesmo erro do irmão e sufocava</p><p>severamente quaisquer reações contrárias ao seu governo.</p><p>9</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Herodes Filipe – que na verdade era neto de Herodes, pois seu pai, Aristóbulo,</p><p>morreu antes de Herodes, o Grande – ficou com as terras consideradas não judaicas:</p><p>Atanaria e Traquionítida, e governou de 4 a.E.C até 34 E.C.</p><p>A dinastia herodiana é chamada de reis-clientes, pois governava suas regiões</p><p>devendo subordinação a Roma. Por esta razão, foram governos com fortes influ-</p><p>ências helênicas e com alta taxa de tributação do povo.</p><p>Contudo, a autoridade mais importante da Galileia era Herodes Antipas, rei</p><p>idumeu1</p><p>nomeado pelos romanos para administrar a região. Seu governo foi</p><p>extremamente rigoroso contra quaisquer tipos de manifestação, ele mantinha</p><p>espiões entre os camponeses galileus para encontrar subversivos e revoltosos a</p><p>fim de desestruturar sua administração2.</p><p>Para se ter uma ideia do quanto Antipas não desejava qualquer ajuntamento</p><p>ao redor de um líder, basta ler nos Evangelhos os relatos da prisão de João</p><p>Batista e o modo cruel como mandou executá-lo (Mc 6:14-29).3</p><p>Antipas ficou marcado na Galileia pelas reformas, principalmente, na cidade-</p><p>-fortaleza de Séforis e a construção de Tiberíades. Expressando sua desconfiança e</p><p>tentando manter a ordem a qualquer custo, o rei obriga os galileus mais influentes</p><p>e abastados a se mudarem para as cidades-fortaleza, para vigiá-los melhor. Estas</p><p>exigências não foram bem recebidas, especialmente, pelos camponeses que já não</p><p>viam as cidades com bons olhos e não concordavam, em absoluto, com a maneira</p><p>de Antipas dirigir a região.</p><p>O camponês judeu certamente experimentava a cidade como alheia,</p><p>como se pode notar nas muitas referências na literatura rabínica, que a vê</p><p>como um lugar estabelecido para extorquir e oprimir.4</p><p>Séforis passou a funcionar como uma fortaleza que garantia o recolhimento dos</p><p>impostos e vigiava as aldeias galilaicas em suas cercanias;5 enquanto Tiberíades</p><p>funcionava como capital da Galileia. Antipas se utilizou destas duas cidades para</p><p>controlar a população, exercendo uma função parasítica, transformando a cultura</p><p>galilaica em um comércio agrário típico do império romano;6 onde não basta pegar</p><p>somente o excedente do povo, mas a aristocracia tomava a terra dos camponeses.7</p><p>1 Província judaica situada ao Sul do território da Palestina Primitiva. Conferir mapa em anexo.</p><p>2 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo:</p><p>Loyola, 1996. p. 123.</p><p>3 SILVA, Sydney Farias da. Autoconsciência messiânica de Jesus. 2006. 158 f. Dissertação (Mestrado em Teologia)</p><p>– Escola Superior em Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2006. p. 60.</p><p>4 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo: Loyola,</p><p>1996. p. 131.</p><p>5 SILVA, Sydney Farias da. Autoconsciência messiânica de Jesus. 2006. 158 f. Dissertação (Mestrado em Teologia)</p><p>– Escola Superior em Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2006. p. 60.</p><p>6 LIMA, Anderson de Oliveira. Acumulai tesouros no Céu: estudo da linguagem econômica do Evangelho de Mateus.</p><p>2010. 145 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo</p><p>do Campo, 2010. p. 13.</p><p>7 CROSSAN, John Dominic. O nascimento do cristianismo: o que aconteceu nos anos que se seguiram à execução</p><p>de Jesus. São Paulo: Paulinas, 2004. p. 201-202.</p><p>10</p><p>11</p><p>A Palestina no Tempo de Jesus: https://goo.gl/dxRxhB</p><p>Ex</p><p>pl</p><p>or</p><p>A ligação de Jesus, e seu movimento, com estes governantes acontece no</p><p>governo de Herodes Antipas e de Herodes Filipe. Antipas é quem manda matar</p><p>João Batista, por “difamar” seu casamento e fazer diversas acusações políticas</p><p>contra os governantes judaicos.</p><p>A política e a economia, na Galileia, estavam ligadas; já que uma dependia da</p><p>outra para caminhar. A economia circulava em torno da pecuária e da agricultura,</p><p>principalmente a produção de grãos; os aldeões viviam próximos à miséria, devido</p><p>aos impostos, taxas e dízimos que tinham que contribuir mensalmente.</p><p>A situação piorou com a chegada dos romanos, que impuseram uma agressiva</p><p>transformação8 onde exigiam a entrega dos excedentes da produção, e muitas</p><p>vezes da própria terra para o abatimento de dívidas. Com isso os romanos tiravam</p><p>muito mais dos galileus: eles lhes tomavam a dignidade!9</p><p>[...] à época romana, o pagamento de impostos estava atrelado unicamente</p><p>ao cálculo efetuado pelos censores, não ao montante real da produção [...].10</p><p>A região do Norte era conhecida pela sua alta capacidade de produção, o comércio</p><p>era pouco desenvolvido nessas terras; a pecuária era restrita à criação de animais</p><p>para fins religiosos e eventos grandiosos. O forte era a produção de grãos, plantava-</p><p>se trigo, cevada, figo, azeitonas, uvas, tâmaras, romãs, maçãs, nozes, lentilhas,</p><p>ervilhas, alface, chicória, agrião, entre outros.11 As atividades de pesca não podem</p><p>ser esquecidas, pois eram economicamente importantes para a Galileia. Em partes,</p><p>foi esta alta capacidade de produção galilaica que sugeriu, aos governantes judeus e a</p><p>Antipas, o recolhimento de altos impostos para as construções e para a manutenção</p><p>das cidades-fortaleza e dos padrões luxuosos da aristocracia.</p><p>As rotas comerciais traziam produtos de fora e colaboraram com a circulação da</p><p>moeda, que no primeiro século E.C. era a romana que vigorava.</p><p>A Baixa Galileia, por onde passavam as rotas comerciais, era dirigida por</p><p>centros administrativos romanos. As cidades estavam ligadas à planície</p><p>litorânea e tinham um excelente contato com as caravanas. Por essa</p><p>razão possuíam melhores informações e o contato com as culturas, que</p><p>transitam com o comércio [...].12</p><p>8 LIMA, Anderson de Oliveira. Acumulai tesouros no Céu: estudo da linguagem econômica do Evangelho de Mateus.</p><p>2010. 145 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo</p><p>do Campo, 2010. p. 10.</p><p>9 Op. cit., p. 11.</p><p>10 WEGNER, Uwe. Jesus, a dívida externa e os tributos romanos. In: RICHTER REIMER, Ivoni (Org.). Economia</p><p>do mundo bíblico: enfoques sociais, históricos e teológicos. São Leopoldo: CEBI; Sinodal, 2006. p. 122. Apud:</p><p>FERREIRA, Valdivino José. A dimensão política da práxis de Jesus no Evangelho de Lucas. 2009. 132 f. Dissertação</p><p>(Mestrado em Ciências da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2009. p. 25.</p><p>11 Cf.: <http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/palestina.htm>. Acesso em: 5 mar. 2011.</p><p>12 SILVA, Sydney Farias da. Autoconsciência messiânica de Jesus. 2006. 158 f. Dissertação (Mestrado em Teologia)</p><p>– Escola Superior em Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2006. p. 63.</p><p>11</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>A distribuição de bens e serviços era melhor realizada nas cidades-fortaleza</p><p>de Séforis e Tiberíades 13onde residia a aristocracia romana galilaica e judaica.</p><p>Nestas cidades, os habitantes tinham certos confortos, principalmente devido às</p><p>características helênicas14 impostas pelo governante local, Herodes Antipas. Nos</p><p>demais lugares da Galileia, a população era predominantemente camponesa e não</p><p>desfrutava de luxos e regalias.</p><p>Os camponeses eram maioria, mas existiam aqueles que não se enquadravam</p><p>dentro de um judaísmo tipicamente nacionalista galileu, que era relativamente</p><p>diferente do judaísmo pregado na Judeia. Existiam também os essênios, os zelotes</p><p>e os fariseus.15</p><p>Os zelotes surgiram dos camponeses galileus:</p><p>Assim, um zelote era qualquer judeu (a) profundamente zeloso na prática</p><p>da Lei Mosaica, (b) que insistia com os outros judeus para observarem a Lei</p><p>estritamente, como forma de separar Israel dos gentios imorais e idólatras</p><p>que os cercavam, e (c) que, em alguns casos, podiam usar hostilidade,</p><p>violência ou mesmo assassinato para forçar seus correligionários a adotar</p><p>o total afastamento dos gentios e de seu estilo de vida. Contudo, nem todo</p><p>judeu zeloso pela Lei usava a violência como meio de expressar tal zelo.16</p><p>De fato, os zelotes lutavam pela restauração de um judaísmo legítimo e, para</p><p>isso, combatiam tanto os romanos quanto as elites judaicas do Templo. Muitos</p><p>zelotes estavam ligados ao banditismo social, tentando recuperar um pouco da</p><p>dignidade que os romanos, seus administradores e os sacerdotes da Judeia haviam</p><p>lhes retirado.</p><p>Os camponeses galileus os viam como justiceiros, e com frequência davam abrigo</p><p>para membros do movimento. Os zelotes funcionavam mais como organização</p><p>social que buscava a libertação dos camponeses do domínio romano, do que como</p><p>movimento religioso.</p><p>Os zelotes eram um grupo que negava se submeter ao imperador romano</p><p>e chamá-lo de Senhor. Determinados a mudar o curso da história com</p><p>suas próprias mãos, eram vistos pelo Império Romano como bandidos ou</p><p>ladrões [...].17</p><p>13 Cidades localizadas no Norte da Galileia. Séforis mais próxima do litoral, a Oeste; Tiberíades mais a Leste, próxima</p><p>ao Mar da Galileia. Cf. mapa em anexo.</p><p>14 Estas características dizem respeito ao acesso à educação, às casas de banho públicas e à abundância de comida. É</p><p>também relevante a arquitetura dessas cidades, que eram de influência helênica. Cf.: FUNARI, Pedro Paulo Abreu.</p><p>Antiguidade Clássica: a história e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Unicamp, 2003.</p><p>15 Existia mais um grupo: os saduceus, porém, este grupo limita-se às regiões da província da Judeia; não fazendo parte</p><p>do cotidiano galilaico. Cf.: FERREIRA, Valdivino José. A dimensão política da práxis de Jesus no Evangelho de</p><p>Lucas. 2009. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás,</p><p>Goiânia, 2009. p. 29.</p><p>16 MEIER, John P. Um judeu marginal. v. 3. l. 2. Rio de Janeiro: Imago, 2004. p. 292.</p><p>17 LOHSE, Eduard. Contexto e ambiente do novo testamento. Tradução de Hans Jörg Witter. São Paulo: Paulinas,</p><p>2004. Apud: FERREIRA, Valdivino José. A dimensão política da práxis de Jesus no Evangelho de Lucas. 2009. 132</p><p>f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2009. p. 34.</p><p>12</p><p>13</p><p>Eles buscavam uma separação dos invasores e isso levava, inevitavelmente, ao</p><p>regresso de um judaísmo puro, sem influências de outras culturas que povoaram a</p><p>Galileia por mais de oito séculos. Acima de tudo, os zelotes promoviam um retorno às</p><p>origens que, como veremos mais adiante, é um dos discursos de Jesus em seu grupo.18</p><p>Outro grupo bastante presente na Galileia eram os fariseus. Eram judeus mais</p><p>tradicionais que seguiam as Leis Mosaicas, as tradições orais e preservavam a</p><p>pureza do corpo; acreditavam na ressurreição e na vinda de um Messias libertador;</p><p>criam também na alma e também no diabo. Eram os administradores das sinagogas</p><p>e se dedicavam ao estudo e debate das Leis judaicas e orientações talmúdicas. Era</p><p>uma forma de enfrentar o poder do Templo de Jerusalém, que era administrado</p><p>pelos saduceus – teoricamente os oponentes dos fariseus.</p><p>São mal interpretados atualmente devido aos evangelhos, que os qualificam</p><p>como hipócritas. Na verdade, os fariseus eram um grupo fechado e com grandes</p><p>interesses políticos. Possuíam grande apelo junto ao povo, eram simpáticos e</p><p>acessíveis; assim como no Sinédrio, onde os fariseus eram a maioria e detinham</p><p>uma rede de influências muito grande: “Os fariseus são aqueles que tudo observam,</p><p>tudo suspeitam, que controlam o povo e o influenciam com a sua propaganda”.19</p><p>Devido à influência helênica na região, os fariseus propunham uma renovação</p><p>moral, sem sair dos trilhos das leis mosaicas.</p><p>Os essênios se autodenominavam “os piedosos”20 e ainda existe discussão sobre</p><p>o contexto histórico do surgimento desse grupo. Eles desenvolveram sua própria</p><p>visão de messianismo:</p><p>18 HORSLEY, Richard; HANSON, John. Bandidos, profetas e messias: movimentos populares no tempo de Jesus.</p><p>São Paulo: Paulus, 1995.</p><p>19 MUSSNER, Franz. Tratado sobre os judeus. São Paulo: Paulinas, 1987. p. 192. (Biblioteca de Estudos Bíblicos).</p><p>Apud: SCHACH, Vanderlei Alberto. Fariseus e Jesus: teologia e espiritualidade em relação ao sábado a partir de Mc</p><p>3:1 – 6: características e avaliação crítica. 2007. 203 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Escola Superior de</p><p>Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2007. p. 18.</p><p>20 SILVA, Sydney Farias da. Autoconsciência messiânica de Jesus. 2006. 158 f. Dissertação (Mestrado em Teologia)</p><p>– Escola Superior em Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2006. p. 30.</p><p>13</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Os essênios constituíam-se em um judaísmo paralelo, pois tinham rompido</p><p>formalmente com o judaísmo oficial e a si mesmos se designavam de “comunidade</p><p>da aliança”.21</p><p>Formavam um grupo independente; muitas vezes recrutando outros</p><p>judeus e convertendo gentios para seus grupos. Um essênio famoso da</p><p>Bíblia talvez seja João Batista. As características dele se parecem demais</p><p>com as doutrinas essênias; isto pode nos levar a pensar que Jesus era</p><p>essênio, o que é mera especulação.</p><p>Acreditavam que com eles um novo Israel surgiria e onde cerimônias religiosas</p><p>seriam realizadas num Templo completamente puro; uma vez que consideravam o</p><p>Templo de Jerusalém impuro. Refugiavam-se isolados de qualquer comunidade e</p><p>esperavam pela chegada do Messias, que os guiaria e lideraria para o grande embate</p><p>entre o bem e o mal. Viviam em comunidades isoladas, pregando a pobreza como</p><p>caminho para a salvação. Acreditavam na imortalidade da alma,22 na ressurreição,</p><p>em anjos, em demônios; eram semelhantes aos fariseus nestas crenças. O isolamen-</p><p>to que se propunham era uma forma de fugir dos pecados e dos pecadores.</p><p>Jesus Confronta os Poderosos</p><p>Jesus mostra ao longo dos relatos dos Evangelhos que sua família era ligada às</p><p>tradições judaicas. Os Evangelhos nos falam de quatro irmãos de Jesus, e todos</p><p>eles possuem nomes de patriarcas do judaísmo e fundadores da Nação: “Não é</p><p>este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago,</p><p>José, Simão e Judas?”23 O nome de Jesus também segue esta linha. Yeshua é uma</p><p>redução de Yehoshua (Josué), grande herói bíblico e sucessor de Moisés.24</p><p>A família de Jesus seguia uma tendência da sociedade galilaica após a retomada do</p><p>Templo de Jerusalém pelos macabeus,25 de colocar nas crianças nomes de patriarcas</p><p>e heróis judeus; hábito que havia se perdido com o exílio no deserto e a miscigenação</p><p>da população em algumas províncias judaicas, uma delas a própria Galileia.</p><p>21 Op. cit., p. 31.</p><p>22 SCHACH, Vanderlei Alberto. Fariseus e Jesus: teologia e espiritualidade em relação ao sábado a partir de Mc 3:1 –</p><p>6: características e avaliação crítica. 2007. 203 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Escola Superior de Teologia.</p><p>Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2007. p. 35.</p><p>23 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo; Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1121.</p><p>24 MEIER, John P. Um judeu marginal. Repensando o Jesus histórico. Rio de Janeiro: Imago, 1992. p. 205-206.</p><p>25 Dinastia sacerdotal que recebeu este nome graças ao chefe rebelde Judas Macabeu; O movimento macabeu restaurou</p><p>a liberdade da religião judaica depois da repressão do império selêucida, conquistou independência política e</p><p>restabeleceu uma monarquia judaica. Cf.: PORTER, J. R. A Bíblia: guia ilustrado das escrituras sagradas: história,</p><p>literatura e religião. São Paulo: Publifolha, 2009. p. 140.</p><p>14</p><p>15</p><p>Jesus, provavelmente, foi criado em uma família que zelava pelas tradições</p><p>religiosas judaicas; e isso também pode ser percebido nos seus discursos e</p><p>ensinamentos. Jesus menciona com frequência um retorno ao judaísmo antes</p><p>do sincretismo com diversas crenças das quais os judeus tiveram contato desde</p><p>o Egito até a conquista da Palestina Antiga. Podemos citar Mt 5:17, onde Jesus</p><p>anuncia que veio cumprir as Leis Mosaicas do Pentateuco, e não as alterar.26</p><p>Esse discurso ganha importância no estudo, pois os galileus eram belicosos27 e</p><p>talvez se surpreendessem com as atitudes amenas desse carpinteiro de Nazaré.</p><p>Esta passagem pode ser considerada marcante, pois ela sintetiza o pensamento de</p><p>Jesus à frente de seu movimento: de fazer cumprir todas as Leis da Torá e não de</p><p>adaptá-las ao momento em que vivem:</p><p>A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo</p><p>anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por</p><p>entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer</p><p>da Lei (Lc 16:16-17).28</p><p>O til é um pequeno sinal colocado acima de algumas letras hebraicas, considerado</p><p>a menor parte de uma</p><p>letra. Dessa maneira, Jesus explicita aos seus seguidores</p><p>que, realmente, não pretende alterar dogmas ou tradições religiosas, mas, sim,</p><p>fazer cumprir a Lei da Torá. Jesus demonstrava claramente a intenção de retornar</p><p>às bases do judaísmo.</p><p>O que é distintivo sobre a representação da tradição do Evangelho do</p><p>ensinamento de Jesus não é um individualismo itinerante radical, mas a</p><p>renovação ou revitalização da comunidade local.29</p><p>Jesus pregava um retorno ao judaísmo essencialmente fundamentalista; quer</p><p>dizer, ligado às bases fundamentais da religião. As bem-aventuranças (Lc 6:20-22 e</p><p>Mt 5:1-12)30 são exemplos de como Jesus pensava esta revitalização do judaísmo.</p><p>Em Lucas 13:28, Jesus dá outro exemplo deste retorno: “[...] ali haverá choro e</p><p>ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos</p><p>os profetas, mas vós, lançados fora [...]”.31</p><p>Os Evangelhos nos mostram que para Jesus esta era uma questão importante,</p><p>pois ele voltava com frequência a este tema, ora envolto com questões políticas,</p><p>ora com questões econômicas e, outras vezes, com questões sociais.</p><p>26 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, p. 1106.</p><p>27 HORSLEY, Richard A. Arqueologia, história e sociedade na Galileia: o contexto social de Jesus e dos Rabis. São</p><p>Paulo: Paulus, 2000, p. 23.</p><p>28 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, p. 1209.</p><p>29 Op. Cit., p. 160.</p><p>30 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.106,</p><p>1.191.</p><p>31 Op. cit., p. 1.206.</p><p>15</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Com uma filosofia de retorno às origens, ou revitalização da comunidade judai-</p><p>ca, o discurso de Jesus circulava com maior receptividade entre os mais pobres e os</p><p>excluídos da sociedade galilaica. Desde que iniciou seu movimento messiânico até</p><p>morrer, Jesus caminhou predominantemente entre os camponeses judeus das al-</p><p>deias galilaicas;32 apesar de pessoas marginalizadas virem dos mais diversos lugares</p><p>da província para escutar e aprender seus ensinamentos, como em Mc 7:24-30.33</p><p>O movimento messiânico de Jesus era composto por pobres, que na Galileia</p><p>do primeiro século E.C., devido aos encargos exigidos pelo governo local e pelos</p><p>sacerdotes do Templo de Jerusalém, era comum. Andavam também com Jesus</p><p>pessoas que eram denominadas pecadoras; eram chamadas assim pelos fariseus,</p><p>pois não seguiam suas tradições de pureza legal, como em Mt 9:10-13:</p><p>E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores</p><p>vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os</p><p>fariseus perguntavam aos discípulos: por que come vosso mestre com os</p><p>publicanos e pecadores?34</p><p>Nesta passagem aparece outro personagem fundamental na vida da população</p><p>galilaica: o publicano. Ele é o coletor de impostos do império romano. Além de mal</p><p>visto pelo povo (pois arrancava – muitas vezes – o pouco que sobrava das famílias),</p><p>ele era motivo de insegurança, de represálias, caso os tributos não fossem pagos.35</p><p>Jesus recruta, inclusive, um publicano para compor o grupo de seguidores que</p><p>seriam seus “aprendizes oficiais”: Levi:</p><p>Passadas estas coisas, saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado</p><p>na coletoria, e disse-lhe: segue-me! Ele se levantou e, deixando tudo, o</p><p>seguiu (Lc 5:27-28).36</p><p>Outro grupo que compunha o movimento de Jesus eram os doentes da região.</p><p>Algumas doenças eram consideradas de origem espiritual (como a lepra), o que</p><p>excluía o indivíduo definitivamente da sociedade; mas para Jesus e seu movimento</p><p>isso não era empecilho para a inclusão deste (Lc 5:12-16).37</p><p>As mulheres ganham espaço no movimento de Jesus; algo que não possuíam</p><p>em seu núcleo familiar ou na sociedade. Nos Evangelhos, podemos perceber que</p><p>o movimento social de Jesus acolhia também as mulheres: a mulher que ungiu os</p><p>pés de Jesus com suas lágrimas (Mt 26:6-13) e as mulheres que assistiam a Jesus</p><p>em suas peregrinações, como Maria Madalena, Joana – mulher de Cuza –, Suzana</p><p>e muitas outras (Lc 8:1-3).38</p><p>32 HORSLEY, Richard; HANSON, John. Bandidos, profetas e messias: movimentos populares no tempo de Jesus.</p><p>São Paulo: Paulus, 1995. p. 21.</p><p>33 Uma mulher grega de origem siro-fenícia procura por Jesus para que ele cure sua filha possuída por demônios. Cf.:</p><p>Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.159.</p><p>34 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.113.</p><p>35 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo:</p><p>Loyola, 1996. p. 74.</p><p>36 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.189.</p><p>37 Ibidem.</p><p>38 Op. cit., p. 1.194.</p><p>16</p><p>17</p><p>[...] apenas Lucas nos diz que as mulheres faziam parte de seu séquito</p><p>permanente na Galileia e, correspondendo a este papel, são elas que</p><p>atuam como o primeiro laço essencial na proclamação da boa nova da</p><p>ressurreição após seu encontro com os mensageiros angélicos [...].39</p><p>Essas pessoas – pobres, pecadores, doentes, mulheres e excluídos de toda</p><p>espécie – seguiam a Jesus pela palavra de conforto que ele trazia, além de pregar</p><p>o desapego total dos bens materiais; o que vinha bem a calhar, uma vez que não</p><p>possuíam nada mais para lhes serem tirados.40</p><p>Jesus e seu movimento aparecem num momento difícil para a Província, onde a</p><p>população estava precisando de amparo moral e espiritual, principalmente aqueles</p><p>que eram excluídos da sociedade; por isso seu sucesso com pessoas desse grupo.41</p><p>Jesus, inevitavelmente, aborda questões político-econômicas em seu movimento.</p><p>A história do filho pródigo (Lc 15:11-32)42 reflete uma economia de pequenos</p><p>camponeses – alguns servos contratados e um único animal reservado para uma</p><p>festa especial.</p><p>Podemos perceber que além dessa história, as parábolas também mostram uma</p><p>sociedade agrária e, em alguns pontos, uma dependência da pesca; sendo alguns</p><p>discípulos de Jesus pescadores:</p><p>Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André,</p><p>que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. [...] pouco mais</p><p>adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no</p><p>barco consertando redes. E logo os chamou [...] (Mc 1:16-20).43</p><p>A questão econômica para o movimento é importante devido aos pesados</p><p>tributos que a população galilaica tinha que pagar; assim, Jesus recorre a este tema</p><p>frequentemente para ilustrar seus ensinamentos.</p><p>O apelo de Jesus para a remissão mútua de dívidas e para que as pessoas</p><p>reagissem reciprocamente à angústia e às necessidades básicas se</p><p>encaixaria perfeitamente numa situação assim quer se construa ou não</p><p>simplesmente como ensinamento ou como parte de um programa mais</p><p>concreto de renovação da comunidade local.44</p><p>39 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo:</p><p>Loyola, 1996. p. 102.</p><p>40 Op. cit., p. 82.</p><p>41 HORSLEY, Richard A. Arqueologia, história e sociedade na Galileia: o contexto social de Jesus e dos rabis. São</p><p>Paulo: Paulus, 2000. p. 158.</p><p>42 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.208.</p><p>43 Op. cit., p. 1.148.</p><p>44 HORSLEY, Richard A. Arqueologia, história e sociedade na Galileia: o contexto social de Jesus e dos rabis. São</p><p>Paulo: Paulus, 2000. p. 160.</p><p>17</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Em relação à remissão de dívidas, podemos encontrar em Lc 11:2-4 uma</p><p>importante referência de como esta questão era delicada para os galileus:</p><p>Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu</p><p>nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia;</p><p>perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todo o que nos</p><p>deve; e não nos deixes cair em tentação [...].45</p><p>A oração do Pai Nosso é recitada</p><p>até os dias atuais, porém, à época, representava</p><p>uma angústia popular que assolava a Galileia do século I: as dívidas. A oração</p><p>mostra que perdoando as dívidas dos devedores, a pessoa receberia o perdão pelos</p><p>pecados cometidos – e isto significa qualquer comportamento pecaminoso ao</p><p>entendimento da época: não seguir as Leis da Torá, não agradar a Deus etc. Pode-</p><p>se notar o peso que esse assunto possuía entre a população pobre da Galileia.</p><p>Nesta linha de pensamento, Jesus também ensinou através de parábolas, como</p><p>a do servo que devia ao seu senhor e foi perdoado, mas não perdoou aquele</p><p>conservo que também lhe devia (Mt 18:23-35).46</p><p>Em relação à reação de reciprocidade às angústias e necessidades básicas,</p><p>podemos encontrá-las em Lc 6:27-36 e 12:22-31.47 Não podemos esquecer que</p><p>Jesus fala para pessoas que, em sua maioria, já perderam tudo; provavelmente</p><p>devido à exploração econômica de anos por parte das autoridades locais. Sabendo</p><p>do público que o acompanha, é provável que o discurso de Jesus seja voltado</p><p>ao conforto dessas pessoas, mostrando que mesmo que elas não possuam bens</p><p>materiais, Deus está cuidando delas e aprecia o desapego por riquezas e posses.</p><p>Em Mateus, Jesus coloca esta preferência textualmente:</p><p>Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de</p><p>um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não</p><p>podeis servir a Deus e às riquezas (Mt 6:24).48</p><p>O movimento social liderado por Jesus teve claramente uma ideologia político-</p><p>econômica e podemos encontrá-la em diversas passagens e ensinamentos de</p><p>Jesus. Em muitos casos o discurso é repetitivo, mas colocado de formas diferentes;</p><p>o discurso tem um objetivo claro: atacar a aristocracia herodiana galilaica, a</p><p>dominação romana e os sacerdotes do Templo de Jerusalém que se venderam a</p><p>Roma em troca de poder (Lc 6:24-26).49</p><p>45 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.200.</p><p>46 Op. cit., p. 1.127-1.128.</p><p>47 Op. cit., p. 1.191-1.204.</p><p>48 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.109.</p><p>49 Op. cit., p. 1.191.</p><p>18</p><p>19</p><p>Uma passagem emblemática é o tumulto no Templo de Jerusalém provocado</p><p>por Jesus:</p><p>[...] dize-nos, pois: que te parece? É licito pagar tributo a César ou</p><p>não? Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me</p><p>experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-</p><p>lhe um denário. E ele lhes perguntou: de quem é esta efígie e inscrição?</p><p>Responderam: de César. Então, lhes disse: dai, pois, a César o que é de</p><p>César e a Deus o que é de Deus (Mt 22:17-21).50</p><p>O trecho é considerado importante porque trata de ideologia econômica, mas</p><p>também de política. Nesta passagem, Jesus separa as contribuições (ele poderia estar</p><p>se referindo a uma cobrança justa de impostos e ofertas, que não sobrecarregasse</p><p>os camponeses galilaicos), e talvez pensasse numa separação real com os romanos;</p><p>uma vez que a tomada de Jerusalém pelos macabeus ainda estava presente no</p><p>imaginário da população, e a ideia de um Reino independente ainda estava viva</p><p>entre os judeus.</p><p>A questão da separação é delicada, pois não poderia ser explicitada, com perigo</p><p>de ser repreendida violentamente. Como já vimos, Antipas espalha seus “espiões”</p><p>pelo território à procura de subversivos. Jesus e seus seguidores falavam de um</p><p>reino espiritual onde o povo escolhido por Deus não sofreria as injustiças terrenas</p><p>(Mt 5:3, 10-11).51</p><p>Jesus não pretendia entrar em conflito direto com as autoridades; porém, enfatiza</p><p>o que pensa da situação política da Galileia; os governantes políticos interferiram</p><p>apenas levemente na trajetória pública de Jesus na Galileia, isso permitiu que Jesus</p><p>circulasse pela região.</p><p>O fato de ele [Jesus] evitar os principais centros herodianos da Galileia é</p><p>melhor explicado, portanto, à luz de uma decisão consciente de não fincar</p><p>diretamente envolvido num confronto com o poder herodiano.52</p><p>Esse confronto poderia acabar com o movimento messiânico de Jesus. João</p><p>Batista foi um exemplo de que Antipas não aceitaria ser criticado impunemente.</p><p>A morte do Batista teve clara motivação política (Mc 6:14-29),53 uma vez que</p><p>espalhava entre a população mais pobre esperança de uma vida melhor sem os</p><p>abusos herodianos e romanos. João Batista e Jesus tinham o mesmo discurso de</p><p>libertação, e o parâmetro de ambos eram os excessos praticados pelas autoridades</p><p>e seus personagens. A diferença no discurso de João e Jesus era sutil: Jesus</p><p>restringia-se a uma crítica social de aplicação mais geral (Mt 11:8; Lc 7:25).54</p><p>50 Op. cit., p. 1.132.</p><p>51 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.107.</p><p>52 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo:</p><p>Loyola, 1996. p. 125.</p><p>53 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.156.</p><p>54 Op. cit., p. 1.116, 1.193.</p><p>19</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Contudo, encontramos herodianos como adversários de Jesus na Galileia e em</p><p>Jerusalém (Mc 3:6; 12:13).55 A oposição herodiana a Jesus era natural, analisando</p><p>a crítica social que Jesus lançava contra os ricos. A oposição a Jesus como</p><p>subversivo FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários</p><p>e investigações históricas. São Paulo: Loyola, 1996. p. 125. político é, portanto,</p><p>plausível nos círculos herodianos em Jerusalém.</p><p>A oposição veio dos adversários religiosos, não dos civis, e a tentativa</p><p>de desacreditá-lo, sugerindo que estivesse mancomunado com forças</p><p>malignas, ao menos implica que nos assuntos religiosos existia maior li-</p><p>berdade de movimento e maior acesso ao povo longe das sedes do poder. 56</p><p>A maior liberdade religiosa é perceptível no processo de condenação de Jesus,</p><p>onde o Procurador romano se abstém de decidir se Jesus seria morto ou não,</p><p>deixando esta tarefa para a população judaica de Jerusalém (Lc 23:13-25).57</p><p>Jesus: a Condenação Política</p><p>e a Pena de Morte</p><p>Por tudo o que foi exposto, é fácil perceber que Jesus foi condenado pelo seu</p><p>posicionamento político e não religioso. Mesmo suas ideias sendo direcionadas</p><p>para a religião, suas conotações político-econômicas eram evidentes.</p><p>Estas conotações enfrentavam diretamente o poder e a influência da aristocracia</p><p>judaica religiosa e comercial, além de afrontar a soberania romana na região.</p><p>Os Evangelhos sinóticos falam sobre o encaminhamento de Jesus diante do</p><p>Sinédrio de Jerusalém, que tinha a permissão dos romanos para julgar, dentro de</p><p>limites, os assuntos internos dos judeus.</p><p>Contudo, os estudiosos relatam que o governo provincial romano tinha a</p><p>exclusividade sobre a pena de morte. Por isso, quando Jesus é julgado pelos judeus</p><p>do Sinédrio e é condenado à morte, ele precisa ser encaminhado para o Procurador</p><p>romano para homologar essa decisão.</p><p>Em Mateus e em Marcos há indicações de que a acusação principal contra</p><p>Jesus, apoiada pelas duas testemunhas que a lei judaica exigia, foi ter ameaçado</p><p>destruir o Templo (Mt 26:60-61; Mc 14:57-58). Se isso for verdade, Jesus poderia</p><p>ser condenado por ambas as autoridades que o julgavam: pelo Sinédrio, como</p><p>ofensor da religião, e pelos romanos, como perigoso agitador.</p><p>55 Op. cit., p. 1.151, 1.169.</p><p>56 FREYNE, Sean. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários e investigações históricas. São Paulo:</p><p>Loyola, 1996. p. 126.</p><p>57 Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1.221.</p><p>20</p><p>21</p><p>Diante de Pilatos, cuja função judicial era a garantia da ordem pública por meio da</p><p>força. O julgamento se iniciou com a denúncia dos acusadores judaicos de que Jesus</p><p>teria “[...] subvertido a nação, opondo-se ao pagamento de impostos ao imperador</p><p>e alegando ser o Messias, um rei. Isso faria dele um líder da resistência romana”.58</p><p>Pilatos dá a Jesus o tratamento romano lega habitual:</p><p>Jesus teria a oportunidade</p><p>de se retratar, pois não havia defesa em seu nome. Contudo, os líderes judeus</p><p>usaram de um argumento político que Pilatos não poderia escapar: Jesus teria</p><p>enfrentado e infringido leis que trairiam as ordens do imperador romano, e isso era</p><p>uma infração gravíssima.</p><p>Pilatos, após uma consulta popular, decide libertar um de seus criminosos, quem</p><p>condena Jesus à crucificação são os líderes dos judeus, quando escolhem Barrabás</p><p>para ficar livre ao invés de Jesus.</p><p>Recentes descobertas arqueológicas evocaram lembranças do horror da morte</p><p>por crucificação, pena comumente aplicada a rebeldes e “bandidos” no tempo</p><p>de Jesus. Alguns sítios arqueológicos continham restos mortais transpassados por</p><p>pregos que, posteriormente, foram datados da época de Jesus.</p><p>Jesus é crucificado entre dois bandidos e todo o ritual de morte na cruz é</p><p>recheado de simbolismos para provar que Jesus era o Messias que o povo judeu</p><p>estava esperando.</p><p>O Quarto Evangelho relata episódios que só ele registra como cumprimento</p><p>de escrituras. O fato de Jesus não haver tido as pernas quebradas depois de</p><p>morto (Jo 19:33) seria o cumprimento (19:36) de um versículo do êxodo</p><p>(Ex 12:46), uma regra sobre o tratamento dado ao cordeiro da Páscoa.</p><p>Um soldado romano perfura-lhe o lado com a lança, de onde jorra água e</p><p>sangue, o que talvez simbolize o batismo e a eucaristia (Jo 19:34). Segundo</p><p>Jo 19:37, isso cumpre uma profecia de Zacarias (Za 12:10).59</p><p>58 PORTER, J. R. A Bíblia: guia ilustrado das escrituras sagradas: história, literatura e religião. São Paulo: Publifolha,</p><p>2009.</p><p>59 Ibidem.</p><p>21</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>Material Complementar</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Livros</p><p>História dos hebreus, de Flávio Josefo.</p><p>Segundo o site da livraria Saraiva, o autor escreve com detalhes os grandes movimentos históricos</p><p>judaicos, aramaicos e romanos. Nele, você encontrará descrições minuciosas de personagens do</p><p>Novo Testamento e inúmeros outros pormenores do mundo greco-romano.</p><p>A história dos judeus, de Simon Schama.</p><p>O autor, um dos maiores especialistas vivos sobre a história do povo judeu, relata a jornada desse</p><p>povo ao redor do mundo desde os primeiros registros humanos. Ele possui uma preocupação</p><p>histórica em contextualização dos fatos e acontecimentos que enriquecem o livro.</p><p>Vídeos</p><p>O sepulcro esquecido de Jesus (2014)</p><p>Documentário da Discovery Channel disponível no YouTube.</p><p>O nome original do documentário é O enigma da ressurreição, e mostra, não somente, o suposto</p><p>sepulcro da família de Jesus, mas também o contexto histórico do enterro.</p><p>A história do cristianismo (2011)</p><p>Documentário da BBC com a Discovery Channel, que trata da história do cristianismo, sempre</p><p>contextualizando as informações e dando um embasamento histórico relevante.</p><p>22</p><p>23</p><p>Referências</p><p>Bíblia de estudos de Genebra. São Paulo, Barueri: Cultura Cristã e Sociedade</p><p>Bíblica do Brasil, 1999.</p><p>CAVALCANTE, R. Jesus antes de Cristo. Aventuras na História, São Paulo, n.</p><p>40, p. 26, 2006.</p><p>CHEVITARESE, A.; CORNELLI, G.; SELVATIC, M. (Org.). Jesus de Nazaré:</p><p>uma outra história. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2006.</p><p>CROSSAN, J. D. O nascimento do cristianismo: o que aconteceu nos anos que</p><p>se seguiram à execução de Jesus. São Paulo: Paulinas, 2004.</p><p>FERREIRA, V. J. A dimensão política da práxis de Jesus no Evangelho de</p><p>Lucas. 2009. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião) – Pontifícia</p><p>Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2009.</p><p>FRANQUILINO, E. A face histórica do mito. Revista BBC História, São Paulo,</p><p>v. 1., n. 5., p. 8-15.</p><p>FREYNE, S. A Galileia, Jesus e os Evangelhos: enfoques literários e investigações</p><p>históricas. São Paulo: Loyola, 1996.</p><p>HORSLEY, R. A. Arqueologia, história e sociedade na Galileia: o contexto</p><p>social de Jesus e dos rabis. São Paulo: Paulus, 2000.</p><p>HORSLEY, R.; HANSON, J. Bandidos, profetas e messias: movimentos</p><p>populares no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995.</p><p>LAKATOS, E. M. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1997.</p><p>LIMA, A. de O. Acumulai tesouros no Céu: estudo da linguagem econômica</p><p>do Evangelho de Mateus. 2010. 145 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da</p><p>Religião) – Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2010.</p><p>LOHSE, E. Contexto e ambiente do novo testamento. Tradução de Hans Jörg</p><p>Witter. São Paulo: Paulinas, 2004.</p><p>MEIER, J. P. Um judeu marginal. v. 3. l. 2. Rio de Janeiro: Imago, 2004.</p><p>MUSSNER, F. Tratado sobre os judeus. São Paulo: Paulinas, 1987. (Biblioteca</p><p>de Estudos Bíblicos).</p><p>PINSKY, J.; PINSKY, C. B. (Org.). História da cidadania. 2. ed. São Paulo:</p><p>Contexto, 2003.</p><p>PORTER, J. R. A Bíblia: guia ilustrado das escrituras sagradas: história, literatura</p><p>e religião. São Paulo: Publifolha, 2009.</p><p>RAMINELLI, R. Lucien Febvre no caminho das mentalidades. História, São</p><p>Paulo, n. 122, p. 97-115, jan./jul. 1990.</p><p>23</p><p>UNIDADE A Atuação de Jesus e os Poderosos</p><p>SCHACH, V. A. Fariseus e Jesus: teologia e espiritualidade em relação ao sábado</p><p>a partir de Mc 3:1-6: características e avaliação crítica. 2007. 203 f. Dissertação</p><p>(Mestrado em Teologia) – Escola Superior de Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-</p><p>Graduação, São Leopoldo, 2007.</p><p>SILVA, S. F. da. Autoconsciência messiânica de Jesus. 2006. 158 f. Dissertação</p><p>(Mestrado em Teologia) – Escola Superior em Teologia. Instituto Ecumênico de</p><p>Pós-Graduação, São Leopoldo, 2006.</p><p>VIEIRA, M. das G. Mulheres na Bíblia e na vida de Jesus: o caso de Marta e</p><p>de Maria. 2010. 68 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Escola Superior de</p><p>Teologia. Instituto Ecumênico de Pós-Graduação, São Leopoldo, 2010.</p><p>WEGNER, U. Jesus, a dívida externa e os tributos romanos. In: RICHTER REIMER,</p><p>I. (Org.). Economia do mundo bíblico: enfoques sociais, históricos e teológicos.</p><p>São Leopoldo: Cebi; Sinodal, 2006.</p><p>24</p>

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