Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE FARMÁCIA FERNANDA DA SILVA NEVES ANA FLÁVIA SILVA HELENO O PAPEL DOS ANTIOXIDANTES NO COMBATE DO ESTRESSE OXIDATIVO NA DOENÇA DE ALZHEIMER Juiz de Fora 2012 FERNANDA DA SILVA NEVES ANA FLÁVIA SILVA HELENO O PAPEL DOS ANTIOXIDANTES NO COMBATE DO ESTRESSE OXIDATIVO NA DOENÇA DE ALZHEIMER Trabalho acadêmico apresentado à professora Elizabeth Lemos Chicourel, responsável pela disciplina Metodologia do Trabalho Científico, curso Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora 2012 1 JUSTIFICATIVA E CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA O Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa mais freqüente associada à idade, em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até certo estágio da doença (CARDOSO; COZZOLINO, 2009). O estresse oxidativo desempenha papel central na doença, ainda que não esteja claro se este é um evento desencadeador da doença ou se é um efeito secundário (CARDOSO; COZZOLINO, 2009). Este é produzido através do alto nível de radicais livres. Os radicais livres se formam no processo onde moléculas, que são constituídas por átomos unidos através de ligações químicas formadas por um par de elétrons, desfazem suas ligações, e cada fragmento molecular passa a conter um único elétron em sua órbita externa, agora não pareado e ávido por estabelecer nova ligação. Estes fragmentos carregados, instáveis e reativos constituem um radical livre. Na busca desenfreada por uma nova ligação os radicais livres destroem enzimas, atacam células, motivando nelas sérios danos estruturais ocasionando, como conseqüência, seu mau funcionamento e até a morte celular (PÔRTO, 2001). A ocorrência de um estresse oxidativo moderado, frequentemente é acompanhado do aumento das defesas antioxidantes enzimáticas, mas se a produção de radicais livres for grande, pode ocasionar danos irreversíveis (ANDERSON, 1996). Estudos apontam que o desequilíbrio da homeostase, levando ao aumento da peroxidação lipídica, está intimamente ligado às desordens neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer, sendo a oxidação da célula o primeiro processo que antecede esta enfermidade (CARDOSO; COZZOLINO, 2009). Os antioxidantes podem atuar através da minimização ou até mesmo da remoção das substâncias oxidantes, e íons de metais por meio da interferência na cadeia de reações oxidantes. Sua atuação também pode se dar pela otimização das defesas antioxidantes da própria célula. Assim, os antioxidantes podem intervir em quaisquer dos três estágios do processo de oxidação: iniciação, propagação ou término(CARDOSO; COZZOLINO,2009). Substâncias que contenham antioxidantes em sua composição podem prevenir o estresse oxidativo, mas ainda pouco se sabe sobre a influência da nutrição, tanto como causa ou prevenção. Os estudos em relação aos antioxidantes apontam para um efeito protetor. A utilização de compostos antioxidantes encontrados na dieta ou mesmo sintéticos é um dos mecanismos de defesa contra os radicais livres, que podem ser empregados nas indústrias de alimentos, cosméticos, bebidas e também na medicina, sem que muitas vezes os próprios medicamentos aumentem a geração intracelular desses radicais (HALIWELL et al.,1995). Em suma, o estudo da doença de Alzheimer é de extrema importância, uma vez que atinge cada vez mais a sociedade, e a sua causa ainda é desconhecida, assim como é desconhecida a sua cura. Acredita-se que a causa possa estar relacionada a uma complexa combinação entre fatores genéticos e pessoais, ainda não se sabe. 2 OBJETIVO 2.1 Geral Analisar as evidências científicas mais consistentes a respeito do diagnostico e causa da doença de Alzheimer, e destacar os principais conceitos relacionados ao estresse oxidativo. 2.2 Específicos Identificar a ocorrência do estresse oxidativo na doença de Alzheimer. Revisar os efeitos das substâncias antioxidantes no combate a radicais livres. 3 MATERIAL E MÉTODOS Para o desenvolvimento deste trabalho de revisão serão reunidas informações por meio de busca nas bases de dados PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual da Saúde(BVS), com o fim de se apresentar e discutir as publicações mais relevantes sobre a doença de Alzheimer. O acesso a estas bases dar-se-á por meio dos sítios da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), do PubMed Central e do Google acadêmico. A seleção incluirá artigos em português ou inglês, não havendo restrição de data. 4 RESULTADOS ESPERADOS O principal impacto esperado é fornecer subsídios para implementação de ações que contribuam para o incremento da qualidade de vida dos pacientes com Alzheimer. Antes que sejam tomadas quaisquer condutas de intervenção dietética nesses pacientes, é necessário que seja realizado um estudo abrangente dos aspectos relacionados ao diagnostico e causa da doença e sobretudo, a biodisponibilidade. Necessitando de pesquisas de longo prazo para obter os devidos resultados. 5 CRONOGRAMA O projeto deverá obedecer ao seguinte cronograma: 1º ao 2º mês Levantamento da literatura 3º mês Formulação do projeto 4° mês Coleta e seleção de dados 5º mês Análise dos dados 6° mês Redação do trabalho final 8° mês Apresentação e publicação do artigo 6 ORÇAMENTO Os custos envolvidos serão pagos pelos pesquisadores e o projeto obedecerá ao seguinte orçamento: R$20,00 com papéis. R$50,00 com cartuchos de tinta para impressão. R$187,20 com transporte. R$ 32,80 com alimentação. R$130,00 com gastos de energia elétrica e internet. Total: R$420,00 REFERÊNCIAS ANDERSON, D. Antioxidant defences against reactive oxygen species causing genetic and other damage. Mutation Research, Amsterdam, v.350, n.1, p.103- 8, 1996. BIANCHI M.L.D; ANTUNES L.M.G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Revista de Nutrição, Campinas, v. 11, n. 2, p. 123-30, 1999. CARDOSO, B. R.; COZZOLINO, S. M. F. Oxidative stress in Alzheimer’s disease: the role of vitamins C and E. Revista da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 249-59, 2009. HALLIWELL, B., AESCHBACH, R., LÖLINGER, J., ARUOMA, O.I. The characterization on antioxidants. Food and Chemical Toxicology, Oxford, v.33, n.7,p.601-17, 1995. PÔRTO W.G. Radicais Livres e Neurodegeneração. Entendimento Fisiológico. Revista Neurociências, São Paulo, v. 9, n. 2, p.70-6, 2001.
Compartilhar