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<p>1</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL DEFINIÇÃO, HISTÓRICO E</p><p>CARACTERÍSTICAS</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3</p><p>2 - ASPECTOS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................... 5</p><p>3 - CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................ 11</p><p>4 – A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ......................................... 17</p><p> CIDADANIA AMBIENTAL ..................................................................... 19</p><p>5 – CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL........................ 21</p><p> PRINCÍPIO DO GRANDE IMPACTO POLUIDOR ................................ 22</p><p> A OCUPAÇÃO URBANA ...................................................................... 23</p><p> A MIGRAÇÃO PARA AS CIDADES ..................................................... 25</p><p>REFERÊNCIAS.......................................................................................... 27</p><p>2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,</p><p>em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-</p><p>Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo</p><p>serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação</p><p>no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.</p><p>Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que</p><p>constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de</p><p>publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>3</p><p>1 – INTRODUÇÃO</p><p>A educação ambiental tornou-se primordial no contexto atual. As mudanças</p><p>ambientais decorrentes da ação humana na natureza dão sinais claros de que é</p><p>necessário realizar intervenções positivas nos vários sistemas da natureza.</p><p>A educação ambiental surgiu como um ramo da educação, seu objetivo é distribuir</p><p>conhecimento sobre o meio ambiente visando a preservação e utilização sustentável</p><p>dos recursos naturais. Nas últimas décadas a natureza tem dado sinais claros de sua</p><p>exaustão, fazendo-se necessárias medidas urgentes de contenção da pressão sobre</p><p>a natureza.</p><p>A educação ambiental está amparada da Lei n. 9.795 – Lei da educação</p><p>ambiental de 27/04/1999. O artigo 2º diz: “a educação ambiental é um componente</p><p>essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma</p><p>articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter</p><p>formal e não-formal”.</p><p>Desta forma, de acordo com a lei, a educação formal tem a obrigação de incluir</p><p>em seus parâmetros disciplina que aborde as questões ambientais.</p><p>Ao educador fica o dever de despertar a consciência de seus educandos no</p><p>sentido de que o homem não é mais o centro do universo, é necessário haver um</p><p>equilíbrio entre os recursos naturais e a ação humana. A dependência da natureza é</p><p>inerente a vida de todos os seres vivos, percebeu-se nos tempos modernos que a</p><p>retirada indiscriminada dos produtos da natureza podem gerar o fim de muitos</p><p>elementos, inclusive a água, recurso essencial à vida.</p><p>A educação ambiental tornou-se, na atualidade, uma ação permanente com a</p><p>qual as comunidades têm acesso ao conhecimento e a oportunidade da</p><p>conscientização sobre as relações entre homens e a natureza. A educação ambiental</p><p>baseia-se, essencialmente, na mudança de comportamentos, valores e atitudes no</p><p>sentido de promover a conservação e preservação da natureza. A transformação do</p><p>comportamento humano não é uma tarefa fácil, exige dos educadores planejamento,</p><p>ações permanentes, insistência e muitas outras atitudes que consigam sensibilizar os</p><p>educandos.</p><p>4</p><p>Para a obtenção da sustentabilidade ambiental ainda há muito a trilhar no</p><p>caminho da educação ambiental. As mudanças passam pela responsabilidade e pela</p><p>ética de todos os setores sociais.</p><p>O educador ambiental surgiu com a necessidade de trabalhar o tema, podendo</p><p>ser desde um professor da rede formal de ensino a um indivíduo da sociedade que</p><p>tenha obtido formação suficiente para praticar a educação ambiental.</p><p>Este curso pretende retratar várias faces da educação ambiental, visando o</p><p>maior entendimento possível sobre a questão. São incluídas neste curso muitas</p><p>informações relativas a embasamentos teóricos, provenientes de grandes</p><p>pensadores sobre esta questão.</p><p>A educação ambiental não deve ficar apenas no teórico ou no discurso, a</p><p>sedimentação do assunto é mais eficiente quando há prática. A educação ambiental</p><p>passa por vários pontos: planejamento de um projeto, capitação de recursos para a</p><p>execução do projeto, execução do planejado, avaliação dos resultados e por fim</p><p>acompanhamento da ação por algum tempo para que se possa tabular os resultados,</p><p>tanto positivos quanto negativos.</p><p>5</p><p>2 - ASPECTOS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO</p><p>AMBIENTAL</p><p>Este tema é recorrente nos últimos anos, dada sua preocupação sobe o</p><p>aspecto econômico que a escassez das energias não renováveis proporciona,</p><p>ou mesmo pelo despertar da consciência humana a respeito da necessidade de</p><p>preservação do planeta para as gerações vindouras. A partir do conceito básico</p><p>de desenvolvimento sustentável, cujo objetivo principal é o de se obter um</p><p>desenvolvimento que seja ao mesmo tempo eficaz e que não venha a</p><p>comprometer as gerações futuras. Em algumas atividades podem trabalhar sob</p><p>pressão, levando-os à situação de estresse.</p><p>Transversalidade</p><p>O tema transversalidade é utilizado atualmente no ensino formal, o MEC utiliza</p><p>o sistema da transversalidade para a melhoria do ensino. Os educadores entraram</p><p>em contato com o tema e são poucos que não utilizam a proposta. A maioria das</p><p>escolas trabalham a questão ambiental, mesmo que de forma tênue.</p><p>No Brasil, influenciado pelos diversos encontros e debates, educadores e</p><p>representantes do poder público, envidaram esforços para a criação de programas</p><p>governamentais e para o fomento de iniciativas diversas em matéria de Educação</p><p>Ambiental principalmente no ensino formal.</p><p>Para entender plenamente como surgiu e o que é a transversalidade, bem</p><p>como sua aplicação é importante pensar no contexto da cientificidade da pedagogia,</p><p>a organização curricular encontrou terreno fértil na disciplinarização. O modelo</p><p>arbóreo ou radicular de capilarização do conhecimento científico serviu muito bem de</p><p>planta para a fixação dos currículos escolares.</p><p>A Educação Ambiental deve ser entendida como um processo e não como um</p><p>fim em si mesmo. A Lei 9.795 (1999) estabeleceu que a Educação Ambiental deve</p><p>ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em</p><p>todos os níveis e modalidades do ensino formal, mas não como disciplina específica</p><p>incluída nos currículos escolares.</p><p>6</p><p>A especialização dos saberes permitiu a especialização dos professores, do</p><p>material didático e do espaço pedagógico e a fragmentação dos saberes permitiu o</p><p>fracionamento do tempo escolar em aulas estanques. E tudo isso possibilitou que o</p><p>processo pedagógico pudesse passar pelo crivo de um rígido controle, que pôde, por</p><p>sua vez, dar à pedagogia a ilusão de que logrou êxito em seu afã de se constituir</p><p>como ciência.</p><p>A disciplinaridade, em princípio inquestionável, passou a ser questionada.</p><p>Primeiro, no</p><p>âmbito epistemológico. Se a especialização conseguiu, num primeiro</p><p>momento, responder aos problemas humanos e à sede de saber científico, em fins</p><p>do século XIX e no início do século XX ela começa a apresentar desgastes, e foi com</p><p>a mais antiga das ciências modernas, a física, que os desgastes começaram a</p><p>aparecer.</p><p>No interior de uma ciência baseada na perfeição do universo, na precisão das</p><p>medidas e na certeza das previsões, apareceram os princípios da indeterminação, da</p><p>incerteza, da relatividade. Problemas que já não podiam mais ser resolvidos pela</p><p>especialidade de uma única ciência começaram a aparecer: um acidente ecológico</p><p>remete para a biologia, a química, a física, a geografia, a política etc.</p><p>Os cientistas, preocupados e curiosos, começam então a explorar as fronteiras</p><p>por entre as ciências, e dessa exploração surgiu a proposta da interdisciplinaridade,</p><p>uma tentativa de transcender limites, de estabelecer comunicabilidade, de reconectar</p><p>as ligações desfeitas ou perdidas com o movimento da especialização.</p><p>A perspectiva interdisciplinar não tarda a chegar ao campo da pedagogia,</p><p>quando não pelos mesmos motivos, mas pelas mostras de esgotamento do modelo</p><p>disciplinar de currículo. Aquilo que em princípio se mostrava como o fundamento da</p><p>cientificidade e da produtividade no processo educativo começa a ser questionado</p><p>como estanque e linear. Em outras palavras, os professores começam a se incomodar</p><p>com o fato de os alunos não serem capazes de estabelecer as conexões entre as</p><p>diferentes disciplinas como eles gostariam que acontecesse. Nesse modelo, a maioria</p><p>dos alunos não consegue estabelecer as relações entre a matemática e a física, entre</p><p>a geografia e a história, para citar apenas dois exemplos.</p><p>A interdisciplinaridade vai justamente ser pensada no âmbito da pedagogia</p><p>como a possibilidade de uma nova organização do trabalho pedagógico que permita</p><p>7</p><p>uma nova apreensão dos saberes, não mais marcada pela absoluta</p><p>compartimentalização estanque das disciplinas, mas pela comunicação entre os</p><p>compartimentos disciplinares. Assim como epistemologicamente a</p><p>interdisciplinaridade aponta para a possibilidade de produção de saberes em grupos</p><p>formados por especialistas de diferentes áreas, pedagogicamente ela indica um</p><p>trabalho de equipe, no qual os docentes de diferentes áreas planejem ações</p><p>conjuntas sobre um determinado assunto.</p><p>Muitas são as propostas de interdisciplinaridade, uma das mais atuais são os</p><p>Parâmetros Curriculares Nacionais preparados pelo MEC.</p><p>Eles introduzem a ideia dos temas transversais. Esses temas são uma forma</p><p>de se tentar viabilizar a interdisciplinaridade, introduzindo assuntos que devem ser</p><p>tratados pelas diversas disciplinas, cada uma a sua maneira. O currículo passa a ser</p><p>organizado em disciplinas (ou áreas disciplinares, no caso do Ensino Fundamental</p><p>em sua primeira fase) e em temas transversais.</p><p>OS instrumentos legais e os programas governamentais reforçam o caráter de</p><p>interdisciplinaridade atribuído à Educação Ambiental, que deve perpassar os</p><p>conteúdos de todas as demais disciplinas, desde a educação infantil até a pós-</p><p>graduação.</p><p>Estudos afirmam que a experiência espanhola, na qual a nossa está baseada,</p><p>é ousada, ao colocar os temas voltados para o cotidiano, como centro de organização</p><p>do currículo, articulando as disciplinas em torno deles.</p><p>A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam</p><p>apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. Nessa perspectiva, fica</p><p>evidente que os temas transversais devem ganhar destaque no currículo e ser</p><p>levados a sério. Não basta que cada professor, no contexto de sua área ou disciplina,</p><p>toque em questões eleitas como socialmente relevantes, seja o meio ambiente, a</p><p>diversidade cultural ou a sexualidade; É preciso, na verdade, que todo o currículo</p><p>esteja organizado em torno dessas questões. Para dizer de outra maneira, não é</p><p>suficiente que os temas transversais sejam um apêndice das áreas e das disciplinas</p><p>curriculares; ao contrário, eles devem passar a ser o eixo em torno do qual as</p><p>disciplinas e as áreas se organizem, ressignificando as próprias disciplinas.</p><p>8</p><p>A Educação Ambiental, como processo contínuo que busca a conquista da</p><p>cidadania e o desenvolvimento justo, solidário e sustentável, é meio e não fim. Sendo</p><p>assim os conteúdos tradicionais só farão sentido para a sociedade e para quem os</p><p>ensina e estuda, se estiverem integrados em um projeto educacional abrangente de</p><p>transformação, a começar pelo ambiente escolar, envolvendo a comunidade e os</p><p>funcionários, repensando o espaço físico e a administração escolar, as práticas</p><p>docentes e a participação discente, isto é, discutindo toda a dinâmica de relações que</p><p>se estabelecem no ambiente que nos cerca.</p><p>Afirma-se, portanto, que os educadores ambientais que atuam em projetos de</p><p>educação ambiental do ensino não-formal necessitam adotar a interdisciplinaridade,</p><p>fator que agregará conhecimento e valores não pensados.</p><p>Sustentabilidade</p><p>Outro ponto importante na educação ambiental é a sustentabilidade. Muito</p><p>mais que um modismo atual deve ser entendida como um dos fatores essenciais, se</p><p>não o mais importante, para o futuro do planeta.</p><p>A sustentabilidade já teve sua definição expressa por muitos autores, que</p><p>definiram como sustentável aquilo que é “Capaz de se manter mais ou menos</p><p>constante, ou estável, por longo período. Ideia que surgiu em função da degradação</p><p>ambiental conforme afirmativa de autores que relatam que no âmbito da civilização</p><p>humana, as sociedades contemporâneas têm sido amiúde ignorantes ou negligentes</p><p>acerca das irreversibilidades ambientais decorrentes de suas ações.</p><p>A intensa utilização de elementos não-renováveis e a contínua e generalizada</p><p>degradação ambiental evidenciam essa característica. Tendo na economia seu valor</p><p>maior, as sociedades contemporâneas desconhecem os conceitos de entropia e de</p><p>irreversibilidade. Mais do que isso, a atual racionalidade econômica introduz um novo</p><p>referencial para a velocidade ou dinâmica das sociedades contemporâneas que pode</p><p>ser sintetizado pela máxima: “tempo é dinheiro”.</p><p>A essência do conceito de sustentabilidade está contida em apenas quatro</p><p>palavras “Enough for everyone, forever”, que traduzindo significa “O suficiente para</p><p>todos e para sempre”, (Frase tirada de um cartaz, em 2002, durante a Cimeira Mundial</p><p>para o Desenvolvimento Sustentável que se realizou em Joanesburgo).</p><p>9</p><p>De acordo com a World Commission on Environment and Development (1987),</p><p>desenvolvimento sustentável significa: “desenvolvimento que atende às</p><p>necessidades do presente sem comprometer as futuras gerações no atendimento de</p><p>suas próprias necessidades”. Portanto, pressupõe-se que esse desenvolvimento</p><p>possa atender às necessidades de todos os povos do planeta sem comprometer os</p><p>ecossistemas e a dinâmica natural que lhes dá suporte e sem comprometer a</p><p>disponibilidade atual de recursos naturais.</p><p>Estreitamente relacionado às discussões acerca da sustentabilidade, aparece</p><p>o conceito de “capacidade de suporte”, originalmente proposto no âmbito da ecologia</p><p>e significando a máxima densidade teórica de indivíduos que um meio pode suportar</p><p>a longo prazo.</p><p>Na era contemporânea, inúmeras experiências de ONGs e comunidades</p><p>alternativas que exprimem uma perspectiva ecológica são exemplos da possibilidade</p><p>de se viver com qualidade de vida sem colocar em risco a capacidade de suporte do</p><p>meio ambiente.</p><p>A partir do entendimento de que consumo sustentável é o consumo de bens e</p><p>serviços promovido com respeito aos recursos ambientais, que se dá de forma que</p><p>garanta o atendimento das necessidades das presentes gerações, sem comprometer</p><p>o atendimento das necessidades das futuras gerações. A promoção do consumo</p><p>sustentável depende da conscientização dos indivíduos da importância de tornarem-</p><p>se consumidores responsáveis.</p><p>Depende ainda de um trabalho voltado para a formação de um “consumidor-</p><p>cidadão”. Esse trabalho educativo é essencialmente político, pois implica a tomada</p><p>de consciência do consumidor do seu papel de ator de transformação do modelo</p><p>econômico em vigor em prol de um novo sistema, de uma presença mais equilibrada</p><p>do ser humano na Terra. O consumidor é ator de transformação, já que tem em suas</p><p>mãos o poder de exigir um padrão de desenvolvimento socialmente justo e</p><p>ambientalmente equilibrado.</p><p>O consumidor engajado pode ser visto como um novo ator social. Consciente</p><p>das implicações dos seus atos de consumo, passa a compreender que está ao seu</p><p>alcance exigir que as dimensões sociais, culturais e ecológicas sejam consideradas</p><p>pelos setores produtivo, financeiro e comercial em seus modelos de produção,</p><p>10</p><p>gestão, financiamento e comercialização. Essa não é uma tarefa simples, pois requer</p><p>uma mudança de posturas e atitudes individuais e coletivas no cotidiano.</p><p>O desafio que se coloca é o abandono da sociedade do descarte e do consumo</p><p>excessivos, a recusa do sonho americano (american dream – Sonho de propriedade</p><p>de uma casa grande, carros suntuosos, produtos de alta tecnologia, constantemente</p><p>sujeitos à obsolescência e troca, escravidão da moda, do status, da imagem vendida</p><p>pela mídia) como sinônimo de bem-estar, de felicidade. Já pensou o que seria do</p><p>planeta se os chineses adotassem o padrão de consumo dos norte-americanos?</p><p>As iniciativas educacionais para o consumo sustentável podem se realizar no</p><p>âmbito de todas as disciplinas dos currículos do Ensino Fundamental e Médio, bem</p><p>como no nível superior, e de iniciativas informais. Como tema transversal do ensino,</p><p>o meio ambiente engloba a questão do consumo sustentável, que deve ser abordada</p><p>de forma holística, por se tratar de uma postura de cidadania.</p><p>Uma nova proposta surge no consumidor consciente, preparado para mudar o</p><p>sistema produtivo: Não produzir lixo. Produzir apenas coisas verdadeiramente</p><p>necessárias e duráveis. Quando não for mais possível usá-las, reciclá-las ou</p><p>encontrar outras pessoas que precisem delas.</p><p>‘‘O Desenvolvimento Sustentável deve garantir as necessidades das atuais</p><p>gerações sem comprometer as gerações futuras.’’ Este é o conceito mínimo de</p><p>Desenvolvimento Sustentável proposto pelas Nações Unidas. Ele possui duas lógicas</p><p>de solidariedade: das gerações atuais com as futuras e das gerações atuais com a</p><p>natureza que elas ocupam hoje. Assim a responsabilidade maior por implementar um</p><p>estilo sustentável de vida no Planeta é das gerações atuais.</p><p>O tema da sustentabilidade confronta-se com o paradigma da “sociedade de</p><p>risco”. Isso implica a necessidade de se multiplicarem as práticas sociais baseadas</p><p>no fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação ambiental em uma</p><p>perspectiva integradora. E também demanda aumentar o poder das iniciativas</p><p>baseadas na premissa de que um maior acesso à informação e transparência na</p><p>administração dos problemas ambientais urbanos pode implicar a reorganização do</p><p>poder e da autoridade.</p><p>11</p><p>3 - CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>Após a problemática da relação entre homem e natureza, ocorreram</p><p>conferências, agendas e criação de leis importantes na tentativa de reverter os</p><p>problemas causados e anteriormente demonstrados.</p><p>A contextualização é a forma de integrar a educação ambiental no contexto da</p><p>comunidade do local onde será aplicada. Este contexto é cultural, social, laboral,</p><p>religioso, técnico e científico.</p><p>Entende-se que a Educação Ambiental decorre de uma percepção renovada</p><p>de mundo; uma forma integral de ler a realidade e de atuar sobre ela. Nesse novo</p><p>paradigma, a proposta educativa envolve a visão de mundo como um todo e não pode</p><p>ser reduzida a apenas um departamento, uma disciplina ou programa específico. Ela</p><p>deve estar inserida na vida e no cotidiano de todos os indivíduos.</p><p>Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores</p><p>éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Seu objetivo é assegurar a maneira de</p><p>viver mais coerente com os ideais de uma sociedade sustentável e democrática.</p><p>Conduz a repensar velhas fórmulas e a propor ações concretas para transformar a</p><p>casa, a rua, o bairro, as comunidades. Parte de um princípio de respeito à diversidade</p><p>natural e cultural, que inclui a especificidade de classe, de etnia e de gênero.</p><p>A participação constitui-se em eixo matricial da Educação Ambiental. Pode ser</p><p>considerada a base de transformações que poderão reconstruir a convivência dos</p><p>seres humanos, entre si e com o ambiente como um todo.</p><p>Mesmo entre os ambientalistas, ainda ocorre confusão a respeito de conceitos</p><p>básicos da ecologia utilizados como argumentos para exigir as necessárias medidas</p><p>de conservação. Embora o objeto de estudo da ecologia esteja muito próximo do</p><p>cotidiano das pessoas, para a maioria delas, a conexão com os ambientes naturais,</p><p>quando existe, ocorre de uma forma descontextualizada e pobre em informações</p><p>científicas. Por exemplo, ainda são comuns os slogans do tipo "salve a ecologia",</p><p>"salve o planeta", "precisamos proteger o equilíbrio ecológico", entre outras</p><p>expressões comuns no meio popular.</p><p>Essa desinformação reflete no modo de agir e pensar da população, que se</p><p>habitua a dissociar o ambiente cultural do ambiente natural. Isto dificulta a</p><p>12</p><p>compreensão das relações humanas com o meio natural, o quanto o influenciamos e</p><p>somos influenciados por ele. Portanto, enfatizamos a necessidade do</p><p>desenvolvimento de novos métodos para esclarecer a população sobre a crise</p><p>ambiental e do papel da ecologia neste contexto.</p><p>No que se refere à prática da educação ambiental no Brasil, duas tarefas</p><p>fundamentais, inadiáveis e simultâneas colocam-se diante do poder público e da</p><p>sociedade brasileira.</p><p>1 - A primeira diz respeito ao direcionamento da abordagem da dimensão</p><p>ambiental, na esfera da educação formal,</p><p>2 - A segunda deve voltar-se à recuperação do passivo cognitivo junto à</p><p>maioria da população brasileira, por meio de sua participação no processo de gestão</p><p>ambiental.</p><p>Ante as questões colocadas, como se deve orientar a prática da educação</p><p>ambiental? Ela deve privilegiar a mudança de comportamento do indivíduo em sua</p><p>relação com o meio físico-natural? Ou devemos assumir que garantir boa qualidade</p><p>ambiental exige mais do que posturas pessoais bem intencionadas?</p><p>Em outras palavras, trata-se de escolher a diretriz que deve referenciar o</p><p>exercício da educação ambiental no país. Uma possibilidade é assumir a</p><p>transformação individual como meio para a sociedade brasileira atingir, ao longo de</p><p>um certo tempo, uma conduta ambientalmente responsável (transformar-se para</p><p>transformar). Um outro direcionamento, ao contrário do anterior, considera a</p><p>transformação individual como decorrente do engajamento do sujeito num projeto</p><p>coletivo para construção de práticas sociais ambientalmente saudáveis (transformar-</p><p>se transformando).</p><p>Uma forma interessante de sedimentar alguma informação ambiental é utilizar</p><p>exemplos práticos. Tomemos como exemplo uma pessoa que tem por hábito ingerir</p><p>altas quantidades de carne. A conscientização para que ocorra um menor consumo</p><p>do produto pode ser através de informações de como este alimento é produzido, qual</p><p>o gasto ambiental em desmatamento para formação de pastagem, consumo de água</p><p>por animal/dia (60 a 100 litros de água por dia), pisoteio do solo provocando a</p><p>compactação, emissão de gases de efeito estufa pela regurgitação dos animais, uso</p><p>13</p><p>de combustível fóssil no transporte dos animais, gastos com água no abate dos</p><p>animais, geração de efluentes contaminados devido ao processo, gastos de energia</p><p>no processo de resfriamento das carcaças, uso de plásticos nas embalagens, novo</p><p>transporte as redes de supermercados etc.</p><p>Enfim, o processo de produção de</p><p>proteína de origem animal é extremamente</p><p>oneroso ao meio ambiente, seria prudente que as pessoas ingerissem apenas o</p><p>necessário para o fornecimento dos aminoácidos essenciais exigidos pelo corpo.</p><p>O crime neste caso não é a ingestão de carne, mas o consumo extremo sem</p><p>pesar as consequências para o planeta e para os próprios animais que se tornam</p><p>meras mercadorias, na maioria das vezes sendo mal tratados em função da produção</p><p>e do lucro.</p><p>Participação</p><p>Frequentemente, educadores de órgãos ambientais e das organizações não</p><p>governamentais são procurados por grupos sociais, órgãos públicos, empresas,</p><p>movimentos sociais, escolas, entidades comunitárias e até por indivíduos isolados</p><p>para formular, orientar ou desenvolver programas de educação ambiental a partir de</p><p>várias temáticas.</p><p>São trabalhos relacionados com lixo, recursos hídricos, licenciamento</p><p>ambiental, desmatamento, queimadas, assentamentos de reforma agrária,</p><p>agrotóxicos, irrigação, manejo florestal comunitário, captura e tráfico de animais</p><p>silvestres, espécies ameaçadas de extinção, ordenamento da pesca, maricultura,</p><p>agricultura, ecoturismo, unidades de conservação, construção de agendas 21 locais</p><p>e tantos outros temas que, em muitos casos, estão também associados a questões</p><p>étnicas, religiosas, políticas, geracionais, de gênero, de exclusão social, etc. Além da</p><p>diversidade de temas, é comum também se encontrar uma grande variedade de</p><p>abordagens.</p><p>O modo como um determinado tema é abordado em um projeto de educação</p><p>ambiental define tanto a concepção pedagógica quanto o entendimento sobre a</p><p>questão ambiental que estão sendo assumidos na proposta.</p><p>14</p><p>A questão do lixo, por exemplo, pode ser trabalhada em programas de</p><p>educação ambiental desde a perspectiva do “Lixo que não é lixo”, em que o eixo</p><p>central de abordagem está na contestação do consumismo e do desperdício, com</p><p>ênfase na ação individual e até aquela que toma essa problemática como</p><p>consequência de um determinado tipo de relação sociedade-natureza, histórica e</p><p>socialmente construída, analisa desde as causas da sua existência até a destinação</p><p>final do resíduo e, ainda, busca a construção coletiva de modos de compreendê-la e</p><p>superá-la.</p><p>Para quem se identifica com a primeira perspectiva, está implícita a ideia de</p><p>que a prevenção e a solução dos problemas ambientais dependeriam, basicamente,</p><p>de cada um fazer sua parte. Assim, se cada pessoa passasse a consumir apenas o</p><p>necessário (aquelas que podem), a reaproveitar ao máximo os produtos utilizados e</p><p>a transformar os rejeitos em coisas úteis, em princípio estar-se-ia economizando</p><p>recursos naturais e energia e, dessa forma, minimizando a ocorrência de impactos</p><p>ambientais negativos.</p><p>Nesse quadro, à educação ambiental caberia, principalmente, promover a</p><p>mudança de comportamento do sujeito em sua relação cotidiana e individualizada</p><p>com o meio ambiente e os recursos naturais, objetivando a formação de hábitos</p><p>ambientalmente responsáveis no meio social.</p><p>Essa abordagem evidencia uma leitura acrítica e ingênua da problemática</p><p>ambiental e aponta para uma prática pedagógica prescritiva e reprodutiva. Assim, a</p><p>transformação da sociedade seria o resultado da transformação individual dos seus</p><p>integrantes.</p><p>Na outra perspectiva, assume-se que o fato de cada um fazer sua parte por si</p><p>só não garante, necessariamente, a prevenção e a solução dos problemas</p><p>ambientais. Numa sociedade massificada e complexa, assumir no dia-a-dia condutas</p><p>coerentes com as práticas de proteção ambiental pode estar além das possibilidades</p><p>da grande maioria das pessoas.</p><p>Muitas vezes o indivíduo é obrigado, por circunstâncias que estão fora do seu</p><p>controle, a consumir produtos que usam embalagens descartáveis em lugar das</p><p>retornáveis, alimentar-se com frutas e verduras cultivadas com agrotóxicos, utilizar o</p><p>transporte individual em vez do coletivo, apesar dos engarrafamentos, trabalhar em</p><p>15</p><p>indústria poluente, aceitar a existência de lixões no seu bairro, desenvolver atividades</p><p>com alto custo energético, morar ao lado de indústrias poluentes, adquirir bens com</p><p>obsolência programada, ou seja, a praticar atos que repudia pessoalmente, cujas</p><p>razões, na maioria dos casos, ignora.</p><p>De acordo com essa visão, as decisões que envolvem aspectos econômicos,</p><p>políticos, sociais e culturais são as que condicionam a existência ou a inexistência de</p><p>agressões ao meio ambiente.</p><p>Nessa concepção, o esforço da educação ambiental deveria ser direcionado</p><p>para a compreensão e a busca de superação das causas estruturais dos problemas</p><p>ambientais por meio da ação coletiva e organizada.</p><p>Segundo essa percepção, a leitura da problemática ambiental realiza-se sob a</p><p>ética da complexidade do meio social, e o processo educativo deve pautar-se por uma</p><p>postura dialógica, problematizadora, comprometida com transformações estruturais</p><p>da sociedade e de cunho emancipatório. Aqui se acredita que ao participar do</p><p>processo coletivo de transformação da sociedade a pessoa também está se</p><p>transformando.</p><p>Neste contexto de participação individual surgiu a discussão sobre o consumo</p><p>consciente ou consumidor consciente, onde antes de adquirir algum produto faz-se</p><p>um rastreamento de sua produção. O consumidor deve ter a consciência do impacto</p><p>de seu ato de consumir e também buscar outras pessoas para o seu modo de</p><p>consumo, mobilizar no sentido de pensar antes de comprar, para que comprar, como</p><p>descartar quando for o caso.</p><p>A relação capitalista de consumo pressupõe algo a ser vendido para alguém</p><p>que terá a “necessidade” de comprar. Não havendo interessado em comprar a relação</p><p>de consumo desaparece. Esta condição dá ao consumidor individual um grande</p><p>poder, optando por não consumir devido a algo que desagrade, provocará o</p><p>fabricante no sentido de repensar o modo de produção.</p><p>O “modo de consumo americano” que se instalou em parte do mundo criou a</p><p>ideologia do consumo rápido e descartável. Além destes fatores incentiva o consumo</p><p>excessivo de uma variedade interminável de mercadorias, desde as voltadas para o</p><p>consumo doméstico ao uso coletivo.</p><p>16</p><p>O mais comum é associar consumo a compras, o que está correto, mas</p><p>incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa</p><p>do consumo. Antes de comprar é preciso decidir o que consumir, por que consumir,</p><p>como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos pode-</p><p>se partir para a compra. Ao usar o produto existe o descarte de embalagem que deve</p><p>também ser considerada na decisão de comprar.</p><p>A participação efetiva do indivíduo pode ser pequena, mas quando exercida</p><p>por muitos formam uma opinião que deve ser levada em conta. Um exemplo simples</p><p>é a troca do aparelho de celular por um outro “mais moderno”, está atitude gera um</p><p>resíduo sólido que será descartado ainda em condições de uso, em sua produção</p><p>foram utilizados minerais que foram retirados do solo em alguma parte do mundo,</p><p>tendo o agravante do mesmo conter elementos tóxicos para o meio ambiente.</p><p>17</p><p>4 – A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>A construção de uma proposta de educação ambiental emancipatória e</p><p>comprometida com o exercício da cidadania passa pela exigência de explicitação de</p><p>pressupostos que devem fundamentar sua prática, entre os quais se considera:</p><p>1) o meio ambiente ecologicamente equilibrado é:</p><p>• direito de todos;</p><p>• bem de uso comum;</p><p>• essencial à sadia qualidade de vida;</p><p>2) preservar e defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado para</p><p>presentes e futuras gerações É dever:</p><p>• do Poder Público;</p><p>• da coletividade;</p><p>3) preservar e defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado antes de</p><p>ser um dever é um compromisso ético com as presentes e futuras gerações;</p><p>4) no caso do Brasil, o compromisso ético de preservar e defender o meio</p><p>ambiente ecologicamente</p><p>equilibrado para as presentes e futuras gerações implica:</p><p>•construir um estilo de desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente</p><p>seguro num contexto de dependência econômica e exclusão social;</p><p>• praticar a gestão ambiental democrática, fundada no princípio de que todas</p><p>as espécies têm direito a viver no planeta, num contexto de privilégios para poucos e</p><p>obrigações para muitos;</p><p>5) a gestão ambiental é um processo de mediação de interesses e conflitos</p><p>entre atores sociais que agem sobre os meios físico-natural e construído. Esse</p><p>processo de mediação define e redefine, continuamente, o modo como os diferentes</p><p>atores sociais, por meio de suas práticas, alteram a qualidade do meio ambiente e</p><p>também como se distribuem os custos e os benefícios decorrentes da ação desses</p><p>agentes;</p><p>18</p><p>6) a gestão ambiental não é neutra. O Estado, ao assumir determinada postura</p><p>diante de um problema ambiental, está de fato definindo quem ficará, na sociedade e</p><p>no país, com os custos e quem ficará com os benefícios advindos da ação antrópica</p><p>sobre o meio, seja ele físico-natural ou construído;</p><p>7) o Estado, ao praticar a gestão ambiental, distribui custos e benefícios de</p><p>modo assimétrico na sociedade;</p><p>8) a sociedade não é o lugar da harmonia, mas, sobretudo, de conflitos e de</p><p>confrontos que ocorrem em suas diferentes esferas (da política, da economia, das</p><p>relações sociais, dos valores, etc.);</p><p>9) apesar de sermos todos seres humanos, quando se trata de decidir ou</p><p>influenciar sobre a transformação do meio ambiente, “há na sociedade uns que</p><p>podem mais do que outros”.</p><p>10) o modo de perceber determinado problema ambiental, ou mesmo a</p><p>aceitação de sua existência, não é meramente uma questão cognitiva, mas é mediado</p><p>por interesses econômicos e políticos, pela posição ideológica e ocorre em</p><p>determinado contexto social, político, espacial e temporal;</p><p>11) a educação no processo de gestão ambiental deve proporcionar condições</p><p>para produção e aquisição de conhecimentos e habilidades e para o desenvolvimento</p><p>de atitudes visando à participação individual e coletiva:</p><p>• na gestão do uso dos recursos ambientais;</p><p>• na concepção e aplicação das decisões que afetam a qualidade dos meios</p><p>físico-natural e sociocultural;</p><p>12) o processo educativo dever ser estruturado no sentido de:</p><p>• superar a visão fragmentada da realidade por meio da construção e da</p><p>reconstrução do conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo</p><p>dialógico com os sujeitos envolvidos;</p><p>• respeitar a pluralidade e a diversidade cultural, fortalecer a ação coletiva e</p><p>organizada, articular aportes de diferentes saberes e fazeres e proporcionar a</p><p>compreensão da problemática ambiental em toda a sua complexidade;</p><p>19</p><p>• possibilitar a ação em conjunto com a sociedade civil organizada e sobretudo</p><p>com os movimentos sociais, numa visão da educação ambiental como processo</p><p>instituinte de novas relações dos seres humanos entre si e deles com a natureza”;</p><p>• proporcionar condições para o diálogo com as áreas disciplinares e com os</p><p>diferentes atores sociais envolvidos com a gestão ambiental;</p><p>13) os sujeitos da ação educativa são prioritariamente segmentos sociais</p><p>afetados e onerados, diretamente, pelo ato de gestão ambiental e dispõem de menos</p><p>condições para intervir no processo decisório.</p><p>O compromisso e a competência do educador são requisitos indispensáveis</p><p>para se passar do discurso à ação.</p><p>Para muitos a situação é um paradoxo. Hoje temos mais informações do que</p><p>nunca sobre questões ambientais. Cada vez mais pessoas e organizações estão</p><p>interessadas em ver a recuperação do meio ambiente. Governos estabelecem</p><p>agências para ajudar a solucionar os problemas. A mais avançada tecnologia está</p><p>disponível para se lidar com os desafios. Mesmo assim, as coisas não parecem</p><p>melhorar.</p><p> CIDADANIA AMBIENTAL</p><p>É fonte primária de recursos utilizados em processos de produção de bens,</p><p>e o Estado não consegue controlar tudo o que acontece, seja por meio natural, seja</p><p>por ação humana, devendo o indivíduo ser responsável por seus próprios atos.</p><p>A cidadania ambiental é a qualificação das pessoas sobre a legislação</p><p>ambiental e os direitos e deveres difusos para o exercício de uma soberania coletiva</p><p>sobre os ecossistemas locais e da Biosfera. Ela é exercida através de Associações,</p><p>Organizações Não Governamentais e Movimentos Sociais. Seu estatuto jurídico é o</p><p>direito difuso. Seu instrumento é Ação Civil Pública. Seu principal titular é o Ministério</p><p>Público.</p><p>O objetivo de se trabalhar o conceito de Cidadania Ambiental é a construção</p><p>de uma identidade cultural sustentada. De modo a consolidar uma perspectiva</p><p>amorosa e solidária no relacionamento das pessoas com a natureza capacitando-as</p><p>20</p><p>no conhecimento e uso da Legislação ambiental e dos direitos e deveres difusos de</p><p>proteção à natureza.</p><p>A partir desse contexto é importante educar e conscientizar a população. A Lei</p><p>9.795/99 determinou a inserção da educação ambiental em todos os níveis de ensino,</p><p>um grande avanço. Para o autor o exercício da cidadania ambiental deve ser</p><p>praticado em várias esferas, tais como economizar água do chuveiro, evitar longos</p><p>banhos, evitar a produção excessiva de lixo, controlar o consumo de bens e produtos,</p><p>adotar atitudes que preservam o meio ambiente, enfim economizar no uso de bens</p><p>que exigem na natureza.</p><p>A cidadania ambiental aquele que participa dos debates e audiências públicas,</p><p>que cobra das autoridades providências, tem má efetiva participação em movimentos</p><p>populares ou ONG”s.</p><p>21</p><p>5 – CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>O despertar mundial para os problemas causados pela degradação do meio</p><p>ambiente teve seu início tardiamente em 1972, na Conferência de Estocolmo.</p><p>Reuniram-se 72 nações e criaram o Programa das Nações Unidas para o Meio</p><p>Ambiente.</p><p>Em seguida, o Programa associou-se a UNESCO para promover a Educação</p><p>Ambiental. Em 1988, a ONU criou a Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o</p><p>Desenvolvimento e produziu o Relatório Nosso Futuro Comum: inicia-se a discussão</p><p>internacional sobre o desenvolvimento.</p><p>Como equilibrar proteção ao Meio Ambiente e alimentar os povos? Como</p><p>construir o desenvolvimento sustentável? Em 1992 acontece no Rio de Janeiro a</p><p>ECO-92, tendo como resultado a Agenda 21.</p><p>A Constituição Federal - artigo 225 / 88 - estabelece a obrigação do poder</p><p>público e do povo de preservar a natureza.</p><p>O princípio n º1 da Declaração de Estocolmo de 1972 diz que "todo homem</p><p>tem direito fundamental à liberdade, à igualdade e a condições de vida adequadas,</p><p>num meio ambiente que permita uma vida de dignidade e bem-estar".</p><p>A Constituição Federal de 1988, no artigo 225 expressa: "o meio ambiente é</p><p>um direito de todos, um patrimônio do povo, essencial à sadia qualidade de vida e</p><p>que por isso, exige-se do Poder Público e do povo o dever de defendê-lo no presente</p><p>para o futuro.</p><p>Estudos comentam que não há como negar que no Brasil sempre existiram</p><p>normas de tutela da natureza, no entanto o artigo 225 legitimou tal regra. A</p><p>conscientização global possibilitou que a Constituição Federal de 1988 estabelecesse</p><p>a proximidade entre o Meio Ambiente e o conteúdo humano e social, permitindo a</p><p>todos, dessa forma, o direito de que as condições que regem a vida não sejam</p><p>mudadas de forma desfavorável, por serem essenciais.</p><p>O tratamento dado ao meio ambiente passou a ser diferente, é visto como um</p><p>bem de todos, de uso comum, essencial à vida. prega-se a ideia de um Estado que</p><p>desenvolva atividades no sentido do homem se sentir em perfeita condição física ou</p><p>22</p><p>moral, primando pelo bem-estar humano, pela existência de um meio ambiente livre</p><p>de poluição e de outras situações que lhe causem danos.</p><p>Ainda segundo este autor deve-se dar ênfase que o artigo 225 expressa que é</p><p>dever do Poder Público e a da</p><p>coletividade, juntos, defender e preservar o Meio,</p><p>ambiente para as presentes e futuras gerações. Danos ambientais e a poluição</p><p>ambiental não se limitam às fronteiras de uma cidade, um estado ou de um país,</p><p>portanto, são responsabilidade de todos. A qualidade do Meio Ambiente é hoje um</p><p>valioso patrimônio que deve ser preservado e recuperado, onde o Poder Público, pelo</p><p>comando imperativo das normas, tem o dever de assegurar a qualidade de vida, que</p><p>consequentemente implica em boas condições de trabalho, lazer, educação, saúde,</p><p>segurança.</p><p> PRINCÍPIO DO GRANDE IMPACTO POLUIDOR</p><p>Devemos ter consciência que o ser humano provoca grande desequilíbrio em</p><p>todos os lugares que ocupa, alterando o ambiente.</p><p>A degradação ambiental começa a ter grande importância quando o ser</p><p>humano consegue aumentar a sua expectativa de vida, dominando a maioria das</p><p>doenças. Isto soma-se ao fato de não possuir um predador no meio ambiente,</p><p>gerando uma população “sem controle”.</p><p>Este fato soma-se a capacidade humana de inventar máquinas para</p><p>realizarem tarefas em grande escala, que por sua vez, geram grandes quantidades</p><p>de resíduos poluentes. Este fato é bem marcado pela Revolução Industrial, que iniciou</p><p>na Europa. Neste momento começou o grande impacto poluidor no planeta.</p><p>A revolução industrial foi o marco inicial da destruição do meio ambiente, a</p><p>partir daquele fato a exploração do meio ganhou velocidade. A industrialização foi a</p><p>descoberta do valor agregado, ou seja, os produtos naturais ao serem trabalhados e</p><p>modificados geravam maior valor monetário, a madeira dava origem a móveis</p><p>elaborados, geravam o desejo e compra por aqueles de melhor poder aquisitivo.</p><p>Antes deste período já existia a poluição, mas o grau de poluição aumentou</p><p>consideravelmente com a indústria e a urbanização, passando de uma escala local</p><p>23</p><p>para mundial. Sociedades, indivíduos, natureza, espaço, mares, florestas, subsolo:</p><p>tudo tem de ser útil economicamente, tudo deve ser utilizado no processo produtivo.</p><p>O importante nesse processo não é o que é bom ou justo e sim o que trará</p><p>maiores lucros a curto prazo. Assim derrubam-se matas sem se importar com as</p><p>consequências a longo prazo; acaba-se com as sociedades preconceituosamente</p><p>rotuladas de “primitivas”, porque elas são vistas como empecilhos para essa forma</p><p>de “progresso”, entendido como acumulação constante de riquezas, que se</p><p>concentram sempre nas mãos de alguns.</p><p> A OCUPAÇÃO URBANA</p><p>No Brasil, além das indústrias, temos outro fator muito importante, a ocupação</p><p>urbana. Desta forma entendemos que a degradação ambiental observada é</p><p>decorrente do peculiar processo histórico de ocupação e de uso do espaço, onde, em</p><p>quase sua totalidade, critérios técnicos e de segurança para a vida humana foram</p><p>desprezados. Limitações decorrentes de aspectos naturais, como relevo, declividade,</p><p>várzeas, entre outras, foram ignoradas, sobretudo por força da determinante social e</p><p>econômica, resultando na ocupação de áreas “impróprias” para o estabelecimento de</p><p>moradias.</p><p>Conforme relatado em estudos as intervenções antrópicas no ambiente</p><p>sempre representam algum impacto, muitas vezes até por desconhecimento não se</p><p>avalia o risco geotécnico das obras de engenharia, principalmente das pequenas</p><p>obras. Com isso, torna-se necessário um conhecimento das características dos</p><p>terrenos frente à ocupação urbana acelerada.</p><p>Observa-se, assim, que fundos de vale, áreas de mananciais, várzeas de rios</p><p>e córregos e encostas de morro acabaram sendo ocupados por habitações precárias,</p><p>irregulares e sem atendimento de saneamento básico, reproduzindo um modelo de</p><p>degradação ambiental urbana, porém, de evidente solução integrada no sentido local</p><p>e regional.</p><p>Os contingentes submetidos à exclusão social e econômica, seja em</p><p>decorrência da renda limitada, do desemprego, ou mesmo pela falta de moradia</p><p>acessível, acomodaram-se nesses espaços carentes de serviços públicos de saúde,</p><p>24</p><p>educação, lazer, saneamento e fiscalização adequados, produzindo também</p><p>enormes danos ambientais que precisam ser revertidos.</p><p>A concentração de pessoas em um ambiente sem a devida programação</p><p>sanitária acarreta sérios problemas de saúde pública pela geração intensa de</p><p>resíduos sólidos. Para reduzir os impactos que os resíduos sólidos causam ao meio</p><p>ambiente e à saúde pública é necessário desenvolver programas de coleta seletiva,</p><p>reciclagem e reaproveitamento de materiais e promover a conscientização da</p><p>população de que ações são necessárias para a proteção do meio ambiente.</p><p>A erosão e escorrimento superficial do solo, causados pela sua indevida</p><p>utilização, são um dos principais responsáveis pelas constantes inundações. Na</p><p>cidade de São Paulo, o Rio Tietê possui uma situação que é decorrente de um</p><p>conjunto de fatores que são comuns em parte da região da sub-bacia</p><p>Juqueri/Cantareira, tais como: o parcelamento de glebas em desacordo com a</p><p>topografia; a ocupação dos fundos de vale por população de baixa renda, retirando</p><p>da várzea a sua função de amortecimento das cheias; a impermeabilização excessiva</p><p>do solo, aumentando o volume e a velocidade da água; a retirada da cobertura vegetal</p><p>e execução de serviços de terraplanagem; o lixo lançado no leito dos córregos; as</p><p>ações do poder público concentradas na resolução dos problemas específicos de</p><p>determinados cursos d’água, sem abordar a questão em termos das sub-bacias como</p><p>um todo; as canalizações agravando os problemas da jusante dos cursos d’água,</p><p>dificultando a limpeza e desassoreamento e desobstrução.</p><p>Acima são descritos uma série de prejuízos sócio-ambientais, como os gastos</p><p>com desassoreamento e desobstrução dos cursos d’água, equipamentos públicos</p><p>danificados com as enchentes, perda de bens privados, gastos com saúde pública</p><p>decorrentes de doenças transmitidas pela água por insetos ou por roedores e pela</p><p>contaminação de alimentos, perdas de horas de trabalho e de recursos econômicos</p><p>devido às paralisações por enchentes, deterioração das condições de seu entorno,</p><p>degradação geral do ambiente pelas enchentes em termos de perda de cobertura</p><p>verde, erosão, deslocamento de lixo para casas e vias, deterioração do manancial</p><p>como um todo e constante ameaça de contaminação da água que abastece a região</p><p>metropolitana de São Paulo.</p><p>25</p><p> A MIGRAÇÃO PARA AS CIDADES</p><p>O Brasil deixou efetivamente de ser um país “predominantemente agrícola”. A</p><p>população urbana começou a ultrapassar a população rural em número. O país</p><p>passou a contar com um parque industrial diferenciado e muito produtivo.</p><p>Este fato deve ser analisado de forma contextualizada, pois tem gerado uma</p><p>série de problemas ambientais, destruição de culturas, mudança de comportamentos,</p><p>individualismo, etc.</p><p>No pós guerra (1950) ocorreu a modernização da agricultura no Brasil com a</p><p>chamada “revolução Verde”. Este fenômeno ocorreu com a utilização de</p><p>equipamentos mecânicos e produtos da indústria química. No entanto, somente a</p><p>partir da década de 1970, em razão da instalação de empresas produtoras destes</p><p>bens materiais no país, é que a “industrialização da agricultura” difundiu-se, e as</p><p>atividades agropecuárias passaram a constituir ramos de produção semelhantes aos</p><p>da indústria.</p><p>Apesar desta “industrialização” não ter ocorrido no Brasil inteiro provocou</p><p>grandes mudanças no comportamento das pessoas do campo. A força de trabalho foi</p><p>sendo substituída por máquinas gerando um excedente de trabalhadores sem postos</p><p>de trabalho levando-os a migrarem para as cidades, principalmente para as capitais</p><p>onde a oferta de trabalho é maior. Outro fator que empurrou o homem do campo para</p><p>as cidades foram leis trabalhistas, estas leis foram criadas com o intuito de protegê-</p><p>lo, mas na realidade ocorreu o contrário. Antes da década de 70 muitos fazendeiros</p><p>possuíam em suas terras os “meeiros” ou “arrendatários”, eram famílias inteiras que</p><p>viviam em algum espaço da fazenda, plantavam e criavam seus animais, tudo em</p><p>parceria com o dono da fazenda.</p><p>Com o surgimento dos sindicatos rurais e leis que obrigavam os fazendeiros a</p><p>registrar os trabalhadores ou ceder parte da terra para estes com a lei do usucapião</p><p>(após 5 anos no mesmo lugar o trabalhador tinha direito a propriedade que ocupava)</p><p>os conflitos ficaram intensos e os proprietários deixaram de utilizar estas modalidades</p><p>de parceria com trabalhadores rurais.</p><p>O resultado da soma dos fatores industrialização do campo e leis rurais</p><p>provocou o êxodo dos trabalhadores rurais para as cidades, até o momento atual</p><p>26</p><p>ainda ocorre a migração de trabalhadores para os centros urbanos. Esta situação</p><p>aumentou as favelas já existentes, surgiram bairros nas periferias das cidades</p><p>totalmente sem infra-estrutura. Os gestores das cidades não conseguiram atender as</p><p>demandas por moradias e instalação de infra-estrutura de saneamento básico.</p><p>Segundo dados da Pesquisa Nacional por amostragem (PNAD), em 2000 82%</p><p>da população já residia nas cidades. A previsão é que a urbanização ainda persistirá,</p><p>menos intensa, exceto no Norte e no Nordeste, nas quais o êxodo rural se acelera.</p><p>No Centro- Oeste, no Sudeste e no Sul, a urbanização será bem mais lenta, tendo</p><p>nela peso menor a migração rural–urbana, de origem nas mesmas regiões.</p><p>No entanto a migração do Norte e nordeste ainda não cessou, essas regiões</p><p>são retardatárias quanto ao deslocamento do campo para a cidade. Assim, a política</p><p>econômica que visa reter população nos campos tem que ter o Nordeste como</p><p>prioridade, o que não ocorre presentemente, e reconhece-se que as dificuldades</p><p>operacionais e o risco climático são pedras no caminho.</p><p>A questão ambiental se tornou então muito mais séria com o adensamento</p><p>populacional das cidades. Hoje praticamente todos os grandes centros urbanos já</p><p>enfrentam problemas com captação de água para as populações, alta produção de</p><p>lixo, moradias precárias, crise nos transportes urbanos, violência urbana, poluição,</p><p>despersonificação do ser humano, etc.</p><p>27</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Carvalho, L.M. de (1999) Educação e meio ambiente na escola fundamental:</p><p>perspectivas e possibilidades. In: Projeto - Revista de Educação: Ciências: que temas</p><p>eleger? Porto Alegre: Projeto, 1 (1), 1999.</p><p>Carvalho, L.M. de (1996). Os trabalhos de campo como procedimento didático. 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