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<p>O EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO – METODOLOGIAS</p><p>DIDÁTICO - PEDAGÓGICAS</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2</p><p>INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3</p><p>Significado de Magistério ......................................................................... 4</p><p>Magistério e licenciatura plena ................................................................ 6</p><p>O Significado De Práticas Pedagógicas .................................................. 9</p><p>Conceito de Educação ........................................................................... 13</p><p>A Educação na Sociedade Atual ........................................................... 14</p><p>Práticas Pedagógicas Adotadas em Sala de Aula ................................. 17</p><p>Educação Infantil na Atual Constituição................................................. 19</p><p>Profissionais da Educação Infantil ......................................................... 21</p><p>Métodos pedagógicos utilizados no Brasil ............................................. 23</p><p>CONCLUSÃO ........................................................................................ 29</p><p>REFERÊNCIA ........................................................................................ 31</p><p>2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho</p><p>de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de</p><p>cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma</p><p>entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior.</p><p>O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na</p><p>sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos</p><p>científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade,</p><p>transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de</p><p>publicações e/ou outras normas de comunicação.</p><p>Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura,</p><p>de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir</p><p>uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma,</p><p>conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos</p><p>de qualidade.</p><p>3</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até</p><p>seis anos de idade, sem distinção decorrente de origem geográfica, caracteres</p><p>do fenótipo (cor da pele, traços de rosto e cabelo), da etnia, nacionalidade, sexo,</p><p>de deficiência física ou mental, nível socioeconômico ou classe social.</p><p>Magistério é o nome dado para o cargo de professor, envolvendo todo o</p><p>seu exercício dentro desta profissão.</p><p>Entre as principais funções do magistério está à docência, ou seja, o</p><p>ensino e a educação, tarefa prioritária dos professores. Já os pedagogos,</p><p>especialistas em educação, são responsáveis por fornecer o suporte pedagógico</p><p>aos alunos, professores e pais.</p><p>A criança da Educação Infantil vive um momento único, de interação com</p><p>as pessoas, e as coisas do mundo, atribui significado para suas experiências e</p><p>para os fatos que a cerca. Esse processo de experiências faz com que as</p><p>crianças vivenciem momentos em que predominam o sonho, a fantasia, a</p><p>afetividade, a brincadeira e as manifestações de caráter subjetivo. Por tais</p><p>razões, as instituições de Educação Infantil são indispensáveis, por serem</p><p>espaços educativos para a construção do “eu”, isto é, utiliza de diferentes</p><p>estratégias que proporcionem a autonomia por meio do trabalho pedagógico que</p><p>orienta as crianças para suas escolhas. Há professores que vivenciam e resistem</p><p>às mudanças, enfatiza o cuidar, centraliza em si as ações, não possibilita o</p><p>processo de ensino- aprendizagem contextualizada e lúdica.</p><p>4</p><p>Significado de Magistério</p><p>Magistério é o nome dado para o cargo de professor, envolvendo todo o</p><p>seu exercício dentro desta profissão.</p><p>Entre as principais funções do magistério está a docência, ou seja, o</p><p>ensino e a educação, tarefa prioritária dos professores. Já os pedagogos,</p><p>especialistas em educação, são responsáveis por fornecer o suporte pedagógico</p><p>aos alunos, professores e pais.</p><p>Etimologicamente, este termo se originou a partir do latim magisterium,</p><p>que significa “dignidade”, “meio de curar”, “tratamento” ou “trabalho de chefe”.</p><p>Como seguir carreira no magistério?</p><p>Para estar apto a construir uma carreira na área do magistério, o docente</p><p>deve seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),</p><p>estabelecida pela lei nº 9.394/96.</p><p>De acordo com essas diretrizes, os professores são aconselhados a</p><p>finalizar um curso de nível superior na área da educação para poder dar aulas.</p><p>Mas, até o ano de 2020, ainda serão aceitos os profissionais que apenas fizeram</p><p>o curso de magistério, ofertado às pessoas que concluíram o Ensino Médio.</p><p>5</p><p>Com o curso de magistério, até 2020, os professores podem dar aulas</p><p>para alunos do Ensino Infantil e para os quatro primeiros anos do Ensino</p><p>Fundamental (do 1º ao 4º ano).</p><p>No entanto, com o desenvolvimento do Plano Nacional de Educação</p><p>(PNE), todos os professores deverão ter uma formação superior para estarem</p><p>aptos a dar aulas.</p><p>Plano Nacional de Educação (PNE)</p><p>O PNE, aprovado em 2014, foi criado para definir metas de investimento</p><p>e de melhora na qualidade da educação no país. O plano estabeleceu objetivos</p><p>que devem ser cumpridos progressivamente até 2024.</p><p>Além da recomendação para que os professores ingressem em um curso</p><p>universitário, já que existe a previsão da formação de nível superior para os</p><p>próximos anos, o plano prevê medidas de valorização desses profissionais.</p><p>De acordo com o documento, as pessoas que atuam na área do</p><p>magistério devem, gradativamente, ter seus salários equiparados a outros</p><p>profissionais que possuem formação semelhante.</p><p>6</p><p>.</p><p>Magistério e licenciatura plena</p><p>Os cursos de formação para o magistério são classificados como</p><p>licenciatura plena. Englobam os cursos que são destinados à formação</p><p>específica de profissionais que atuarão nas áreas da Educação Básica e da</p><p>Educação Infantil.</p><p>Existem cursos de licenciatura plena em diversas áreas do conhecimento,</p><p>como: História, Geografia, Letras, Matemática, Pedagogia, entre outros.</p><p>Magistério da Igreja</p><p>No âmbito da Igreja Católica, o magistério é formado pelas pessoas que</p><p>se vinculam ao Episcopado ou ao Supremo Pontificado.</p><p>O magistério da Igreja também se refere à função de ensinar, como o ato</p><p>de repassar a palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus aos fiéis católicos.</p><p>A contribuição da Didática para a prática docente no Ensino Superior</p><p>7</p><p>A Didática sempre desempenhou um papel importante na formação de</p><p>profissionais para o exercício do magistério. Caracteriza-se como mediação</p><p>entre as bases teórico-científicas da educação e prática docente, operando como</p><p>uma ponte entre “o que” e “como” do processo pedagógico.</p><p>Candau (2004) fala da importância da Didática como uma forma de tratar</p><p>tecnicamente os mecanismos pelos quais o educando possa adquirir</p><p>determinados tipos de conduta com maior facilidade. Assim, a Didática é</p><p>importante para a aprendizagem dos modos de conseguir, do ponto de vista do</p><p>“saber fazer” que alguma coisa seja ensinada de tal maneira que o educando</p><p>possa aprender com maior facilidade e, por isso, mais rapidamente.</p><p>Estudar a Didática é pensar num conjunto de conhecimentos didáticos e</p><p>pedagógicos, esclarecendo seu papel na formação profissional para o exercício</p><p>do magistério.</p><p>Destarte, o professor deve propor e examinar com os alunos os</p><p>objetivos, conteúdos e atividades que serão desenvolvidos, preparando-os para</p><p>o processo de assimilação consciente de conhecimentos e habilidades</p><p>(LIBÂNEO, 1994).</p><p>https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/a-contribuicao-da-didatica-para-a-pratica-docente-no-ensino-superior/57837</p><p>8</p><p>Destarte, no ensino universitário, a formação pedagógica dos professores</p><p>requer impulsos criativos e uma sistematização didática, que não implica</p><p>necessariamente no processo de inovação do ensino. As reflexões práticas</p><p>surgem como uma forma de contemplar experiências de formação pedagógica</p><p>dos docentes do Ensino Superior, com base num trabalho conjunto entre as</p><p>Universidades, num constante processo de integração.</p><p>Estudos realizados por Lucarelli (1994) trazem três importantes reflexões</p><p>acerca da inovação e formação do docente universitário:</p><p>Identificação das inovações: faz-se uma associação a práticas de ensino</p><p>que alterem, de algum modo, o sistema unidirecional das relações que</p><p>caracterizam o ensino tradicional. O sistema de relações centrado apenas na</p><p>transmissão da informação, emitida pelo docente, presente em um impresso ou</p><p>veiculada por qualquer meio tecnológico mais sofisticado como o que se produz</p><p>pela comunicação virtual; um processo de inovação na aula supõe sempre que</p><p>haja uma ruptura com os modelos didáticos impostos pela epistemologia</p><p>positivista, o qual comunica um conhecimento fechado, acabado, conducente e</p><p>uma didática da transmissão que, regida pela racionalidade técnica, reduz o</p><p>estudante a um sujeito destinado a receber passivamente este conhecimento</p><p>(LUCARELLI, 1994).</p><p>Reconhecimento das principais vias de concretização dessa articulação</p><p>nas representações sociais dos atores interessados na inovação: o estilo</p><p>inovador encontra-se fundamentado na tríade sujeito docente/aluno/conteúdo, o</p><p>que supõe uma modificação do modelo didático e de sua organização de tal</p><p>maneira que os propósitos, os conteúdos, as estratégias, os recursos, o papel</p><p>que desempenha o docente, o papel do aluno e, sobretudo, o sistema de</p><p>relações entre esses componentes sejam afetados (LUCARELLI, 1994).</p><p>Análise em profundidade das modalidades particulares de transposição</p><p>para a aula universitária dessa visão da inovação na articulação entre teoria e</p><p>prática: este processo de inovação implica numa melhor relação entre a teoria e</p><p>a prática. A prática do professor é um elemento aglutinador para incorporação</p><p>dos problemas significativos que afetam o exercício profissional vigente em um</p><p>campo determinado. A articulação entre teoria e prática revela-se como uma</p><p>9</p><p>estratégia metodológica para o desenvolvimento de qualquer situação de ensino</p><p>e aprendizagem (LUCARELLI, 1994).</p><p>De forma geral, percebe-se que um dos maiores obstáculos para o</p><p>desenvolvimento de inovações nas instituições educativas é a distância entre a</p><p>programação de inovação e sua incorporação na prática cotidiana dos atores.</p><p>Existe também o grande problema da articulação entre a teoria e a prática que</p><p>clama por um caminho legítimo na busca de ancoragens para a construção</p><p>didática no âmbito universitário (LUCARELLI, 2000).</p><p>Portanto, trata-se de definir uma metodologia que inclua os protagonistas</p><p>do ensino em sua análise e projeção teórica, colocando-os em busca de</p><p>estratégias possíveis, ao mesmo tempo, comprometidas, para abandonar e</p><p>encarar a resolução dos problemas que afetam o ensino universitário.</p><p>O Significado De Práticas Pedagógicas</p><p>https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/o-significado-de-praticas-pedagogicas/25705</p><p>10</p><p>Outros pesquisadores, além de Marques (2001), mencionada</p><p>anteriormente, foram buscar na literatura, fundamentos para subsidiar seus</p><p>conhecimentos acerca da prática pedagógica dos professores, bem como para</p><p>alicerçar as pesquisas desenvolvidas nas escolas, nas quais se encontram</p><p>matriculados alunos com deficiência nas classes comuns.</p><p>Fortemente marcada pelo embate teórico-metodológico das matrizes</p><p>epistemológicas do objetivismo e do subjetivismo do período pós-renascentista,</p><p>a prática pedagógica adentrou o século vinte mergulhada num oceano de</p><p>investigações sobre os processos de desenvolvimento e de aprendizagem</p><p>(MARQUES, 2001, p. 11).</p><p>Dentre esses, podemos citar Sacristan (1999) Ferreira (2004), Garcia</p><p>(2005), Mendes (2008), Oliveira (2008) e Pletsch (2010). Com apoio nos estudos</p><p>desses pesquisadores, então podemos dizer que as práticas pedagógicas, pauta</p><p>de estudos deste curso, são identificadas com as seguintes definições:</p><p>A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício dos</p><p>professores, é algo que não lhes pertencem por inteiro, mas um traço cultural</p><p>compartilhado, assim como o médico não possui o domínio de todas as ações</p><p>para favorecer a saúde, mas as compartilha com outros agentes, algumas vezes</p><p>em relação de complementariedade e de colaboração, e, em outras, em relação</p><p>de atribuições. A prática educativa tem sua gênese em outras práticas que</p><p>interagem com o sistema escolar e, além disso, é devedora de si mesma, de seu</p><p>passado. São características que podem ajudar-nos a entender as razões das</p><p>transformações que são produzidas e não chegam a acontecer (SACRISTÁN,</p><p>1999, p. 91).</p><p>Na escola, diante de um aluno com deficiência que, como os demais, vive</p><p>num mundo em constante evolução, com as dinâmicas e complexidades de um</p><p>sujeito em desenvolvimento, com características únicas, implicados, sobretudo,</p><p>com as tramas relacionais, num contexto social em que convivem família e</p><p>comunidade, influenciadas pelo meio social, por valores pessoais, e um</p><p>ambiente físico, geográfico e histórico que não podem ser dissociados de sua</p><p>existência. Os pais e seus filhos com deficiência convivem em um mundo social,</p><p>permeado de exigências de toda ordem, da mesma forma os alunos na escola.</p><p>11</p><p>Garcia nos diz o seguinte sobre práticas pedagógicas:</p><p>[...] a prática pedagógica pode ser dividida em “práticas de caráter</p><p>antropológico” e “práticas pedagógicas institucionalizadas”. A autora explica que</p><p>a primeira diz respeito à perspectiva social pela qual se compreende a educação</p><p>escolar como um espaço cultural compartilhado, não exclusivo de uma classe</p><p>profissional concreta, ainda que conceda certa legitimidade técnica à ação</p><p>docente. Já a segunda se refere à atividade docente realizada nos sistemas</p><p>educacionais e às organizações escolares em que estão inseridos. Neste</p><p>sentido, “a prática profissional depende das decisões individuais, que não estão</p><p>isentas da influência de normas coletivas e de regulações organizacionais”.</p><p>Portanto, o conceito de prática pedagógica não se limita apenas às ações dos</p><p>professores em sala de aula (GARCIA, 2005 apud PLETSCH, 2010, p. 158).</p><p>Ferreira, por sua vez, apresenta significativas recomendações à maneira</p><p>de atuar na escola com vistas à aprendizagem e desenvolvimento dos alunos:</p><p>Pensando na educação dos sujeitos com deficiência, a busca de códigos</p><p>pedagógicos apropriados é necessária, mas não suficiente se não</p><p>ressignificarmos as relações de existência concreta destes alunos no âmbito da</p><p>prática e dos discursos da e na escola. Por esse ponto de vista, torna-se pouco</p><p>provável que possamos simplesmente recorrer à ajuda do conhecimento e da</p><p>prática tradicionalmente acumulados em educação especial, uma vez que</p><p>trazem uma perspectiva da educação especial que se constitui sob a égide de</p><p>outras concepções e outras referências teóricas (2004, p. 44).</p><p>No entendimento de Mendes (2008, p. 118):</p><p>[...] as práticas curriculares são entendidas como as ações envolvidas na</p><p>elaboração e implementação do currículo. São práticas nas quais convivem</p><p>ações teóricas e práticas, refletidas e mecânicas, normativas, orientadoras,</p><p>reguladoras, cotidianas. Desde a proposição de currículos pelos órgãos</p><p>governamentais, à recontextualização feita desses discursos pela escola e pelos</p><p>seus sujeitos, tudo é entendido aqui como práticas curriculares.</p><p>12</p><p>No currículo produzido pelas práticas curriculares se expressa o que a</p><p>escola entende como conhecimento, o que prioriza, que saberes privilegia e</p><p>transmite, assim como que sujeito pretende formar e que sujeito de fato forma.</p><p>Essa autora reforça seu ponto de vista sobre práticas curriculares,</p><p>dizendo:</p><p>[...] quando estudamos a escola estamos diante de práticas curriculares</p><p>que são o exercício característico da escola na organização e desenvolvimento</p><p>do currículo, ou seja, dos conteúdos e das formas de sua transmissão, o que</p><p>inclui atividades e tarefas propostas, bem como acompanhamento dos alunos no</p><p>processe ensino-aprendizagem. São aquelas implementadas e</p><p>recontextualizadas nos condicionantes escolares (tempo-espaço) envolvendo as</p><p>práticas de seleção e distribuição dos conhecimentos escolares (Mendes, 2008,</p><p>p. 118).</p><p>Enquanto isso, Oliveira (2008, p. 174) assim se posiciona:</p><p>As ações dos professores nas salas de aulas não se desenvolvem</p><p>isoladamente, não são resultados apenas de suas características pessoais (suas</p><p>crenças, valores, expectativas), mas refletem o tipo de cultura da instituição,</p><p>considerada no contexto mais amplo das políticas de reformas e mudanças</p><p>educacionais que exercem influências no cotidiano da escola e,</p><p>consequentemente, nas práticas dos professores.</p><p>13</p><p>Finalmente, sobre práticas pedagógicas, acrescentamos mais uma</p><p>contribuição Pletsch (2010, p. 158-159):</p><p>Tomando como base as diferentes relações e ações presentes no interior</p><p>da escola e a influência que recebe das práticas externas a ela, usaremos o</p><p>termo prática associado ao currículo. Entendemos que as práticas curriculares</p><p>são ações que envolvem a elaboração e a implementação do currículo em suas</p><p>diferentes dimensões (planejamento, metodologias, estratégias de ensino,</p><p>avaliação, tempo e espaço de aprendizagem).</p><p>Conceito de Educação</p><p>Podemos compreender o termo Educação como um processo</p><p>pertencente ao desenvolvimento humano que vai sendo estabelecido na medida</p><p>em que vamos construindo nossos conceitos. Os responsáveis por este</p><p>processo no início de nossas vidas são os nossos pais, nossa família, pois é no</p><p>ambiente familiar que vamos aprendendo o que é certo, o que é errado, o que</p><p>podemos ou não fazer, e é neste ambiente que vamos nos tornando uma pessoa</p><p>educada. Nem tudo o que nos é ensinado são verdades concretas, porém</p><p>apenas saberemos disso quando tivermos a capacidade de compreender</p><p>sozinhos os significados e importância dos valores educativos que nos foram</p><p>ensinados.</p><p>14</p><p>Esta compreensão se dará no momento em que iniciarmos a vida escolar,</p><p>pois é no processo de aprendizagem escolar que vamos confrontar os</p><p>conhecimentos transmitidos pela família e os conhecimentos transmitidos pelos</p><p>professores, que incentivam a criatividade, a busca pelo conhecimento e</p><p>principalmente a criticidade. No entanto, devemos repensar no conceito que</p><p>alguns definem a Educação, muitas vezes sendo relacionado apenas ao</p><p>processo de estudo, onde uma pessoa considerada educada é aquela que</p><p>estuda bastante. A educação formal tem o objetivo de preparar melhor o</p><p>indivíduo para exercer suas habilidades pessoais, conhecimentos, levando em</p><p>consideração a visão de mundo que esta pessoa já possui, os conhecimentos</p><p>prévios adquiridos na educação familiar, que é um processo natural, espontâneo</p><p>e comum a todos.</p><p>A Educação na Sociedade Atual</p><p>A situação do ensino brasileiro não é tão favorável. O precário processo</p><p>de alfabetização é um dos graves problemas que afetam a educação e</p><p>consequentemente causa uma evasão escolar. Mas será que isso tem relação</p><p>com o método de ensinar adotado nas escolas pelos educadores?</p><p>É preciso esclarecer que há uma diferença em ser professor e educador.</p><p>O professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário</p><p>no fim do mês. Já um educador tem paixão pelo que faz, dedica-se ao máximo</p><p>15</p><p>e a sua realização está completa quando sente que o seu trabalho está sendo</p><p>bem desenvolvido e alcançando os objetivos propostos.</p><p>Infelizmente temos poucos educadores e muitos professores que</p><p>possuem uma prática pedagógica ultrapassada, adquiridas quando eles</p><p>estudaram na escola; assim, ficam isolados na maneira como aprenderam as</p><p>coisas, dificultando a aquisição de novos métodos de ensino. Outros já se</p><p>baseiam na última tendência da moda e não acabam refletindo sobre a eficácia</p><p>da mesma, tornando o seu trabalho incompleto, pois assim não se atinge os reais</p><p>objetivos da educação. Pode-se considerar também que muitos professores têm</p><p>na cabeça a escola nova, porém acabam por trabalhar embasados na escola</p><p>tradicional porque a realidade em que se vive não oferece as condições para a</p><p>prática dos métodos da escola nova, sem contar que é preciso ainda dar ênfase</p><p>ao tecnicismo.</p><p>Para Antunes (2004), se a ciência mostra que o período que vai da</p><p>gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases</p><p>para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência</p><p>humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é</p><p>imprescindível para o seu desenvolvimento. Mas será que a Educação Infantil</p><p>pode realmente contribuir na formação de um cidadão crítico?</p><p>De acordo com Terencio (2004), para responder a essa questão propõe-</p><p>se como objetivo geral afirmar a importância da Educação Infantil para a</p><p>formação crítica e reflexiva do cidadão frente à formação dos profissionais da</p><p>área educacional. De acordo com a autora, os objetivos específicos que se</p><p>ramificam da proposta inicial apresentam-se com a finalidade de comparar e</p><p>identificar as diferenças nos obstáculos sociais e educacionais enfrentados pelas</p><p>pessoas que não cursaram a Educação Infantil e entram direto na primeira fase</p><p>do Ensino Fundamental; identificar de que maneira a Educação Infantil pode</p><p>contribuir na formação do cidadão crítico/reflexivo.</p><p>Na medida em que se foi prolongando o tempo de infância, como um</p><p>período em que a criança é preservada do mundo do trabalho, isso é</p><p>acompanhado de um reconhecimento social da criança, mas não de uma</p><p>garantia do direito à infância. Como afirma Rocha (2001): “Uma sociedade de</p><p>16</p><p>extremas diferenças resulta no convívio com diferentes infâncias: a vivida por</p><p>crianças que têm um pleno reconhecimento dos seus direitos e por aquelas que</p><p>não têm nenhum destes mesmos direitos garantidos”. Como afirma Arroyo</p><p>(1994)</p><p>“A reprodução da infância deixa de ser uma atribuição exclusiva da</p><p>mulher, no âmbito privado da família. É a sociedade que tem que cuidar da</p><p>infância. É o Estado que, complementando a família, tem que cuidar da infância</p><p>(...) que hoje tem que ser objeto dos deveres públicos do Estado, da sociedade</p><p>como um todo. Infância que muda que se constrói, que aparece não só como</p><p>sujeito de direitos, mas como sujeito público de direitos, sujeito social de direitos.”</p><p>Essa reflexão nos leva a crer que as instituições é que passam a ser co-</p><p>responsáveis pela criança e muitas vezes, na ânsia da “preparação para o</p><p>futuro”, priorizam uma escolarização precoce, preocupada com a inserção na</p><p>escola de Ensino Fundamental. Entretanto, como afirma Rocha (2001): “A</p><p>educação infantil tem uma identidade que precisa considerar a criança como um</p><p>sujeito de direitos, oferecendo-lhe condições materiais, pedagógicas, culturais e</p><p>de saúde para isso, de forma complementar à ação da família”.</p><p>Em alguns países mais desenvolvidos, como por exemplo, a Dinamarca,</p><p>a Suécia, a Itália, a França, etc, a Educação Infantil é vista como uma tarefa</p><p>pública socialmente compartilhada e que, por sua vez, reflete-se em políticas</p><p>públicas que respeitam os direitos da criança e associam-se, frequentemente, às</p><p>políticas</p><p>sociais voltadas para a família, com o intuito de viabilizar uma educação</p><p>que contemple as múltiplas dimensões humanas.</p><p>17</p><p>Práticas Pedagógicas Adotadas em Sala de Aula</p><p>De acordo com algumas leituras percebe-se que muitos autores</p><p>criticam a prática pedagógica tecnicista, pois afirmam que este método de ensino</p><p>marcou a educação durante o período militar, o que causou algumas</p><p>divergências entre os educadores, pois “O professor passa a ter que dominar as</p><p>técnicas e então basta saber ligar e desligar botões para ensinar. O processo é</p><p>mecânico. Basta saber repetir, copiar modelos, executar ordens e está pronto</p><p>para o mercado de trabalho”. Olhando deste ângulo realmente percebemos que</p><p>o tecnicismo torna-se prejudicial à educação, pois se essa técnica for o centro</p><p>de tudo e o ensino se tornar mecânico, consequentemente não haverá</p><p>aprendizagem. Não é possuindo o domínio de tais técnicas que podemos afirmar</p><p>que o ensino está sendo bem aproveitado.</p><p>Entretanto excluir as técnicas também não quer dizer que estaremos</p><p>fazendo o melhor para a educação pois, na verdade, o problema está em como</p><p>usamos desse meio para ensinar. Muitas vezes é de forma errônea, restringindo</p><p>o ato de ensinar a meros quadros de textos exibidos por meio de um computador,</p><p>onde temos um começo e um fim determinado. O educador deve antes conhecer</p><p>18</p><p>a dimensão teórica e prática dos métodos adotados, deve saber qual técnica é</p><p>mais eficaz em dado momento, ter domínio da técnica e do conteúdo, saber se</p><p>ela funciona em determinada situação, como, para que é por quê lançar mão</p><p>deste meio para ensinar. Então podemos utilizar retro- projetores sem sermos</p><p>tecnicistas, realizar uma aula expositiva sem sermos tradicionais.</p><p>Na literatura didática, a aula expositiva é considerada a mais tradicional</p><p>das técnicas de ensino e também tem sido apontada como a atividade mais</p><p>empregada pelos educadores e a preferida pelos estudantes em qualquer grau</p><p>de ensino. Na escola tradicional era considerada como técnica de ensino padrão,</p><p>onde o docente deveria dominar os conteúdos fundamentais a serem</p><p>transmitidos aos alunos, sendo o melhor método de transmissão de</p><p>conhecimentos na sala de aula. Já na "escola nova" a aula expositiva deixa de</p><p>ser predominante na sala de aula. Dá-se ênfase à atividade do aluno e novas</p><p>técnicas de ensino surgem.</p><p>A aula expositiva, segundo alguns autores, apresenta vantagens e</p><p>desvantagens. “Vantagens – a economia de tempo, principalmente para</p><p>assuntos curtos; supre a falta de bibliografia para o aluno quando este não foi</p><p>amplamente divulgado ou na dificuldade de acesso; a técnica ajuda na</p><p>compreensão de assuntos considerados complexos, desde que o professor</p><p>traduza para linguagem mais simples. E quando suscita perguntas, este aula</p><p>estimula o pensamento criador do aluno. Desvantagem – A maior é que por ser</p><p>comunicação verbal, o professor tende a falar por mais tempo, restringindo a</p><p>participação do aluno, o que os deixa acomodados”.</p><p>A escola tecnicista estava fundamentada nos princípios de racionalidade,</p><p>eficiência e produtividade. Aqui se valorizam as atividades que promovem o</p><p>parcelamento do trabalho pedagógico. Assim, à aula expositiva foi transmitida</p><p>uma nova conotação, traduzida por determinadas habilidades técnicas a serem</p><p>desenvolvidas pelo educador.</p><p>Podemos considerar também o debate como outra técnica de ensino: é</p><p>um recurso utilizado para os alunos confrontarem ideias, diferentes pontos de</p><p>vista. Entretanto, discutir e debater não são tarefas fáceis, não basta que o aluno</p><p>exprima-se e diga o que sente, é necessário conhecimento crítico para que ele</p><p>19</p><p>progrida e avance sozinho. Para que ocorra um debate é necessário que os</p><p>participantes já tenham um conhecimento, informações novas e experiências.</p><p>Pode adquirir tudo isso por meio de leituras, pesquisas e estudos realizados</p><p>sobre diversos temas.</p><p>Educação Infantil na Atual Constituição</p><p>Sabe-se que a educação e o cuidado na primeira infância vêm sendo</p><p>tratados como assuntos prioritários de governo, organismos internacionais e</p><p>organizações da sociedade civil, por um número cada vez maior de países em</p><p>todo o mundo. No Brasil, a Educação Infantil - isto é, o atendimento a crianças</p><p>de zero a seis anos em creches e pré-escolas - é um direito assegurado</p><p>pela Constituição Federal de 1988. A partir da aprovação da Lei de Diretrizes</p><p>e Bases da Educação Nacional , em 1996, a Educação Infantil passa a ser</p><p>definida como a primeira etapa da Educação Básica.</p><p>Nesse sentido, de acordo com Barros (2008), várias pesquisas realizadas</p><p>nos anos de 1980 já mostravam que os seis primeiros anos de vida são</p><p>20</p><p>fundamentais para o desenvolvimento humano e a formação da inteligência e da</p><p>personalidade; entretanto, até 1988, a criança brasileira com menos de 7 anos</p><p>de idade não tinha direito à Educação. A Constituição atual então reconheceu,</p><p>pela primeira vez, a Educação Infantil como um direito da criança, opção da</p><p>família e dever do Estado. A partir daí a Educação Infantil no Brasil deixou de</p><p>estar vinculada somente à política de assistência social passando então a</p><p>integrar a política nacional de educação.</p><p>Pode-se considerar que no Brasil estamos vivendo um momento histórico</p><p>para a reflexão e a ação em relação às políticas públicas voltadas para as</p><p>crianças pois vemos, cada vez mais, a educação e o cuidado na primeira infância</p><p>sendo tratados como assuntos prioritários por parte dos governos Federal,</p><p>Estadual e Municipal, e também pelas organizações da sociedade civil, por um</p><p>número crescente de profissionais da área pedagógica e de outras áreas do</p><p>conhecimento, que vêm na Educação Infantil uma verdadeira " ponte " para a</p><p>formação integral do cidadão.</p><p>No que se refere à Educação Infantil, o Plano Nacional de Educação</p><p>aponta várias metas qualitativas, como afirma Barros (2008):</p><p>"Em primeiro lugar, determina que sejam elaborados, no prazo de um</p><p>ano, padrões de infraestrutura para o funcionamento adequado das instituições</p><p>de Educação Infantil. Esses padrões também devem orientar novas autorizações</p><p>de funcionamento. Plano define que o executivo municipal deve assumir a</p><p>responsabilidade pelo acompanhamento, controle e supervisão das creches e</p><p>pré-escolas.Também exige a colaboração entre os setores de educação, saúde</p><p>e assistência, bem como entre os três níveis de governo, no atendimento à</p><p>criança de 0 a 6 anos de idade. E determina a efetiva inclusão das creches no</p><p>sistema nacional de estatísticas educacionais. Outra meta importante é</p><p>assegurar que, em todos os Municípios, além de outros recursos municipais,</p><p>10% (dos 25%) das verbas de manutenção e desenvolvimento do ensino seja</p><p>aplicado, prioritariamente, na Educação Infantil. Para isso, exige a colaboração</p><p>da União".</p><p>Segundo o que consta no PNE em relação à formação dos professores e</p><p>dirigentes, o PNE prevê a implantação de um Programa Nacional de Formação</p><p>21</p><p>dos Profissionais de Educação Infantil para garantir que, em dez anos, todos os</p><p>dirigentes de creches e pré-escolas e 70% dos professores tenham nível</p><p>superior. Prevê, ainda, no prazo de três anos, a execução de programa de</p><p>formação em serviço para profissionais da Educação Infantil e pessoal auxiliar,</p><p>a cargo dos Municípios. Neste caso, o PNE exige a colaboração da União e</p><p>recomenda a articulação com instituições de ensino superior e com Estados.</p><p>Também determina que os novos profissionais admitidos na Educação Infantil</p><p>tenham titulação mínima de nível médio, modalidade normal, dando-se</p><p>preferência à admissão de graduados em curso específico de nível superior.</p><p>Profissionais da Educação Infantil</p><p>A partir da constatação de que as experiências da primeira infância</p><p>são determinantes para o desenvolvimento do ser humano, pode-se considerar</p><p>que o papel do profissional de creches e pré-escolas</p><p>passa por reformulações</p><p>profundas e, como decorrência, as exigências relacionadas à sua formação</p><p>começam a ser repensadas.</p><p>Em 1996, a LDB– Lei de Diretrizes e Bases, estabeleceu que a Educação</p><p>Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, e tem por finalidade promover o</p><p>22</p><p>desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade. Sobre a formação de</p><p>docentes, a Lei determina, no artigo 62, que para atuar na educação básica é</p><p>preciso nível superior em universidades ou institutos superiores de educação,</p><p>admitindo como formação mínima para o exercício do magistério na Educação</p><p>Infantil, bem como nas primeiras quatro séries do Ensino Fundamental, a de nível</p><p>médio, na modalidade Normal. Prevê ainda que em um prazo de dez anos só</p><p>serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados em</p><p>serviço.</p><p>O Plano Nacional de Educação - (PNE, 2001) -, estabelece como meta</p><p>um Programa Nacional de Formação dos Profissionais de Educação Infantil para</p><p>garantir que todos os dirigentes de instituições deste nível de ensino possuam,</p><p>no prazo de cinco anos, formação em nível médio e, em dez anos, nível superior.</p><p>Todos (as) os (as) professores (as) também deverão ter nível médio em cinco</p><p>anos e 70% deles (as), nível superior em dez anos. No entanto, de acordo com</p><p>os profissionais da educação, esses prazos são curtos demais para serem</p><p>cumpridos. As exigências descritas implicam retorno à escola por parte dos</p><p>profissionais de Educação Infantil que não concluíram o Ensino Fundamental e</p><p>Médio, por meio de programas supletivos especiais e também de programas de</p><p>formação em serviço.</p><p>De acordo com estudos do Censo Escolar 2001, dos professores que</p><p>atuam nas creches brasileiras, 69% têm curso médio completo e apenas 12,9%</p><p>possuem nível superior. Na região Nordeste, estes últimos somam apenas 5,6%.</p><p>Nas classes brasileiras de pré-escola, 67,5% dos docentes têm nível médio e</p><p>23,1% possuem curso superior; e no Nordeste os professores com graduação</p><p>representam 5,3% do total. Neste âmbito, outra questão apresentada por Barros</p><p>(2020) é a seguinte: Sabemos que é na Educação Infantil que a criança adquire</p><p>os primeiros preparos para o convívio social, tem as primeiras noções de valores</p><p>morais e também, através de atividades apropriadas, aprimora suas</p><p>capacidades cognitivas e motoras. É fundamental, então, pensar na necessidade</p><p>do bom preparo do professor para que desenvolva atividades adequadas a esta</p><p>faixa etária das crianças. É necessário repensar a prática educativa das escolas</p><p>onde, comumente, são designados os professores menos preparados e menos</p><p>comprometidos para trabalhar com a Educação Infantil, já que é uma fase</p><p>23</p><p>escolar que não possui obrigatoriedade legislativa, sem precisar apresentar</p><p>resultados quanto ao desempenho do aluno, ou seja, muitos professores</p><p>preferem a Educação Infantil "por não haver cobranças e não precisar apresentar</p><p>resultados".</p><p>Métodos pedagógicos utilizados no Brasil</p><p>Existem dezenas de linhas pedagógicas, selecionamos as 5 mais comuns</p><p>para detalhar suas características. São elas:</p><p>1. Escola Construtivista</p><p>2. Escola Freiriana</p><p>3. Escola Montessoriana</p><p>24</p><p>4. Escola Waldorf</p><p>5. Escola Tradicional</p><p>1. Escola Construtivista</p><p>Nesse método pedagógico, que tem Lev Vygotsky e Jean Piaget como</p><p>principais nomes, o aluno é o protagonista do seu processo de aprendizado. Ou</p><p>seja, a educação não é uma simples transmissão de conhecimento, ela vai além,</p><p>tornando-se um processo que dá suporte e permite o aluno criar e experimentar</p><p>o conhecimento e o aprendizado.</p><p>Dessa maneira, o conteúdo e o ensino se tornam guias e ferramentas para</p><p>que os estudantes construam o seu conhecimento por meio da resolução de</p><p>problemas e formulação de hipóteses, valorizando assim os conteúdos e</p><p>vivências anteriores de cada um. Não existe ninguém para dar as respostas, o</p><p>aluno aprende a aprender.</p><p>Forma de avaliação: essa linha pedagógica foi pensada para não se usar</p><p>avaliações e nem provas. Dado que é um processo que cada aluno constrói o</p><p>seu próprio conhecimento , logo é único e diverso.</p><p>Esse método pedagógico recebe algumas críticas por conta da</p><p>aplicabilidade no contexto brasileiro, dada as condições estruturais das escolas,</p><p>quantidade de alunos por sala e a forma de trabalho dos professores.</p><p>2. Escola Freiriana</p><p>Baseada na teoria de Paulo Freire, conhecido mundialmente pela autoria</p><p>de Pedagogia do Oprimido, a escola freiriana também é conhecida como</p><p>Educação Libertadora. Essa metodologia de ensino propõe o desenvolvimento</p><p>da visão crítica do aluno por meio das práticas em sala de aula. Dessa forma, o</p><p>professor deve apresentar os conteúdos para o aluno, mas não como uma</p><p>verdade absoluta, pois na educação que Paulo Freire defendia o professor e o</p><p>aluno aprendiam juntos.</p><p>Nessa pedagogia, o educador deve levar em conta os aspectos culturais,</p><p>sociais e humanos de cada aluno, para ouvi-lo e entendê-lo melhor, afim de</p><p>25</p><p>ajudá-lo a compreender e ler o mundo através do conhecimento. Segundo Freire,</p><p>o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma em sujeito</p><p>que pode transformar o mundo, sendo então a educação uma forma de “libertar”</p><p>o aluno.</p><p>Forma de avaliação: essa linha pedagógica, assim como a construtivista,</p><p>foi pensada para não se usar avaliações e nem provas.</p><p>3. Escola Montessoriana</p><p>Para Maria Montessori, educadora italiana que criou esse método, as</p><p>crianças tem a capacidade de aprenderem sozinhas. Em sua famosa frase</p><p>“ensina-me a fazer sozinho”, Montessori ressalta a importância dos alunos</p><p>desenvolveram a iniciativa e independência em seu processo de aprendizagem,</p><p>e para isso, podem usar seu conhecimento prévio e experiências como meio de</p><p>construir novos conhecimentos.</p><p>Nessa abordagem, também chamada de pedagogia científica, as salas</p><p>são equipadas com diversos materiais e atividades e os alunos podem escolher</p><p>o que irão fazer em cada dia. O professor tem papel de guia, tirando dúvidas e</p><p>ajudando os alunos a superar as dificuldades, além de organizar a gradação das</p><p>atividades para garantir a evolução de cada indivíduo. Desse modo os</p><p>estudantes se desenvolvem de maneira ativa, criando um senso de</p><p>responsabilidade pelo próprio aprendizado, exercendo a capacidade de fazer</p><p>escolhas com independência e autonomia.</p><p>Uma das vantagens desse projeto educacional é que os alunos podem se</p><p>desenvolver cada um no seu ritmo, dentro dos módulos obrigatórios propostos.</p><p>As classes podem ser organizadas como no método tradicional ou por ciclos,</p><p>com crianças de idades diferentes.</p><p>26</p><p>Forma de avaliação: A avaliação pode ser feita a partir dos registros do</p><p>professor em relação as atividades que o aluno realiza, é comum ter uma</p><p>monografia no final do ensino fundamental e do ensino médio. Podem existir</p><p>provas também, dependendo de como a escola aplica a metodologia.</p><p>4. Escola Waldorf</p><p>Baseada nos estudos de Rudolf Steiner, expoente da Antroposofia, a</p><p>pedagogia Waldorf visa o desenvolvimento integral da criança como ser</p><p>humano, não apenas do aspecto intelectual. A premissa de Steiner é que a</p><p>escola forme seres humanos por meio de uma “’educação para liberdade”.</p><p>Dentro dessa metodologia de ensino três aspectos são colocados em</p><p>foco: o desenvolvimento corporal, anímico e espiritual, dentro das “fases de</p><p>desenvolvimento do ser humano” que Steiner denomina de septênios, ciclos de</p><p>http://www.metodomontessori.com.br/blog/archives/11-2017</p><p>27</p><p>7 anos. Para desenvolver esses aspectos os alunos contam com um professor</p><p>de classe que os acompanha durante todo um ciclo, além de aulas com outros</p><p>professores para cobrir outras partes do currículo.</p><p>Dentro do currículo há uma presença muito forte de artes, trabalhos</p><p>manuais, culinária e outros.</p><p>Forma de avaliação: Nessa abordagem, a avaliação engloba aspectos</p><p>vão além do conteúdo. Habilidades sociais,</p><p>virtudes, interesse e força de vontade</p><p>são observada pelos professores por meio das atividades diárias. O mais</p><p>importante para essa pedagogia são as etapas de desenvolvimento do</p><p>estudante.</p><p>5. Escola Tradicional</p><p>Por fim, no método pedagógico tradicional o professor é a figura central,</p><p>tido como o detentor do conhecimento, e o aluno é visto com uma “tábula rasa”</p><p>onde o conhecimento será depositado. Esse é o método mais comum na maioria</p><p>das escolas, onde há uma alta ênfase no conteúdo.</p><p>O foco do professor é a transmissão do conhecimento de forma clara para</p><p>que o aluno aprenda e absorva de forma passiva. Nesse modelo existe a ideia</p><p>de reprovação, quando os alunos não cumprem com as metas esperadas para</p><p>o ano vigente.</p><p>Forma de avaliação: A avaliação é por meio de lições de casa, trabalhos</p><p>e provas, que medem a quantidade de conteúdo que foi memorizada/absorvida.</p><p>Um dos índices de sucesso é a aprovação dos alunos no vestibular.</p><p>28</p><p>29</p><p>CONCLUSÃO</p><p>A Educação Infantil abrange o período de vida da criança até os 6 anos,</p><p>fase fundamental e determinante para o seu desenvolvimento em vários</p><p>aspectos. É na infância que os pequenos começam a socializar, a conhecer o</p><p>mundo, a entender diferenças e dão início ao processo de aprendizagem.</p><p>O Ensino Infantil desempenha um papel de extrema relevância, pois</p><p>depois da família a escola é o ambiente social mais importante das crianças,</p><p>onde se relacionam com outras crianças e adultos, são estimulados e têm o seu</p><p>interesse despertado ou, na via contrária, se ressentem e criam uma barreira</p><p>que afetará seus futuros passos na vida escolar.</p><p>Os educadores participam ativamente da formação dos cidadãos e</p><p>desempenham um papel fundamental na difusão de conhecimentos científicos e</p><p>desenvolvimento social das crianças.</p><p>A educação infantil é essencial para a formação de sujeitos respeitosos,</p><p>críticos e reflexivos. Nesse cenário, o professor atua em prol do processo de</p><p>aprendizagem dos alunos, além de trabalhar questões relacionadas aos valores</p><p>sociais e éticos. Dessa forma, os educadores trabalham com a transmissão de</p><p>conhecimentos científicos e sociais, que favorecem a convivência em sociedade.</p><p>Por esse motivo, o momento chamado de primeira infância deve contar</p><p>com atividades e ferramentas que possibilitem o desenvolvimento sadio da sua</p><p>identidade. Professores, escola e familiares devem atuar em parceria para</p><p>auxiliar as crianças em seu processo educativo.</p><p>Ao longo do ensino-aprendizagem, o educador equilibra o brincar e</p><p>ensinar, tendo a sensibilidade para explorar o ambiente, a cultura, equipamentos</p><p>e ferramentas ao seu redor para estimular a criatividade, a linguagem, a cognição</p><p>e imaginação.</p><p>A figura do professor na vida da criança ao longo do seu desenvolvimento</p><p>é essencial para a o seu autoconhecimento, percepção crítica e construção dos</p><p>relacionamentos interpessoais. Através das atividades realizadas em sala de</p><p>30</p><p>aula, os educadores participam do aprendizado infantil nas interações pelos</p><p>ambientes escolares e extra sala.</p><p>31</p><p>REFERÊNCIA</p><p>CANDAU, VERA MARIA. A DIDÁTICA EM QUESTÃO. PETRÓPOLIS, RJ: VOZES,</p><p>2004.</p><p>LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS. DIDÁTICA. SÃO PAULO: CORTEZ, 1994.</p><p>LUCARELLI, ELISA. TEORÍA E PRÁCTICA COO INNOVACIÓN EM DOCÊNCIA,</p><p>INVESTIGACIÓN Y ACTUALIZACIÓN PEDAGÓGICA. CADERNO DE INVESTIGACION, N.</p><p>10, BUENOS AIRES:IICE/FFYL/UBA, 1994</p><p>ANTUNES, CELSO. EDUCAÇÃO INFANTIL: PRIORIDADE IMPRESCINDÍVEL. 4. ED.</p><p>RIO DE JANEIRO: VOZES, 2004.</p><p>ARROYO, MIGUEL. O SIGNIFICADO DA INFÂNCIA. IN: ANAIS DO SEMINÁRIO</p><p>NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL. BRASÍLIA, MEC / SEF /COEDI, 1996.</p><p>BARROS, MIGUEL DALADIER. EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO.</p><p>DISPONÍVEL EM HTTP://WWW.LFG.COM.BR. 12 DE NOVEMBRO DE 2008.</p><p>GADOTTI, MOACIR. 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A PRÁTICA PEDAGÓGICA HISTÓRICO-CRÍTICA NA</p><p>EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL. SÃO PAULO: AUTORES</p><p>ASSOCIADOS, 2011. 167 P. (EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA).</p><p>BROCK, AVRIL. DODDS, SYLVIA. JARVIS, PAM. OLUSOGA, YINKA. BRINCAR:</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>PARA A VIDA. PORTO ALEGRE: EDITORA PENSO 2011.</p><p>CRAIDY, CARMEM. KAERCHER, GLÁDIS. EDUCAÇÃO INFANTIL: PRA QUE TE</p><p>QUERO. PORTO</p><p>ALEGRE: EDITORA ARTMED, 2001.</p><p>HORN, MARIA DA GRAÇA SOUZA. SABORES, CORES, SONS, AROMAS: A</p><p>ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS</p><p>NA EDUCAÇÃO INFANTIL. PORTO ALEGRE: EDITORA ARTMED, 2004.</p><p>LUDKE, MENGA. ANDRÉ, MARLI. PESQUISA EM EDUCAÇÃO: ABORDAGENS</p><p>QUALITATIVAS. SÃO</p><p>PAULO: EDITORA EPU, 1986.</p><p>SAMPAIO, ROSA MARIA WHITAKER FERREIRA. FREINET: EVOLUÇÃO HISTÓRICA E</p><p>ATUALIDADES. SÃO</p><p>PAULO: EDITORA SCIPIONE LTDA, 1989.</p>

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