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<p>PROFESSOR: Me. FRANCISCO DE SOUSA VIEIRA FILHO</p><p>TITULAÇÃO: ESPECIALISTA EM DIREITO CONSTITUCIONAL e MESTRE EM DIREITO</p><p>DISCIPLINA: ORG. DA ADM. PÚBLICA E A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS</p><p>ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS</p><p>-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>Aula Inaugural:</p><p>CARTA AOS NEÓFITOS... (texto resenha – já feito bloco passado)</p><p>A lenda da Peugeot; o Direito como abstração - Mito, Ciência e Religião e o custo evolutivo do pensar;</p><p>(13,4 bilhões de anos = universo; 3,4 bilhões de anos = Terra; 2,5 milhões de anos = homem na Terra; 300 mil anos domínio do fogo; 200 mil</p><p>anos homo sapiens; 70 mil anos revolução cognitiva = do conhecimento (linguagem do mito / ficção / aprendemos a mentir / abstraímos); 520 anos</p><p>revolução científica (renascimento); 220 anos revolução industrial);</p><p>Séc. XVIII – Armand Peugeot;</p><p>PHYSIS (exatas e naturais) = natureza [DESCOBERTA] = 1, 2, 3... I, II, III... celsius; fahrenheit...; (criação)</p><p>NOMOS (humanas, sociais e culturais) = cultura [CRIAÇÃO] = Direitos Humanos e Fundamentais; (descobertas)</p><p>DIREITO / CARACTERÍSTICAS: Antropocêntrico; BILATERALIDADE E ALTERIDADE;</p><p>“Ubi homo, ibi societas; ubi societas, ibi ius; ergo, ubi homo, ibi ius.” Silogismo: Se A = B e B = C, logo A = C;</p><p>SURGIMENTO DO DIREITO E DO ESTADO: Principais Gerações / Dimensões de Direitos x Tipos de Estado</p><p>Anomia</p><p>(ausência de normas)</p><p>Ausência de direitos – Estado pré-jurídico – sem</p><p>superego (anomia)</p><p>ESTADO DE NATUREZA (ficção)</p><p>Privilégios Privilégios ESTADO ABSOLUTO (Hobbes) * feudalismo / id</p><p>média europeia</p><p>1ª Geração / negativos</p><p>inação</p><p>Individuais (burgueses) LIBERDADE ESTADO LIBERAL (Rousseau) * capitalismo / ini.</p><p>Moderna</p><p>2ª Geração / positivos Sociais IGUALDADE ESTADO SOCIAL rev. ind. (prestacionais) séc. XVIII</p><p>3ª Geração / coletivos Coletivos, difusos, transindividuais, individuais</p><p>homogêneos; FRATERNIDADE</p><p>ESTADO CONTEMPORÂNEO pós II GM</p><p>“O Homem é um ser político.” Aristóteles (simbiose homem-sociedade);</p><p>Constitucionalismo = império das leis</p><p>RESPONSABILIDADE DO ESTADO (responsabilidade da Administração Pública)</p><p>O DIREITO EVOLUI EM ECDISES: 1215 / 1608 = Carta do Rei João Sem Terra; 1776 = Constituição da Virgínia; 1789 = Const. Francesa;</p><p>CONTRATUALISTAS</p><p>Thomas HOBBES Jean Jacques ROUSSEAU</p><p>NATUREZA HUMANA Egóica / Egoísta</p><p>O HOMEM É MAL</p><p>“homo hominis lupus”</p><p>Sociabilidade artificial; (INTERESSE)</p><p>Altruísta</p><p>O HOMEM É BOM</p><p>“beau sauvage”</p><p>Sociabilidade inata; (SER GREGÁRIO)</p><p>ESTADO DE NATUREZA Guerra de todos contra todos (CAOS) Pacífico (inocência)</p><p>SOBERANO Fora do Pacto</p><p>Dentro do Pacto</p><p>“Rule of law”</p><p>ESTADO CIVIL CONTRATO SOCIAL (Estado Absoluto) CONTRATO SOCIAL (Estado Liberal)</p><p>PENA DE MORTE Sim Não</p><p>EMPIRISMO RACIONALISMO</p><p>método indutivo método dedutivo</p><p>Sigmund FREUD Ego = eu (10%) Superego = educação; moral; religião; escola; família; direito...</p><p>ID = subconsciente / instinto (90%)</p><p>---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>1. DIREITO ADMINISTRATIVO - CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO:</p><p>DIREITO PÚBLICO (subordinação = desiguais = verticalidade) x DIREITO PRIVADO (coordenação = iguais = horizontalidade);</p><p>a) legalista; exegético; empírico; francês; (1808) = desconsidera o papel dos princípios;</p><p>b) do poder executivo; residual; negativista; italiano; (1940) = desconsidera o exercício atípico da função administrativa pelos demais</p><p>poderes;</p><p>c) das relações jurídicas; = desconsidera o papel da Adm. Pública, quando lida com seus órgãos entre si ou com órgãos de outros</p><p>poderes; (convênio);</p><p>d) do serviço público; = papel do Direito Administrativo se resume à prestação de serviços públicos;</p><p>e) teleológico; (finalidade) = consecução do interesse público; (fins?!);</p><p>f) da hierarquia orgânica; = desconsidera que a Adm. Pública supera relações entre Estado e particular;</p><p>G) DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU FUNÇÃO ADMINISTRATIVA;</p><p>Louis Du Secondat = Barão de Montesquieu; = sistema de ‘checks and balances’ (freios e contrapesos);</p><p>1.º = o poder soberano é UNO;</p><p>2. TRIPARTIÇÃO DE PODERES / DIVISÃO DE FUNÇÕES:</p><p>Poder Executivo → função política ou de governo (1) – Direito Constitucional</p><p>→ função executiva ou administrativa (2) (administração pública em sentido estrito) ADMINISTRAÇÃO</p><p>Poder Legislativo → função legiferante / fiscalizatória (TÍPICAS) PÚBLICA</p><p>EM SENTIDO AMPLO</p><p>Poder Judiciário → função judicante (TÍPICA)</p><p>(1) = é toda e qualquer instância do Executivo que pensa, planeja, proteja as ações do Executivo; = UNIÃO E MINISTÉRIOS / ESTADOS</p><p>E SECRETARIAS / PREFEITURAS E SECRETARIAS;</p><p>(2) = é toda e qualquer instância do Executivo que age, que cumpre, que põe em prática o que foi pensado e projetado pela função</p><p>política ou de governo; = SERVIDORES / ÓRGÃOS;</p><p>--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>RESUMO: JUDICIÁRIO</p><p>LEGENDA:</p><p>adm. leg.</p><p>= ATÍPICA</p><p>julgar</p><p>adm. leg. = TÍPICA</p><p>leg. pol. fiscal. adm.</p><p>EXECUTIVO gov julgar LEGISLATIVO</p><p>CONCESSIONÁRIAS / PERMISSIONÁRIAS = adm.</p><p>3. CONCEITO:</p><p>→ É o ramo do Direito Público, composto pelo conjunto de regras e princípios que disciplinam a atuação da Administração Pública, no</p><p>exercício da função administrativa, por qualquer de seus poderes, inclusive pelos particulares que prestem serviços públicos, sob o</p><p>Regime Jurídico Administrativo; (supremacia e indisponibilidade do interesse público = princípios implícitos);</p><p>concentrada (é a própria administração que realiza o serviço público e o faz diretamente) ex: Prefeitura; Estado ou</p><p>União executando uma ação por si próprios, sem intermediários;</p><p>Administração direita</p><p>desconcentrada (é quando a administração realiza o serviço público por meio de órgãos (repartições) que lhe</p><p>são subordinados e que não possuem personalidade jurídica própria);</p><p>Administração indireta = há a criação ou o repasse do serviço público para um ente dotado de personalidade jurídica própria e não-</p><p>subordinado ao ente que o criou, porém podem ser fiscalizados caso não cumpram os fins propostos nos seus atos constitutivos; exs:</p><p>FUNDAÇÕES PÚBLICAS; SOCIEDADES DE ECON. MISTA; EMPRESAS PÚBLICAS E AUTARQUIAS;</p><p>Concessão / Permissão = são situações em que os particulares exercem a prestação de serviços públicos após o devido procedimento</p><p>Licitatório, exercendo, portanto, e também, a função administrativa;</p><p>4. SABERES PRÉVIOS NECESSÁRIOS:</p><p>I) noções de Estado / formas de Estado</p><p>I.1 ESTADO: povo; ≠ população (dado numérico bruto e flutuante) = comunidade nacional = consiste no conjunto de pessoas que</p><p>trava e tem laços jurídico-políticos com o Estado, quer residam em seu território ou não; (nacionais);</p><p>nação; = é conjunto de laços culturais, linguísticos, de costumes, culinária, história comum que um povo partilha;</p><p>território = é prescindível; até 1948, Israel era Estado sem território e após 1948, a Palestina tornou-se Estado sem</p><p>território definido;</p><p>SOBERANIA interna (chefe de Governo) jus dicere / jurisdição / auto-administra / auto-regula (União)</p><p>Pessoa jurídica de D. Públ. INTERNO</p><p>externa (chefe de Estado) (RFB) = pessoa jurídica de D. Público EXTERNO</p><p>O maior poder em âmbito jurídico-político, que permite que um Estado, na esfera externa, se apresente perante os demais como um igual;</p><p>e, na esfera interna, se auto-administre, se auto-regule, detenha o jus dicere (dite as normas e leis aplicáveis em seus território);</p><p>I.2. CLASSIFICAÇÃO:</p><p>Simples (unitário) = só existe um único ente central, a União;</p><p>união real – um ou mais órgãos comuns (os Estados abdicam da independência [soberania] e surge um novo</p><p>Estado)</p><p>Composto união pessoal – chefe de Estado comum (soberano comum) / Estados independentes</p><p>* CONFEDERAÇÃO (dissolúvel) interesses comuns = econômicos / políticos / geopolíticos / militares / ideol.;</p><p>* FEDERAÇÃO (indissolúvel) soberania – autonomia política (União x RFB p.j.d.p.e) U / E / DF/ M (p.j.d.p.i.)</p><p>I.3. ANÁLISE DA FEDERAÇÃO:</p><p>→ Quanto à origem:</p><p>- segregação = BRASIL (4.º grau)</p><p>- agregação = EUA (2.º grau) 1776</p><p>→ Quanto à concentração de poder:</p><p>- centrípeto = BRASIL (concentra mais poder no ente CENTRAL);</p><p>- centrífugo = EUA (concentra mais poder na PERIFERIA DO SISTEMA, nos entes FEDERATIVOS);</p><p>→ Quanto ao equacionamento das desigualdades:</p><p>- simétrico = CANADÁ / NORUEGA /</p><p>- assimétrico = BRASIL / EUA</p><p>→ Quanto às técnicas de repartição de competências:</p><p>- dual / clássico; = EUA (nos EUA, temos competências da UNIÃO e dos ESTADOS);</p><p>- cooperativo; = BRASIL (no Brasil, embora haja competências próprias de cada ente, há também competências comuns);</p><p>I.4 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:</p><p>DA UNIÃO:</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>Exclusivas Privativas Comuns Concorrentes</p><p>Art. 21 Art. 22 Art. 23 Art. 24</p><p>Administrativa Legislativa Administrativa Legislativa</p><p>Indelegáveis Delegáveis (LC) U = geral</p><p>E = regional</p><p>DF = regional + local</p><p>M = local</p><p>U e E</p><p>DF (E)</p><p>M</p><p>rol taxativo LC = art. 22, § único rol exemplificativo</p><p>Obs: Delegação x Avocação (sup / inf = privativa); DESCONCENTRAÇÃO x DESCENTRALIZAÇÃO (adm.indireta)</p><p>UNIÃO = aborda matéria GERAL → se a União NÃO legisla sobre sua competência concorrente, o Estado SUPLEMENTA;</p><p>ESTADO = aborda matéria REGIONAL → se o Estado NÃO legisla sobre sua competência concorrente, a União SUPLEMENTA;</p><p>DOS ESTADOS:</p><p>→ poderes remanescentes (art. 25, § 1.º CRFB/88) = competência residual;</p><p>→ competência legislativa expressa (art. 25, caput., CRFB/88)</p><p>DOS MUNICÍPIOS:</p><p>→ poderes enumerados (art. 30, III a IX CRFB/88) = competência privativa enumerada</p><p>→ competência legislativa expressa (art. 29, caput CRFB/88)</p><p>→ interesse local (art. 30, II, CRFB/88)</p><p>→ plano diretor (art. 182, § 1.º CRFB/88)</p><p>II) não-codificação;</p><p>III) fontes; FORMAL x MATERIAL (social)</p><p>- primária; lei (amplo)</p><p>- secundárias; jurisprudência; doutrina; costumes;</p><p>IV) sistemas administrativos: inglês / francês / brasileiro</p><p>- unicidade de jurisdição (art. 5.º, XXXV CRFB/88) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a</p><p>direito;</p><p>---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>* RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO / ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:</p><p>= CONTRATO: é todo e qualquer negócio jurídico (é todo e qualquer fato humano e voluntário que cria, conserva, modifica ou extingue</p><p>relação jurídica; cria, conserva, modifica ou extingue direito subjetivo; em cujo contexto a liberdade de pactuar é amplíssima, limitada</p><p>apenas pela boa-fé objetiva, função social dos contratos e dignidade da pessoa humana), firmado pelo acordo de vontades (consenso =</p><p>contrato é pelo menos bilateral, podendo ser plurilateral), que tem por consequência ou objeto uma relação obrigacional, cujo não-</p><p>adimplemento voluntário implica que o patrimônio da parte que descumpriu o acordado responda involuntariamente por ele.</p><p>DIREITO OBJETIVO (abstrato / está contido na lei ou no contrato) x DIREITO SUBJETIVO (é a concretização de uma das</p><p>hipóteses previstas no direito objetivo = na lei ou no contrato e faz surgir em favor de uma das partes o direito de exigir da outra</p><p>uma pretensão ou prestação);</p><p>Teoria da Irresponsabilidade do Estado: (historicamente) = Estado Absoluto;</p><p>Teoria da Responsabilidade com Culpa (atos de império x atos de gestão)</p><p>2ª. Teoria da Culpa Administrativa (responsabilidade subjetiva = omissões)= FATO / DANO / NEXO / DOLO ou CULPA (culpa in eligendo)</p><p>1ª. Teoria do Risco Administrativo (responsabilidade objetiva = ações) = FATO / DANO / NEXO (culpa in eligendo)</p><p>3ª. Teoria da Responsabilidade Integral (risco integral) = DANO (=prejuízo)</p><p>dano nuclear / dpvat / dano ambiental / atentado terrorista</p><p>1. A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO DIREITO BRASILEIRO:</p><p>Cf/88</p><p>“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:</p><p>[omissis]</p><p>§ 6º As PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO e AS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS</p><p>responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o</p><p>responsável nos casos de dolo ou culpa.”</p><p>DIREITO DE AÇÃO DO PARTICULAR LESADO PELO ESTADO = 05 anos...</p><p>DIREITO DE REGRESSO DO ESTADO EM FACE DO SERVIDOR QUE TENHA AGIDO COM DOLO OU CULPA = infinito!</p><p>• Requisitos para a Demonstração da Responsabilidade Comissiva do Estado: (RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA)</p><p>FATO ADMINISTRATIVO (ação do Estado)</p><p>DANO (material ou moral)</p><p>NEXO CAUSAL ENTRE O DANO E O FATO</p><p>Dano moral in re ipsa (sem necessidade de comprovação da ocorrência efetiva do dano)</p><p>STJ, EREsp 1.097.266-PB, DJe 24/02/2015;</p><p>Culpa do Estado em face da atuação do agente no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las: culpa in elegendo /</p><p>culpa in vigilando;</p><p>• ÔNUS DA PROVA: inversão;</p><p>1.1. Responsabilidade das Concessionárias e Permissionárias:</p><p>- responsabilidade civil objetiva;</p><p>- Responsabilidade: PRIMÁRIA x SUBSIDIÁRIA</p><p>(Dano direito = culpa in vigilando)</p><p>- RE n.º 258.726 (PRIMÁRIA E SOLIDÁRIA – ANAC – DEVER DE FISCALIZAR);</p><p>1.2. Responsabilidade dos Notários:</p><p>- Art. 236 CF/88 – “Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.”</p><p>(servidores públicos para fins penais e para a lei de Mandado de Segurança – autoridade coatora);</p><p>- responsabilidade civil objetiva;</p><p>1.3. Responsabilidade por danos decorrentes de atividades nucleares:</p><p>- art. 21, XXIII, “d”, CF/88 - Compete à União:</p><p>[omissis]</p><p>explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o</p><p>enriquecimento e reprocessamento, a industrialização</p><p>e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes</p><p>princípios e condições:</p><p>[omissis]</p><p>d - independe da existência de culpa;</p><p>- teoria do risco integral;</p><p>- danos ecológicos (demonstrar dolo ou culpa - objetiva);</p><p>1.4. NEXO DE CAUSALIDADE – STF</p><p>- RE n.º 209.203 (foragido do sistema penitenciário do RS que cometeu estupros); - responsabilidade objetiva;</p><p>- RE n.º 172.025 (foragido que pratica crime de latrocínio tempos depois); - irresponsabilidade – teoria do dano direto ou imediato;</p><p>1.5. CAUSAS EXCLUDENTES OU ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE:</p><p>- FORÇA MAIOR (excludente);</p><p>- CASO FORTUITO (se decorrente da ação humana = não-excludente);</p><p>(caso fortuito e força maior – concausas; causas concorrentes; responsabilização do Estado)</p><p>- ATO DE TERCEIROS, INCLUSIVE MULTIDÕES (teoria da culpa administrativa – falha no dever legal de agir);</p><p>- CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA E CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA;</p><p>- DANO DE OBRA PÚBLICA;</p><p>===========================================================================================================================</p><p>FATOS (naturais) fatos ilícitos;</p><p>(evento / acontecimento) Fatos materiais, simples (ilegal; não-jurídico; antijurídico);</p><p>ou neutros</p><p>FATOS SOCIAS</p><p>fatos HUMANOS fatos lícitos; (*) Ato jurídico strictu</p><p>voluntários (atos jurídicos lícitos sensu</p><p>em sentido amplo) Ato-fato jurídico</p><p>Negócio jurídico;</p><p>FATOS JURÍDICOS (Contratos)</p><p>eventos NATURAIS ORDINÁRIOS; (comum)</p><p>(fatos jurídicos naturais); EXTRAORDINÁRIOS; (incomum)</p><p>Fatos jurídicos em sentido</p><p>estrito</p><p>Caso Fortuito Força Maior</p><p>concreto</p><p>Direito subjetivo (facultas agendi) = concreto previsivibilidade x inevitabilidade</p><p>Direito objetivo (norma agendi) lei / contrato ausência de culpa</p><p>abstrato das partes</p><p>vícios de consentimento</p><p>VÍCIOS Erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo, fraude, simulação</p><p>(DEFEITOS)</p><p>L</p><p>I</p><p>B</p><p>E</p><p>R</p><p>D</p><p>A</p><p>D</p><p>E</p><p>ESCADA PONTEANA: Anuláveis Nulo (ex tunc)</p><p>Elementos ou requisitos essenciais ou de existência: (nulo)</p><p>- declaração de vontade; vícios sociais</p><p>- objeto; ≠ coisa</p><p>- forma; (104 CC)</p><p>Elementos ou requisitos de validade, legalidade ou legitimidade: (anulável)</p><p>- agente capaz;</p><p>- objeto lícito = possível, determinado ou determinável; (DETERMINADO = gênero / quantidade / qualidade // DETERMINÁVEL = gênero / quantidade)</p><p>- forma prescrita ou não-defesa em lei; Concentração = devedor (escolhe e informa o credor)</p><p>Elementos de eficácia ou de produção de efeitos:</p><p>- termo; (inicial e final) = sujeita a eficácia (produção de efeitos) de um ato jurídico a um evento futuro e certo;</p><p>- condição; (suspensiva e resolutiva) = sujeita a eficácia (produção de efeitos) de um ato jurídico a um evento futuro e INCERTO;</p><p>- modo ou encargo; = um ônus dentro de um bônus;</p><p>OBRIGAÇÕES x RESPONSABILIDADE</p><p>Fontes das Obrigações</p><p>LEI =</p><p>VONTADE DAS PARTES (contratos e declaração unilateral)</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------</p><p>fato jurídico: é todo e qualquer evento HUMANO ou NATURAL que cria, conserva, modifica ou extingue RELAÇÃO JURÍDICA (DIREITO SUBJETIVO).</p><p>RELAÇÃO JURÍDICA = DIREITO SUBJETIVO</p><p>direito subjetivo = é a concretização de uma das possibilidades abstratas previstas na lei ou no contrato (CONCRETO); faz surgir uma PRENTENSÃO</p><p>em favor de uma das partes de exigir da OUTRA o cumprimento de uma PRESTAÇÃO;</p><p>direito objetivo (lei ou contrato) = é abstrato (possibilidade não-concreta);</p><p>EVENTO NATURAL / FATO JURÍDICO NATURAL / FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO = é todo e qualquer evento NATURAL que cria,</p><p>conserva, modifica ou extingue RELAÇÃO JURÍDICA (direito subjetivo);</p><p>- ordinário (comum) = nascimento / morte / decurso do tempo;</p><p>PRAZO DECADENCIAL (PERDA DO DIREITO) / PRESCRICIONAL (PERDA DO DIREITO DE AÇÃO)</p><p>- extraordinários (incomuns) = CASO FORTUITO (+ imprevisível do que inevitável) E FORÇA MAIOR (+ inevitável do que imprevisível);</p><p>Negócio jurídico (contrato) = é todo e qualquer fato jurídico, humano, voluntário, lícito, que cria, conserva, modifica ou extingue RELAÇÃO JURÍDICA</p><p>(direito subjetivo), em cujo contexto a liberdade de pactuar é AMPLÍSSIMA, sendo limitada apenas: pela BOA-FÉ OBJETIVA; FUNÇÃO SOCIAL DOS</p><p>CONTRATOS E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA;</p><p>===========================================================================================================================</p><p>1.6 RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR DANOS DECORRENTES DE SUA OMISSÃO:</p><p>- Responsabilidade objetiva – ação (comissiva) – teoria do risco administrativo;</p><p>- Responsabilidade subjetiva – omissão (omissiva) – teoria da culpa administrativa / falta do serviço / culpa anônima / não-</p><p>individualizada; (caso fortuito e força maior – concausas; causas concorrentes; responsabilização do Estado)</p><p>Esquema Resumo:</p><p>Risco</p><p>Integral Responsabilidade Integral (dano nuclear) Ambiental?! Seguro DPVAT?! Atentado terrorista?!</p><p>(dano)</p><p>Risco Administrativo Responsabilidade Objetiva (por ações / comissiva) CULPA IN ELIGENDO</p><p>(fato / dano / nexo)</p><p>Culpa Administrativa Responsabilidade Subjetiva (por omissões / omissiva) CULPA IN ELIGENDO</p><p>(fato / dano / nexo) + dolo ou culpa</p><p>Concessionárias / Permissionárias = objetiva</p><p>ESTADO = Subsidiária (o Estado, tendo em vista que a concessionária ou permissionária lesou os cidadãos</p><p>prestando um serviço, ele atrai para si o dever de cobrir a diferença que a empresa não tenha tido capital para arcar;</p><p>OBS: se a Administração Pública falhou no dever de fiscalizar (culpa in vigilando), responde não mais de forma subsidiária, mas de</p><p>forma solidária; ou seja, tanto a concessionária ou permissionária como a Administração responderão de forma objetiva;</p><p>1.7 RESPONSABILIDADE DO ESTADO EM FACE DE ATOS LEGISLATIVOS E DO JUDICÁRIO:</p><p>- lei de efeitos concretos ou lei declarada inconstitucional pelo controle concentrado (STF);</p><p>- se o juiz comete um erro (quem indeniza o particular prejudicado é o Estado); se o juiz age dolosamente (quem indeniza o particular</p><p>prejudicado é o próprio juiz);</p><p>------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:</p><p>I) EXPRESSOS: Cap. VII “Da Administração Pública”, Seção I “Das Disposições Gerais”, art. 37, caput, CF/88 (EC 19/1998):</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes [EXERCIDA DE FORMA TÍPICA PELO EXECUTIVO E DE</p><p>FORMA ATÍPICA PELO JUDICIÁRIO E</p><p>PELO LEGISLATIVO] da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá</p><p>aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:</p><p>DIRETA: União, Estados, DF, Municípios (concentração) e seus órgãos; (desconcentração)</p><p>INDIRETA: empresas públicas / soc. de econ. mista / fundações públ. / autarquias; (descentralização)</p><p>L - LEGALIDADE</p><p>I - IMPESSOALIDADE</p><p>M - MORALIDADE</p><p>P PUBLICIDADE</p><p>E EFICIÊNCIA</p><p>legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e Lei 9.784/1999 (processos administrativos no âmbito federal):</p><p>legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade = proporcionalidade [princípios constitucional implícito], moralidade, ampla</p><p>defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público;</p><p>REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO = REGIME DE DIREITO PÚBLICO = supremacia e indisponibilidade</p><p>A) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: (implícito)</p><p>➔ Interesse público: vontade geral (Rousseau) x vontade da maioria;</p><p>➔ Interesse público x interesse particular;</p><p>➔ Interesse público x direitos e garantias INDIVIDUAIS (devido processo legal, contraditório, ampla defesa, proporcionalidade);</p><p>➔ Poder de império (poder extroverso) – atos de império;</p><p>➔ Presente nas atuações em que impliquem poder de império (atividades-fim);</p><p>➔ Atividades-fim x atividades-meio Atos de gestão; (IMPLICAÇÕES NO ÂMBITO INTERNO) atos interna corporis</p><p>Atos de mero expediente; (PROTOCOLO; CERTIDÃO) = neutro;</p><p>Agente econômico (Estado-empresário); (art. 173, § 1.º, II CF/88);</p><p>Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida</p><p>quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (...) § 1º A lei</p><p>estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade</p><p>econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (...) I - sua função social e formas de</p><p>fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos</p><p>direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,</p><p>observados os princípios da administração pública; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a</p><p>participação de acionistas minoritários; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos</p><p>administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>➔ Exs: desapropriação; tributação; uso sem remuneração; tombamento; modificação ou rescisão unilateral de contrato;</p><p>inexistência de exceptio non admipleti contractus; poder de polícia administrativa; presunção de legitimidade dos atos</p><p>administrativos; prazo em dobro para a fazenda pública;</p><p>B) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: (implícito)</p><p>➔ Propriedade (direito = demanda PROVA) = disposição; (POSSE [fato = que gera presunção de propriedade] / USO / GOZO</p><p>OU FRUIÇÃO / SEQUELA [segue a coisa] / DISPOSIÇÃO);</p><p>➔ Interesse público em sentido amplo = patrimônio, direitos e interesses, mediatos e imediatos, do povo em geral, único titular</p><p>da coisa pública;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art22</p><p>➔ Liame = legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência (estreita relação com a legalidade);</p><p>➔ Presente em toda e qualquer atuação da administração pública (atividades-fim e atividades-meio);</p><p>➔ Interesse público primário (povo) = interesse público propriamente / bem-jurídico a ser protegido x interesse público</p><p>secundário (Estado) [MEIO] = o conjunto de medidas necessárias para satisfazer o interesse público primário;</p><p>C) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:</p><p>➔ Legalidade geral (art. 5.º, II, CF/88) x legalidade administrativa;</p><p>➔ Lei -> MANDA / determina (atuação vinculada) ou PERMITE / autoriza (autorização discricionária);</p><p>➔ A atividade administrativa não pode ser contra legem nem praeter legem, só pode ser secundum legem;</p><p>➔ “Atuação conforme a lei e o Direito” (Art. 2.º, I, parágrafo único, Lei 9784/1999); = Art. 2o A Administração Pública obedecerá,</p><p>dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla</p><p>defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos</p><p>serão observados, entre outros, os critérios de:</p><p>I - atuação conforme a lei e o Direito;</p><p>➔ Sujeição a seus próprios atos normativos (art. 84, IV, CF/88);</p><p>D) PRINCÍPIO DA MORALIDADE: (técnico e objetivo)</p><p>➔ Moral geral x moral administrativa;</p><p>➔ Critério objetivo (moral objetiva) x conceito jurídico indeterminado;</p><p>➔ Requisito de validade do ato administrativo = nulidade;</p><p>➔ Moral administrativa = probidade e boa-fé (Lei 9784/1999, art. 2.º);</p><p>Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,</p><p>proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. (...) IV -</p><p>atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;</p><p>➔ Art. 37, § 4.º, CF/88 (improbidade administrativa);</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao</p><p>seguinte: (...) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função</p><p>pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da</p><p>ação penal cabível.</p><p>➔ Art. 85, V, CF/88 (crime de responsabilidade do Presidente); = 1.079/50;</p><p>➔ Art. 5.º, LXXIII, CF/88 (ação popular);</p><p>LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de</p><p>entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,</p><p>ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;</p><p>E) PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:</p><p>➔ Princípio da finalidade (implícito na impessoalidade) -> satisfação do interesse público;</p><p>➔ Art. 37, II (concurso público);</p><p>➔ Art. 37, XXI (licitações);</p><p>➔ Vedação da promoção pessoal do administrador (art. 37, § 1º); = § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e</p><p>campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar</p><p>nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. H</p><p>F) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:</p><p>➔ Exigência de publicação em órgão oficial = requisito de eficácia (para os atos que visem a produção de efeitos externos e</p><p>aqueles que impliquem ônus para o patrimônio público);</p><p>➔ Lei 8666/1993, art. 61 (contratos administrativos – publicação resumida em órgão da imprensa oficial);</p><p>➔ Lei 9784/1999, art. 2.º, § 5.º (sigilo);</p><p>➔ Exigência de transparência da atuação administrativa;</p><p>➔ Art. 5.º, XXXIII, CF/88; = XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou</p><p>de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo</p><p>sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;</p><p>➔ Art. 5.º, XXXIV, “a” e “b” (direito de petição); = XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de</p><p>taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a</p><p>obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento</p><p>de situações de interesse pessoal;</p><p>➔ Art. 93, X, CF/88 (motivação); = Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o</p><p>Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e</p><p>em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;</p><p>G) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: (subjetivo)</p><p>➔ Art. 37, caput, CF/88 (EC 19/1998);</p><p>➔ Contratos de Gestão – Art. 37, § 8.º;</p><p>➔ Integra o conceito legal de serviço público -> Lei 8987/1995, art. 6.º, § 1.º;</p><p>➔ Eficiência = boa qualidade x direitos sociais (normas programa);</p><p>H) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE:</p><p>➔ Razoabilidade x Proporcionalidade;</p><p>➔ Caso concreto;</p><p>➔ Razoabilidade: Adequação e necessidade (meios e fins);</p><p>➔ Proporcionalidade: “proibição do excesso”;</p><p>I) PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA:</p><p>➔ Súmula 473 STF; = “a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,</p><p>porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos</p><p>adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.</p><p>J) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: (direito de encampação ou ocupação)</p><p>➔ Serviço público em sentido estrito;</p><p>➔ Art. 175, parágrafo único, IV;</p><p>➔ Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através</p><p>de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: (...) IV - a obrigação de manter serviço</p><p>adequado.</p><p>➔ Serviços públicos essenciais;</p><p>TRATO OFERTADO A PRINCÍPIOS NO DIREITO:</p><p>VELHA HERMENÊUTICA - CONSTITUCIONALISMO (POSITIVISMO): (séc. XIX) = DIREITO É NORMA (em gênero)</p><p>Princípios → Normas → Regras (na teoria)</p><p>Art. 4.º LINDB → “quando a lei for omissa [quando houver lacuna legal; vácuo legislativo; ou seja, quando não houver norma], o juiz decidirá o</p><p>caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” (na prática)</p><p>Discricionariedade; é o espaço em que o julgador decide sem qualquer lastro ou fundamentação; decide de forma livre; com poder absoluto;</p><p>“o inventor do alfabeto era analfabeto.” Millôr Fernandes</p><p>➔</p><p>➔</p><p>➔</p><p>➔</p><p>➔</p><p>NEOCONSTITUCIONALISMO / PÓS-POSITIVISMO</p><p>NORMATIZAÇÃO x NORMATIVIDADE:</p><p>HISTÓRICO DO NORMATIVISMO: pensamento jusprivatista (paradigma anterior) → princípios eram tidos como elementos integrativo-interpretativos;</p><p>→ multivocidade, plurivocidade, equivocidade → assimilação (infundada, entendemos) da crítica kelseniana;</p><p>PRECURSORES DO PÓS-POSITIVISMO: Guastini; Crisafulli; Esser; Boulanger → Ronald DWORKIN e Robert ALEXY;</p><p>Herbert HART (positivista) x Ronald DWORKIN (crítico do positivismo)</p><p>- Discricionariedade forte / fraca [distinção];</p><p>- Ataque ao positivismo = ataque à discricionariedade;</p><p>- Princípios – unidade / integridade / romance em cadeia (método) = personagem juiz Hércules;</p><p>- Regras – ‘all-or-nothing’ (easy cases)</p><p>- “romance em cadeia” (chain novel) → atores e elementos de todo o sistema – reconstrução do caso concreto;</p><p>- Colisão → aparente;</p><p>- tese da uma única resposta correta;</p><p>- preocupação = materialidade [conteúdo]; (preocupação com o FECHAMENTO)</p><p>- Uso do método de Dworkin pelo STF: aborto de feto anencéfalo (ministra Ellen Gracie);</p><p>DWORKIN:</p><p>iura novit curia = o juiz conhece as leis;</p><p>neutralidade do juiz; x imparcialidade</p><p>U</p><p>I REC</p><p>UNIDADE: JUIZ (ator no palco do processo)</p><p>NEOCONSTITUCIONALISMO (PÓS-POSITIVISMO):</p><p>Regras (conflitam) – Easy Cases (casos fáceis) = tudo ou nada</p><p>Normas</p><p>Princípios (colidem) – Hard Cases (casos difíceis)</p><p>Parte A (ator) J Parte B (ator)</p><p>A B</p><p>JURISP CONST ss1 ss2</p><p>INTEGRIDADE: jurisprudência e Constituição</p><p>ROMANCE EM CADEIA:</p><p>Robert ALEXY = (é juiz no tribunal de Kiel, na Alemanha)</p><p>- princípios = razões prima facie [caso concreto]; RAZÕES PRIMA FACIE consiste no elemento da natureza dúplice de princípios que dita princípios só</p><p>colidam diante do caso concreto; abstratamente, eles permanecem na Constituição e em mesmo patamar; nenhum colidindo com ou sendo mais</p><p>importante que o outro;</p><p>- princípios = mandados de otimização [dimensão de peso]; MANDADOS DE OTIMIZAÇÃO consiste no elemento da natureza dúplice de princípios</p><p>que dita que um princípio deva ser realizado na maior medida possível, desde que se preserve o NÚCLEO MÍNIMO do princípio derrotado;</p><p>- ponderação / sopesamento; (método)</p><p>- preocupação = procedimentalismo [forma]; (preocupação com a ABERTURA)</p><p>- Argumentação jurídica: discurso jurídico → caso especial do discurso prático [moral] geral;</p><p>- Discurso prático → elemento ativo / Regras e princípios → elemento passivo;</p><p>- Discricionariedade forte;</p><p>PROPORCIONALIDADE: adequação / necessidade / razoabilidade;</p><p>Princípio constitucional interpretativo e implícito que deve ser utilizado sempre que houver colisão de princípios, no afã de proteger o</p><p>NÚCLEO MÍNIMO dos princípios em colisão;</p><p>NECESSIDADE: uma medida é necessária, quando ela leva em conta a dimensão de peso e importância dos princípios em colisão; elencando</p><p>ou elegendo um como mais importante que o outro, NO CASO CONCRETO;</p><p>ADEQUAÇÃO: consiste na averiguação se a medida pretendida é suficiente para obter o resultado almejado; se ela é adequada para produzir</p><p>os efeitos que se pretende;</p><p>RAZOABILIDADE OU PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO: consiste na averiguação se existe ou não medida menos grave que</p><p>aquela pretendida; se existir, aquele que pretendemos, não é razoável; se não existir, aquela que pretendemos é razoável;</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------</p><p>ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS (LEI 8.112/90) – prof. Fco. de Sousa Vieira Filho</p><p>Art. 1.º - abrangência; (servidores públicos civis federais)</p><p>CF 88 -> Civis x Militares</p><p>FEDERAIS</p><p>- Adm Direta = União (concentrada e desconcentrada)</p><p>- Adm Ind = autarquias (inclusive em regime especial = agências reguladoras) e fundações públicas</p><p>EXCETO: empresas públicas e soc. de econ. mista (CLT)</p><p>Art. 2.º - conceito de servidor; (pessoa legalmente investida em cargo público; detentor de um cargo)</p><p>Agentes Públicos = agentes políticos / agentes administrativos / agentes delegados;</p><p>Presidente / ministros; gov. / secretários / pref. / secretários; juízes; membros do MP; parlamentares;</p><p>Art. 3.º - conceito de cargo público – conjunto de atribuições que cabem ao servidor público; (cargo x emprego x função)</p><p>- criado por lei; (SEMPRE) (ESTATUTÁRIO) (CLT) (CONTRATO)</p><p>- com denominação própria</p><p>- vencimento pago pelos cofres públicos (erário);</p><p>Art. 4.º vedação à gratuidade; (onerosidade, exceto casos previstos em lei) = agentes honoríficos; amicus curiae; advogado dativo</p><p>(remunerado); cargo comissionado / de confiança (remunerado) = ad nutum;</p><p>1.º - INVESTIDURA / REQUISITOS</p><p>- maior de 18 anos; √</p><p>- quitação das obrigações militares e eleitorais; √</p><p>- pleno exercício dos direitos políticos; √</p><p>- grau de escolaridade do concurso; √</p><p>- brasileiro (nato ou naturalizado) ou estrangeiro (magistério superior / pesquisa científica); √</p><p>- aptidão física e mental; √</p><p>2.º - INSCRIÇÃO / CONCURSO:</p><p>(art. 37 CF/88 e Lei 8.112/90)</p><p>- provas ou provas e títulos;</p><p>- VALIDADE: de até</p><p>2 anos, prorrogável (ato discricionário) uma única vez, por igual período;</p><p>- CONTAGEM DO PRAZO DE VALIDADE: a partir da homologação do concurso;</p><p>- NOVO CONCURSO: 8.112/90 x CF/88:</p><p>8.112 = não pode haver novo concurso, exceto quando houver acabado a validade completa (enquanto estiver um outro em vigência não pode haver</p><p>novo concurso);</p><p>CF/88 = pode haver novo concurso, desde que o novo concurso seja realizado no prazo improrrogável do concurso anterior, dando preferência de</p><p>convocação aos aprovados no concurso anterior;</p><p>Pela lei 8.112</p><p>2 anos 2 anos</p><p>I I I</p><p>Pela CF/88 = desde que se dê prioridade de nomeação aos aprovados em concurso anterior;</p><p>3.º - PROVA / GABARITO PRELIMINAR / FASE DE RECURSOS / GABARITO DEFINITIVO / CLASSIFICAÇÃO NOMINAL (HOMOLOGAÇÃO)</p><p>4.º - NOMEAÇÃO</p><p>- ato de mera informação e convocação para a investidura / posse no cargo público;</p><p>5.º - POSSE</p><p>- ato de investidura no cargo público;</p><p>- termo de posse;</p><p>- o indivíduo se torna servidor;</p><p>6.º - EXERCÍCIO</p><p>- efetivação na assunção do cargo público;</p><p>- servidor efetivo;</p><p>NOMEAÇÃO –----------- POSSE –----------- EXERCÍCIO</p><p>- NOMEAÇÃO: mero ato de convocação;</p><p>- NOMEAÇÃO: tanto para servidor efetivo (ocupante de cargo público), como para cargo em comissão (ad nutum = chefia / direção / assessoramento);</p><p>- POSSE: ato de investidura;</p><p>- POSSE: assinatura do termo de posse;</p><p>- POSSE: apresentação dos documentos previstos no edital de inscrição;</p><p>- POSSE: declaração de patrimônio / bens (a 1ª declaração não pode ser imposto de renda);</p><p>- POSSE: declaração de vínculo ativo ou inativo;</p><p>- POSSE: aptidão médica através de Junta Médica Oficial;</p><p>- EXERCÍCIO: efetivação da sua relação com o cargo público;</p><p>30 d / Estado 15d / SERVIDOR</p><p>NOMEAÇÃO –----------- POSSE –----------- EXERCÍCIO</p><p>- o prazo para posse é prorrogável por igual período (30d) ou pelo período do afastamento em caso de problema grave de saúde;</p><p>- a posse pode se dar por procuração específica;</p><p>- se o aprovado não tomar posse nos 30d, o ato de provimento ou nomeação não produz efeito;</p><p>- o exercício é improrrogável;</p><p>- período de trânsito: mín. 10d e máx. 30d; (mudança);</p><p>- personalíssimo (intuitu personae) = não pode se dar por procuração;</p><p>- se não exerce no prazo de 15d o servidor é exonerado (desligamento);</p><p>EXONERAÇÃO x DEMISSÃO</p><p>- EXONERAÇÃO: não constitui punição; não tem caráter punitivo; é mero desligamento;</p><p>- EXONERAÇÃO: é Imotivada;</p><p>- os atos administrativos só são motivados quando punitivos ou onerosos pra Administração; e a exoneração não é punitiva;</p><p>- DEMISSÃO: caráter punitivo;</p><p>- DEMISSÃO: só pode ser decorrente de P.A.D., em cujo contexto deve ser concedida ampla defesa e contraditório;</p><p>- DEMISSÃO: pode incompatibilizar o servidor para cargos públicos federais;</p><p>- EXONERAÇÃO / SITUAÇÕES: 1 – pura vontade da administração; 2 – inaptidão no estágio probatório; 3 – não exercer o cargo no prazo legal; 4 –</p><p>corte de gasto com pessoal;</p><p>- DEMISSÃO / SITUAÇÕES: 1 – infração grave / P.A.D. / contraditório e ampla defesa;</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------------------------------------------------------------------</p><p>Esquema – prof. Fco. de Sousa Vieira Filho</p><p>Arts. 143 a 182 Lei 8.112/90 – Estatuto do servidor público federal P.A. = processo administrativo</p><p>1 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - RITOS PROCESSUAIS: P.A.D. = proc. adm. disciplinar</p><p>JULGAMENTO</p><p>SINDICÂNCIA INQUÉRITO ADMINISTRATIVO (PAD em</p><p>sentido estrito)</p><p>RITO SUMÁRIO</p><p>PRAZO 30d + 30d 60d + 60d 30d + 15d</p><p>MOTIVO - Pode aplicar advertência</p><p>- Pode aplicar suspensão</p><p>até 30d</p><p>- Pode aplicar suspensão acima de 30d até</p><p>90d</p><p>- Demissão e correlatas (destituição de cargo</p><p>em comissão ou de confiança – ad nutum –</p><p>ou a cassação de aposentadoria;</p><p>DEMISSÃO;</p><p>Casos fáceis de comprovar: (público e</p><p>notório)</p><p>- abandono de cargo (art. 132 e incs. IX</p><p>e XVI do 117);</p><p>(30d consecutivos de faltas);</p><p>- inassiduidade habitual;</p><p>(60d interpolados / 12 meses);</p><p>- acumulação ilegal de cargos; (CF</p><p>arts. 37 a 41) = até o último prazo do</p><p>último recurso pode escolher o cargo;</p><p>COMISSÃO</p><p>(membros com mesmo</p><p>grau de qualificação ou</p><p>superior – preferivelmente</p><p>estáveis);</p><p>1, 2 ou 3 servidores</p><p>(temporária)</p><p>3 servidores, sendo 1 presidente;</p><p>(permanente)</p><p>2 servidores máx.</p><p>(temporária)</p><p>RESULTADO - arquivamento;</p><p>- aplicação de penalidade</p><p>(ADVERTÊNCIA OU</p><p>SUSPENSÃO ATÉ 30d);</p><p>- abertura de PAD;</p><p>- arquivamento;</p><p>- aplicação de penalidade (SUSPENSÃO</p><p>ENTRE 31d e 90d; DEMISSÃO;</p><p>DESTITUIÇÃO OU CASSAÇÃO);</p><p>- arquivamento;</p><p>- aplicação de penalidade</p><p>(DEMISSÃO);</p><p>Afastamento preventivo = máximo 120 dias (remunerado)</p><p>(Não é punição = é prevenção)</p><p>2 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - FASES DO PROCESSO:</p><p>INSTAURAÇÃO (denúncia ou ato de ofício) = autoridade competente baixa portaria para abertura do processo;</p><p>PORTARIA: 1) intimar o infrator; 2) determinar o início do processo; 3) estruturar [COMISSÕES PERMANENTES] ou convocar [COMISSÕES</p><p>TEMPORÁRIAS] a comissão julgadora;</p><p>INQUÉRITO = comissão julgadora (mesmo grau ou superior – preferivelmente estáveis)</p><p>- instrução: (provas / diligências / acusação)</p><p>- defesa: (contraditório e ampla defesa)</p><p>1 infrator (prazo de até 10 dias para defesa)</p><p>2 ou mais (20 dias de prazo comum – corre ao mesmo tempo para todos os réus)</p><p>paradeiro desconhecido (15 dias da citação por edital, publicação em 3 dias seguidos)</p><p>- relatório (não é aplicação de penalidade, porque a comissão não tem competência para julgar, apenas para apurar / investigar)</p><p>JULGAMENTO (análise do relatório e decisão pela autoridade competente, mas não se vincula ao relatório, devendo ser, porém, motivada = ver art.</p><p>168);</p><p>REVISÃO: fatos novos não contemplados durante a defesa (a qualquer tempo);</p><p>- manutenção ou arquivamento;</p><p>- impossibilidade de reformatio in pejus;</p><p>NA ESFERA JURÍDICA: 03 institutos que tendem à inamovibilidade ou tendem à imutabilidade: COISA JULGADA (ação rescisória); ATO JURÍDICO</p><p>PERFEITO; DIREITO ADQUIRIDO;</p><p>3 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINA – PENALIDADES</p><p>ADVERTÊNCIA (sempre por escrito) art. 117, I a VII e XIX (direitos e deveres dos servidores); [ELA SÓ TEM VALOR PROBATÓRIO, SE</p><p>DEVIDAMENTE RECEBIDA E ASSINADA PELO SERVIDOR]</p><p>SUSPENSÃO (até 90d – é penalidade e sem remuneração); ≠ afastamento preventivo (não é penalidade, apenas durante o processo administrativo, e</p><p>continua sendo remunerado);</p><p>- Suspensão pode ser convertida em multa (se houver interesse da Adm. Pública);</p><p>- Suspensão ocorrência: 1) reincidência de advertência; 2) indicar a outro servidor atividade que não seja dele 15d de suspensão... (pessoa estranha =</p><p>advertência); (117, XVI e XVII); 3) realizar atividade incompatível no horário de expediente; 4) negativa de atualização de dados médicos (suspensão de</p><p>15d) (dados cadastrais = advertência);</p><p>DEMISSÃO (art. 117, IX a XVI e 132)</p><p>DESTITUIÇÃO (função de confiança ou cargo comissionado) = se cometer suspensão ou demissão;</p><p>DISPONIBILIDADE (estava em disponibilidade, foi convocado para retornar e não tomou posse no prazo legal de 30d)</p><p>CASSAÇÃO</p><p>APOSENTADORIA (a falta grave só foi descoberta após a aposentadoria)</p><p>Prazo prescricional = advertência 180 dias; demissão 5 anos; suspensão 2 anos; Anotação funcional = advertência (3 anos) e suspensão (5 anos);</p><p>---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>ATOS ADMINISTRATIVOS:</p><p>1. Noções / Conceito:</p><p>→ Atos administrativos são manifestações unilaterais de vontade;</p><p>→ Manifestações unilaterais são aquelas em que importa apenas uma única vontade para a sua concretização e bilaterais seriam</p><p>aquelas em que, para sua concreção, seriam necessárias duas vontades. Um contrato, por exemplo, é um acordo, um consenso de</p><p>vontades – numa compra-e-venda há dois animus, duas vontades, uma de vender e uma de comprar e só haverá compra e venda se as</p><p>duas estiverem acordes em todos os termos. Por outro lado, numa doação, no ato de tributar, no ato de desapropriar, no ato de abrir uma</p><p>sindicância, no ato de multar, em todos estes casos, para que o resultado se concretize, importa apenas uma única vontade;</p><p>→ Assim, sendo unilaterais, por exclusão, não podem ser contratos administrativos ou convênios, eis que estes consistem em</p><p>manifestações bilaterais;</p><p>→ A vontade aqui expressa é a da Administração Pública seja ela direta ou indireta (direta, abrangendo governo federal e</p><p>ministérios, governos estaduais e secretarias, e prefeituras e secretarias; ou indireta, abrangendo empresas públicas,</p><p>sociedades de economia mista, fundações públicas de direito público, fundações públicas de direito privado e autarquias) ou</p><p>ainda de quem faça às vezes da Administração Pública (noutras palavras, quem atue em seu nome – falamos aqui das</p><p>concessionárias e permissionárias de serviços públicos – entes privados que atuam em nome da Administração Pública, por</p><p>exemplo: a Equatorial Cepisa; as empresas de transporte urbano municipal; as empresas de transporte aéreo ou ainda as</p><p>faculdades particulares – eis que o monopólio do transporte público é da Administração Pública; e o do transporte aéreo e do</p><p>ensino superior é incumbido à União);</p><p>→ Tais atos são guiados pelo Regime Jurídico-Administrativo, o que quer dizer que se trata de regime de Direito Público; vimos em</p><p>sala que o Direito Público é marcado por relações de subordinação ou verticais, em que o ente Estatal se encontra em posição de</p><p>superioridade política em face dos tutelados ou administrados, o que confere à Administração Pública, em tal contexto, vantagens e</p><p>sujeições, resumidas na supremacia do interesse público e na indisponibilidade do interesse público, princípios implícitos também já</p><p>estudados;</p><p>→ Tais atos são subordinados à Lei; ora, vimos em sala, que a legalidade administrativa difere da legalidade geral. O cidadão pode</p><p>fazer tudo o que não seja proibido (ninguém será obrigado a fazer ou a deixar de fazer algo senão em virtude de lei – cfr. art. 5.º, II</p><p>CF/88). Já a Administração Pública está adstrita à Lei, o que quer dizer que só pode fazer o que a lei expressamente permitir ou</p><p>determinar, não podendo ir além do que a lei determina ou contra a lei;</p><p>→ Em virtude disso, tais atos sofrem controle judicial [controle de legalidade x controle de convencionalidade], o que quer dizer que</p><p>podem ser questionados judicialmente, mas não em seu mérito, apenas no tocante à legalidade ou ilegalidade do ato; noutras palavras, o</p><p>prejudicado pode ir contra o ato, mas apenas no tocante à legalidade ou não do ato, o Judiciário não tendo ingerência sobre o mérito do</p><p>ato;</p><p>→ Tais atos instituem direitos ou impõem obrigações aos tutelados pelo Estado, os administrados / particulares;</p><p>→ Assim sendo, podemos conceituar atos administrativos como sendo: manifestações unilaterais de vontade, próprios da Administração</p><p>Pública (direta ou indireta) ou de quem lhe faça as vezes (concessionárias ou permissionárias de serviços públicos), sujeitos ao Regime</p><p>Jurídico-Administrativo (regime de direito público), subordinados à lei (legalidade administrativa) e sujeitos a controle judicial no tocante à</p><p>legalidade, tendo por objetivo e fim imediato, adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos ou impor obrigações aos</p><p>administrados (particulares) ou a si própria;</p><p>2. Classificação dos Atos Administrativos:</p><p>QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:</p><p>→ GERAL: são destinados a vários sujeitos indeterminados, via de regra, atos de caráter normativo. Nas matérias propedêuticas, vimos</p><p>que a lei é geral e abstrata. Abstrata por se assenhorear de toda uma gama de casos e geral porque se aplica a todos os destinatários da</p><p>norma. Exs.: instruções, editais, regulamentos, regimentos internos, etc.;</p><p>→ INDIVIDUAL: indicados a uma pessoa específica ou a um grupo de pessoas determinadas. Exs.: demissão, exoneração, outorga de</p><p>licença ou habilitação, etc.;</p><p>QUANTO À SUPREMACIA DO ATO / QUANTO AO OBJETO:</p><p>→ DE IMPÉRIO: são atos que a administração pratica no gozo de suas prerrogativas, estando em posição de superioridade em relação a</p><p>seus administrados. Exs.: desapropriação, tributação, interdição, requisição, etc.; [é ao ato administrativo por excelência]</p><p>→ DE EXPEDIENTE: atos de rotina interna, que não afetam a terceiros ou à Administração; atos sem poder decisório, ordinatórios, de</p><p>mero expediente; geralmente feitos por agentes subalternos. Exs.: protocolo;</p><p>→ DE GESTÃO: atos que a administração pratica em situação de relativa igualdade com o particular, atos privados realizados pela</p><p>administração. Exs.: certidão; locação, etc.; [a doutrina majoritária compreende que não são atos administrativos, porque há certo caráter</p><p>bilateral; concede-se certa liberdade ao particular que trava relações com a administração]</p><p>QUANTO AO REGRAMENTO / GRAU DE LIBERDADE PARA PRODUZIR O ATO:</p><p>→ VINCULADO = fazer o que a lei obriga [PODER-DEVER]: a administração não é livre; caso se atenda aos requisitos exigidos para o</p><p>ato, a administração estará obrigada; por outro lado, caso tais requisitos não sejam satisfeitos, a administração estará proibida. O agente</p><p>público que emite o ato não tem escolha, sujeitando-se às determinações legais, obedecendo ao princípio da legalidade. Exs.: é de</p><p>competência do presidente a edição de lei que verse sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias, etc. – a CF/88 confere ao presidente</p><p>a iniciativa de tais leis, mas esta iniciativa é vinculada. Não apenas o presidente tem a obrigação dar início ao processo de criação destas</p><p>leis, como ele é obrigado ainda a cumprir um prazo. Afinal, o plano plurianual é destinado a reger os gastos públicos durante o mandato e</p><p>há diretrizes orçamentárias voltadas para o exercício fiscal, que é o ano subsequente (donde devem ser feitas antes disso). Um ato</p><p>vinculado é um direito-dever. Se de um lado, confere uma competência à administração; de outro, a obriga;</p><p>→ DISCRICIONÁRIO = fazer o que a lei permite: há liberdade de escolha para o agente, desde que de acordo com a lei. O</p><p>administrador escolhe a conveniência, a oportunidade, e o conteúdo do ato. Exs.: multar ou não; penalizar ou não; abrir processo</p><p>administrativo ou não;</p><p>QUANTO À FORMAÇÃO:</p><p>→ SIMPLES: produzidos por um único órgão; via de regra, alguns doutrinadores entendem destinado a um único administrado ou a um</p><p>grupo determinado de administrados. Ex: despacho;</p><p>→ COMPLEXO: envolve a conjugação de vontade comum de dois ou mais órgãos da administração. Resulta da soma de vontades de</p><p>dois ou mais órgãos, para produzir um só ato. Ex.: escolha da lista tríplice; imposto que verse sobre matéria educacional (interesse do</p><p>fisco e do MEC);</p><p>→ COMPOSTO: é produzido por um órgão, mas depende da ratificação de outro para se tornar exequível. Envolve sempre um ato</p><p>principal e um ato secundário. Exs.: nomeação de ministro (indicação do presidente – ato principal – e sabatina do Senado (art. 52) – ato</p><p>secundário); iniciativa de lei (que passa pelo CCJ e sanção ou veto presidencial); dispensa de licitação (que passa pela Comissão e pela</p><p>autoridade superiora que emitiu o edital); etc.;</p><p>QUANTO AO CONTEÚDO OU EFEITO:</p><p>→ CONSTITUTIVO: a administração pública cria, modifica ou extingue uma situação jurídica; impõe obrigações ou confere direitos. Exs.:</p><p>permissões, autorizações, etc.;</p><p>→ DECLARATÓRIO: administração pública apenas reconhece um direito do administrado, existente em momento anterior ao</p><p>ato; avaliza</p><p>situação jurídica anteriormente existente. Exs.: licenças, homologações, certidões, etc.;</p><p>→ ENUNCIATIVO: a administração pública apenas reconhece uma situação de fato ou de direito. Exs.: vistos, atestados, etc.;</p><p>QUANTO À EXEQUIBILIDADE:</p><p>→ PERFEITO: o ato está formado e plenamente em condições de produzir efeitos;</p><p>→ IMPERFEITO: o ato está incompleto em sua formação, faltando um ato complementar a dar-lhe plena executoriedade; ex: faltando a</p><p>publicação do ato; [o ato não publicado é perfeito, válido, mas ineficaz – ou seja, não produz efeitos]</p><p>→ PENDENTE: está sujeito a condições para que comece a produzir efeitos; (*) lembrar elementos acidentais do ato jurídico;</p><p>→ CONSUMADO: já exauriu seus efeitos. Não pode ser atacado, nem via administrativa, nem via judicial, podendo, porém, gerar</p><p>responsabilidade do Estado; [ato jurídico perfeito]</p><p>3. ELEMENTOS OU REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVO:</p><p>Elementos /</p><p>Requisitos</p><p>Tipo do ato Características</p><p>COMPETÊNCIA Vinculado Poder, resultante da lei, que dá ao agente a capacidade de praticar o ato. Pode</p><p>admitir avocação e delegação. Nenhum ato pode ser realizado validamente</p><p>sem que o agente disponha de poder legal para praticá-lo; sendo um requisito</p><p>de ordem pública, é intransferível e improrrogável pela vontade dos</p><p>interessados. Abuso de poder (excesso de exação);</p><p>FINALIDADE Vinculado O bem jurídico objetivado pelo ato Administrativo; a correta atuação em face do</p><p>bem a que se destina. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei</p><p>imprimiu ao ato, sob pena de nulidade do ato pelo desvio de finalidade</p><p>específica. Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por desvio de finalidade,</p><p>mesmo que haja relevância social. Abuso de poder (desvio de finalidade /</p><p>interesse público); ex: autotutela = benefício próprio (nulo);</p><p>FORMA Vinculado É o revestimento externo do ato. A maneira como ele se exterioriza. Formal</p><p>(escrito); informal (verbal); todo ato administrativo é, em princípio, formal;</p><p>MOTIVO Vinculado ou Discricionário Obrigatório; motivação (exposição dos fatos); fundamentação legal está na</p><p>competência; motivo está na explicação do porquê do ato, sua justificação;</p><p>OBJETO Vinculado ou Discricionário É o próprio ato; o próprio conteúdo do ato; é aquilo a que ele se dispõe tratar;</p><p>4. ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:</p><p>L – Presunção de legitimidade, legalidade e veracidade dos atos administrativos;</p><p>E – Exigibilidade;</p><p>I – Imperatividade;</p><p>T – Tipicidade;</p><p>E – Executoriedade ou autoexecutoriedade;</p><p>a) Presunção de legitimidade, legalidade e veracidade dos atos administrativos: Conceito: os atos administrativos são presumidos</p><p>verdadeiros e legais até que se prove o contrário. Assim, a Administração não tem o ônus de provar que seus atos são legais e a situação</p><p>que gerou a necessidade de sua prática realmente existiu, cabendo ao destinatário do ato o encargo de provar que o agente</p><p>administrativo agiu de forma ilegítima. Este atributo está presente em todos os atos administrativos. [BOA-FÉ PÚBLICA]</p><p>Principais informações sobre o atributo: Fundamento: Rapidez e agilidade na execução dos atos administrativos. Natureza da</p><p>presunção: relativa, uma vez que pode ser desconstituída pela prova que deve ser produzida pelo interessado / prejudicado. Inversão do</p><p>ônus da prova: o particular prejudicado que possui o dever de provar que a Administração Pública contrariou a lei ou que os fatos</p><p>mencionados por ela não são verdadeiros. Consequências: até a sua desconstituição, o ato continua produzir seus efeitos normalmente;</p><p>OBS: tanto a Administração como o Poder Judiciário têm legitimidade para analisar as presunções mencionadas</p><p>PRESUNÇÃO JURIS TANTUM (relativa) x PRESUNÇÃO IURE ET DE IURE (absoluta)</p><p>b) Executoriedade ou Autoexecutoriedade: Conceito: os atos administrativos podem ser executados pela própria Administração Pública</p><p>diretamente, independentemente de autorização dos outros poderes. De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da</p><p>autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, mas somente: quando a lei estabelecer. Ex. Contratos</p><p>administrativos (retenção da caução quando houver prejuízo na prestação do serviço pelo particular; encampação; ocupação provisória).</p><p>Ou em casos de urgência. Ex. Demolição de um prédio que coloca em risco a vida das pessoas.</p><p>c) Tipicidade [ESTÁ RELACIONADA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ADMINISTRATIVA, em cujo contexto a Administração só</p><p>pode fazer o que a lei DETERMINA ou o que a lei PERMITE] Conceito: é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a</p><p>figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. O presente atributo é uma verdadeira garantia ao</p><p>particular que impede a Administração de agir absolutamente de forma discricionária. Para tanto, o administrador somente pode exercer</p><p>sua atividade nos termos estabelecidos na lei. Somente está presente nos atos unilaterais. Não existe tipicidade em atos bilaterais, já que</p><p>não há imposição de vontade da Administração perante a outra parte. É o caso dos contratos, onde a sua realização depende de</p><p>aceitação da parte contrária.</p><p>d) Imperatividade: Conceito: os atos administrativos são impostos a todos independentemente da vontade do destinatário [ELES SÃO</p><p>UNINLATERAIS]. De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, rigorosamente, imperatividade traduz a possibilidade de a</p><p>administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhes restrições. Este atributo decorre do poder</p><p>extroverso do Estado, cuja principal característica é de impor seus atos independentemente da concordância do particular. Basta que o</p><p>ato exista no mundo jurídico para que produza imperatividade. No entanto, o atributo somente está presente nos atos que impõem ao</p><p>particular obrigação (comandos administrativos). Há imperatividade, portanto, nos atos de apreensão de alimentos, interdição de</p><p>estabelecimento, etc.</p><p>e) Exigibilidade: característica dos atos administrativos que permite que exijam seu cumprimento sob ameaça de sanção, exercendo uma</p><p>coerção em face do destinatário do ato;</p><p>5. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:</p><p>A) Atos Normativos: Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei;</p><p>B) Atos Ordinários: Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder</p><p>hierárquico da Administração; [atos interna corporis]</p><p>C) Atos Negociais [bilaterais]: Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do</p><p>particular;</p><p>D) Atos Enunciativos: Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; Exs.:</p><p>certidão, parecer, etc.;</p><p>6. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>• Revogação: é a extinção de um ato administrativo legal e perfeito, por razões de conveniência e oportunidade</p><p>[DISCRICIONÁRIOS], pela Administração, no exercício do poder discricionário. ex nunc</p><p>• Cassação: modalidade de anulação do ato administrativo que, embora legítimo na sua origem e formação, torna-se ilegal na sua</p><p>execução. Ocorre principalmente nos atos negociais. ex nunc</p><p>• Anulação: é a supressão do ato administrativo, com efeito retroativo, por razões de ilegalidade e ilegitimidade. ex tunc</p><p>(AUTOTUTELA)</p><p>• Caducidade: extinção de ato administrativo em consequência de norma jurídica superveniente, a qual impede a permanência da</p><p>situação anteriormente consentida. ex nunc</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>“Tudo é avaliação, mas avaliação não é tudo.”</p><p>Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>SER E ESTAR</p><p>Não é preciso</p><p>querer ser diferente, todos nós já somos. É preciso querer ser quem se é. E ser quem se é, ser quem se nasceu para ser, exige</p><p>esforço; não é algo que vem por sorte, dom ou acaso... não cai do céu. E poucos querem pagar o elevado preço por tornar-se quem</p><p>realmente são; poucos têm coragem o suficiente para, ainda que por instantes, existir. Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>DO VIVER</p><p>A vida é sobre o caminho, as experiências que temos no caminho, e as pessoas com quem o compartilhamos; não é sobre quanto tempo</p><p>dura, nem sobre como acaba. Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>PROFESSA EM-SINA</p><p>Há uma certa confusão quanto à figura do professor, o seu papel, se trabalha para disciplinar e ensinar regras e obediência (por vezes, servil) ou se para</p><p>ensinar a pensar (e, por via de consequência, a se libertar), sobretudo se consideramos os limites invisíveis que nos são impostos e que nos escravizam, e</p><p>como nos libertar deles ou ao menos reconhece-los, enquanto grilhões que nos aprisionam. Quem educa (ou pretende fazê-lo) fica meio que no limbo</p><p>entre aquele que põe um tijolo a mais na parede do superego e aquele que lhe provoca rachaduras.</p><p>Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>DE ARMADURAS, CASTELOS & DRAGÕES</p><p>Eles disseram para nos protegermos. Então forjarmos armaduras, envergamos couraças impenetráveis e, assim, nos julgamos seguros.</p><p>Ninguém nos ensinou que não existem monstros do lado de fora. E que escudos, armaduras, couraças e muros — os castelos de areia que</p><p>criamos — só os prendem, ainda por mais tempo, aqui dentro. Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>DIZ-POSIÇÃO</p><p>Predisposição para amar e esperança no porvir são sinais distintivos de quem sonha... E para viver, viver de verdade, é preciso sonhar.</p><p>Realizar ou não, às vezes, é pura sorte. Sem sonho, a vida se resume à morte. Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>ABISMO ENTRE FRUSTRAR-SE E PROSTRAR-SE</p><p>Frustrar-se é próprio de quem espera além, de quem sonha e idealiza, de quem prefere a ilusão luzente e multicolorida à realidade imposta</p><p>e impostora. E a queda daquele patamar para este é e, sempre será, frustrante. Mas só muda a realidade quem ousa sonhar, a despeito do</p><p>risco de frustrar-se. Aliás, frustrar-se é próprio de quem quer mudá-la. Quem não se frustra, não tenta; quem não tenta, não se arrisca; e</p><p>quem não se arrisca, nem mesmo vive. Viver é sempre risco, inclusive o de não mais viver. Siga sempre adiante! Afinal, o que temos a</p><p>perder?!</p><p>Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho</p><p>----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</p><p>1ª Prova</p><p>ATENÇÃO</p><p>Principais temas abordáveis:</p><p>1. diferença entre função política ou de governo e função administrativa ou executiva;</p><p>2. conceito e critérios de definição de Direito Administrativo;</p><p>3. técnicas legislativas: concentração / desconcentração / descentralização;</p><p>4. competência exclusiva (indelegável) / privativa (delegável = LC) (avocação e delegação);</p><p>5. princípios da Administração Pública; (impessoalidade / supremacia / indisponibilidade)</p><p>2ª Prova</p><p>1. responsabilidade civil do Estado; (por atos do judiciário; por atos do legislativo (lei foi declarada inconstitucional no controle concentrado</p><p>ou lei de efeitos concretos; por atos de concessionárias e permissionárias);</p><p>2. atos administrativos e sua extinção;</p><p>3. Serviços públicos;</p><p>4. Servidores Públicos;</p><p>P.S.: necessidades pedagógicas ou institucionais podem ampliar, reduzir ou realocar temas ou assuntos entre as provas;</p>

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