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<p>NOVA VIÇOSA- BA</p><p>ESCOLA MUNICIPAL RAUL GAZZINELLI</p><p>Direção: Aloísio Vieira da Silva</p><p>Vice Direção: Erildo Francisco de Oliveira</p><p>Coordenação Pedagógica:</p><p>Núbia Adriana Rodrigues Santana da Silva</p><p>Endereço:</p><p>Rua: Presidente Castelo Branco</p><p>Bairro: Centro Cidade: Nova Viçosa – Bahia Número: 64</p><p>ÍNDICE</p><p>APRESENTAÇÃO .....................................................................................................5</p><p>1-MARCO REFERENCIAL ..........................................................................................6</p><p>1.1 IDENTIDADE</p><p>1.2 CONTEXTO HISTÓRICO</p><p>2 - MARCO FILOSÓFICO .........................................................................................8</p><p>2.1 A IMPORTÂNCIA DO PPP, PARA A EFETIVAÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA;</p><p>2.2 AS BASES LEGAIS DO PROJETO PEDAGÓGICO –</p><p>2.3 A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PPP, A PARTIR DA ESCUTA DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR</p><p>2.4 SOCIEDADE QUE DESEJAMOS CONSTRUIR</p><p>2.5 SER HUMANO QUE DESEJAMOS FORMAR</p><p>2.6 FINALIDADE QUE DESEJAMOS PARA NOSSA ESCOLA</p><p>3 – MARCO OPERATIVO.........................................................................................14</p><p>3.1 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA PROPOSTA CURRICULAR</p><p>3.2 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA A ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR</p><p>3.3 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA A METODOLOGIA</p><p>3.4 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM</p><p>3.5 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA A GESTÃO ESCOLAR</p><p>3.6 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA</p><p>3.7 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA A COMUNIDADE</p><p>3.9 PRÍNCIPIOS, CRÍTERIOS E VALORES PARA HPTC</p><p>3.10 PRÍNCÍPIOS, CRÍTÉRTIOS E VALORES PARA ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO ALUNO</p><p>4. DIAGNÓSTICO..................................................................................................27</p><p>5. METAS PARA O AVANÇO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.......................30</p><p>6. REFERÊNCIAS....................................................................................................32</p><p>EPÍGRAFO</p><p>"O projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia dos seus agentes, da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da ‘cara’ que tem, com o seu cotidiano e o seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela se insere. Projetar significa ‘lançar-se para a frente’, antever um futuro diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada com um sentido definido, explícito, sobre o que se quer inovar." Gadotti</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Municipal Raul Gazzinelli, visa reafirmar a educação como direito de todos e dever do Estado e da Família, a ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, com vista ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, observando os princípios expressos no artigo 205 da Constituição Federal de 1988.</p><p>(RE)elaboração deste documento, visa uma nova roupagem numa perspectiva democrática e participativa dos atores e atrizes envolvidos nesse contexto educativo. A participação das famílias, alunos e profissionais da escola, através da escuta sensível, possibilitou uma inquietação para mudanças a serem feitas no espaço escolar e convivência social.</p><p>A LDB reconhece no espaço educativo e nos profissionais da educação uma competência técnica e política que os habilita a participar da elaboração do seu Projeto Político Pedagógico, sendo que, a lei amplia nessa perspectiva democrática o papel da escola diante da sociedade, colocando-a como centro de atenção das políticas educacionais mais gerais e sugere o fortalecimento de sua autonomia, garantindo o seu objetivo primordial que é oferecer uma educação de qualidade da Escola Pública.</p><p>Nesse sentido a escola é um ambiente diverso, complexo e em permanente transformação. É local de socialização de saberes individuais, coletivos e respeito mútuo, para as ações pedagógicas intencionais e específicas para a formação de sujeitos e sociedade. Por isso, o desafio de defender a pluralidade e a democracia como direito a participação na tomada de decisões para a (Re)construção do PPP 2022.</p><p>Portanto, será uma oportunidade para a comunidade escolar repensar à luz da nova realidade, os princípios norteadores dos rumos que a EMRG terá daqui para frente, com esse documento em favor do Bem Comum.</p><p>1.MARCO REFERENCIAL</p><p>IDENTIFICAÇÃO DA EMRG. RAUL GAZZINELLI</p><p>A Escola Municipal Raul Gazzinelli, CNPJ: 03172177/0001-63, situada a Rua: Presidente Castelo Branco, nº 64 – Centro, CEP:45920000 Nova Viçosa-Ba, tem 31 anos, sendo criada pelo Decreto Estadual 628 de 30/12/1953, com a denominação de EMRG no ano 1991. Localiza-se na Sede do município, considerada pelo IBGE como município de grande atividade da pesca e turismo, no Sul da Bahia.</p><p>A escola funciona em dois turnos: das 7h às 11h25minh e das 13h às 17h25minh, atendendo a 371 alunos, de diferentes bairros: Cleriston Andrade, Abraão, Alcione, Vila Residencial Verde Mares, Vila Viçosa, Zona rural e Centro. O bairro da Unidade Escolar possui asfalto, rede de esgoto e luz elétrica, atendemos uma diversidade de alunos sendo que muitos são provenientes de diversos Estados do Brasil e de diferentes situações econômicas, sendo na maioria de baixa renda.</p><p>O período da manhã possui 160 alunos distribuídos em 07 turmas, com atendimento do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental l, o período da tarde possui 211 alunos, distribuídos em 09 turmas. A Equipe Escolar é composta por um diretor, um vice-diretor, um coordenadora pedagógica, 19 professores, sendo 11 professores concursados, ampliação de carga horária 03 professores, 05 professores contratados. A Diretoria de Ensino composta por professores do Núcleo Pedagógico: Direção, Vice Direção e Coordenação, todos da mesma Unidade Escolar. Além de 19 funcionários de apoio, sendo que são 3 na secretaria, 2 vigias, 1 porteira, 1 disciplinaria,3 merendeiras e 8 limpeza.</p><p>Com relação aos recursos tecnológicos e equipamentos a instituição dispõe composta: 07 computadores, 03 impressoras, 02 televisores, 02 microfones e 04 caixas de som, esses aparelhos são imprescindíveis para a execução do trabalho pedagógico, mas que precisam ser ampliados.</p><p>A unidade escolar mantém parceria com o Conselho Tutelar do município, secretaria de saúde, assistência social, comércio e apoio da secretaria de segurança: Polícia civil e Militar. Todas essas parcerias têm contribuído no apoio e orientação aos pais e atendimento psicossocial aos educandos. A comunidade, o corpo docente, alunos e funcionários demonstram carinho pela escola, a participação efetiva nos Conselhos de Escola e Associação de Pais e Mestres. Reunião de Pais tem aumentado gradualmente, índice observado em reuniões ordinárias e extraordinárias no ano letivo 2021 e 2022, essa análise foi detectada pela equipe gestora, que atua e planeja diferentes estratégias visando o Plano de Ação e a Gestão Participativa.</p><p>ASPECTOS HISTÓRICOS</p><p>A história da EMRG, faz-se necessário voltar no tempo e resgatar na memória de antigos moradores do bairro, como era o processo de ensino desenvolvido na cidade.</p><p>Na primeira metade do século XX, Vila Viçosa perdeu autonomia para o município de Mucuri. Segundo moradores, o início dos anos 50, não foi fácil em relação a educação, mas com autonomia de volta, torna-se mais fácil para o desenvolvimento da cidade.</p><p>Localizado a Praça Valdomiro Alves de Jesus, um antigo casarão passa a constituir uma escola, mas para funcionar faz-se necessário o deslocamento de professores da cidade de Salvador, o que tornava a situação mais complicada. Entretanto, esse fato é marcado por uma personalidade bem lembrada pelos moradores antigos, o professor Júlio, que lecionou nesse casarão, que mais tarde se transformou na residência do senhor Valdomiro Alvares de Jesus (antigo prefeito).</p><p>Conforme relatos de moradores Júlio retorna a cidade de Salvador, pois segundo eles era difícil manter habilitado naquela época.</p><p>Surge mediante essa necessidade uma personalidade</p><p>marcante na história educacional de Nova Viçosa, a professora Aldina Chaves Pereira, conhecida popularmente com D. Nunuca. Lembrada com muito carinho pelos moradores, que em sua maioria foram alfabetizados por ela.</p><p>Os moradores asseguram que esta professora, embora não habilitada tenha sido o esteio da educação na década de 50, segundo os mesmo, dona Nunuca lecionou gratuitamente durante muito tempo em sua própria casa (hoje casarão localizado a beira do porto, só mais o prefeito de Mucuri Raul Gazzinell, contratou os serviços, oficializando sua escola para dar continuidade ao trabalho educacional.</p><p>A escola Raul Gazzinelli foi construída em (prédio) na década de 50, pela empresa ELECUNHA, no intuito de alfabetizar os filhos dos seus operários, na qual os alunos cursaram o ABC ministrada pela senhora Aldina Chaves Pereira.</p><p>Em 1976, a empresa desativou as aulas provisórias e o prefeito da época VALDOMIRO ALVES DE JESUS, cedeu o prédio a família da senhora NILCE PACHECO E JOSÉ PACHECO. Porem a família utilizou o recinto como moradia e criou um espaço para lecionar aulas particulares (banca) como forma de ajudar na renda familiar.</p><p>Funcionando até o ano de 1993 como Escola Estadual Rural, sendo também conhecida como Escola Municipal Maria dos Anjos, (segundo consta nos livros de ponto arquivados em documentos da instituição).</p><p>O tempo vai transcorrer e a então casa de dona Nilza, passa a se chamar “Escola municipal Rual Gazzinelli, com a Diretora Edna Pereira Teixeira, pelo parecer 302/94 de 11/04/94. A escola passou por reformas em 1995, deixando de ter apenas quatro salas e um aspecto inadequado para o trabalho.</p><p>Somente em 1996, a escola foi reconhecida oficialmente recebendo o nome RAUL GAZZINELLI em homenagem a um ex-prefeito de Mucuri, devido Nova Viçosa na época fazer parte da mesma (gestor que por aqui passou como prefeito da cidade quando fazia parte com o distrito da cidade de Mucuri, situação que perdurar até assinatura do decreto-lei estadual 628 de 30 de dezembro de 1953, deixando de ser chamada de Marobá, vindo a ser conhecida pelo nome de Nova Viçosa.</p><p>Nesse mesmo ano a escola obteve um desenvolvimento significativo quanto a espaço físico e aos membros pertencente, recebendo dezesseis professores, o diretor, vice- diretor e secretário e duas merendeiras, devido ao prédio ter sido ampliado e o número de alunos supreendentemente chegado a alcançar seiscentos.</p><p>.MARCO FILOSÓFICO</p><p>2.1 Importância do PPP</p><p>O processo de (Re) construção do projeto político pedagógico Segundo Freire (2002, p. 30) “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. (...) Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra”. Partindo desse pressuposto, deve-se atentar que esse documento se constitui como marco referencial no âmbito da ação educativa e vem para provocar profundas mudanças no cenário educacional. E, por isso, sua Reconstrução exige o engajamento participativo de todos que compõem a comunidade escolar. O trabalho de conscientização de que o mesmo deve ser a expressão de um desejo coletivo; articular e construir espaços participativos com propostas e um trabalho organizado coletivamente com vistas a produzir um projeto que explicite não somente o que a escola é na contemporaneidade, mas também evidencie caminhos acerca das ações futuras. Portanto, é papel da escola fazer com que todos (gestores, professores, pais, alunos, funcionários e sociedade) sintam-se corresponsáveis no sentido de resinificar as ações a serem executadas no âmbito escolar com foco na melhoria do processo de ensino/aprendizagem e planejar caminhos viáveis à melhoria da atuação escolar em favor do Bem Comum.</p><p>O projeto Político Pedagógico não é uma peça burocrática e sim um instrumento de gestão e de compromisso político e pedagógico coletivo. Não é feito para mandar para alguém ou algum setor, mas sim para ser usado como referência para as lutas da escola. O PPP pode se constituir como um instrumento que contribui na implantação de uma escola democrática, possibilitando autonomia e construção/delineamento da sua própria identidade.</p><p>2.2 Bases legais da reconstrução do PPP</p><p>As Bases da Educação Nacional (LDB 9694/96). (Art. 3º - VI). Na visão de Veiga (2002) esses princípios seriam basicamente: I - Igualdade de condições para acesso e permanência, com sucesso, na escola. A efetivação democrática pressupõe que o processo educacional oportunize a todos os indivíduos condições de obtenção de sucesso na trajetória escolar, em que as políticas públicas corroborem com o trabalho dos professores e das escolas (SAVIANI, 2003). Mais do que expandir a quantidade de vagas ofertadas, a escola precisa ampliar o seu Francisco J. do Nascimento, Rita de C. do Nascimento; Maria S. L. Lima O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO ORIENTADOR DAS PRÁTICAS ESCOLARES Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 119-141, maio/jul., 2020 129 atendimento com equidade, concomitante com a manutenção da qualidade e da igualdade de oportunidade para todos, respeitando e cumprindo o que frisa a própria LDB (9394/96) “igualdade de condições para acesso e permanência na escola” (Art. 3 – I). II - Qualidade social para todos. A escola de qualidade tem como definição o tipo de cidadão que quer formar para que atue na sociedade, com capacidade de transformação do meio social em que vive. Para isso, deve garantir que todos tenham acesso à educação, apresentem desempenho satisfatório, desenvolvam sua consciência crítica, capacidade de agir e desejo de mudança. E o mais imprescindível para que tudo isso ocorra: a escola deve combater as formas possíveis de repetência e evasão. Patto (2015) já evidenciava a necessidade relativa a busca por estratégias para que as instituições escolares enfrentem a evasão e o fracasso escolar, em que o cotidiano se constitua como um elemento problematizador da realidade, na premissa de análise de fatores e elementos que contribuam em tais entraves ao trabalho das escolas. Deste modo, cumprir essa premissa, pressupõe a elaboração de ações que perpassam o PPP da instituição escolar, enfocando que a qualidade do processo escolar deve estar arraigada, no princípio de que é necessário eleger parâmetros e diretrizes, metas e ações voltadas para uma escola inclusiva, direcionada à participação social, democrática e com foco em uma cultura de respeito às diferenças e superação das desigualdades sociais. III - Gestão democrática. Esse princípio está estabelecido na Constituição Federal de 1988 (art. 206, VI), fixado entre as dez diretrizes do Plano Nacional de Educação (art. 2º, VI), consolidado na LDB (Art. 3º - VIII e apresenta-se no contexto escolar como sinônimo de um espaço comunitário com ampla participação dos diversos segmentos, visto que a identidade da instituição escolar se constrói na relação dialógica entre seus distintos membros, enfrentando as dificuldades e superando as divergências, democratizando o poder de decisão, alicerçado em uma administração participativa, de forma que as reflexões coletivas sejam uma prática constante. Desse modo, o PPP veio para contribuir com a consolidação da gestão democrática da escola, através de um processo participativo do planejamento. Uma vez que, trata-se de um documento para intervir e transformar a realidade de forma organizada e integrada às atividades práticas da instituição.</p><p>Vejamos o que diz a LDB (9394/96)</p><p>Art.14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:</p><p>I - Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;</p><p>II – Participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares e equivalentes. (BRASIL, 1996). Assim, a LDB explicita que todas as partes da comunidade escolar devem participar e contribuir na tomada de decisões que permeiam a escola, bem como nas atividades da gestão escolar. Nascimento et al. (2020) citam a experiência democrática na rede estadual</p><p>de ensino cearense, em que os diretores das escolas públicas de ensino regular são eleitos por votação direta, o qual aos alunos, professores e responsáveis por estudantes menores de 16 anos são incumbidas a possibilidade de participação no pleito, em uma via de busca por efetivação democrática nos espaços escolares.</p><p>IV – Liberdade. Freire (2002) enfatiza em seu discurso que “ensinar exige liberdade”. Liberdade em se apropriar do conhecimento, em pesquisar, na defesa dos direitos em face ao autoritarismo, com sabedoria e sensatez. Em razão disso, é preciso buscar uma formação que oportunize ao educando: aprimorar seu conhecimento sobre sua cultura e seus valores; desenvolver seu senso crítico; tornar-se capaz de interagir no meio sem imposição de forças externas e, principalmente, ser sujeitos da própria ação educativa. O PPP pode contribuir na perspectiva libertadora, articulando limites e possibilidades acerca da liberdade em exercício na escola, experiência dos educadores, vivência coletiva, interpessoal, questões atinentes a aspectos relacionais entre gestores, docentes, funcionários e educandos que assumem responsabilidades na concepção construtiva do PPP e na sua implementação de acordo com o contexto social. A liberdade deve ser entendida como algo que está associado ao desejo do aprendizado, ensino, pesquisa, cultura artística e o conhecimento, voltados para propósitos definidos de forma coletiva.</p><p>V - Valorização do magistério. A melhoria da qualidade do ensino está intimamente ligada aos aspectos voltados a valorização dos profissionais da educação e incentivo à continuidade formativa ao longo da Francisco J. do Nascimento, Rita de C. do Nascimento; Maria S. L. Lima O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO ORIENTADOR DAS PRÁTICAS ESCOLARES Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 119-141, maio/jul., 2020 131 trajetória profissional. Ambos surgem como ferramentas importantes no sentido de reconhecer e fortalecer o papel do processo ensino/aprendizagem, colocando o docente como mentor dessa mediação, garantindo-lhe aperfeiçoamento profissional e qualificação para o trabalho. Esse aperfeiçoamento influi diretamente na tarefa de formar cidadãos comprometidos socialmente. Essa valorização é uma das diretrizes do Plano Nacional de Educação e está, também, pontuada na LDB (9394/96) Art.67 – Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes [...] I – Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;</p><p>I – Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III – Piso salarial profissional;</p><p>IV – Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação de desempenho.</p><p>V – Período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluído na carga de trabalho;</p><p>VI – Condições adequadas de trabalho. (BRASIL, 1996). Em virtude disso, a formação e valorização desses profissionais devem estar em consonância com a construção do PPP, considerando as experiências vivenciadas e os conhecimentos docentes, adquiridos por intermédio da sua prática pedagógica.</p><p>2.3 A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO PPP, A PARTIR DA ESCUTA DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR</p><p>O olhar e a escuta são atitudes conjuntivas de autorização da</p><p>observação etnográfica. Devem ser compreendidas como</p><p>atos cognitivos. Ambas compartilham com os demais</p><p>sentidos do corpo do investigador a tarefa de ler as</p><p>significações compostas pelos informantes na relação</p><p>conosco. (PIMENTEL, 2009, p.140)</p><p>Nos encontros de estudos, aconteceram momentos de discussão e planejamento com o comitê escolar das ações a serem propostas para a Escuta Sensível. Houve uma mobilização para convidar a comunidade escolar local para socialização da realidade atual da Instituição Pública.</p><p>A reconstrução do PPP foi se constituindo por meio da linguagem, os diversos</p><p>significados e saberes, que nortearam as ideias para às novas mudanças no âmbito escolar, envolvendo assim toda comunidade. A investigação através da escuta sensível, teve como ponto de partida a socialização de conversações com a finalidade de perceber as condições para refletirem sobre a prática educativa da instituição. De acordo com Macedo 2016, a comunidade escolar e os formadores são teóricos legítimos de suas realidades. Dessa forma, torna-se ainda mais relevante a participação de todos os sujeitos para trazerem seus anseios para uma nova visão do dia a dia escolar em favor do bem comum.</p><p>Assim, o movimento para a socialização de descritibilidade, fez se necessário a organização de um espaço adequado para descrever as realidades por meio da integibilidade. Daí uma reflexibilidade sobre as conversações e análise sistematizadas das ações que seriam colocadas em prática. Desse modo, para fortalecer essa ação iniciamos os encontros convidando os atores principais da comunidade escolar: cinco alunos de cada turma, cinco pais de cada turma, a equipe de apoio e professores. Foram registrados em planilhas diálogos e fotos desses momentos de interação.</p><p>A partir das informações obtidas através dos diálogos, o comitê escolar organizou encontros com os componentes da instituição para socializar os registros da Escuta Sensível. Após esse movimento, aconteceu encontro com todos da comunidade escolar para a sistematicidade organizativa dialogizados.</p><p>2.4 – SOCIEDADE QUE DESEJAMOS CONSTRUIR:</p><p>Uma sociedade justa, humana e igualitária, responsável em formar um sujeito ativo e atraente no que se refere à direitos e deveres, onde todos tenham acesso a saúde, informação, educação de qualidade, cultura e lazer, e lutando sempre pelos seus ideais, já que a escola é um lugar responsável por permitir aos alunos a pensarem criticamente e fazê-los refletir sobre as diversidades presentes e promovendo assim o respeito mútuo.</p><p>Para Veiga (2008), “ao serem originadas pelo próprios sujeitos e ao constituírem fonte de significados para eles, as identidades são construídas por meio de um processo de individualização que o sujeito empreende com suas relações com os outros indivíduo e as instituições”.</p><p>A escola que se almeja para o futuro terá que ser obrigatoriamente mais atrativa do que a escola que temos hoje, entendendo que o aluno do futuro passará mais tempo dentro da escola e estará cada vez mais ligado a ela, e mesmo estando fora, seja em pesquisas, aulas a distância ou qualquer outra atratividade, daí a necessidade da escola que se almeja já se planejar para receber o aluno do amanhã.</p><p>2.5 – SER HUMANOS QUE DESEJAMOS FORMAR:</p><p>Um ser humano criativo, inteligente, pensante e atuante no meio social, capaz de apresentar propostas e que saiba respeitar o próximo.</p><p>De acordo com a BNCC, a Educação Básica brasileira deve promover a formação e o desenvolvimento humano global dos alunos, para que sejam capazes de construir uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária.</p><p>Entende-se que o valor da escola possibilita entrar em contato com todas essas atribuições em interagir com os colegas, cumprir o currículo, respeitar as normas, resolver problemas cotidianos, entre outros, construindo assim, um ser consciente, cidadão político e humano que saiba transformar a realidade em seu entorno, visando o bem comum e ao ingressar na comunidade escolar, o aluno inicia a construção das suas próprias ideias e personalidade. O valor da escola possibilita entrar em contato com todas essas atribuições, ao interagir com os colegas, cumprir o currículo, respeitar as normas, resolver problemas cotidianos, entre outros. Além disso, um tema atual que permeia a educação e faz parte da cidadania é o respeito à diversidade. Pensando numa sociedade justa, e educação exerce um papel fundamental, que é a de preparar o sujeito para o mundo, expressando um conjunto de direitos e deveres, que nortearão no decorrer de sua trajetória de vida.</p><p>2.6 – FINALIDADE QUE DESEJAMOS PARA NOSSA ESCOLA:</p><p>Além de saberes e valores que a escola proporciona, busca –se a qualidade da educação para</p><p>todos, visando o desenvolvimento global dos educandos, formando cidadãos críticos e comprometidos com o meio em que estão inseridos. Para transformar tal realidade, apresentar desafios a serem enfrentados, proporcionando ao grupo escolar a oportunidade de vivenciar experiências que enriqueçam seu currículo e sua vida, além de ser um espaço de aprendizagem e conhecimento, onde pessoas sintam-se motivadas a se desenvolver, aprender e pesquisar. Que a escola forme cidadãos letrados e capazes de se comunicar por meio da fala, escrita, nas diversas áreas do conhecimento, relacionando esses saberes ao mundo em que vivem.</p><p>Uma realidade que permeia a escola pública, apresentar desafios a serem enfrentados, ou pelo menos, a serem colocados como reflexão para comunidade escolar, preocupada com os novos rumos e o novo caminhar do processo ensino aprendizagem. Uma escola inclusiva independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, linguística, religiosas, sexuais ou outras, ter o direito de acesso, permanência e de sucesso. Uma escola voltada para a formação humana do educando, transformando a escola em uma prática regular de vivências de cidadania, equidade e socialização. Uma escola que garante o direito de aprender, padrão de qualidade, formação de um sujeito ativo e atuante, promover o respeito mútuo e a igualdade entre todos os cidadãos, deixar de lado o preconceito, comodismo e o medo da mudança.</p><p>3. MARCO OPERATIVO</p><p>3.1 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA A PROPOSTA CURRICULAR</p><p>Uma política de currículo para a Educação Básica tem, acima de tudo, o compromisso com a qualificação da formação para uma cidadania plena, em que saberes dos diversos campos deverão confluir para o desenvolvimento integral dos estudantes, considerando as competências gerais configuradas na BNCC, a serem articuladas e desenvolvidas em torno dos saberes sobre: conhecimento; pensamento científico; crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; responsabilidade e cidadania.(DCRB,2019,p. 25)</p><p>O tema projeto de vida inserido no currículo do ensino fundamental na escola, proporciona que os estudantes pensem a respeito do seu futuro e também sobre quem são, sendo uma tarefa que não deve mais ser ignorada pelos professores e deve fazer parte de todo o planejamento curricular das escolas.</p><p>A concepção curricular visa ultrapassar a estrutura das disciplinas isoladas, desarticuladas e linear. Para tanto, compreende que é necessário o estabelecimento de uma relação de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas de conhecimento. O diálogo e a cooperação permanente são fundamentais para a compreensão das múltiplas relações que constituem o mundo e a vida, nos quais os sujeitos, mediados pela comunicação, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à existência.</p><p>O currículo aqui, também é entendido como um conjunto de experiências pedagógicas que precisam ser analisadas, reelaboradas e vivenciadas em sala de aula. Tais experiências são carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa capaz de indicar os caminhos, admitir mudanças, criar atalhos, alterações significativas em busca da aprendizagem de todos os estudantes. Nessa perspectiva, a educação ultrapassa a mera reprodução de saberes, possibilitando a troca de experiências e a construção de aprendizagens significativas. Assim, o currículo está diretamente relacionado ao contexto sócio-político e cultural, na medida em que é construído de forma dinâmica e participativa por meio de uma abordagem interdisciplinar, objetivando a formação do cidadão, eticamente com a transformação da sociedade. Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) (BNCC, 2017), Temas Integradores (DCRB, 2019), e os Temas Intercurriculares (RCMNV, 2020), têm a função de explicitar a articulação entre os diferentes componentes curriculares de forma a integrar e contextualizar as situações de aprendizagens vivenciadas pelos estudantes em suas realidades, contribuindo para trazer sentido aos objetos do conhecimento descritos na política de currículo nacional, estadual e, consequentemente, municipal.</p><p>O corpo docente e coordenação pedagógica da Escola buscam encaminhamentos de ações que promovem a integração dos conteúdos a serem estudados, tendo como base aos Temas intercurriculares do RCMN, que aborda o tema Projeto didático, dentro da visão de diferentes áreas do conhecimento. A integração dos alunos, através das ações pedagógicas amplia o nível de desenvolvimento da capacidade de desenhar/pensar possibilidades para a própria vida na perspectiva futura, aprendendo a definir metas prioritárias para o processo de aprendizagem. O trabalho voltado para a construção de Projetos favorece o envolvimento dos crianças e adolescentes, através das atividades escolares na qual terão que pôr em jogo os conhecimentos prévios, definir escolhas assertivas e alicerçadas nos princípios da ética e da responsabilidade, capazes de ajudar na realização dos seus sonhos.</p><p>3.2 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA A ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR</p><p>Por conta da pandemia do Covid-19 que assolou o mundo no ano de 2020-2021 e continua a existir mesmo que de forma mais controlada por conta da vacina, a sociedade se transformou completamente. E com a educação não foi diferente. Para conseguirmos sobreviver e conseguir se adaptar às rápidas e significativas mudanças causadas pelo Covid-19, a Educação do município teve que garantir que a escola modificasse o seu atendimento de forma urgente. Com isso, a forma de Ensino a Distância (EaD), que muitas vezes foi julgado, hoje ganha ênfase e atenção de todas as classes sociais.</p><p>De início, despertando medo, mas fazendo com que todos procurassem conhecer melhor e se adaptar. Assim sendo, foi implementada na escola, um atendimento online- grupo whastzapp e atividades impressas (apostilas), com diferentes formas de atendimentos a partir das condições das famílias: tecnologias digitais e de comunicação verbal. As aulas de início passaram a ser ministradas pelos professores somente de forma virtual- Plataforma. Através de salas em aplicativos como o Google Meet, Zoom. Por meio de interação em grupos de Whatsapp, com envios de vídeos, atividades e áudios, fora mensagens escritas. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), Plataformas-Classerom Educacionais e muito mais.</p><p>Diante desse “novo normal” em que estamos inseridos, faz-se urgente e imprescindível (re) construir a estrutura do plano político pedagógico (PPP).</p><p>A volta as aulas ainda é uma tarefa desafiadora. Recuperar as habilidades e as competências que não foram atingidas de todos os alunos no ano de 2020, manter uma formação dos professores atualizada, ao mesmo tempo em que eles continuam as aulas, e conseguir no ano de 2022 não perder a essência de educar para formar sujeitos sociais e críticos, sendo assim capazes de transformar a sociedade. Analisando o desenvolvimento do currículo nas turmas de ensino fundamental, suas potencialidades e entraves, observa-se que muitos alunos trazem consigo defasagens na aprendizagem ao longo de seu percurso escolar e a necessidade de intervenções pedagógicas: retomadas de conteúdos anteriores à série cursada; recuperação contínua e paralela e adequações metodológicas, adaptações curriculares aos alunos com necessidades especiais. Os professores em sua maioria concebem o ensino-aprendizagem como indissociáveis, e por sua vez se reconhecem como parte integrante e agentes ativos na aprendizagem dos alunos, e com o objeto a ser aprendido.</p><p>Considerando-se, de que hoje, toda organização escolar têm em suas missões, uma educação focada em torno da aprendizagem dos alunos, os quatro pilares da educação se fazem ainda mais necessário nesse novo contexto em que estamos vivendo. São aprendizagens fundamentais, que ao longo da vida humana, nortearão em torno do conhecimento e preparação para a vida dentro e fora da escola: aprender a conhecer, aprender a fazer,</p><p>aprender a aprender, aprender a ser.</p><p>Os pilares da educação podem ser compreendidos como:</p><p>Aprender a conhecer</p><p>Aprender a conhecer é adquirir as competências para a compreensão, incluindo o domínio dos próprios instrumentos de conhecimento. Quem aprende a conhecer aprende a aprender e essa aprendizagem é absolutamente essencial para as relações interpessoais, as capacidades profissionais e os fundamentos da vida digna.</p><p>Na aprendizagem deve imperar habilidades para se construir conhecimentos, exercitando os pensamentos, a atenção e a memória, selecionando as informações que efetivamente possam ser contextualizadas com a realidade que se vive e capazes de serem expressas através de linguagens diferentes.</p><p>Aprender a fazer</p><p>Aprender a fazer enfatiza a questão da formação profissional e o preparo para o mundo do trabalho.  A escola, desde a Educação Infantil, deve ressaltar a importância de se pôr em prática os conhecimentos significativos ao trabalho futuro.  Aprender a fazer não é preparar alguém para uma tarefa determinada, mas sim para:</p><p>• despertar e estimular a criatividade para que se descubra o valor construtivo do trabalho;</p><p>• sua importância como forma de comunicação entre o homem e a sociedade;</p><p>• seus meios como ferramentas de cooperação;</p><p>• transformar o progresso do conhecimento em novos empreendimentos e em novos empregos.</p><p>Aprender a viver juntos, a viver com os outros</p><p>Para que aprender a viver juntos, a viver com os outros possa verdadeiramente acontecer é essencial que a escola se transforme em um verdadeiro centro de descoberta do outro.  Deve ser também um espaço estimulador de projetos solidários e cooperativos, identificados pela busca de objetivos comuns.</p><p>Os caminhos do autoconhecimento e da autoestima são os mesmos da solidariedade e da compreensão. É essencial descobrir o outro a partir da descoberta de si mesmo.</p><p>Aprender a ser</p><p>Aprender a ser retoma a ideia de que todo ser humano deve ser preparado inteiramente:</p><p>• Espírito e corpo;</p><p>• Inteligência e sensibilidade;</p><p>• Sentido estético e responsabilidade pessoal;</p><p>• Ética e espiritualidade.</p><p>O ser humano deve ser preparado inteiramente para elaborar pensamentos autônomos e críticos e também para formular os próprios juízos de valores, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir em diferentes circunstâncias da vida.</p><p>Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes consequências que norteiam a educação do município. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante dos professores e famílias deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autónomo; enfim, ser socialmente competente.</p><p>3.3 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA A METODOLOGIA</p><p>"O Projeto Político Pedagógico [...] é um instrumento teórico metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da instituição." (Vasconcellos (1995, p.143)</p><p>O processo de ensinar e aprender acontece numa interligação constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. As metodologias ativas encontram, nessa nova realidade, um caminho amplo para explorar suas diversas ferramentas. Hoje vamos detalhar uma das possibilidades dessas metodologias, aplicadas fortemente nas aulas em tempo pós-pandemia. A ação metodológica voltada ao projeto ocorre com a resolução de problemas, uma metodologia tem como foco o problema, e a outra, o projeto. Ambas têm como premissas o ensino centrado no aluno e a aprendizagem colaborativa e participativa.  Em geral, a terminologia “aprendizagem baseada em projeto” é aplicada a modalidades em que há um produto tangível como resultado. Para isso, acreditamos que devem ser utilizados diversos tipos de recursos pedagógicos, tecnológicos e lúdicos que contribuem na formação de cidadãos críticos letrados, respeitando as especificidades de cada educando.</p><p>Ter projeto como objetivo final é um grande fator de motivação: os alunos identificam um sentido para buscar e selecionar informações, relacionar o que encontram com o que já têm, compartilhar ideias com colegas e professores, agir e interagir para chegar ao objetivo. De acordo com alunos e professores que utilizam da metodologia, o ponto mais positivo dessa abordagem é a possibilidade de trabalhar com projetos.</p><p>Além de melhorar os índices de engajamento e presença nas aulas, a metodologia se destaca pelo avanço do desempenho dos alunos em atividades ligadas à lógica e análise de problemas, envolvendo lições de matemática e ciências, entre outras disciplinas. Através dessa metodologia os alunos passam a se motivar mais e melhoram as interações dentro de seus grupos. Além de permitir aos professores diversas formas de avaliar as dificuldades de cada estudante e da turma como um grupo.</p><p>Esta metodologia possui suas vantagens também para aplicações no mercado de trabalho, uma vez que são capazes de revelar as lideranças e habilidades de seu grupo. O aluno valoriza a capacidade de cada membro do grupo, reforça o conceito de colaboração entre si, e permite um sólido Empoeiramento Criativo, trabalhando pontos como:</p><p>· Lógica;</p><p>· Visão crítica;</p><p>· Empatia;</p><p>· Liderança;</p><p>· Confiança.</p><p>A aprendizagem baseada em projetos, como toda metodologia de ensino escolar, exige muito planejamento e preparação. Como o objetivo é estimular a investigação, o projeto nasce como uma jornada de conhecimento que permite ao aluno buscar respostas para desafios propostos pelos professores.</p><p>A organização por projeto Didático como esse exige que o professor tenha em mente a finalidade do projeto e quais são os conteúdos que serão trabalhados. A finalidade do projeto, ou a questão norteadora, geralmente é um problema palpável para a realidade do aluno. Além disso, apesar de centrado em uma matéria, o projeto costuma ser interdisciplinar, ou seja, envolver noções de mais de uma área do conhecimento. Dessa forma, as soluções também passam por exigir que os alunos articulem diferentes áreas.</p><p>É importante ter em mente que o projeto não precisa estar totalmente restrito ao conteúdo programático da grade curricular, uma vez que as habilidades desenvolvidas nas atividades nem sempre estão diretamente relacionadas às matérias escolares. Os professores estão sempre monitorando o desenvolvimento do projeto e orientando os alunos na busca pelas respostas. Geralmente são considerados já na fase de planejamento os possíveis meios pelos quais os alunos podem encontrar o que precisam.</p><p>3.4 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM</p><p>A avaliação é entendida como um processo contínuo da educação relacionada ao desenvolvimento do ensino e aprendizagem. A ação avaliativa é diagnóstica, processual e mediadora, envolvendo toda a comunidade escolar. Nessa perspectiva, a avaliação estar centrada em uma construção da aprendizagem pautada em um processo contínuo, processual e formacional do sujeito, guiado por uma avaliação diagnóstica que sirva como suporte para a reorganização do fazer pedagógico do professor, direcionando-o para as intervenções necessárias ao longo do processo.</p><p>O caráter diagnóstico da avaliação vem assumindo a cada dia a função de um processo abrangente, relacionado à aprendizagem do educando e concomitantemente a organização do ensino e as relações que se estabelecem em sala de aula. Essa avaliação processual constitui-se na análise e reflexão do programa de aprendizagem, das atividades curriculares, do desenvolvimento do educando, bem como da ação do professor.</p><p>O professor como mediador e avaliador desse processo, precisa interpretar e atribuir sentido e significado a sua prática com intensidade, em tempo pós-pandemia. Produzindo conhecimentos e representações sobre a avaliação e seu papel de avaliador, baseado em suas próprias</p><p>concepções, vivências e saberes. O ato de avaliar é permanente na vida cotidiana, principalmente na vida dos estudantes, possibilitando acompanhar o seu desenvolvimento intelectual e as possibilidades de aprendizagem deles ao longo do processo, transformando e construindo saberes. Acreditamos que avaliação é parte integrante da Proposta Curricular e do Projeto Político Pedagógico da escola e está sendo compreendida como processo relevante, construído e consolidado a partir de uma cultura de “avaliar para garantir o direito da aprendizagem”, sem o pensamento de classificação, sem limitar tal direito. O artigo 24 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assegura que a avaliação deve ter a intenção de acompanhar continuamente, com mediação, intervenção e com visão dialógica e multirreferencial, o processo de aprendizagem dos estudantes:</p><p>V – A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:</p><p>a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais atividades avaliativas de cada trimestre finais;</p><p>b) possibilidade de aceleração de estudos para estudantes com atraso escolar;</p><p>c) possibilidade de avanço e nas séries mediante verificação do aprendizado;</p><p>d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;</p><p>e) obrigatoriedade de projetos, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem integrados pelas instituições de ensino em seus regimentos (BRASIL, 1996).</p><p>O conselho de Classe tem a finalidade de avaliação global do aluno, como das atividades docentes e de todos os envolvidos no trabalho educativo, objetivando tomar mais eficiente e eficaz o processo de ensino e aprendizagem. O papel que compete ao referido Conselho está definido no Regimento Escolar, no Capítulo III, art. 167.</p><p>A avaliação está sendo parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Requer preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos. Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionado à gestão da aprendizagem dos alunos. A avaliação ocorre sob três funções básicas:</p><p>Função diagnóstica: de acordo com Miras e Solé(1996, p.381), contemplada pela</p><p>avaliação diagnóstica (ou inicial), é a que proporciona informações acerca das capacidades do aluno antes de iniciar um processo de ensino/aprendizagem. Pretende-se através desta avaliação, averiguar a posição do aluno face às novas aprendizagens que lhe vão ser propostas, bem como os conhecimentos prévios trazidos de vivências anteriores, que servem de base, no sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver situações presentes. Ela deve ser efetuada através de atividades individuais, envolvendo oralidade, leitura e escrita, periodicamente e, feitos os registros.</p><p>Função formativa: a segunda função é a avaliação formativa que conforme Haydt</p><p>(1995, p.17), permite constatar se os alunos estão, de fato atingindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas.</p><p>Este tipo de avaliação pretende detectar e identificar deficiências na forma de ensinar,</p><p>possibilitando reformulações no trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo e de tal modo</p><p>possibilitar ainda, a organização de correções e recuperações, buscando soluções adequadas aos problemas alcançados. Através de atividades individuais, grupais e coletivas se tem um perfil do pretendido.</p><p>A avaliação interna do processo de ensino e aprendizagem, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo como objetivo o diagnóstico da situação de aprendizagem dos alunos e a programação curricular prevista em cada nível e etapa da escolaridade, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, tem por objetivos:</p><p>I - Diagnosticar e registrar os progressos do aluno e suas dificuldades;</p><p>II - Possibilitar que os alunos auto avaliem sua aprendizagem;</p><p>III - Orientar o aluno quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades;</p><p>IV - Fundamentar as decisões do Conselho de Classe/Série quanto à necessidade de procedimentos paralelos ou intensivos de horário oposto e recuperação da aprendizagem;</p><p>V - Orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos curriculares.</p><p>Os professores em sua maioria concebem o ensino-aprendizagem como indissociáveis, e por sua vez se reconhecem como parte integrante e agente ativos na aprendizagem dos alunos, e com o objeto a ser aprendido. Nesse contexto a avaliação passa a ser parte do processo de aprendizagem, subsidiando o trabalho do professor. Seus resultados são utilizados tanto para a verificação da aprendizagem, como para diagnósticos no decorrer do processo.</p><p>3.5 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA A COMUNIDADE</p><p>Entendendo que a escola tem o compromisso de proporcionar ao educando e a comunidade de um ambiente acolhedor, prazeroso, seguro para todos que a frequentar. Percebe-se que nesse sentido, a Escola Municipal Raul Gazzinelli disponibiliza de uma equipe compromissada com o fazer educativo. Assume o papel de construção do conhecimento de qualidade dos seus alunos.</p><p>São destaque nos trabalhos realizados no dia a dia escolar, construindo em situações que favorecem a aprendizagem, levando em conta o desenvolvimento do conhecimento adquirido pelos alunos e os frutos de suas ações autônomas. A escola está pautada numa gestão democrática na construção de uma educação de qualidade, acolhendo a comunidade a fim de contribuir para uma análise de seu funcionamento e necessidades, sendo um espaço destinado ao exercício pleno da cidadania. A Escola disponibiliza de uma equipe compromissada com o fazer educativo. Assume o papel de levar o conhecimento de qualidade a seus alunos. São destaques nos trabalhos realizados no dia a dia escolar, criando situações favorecedoras de aprendizagem e levando em conta que a construção do conhecimento pelos alunos é fruto de sua ação, o que faz com que eles se tornem cada vez mais autônomos intelectualmente. Embora as demandas que envolve o cotidiano dos alunos sejam muitos, a escola não mede esforços para envolver os educandos em um movimento que se chama aprender e compartilhar o que foi aprendido de forma centrípeta e centrífuga.</p><p>Conforme Vygotsky (1988), o papel do professor é o de ser um mediador apresentando-se como um importante parceiro no decorrer do processo de ensino aprendizagem, alguém que motiva o aluno para a construção de seu próprio aprendizado e de seu ser.</p><p>A maioria dos professores da EMRG são concursados, alguns residem em municípios adjacentes, a maior parte dos professores é concursada, todos graduados e todos com pós-graduação, a maioria possui dupla jornada de trabalho, alguns participam da formação continuada oferecida pela SEME (Congressos, Cursos de Capacitação e palestras). Existe também a parceria de uma formação on-line, garantindo um retorno financeiro com a carga horária de 120 horas. Sendo assim, os professores da EMRG assumem o papel de mediador do conhecimento, acompanhando e orientando seus estudantes no próprio processo de aprendizagem.</p><p>Diretor - subsidiar os profissionais da escola na construção de concepção de ensino aprendizagem, alinhada ao Currículo Oficial, com mecanismos que assegurem a concretização do projeto educativo. Acompanhar, organizar, reorganizar o trabalho pedagógico. Programar semanalmente com a equipe gestora, o alinhamento de ideias, decisões e avaliação do trabalho desenvolvido. Integração e articulação dos órgãos colegiados no exercício de uma gestão participativa e democrática.</p><p>Vice-Diretor - Estabelecer estratégias de acompanhamento e avaliações que possam organizar e reorganizar o trabalho pedagógico. Reunião semanal com a equipe gestora,</p><p>para alinhamentos, tomadas de decisões, e para avaliação do trabalho desenvolvido. Integração e articulação dos órgãos colegiados para exercício de uma gestão participativa e democrática.</p><p>Coordenação - A coordenação pedagógica tem como finalidade o aprimoramento do trabalho pedagógico, procurando vivenciar um processo participativo entre a equipe gestora, professores e alunos, assegurando a concretização da proposta pedagógica da escola e do Currículo Municipal. É competência dos professores coordenadores favorecer o trabalho interdisciplinar na ação pedagógica, favorecer a realização de atividades de enriquecimento de currículo como os projetos interdisciplinares para os eventos da escola, participar do planejamento, acompanhamento e avaliação das ações pedagógicas com a direção, os professores de mobilizar momentos de reflexão e ações de formação continuada no decorrer do ano letivo.</p><p>3.6 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA A GESTÃO ESCOLAR</p><p>Gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com as diretrizes e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto político-pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com os métodos que organizem e criem condições para um 115 ambiente educacional autônomo (soluções próprias, no âmbito de suas competências), de participação e compartilhamento (tomada de decisões conjunta e efetivação de resultados) (Lück, 2009, p. 24)</p><p>A gestão é a ação que envolve a interação de todos os componentes necessários para uma determinada relação no âmbito escolar, torna-se um trabalho de integração da equipe, para tal, a gestão escolar está associar há vários atos: suas ações devem estar atrelados juntamente com as da coordenação, tendo um olhar ético e profissional, proporcionando o desenvolvimento de uma gestão democrática, além de uma parceria entre escola e comunidade. Isso, todos devem ser de fato participantes da ação gestora da escola. Sendo que, um líder de uma instituição educacional pública tem que ser um implementador de políticas educacionais em sua unidade para a melhoria das aprendizagens de todos.</p><p>Neste contexto, os processos de decisão são coletivas, participativas, de modo</p><p>que as escolhas efetuadas sejam legítimas e os integrantes da comunidade escolar</p><p>vejam-se corresponsáveis pela execução e acompanhamento das ações. Nos</p><p>processos de gestão, é fundamental compreender que os sujeitos são agentes de</p><p>mudanças. Os gestores e cada membro da comunidade escolar têm contribuições</p><p>indispensáveis na construção da gestão democrática.</p><p>Por isso, é imprescindível que haja uma política de valorização dos colaboradores e a promoção de oportunidades para que todos se sintam parte da escola, identificando-se com seu trabalho e assumindo, de maneira corresponsável, o desenvolvimento dos processos. Nesta perspectiva, a formação continuada tem fundamental importância, pois além de possibilitar a qualificação e a competência, propicia o desenvolvimento profissional articulado ao projeto e às finalidades da escola.</p><p>É imprescindível, ainda, que se promovam espaços de discussão e de preparação da comunidade escolar para tomar decisões coletivas. Esse espaço contribui para a formação dos sujeitos, todos crescem e aperfeiçoam sua condição de cidadãos e, sobretudo, qualifica as decisões e ações. Assim, acredita-se que o trabalho coletivo de caráter educativo requer a contribuição de todos, mesmo que indiretamente. É preciso garantir condições de trabalho, tempo de recursos adequados e associados à valorização sujeitos.</p><p>3.7 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA O HTPC (HORÁRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO COLETIVO)</p><p>“À competência coletiva é mais do que o somatório das competências individuais”. António Nóvoa</p><p>A importância da formação pedagógica no contexto de trabalho é inegável, na prática, no entanto há problemas a serem resolvidos relacionados a espaço, tempo e modo de desenvolvê-la. Sendo que as ações pedagógicas e didáticas para o cotidiano educacional, limita essa ação em prol do desenvolvimento de trabalho do professor. O coordenador conhece as demandas de sua escola pode oferecer condições para que os docentes trabalhem as propostas curriculares em função da realidade que o contexto escolar está inserido, contribuindo para um trabalho condizente com o Projeto Político Pedagógico da escola.</p><p>Para reposicionar o HTPC como um espaço de crescimento profissional, é preciso questionar concepções e práticas tradicionais que levam a um trabalho pedagógico fragmentado e enxergar a força de dispositivos de formação que incluem os professores em redes de trocas continuadas.</p><p>Como diz o educador português António Nóvoa, “a competência coletiva é mais do que o somatório das competências individuais”. Defendo que a gestão dessa atividade não seja responsabilidade exclusiva do coordenador pedagógico, deve ser abordada como interesse de todos os professores, que podem militar em favor da mudança da cultura institucional e transformar essa agenda em encontros dialógicos, essenciais e úteis à prática docente.</p><p>A formação continuada que poucos professores realizam fora da escola e aqueles professores que estão fazendo algum curso de pós-graduação multiplicam as aprendizagens com o grupo no momentos de reuniões do trimestre e planejamentos. Há uma troca de saberes nesses momentos Observa-se que, o ponto forte da reunião é a socialização das experiências. Tendo a participação da equipe da EMRG: o diretor e do vice-diretora durante todo o tempo da reunião. Há um entrosamento forte nessa equipe. A reunião se inicia sempre com uma oração coletiva e em seguida é apresentada a pauta aos professores.</p><p>É importante porque ocorre uma valorização das vivências e do trabalho dos professores e todos interagem de maneira significativa, expondo seus avanços e anseios para garantir o processo de formação em prol de uma educação de qualidade. Observamos que as PCs orientam os professores em uma série de situações com relação à parte pedagógica e à parte burocrática/administrativa da escola. Porém, a EMRG, muitas vezes não há uma intencionalidade clara das reuniões de HTPC, pois elas podem se perder em questões de foro íntimo dos professores ou de foro não pedagógico.</p><p>Apesar desse descompasso, também se observou que muitas das propostas veiculadas repercutem do ponto de vista formativo. É possível observar através de relatos de professores de outras instituição que as reuniões de HTPC da rede municipal, também estão mais pautadas em socialização e troca de experiências do que no contexto de estudos através da formação continuada na escola.</p><p>3.8 PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E VALORES PARA ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS</p><p>A Escola Municipal Raul Gazzinelli, encontra-se localizada no centro da cidade e recebe alunos de vários bairros do município e até mesmo da zona rural. Pequena parte do alunado demostra dificuldades em relação a vulnerabilidade social. Tais casos quando são notados, são rapidamente assistidos pela instituição escolar citada.</p><p>De acordo com Morais, Raffaelli e Koller (2012), o conceito de vulnerabilidade social pode ser aplicado a pessoas que vivenciam situações de adversidade em seu cotidiano, ou seja, a vulnerabilidade social pode estar associada a fatores de risco que afetam negativamente as pessoas e seu cotidiano. Desse modo, é notável esses fatores negativos presentes na vida da maioria dos alunos da EMRG. A escola não consegue resolver sozinha todas as demandas que envolve a comunidade escolar, mas assume um papel que busca por meio de projetos, palestras, metodologias pedagógicas, ações sociais, tornar-se menos difícil a vida de dos educandos.</p><p>Nota-se que os alunos que têm uma vida escolar em parceria Família/Escola, demonstram habilidades favoráveis ao nível em que se encontram. A troca de informações e saberes acontecem de forma linear.</p><p>Para tanto, a escola preocupa-se formar cidadãos de direitos, mas que também cumpra os seus deveres, sujeitos não alienados, mas que buscam por meio dos estudos o sucesso para a vida, que modifiquem</p><p>de forma positiva seu bairro, sua, cidade, seu estado, seu país, o mundo. A escola entende que juntos, todos são fortes.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico do PPP da Escola Municipal Raul Gazzinelli, foi realizado através de uma sondagem em forma de diálogo “Escuta Sensível”. Essas pesquisas de opiniões, visando a reconstrução crítica dos dados atuais da instituição no intuito de obter indícios para projeções futuras, foi realizada de forma coletiva em busca das ações que rege a escola hoje nos eixos: metodológicos, físicos, relações interpessoais e clientela.</p><p>As abordagens fizeram menção sobre igualdade e qualidade de ensino, questões relacionada a inclusão, respeito mútuo e a qualidade do Processo Ensino e Aprendizagem. Assim, foi identificado a desatualização do PPP em tempo de Pós-pandemia, essa abordagem foi mencionada por todos da comunidade escolar, perceberam a ação escolar centrada no modelo padrão de um PPP antigo.</p><p>Segundo, Vasconcellos (2002) entende o PPP como uma sistematização, nunca definitiva, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada e que define o tipo de ação educativa que se quer realizar, sendo um instrumento teórico-metodológico que serve para intervenção e mudança da realidade. Sendo portando necessário, ao atualizar o documento, além de adotar padrões de terminologias atuais para promover atuações de qualidade da comunidade escolar, fomentar ações que impactem de maneira positiva nas práticas inclusivas diminuindo a distância entre teoria e prática.</p><p>ESCUTA SENSÍVEL - PROFESSORES</p><p>Nº DE PARTICIPANTES: 19</p><p>PONTOS POSITIVOS</p><p>O trabalho em equipe está satisfatório;</p><p>Parceria com os pais;</p><p>Resultados dos projetos Didáticos e Intervenção;</p><p>A afetividade de relacionamento entre funcionários;</p><p>ESCUTA SENSÍVEL - FUNCIONÁRIOS DE APOIO</p><p>Nº DE PARTICIPANTES: 12</p><p>PONTOS POSITIVOS</p><p>Parceria entre gestores, coordenadora com os funcionários de apoio;</p><p>Respeito mútuo entre alguns funcionários;</p><p>Satisfação e alegria em trabalhar na instituição.</p><p>Ambiente integrador entre os funcionários.</p><p>Socialização de saberes.</p><p>ESCUTA SENSÍVEL - ALUNOS - 1ºAO 5º ANOS</p><p>Nº DE PARTICIPANTES: 45</p><p>PONTOS POSITIVOS</p><p>Professores colaboradores, bons, excelentes, legais, dedicados, responsáveis, divertidos, afetivos;</p><p>Espaço físico pintado e algumas reformas favoráveis;</p><p>Merenda: gostosa, saudável;</p><p>Gestores e coordenação legais, dedicados, maravilhosos, divertidos e afetivos.</p><p>Escuta sensível - pais e responsáveis</p><p>Nº de participantes: 45</p><p>Legenda: ação em funcionamento</p><p>Pontos positivos</p><p>Parceria entre família e escola.</p><p>Atendimento excelente dos funcionários.</p><p>Metodologias dos professores favorecendo a aprendizagem.</p><p>Avanços de aprendizagem dos alunos na linguagem oral e escrita.</p><p>Ambiente agradável e incentivador.</p><p>5. METAS PARA O AVANÇO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM</p><p>LINHAS DE AÇÃO</p><p>ATIVIDADES CONCRETAS</p><p>ATIVIDADES PERIÓDICAS</p><p>PERÍODO</p><p>RESPONSÁVEIS</p><p>1. Avaliação da APRENDIZAGEM</p><p>· Atividade diagnóstica: Leitura e escrita- Padronizada/impresso.</p><p>· Preenchimento de planilhas para acompanhamento do desenvolvimento da aprendizagem.</p><p>· Compartilhar entre os parceiros da turma, as habilidades adquiridas e as que necessitam adquirir.</p><p>· Socializar com a família os resultados diagnosticados/Plantão Pedagógico.</p><p>· Aplicação de atividades com os Objetos de conhecimentos trabalhados em Componente Curricular.</p><p>· Formação Continuada-SABE</p><p>· Término de cada trimestre.</p><p>· Início de cada Trimestre.</p><p>· FIM DO TRIMESTRE.</p><p>· Final de cada TRIMESTRE.</p><p>· Trimestral</p><p>· Professores Coordenação, família.</p><p>SMECD</p><p>2. Alfabetização e Letramento</p><p>Let</p><p>· Aula com a participação do aluno, para compartilhar SABERES:ALUNO X ALUNO</p><p>· Trabalho em grupo e duplas.</p><p>· Jogos didáticos de leitura e raciocínio logico Matemático.</p><p>· Visita à Biblioteca/Incentivo à leitura</p><p>· Gestão do TEMPO das atividades: ATIVIDADES PERMANENTES, SEQUÊNCIADAS, OCASSIONAIS –Planilha de registro no planejamento</p><p>· Integrações com práticas social de leitura e escrita, atores e atrizes da Escola e Comunidade (CONTAÇÃO DE HISTÓRIA, TEATRO E POMBO CORREIO)</p><p>· Leitura Compartilhada na Escola e comunidade (rádio) e Praças.</p><p>· Oficinas de teatro, escrita de livros e outras práticas lúdicas.</p><p>· II Trimestre</p><p>· Semanalmente</p><p>· Em cada trimestre</p><p>Quinzenal</p><p>Professores, Direção e Coordenação</p><p>3. Recomposição da aprendizagem</p><p>· Reforço escolar :Projeto de INTERVENÇÃO.</p><p>· Projeto Didático</p><p>· Culminância do Projeto – socialização dos saberes.</p><p>· Período letivo</p><p>· Cada trimestre</p><p>SMECD-DIREÇÃO-FAMÍLIA</p><p>Professores e alunos</p><p>4- Relação:</p><p>PROFESSOR X ALUNO</p><p>Correio da AMIZADE: Recadinho do CORAÇÃO. Painel</p><p>Jogos da Amizade e gincana.</p><p>Momentos de Lazer: Passeio.</p><p>À cada Trimestre</p><p>COMUNIDADE ESCOLA</p><p>5- Inclusão dos alunos com deficiência</p><p>Elaboração no planejamento das atividades para cada especificidade.</p><p>Formação continuada: Para o atendimento específico: Autista-surdez</p><p>Suporte psicológico para o professor FORMAÇÃO CONTINUADA</p><p>Semanal</p><p>Durante todo ano</p><p>SMECD</p><p>Psicóloga</p><p>6- Práticas Pedagógicas</p><p>Projeto de intervenção: Leitura e escrita.</p><p>Intervenção com registro de desenvolvimento de aprendizagem.</p><p>Plantão Pedagógicos</p><p>À CADA TRIMESTRE</p><p>Quinzenal</p><p>Coordenação</p><p>e professores</p><p>7-Ideb</p><p>Práticas social da leitura, escrita, Ciência da natureza e Matemática.</p><p>Simulado</p><p>Bimestral</p><p>Direção, coordenação e professores</p><p>Referências</p><p>Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:LDBnº9394/96.Brasília: Ministério da Educação e do Desporto –MEC,1996.</p><p>VASCONCELLOS, CelsoS.Planejamento:projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico. São Paulo:Libertad,2004.</p><p>VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1998.</p><p>https://revistaeducacao.com.br/2021/06/25/Antonio-novoa-aprendizagem-sentir/</p><p>GADOTTI, M. projeto político-pedagógico da escola cidadã. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Salto para o futuro: construindo a escola cidadã: projeto político-pedagógico, Brasília, DF, 1998. p. 15-32.</p><p>VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico: VEIGA, Ilma P.A. e CARVALHO, M. Helena S.O. "A formação de profissionais da educação". In: MEC. Subsídios para uma proposta de educação integral à criança em sua dimensão pedagógica. Brasília, 1994elementos metodológicos para elaboração e realização. 22. ed. São Paulo: Libertad, 2012.</p><p>30</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p>

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