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<p>VERIFICAÇÃO PARCIAL 3 / SIMULADO</p><p>ATENÇÃO: transcrever no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,</p><p>com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:</p><p>“Nada muda se você não mudar.”</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CADERNO</p><p>1º DIAEnem 2021</p><p>LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES:</p><p>1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de Redação e 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da</p><p>seguinte maneira:</p><p>a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;</p><p>b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.</p><p>ATENÇÃO: as questões de 1 a 5 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à</p><p>língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.</p><p>2. Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões e se essas questões estão na ordem</p><p>mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,</p><p>comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.</p><p>3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.</p><p>4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.</p><p>5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no</p><p>CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.</p><p>6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-</p><p>RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu</p><p>CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.</p><p>PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO</p><p>PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 2</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 1 a 45</p><p>Questões de 1 a 5 (opção Inglês)</p><p>QUESTÃO 1 -------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <www.glasbergen.com>.</p><p>O ambiente de trabalho é um lugar propenso, em certos</p><p>casos, a situações cômicas que são, comumente,</p><p>abordadas em charges. O humor da charge deriva do</p><p>fato de que</p><p>A uma mulher idosa nunca faria uma declaração sobre</p><p>gênero em um contexto formal no local de trabalho.</p><p>B o homem obviamente interpreta mal as palavras de</p><p>sua colega.</p><p>C o uso de qualquer idioma de maneira perfeitamente</p><p>imparcial ou objetiva é absolutamente impossível.</p><p>D as combinações “neutro em termos étnicos” e “neutro</p><p>em termos de idade” não podem existir no idioma</p><p>inglês padrão.</p><p>E a proposta de “ser neutro” e “celebrar a diversidade”</p><p>ao mesmo tempo é algo claramente contraditório.</p><p>QUESTÃO 2--------------------------------------------------------</p><p>EMPTY GARDEN</p><p>By Elton John and Bernie Taupin</p><p>What happened here</p><p>As the New York sunset disappeared</p><p>I found an empty garden among the flagstones there</p><p>Who lived here</p><p>It must have been a gardener that cared a lot</p><p>Who weeded out the tears and grew a good crop</p><p>And now it all looks strange</p><p>It’s funny how one insect can damage so much grain</p><p>And what’s it for</p><p>This little empty garden by the brownstone door?</p><p>And in the cracks along the sidewalk nothing grows no</p><p>more (…)</p><p>(…) And we are so amazed! We’re crippled and we’re</p><p>dazed</p><p>A gardener like that one, no one can replace</p><p>And I’ve been knocking, but no one answers</p><p>And I’ve been knocking, most all the day</p><p>Oh, and I’ve been calling: Oh, hey, hey, Johnny!</p><p>Can’t you come out to play? (...)</p><p>Disponível em: <https://www.letras.mus.br/elton-john/20108/>.</p><p>Acesso em: 5 fev. 2020.</p><p>A música “Empty Garden” foi composta em 1981 por</p><p>Elton John e seu parceiro musical Bernie Laupin, em</p><p>homenagem a John Lennon, assassinado covardemente</p><p>por um “fã” no ano anterior. A alusão à morte do</p><p>ex-Beatle se dá de forma metafórica, comparando-o</p><p>a um jardineiro cuja ausência</p><p>A fez o sol de Nova York parar de ter um brilho intenso.</p><p>B impediu o crescimento de plantas no jardim e na</p><p>calçada cuidados por ele.</p><p>C proporcionou o surgimento de uma praga de insetos</p><p>que danificou o jardim.</p><p>D acarretou uma imagem estranha e medonha no jardim</p><p>agora vazio.</p><p>E evitou o atordoamento das pessoas que sentiram</p><p>a falta das belas rosas cultivadas no jardim.</p><p>QUESTÃO 3--------------------------------------------------------</p><p>DREAMS</p><p>By Langston Hughes</p><p>Hold fast to dreams</p><p>For if dreams die</p><p>Life is a broken-winged bird</p><p>That cannot fly.</p><p>Hold fast to dreams</p><p>For when dreams go</p><p>Life is a barren field</p><p>Frozen with snow.</p><p>Disponível em: <https://www.poetryfoundation.org/poems>.</p><p>Acesso em: 5 fev. 2020.</p><p>Langston Hughes foi um poeta e ativista social norte-</p><p>-americano do século passado. No seu poema, intitulado</p><p>“Dreams”, o artista estadunidense nos mostra que</p><p>A a vida sem sonhos é uma vida sem essência.</p><p>B os sonhos tornam a vida mais vazia.</p><p>C as coisas boas da vida nos fazem sonhar.</p><p>D o ato de sonhar fortalece o espírito de aventura.</p><p>E a vida só vale a pena se houver liberdade de sonhar.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 3</p><p>QUESTÃO 4--------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <www.boredpanda.com>.</p><p>Acesso em: 10 fev. 2020.</p><p>Manifestações, além de serem um exercício da liberdade</p><p>de opinião, podem apresentar, nas mais diversas formas</p><p>de expressão, aspectos dos hábitos de um determinado</p><p>povo. No cartaz anterior, presente em um protesto contra</p><p>o Brexit, percebe-se uma faceta da sociedade britânica</p><p>de não gostarem de</p><p>A democracia.</p><p>B aglomerações.</p><p>C política.</p><p>D passeatas.</p><p>E divergências.</p><p>QUESTÃO 5--------------------------------------------------------</p><p>A MINOR BIRD</p><p>I have wished a bird would fly away,</p><p>And not sing by my house all day;</p><p>Have clapped my hands at him from the door</p><p>When it seemed as if I could bear no more.</p><p>The fault must partly have been in me.</p><p>The bird was not to blame for his keys.</p><p>And of course there must be something wrong</p><p>In waiting to silence any song.</p><p>FROST, R. West-running Brook. New York: Henry Holt and Company, 1928.</p><p>No poema de Robert Frost, o primeiro verso revela, por</p><p>parte do eu lírico, a vontade de que o pássaro</p><p>A continuasse a cantar.</p><p>B fosse embora dali.</p><p>C pudesse voar livremente.</p><p>D permanecesse preso à gaiola.</p><p>E cantasse de uma forma diferente.</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 1 a 45</p><p>Questões de 1 a 5 (opção Espanhol)</p><p>QUESTÃO 1 -------------------------------------------------------</p><p>MEDIO MILLÓN DE PERSONAS EN LIMA HABLA</p><p>UNA LENGUA INDÍGENA</p><p>Quechua, aimara, ashaninka, cauqui, jaqaru,</p><p>matsigenka y shipibo-konibo son lenguas originarias que</p><p>tienen algo en común: todas conviven en Lima, y hoy,</p><p>como todo 27 de mayo, son recordadas como parte</p><p>del Día del Idioma Nativo. En la capital existe al menos</p><p>medio millón de habitantes que se comunican a través</p><p>de siete de las 47 lenguas indígenas que existen en todo</p><p>el Perú. Solo en el caso de quechuahablantes, en Lima</p><p>podemos encontrar al menos 477 mil, mas de 26 mil cuya</p><p>Iengua originaria es el aimara, 1 750 ashaninka, 2 500</p><p>shipibo-konibo y 700 jaqaru. Agustín Panizo, lingüista</p><p>del Ministerio de Cultura, destacó que si bien en los</p><p>últimos años se ha avanzando en el reconocimiento del</p><p>derecho de que cada ciudadano hable su idioma nativo,</p><p>todavía hace falta más difusión sobre la importancia de</p><p>respetarlas y preservarlas. Según datos del Ministerio</p><p>de Cultura, en el Perú existen 47 lenguas indígenas</p><p>habladas por más de cuatro millones de habitantes.</p><p>No obstante, se calcula que al menos 37 lenguas nativas</p><p>se han extinguido y que 27 de las sobrevivientes están en</p><p>peligro de desaparecer.</p><p>Disponível em: <http://elcomercio.pe>. Acesso em: 10 jul. 2015.</p><p>A diversidade linguística é anualmente tratada no Día del</p><p>Idioma Nativo, em Lima. No texto, o desafio apontado</p><p>do Sol em Porto</p><p>Alegre, constata-se que o dia aumenta em número de</p><p>minutos. Isso acontecerá até o dia __________, quando</p><p>então começará a decrescer.</p><p>A 10 de fevereiro</p><p>B 21 de março</p><p>C 21 de junho</p><p>D 23 de setembro</p><p>E 21 de dezembro</p><p>QUESTÃO 51 ------------------------------------------------------</p><p>A família patriarcal fornece, assim, o grande modelo</p><p>por onde se hão de calcar, na vida política, as relações</p><p>entre governantes e governados, entre monarcas e</p><p>súditos.</p><p>HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo:</p><p>Companhia das Letras, 1995. p. 85.</p><p>O fragmento do texto sugere que,</p><p>A na implantação do Estado-nação, evidencia-se</p><p>o distanciamento dos padrões l igados</p><p>a comportamento e costumes.</p><p>B na definição da organização estatal, as estruturas</p><p>sociais foram reguladas pelo exercício da justiça e da</p><p>meritocracia.</p><p>C na formação da sociedade brasileira, as relações</p><p>de parentesco e amizade foram abandonadas no</p><p>equilíbrio social.</p><p>D na construção do Estado nacional, as relações</p><p>de poder foram isentas da influência das células</p><p>familiares.</p><p>E na composição das relações de poder, constata-se</p><p>a presença de padrões de tradição e de liderança</p><p>familiar.</p><p>QUESTÃO 52 ------------------------------------------------------</p><p>São Paulo gigante, torrão adorado</p><p>Estou abraçado com meu violão</p><p>Feito de pinheiro da mata selvagem</p><p>Que enfeita a paisagem lá do meu sertão</p><p>Tonico e Tinoco, “São Paulo Gigante”.</p><p>Nos versos da canção dos paulistas Tonico e Tinoco,</p><p>o termo “sertão” deve ser compreendido como</p><p>A descritivo da paisagem e da vegetação típicas do</p><p>sertão existente na região Nordeste do país.</p><p>B contraposição ao litoral, na concepção dada pelos</p><p>caiçaras, que identificam o sertão com a presença dos</p><p>pinheiros.</p><p>C analogia à paisagem predominante no Centro-Oeste</p><p>brasileiro, tal como foi encontrada pelos bandeirantes</p><p>no século XVII.</p><p>D metáfora da cidade-metrópole, referindo-se à aridez</p><p>do concreto e das construções.</p><p>E generalização do ambiente rural, independentemente</p><p>das características de sua vegetação.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 25</p><p>QUESTÃO 53 ------------------------------------------------------</p><p>“São verdades incontestáveis para nós: todos</p><p>os homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu</p><p>certos direitos inalienáveis, entre os quais os de</p><p>vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; para</p><p>assegurar esses direitos se constituíram homens-governo</p><p>cujos poderes justos emanam do consentimento dos</p><p>governados; sempre que qualquer forma de governo</p><p>tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de</p><p>mudá-la ou aboli-la, instituindo um novo governo cujos</p><p>princípios básicos e organização de poderes obedeçam às</p><p>normas que lhes pareçam mais próprias para promover</p><p>a segurança e a felicidade gerais.”</p><p>Trecho da “Declaração de Independência dos Estados Unidos da América”,</p><p>Ministro das Relações Exteriores, EUA.</p><p>A ideia central do texto é:</p><p>A Estabelecimento de um governo a partir do poder do</p><p>povo.</p><p>B Realização dos direitos naturais independente dos</p><p>princípios governamentais.</p><p>C Determinação popular de regras que incidam sobre a</p><p>própria sociedade.</p><p>D Definição de direitos e deveres numa perspectiva de</p><p>equanimidade e isonomia.</p><p>E Delimitação de poderes restritos aos governantes</p><p>sobre a sociedade em geral.</p><p>QUESTÃO 54 ------------------------------------------------------</p><p>O gráfico mostra o percentual de municípios com taxas</p><p>de analfabetismo igual ou superior a 25% da população</p><p>no Brasil e por estados.</p><p>Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>.</p><p>Acesso em: 30 nov. 2013.</p><p>O gráfico demonstra claramente que há um descompasso</p><p>entre as regiões brasileiras, pois</p><p>A os estados do Sudeste não aparecem no gráfico,</p><p>demonstrando que não possuem nenhum município</p><p>com mais de 25% da população analfabeta.</p><p>B todos os estados nordestinos aparecem no gráfico</p><p>e apresentam índices superiores à média do Brasil.</p><p>C todas as regiões são representadas no gráfico, mas</p><p>apenas duas apresentam índices acima da média</p><p>nacional.</p><p>D os índices dos estados da região Norte superam</p><p>a média brasileira e se aproximam da média do</p><p>Nordeste.</p><p>E apesar de todos os estados do Centro-Oeste</p><p>aparecerem no gráfico, seu índice é abaixo da média</p><p>brasileira.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 26</p><p>QUESTÃO 55 ------------------------------------------------------</p><p>“Eu el-rei D. João III, faço saber a vós, Tomé de</p><p>Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer</p><p>nas terras do Brasil uma fortaleza e povoação grande na</p><p>Baía de Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos</p><p>por governador das ditas terras do Brasil.”</p><p>“Regimento de Tomé de Sousa”, 1549.</p><p>As determinações do Rei de Portugal estavam</p><p>relacionadas</p><p>A à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para</p><p>compensar a perda das demais colônias agrícolas</p><p>portuguesas do Oriente e da África.</p><p>B aos planos de defesa militar do império português para</p><p>garantir as rotas comerciais para a Índia, Indonésia,</p><p>Timor, Japão e China.</p><p>C a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração</p><p>agrícola, a colonização e a defesa do território.</p><p>D aos projetos administrativos da nobreza palaciana,</p><p>visando à criação de fortes e feitorias para atrair</p><p>missionários e militares ao Brasil.</p><p>E ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização</p><p>escravista semelhante ao desenvolvido na África e no</p><p>Oriente.</p><p>QUESTÃO 56 -----------------------------------------------------</p><p>A maior parte dos primeiros filósofos considerava</p><p>como os únicos princípios de todas as coisas os que são</p><p>da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são</p><p>constituídos e de que primeiro são gerados e em que por</p><p>fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio</p><p>dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se</p><p>destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre.</p><p>ARISTÓTELES, Metafísica I, 3.</p><p>No trecho anterior, Aristóteles refere-se à(às):</p><p>A cosmogonia de Hesíodo que, em seus poemas,</p><p>apresentou uma visão filosófica da natureza.</p><p>B especulações dos sofistas, caracterizadas por seu</p><p>relativismo quanto ao conhecimento da natureza.</p><p>C perspectiva antropológica das reflexões socráticas</p><p>sobre o homem, a justiça e a virtude.</p><p>D visão platônica de um mundo das ideias, caracterizado</p><p>pela existência de formas eternas.</p><p>E busca, por parte dos filósofos pré-socráticos, do</p><p>princípio gerador do devir e da permanência do</p><p>mundo.</p><p>QUESTÃO 57 ------------------------------------------------------</p><p>“(...) o caráter fundamental da filosofia positiva</p><p>é tomar todos os fenômenos como sujeitos a leis naturais</p><p>invariáveis, cuja descoberta precisa e cuja redução ao</p><p>menor número possível constituem o objetivo de todos</p><p>os nossos esforços, considerando como absolutamente</p><p>inacessível e vazia de sentido para nós a investigação</p><p>das chamadas causas, sejam primeiras, sejam finais.</p><p>(...) Pretendemos somente analisar com exatidão</p><p>as circunstâncias de sua (os fenômenos) produção</p><p>e vinculá-las umas às outras, mediante relações normais</p><p>de sucessão e de similitude.”</p><p>COMTE, Auguste. Os pensadores.</p><p>São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 7.</p><p>Auguste Comte, no seu curso de filosofia positiva, destaca</p><p>A uma renúncia à procura das causas dos fenômenos</p><p>e preocupação com a descoberta das leis de</p><p>funcionamento da sociedade, com o objetivo de</p><p>compreendê-los para poder prevê-los e, finalmente,</p><p>atuar sobre a realidade, modificando-a.</p><p>B uma contundente crítica à sociedade europeia do</p><p>século XIX, sobretudo em razão das desigualdades</p><p>sociais oriundas da consolidação do capitalismo.</p><p>C uma interpretação do social obtida pela ótica da</p><p>religião, a qual poderia explicar a existência das</p><p>desigualdades e dos conflitos como sendo algo</p><p>natural em meio à sociedade.</p><p>D uma concepção darwinista aplicada à sociedade,</p><p>resultando na percepção de que as desigualdades</p><p>sociais deveriam ser, automaticamente, aplicadas no</p><p>objeto da física social.</p><p>E a necessidade de uma ideologia que determine</p><p>o modo de ser, de agir e pensar de uma sociedade</p><p>e a extinção das particularidades dos indivíduos para</p><p>constituir um grupo homogêneo e solidário.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 27</p><p>QUESTÃO 58 ------------------------------------------------------</p><p>Observe o mapa a seguir.</p><p>Disponível: <http://minhageografiadissotudo.blogspot.com.br>.</p><p>Acesso em: 26 ago. 2015.</p><p>Sobre a localização geográfica dos pontos marcados no</p><p>planisfério, é correto afirmar que</p><p>A o ponto C está no hemisfério ocidental.</p><p>B os pontos C e E têm, aproximadamente, a mesma</p><p>distância longitudinal do Meridiano de Greenwich.</p><p>C o ponto B está no paralelo 0º.</p><p>D o ponto A está em maior latitude que o ponto D.</p><p>E o ponto E está em menor longitude que o ponto A.</p><p>QUESTÃO 59 ------------------------------------------------------</p><p>Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo</p><p>mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso</p><p>em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi</p><p>de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais</p><p>são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido,</p><p>e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo</p><p>em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros,</p><p>as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos,</p><p>de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for</p><p>acompanhada de paciência, também terá merecimento</p><p>e martírio [...]. De todos os mistérios da vida, morte</p><p>e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição</p><p>aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos.</p><p>P. Antônio Vieira. “Sermão décimo quarto”. In: I. Inácio & T. Lucca (orgs.). Documentos do Brasil</p><p>colonial. São Paulo: Ática, 1993, p. 73-75.</p><p>A leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio</p><p>Vieira em 1633, revela que, nas terras portuguesas da</p><p>América,</p><p>A a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos</p><p>cometidos pelos seus senhores e os incitava a se</p><p>revoltar.</p><p>B a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus</p><p>membros, a escravidão dos africanos, tratando,</p><p>portanto, de justificá-la com base na Bíblia.</p><p>C as formas de escravidão nos engenhos eram mais</p><p>brandas do que em outros setores econômicos, pois</p><p>ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia.</p><p>D os clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos</p><p>quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à</p><p>escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha</p><p>neutra na questão.</p><p>E as formas de discriminação religiosa se sobrepunham</p><p>às formas de discriminação racial, sendo estas, assim,</p><p>pouco significativas.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 28</p><p>QUESTÃO 60 ------------------------------------------------------</p><p>Em 1972, a equipe do arqueólogo Richard Leakey</p><p>encontrou, nas imediações do Lago Turkana, o crânio</p><p>e os ossos de um Homo rudolfensis de 1,9 milhões de</p><p>anos. Esta espécie teria coabitado o território africano</p><p>ao mesmo tempo em que três outras; o Homo habilis,</p><p>o Homo erectus e o Paranthropus boisei. Em 1974,</p><p>pesquisadores descobriram, na Etiópia, um fóssil de</p><p>3,2 milhões de anos, ao qual apelidaram de Lucy. Em</p><p>2017, foram publicadas pesquisas a respeito de fósseis</p><p>de Homo sapiens encontrados no Marrocos, os quais</p><p>contariam com cerca de 300 mil anos.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acessado em: 15 mar. 2018.</p><p>As informações presentes no texto evidenciam que</p><p>A o Homo sapiens é, evidentemente, a espécie anterior</p><p>ao Homo rudolfensis.</p><p>B os avanços nas técnicas permitiram datar com</p><p>precisão os vestígios arqueológicos.</p><p>C a espécie humana, para a comunidade científica, é</p><p>originária do Continente Africano.</p><p>D o aparecimento da espécie humana ocorreu</p><p>simultaneamente nos diferentes continentes.</p><p>E as pesquisas recentes colocaram em dúvida o antigo</p><p>consenso sobre a origem do homem.</p><p>QUESTÃO 61 ------------------------------------------------------</p><p>O terrorismo atual utiliza as técnicas do espetáculo</p><p>produzindo vídeos e montagens por vezes muito bem</p><p>elaborados. O controle dos meios de difusão de conteúdo</p><p>é certamente outra novidade, possibilitada pelo advento</p><p>da Internet [...]. Por mais chocante que possa ser</p><p>o conteúdo difundido pelo Estado Islâmico, sua forma</p><p>é já reveladora de que a violência está subordinada</p><p>a uma lógica espetacular.</p><p>Gabriel F. Zacarias. No espelho do terror: jihad e espetáculo, 2018.</p><p>O texto caracteriza o terrorismo atual como peculiar,</p><p>pois este</p><p>A promove a inclusão digital de populações pobres e</p><p>amplia o acesso às novas ferramentas de comunicação</p><p>e divulgação.</p><p>B combate a centralização do poder financeiro no</p><p>Ocidente e direciona sua propaganda apenas aos</p><p>seguidores e simpatizantes.</p><p>C rejeita a cultura ocidental do espetáculo e reitera</p><p>valores e princípios originários de sociedades</p><p>tradicionais do Oriente próximo.</p><p>D recorre a estratégias de ação de forte impacto</p><p>visual e divulga suas atividades por meio das novas</p><p>tecnologias.</p><p>E valoriza a violência como instrumento de transformação</p><p>política e rejeita a adesão de pessoas nascidas no</p><p>Ocidente.</p><p>QUESTÃO 62 ------------------------------------------------------</p><p>O sistema de irrigação egípcio era muito diferente</p><p>do complexo sistema mesopotâmico, porque as condições</p><p>naturais eram muito diversas nos dois casos. A cheia</p><p>do Nilo também fertiliza as terras com aluviões, mas</p><p>é muito mais regular e favorável em seu processo e em</p><p>suas datas do que a do Tigre e Eufrates, além de ser</p><p>menos destruidora.</p><p>CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo Oriente Próximo.</p><p>São Paulo: Ática, 1986.</p><p>A comparação entre as disposições do recurso natural</p><p>em questão revela sua importância para a</p><p>A desagregação das redes comerciais.</p><p>B supressão da mão de obra escrava.</p><p>C expansão da atividade agrícola.</p><p>D multiplicação de religiões monoteístas.</p><p>E fragmentação do poder político.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 29</p><p>QUESTÃO 63 ------------------------------------------------------</p><p>OS SERTÕES</p><p>Marcado pela própria natureza</p><p>O Nordeste do meu Brasil</p><p>Oh! solitário sertão</p><p>De sofrimento e solidão</p><p>A terra é seca</p><p>Mal se pode cultivar</p><p>Morrem as plantas e foge o ar</p><p>A vida é triste nesse lugar</p><p>Sertanejo é forte</p><p>Supera miséria sem fim</p><p>Sertanejo homem forte</p><p>Dizia o Poeta assim</p><p>Foi no século passado</p><p>No interior da Bahia</p><p>O Homem revoltado com a sorte</p><p>do mundo em que vivia</p><p>Ocultou-se no sertão</p><p>espalhando a rebeldia</p><p>Se revoltando contra a lei</p><p>Que a sociedade oferecia</p><p>Os Jagunços lutaram</p><p>Até o final</p><p>Defendendo Canudos</p><p>Naquela guerra fatal</p><p>Edeor de Paula</p><p>Samba de enredo da G.R.E.S. Em cima da Hora, em 1976.</p><p>Disponível em: <letras.mus.br>.</p><p>No livro Os Sertões, Euclides da Cunha aborda o episódio</p><p>da Guerra de Canudos (1896-1897), organizando seu</p><p>texto em três partes: a terra, o homem, a luta.</p><p>A letra do samba, inspirada nessa obra, apresenta uma</p><p>imagem do sertão nordestino vinculada ao seguinte</p><p>aspecto:</p><p>A mandonismo local.</p><p>B miscigenação racial.</p><p>C continuísmo político.</p><p>D determinismo ambiental.</p><p>E possibilismo geográfico.</p><p>QUESTÃO 64 ------------------------------------------------------</p><p>• Leia o texto a seguir.</p><p>Os Sofistas surgem na Grécia antiga, século V</p><p>a. C. na passagem da oligarquia para a democracia.</p><p>São os mestres de retórica e oratória, muitas vezes</p><p>mestres itinerantes, que percorrem as cidades-estados</p><p>fornecendo seus ensinamentos, sua técnica, suas</p><p>habilidades aos cidadãos em geral. Eram relativistas.</p><p>Sócrates também ensinava nas praças públicas através</p><p>de perguntas e respostas que despertavam a verdade</p><p>que está no interior de cada um. Sócrates afirmava</p><p>que a opinião (doxa) é uma expressão individual, já o</p><p>conhecimento (episteme) é universal. Desta forma,</p><p>os sofistas ensinavam a retórica para convencer aos</p><p>outros que sua opinião é a melhor e Sócrates ensinava</p><p>a dialética, que através de questionamentos (só sei que</p><p>nada sei) levava ao conhecimento verdadeiro.</p><p>MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Rio de Janeiro:</p><p>Jorge Zahar, 2004, p. 42-48. Adaptado.</p><p>De acordo com o texto anterior, Sócrates não era um</p><p>sofista, pois</p><p>ele</p><p>A buscava a verdade da episteme, enquanto os sofistas</p><p>despertavam a verdade dentro de cada um.</p><p>B defendia a existência de uma verdade universal,</p><p>enquanto os sofistas eram relativistas.</p><p>C ensinava nas praças públicas apenas de Atenas,</p><p>enquanto os sofistas eram itinerantes.</p><p>D era cético, seu lema era “só sei que nada sei”,</p><p>enquanto os sofistas defendiam uma verdade.</p><p>E persuadia através da retórica de que estava certo,</p><p>enquanto os sofistas eram dialéticos.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 30</p><p>QUESTÃO 65 ------------------------------------------------------</p><p>O que implica o sistema da pólis é uma</p><p>extraordinária preeminência da palavra sobre todos</p><p>os outros instrumentos do poder. A palavra constitui</p><p>o debate contraditório, a discussão, a argumentação</p><p>e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim</p><p>como do jogo político.</p><p>VERNANT, J.P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992. Adaptado.</p><p>Na configuração política da democracia grega, em especial</p><p>a ateniense, a ágora tinha por função</p><p>A agregar os cidadãos em torno de reis que governavam</p><p>em prol da cidade.</p><p>B permitir aos homens livres o acesso às decisões do</p><p>Estado expostas por seus magistrados.</p><p>C constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia</p><p>para deliberar sobre as questões da comunidade.</p><p>D reunir os exércitos para decidir em assembleias</p><p>fechadas os rumos a serem tomados em caso de</p><p>guerra.</p><p>E congregar a comunidade para eleger representantes</p><p>com direito a pronunciar-se em assembleias.</p><p>QUESTÃO 66 ------------------------------------------------------</p><p>O advento de chefes de Estado-empresa marca</p><p>uma transição sistêmica entre o enfraquecimento do</p><p>Estado-nação e o fortalecimento da corporação apoiada</p><p>em sua racionalidade técnico-econômica e gerencial.</p><p>Essa transferência leva, por um lado, ao esvaziamento</p><p>do Estado, reduzido à administração e à gestão, e, de</p><p>outro, à politização da empresa, que expande sua esfera</p><p>de poder muito além de sua atividade tradicional de</p><p>produção. A corporação tende a se tornar o novo poder</p><p>político-cultural.</p><p>Pierre Musso. “Na era do Estado-empresa”.</p><p>Disponível em: <http://diplomatique.org.br>. Acesso em: 30.02.2019.</p><p>Adaptado.</p><p>Coerentes com o neoliberalismo, as propostas do</p><p>Estado-empresa convergem para</p><p>A a apropriação das forças produtivas pelo Estado e a</p><p>defesa da igualdade social.</p><p>B o pluralismo democrático e a redistribuição de renda</p><p>por programas de assistência social.</p><p>C a regulamentação da força de trabalho e a defesa da</p><p>produção flexível.</p><p>D o protecionismo econômico e a implantação de</p><p>políticas fiscais contra a inflação.</p><p>E a adoção de privatizações e a mínima intervenção do</p><p>Estado na economia.</p><p>QUESTÃO 67 ------------------------------------------------------</p><p>OS MORADORES DE UTQIAGVIK PASSARAM DOIS</p><p>MESES QUASE TOTALMENTE NA ESCURIDÃO</p><p>Os habitantes desta pequena cidade no Alasca</p><p>– o estado dos Estados Unidos mais ao norte – já</p><p>estão acostumados a longas noites sem ver a luz do</p><p>dia. Em 18 de novembro de 2018, seus pouco mais</p><p>de 4 mil habitantes viram o último pôr do sol do ano.</p><p>A oportunidade seguinte para ver a luz do dia ocorreu</p><p>no dia 23 de janeiro de 2019, às 13h04min (horário local).</p><p>Disponível em: <www.bbc.com>.</p><p>Acesso em: 16 maio 2019.</p><p>Adaptado.</p><p>O fenômeno descrito está relacionado ao fato de a cidade</p><p>citada ter uma posição geográfica condicionada pela</p><p>A continentalidade.</p><p>B maritimidade.</p><p>C longitude.</p><p>D latitude.</p><p>E altitude.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 31</p><p>QUESTÃO 68 ------------------------------------------------------</p><p>“Compete-vos, portanto, decidir se Luís é inimigo do</p><p>povo francês, se é estrangeiro (...) Luís combateu o povo:</p><p>foi vencido. É um bárbaro, um estrangeiro prisioneiro</p><p>de guerra (...) o traidor não era o rei dos franceses, era</p><p>o rei de alguns conjurados. Fazia recrutamentos secretos</p><p>de tropas, tinha magistrados particulares; considerava os</p><p>cidadãos como seus escravos (...).”</p><p>Discursos e relatórios. Saint-Just. Lisboa: Presença, 1975, p. 41.</p><p>O discurso de Louis Antoine Saint-Just foi pronunciado</p><p>em um dos momentos mais dramáticos da História</p><p>Francesa. Esse discurso refere-se</p><p>A às revelações de que o rei havia conspirado com os</p><p>Estados estrangeiros em guerra contra a França.</p><p>B às lutas entre os duques de Orléans e da Borgonha</p><p>durante a Guerra dos Cem Anos.</p><p>C aos episódios que insuflaram a população de Paris</p><p>a destruir a Bastilha, símbolo do absolutismo francês.</p><p>D ao processo de emancipação política do Haiti,</p><p>liderado por Saint-Just e por Toussaint Louverture.</p><p>E à revolta de Saint-Just contra o terror revolucionário</p><p>levado à frente pelo rei Luís XVI.</p><p>QUESTÃO 69 ------------------------------------------------------</p><p>Os classificados a seguir apresentam anúncios para</p><p>venda de apartamentos localizados no município de</p><p>Porto Alegre.</p><p>VENDO 2 dorm. frente,</p><p>sacada, 7o andar, boa</p><p>orientação solar, port.</p><p>24 h, próx. UFRGS.</p><p>Estudo proposta.</p><p>VENDO Ap. 2 dorm.</p><p>Excel. Ed. Port. 24 h,</p><p>água quente, ótima</p><p>orientação solar.</p><p>Adaptado de: Correio do Povo, 23 jul. 2019.</p><p>Nos anúncios, os vendedores indicam vantagens quanto</p><p>à localização do imóvel em relação à sua orientação</p><p>solar. De acordo com o que foi dito sobre os imóveis</p><p>e sabendo-se que Porto Alegre se situa no hemisfério sul,</p><p>pode-se inferir que:</p><p>A A face dos imóveis voltada para oeste recebe maior</p><p>quantidade de energia solar no período da manhã do</p><p>que no período da tarde.</p><p>B A face dos imóveis voltada para leste recebe maior</p><p>quantidade de energia solar no período da tarde do</p><p>que no período da manhã.</p><p>C A face dos imóveis voltada para o norte é a que recebe</p><p>maior quantidade de energia solar durante o dia.</p><p>D As faces dos imóveis voltadas para o sul é a que recebe</p><p>maior quantidade de energia solar durante o dia.</p><p>E As faces dos imóveis voltadas para o norte-leste</p><p>recebem menor quantidade de energia solar durante</p><p>o dia do que as faces voltadas para o sul-leste.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 32</p><p>QUESTÃO 70 ------------------------------------------------------</p><p>Em meados do século o negócio dos metais não</p><p>ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O</p><p>grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda</p><p>aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários,</p><p>prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados,</p><p>médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos,</p><p>mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem</p><p>falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da</p><p>época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de</p><p>abastecer-se toda essa gente provocava a formação de</p><p>grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.</p><p>Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização</p><p>brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.</p><p>O texto indica que a extração de metais preciosos em</p><p>Minas Gerais no século XVIII</p><p>A impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas</p><p>de extração e favoreceu a independência colonial.</p><p>B bloqueou a possibilidade de ascensão social na</p><p>colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos</p><p>de mineração.</p><p>C provocou um processo de urbanização e articulou a</p><p>economia colonial em torno da mineração.</p><p>D extinguiu a economia colonial agroexportadora e</p><p>incorporou a população litorânea economicamente</p><p>ativa.</p><p>E restringiu a divisão da sociedade em senhores e</p><p>escravos e limitou a diversidade cultural da colônia.</p><p>QUESTÃO 71 ------------------------------------------------------</p><p>Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia</p><p>colonial não se esgotava nas plantações desse produto</p><p>(...). Havia os pequenos produtores de alimentos que</p><p>abasteciam os engenhos e as cidades (...). Nunca,</p><p>desde o início da instalação da agroindústria, houve</p><p>a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas</p><p>a eles destinadas. (...) As mais ricas regiões produtoras</p><p>de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho.</p><p>Disponível em: <http://pequenaantropologa.blogspot.com.br>.</p><p>O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto,</p><p>o plantation, utilizado não só na América Portuguesa,</p><p>mas também nas outras colônias americanas, foi</p><p>caracterizado basicamente pelos seguintes elementos:</p><p>A Policultura, importação, latifúndio e colonato.</p><p>B Monocultura, balança comercial, parceria e escambo.</p><p>C Policultura, latifúndio, importação e escravismo.</p><p>D Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho</p><p>compulsório.</p><p>E Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho</p><p>escravo.</p><p>QUESTÃO 72 ------------------------------------------------------</p><p>O presidente da Colômbia anunciou, em</p><p>25.05.2018, que o país ingressará em um bloco de</p><p>cooperação militar. O país, que não possui vínculo</p><p>histórico ou geográfico com o bloco, será o primeiro</p><p>da América Latina a tornar-se membro. Esse bloco</p><p>consiste em um sistema de defesa coletiva, em que os</p><p>participantes estão de acordo em defender qualquer um</p><p>de seus integrantes que seja atacado por forças externas</p><p>ao seu país. Liderado por Washington, o bloco recebe</p><p>vultosos recursos para cuidar dos objetivos militares dos</p><p>Estados Unidos.</p><p>Disponível em: <www.operamundi.com.br>. Adaptado.</p><p>De acordo com o excerto, a Colômbia, na condição de</p><p>país parceiro, passou a integrar</p><p>A o Grupo dos Oito.</p><p>B o Pacto de Varsóvia.</p><p>C o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.</p><p>D a Comunidade dos Estados Independentes.</p><p>E a Organização do Tratado do Atlântico Norte.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 33</p><p>QUESTÃO 73 ------------------------------------------------------</p><p>De onde vem o mundo? De onde vem o universo?</p><p>Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto,</p><p>em algum momento, o universo também tinha de ter</p><p>surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo</p><p>de repente tivesse surgido de alguma outra coisa,</p><p>então essa outra coisa também devia ter surgido de</p><p>alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só</p><p>tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas,</p><p>algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada.</p><p>Existe uma substância básica a partir da qual tudo</p><p>é feito?</p><p>GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, 1995. p.43-44. Adaptado.</p><p>Dentre as sentenças, a que mais se aproxima da ideia</p><p>dos filósofos pré-socráticos é:</p><p>A Consolidaram a indiferença quanto à origem do</p><p>universo.</p><p>B Erradicaram permanentemente a influência das</p><p>explicações mitológicas.</p><p>C Indicaram que o cosmos teria surgido do nada e sem</p><p>nenhuma explicação.</p><p>D Identificaram a physis como um elemento igualmente</p><p>conhecido por todos.</p><p>E Buscavam nos elementos da natureza as respostas</p><p>sobre a origem do mundo.</p><p>QUESTÃO 74 ------------------------------------------------------</p><p>“Quando desempenho meus deveres de irmão,</p><p>de esposo ou de cidadão, quando me desincumbo</p><p>de encargos que contraí, prático deveres que estão</p><p>definidos fora de mim e de meus atos, no direito e nos</p><p>costumes. Mesmo estando de acordo com sentimentos</p><p>que me são próprios, sentindo-lhes interiormente a</p><p>realidade, esta não deixa de ser objetiva; pois não fui</p><p>eu quem os criou, mas recebi-os por meio da educação.</p><p>Assim, também o devoto, ao nascer, encontra prontas</p><p>as crenças e as práticas da vida religiosa; o sistema</p><p>de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos;</p><p>o sistema de moedas que emprego para pagar dívidas;</p><p>os instrumentos de crédito que utilizo nas relações</p><p>comerciais; as práticas seguidas na profissão etc., etc.,</p><p>funcionam independentemente do uso que delas faço.</p><p>Tais afirmações podem ser estendidas a cada um dos</p><p>membros de que é composta uma sociedade, tomados</p><p>uns após outros. Estamos, pois, diante de maneiras de</p><p>agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade</p><p>marcante de existir fora das consciências individuais.</p><p>Esses tipos de conduta ou de pensamento não são</p><p>apenas exteriores ao indivíduo, são também dotados de</p><p>um poder imperativo e coercitivo, em virtude do qual se</p><p>lhe impõem, quer queira, quer não.”</p><p>DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. José Albertino Rodrigues (Org.). Trad.</p><p>Laura Natal Rodrigues.</p><p>Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional, 1984, p. 1-2. Adaptado.</p><p>No texto anterior, o sociólogo francês Émile Durkheim</p><p>desenvolve um pensamento, cuja essência primordial de</p><p>suas ideias relaciona-se ao(à)</p><p>A solidariedade mecânica.</p><p>B consciência individual.</p><p>C solidariedade orgânica.</p><p>D funcionalismo social.</p><p>E fato social.</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 34</p><p>QUESTÃO 75 ------------------------------------------------------</p><p>Observe as figuras:</p><p>Raios solares verticais</p><p>Raios solares oblíquos</p><p>Sol</p><p>Círculo Antártico</p><p>Círculo Ártico</p><p>Círculo Ártico</p><p>Trópico de Capricórnio</p><p>Trópico de Câncer</p><p>Trópico de Câncer</p><p>Equador</p><p>Superfície</p><p>1,04 m2</p><p>73°</p><p>Radiação Solar</p><p>1 m2</p><p>Superfície</p><p>2,24 m2</p><p>26°</p><p>1 m2</p><p>Radiação Solar</p><p>A quantidade de radiação solar incidente afeta</p><p>A as estações do ano.</p><p>B o eclipse solar.</p><p>C o movimento de translação.</p><p>D o movimento de rotação.</p><p>E o efeito estufa.</p><p>QUESTÃO 76 ------------------------------------------------------</p><p>Leia o texto, a seguir, que explica os mecanismos de</p><p>escravização na Assíria da Antiguidade.</p><p>Os pequenos cultivadores, que tomavam valores</p><p>ou mercadorias emprestados, deviam encontrar-se</p><p>constantemente na impossibilidade de reembolsar seus</p><p>credores, os quais se ressarciam escravizando-os.</p><p>O resultado dessa situação é que pessoas arruinadas</p><p>vendiam seus filhos para subsistir. Entretanto, a grande</p><p>massa de escravos provinha dos prisioneiros de guerra,</p><p>resultados de operações militares.</p><p>GARELLI, Paul. Oriente próximo asiático: impérios mesopotâmicos, Israel.</p><p>São Paulo: EDUSP, 1982, p.120.</p><p>Adaptado.</p><p>Considerando as informações apresentadas, pode-se</p><p>inferir que a escravidão da Assíria antiga</p><p>A organizava-se de acordo com o modelo econômico</p><p>mercantilista, visando à acumulação de capitais.</p><p>B resultava do excesso populacional na Assíria durante</p><p>o período de expansão do Império Islâmico.</p><p>C baseava-se na discriminação racial aos povos de</p><p>origem judaica que circulavam como nômades.</p><p>D empregava predominantemente a mão de obra de</p><p>negros africanos escravizados em batalhas.</p><p>E estava relacionada às práticas econômicas de</p><p>empréstimos e às guerras de expansão territorial.</p><p>QUESTÃO 77 ------------------------------------------------------</p><p>A vigilância alienada é praticada pelas companhias</p><p>de tecnologias dos Estados Unidos (Microsoft, Google,</p><p>Facebook, Amazon, Apple, entre outras), sem que</p><p>a maioria de seus usuários saiba ou tenha conhecimento.</p><p>Para essas companhias, o fato de o usuário ou cliente</p><p>assinar o termo de aceitação de uso de um software tem</p><p>sido considerado suficiente, como permissão consentida,</p><p>para que essas companhias possam utilizar informações</p><p>sem autorização explícita ou formal.</p><p>Hindenburgo pires. “Indústrias globais de vigilância em massa”.</p><p>In: Floriano J. G. Oliveira et al. (orgs.). Geografia urbana, 2014.</p><p>Adaptado.</p><p>As informações geradas pelos consumidores, quando</p><p>especializadas, permitem estabelecer padrões que</p><p>interessam, particularmente, às grandes empresas.</p><p>A “vigilância alienada” abordada pelo excerto, bem como</p><p>o emprego do geomarketing, contribui para</p><p>A alimentar bancos de dados que colaboram com</p><p>a reprodução do capital.</p><p>B orientar políticas públicas para diminuir a concentração</p><p>desigual de renda.</p><p>C coibir práticas abusivas na veiculação de propagandas</p><p>enganosas.</p><p>D fiscalizar as formas de uso de produtos que possam</p><p>invalidar garantias.</p><p>E estabelecer áreas prioritárias para a distribuição de</p><p>bens de caráter humanitário.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 35</p><p>QUESTÃO 78 ------------------------------------------------------</p><p>“O mais extraordinário não é que a Revolução</p><p>Francesa tenha empregado os processos que a vimos</p><p>aplicar e concebido as ideias que produziu: a grande</p><p>novidade é que tantos povos tenham chegado a um ponto</p><p>em que tais procedimentos pudessem ser empregados</p><p>com eficácia e tais máximas admitidas</p><p>com facilidade.”</p><p>TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução.</p><p>Trad.: Yvonne Jean da Fonseca, Brasília: UNB, 1979. p. 59.</p><p>A Revolução Francesa é um dos principais movimentos</p><p>sociais da história ocidental. Exerceu forte influência</p><p>na formação do ideário político e social do ocidente em</p><p>épocas distintas e em culturas variadas. A Revolução</p><p>Francesa, em seu processo de mudanças políticas</p><p>e sociais, caracterizou-se por</p><p>A derrubar o sistema de representação política da</p><p>nobreza senhorial, baseado nos Estados Gerais</p><p>eleitos por sufrágio singular, secreto e universal.</p><p>B fortalecer o Estado estamental baseado no privilégio</p><p>como fator de distinção social e ascensão econômica.</p><p>C promover o súdito a cidadão por meio de um</p><p>ordenamento político-jurídico no qual se destaca</p><p>a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.</p><p>D substituir o sistema constitucional e parlamentar</p><p>da monarquia francesa do Antigo Regime por uma</p><p>República Federativa de governo burguês.</p><p>E trocar o modelo institucional da separação dos</p><p>poderes do Estado Absoluto francês, divididos em</p><p>Executivo, Legislativo e Judiciário, pelos tribunais</p><p>revolucionários burgueses.</p><p>QUESTÃO 79 ------------------------------------------------------</p><p>MORAES, P. R. Geografia geral e do Brasil. 3 ed.</p><p>São Paulo: HARBRA, 2005. p. 11.</p><p>Ao se cruzarem, os paralelos e os meridianos formam</p><p>pontos que permitem a localização precisa de qualquer</p><p>lugar na superfície da Terra. Observe o mapa anterior</p><p>e considere as coordenadas geográficas A e B.</p><p>A — 45° lat N, 90° long W.</p><p>B — 30° lat S, 30° long E.</p><p>Essas coordenadas correspondem a pontos localizados,</p><p>respectivamente,</p><p>A na Ásia e na África.</p><p>B na Europa e na América.</p><p>C na América e na África.</p><p>D na Ásia e na América.</p><p>E na América e na Ásia.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 36</p><p>QUESTÃO 80 ------------------------------------------------------</p><p>“O tratamento dos aspectos físicos do planeta</p><p>ou, como querem alguns, do quadro natural, não faz da</p><p>geografia e nem da geografia física uma ciência natural,</p><p>biológica ou da terra; ela é, acima de tudo, uma ciência</p><p>do espaço e é aí que encontramos sua característica</p><p>fundamental. Enquanto divisão geral das ciências, ela se</p><p>encontra indubitavelmente entre as ciências humanas e</p><p>é ali o seu lugar correto, haja vista possuir como objetivo</p><p>primeiro o estudo do jogo de influências entre sociedade</p><p>e natureza na organização do espaço.”</p><p>MENDONÇA, Francisco. “Geografia Física: Ciência Humana?”</p><p>Ed. Contexto, 1989.</p><p>Após a leitura do texto, pode-se afirmar que o autor</p><p>A considera que a Geografia, por ser uma ciência do</p><p>espaço, não mantém relações com as ciências</p><p>naturais, que se dedicam ao estudo da estruturação</p><p>natural das paisagens.</p><p>B defende que a Geografia é uma ciência humana,</p><p>mas, mesmo assim, não pode ser considerada uma</p><p>ciência social porque também estuda a estruturação</p><p>do quadro natural.</p><p>C só considera como análise geográfica a interpretação</p><p>das interferências do quadro natural sobre a produção</p><p>do espaço geográfico.</p><p>D defende que o objetivo central da ciência geográfica é</p><p>a análise da produção do espaço a partir das relações</p><p>entre a sociedade e o meio natural.</p><p>E concorda com o fato de que a Geografia é apenas</p><p>uma disciplina e não uma ciência natural, biológica ou</p><p>da Terra.</p><p>QUESTÃO 81 ------------------------------------------------------</p><p>Tudo quanto vive, vive porque muda;</p><p>muda porque passa; e, porque passa, morre.</p><p>Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa,</p><p>constantemente se nega, se furta à vida.</p><p>PESSOA, F. Livro do Desassossego, por Bernardo Soares.</p><p>Vol. II. Mem Martins: Europa-América, 1986.</p><p>A citação filosófica que mais se aproxima da ideia do</p><p>texto acima é:</p><p>A “A vida não examinada não vale a pena ser vivida”.</p><p>(Sócrates)</p><p>B “É impossível banhar-se no mesmo rio por duas</p><p>vezes”.</p><p>(Heráclito)</p><p>C “Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia</p><p>de loucura”.</p><p>(Aristóteles)</p><p>D “Não há nada que dominemos inteiramente a não ser</p><p>os nossos pensamentos”.</p><p>(René Descartes)</p><p>E “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que</p><p>Deus nela escreva o que quiser”.</p><p>(Santo Agostinho)</p><p>QUESTÃO 82 ------------------------------------------------------</p><p>O IBGE considerou critérios econômicos e</p><p>naturais, dividindo as regiões brasileiras por possuírem</p><p>características em comum. Sobre a regionalização do</p><p>território, temos que o IBGE realizou a do Brasil através</p><p>de aspectos econômicos e culturais.</p><p>Disponível em: <https: atlasescolar.ibge.gov.br>.</p><p>Na década de 1960, Pedro Pinchas Geiger elaborou uma</p><p>nova regionalização do espaço brasileiro, estabelecendo</p><p>três grandes regiões – Centro-Sul, Nordeste e Amazônia</p><p>– segundo critérios relacionados</p><p>A aos limites estaduais e às características</p><p>morfoclimáticas.</p><p>B à formação socioespacial e aos limites estaduais.</p><p>C às características morfoclimáticas e aos aspectos</p><p>socioeconômicos.</p><p>D aos aspectos socioeconômicos e às heranças do</p><p>passado.</p><p>E às características naturais e à formação socioespacial.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 37</p><p>QUESTÃO 83 ------------------------------------------------------</p><p>As regiões brasileiras apresentam nítida diferença na</p><p>distribuição do PIB segundo os setores econômicos.</p><p>Analise a tabela a seguir.</p><p>% do PIB por setor econômico</p><p>Região Primário Secundário Terciário</p><p>I 9 34 57</p><p>II 10 16 74</p><p>III 6,4 23,6 70</p><p>IV 8,2 29 62,4</p><p>V 3,2 29,4 74,4</p><p>Brasil 7 24 69</p><p>IBGE-2013.</p><p>A região II, caracterizada pela maior exportação brasileira</p><p>de grãos, apresenta a maior porcentagem brasileira</p><p>no setor de agronegócios; também possui uma grande</p><p>porcentagem no setor terciário e a menor participação</p><p>na atividade industrial brasileira, apesar da expansão do</p><p>setor nessa região. Trata-se da região brasileira</p><p>A Norte.</p><p>B Nordeste.</p><p>C Sudeste.</p><p>D Centro-Oeste.</p><p>E Sul.</p><p>QUESTÃO 84 ------------------------------------------------------</p><p>“Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma</p><p>forma de utilização econômica das terras americanas</p><p>que não fosse a fácil extração de metais preciosos.</p><p>Somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa</p><p>dessas terras. (...) De simples empresa espoliativa</p><p>e extrativa – idêntica à que na mesma época estava</p><p>sendo empreendida na costa da África e nas Índias</p><p>Orientais – a América passa a constituir parte integrante</p><p>da economia reprodutiva europeia, cuja técnica</p><p>e capitais a ela se aplicam para criar de forma permanente</p><p>um fluxo de bens destinados ao mercado europeu”.</p><p>FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo:</p><p>Companhia Editora Nacional, 1971, p. 8. Adaptado.</p><p>Segundo o texto, a colonização sistemática do território</p><p>brasileiro por Portugal favoreceu</p><p>A a integração da América a uma economia internacionalizada,</p><p>que tinha a Europa como centro.</p><p>B o estabelecimento das feitorias na costa atlântica do</p><p>Brasil, responsáveis pela extração e pelo comércio de</p><p>pau-brasil.</p><p>C a constituição de forte hegemonia portuguesa sobre o</p><p>Oceano Atlântico, que persistiu até o século XVIII.</p><p>D o início de trocas comerciais regulares e intensas</p><p>do Brasil com as colônias portuguesas das Índias</p><p>Orientais.</p><p>E a construção de fortalezas no litoral brasileiro, para</p><p>rechaçar, no século XVI e no XVII, as tentativas de</p><p>invasões francesas e holandesas.</p><p>QUESTÃO 85 ------------------------------------------------------</p><p>A Bíblia e o trabalho do historiador:</p><p>“É preciso ter presente que a bíblia tem um</p><p>compromisso com a unidade do povo hebreu e não</p><p>com a narrativa fiel dos acontecimentos. [...] O fato de</p><p>questionarmos a historicidade de algum personagem</p><p>não significa que não possam tirar da história contada</p><p>informações que nos interessam. O narrador acaba</p><p>referindo-se a costumes e padrões de comportamento</p><p>que caracterizam uma época e dizem respeito também</p><p>a mitos que derivam de uma região. Assim, não</p><p>há contradição entre questionar a historicidade de</p><p>personagens bíblicos, colocar em dúvida alguns dos</p><p>fatos milagrosos ali narrados e utilizar o material como</p><p>fonte para o trabalho</p><p>do historiador.”</p><p>PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. 24. Ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 108 -109.</p><p>De acordo com o texto, pode-se inferir que</p><p>A a Bíblia não deve ser considerada como documento</p><p>histórico diante de suas narrativas mitológicas.</p><p>B o historiador deve analisar os textos bíblicos levando</p><p>em consideração o contexto em que foi narrado.</p><p>C as contradições entre os acontecimentos descritos</p><p>pelos hebreus e o conhecimento histórico impossibilitam</p><p>uma investigação crítica.</p><p>D a veracidade da Bíblia é contestada porque se resume</p><p>a visão de História do povo hebreu.</p><p>E os nomes de Abraão, Moisés, Sansão, Davi entre</p><p>outros são relacionados à mitologia hebraica</p><p>e contribuem para explicar o imaginário histórico</p><p>desse povo.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 38</p><p>QUESTÃO 86 ------------------------------------------------------</p><p>“O progresso social consiste, como se crê, em</p><p>produzir uma quantidade crescente de artigos mais</p><p>mais variados, para satisfazer as necessidades dos</p><p>homens; para aumentar a segurança das pessoas e das</p><p>propriedades; para estender nossa liberdade de ação;</p><p>mas, para quem o compreende bem, o fundo do progresso</p><p>social, são as mudanças da estrutura do organismo</p><p>social, as quais trouxeram essas consequências.”</p><p>SPENCER, Herbert Lei e causa do progresso, 1857.</p><p>“Em certo estágio do seu desenvolvimento, as</p><p>forças produtivas materiais entram em contradição com</p><p>as relações de produção existentes ou, o que é apenas</p><p>sua expressão jurídica, com as relações de propriedade,</p><p>no interior das quais se tinham movido até então.</p><p>De formas de desenvolvimento das forças produtivas,</p><p>estas relações transformam-se em entraves das mesmas.</p><p>Inaugura-se então uma época de revolução social. Com a</p><p>alteração da base econômica, altera-se mais lentamente</p><p>ou mais rapidamente toda a imensa superestrutura.”</p><p>MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política, 1859.</p><p>Os trechos representam modelos explicativos sobre</p><p>a interação entre fenômenos sociais elaborados pelo</p><p>pensamento sociológico do século XIX e fundamentados</p><p>– respectivamente – nos conceitos de</p><p>A progresso social e desenvolvimento intelectual.</p><p>B evolução por estágios históricos e progresso social.</p><p>C determinismo econômico e revolução.</p><p>D dialética e evolução por estágios históricos.</p><p>E progresso social e materialismo histórico.</p><p>QUESTÃO 87 ------------------------------------------------------</p><p>Um estudante australiano, ao realizar pesquisas sobre o</p><p>Brasil, considerou importante saber a localização exata</p><p>de sua capital, a cidade de Brasília. Para isso, consultou</p><p>o mapa a seguir:</p><p>Meridiano de GreenwichMeridiano de Greenwich</p><p>Círculo Polar ÁrticoCírculo Polar Ártico</p><p>Círculo Polar AntárticoCírculo Polar Antártico</p><p>Trópico de CâncerTrópico de Câncer</p><p>Trópico de CapricórnioTrópico de Capricórnio</p><p>15º17’S15º17’S</p><p>47º55’W47º55’W</p><p>BrasíliaBrasília</p><p>EquadorEquador</p><p>0 3000 6000 km</p><p>N</p><p>Disponível em: www.mapasparacolorirr.com.br. Acesso em: 6 jul. 2012. Adaptado.</p><p>O mapa consultado pelo estudante australiano permitiu</p><p>identificar a localização exata de Brasília, a qual se</p><p>estabelece a partir de</p><p>A projeção cartográfica.</p><p>B escala geográfica.</p><p>C coordenadas geográficas.</p><p>D convenções cartográficas.</p><p>E convenções digitalizadas.</p><p>QUESTÃO 88 ------------------------------------------------------</p><p>ANÔNIMO. Tradução livre: Sans Culottes. Acervo do Museé Carnavalet.Imagem</p><p>Disponível em: <www.oireachtas.ie/ga/>. Acesso em: 31 maio 2019.</p><p>Considerando a gravura e o papel social dos grupos</p><p>sociais envolvidos na Revolução Francesa, os Sans</p><p>Culottes eram</p><p>A componentes do exército francês.</p><p>B membros das corporações de ofício.</p><p>C representantes da massa camponesa.</p><p>D trabalhadores urbanos e desempregados.</p><p>E opositores dos grupos que usavam o barrete frígio.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 39</p><p>QUESTÃO 89 ------------------------------------------------------</p><p>Narciso – Michelangelo Merisi Caravaggio (1571-1610).</p><p>Adaptado.</p><p>A imagem em questão estabelece relação com as práticas</p><p>sofistas da Grécia antiga, quando</p><p>A promove o entendimento da figura humana como um</p><p>modelo de homem ideal, coerente e confiável.</p><p>B sinaliza a intensa prática de investigação e preocupação</p><p>com os demais interesses e referências sociais.</p><p>C demonstra a contemplação do homem para</p><p>o conhecimento, que sinaliza o caminho para</p><p>a felicidade.</p><p>D indica a disponibilização de meios de comunicação</p><p>e pesquisa necessários para a busca da verdade</p><p>absoluta.</p><p>E evidencia que a moeda de troca e fonte de prazer</p><p>estariam ligados ao ego inflado e o poder de sua</p><p>verbosidade.</p><p>QUESTÃO 90 ------------------------------------------------------</p><p>A charge de Miguel Paiva, publicada no dia da</p><p>promulgação da atual Constituição brasileira, aponta</p><p>para a contradição entre realidade social e garantias</p><p>legais. No Brasil, o acesso aos direitos de cidadania</p><p>é limitado fundamentalmente pelo fato do(a)</p><p>A formação profissional.</p><p>B distribuição da riqueza.</p><p>C demanda habitacional.</p><p>D crescimento da população.</p><p>E desigualdade de gênero.</p><p>Equipe de professores FB</p><p>Revisoras: ??? - Dig.: Georgenes</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 40</p><p>COMENTÁRIOCOMENTÁRIO</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>INGLÊS</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>1. Na charge, a mulher afirma que o objetivo naquela</p><p>empresa é o de se estabelecer uma linguagem neutra</p><p>na questão de gênero, de etnia e de idade, enquanto</p><p>é celebrado o espírito de diversidade. O humor reside</p><p>exatamente no fato de que, a partir do momento em que</p><p>se celebra a diversidade, a neutralidade deixa de existir,</p><p>uma vez que há uma posição tomada a favor dessa</p><p>diversidade, o que configura uma contradição e cria</p><p>o efeito humorístico da charge.</p><p>Resposta: E</p><p>C-2</p><p>H-8Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>2. A música “Empty Garden” é uma das mais belas do</p><p>vasto repertório de Elton John e seu eterno parceiro</p><p>musical Bernie Laupin. A canção, composta em 1981,</p><p>foi feita em homenagem a John Lennon, de quem Elton</p><p>era muito amigo e padrinho de seu filho Sean. A escolha</p><p>da metáfora do jardim pode ser explicada pelo fato dos</p><p>dois artistas terem se apresentado juntos em 1974 no</p><p>Madison Square Garden, em NY, o que seria a última</p><p>apresentação ao vivo do ex-Beatle. A falta do jardineiro</p><p>fez com que nada mais voltasse a crescer no jardim</p><p>agora vazio, como se vê nos versos:</p><p>“And what’s it for (E para que serve)</p><p>This little empty garden by the brownstone door? (Esse</p><p>pequeno jardim vazio perto da porta de arenito?)</p><p>And in the cracks along the sidewalk nothing grows no</p><p>more (…)” (E nas fendas ao longo da calçada nada</p><p>mais cresce (…)”)</p><p>Resposta: B</p><p>C-2</p><p>H-8Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>3. O poema “Dreams” (Sonhos), do poeta americano</p><p>Langston Hughes, pode ser traduzido para o português</p><p>da seguinte forma:</p><p>SONHOS</p><p>Segure firme nos sonhos</p><p>Pois se os sonhos morrem</p><p>A vida é um pássaro de asas quebradas</p><p>Que não pode voar.</p><p>Segure firme nos sonhos</p><p>Pois quando os sonhos vão</p><p>A vida é um campo árido</p><p>Congelado com neve.</p><p>Dessa forma, percebe-se sua intenção de dizer que</p><p>uma vida sem sonhos perde sua essência, seu sentido.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>4. No cartaz em questão, fotografado em uma recente</p><p>manifestação contra a saída do Reino Unido da União</p><p>Europeia, conhecido como Brexit, pode-se ler a frase</p><p>“I’m British; I’m on a march; Things must be bad.” (Eu</p><p>sou britânico; Eu estou em uma passeata; As coisas</p><p>devem estar ruins). Dessa forma, pode-se inferir que</p><p>a sociedade britânica parece não ser afeita às</p><p>passeatas.</p><p>Resposta: D</p><p>C-2</p><p>H-7Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>5. O poema em questão, em seu primeiro verso, traz</p><p>a</p><p>seguinte frase: “I have wished a bird would fly away”,</p><p>o que em português, em livre tradução, seria “Eu</p><p>desejei que um pássaro voasse para longe (ou, que</p><p>fosse embora)”. Portanto, a alternativa que traz essa</p><p>ideia é a B.</p><p>Resposta: B</p><p>ESPANHOL</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>1. A alternativa correta é a B, pois segundo o texto,</p><p>nos últimos anos houve um avanço com relação ao</p><p>reconhecimento do direito de cidadão de usar sua</p><p>língua nativa, mas ainda falta difundir a consciência de</p><p>sua importância e necessidade de preservação, já que</p><p>37 línguas nativas foram extintas e 27 estão em perigo</p><p>de extinção no Peru.</p><p>Resposta: B</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>2. Os sefarditas vivem ainda a melancolia de serem</p><p>espanhóis e o fazem ao conservar, após quinhentos</p><p>anos de sua expulsão do país, tanto a língua quanto os</p><p>costumes de seus antepassados espanhóis.</p><p>Nas festas, nas cerimônias religiosas, nos lances de</p><p>amor, na cozinha, eles mantêm, ainda, suas tradições.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>3. A conclusão do texto, “Convendrá, en esos países del</p><p>África subsahariana, la promoción del español a partir</p><p>de la añnidad con el portugués, lengua consolidada ya</p><p>en ese espacio.”, propõe que o Espanhol seja projetado</p><p>nos territórios da África onde há presença de uma língua</p><p>añm, o português, por ser da mesma origem – latina.</p><p>Observe que a alternativa D poderá gerar confusão,</p><p>uma vez que joga com a ideia de línguas próximas,</p><p>porém deixe claro que não se propõe a fusão dessas</p><p>línguas, até porque esse não é um processo intencional,</p><p>mas sim algo que eventualmente poderia ocorrer ao</p><p>longo dos séculos, na formação de uma terceira língua.</p><p>Não é essa a proposta que se apresenta no texto.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>4. Mafalda percebe que Felipe não está bem e pergunta</p><p>o que está acontecendo. Ele diz que precisa fazer</p><p>os deveres, mas passou o tempo lendo historinhas,</p><p>mesmo sabendo que tem que fazer os deveres.</p><p>Por esse motivo fica angustiado. Mafalda sugere que</p><p>Felipe faça os deveres e mais uma vez ele diz que fará</p><p>depois, justificando que não disfruta das historinhas que</p><p>leu, mas disfruta da sua angústia por não ter feito os</p><p>deveres. Por esse motivo, a alternativa E está correta.</p><p>Onde afirma que as atividades cotidianas, Felipe tem</p><p>dificuldade em fazê-las, tornando-as difíceis para</p><p>cumpri-las.</p><p>Resposta: E</p><p>C-5</p><p>H-5</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Compreensão de texto</p><p>em Língua Estrangeira.</p><p>5. A frase “a veces, pedimos perdón, pero es ‘para</p><p>arrebatarle la palabra al otro y seguir hablando’”, os</p><p>espanhóis aproveitam e tomam a oportunidade de</p><p>falar arrebatando do interlocutor e, a frase “Cuando</p><p>dos españoles se enfrentan están más pendientes</p><p>de las palabras que van a utilizar en la réplica que</p><p>en reflexionar sobre los argumentos que les están</p><p>exponiendo”, a opinião do espanhol é obstinada,</p><p>persistente.</p><p>Resposta: B</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>C-4</p><p>H-13Objeto do conhecimento: Artes Plásticas.</p><p>6. Representante da estética barroca, Caravaggio sintetiza</p><p>em suas obras a proposta do programa estético do</p><p>Barroco. Na pintura oferecida para apreciação, o Barroco</p><p>está evidenciado pelo jogo claro-escuro, destacando</p><p>a violência dos contrastes e o contraste das imagens</p><p>das figuras. Observe que a obra é composta em</p><p>diagonais agudas que se entrechocavam, simbolizando</p><p>o conflito da brutalidade com a pureza. Assim, está</p><p>correto o que se diz em E.</p><p>Resposta: E</p><p>C-6</p><p>H-19Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>7. No soneto, há sim função emotiva, mas, como o</p><p>comando direciona – por utilizar uma linguagem lírica,</p><p>eivada de musicalidade e de padrão estético –, tem-se o</p><p>predomínio da função poética da linguagem, que centra</p><p>sua mensagem na forma como ela é transmitida ao</p><p>leitor.</p><p>Resposta: C</p><p>C-1</p><p>H-1Objeto do conhecimento: Recursos expressivos</p><p>da língua (semântica).</p><p>8. Ao agregar o sufixo -eja ao radical “azul”, o autor da</p><p>canção cria um verbo que não é reconhecido pela</p><p>Língua, denotando um neologismo. O sufixo -inho, em</p><p>azulzinho, denota intensidade.</p><p>Resposta: B</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-5</p><p>H-17Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>9. O poema de Gilberto Mendonça Teles constitui uma</p><p>interessante metáfora sobre os aspectos inerentes à</p><p>língua, destacando o seu dinamismo “Esta língua é</p><p>como um elástico que espicharam pelo mundo”. “Com</p><p>o tempo foi amaciando”, ou seja, a língua passou a</p><p>ser moldada pelos falantes, ganhando vida. No verso</p><p>“Incorporando os termos nativos”, conforme assinala</p><p>o poeta, há a referência à inserção dos vocábulos</p><p>indígenas, como também às outras línguas que se</p><p>acoplaram no nosso idioma e “Amolecendo nas folhas</p><p>de bananeiras / As expressões mais sisudas”. Assim,</p><p>essa língua foi sendo sistematizada, pois não “se</p><p>arrebenta mais, de tão forte”.</p><p>Resposta: D</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>10. No texto apresentado, Padre Antônio Vieira estabelece</p><p>uma relação entre o sofrimento de Cristo crucificado</p><p>e as condições de maus-tratos sofridos pelos escravos</p><p>nos engenhos de açúcar, denunciando, assim, o</p><p>martírio vivido pelos cativos na sociedade colonial.</p><p>O que fica evidente em passagens do texto como:</p><p>“Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado</p><p>porque padeceis em um modo muito semelhante o</p><p>que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda</p><p>a sua paixão”.</p><p>Resposta: E</p><p>C-7</p><p>H-24Objeto do conhecimento: Texto argumentativo.</p><p>11. A argumentação do texto é construída a partir da</p><p>exemplificação. Em cada estrofe, vemos exemplos de</p><p>como as redes sociais se tornam um ambiente frio, onde</p><p>o que importa são as aparências e onde as experiências</p><p>acabam ficando de lado.</p><p>Resposta: D</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>12. O aluno deve marcar o item que confirma o caráter lírico</p><p>do poema, mesmo este fazendo uso de elementos que</p><p>advêm de outros gêneros.</p><p>Resposta: D</p><p>C-4</p><p>H-12Objeto do conhecimento: Artes Plásticas.</p><p>13. A fotografia de Sebastião Salgado faz um recorte</p><p>impactante das tragédias sociais, conduzindo o</p><p>observador a profundas reflexões causadas pelo</p><p>impacto e apelo contidos nas imagens captadas pelas</p><p>lentes do fotógrafo.</p><p>Resposta: E</p><p>C-6</p><p>H-19Objeto do conhecimento: Função da linguagem.</p><p>14. Por se tratar de uma notícia, a objetividade nas</p><p>informações e o uso de uma linguagem denotativa</p><p>permitem que o leitor perceba que a função de</p><p>linguagem predominante é a informativa, também</p><p>conhecida como referencial ou denotativa.</p><p>Resposta: A</p><p>C-8</p><p>H-25Objeto do conhecimento: Variantes linguísticas.</p><p>15. O uso das expressões “guria” e “bah, tchê” revela</p><p>variação regional, pois são utilizadas no estado do Rio</p><p>Grande do Sul, o que revela léxico característico desse</p><p>estado brasileiro. Isso não significa que o falante dessas</p><p>expressões não domine a norma-padrão, tampouco não</p><p>tenha frequentado a escola na infância.</p><p>Resposta: E</p><p>C-6</p><p>H-18Objeto do conhecimento: Recursos linguísticos</p><p>de coesão e a microestrutura do texto.</p><p>16. O artigo indefinido “uma” retoma o termo “agulha”.</p><p>Nesse caso, trata-se de uma coesão referencial, pois</p><p>retoma um termo já citado no texto.</p><p>Resposta: C</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-7</p><p>H-24Objeto do conhecimento: Texto argumentativo.</p><p>17. Ao valer-se de perguntas retóricas como a que abre</p><p>o poema, o eu lírico reforça o seu argumento de que</p><p>a única coisa que uma criatura pode fazer é justamente</p><p>amar. O fato de a questão ser retórica revela que</p><p>não haveria possibilidade de outra resposta. Dessa</p><p>forma, esse recurso aparece de modo mais evidente</p><p>no poema.</p><p>No entanto, ao repetir o verbo “amar” ao longo</p><p>do poema,</p><p>o eu lírico também reforça o seu argumento de que</p><p>a única coisa que uma criatura pode fazer é justamente</p><p>amar. Ou seja, a estratégia contida em D poderia</p><p>ser considerada, caso não aparecesse com menos</p><p>intensidade e evidência do que a contida em B.</p><p>Resposta: B</p><p>C-5</p><p>H-17Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>18. Na quadra de Gregório de Matos, vê-se claramente</p><p>uma crítica social, já que se subentende que as</p><p>riquezas do mundo estão nas mãos das pessoas</p><p>menos honestas, enquanto a maioria se encontra em</p><p>situação desprivilegiada, o que se atualiza na atual</p><p>sociedade e se explica na ideia de que a ganância de</p><p>poucos prejudica o desenvolvimento socioeconômico</p><p>de muitos.</p><p>Resposta: A</p><p>C-8</p><p>H-255Objeto do conhecimento: Variantes linguísticas.</p><p>19. No trecho há registros de linguagem ainda bastante</p><p>comum na população interiorana: inté, bão, lobisome,</p><p>dispois, o que confirma a presença da variante</p><p>sociocultural e geográfica como fator de identidade de</p><p>uma comunidade.</p><p>Resposta: C</p><p>C-8</p><p>H-27Objeto do conhecimento: Uso da norma culta.</p><p>20. O bom usuário do português consegue entrever que,</p><p>na redação do aluno de Química, há falhas relativas</p><p>à convenção ortográfica (trasido em vez de trazido),</p><p>à acentuação (familia em vez de família) e à sintaxe</p><p>(“as penalidades fosse” em vez de “as penalidades</p><p>fossem”). Percebe-se também que não se trata de um</p><p>bom leitor.</p><p>Resposta: D</p><p>C-6</p><p>H-18Objeto do conhecimento: Recursos linguísticos</p><p>de coesão e a microestrutura do texto.</p><p>21. O pronome demonstrativo “o” anuncia a expressão “que</p><p>vai dentro”.</p><p>Resposta: C</p><p>C-6</p><p>H-18Objeto do conhecimento: Relações entre</p><p>Literatura, outras artes e outros saberes.</p><p>22. O texto de Claudio é representativo de algumas das</p><p>características árcades: o fugere urbem, o bucolismo</p><p>e o locus amoenus, presentes no retorno ao campo</p><p>e no desejo explícito de vida tranquila que outrora o eu</p><p>lírico vislumbrara (“Uma fonte aqui houve”; “Árvores</p><p>aqui vi florescentes”). O desejo de tranquilidade</p><p>se contrapõe à realidade, uma vez que o eu lírico</p><p>demonstra ter encontrado um lugar diferente daquele</p><p>guardado em sua memória (“Eu me engano: a região</p><p>esta não era; / Mas que venho a estranhar, se estão</p><p>presentes /Meus males, com que tudo degenera.”).</p><p>Estes versos finais revelam que o eu lírico se põe como</p><p>responsável pela agonia (decadência) da naureza como</p><p>se esse estado agonizante fosse projeção de seus</p><p>próprios sentimentos, daí a empatia ou identificação</p><p>entre o sofrimento do eu e a agonia da terra.</p><p>Resposta: B</p><p>C-1</p><p>H-1Objeto do conhecimento: Gêneros textuais.</p><p>23. Na canção, o eu lírico descreve um vilarejo, apresentando</p><p>seus principais elementos e características. Assim,</p><p>vemos sequências tipológicas predominantemente</p><p>descritivas.</p><p>Resposta: C</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Recursos expressivos</p><p>da língua (semântica).</p><p>24. No texto, o humor resulta da polissemia da palavra</p><p>“parte”, compreendida ora como “divisão” ora como</p><p>“ir-se embora” e associada à ideia de presente e futuro</p><p>destacada no início do poema.</p><p>Resposta: D</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>25. Questão simples e direta que aborda, de uma forma</p><p>geral, qual a relevância da literatura produzida no Brasil</p><p>durante o descobrimento.</p><p>Resposta: B</p><p>C-7</p><p>H-21Objeto do conhecimento: Língua, linguagem e</p><p>tecnologia da informação.</p><p>26. O anúncio publicitário destinado à população do</p><p>estado do Paraná tem por objetivo desenvolver uma</p><p>consciência social, orientando a população a respeito</p><p>dos sintomas e das dicas de prevenção. Assim, por</p><p>meio da sequência injuntiva, a peça tem função</p><p>educativa e social.</p><p>Resposta: B</p><p>C-8</p><p>H-25Objeto do conhecimento: Variantes linguísticas.</p><p>27. Na letra da canção “Samba do Arnesto”, de Adoniran</p><p>Barbosa, o uso de expressões como “fumos”,</p><p>“encontremo”, “voltermos” e “esperá” reflete a formação</p><p>educacional de seus usuários. Observemos que</p><p>essa variação de uso da língua portuguesa pode</p><p>ocorrer tanto na fala como na escrita, mas traduz o</p><p>coloquialismo e as falhas de uso da convenção da</p><p>escrita, próprios daqueles que pouco tiveram acesso</p><p>à formação acadêmica.</p><p>Resposta: D</p><p>C-1</p><p>H-1Objeto do conhecimento: Recursos expressivos</p><p>da língua (semântica).</p><p>28. O artigo definido “o” denota ideia de restrição ao</p><p>substantivo “homem”, enquanto o indefinido “uma”</p><p>atribui sentido de generalização ao substantivo</p><p>“mulher”.</p><p>Resposta: B</p><p>C-6</p><p>H-18Objeto do conhecimento: Recursos linguísticos</p><p>de coesão e a microestrutura do texto.</p><p>29. O artigo indefinido “uma” assume o lugar de um nome,</p><p>sendo um elemento que serve de discussão para o</p><p>que se afirma no restante do texto.</p><p>Resposta: A</p><p>C-7</p><p>H-22Objeto do conhecimento: Estudo do texto: as</p><p>sequências discursivas.</p><p>30. A expressão “a gota d’água”, figurativamente, indica</p><p>elemento que faz com que algo ou alguém ultrapasse</p><p>o seu limite. No contexto, a expressão é ambígua, já</p><p>que, por um lado, a temática do texto aponta para uma</p><p>interpretação literal; mas, ao mesmo tempo, a poluição</p><p>pode ser considerada “aquilo que vai além do limite”</p><p>da questão desse grave problema geopolítico. Logo,</p><p>é coerente o item D.</p><p>Resposta: D</p><p>C-7</p><p>H-22Objeto do conhecimento: Relações entre</p><p>Literatura, outras artes e outros saberes.</p><p>31. O tema comum à imagem e ao texto é a dificuldade da</p><p>expressão artística aliada a certa angústia existencial</p><p>decorrente desse processo. A frustração com o processo</p><p>de criação está ressaltada no texto I ao observarmos</p><p>as tentativas da criação ilustradas pela quantidade</p><p>de papéis amassados. No texto II, o poeta destaca o</p><p>tempo despendido para escrever um verso, mas que a</p><p>pena não consegue escrever. O que fica claro é que a</p><p>dificuldade no processo de criação acaba provocando</p><p>certa angústia manifestada nos dois textos.</p><p>Resposta: B</p><p>C-6</p><p>H-19Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>32. No poema de Olavo Bilac, percebemos que o eu lírico</p><p>dá vazão aos seus sentimentos quando identificamos</p><p>a presença de pronomes (meu, me) e verbos (sinto,</p><p>escuto) em primeira pessoa. O uso da primeira pessoa</p><p>caracteriza a presença da função emotiva da linguagem,</p><p>também conhecida como função expressiva.</p><p>Resposta: A</p><p>C-8</p><p>H-27Objeto do conhecimento: Uso da norma culta.</p><p>33. O pronome demonstrativo “essa” se encontra</p><p>empregado de forma errônea, pois, no que diz respeito</p><p>à pessoa do discurso, deveria estar na forma de “esta”,</p><p>porque está próximo de quem fala.</p><p>Resposta: E</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-7</p><p>H-22Objeto do conhecimento: Gêneros textuais.</p><p>34. Artigos científicos são textos de escrita formal, que</p><p>circulam, sobretudo, no ambiente acadêmico.</p><p>Resposta: C</p><p>C-5</p><p>H-15Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>35. A forma e a temática romântica chegaram às terras</p><p>brasileiras por meio de autores que estudaram no</p><p>continente europeu. No entanto, era necessário adaptar-se</p><p>à realidade brasileira, visto que se vivia um período de</p><p>constantes transformações políticas e sociais, como</p><p>a instalação da Corte Portuguesa e, posteriormente,</p><p>a Independência do Brasil (fazendo com que</p><p>o território brasileiro deixasse de ser uma colônia), o que</p><p>proporcionou aos autores dessa escola um sentimento</p><p>nacionalista.</p><p>Resposta: E</p><p>C-8</p><p>H-27Objeto do conhecimento: Uso da norma culta.</p><p>36. O termo retoma “contexto histórico”, já que se refere ao</p><p>fato de que é no contexto histórico que estaria posto</p><p>um conflito entre classes.</p><p>Resposta: A</p><p>C-7</p><p>H-15Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>37. O escrivão Pero Vaz de Caminha reforça, sem seu</p><p>discurso, as qualidades naturais da terra como forma</p><p>de compensar a não constatação imediata de riquezas</p><p>minerais.</p><p>Resposta: D</p><p>C-5</p><p>H-15Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>38. O Barroco</p><p>é um movimento complexo, considerado</p><p>como a arte dos contrastes. O poema de Gregório de</p><p>Matos, que revela características do Barroco brasileiro,</p><p>está fundamentado na representação da imagem da</p><p>aceitação de um mundo absurdo como a forma ideal.</p><p>Resposta: A</p><p>C-6</p><p>H-19Objeto do conhecimento: Língua e linguagem.</p><p>39. O emprego da expressão “ou seja”, um elemento</p><p>de coesão recorrencial por paráfrase, indica uma</p><p>reescrita do que foi dito anteriormente, explicando tal</p><p>trecho, o que sinaliza para uma escrita metalinguística.</p><p>Resposta: B</p><p>C-6</p><p>H-19Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>40. No trecho da música “Sinal Fechado”, de Paulinho</p><p>da Viola, percebemos que predomina a função fática</p><p>porque o autor deixa entrever que as personagens se</p><p>utilizam de procedimentos linguísticos para manter</p><p>o canal de comunicação aberto à mensagem. Esses</p><p>procedimentos são notados em “Olá”, “tudo bem”, “e</p><p>você”, etc.</p><p>Resposta: E</p><p>C-7</p><p>H-21Objeto do conhecimento: Gêneros textuais.</p><p>41. Na charge, vemos uma criança inconformada por ter</p><p>recebido um carrinho de mão em vez de um carrinho</p><p>de brinquedo, revelando uma crítica ao trabalho infantil</p><p>e à falta de acesso ao lazer. Logo, é coerente o item D.</p><p>Resposta: D</p><p>C-1</p><p>H-1Objeto do conhecimento: Língua, linguagem e</p><p>tecnologia da informação.</p><p>42. Na tirinha proposta para leitura, a expressividade do</p><p>efeito de humor decorre da forma como o ser humano</p><p>filtra as informações, destacando que a perspectiva</p><p>de como se compreende um fato pode ter uma</p><p>compreensão positiva ou negativa.</p><p>Resposta: B</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-1</p><p>H-2Objeto do conhecimento: Língua, linguagem e</p><p>tecnologia da informação.</p><p>43. A Era de Ouro do Rádio no Brasil marcou uma época</p><p>em que as novelas de rádio, os programas ao vivo</p><p>e a Música Popular Brasileira detinham grande espaço.</p><p>Com a televisão, porém, as atenções, de imediato,</p><p>mudaram, pois tanto a imagem quanto o som estavam</p><p>presentes no novo produto, o que contribuiu para que</p><p>o rádio fosse perdendo o prestígio na época.</p><p>Hoje se sabe que o rádio tem seu espaço garantido no</p><p>mercado consumidor.</p><p>Resposta: E</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Produção literária e o</p><p>processo histórico-social.</p><p>44. No fragmento citado, Gregório de Matos repreende</p><p>aqueles que têm medo de seus mal feitos serem</p><p>expostos (1ª estrofe) e, também, repreende os</p><p>vendedores que gostam de enganar quem está</p><p>comprando (2ª estrofe). Desta forma, no trecho,</p><p>Gregório de Matos explora os ditos populares com o</p><p>objetivo de criticar comportamentos.</p><p>Resposta: E</p><p>C-5</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Natureza, função,</p><p>organização e estrutura do texto literário.</p><p>45. O aspecto sensorial é construído por meio da exploração</p><p>da dimensão visual das palavras, sendo a imagem um</p><p>elemento essencial do texto. Para alcançar tal efeito,</p><p>o artista utiliza técnicas de diagramação, harmonizando</p><p>os componentes gráficos e espaciais, que se transformam</p><p>em elementos de construção de sentidos diversos.</p><p>A impressão de movimento caótico cria o efeito de uma</p><p>espécie de bigue-bangue que atua sobre ambas as</p><p>palavras: poema e bomba, gerando um efeito lúdico</p><p>de primorosa inventividade.</p><p>Resposta: E</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>C-3</p><p>H-11Objeto do conhecimento: Histór ia do</p><p>Brasil-Colônia.</p><p>46. Apesar da imensidão do território conquistado, os</p><p>portugueses pretendiam expandir suas fronteiras</p><p>econômicas comercializando com os povos do Oriente.</p><p>Quando muito, os portugueses realizavam rápidas</p><p>expedições de exploração e reconhecimento do</p><p>território brasileiro. Com o passar do tempo, o insucesso</p><p>do comércio oriental e as sucessivas tentativas de</p><p>invasão motivaram a organização das primeiras ações</p><p>de natureza colonizadora.</p><p>Resposta: D</p><p>C-4</p><p>H-17Objeto do conhecimento: Redes e fluxos.</p><p>47. Segundo o site oficial do Porto de Itaqui, as autoridades</p><p>fecharam em princípios de abril de 2018 um acordo</p><p>com as autoridades de Port Said, no canal de Suez,</p><p>Egito, no sentido de incrementar o intercâmbio técnico e</p><p>econômico visando à promoção do transporte marítimo.</p><p>A esse acordo se associa a extensão das ferrovias que</p><p>se expandem pela hinterlândia do Nordeste, como a</p><p>Ferrovia Norte-Sul, a Transnordestina e a E.F. dos</p><p>Carajás.</p><p>Resposta: A</p><p>C-4</p><p>H-18Objeto do conhecimento: Teorias sociológicas.</p><p>48. Em uma de suas obras fundamentais, As regras do</p><p>método sociológico, publicada em 1895, Durkheim definiu</p><p>com clareza o objeto da sociologia – os fatos sociais.</p><p>De acordo com as ideias defendidas nesse trabalho,</p><p>para o autor, o fato social é experimentado pelo indivíduo</p><p>como uma realidade independente e preexistente.</p><p>Segundo Durkheim, são três as características básicas</p><p>que definem os fatos sociais. A primeira delas é a</p><p>“coerção social”, ou seja, a força que os fatos exercem</p><p>sobre os indivíduos, levando-os a conformarem-se às</p><p>regras da sociedade em que vivem, independentemente</p><p>de sua vontade e escolha, como se observa na charge</p><p>produzida por Quino. A segunda característica dos fatos</p><p>sociais é que eles são dotados de existência exterior às</p><p>consciências individuais. A terceira característica dos</p><p>fatos apontada por Durkheim é a “generalidade”, ou</p><p>seja, é social todo fato que é geral, que se repete em</p><p>todos os indivíduos ou, pelo menos, na ampla maioria</p><p>deles e que ocorre em distintas sociedades.</p><p>Resposta: A</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-3</p><p>H-13Objeto do conhecimento: Revoluções sociais e</p><p>políticas na Europa Moderna.</p><p>49. O quadro “A Morte de Marat” representa um</p><p>acontecimento emblemático da Revolução Francesa</p><p>(o assassinato de um dos seus líderes políticos)</p><p>em 1793 durante a fase da Convenção Nacional,</p><p>momento de radicalização do movimento em que o</p><p>Terceiro Estado (Burguesia Jacobina, Sans-culottes</p><p>e Camponeses) lidera a tomada de poder contra as</p><p>forças aristocráticas detentoras de privilégios.</p><p>O quadro também faz alusão política, denunciando,</p><p>em simultâneo, as divergências e os conflitos internos</p><p>que rodearam o processo revolucionário e que só</p><p>foram solucionadas com a ascensão de Napoleão</p><p>Bonaparte ao poder em 1799.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Cartografia.</p><p>50. O dia aumenta em número de minutos progressivamente</p><p>até o dia 21 de dezembro, que corresponde ao solstício</p><p>de verão no hemisfério sul, isto é, quando a radiação</p><p>solar posiciona-se na perpendicular sobre a linha do</p><p>Trópico de Capricórnio.</p><p>Resposta: E</p><p>C-1</p><p>H-4Obje to do conhec imento:His tó r ia do</p><p>Brasil-Colônia.</p><p>51. A construção das relações de poder nos estados,</p><p>e mais especificamente na formação da sociedade</p><p>e da construção do governo estatal no Brasil, passava</p><p>pelo poder das lideranças patriarcais, que partiam do</p><p>núcleo familiar. A aristocracia rural comandava as vilas</p><p>exercendo controle sobre as câmaras municipais, que</p><p>criavam leis, estabeleciam impostos e administravam</p><p>esses lugarejos. A realização de práticas nepotistas</p><p>e clientelísticas que marcavam as relações entre os</p><p>membros da aristocracia influenciou o modo de se fazer</p><p>política no Brasil.</p><p>Resposta: E</p><p>C-2</p><p>H-8</p><p>Objeto do conhecimento: Dinâmicas populacionais.</p><p>52. O sentido do termo “sertão” na música da dupla sertaneja</p><p>paulista Tonico e Tinoco é como “meio rural” ou “interior</p><p>do Estado”. O termo “sertão” foi muito utilizado na</p><p>Música e na Literatura brasileiras para se referir aos</p><p>ambientes rurais em diferentes estados, principalmente</p><p>em Minas Gerais, nos estados do Centro-Oeste e nos</p><p>estados do Nordeste. Hoje, rigorosamente, o termo</p><p>é empregado em Geografia para uma sub-região do</p><p>Nordeste, o Sertão (zona semiárida).</p><p>Resposta: E</p><p>C-2</p><p>H-10Objeto do conhecimento: Industrialização e suas</p><p>revoluções.</p><p>53. Os fundamentos iluministas da Declaração de</p><p>Independência dos Estados Unidos baseavam-se</p><p>na defesa da democracia, por instrumento de justiça</p><p>política, relativamente ao conceito de um poder</p><p>proveniente dos cidadãos; do povo! Não obstante essa</p><p>realidade, índios, negros</p><p>e mulheres não participaram,</p><p>durante muitos anos, do processo decisório político.</p><p>Resposta: C</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Formação sociocultural</p><p>brasileira (matrizes étnicas).</p><p>54. O Brasil é caracterizado como sendo um país de</p><p>acentuados contrastes socioeconômico, e esse tema se</p><p>torna mais evidente nos aspectos educacionais, onde</p><p>podemos constatar que os piores índices educacionais</p><p>estão concentrados na região Nordeste, em especial</p><p>nos estados de Alagoas, Piauí e Maranhão; enquanto</p><p>os melhores índices estão situados nas regiões Sul e</p><p>Sudeste.</p><p>Resposta: B</p><p>C-2</p><p>H-8Objeto do conhecimento: Histór ia do</p><p>Brasil-Colônia.</p><p>55. Observando a questão, o candidato deve notar que o</p><p>trabalho com o Regimento de Tomé de Sousa não cobra</p><p>especificamente as características mais peculiares</p><p>deste governo geral. De fato, ele deve assinalar quais</p><p>eram os objetivos mais amplos dessa forma de governo,</p><p>salientando os principais interesses do governo</p><p>português.</p><p>Resposta: C</p><p>C-3</p><p>H-11Objeto do conhecimento: História do pensamento</p><p>filosófico.</p><p>56. Os primeiros filósofos (naturalistas) buscaram</p><p>compreender o movimento da natureza, para explicar</p><p>a essência e a aparência das coisas. Aqueles</p><p>pensadores, em sua maioria, defenderam que havia</p><p>um princípio gerador (o arkhé) da Natureza. Tales</p><p>(água), Heráclito (fogo) ou Empédocles (4 raízes) são</p><p>alguns exemplos.</p><p>Resposta: E</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-4</p><p>H-16Objeto do conhecimento: Teorias sociológicas.</p><p>57. A filosofia positivista de Comte trata de responder aos</p><p>avanços da ciência, propondo que esta servisse para</p><p>melhorar não apenas a soma do conhecimento humano,</p><p>mas a sociedade como um todo. Dessa forma, destacam-</p><p>se como característica do seu pensamento:</p><p>• A busca de objetividade;</p><p>• A utilização da observação e o experimento como</p><p>instrumentos para validar o conhecimento;</p><p>• Compreende que cabe à ciência positiva identificar as</p><p>leis naturais da sociedade para resolver problemas</p><p>concretos;</p><p>• A ciência é capaz de reformar a sociedade;</p><p>• Defende que o progresso da humanidade (evolução)</p><p>depende exclusivamente dos avanços científicos.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Cartografia.</p><p>58. Os pontos C e E possuem a mesma distância</p><p>longitudinal em relação ao Meridiano de Greenwich,</p><p>visto que estão situados no segundo meridiano indicado</p><p>no mapa a leste e oeste.</p><p>Resposta: B</p><p>C-3</p><p>H-11Objeto do conhecimento: Histór ia do</p><p>Brasil-Colônia.</p><p>59. A Igreja católica teve um papel importante na legitimação</p><p>religiosa e ideológica da escravidão dos negros africanos</p><p>a partir da Idade Moderna. Ao comparar as chagas dos</p><p>escravos ao sofrimento de Jesus Cristo, Padre Antônio</p><p>Vieira busca mostrar que o sofrimento dos escravos em</p><p>vida seria recompensado após a morte. Nesse sentido,</p><p>a escravidão colonial era uma espécie de purgatório</p><p>para os negros.</p><p>Resposta: B</p><p>C-1</p><p>H-1Objeto do conhecimento: História e cultura</p><p>antiga.</p><p>60. Embora existam de fato muitas divergências sobre</p><p>o tema, existe um consenso entre os pesquisadores</p><p>sobre a origem do homem ter ocorrido no continente</p><p>africano. Nele foram encontrados, até agora, os</p><p>vestígios mais antigos da existência humana como o</p><p>crânio de Lucy. O texto ao descrever algumas dessas</p><p>importantes descobertas nesse continente reforça</p><p>essa análise. Diante dessa constatação, o homem teria</p><p>partido da África e por meio de migrações ocupado</p><p>outras partes do planeta. Podemos citar o povoamento</p><p>da América como exemplo, mesmo envolvendo muitos</p><p>debates sobre o momento da chegada dos primeiros</p><p>grupos humanos, a comunidade científica defende que</p><p>o povoamento da América ocorreu posteriormente aos</p><p>demais continentes.</p><p>Resposta: C</p><p>C-4</p><p>H-20Objeto do conhecimento: Redes e fluxos.</p><p>61. Grupos terroristas empregam meios cada vez mais</p><p>avançados para divulgar suas ações.</p><p>A propagação de ações terroristas, com o emprego</p><p>de novas mídias e da internet, amplia o alcance e o</p><p>impacto destas ações e difunde as causas às quais</p><p>estão vinculadas.</p><p>Resposta: D</p><p>C-3</p><p>H-11Objeto do conhecimento: Modos de produção</p><p>ao longo da história.</p><p>62. Considerado o berço das civilizações, a região do</p><p>Crescente Fértil possibilitou, ainda no período neolítico,</p><p>o processo de sedentarização de agrupamentos</p><p>humanos que, devido às terras férteis proporcionadas</p><p>pelos rios Nilo, Tigre e Eufrates, desenvolveram</p><p>a agricultura e o pastoreio, e que, a longo prazo,</p><p>permitiram o surgimento e o desenvolvimento de</p><p>sociedades mais complexas, originando diversas</p><p>civilizações.</p><p>Resposta: C</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-6</p><p>H-26Objeto do conhec imento: Dinâmicas</p><p>populacionais.</p><p>63. Como mencionado corretamente na alternativa D, os</p><p>elementos utilizados no texto como “marcado pela própria</p><p>natureza”, “morrem plantas”, “miséria sem fim”, indicam</p><p>o determinismo ambiental como causa da pobreza do</p><p>sertanejo. Estão incorretas as alternativas: A, porque</p><p>mandonismo é um brasileirismo que indica o poder das</p><p>oligarquias e, embora seja contexto no nordeste, não está</p><p>indicado no texto; B, porque o texto não indica elementos</p><p>de miscigenação; C, porque continuísmo é um aspecto</p><p>da política também ligado às oligarquias e, embora seja</p><p>característica do nordeste, o texto não indica elementos</p><p>que se assemelham a ele.</p><p>Resposta: D</p><p>C-1</p><p>H-5Objeto do conhecimento: História do pensamento</p><p>filosófico.</p><p>64. Para os Sofistas, as ideias e noções do que seja certo</p><p>e errado, de bem ou de mal, da existência de Deuses,</p><p>da organização social e política e da própria ciência</p><p>vão depender se as pessoas entenderem que estas</p><p>necessidades são naturais aos seres humanos (inato)</p><p>ou se são criações da própria sociedade. Esta visão</p><p>de mundo é própria aos sofistas, uma vez que, estes</p><p>eram em sua maioria homens viajados, vindos das</p><p>mais diversas colônias gregas e que por este motivo</p><p>conheciam inúmeras organizações políticas.</p><p>Diferente dos filósofos pré-socráticos que se</p><p>preocupavam com questões cosmológicas, Sócrates</p><p>se preocupava em entender como o conhecimento</p><p>poderia contribuir para tornar o homem um ser</p><p>inteligente e feliz. Sócrates foi inimigo direto da</p><p>propositura filosófica dos sofistas. Considerou os</p><p>sofistas como não filósofos, sendo estes apenas</p><p>professores de retórica e que em nada contribuíam</p><p>com o futuro de Atenas.</p><p>Resposta: B</p><p>C-3</p><p>H-11Objeto do conhecimento: História do pensamento</p><p>filosófico.</p><p>65. Para os gregos, a ágora era a praça central da pólis,</p><p>na qual se reuniam os cidadãos. Atenas passava por</p><p>um período democrático e na Eclésia (assembleia dos</p><p>cidadãos) os cidadãos se reuniam para decidir sobre</p><p>os assuntos de interesse público, que configurava a</p><p>prática de uma democracia direta.</p><p>Resposta: C</p><p>C-4</p><p>H-17Objeto do conhecimento: Globalização e</p><p>Capitalismo contemporâneo.</p><p>66. O Estado-Empresa, dentro do contexto do neoliberalismo,</p><p>converge para a adoção de privatizações tendo mínima</p><p>intervenção na economia.</p><p>Resposta: E</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhecimento: Cartografia.</p><p>67. Devido à inclinação do eixo da Terra, as regiões de</p><p>elevada latitude sofrem maior variação de insolação</p><p>nos solstícios de verão e inverno, culminando, assim,</p><p>em longas noites de inverno.</p><p>Resposta: D</p><p>C-3</p><p>H-13Objeto do conhecimento: Revoluções sociais e</p><p>políticas na Europa Moderna.</p><p>68. As desconfianças sobre a atuação da Família Real</p><p>aumentavam na medida da extensão do processo de</p><p>guerra contra a Áustria e, sobretudo, em face da sua</p><p>tentativa de fuga, fato que colocará Luís XVI e Maria</p><p>Antonieta no centro de um quadro de conspiração.</p><p>Isso somado ao ambiente de paranoia política que</p><p>se estabeleceu na França, levaria tais governantes</p><p>à guilhotina.</p><p>Resposta: A</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhec imento: Dinâmicas</p><p>populacionais.</p><p>69. Os imóveis estão localizados abaixo do Trópico de</p><p>Capricórnio e apresentam uma boa orientação solar no</p><p>sentido norte.</p><p>Resposta: C</p><p>Simulado Enem</p><p>1º Dia</p><p>032.263 - 153441/21</p><p>C-4</p><p>H-18Objeto do conhecimento: História do Brasil -</p><p>Colônia.</p><p>em</p><p>relação a essa questão é</p><p>A delinear o quantitativo de línguas nativas remanescentes.</p><p>B despertar para a necessidade de proteger as línguas</p><p>indígenas.</p><p>C incentivar a comemoração da sobrevivência das</p><p>línguas nativas.</p><p>D fazer o levantamento estatístico dos falantes das</p><p>línguas nativas.</p><p>E manter a sociedade atualizada sobre a realidade</p><p>linguística peruana.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 4</p><p>QUESTÃO 2--------------------------------------------------------</p><p>SEFARDITAS O LA MELANCOLÍA</p><p>DE SER JUDÍO ESPAÑOL</p><p>El nombre de Sefarad, como es denominada</p><p>España en lengua hebrea, despierta en gentes de</p><p>Estambul o de Nueva York, de Sofía o de Caracas, el vago</p><p>recuerdo de una casa abandonada precipitadamente</p><p>bajo la noche. Por eso muchas de estas gentes,</p><p>descendientes de los judíos españoles expulsados en</p><p>1492, conservan las viejas llaves de los hogares de sus</p><p>antepasados en España. Se ha escrito que jamás una</p><p>nación ha tenido unos hijos tan fieles como ellos, que</p><p>después de quinientos años de exilio siguen llamándose</p><p>“sefarditas” (españoles) y mantienen celosamente el</p><p>idioma “sefardita” y las costumbres de sus orígenes.</p><p>En la cocina y en los lances de amor, en las fiestas y en</p><p>las ceremonias religiosas, los sefarditas viven todavía la</p><p>melancolía de ser españoles.</p><p>CORRAL, P.; ALCALDE, J. Sefardíes o la melancolía de ser judío español. Disponível em:</p><p>http://sefaradilaculturasefardi.blogspot.com. Acesso em: 17 fev. 2012. Adaptado.</p><p>Os sefarditas são descendentes dos judeus expulsos</p><p>da Espanha em 1492. O autor do texto, ao vincular</p><p>a melancolia à identidade dos sefarditas, destaca a</p><p>A conservação de um modo de vida próprio da nação da</p><p>qual eles foram desmembrados.</p><p>B fidelidade à língua hebraica que era falada pelos seus</p><p>antepassados na Península Ibérica.</p><p>C lealdade por eles demonstrada às autoridades que os</p><p>baniram dos territórios castelhanos.</p><p>D manutenção feita pelos judeus das casas que</p><p>possuíam na Espanha, no final do século XV.</p><p>E observação das tradições impostas aos judeus nas</p><p>cidades orientais para onde migraram.</p><p>QUESTÃO 3--------------------------------------------------------</p><p>EL IDIOMA ESPAÑOL EN ÁFRICA</p><p>SUBSAHARIANA: APROXIMACIÓN Y PROPUESTA</p><p>La inexistencia de un imperio colonial español</p><p>contemporáneo en África subsahariana durante los siglos</p><p>XIX y XX es la causa de la ausencia actual de la lengua</p><p>española en ese espacio como seña lingüística, con la</p><p>excepción del Estado ecuatoguineano. En consecuencia,</p><p>la lengua española es, en ese subcontinente, un idioma</p><p>muy poco conocido y promovido. Por otro lado, la</p><p>importante presencia colonial portuguesa en África tuvo</p><p>como consecuencia el nacimiento de cinco Estados</p><p>oficialmente lusófonos. Convendrá, en esos países del</p><p>África subsahariana, la promoción del español a partir de</p><p>la afinidad con el portugués, lengua consolidada ya en</p><p>ese espacio.</p><p>DURÁNTEZ PRADOS, F. A. Disponível em: <www.realinstitutoelcano.org>.</p><p>Acesso em: 20 jan. 2012. Adaptado.</p><p>No artigo, após um esboço sobre a presença do espanhol</p><p>na África subsaariana, propõe-se</p><p>A projetar o espanhol no território africano lusófono.</p><p>B reforçar o ensino do espanhol na Guiné Equatorial.</p><p>C substituir o português pelo espanhol em cinco</p><p>Estados.</p><p>D amparar a promoção da fusão entre línguas próximas.</p><p>E desenvolver o conhecimento sobre o português da</p><p>África.</p><p>QUESTÃO 4--------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <locosporlasintaxis.wordpress.com>.</p><p>A conversa entre Mafalda e seu amigo:</p><p>A desvaloriza as atividades escolares e a capacidade</p><p>de entendimento e respeito pelas mesmas.</p><p>B expressa o predomínio de uma forma de pensar e a</p><p>possibilidade de realizar entre posições divergentes.</p><p>C ilustra a possibilidade da realização e de respeito pela</p><p>importância das atividades como prioridade.</p><p>D mostra a preponderância do ponto de vista de</p><p>Mafalda na importância das atividades para superar</p><p>divergências.</p><p>E revela a real dificuldade de fazer atividades cotidianas</p><p>que se transformam em atividades pesadas e difíceis</p><p>de cumprir.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 5</p><p>QUESTÃO 5--------------------------------------------------------</p><p>Dicen que hablamos muy alto. Algunos, incluso, piensan</p><p>que no hablamos sino que gritamos. La corresponsal</p><p>mexicana Patricia Alvarado admite que, a veces, pedimos</p><p>perdón, pero es “para arrebatarle la palabra al otro y</p><p>seguir hablando”. Nos reprochan que escuchamos poco.</p><p>O nada. “Cuando dos españoles se enfrentan están</p><p>más pendientes de las palabras que van a utilizar en la</p><p>réplica que en reflexionar sobre los argumentos que les</p><p>están exponiendo”, opina el alemán Paul Ingendaay, del</p><p>Frankfurter Allgemeine. “Ninguna autocrítica le sirve al</p><p>español para cambiar”.</p><p>Disponível em: www.larioja.com. Acesso em: 15 ago. 2012. Adaptado.</p><p>De acordo com o texto, ao participarem de um diálogo, os</p><p>espanhóis habitualmente</p><p>A se enfurecem com os ouvintes e exageram no gestual.</p><p>B se apoderam do turno de fala e opinam com</p><p>obstinação.</p><p>C se ofendem com a audiência e censuram os</p><p>argumentos contrários.</p><p>D se desculpam com o grupo e reconhecem o tom de</p><p>voz inadequado.</p><p>E se interessam por entender as considerações e</p><p>preferem diálogos cordiais.</p><p>Questões de 6 a 45</p><p>QUESTÃO 6--------------------------------------------------------</p><p>Crucifixion of Saint Peter-Caravaggio</p><p>Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:</p><p>Crucifixion_of_Saint_Peter-Caravaggio_(c.1600).jpg>.</p><p>Acesso em: 15 fev. 2020.</p><p>A Crucificação de São Pedro é uma obra de Caravaggio</p><p>encomendada para decorar a Capela Cerasi de Santa</p><p>Maria del Popolo, em Roma. Buscando alcançar um grau</p><p>inquestionável de verossimilhança e correspondência ao</p><p>contexto de produção, a obra de Caravaggio exemplifica</p><p>a estética barroca ao destacar</p><p>A o racionalismo artístico na representação de cenas</p><p>bíblicas.</p><p>B a dramaticidade da beleza contida no sofrimento das</p><p>figuras.</p><p>C o choque entre a brutalidade e o sofrimento na cena</p><p>representada.</p><p>D o uso das referências renascentistas na construção</p><p>da perspectiva.</p><p>E o violento choque de contrastes de imagens e cores.</p><p>QUESTÃO 7--------------------------------------------------------</p><p>SONETO DO AMOR MAIOR</p><p>Maior amor nem mais estranho existe</p><p>Que o meu, que não sossega a coisa amada</p><p>E quando a sente alegre, fica triste</p><p>E se a vê descontente, dá risada.</p><p>E que só fica em paz se lhe resiste</p><p>O amado coração, e que se agrada</p><p>Mais da eterna aventura em que persiste</p><p>Que de uma vida mal aventurada.</p><p>Louco amor meu, que quando toca, fere</p><p>E quando fere vibra, mas prefere</p><p>Ferir a fenecer – e vive a esmo</p><p>Fiel à sua lei de cada instante</p><p>Desassombrado, doido, delirante</p><p>Numa paixão de tudo e de si mesmo.</p><p>DE MORAES, Vinicius. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br>.</p><p>Ao escrever, o autor faz escolhas para que possa atingir</p><p>seu objetivo. Dentre essas escolhas, está a forma</p><p>como ele usará a linguagem, que pode revelar funções</p><p>específicas. No “Soneto do Amor Maior”, Vinicius de</p><p>Moraes, por utilizar uma linguagem lírica, eivada de</p><p>musicalidade e de preocupação estética, recorreu,</p><p>predominantemente, à função</p><p>A emotiva, pois emite sensações pessoais em relação à</p><p>pessoa amada.</p><p>B metalinguística, pois procura explicar o código em</p><p>função dele próprio.</p><p>C poética, já que se centra na forma como a mensagem</p><p>é transmitida ao leitor.</p><p>D referencial, porque discute objetivamente o quão</p><p>intrigante é o ato de amar.</p><p>E conativa, pois objetiva persuadir a pessoa amada por</p><p>meio da expressão poética.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 6</p><p>QUESTÃO 8--------------------------------------------------------</p><p>Eu não sei</p><p>Se vem de Deus</p><p>Do céu ficar azul</p><p>Ou virá</p><p>Dos olhos teus</p><p>Essa cor</p><p>Que azuleja o dia</p><p>(...)</p><p>Até o sol nascer amarelinho</p><p>Queimando mansinho</p><p>Cedinho, cedinho</p><p>Corre e vá dizer</p><p>Pro meu benzinho</p><p>Um dizer assim</p><p>O amor é azulzinho</p><p>COSTA, Gal. “Azul”. Álbum Minha Voz, faixa 2.</p><p>Gravadora Island Def Jam Music Group. 1982.</p><p>O gênero canção utiliza-se bastante dos mecanismos</p><p>se trata da visão e compreensão</p><p>da sociedade hebraica, um povo monoteísta que via o</p><p>seu deus como único e verdadeiro, desprezando as</p><p>outras crenças, considerando-as como práticas de</p><p>idolatria e magia.</p><p>Resposta: B</p><p>C-3</p><p>H-14Objeto do conhecimento: Teorias sociológicas.</p><p>86. Herbert Spencer, filósofo inglês, procurou estudar</p><p>a evolução da espécie humana de acordo com leis</p><p>que explicassem o desenvolvimento de todos os seres</p><p>vivos, dentre os quais o homem. Sua preocupação</p><p>fundamentava-se na ideia de progresso social, tendo</p><p>sido amplamente influenciado por leis e teorias</p><p>elaboradas pelas c iências naturais. Spencer</p><p>fo i , indiscutivelmente, o mais destacado pensador</p><p>a aplicar os princípios evolucionistas à explicação da</p><p>vida social e à organicidade da vida humana.</p><p>Para entender o capitalismo e explicar a natureza da</p><p>organização econômica humana, Marx desenvolveu</p><p>uma teoria abrangente e universal, que procura dar</p><p>conta de toda e qualquer forma produtiva criada pelo</p><p>homem. Os princípios básicos dessa teoria estão</p><p>expressos em seu método de análise – o materialismo</p><p>histórico. Marx parte do princípio de que a estrutura</p><p>de uma sociedade qualquer reflete a forma como os</p><p>homens se organizam para a produção social de bens</p><p>que englobam dois fatores fundamentais: as forças</p><p>produtivas e as relações de produção.</p><p>Resposta: E</p><p>C-2</p><p>H-6Objeto do conhec imento: Dinâmicas</p><p>populacionais.</p><p>87. A localização exata de Brasília é aferida pelas</p><p>coordenadas geográficas de latitude (15° 47’</p><p>Hemisfério Sul) e 47° 55’ (Hemisfério Oeste/W). As</p><p>coordenadas apresentam a função de localização</p><p>precisa de qualquer localidade na superfície terrestre.</p><p>Resposta: C</p><p>C-2</p><p>H-10Objeto do conhecimento: Revoluções sociais e</p><p>políticas na Europa Moderna.</p><p>88. Um dos grupos sociais mais atuantes nos acontecimentos</p><p>da Revolução Francesa foram os sans-culottes. Eles</p><p>eram assim chamados pelo fato de utilizarem calças</p><p>compridas e largas, contrariamente aos ricos, que</p><p>usavam calças curtas e apertadas até a altura do joelho,</p><p>chamadas de culottes. Sans-culottes eram, então, os</p><p>sem culottes. Eram trabalhadores urbanos, pequenos</p><p>comerciantes ou mesmo desempregados.</p><p>Durante a Revolução, passaram também a ser referidos</p><p>aos grupos políticos mais radicais, constituindo a base</p><p>de apoio da burguesia jacobina. Estes iriam implantar as</p><p>políticas mais radicais a partir do aparelho de Estado,</p><p>principalmente durante o período denominado de Terror,</p><p>entre 1793-1795, liderado pelos jacobinos.</p><p>Resposta: D</p><p>C-3</p><p>H-14Objeto do conhecimento: Pensamento filosófico.</p><p>89. Na Grécia Antiga, os sofistas eram profissionais do</p><p>discurso e eram contratados para convencer pessoas</p><p>sobre uma determinada opinião. Nem sempre</p><p>acreditavam naquilo que defendiam, mas defendiam</p><p>seus argumentos de maneira entranhável, porque</p><p>eram pagos para isso. A imagem em questão provoca,</p><p>contudo, uma reflexão sobre os sofistas da atualidade,</p><p>que não são remunerados para refletir nem opinar,</p><p>acreditam no que defendem, e têm como moeda de</p><p>troca e fonte de prazer e o ego inflado pelas “curtidas”</p><p>nas redes sociais na internet, manifestando um tipo de</p><p>narcisismo cibernético.</p><p>Resposta: E</p><p>C-5</p><p>H-24Objeto do conhecimento: Ética, moral, cidadania,</p><p>política e democracia.</p><p>90. A ironia no diálogo entre os personagens reforça o fato</p><p>deles estarem na beira de uma calçada com roupas sujas</p><p>e claramente em uma situação financeira desfavorável,</p><p>evidenciando que eles são uma família segregada, fruto</p><p>das contradições da constituição que prevê bem-estar</p><p>a todos os indivíduos.</p><p>Resposta: B</p><p>Equipe de professores FB</p><p>Revisoras: ????? - Dig.: Georgenes</p><p>que a língua proporciona para dar novos sentidos às</p><p>palavras. No tocante à letra reproduzida acima, pode-se</p><p>afirmar que</p><p>A o vocábulo “azul” assume impropriamente a função de</p><p>um substantivo em todas as suas ocorrências.</p><p>B o termo “azuleja” é um exemplo de neologismo</p><p>originado a partir de uma derivação.</p><p>C a colocação do pronome “teu” após o substantivo faz</p><p>que ele assuma impropriamente função de adjetivo.</p><p>D a agregação do sufixo -inho à raiz “amarel-“ produz</p><p>um vocábulo que expressa sentido pejorativo.</p><p>E o sufixo -inho presente na palavra “azulzinho”</p><p>expressa sentido de diminutivo.</p><p>QUESTÃO 9--------------------------------------------------------</p><p>LÍNGUA</p><p>Esta língua é como um elástico</p><p>que espicharam pelo mundo.</p><p>No início era tensa,</p><p>de tão clássica.</p><p>Com o tempo, se foi amaciando,</p><p>foi-se tornando romântica,</p><p>incorporando os termos nativos</p><p>e amolecendo nas folhas de bananeira</p><p>as expressões mais sisudas.</p><p>Um elástico que já não se pode</p><p>mais trocar, de tão gasto;</p><p>nem se arrebenta mais, de tão forte.</p><p>Um elástico assim como é a vida</p><p>que nunca volta ao ponto de partida.</p><p>Gilberto Mendonça Teles. Disponível em: ouricoelegane.blogspot.com.br.</p><p>Acsso em: 13 abr. 2014.</p><p>Em seus versos livres, o poema tem a língua como</p><p>temática e ressalta, sobretudo, a sua natureza</p><p>A flexível e desprovida de regras.</p><p>B inflexível e sistemática.</p><p>C assistemática e dinâmica.</p><p>D dinâmica e sistemática.</p><p>E inflexível e assistemática.</p><p>QUESTÃO 10 ------------------------------------------------------</p><p>Em um engenho sois imitadores de Cristo</p><p>crucificado porque padeceis em um modo muito</p><p>semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz</p><p>e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois</p><p>madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também</p><p>ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram</p><p>na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio,</p><p>e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel.</p><p>A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte</p><p>foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites</p><p>e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo</p><p>sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado,</p><p>e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os</p><p>açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se</p><p>compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de</p><p>paciência, também terá merecimento de martírio.</p><p>VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951. Adaptado.</p><p>O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece</p><p>uma relação entre a Paixão de Cristo e</p><p>A a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos</p><p>brasileiros.</p><p>B a função dos mestres de açúcar durante a safra de</p><p>cana.</p><p>C o sofrimento dos jesuítas na conversão dos</p><p>ameríndios.</p><p>D o papel dos senhores na administração dos engenhos.</p><p>E o trabalho dos escravos na produção de açúcar.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 7</p><p>QUESTÃO 11 ------------------------------------------------------</p><p>REDES SOCIAIS</p><p>Lá nas redes sociais</p><p>o mundo é bem diferente</p><p>dá pra ter milhões de amigos</p><p>e mesmo assim ser carente.</p><p>Tem like, a tal curtida,</p><p>tem todo tipo de vida</p><p>pra todo tipo de gente.</p><p>Tem gente que é tão feliz</p><p>que a vontade é de excluir.</p><p>Tem gente que você segue,</p><p>mas nunca vai lhe seguir.</p><p>Tem gente que nem disfarça,</p><p>diz que a vida só tem graça</p><p>com mais gente pra assistir.</p><p>Por falar nisso, tem gente</p><p>que esquece de comer,</p><p>jogando, batendo papo,</p><p>nem sente a fome bater.</p><p>Celular virou fogão,</p><p>pois no toque de um botão</p><p>o rango vem pra você.</p><p>Mudou até a rotina</p><p>de quem está se alimentando.</p><p>Se a comida for chique,</p><p>vai logo fotografando.</p><p>Porém, repare, meu povo:</p><p>quando é feijão com ovo</p><p>não vejo ninguém postando.</p><p>(...)</p><p>BESSA, Bráulio. Poesia que transforma.</p><p>Rio de Janeiro: Sextante, 2018.</p><p>Mesmo pertencendo ao gênero cordel, pode-se dizer que</p><p>o texto apresenta estrutura argumentativa, na medida em</p><p>que há</p><p>A trechos dissertativos e descritivos funcionando como</p><p>argumentos para a tese defendida na primeira estrofe.</p><p>B trechos dissertativos e expositivos funcionando como</p><p>argumentos para a tese defendida na primeira estrofe.</p><p>C um ponto de vista sendo defendido em cada estrofe</p><p>por meio de argumentos: nesse caso, versos</p><p>com citações que funcionam como argumento de</p><p>autoridade.</p><p>D um ponto de vista sendo defendido em cada estrofe</p><p>por meio de argumentos: nesse caso, versos</p><p>exemplificando atitudes da maioria dos usuários de</p><p>redes sociais.</p><p>E trechos injuntivos e dialogais, sendo notados pela</p><p>pontuação e coesão por omissão, o que garante</p><p>a progressão do desenvolvimento do texto.</p><p>QUESTÃO 12 ------------------------------------------------------</p><p>Leia:</p><p>“Um trem de ferro é uma coisa mecânica.</p><p>Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,</p><p>Atravessou minha vida,</p><p>Virou só sentimento.”</p><p>Adélia Prado</p><p>“Explicação da poesia sem ninguém pedir”. Poesia Reunida, 1991.</p><p>O texto da poeta brasileira Adélia Prado não apresenta</p><p>rima, trata de um objeto da realidade exterior e até</p><p>apresenta um trecho de caráter narrativo. No entanto,</p><p>é um poema lírico, pois</p><p>A sua estrutura está preocupada em desobedecer aos</p><p>aspectos da poesia lírica.</p><p>B diz respeito a uma composição modernista,</p><p>desapegada de valores subjetivos.</p><p>C percebe-se uma acentuada carga de linguagem</p><p>técnica.</p><p>D mesmo lidando com aspectos da realidade exterior</p><p>a principal preocupação da poeta é expressar sua</p><p>subjetividade.</p><p>E o que sobressai do texto poético é seu caráter didático.</p><p>QUESTÃO 13 ------------------------------------------------------</p><p>“Uma fotografia não vale mil palavras, mas vale mil</p><p>perguntas.”</p><p>Allan Sekula, crítico de cinema e fotografia.</p><p>Sebastião Salgado, fotografia Mina de Carvão, Índia, 1989.</p><p>Com base no texto e na imagem, a “fotografia militante”</p><p>de Sebastião Salgado</p><p>A prioriza fotos em preto e branco por considerá-las</p><p>mais respeitosas com os dramas sociais que retrata.</p><p>B objetiva imortalizar o instante, oferecendo um</p><p>registro fidedigno da realidade captada para alcançar</p><p>verossimilhança.</p><p>C captura a beleza na simplicidade do mundo e das</p><p>pessoas pobres, emocionando os espectadores.</p><p>D aproxima o olhar do fotógrafo ao do observador, ao</p><p>retratar de forma espontânea situações cotidianas.</p><p>E propõe um convite à reflexão acerca dos problemas</p><p>sociais com fotos diretas e impactantes.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 8</p><p>QUESTÃO 14 ------------------------------------------------------</p><p>O GLOBO: JAGUARIBE FOI A CIDADE MAIS</p><p>QUENTE DO PAÍS POR 18 VEZES</p><p>Um levantamento divulgado pelo jornal O Globo,</p><p>a partir do Instituto Nacional de Meteorologia, mostra</p><p>que a cidade de Jaguaribe, no interior cearense,</p><p>registrou as maiores temperaturas do país durante</p><p>18 vezes, no último verão. A pesquisa foi realizada de</p><p>acordo com determinação da Organização Mundial de</p><p>Meteorologia, e mostra as cidades que mais registraram</p><p>as temperaturas mais elevadas, entre aquelas que têm</p><p>estações meteorológicas. A campeã foi Bom Jesus, no</p><p>Piauí.</p><p>Disponível em: http://www.cearanews7.com.br/noticias. Acesso em: 06 abr. 2013.</p><p>Muitas vezes, a intencionalidade do autor de um texto é</p><p>que determina a função de linguagem que irá predominar</p><p>na composição de seu texto. Por exemplo, a notícia</p><p>acima procura informar o leitor sobre algo. Essa intenção</p><p>exige do leitor conhecimento prévio sobre o contexto.</p><p>Isso permite a ele afirmar que, nesse texto, predomina a</p><p>função da linguagem</p><p>A informativa, porque são necessários referentes para</p><p>que se entenda a notícia.</p><p>B fática, uma vez que a ênfase dada pelo autor recai no</p><p>canal de comunicação.</p><p>C conotativa, já que o autor do texto fez uso da</p><p>modalidade prosa poética ao escrever.</p><p>D metalinguística, pois o código é explicado pelo próprio</p><p>código ao leitor da notícia.</p><p>E apelativa, porque a intenção do autor é convencer o</p><p>leitor do que é informado.</p><p>QUESTÃO 15 ------------------------------------------------------</p><p>Na charge, o diálogo que se estabelece entre as</p><p>personagens revela um tipo de variação da linguagem.</p><p>Pelo uso de termos como “guria” e “bah, tchê”, notamos</p><p>que o fator predominante</p><p>desse tipo específico de</p><p>variação é próprio de um falante que</p><p>A habita as regiões Norte e Nordeste do Brasil.</p><p>B mostra inabilidade no uso da norma-padrão.</p><p>C não frequentou a escola em sua tenra idade.</p><p>D se adapta a diferentes situações comunicativas.</p><p>E revela léxico próprio de uma região do País.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 9</p><p>QUESTÃO 16 ------------------------------------------------------</p><p>(...)</p><p>Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa</p><p>da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em</p><p>casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si,</p><p>para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou</p><p>do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha</p><p>na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando</p><p>orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das</p><p>sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os</p><p>galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética.</p><p>E dizia a agulha:</p><p>— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia</p><p>há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se</p><p>importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela,</p><p>unidinha a eles, furando abaixo e acima...</p><p>(...)</p><p>FACIOLI, Valentim. A fraude e a gaforinha: a crônica de Machado de Assis.</p><p>In: CRUZ JÚNIOR, Dílson F. Estratégias e máscaras de um fingidor:</p><p>a crônica de Machado de Assis. São Paulo: Nankin, 2002.</p><p>Uma das funções da coesão é evitar as repetições</p><p>desnecessárias. Nesse sentido, podemos citar,</p><p>como exemplo de estratégia coesiva, a referencial,</p><p>a qual pode ser estabelecida por classes gramaticais.</p><p>Dessa forma, pode-se perceber o artigo se comportando</p><p>como elemento de referenciação no trecho</p><p>A “Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da</p><p>baronesa”.</p><p>B “(...) enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.”</p><p>C “Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano</p><p>adiante(...).”</p><p>D “entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos</p><p>de Diana.”</p><p>E “eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha</p><p>a eles(...).”</p><p>QUESTÃO 17 ------------------------------------------------------</p><p>AMAR</p><p>Que pode uma criatura senão,</p><p>entre criaturas, amar?</p><p>amar e esquecer, amar e malamar,</p><p>amar, desamar, amar?</p><p>sempre, e até de olhos vidrados, amar?</p><p>Que pode, pergunto, o ser amoroso,</p><p>sozinho, em rotação universal,</p><p>senão rodar também, e amar?</p><p>amar o que o mar traz à praia,</p><p>o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,</p><p>é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?</p><p>Amar solenemente as palmas do deserto,</p><p>o que é entrega ou adoração expectante,</p><p>e amar o inóspito, o cru,</p><p>um vaso sem flor, um chão de ferro,</p><p>e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.</p><p>Este o nosso destino: amor sem conta,</p><p>distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,</p><p>doação ilimitada a uma completa ingratidão,</p><p>e na concha vazia do amor a procura medrosa,</p><p>paciente, de mais e mais amor.</p><p>Amar a nossa falta mesma de amor,</p><p>e na secura nossa amar a água implícita,</p><p>e o beijo tácito, e a sede infinita.</p><p>ANDRADE, Carlos Drummond de. Claro enigma.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras. 2012. p. 26.</p><p>VOCABULÁRIO:</p><p>Expectante: aquele que espera, que observa.</p><p>Inerte: o que não possui movimento nem se consegue</p><p>movimentar; imóvel.</p><p>Inóspito: local sem condições para ser habitado.</p><p>Pérfida: desleal; em que há traição, falsidade.</p><p>Rapina: ato de roubar astuciosa e violentamente.</p><p>Tácito: algo que é implícito ou que está subentendido.</p><p>Algumas estratégias argumentativas foram empregadas</p><p>no texto para persuadir o leitor de que a opinião do eu</p><p>lírico é um fato inquestionável. A estratégia de persuasão</p><p>presente no poema caracteriza-se de modo mais evidente</p><p>pelo uso de</p><p>A discurso direto.</p><p>B pergunta retórica.</p><p>C linguagem figurada.</p><p>D repetição de termos.</p><p>E argumento de autoridade.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 10</p><p>QUESTÃO 18 ------------------------------------------------------</p><p>AS COUSAS DO MUNDO</p><p>Neste mundo é mais rico o que mais rapa:</p><p>Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;</p><p>Com sua língua, ao nobre o vil decepa:</p><p>O velhaco maior sempre tem capa.</p><p>GUERRA, Gregório de. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/</p><p>bv000119.pdf.Acesso em: 19 jun. 2013.</p><p>Soma-se às diversas funções que a literatura tem o papel</p><p>de guardiã de valores humanos. Na quadra, de Gregório</p><p>de Matos, nota-se que os valores discutidos pelo autor se</p><p>atualizam, porque, na sociedade atual, é comum</p><p>A perceber a ganância pelo poder econômico por parte</p><p>de alguns, em detrimento da valorização da igualdade</p><p>social para todos.</p><p>B repudiar o papel da elite brasileira por se mostrar</p><p>gananciosa em relação ao acúmulo de riquezas</p><p>enquanto a maioria vive à margem da sociedade.</p><p>C refutar os interesses de uma elite dominante, por meio</p><p>de protestos populares que reivindicam interesses</p><p>coletivos.</p><p>D notar o interesse popular em relação às decisões</p><p>políticas do país, sobretudo, aquelas que favorecem</p><p>a classe operária.</p><p>E reivindicar à população a distribuição de renda no</p><p>país, já que as classes mais favorecidas socialmente</p><p>pouco se importam com o povo.</p><p>QUESTÃO 19 ------------------------------------------------------</p><p>NÍTIDO E OBSCURO</p><p>Sobe inté o coração – e é bão!</p><p>(...)</p><p>Mas o próximo é ilusão – que bão!</p><p>(....)</p><p>E quando eu rio faz frio de calafrio</p><p>As moça tem arrupio e terção</p><p>É alegria capaz de acovardar lobisome.</p><p>Eu mato a cobra</p><p>E dispois exibo o pau pra nós dois.</p><p>Guinga e Aldir Blanc</p><p>Disponível em: <http://www.filologia.org.br/ixcnlf/17/19.htm>. Acesso em: 11 maio 2020.</p><p>No trecho da canção, identificamos registros de linguagem</p><p>que tipificam a presença da variante</p><p>A social da linguagem, identificada com os falantes da</p><p>zona urbana.</p><p>B informal da língua, para denunciar o descaso com a</p><p>escrita formal.</p><p>C sociocultural e geográfica, produzindo identidade</p><p>cultural da comunidade.</p><p>D regional da língua, desconsiderando o aspecto social</p><p>na representação.</p><p>E dialetal da linguagem, destacando as distorções</p><p>sociais presentes no Brasil.</p><p>QUESTÃO 20 ------------------------------------------------------</p><p>ERROS BÁSICOS DE PORTUGUÊS PODEM</p><p>CUSTAR VAGAS DE ESTÁGIO A CANDIDATOS</p><p>Universitários escrevem “nóis sabemos”</p><p>e “ceissentos”, diz empresa.</p><p>Erros como escrever “nóis sabemos” ou</p><p>“univercidade” em redações e testes de português</p><p>complicam a vida de muitos universitários em seleções</p><p>para estágio. Diante desse quadro, os selecionadores</p><p>demonstram preocupação. Levantamento feito pelo</p><p>Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) a pedido do G1</p><p>revelou que apenas 32% dos candidatos avaliados pelo</p><p>núcleo passaram no teste de português em 2009 – o</p><p>equivalente a 12.577 estudantes de um total de 39.304.</p><p>O teste inclui 30 questões de ortografia.</p><p>Para passar, o estudante pode errar até seis delas.</p><p>Em 2009, apenas 5% dos estudantes acertaram todas</p><p>as perguntas, outros 27% erraram de 11 a 29 questões</p><p>e 41%, de sete a dez. Nenhum candidato errou o teste</p><p>todo. “Mais a educação é trasido de casa da familia, com</p><p>certeza se as penalidades fosse igual para os menores</p><p>pensariam duas vezes antes de cometer um crime”</p><p>(trecho da redação de um aluno de química)”. De acordo</p><p>com Carmen Alonso, gerente de treinamento do Nube,</p><p>os erros de português são vistos como falha na formação</p><p>do candidato, pois o esperado por parte das empresas</p><p>é que os estudantes tenham domínio do português</p><p>e conhecimento de pelo menos um segundo idioma.</p><p>Carmen ressalta que ter um bom português é importante</p><p>para todos os candidatos, mesmo aqueles das áreas de</p><p>exatas. “Não importa qual seja a área de atuação. Quando</p><p>um engenheiro entra em uma empresa e apresenta um</p><p>slide com erros de português, o erro colocará em dúvida</p><p>a qualidade de seu trabalho.” [...]</p><p>Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos>.</p><p>Acesso em: 31 mar. 2013.</p><p>A notícia aborda o uso da linguagem por parte do</p><p>estudante brasileiro, inclusive universitário, em face</p><p>do domínio da língua portuguesa. Da notícia, o bom</p><p>usuário do português, ao considerar o exemplo do aluno</p><p>de Química, consegue entrever que boa parte desses</p><p>estudantes demonstram ter pouco domínio do idioma</p><p>pátrio, porque</p><p>A tiveram uma péssima formação escolar, especialmente</p><p>aquela voltada para o ensino da gramática normativa.</p><p>B costumavam usar “cola” no período em que eram</p><p>aplicadas as avaliações escolares, contribuindo,</p><p>assim, para o fracasso no uso do idioma.</p><p>C frequentaram as escolas públicas brasileiras,</p><p>sobretudo, aquelas em que os professores não</p><p>dominam profundamente o português padrão.</p><p>D desconhecem convenções ortográficas, regras de</p><p>acentuação gráfica e sintaxe, além de revelarem</p><p>pouca intimidade com o universo da leitura.</p><p>E focaram seus estudos somente nas disciplinas de</p><p>exatas, o que os impede de ter sucesso na vida</p><p>pessoal e profissional.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 11</p><p>QUESTÃO 21 ------------------------------------------------------</p><p>O problema é essa mania que a gente tem de</p><p>sempre dar mais que pode. De dar coração para quem</p><p>não troca pelo seu. De ser avesso, de mostrar tudo</p><p>o que vai dentro, tudo o que deveria ficar escondido</p><p>e protegido na alma… É essa mania de ser abraço e de</p><p>ser calor com quem não devolve afeto.</p><p>O grande problema é ser amor quando o outro</p><p>é indiferença. É ser apego quando o outro</p><p>é individualismo. É essa tendência que a gente tem para</p><p>ser dor. Dor doída, daquelas que deforma a felicidade</p><p>e a deixa de cara inchada. É esse vazio que toma conta</p><p>quando a música toca. É esse espaço desocupado no</p><p>armário quando alguém faz as malas e vai embora. (...)</p><p>Disponível em: <http://entrecabelosebarba.com.br/o-problema-e-esperar-do-outro/></p><p>Acesso em: 3 de fev. de 2020. Com adaptações.</p><p>Os pronomes podem retomar informações no texto ou</p><p>antecipá-las. Nos trechos, o pronome destacado que</p><p>antecipa uma informação do texto é</p><p>A “...essa mania que a gente tem de sempre dar mais</p><p>que pode”.</p><p>B “De dar coração para quem não troca pelo seu.”.</p><p>C “De ser avesso, de mostrar tudo o que vai dentro”.</p><p>D “O grande problema é ser amor quando o outro</p><p>é indiferença”.</p><p>E “Dor doída, daquelas que deforma a felicidade”.</p><p>QUESTÃO 22 ------------------------------------------------------</p><p>SONETO VII</p><p>Onde estou? Este sítio desconheço:</p><p>Quem fez tão diferente aquele prado?</p><p>Tudo outra natureza tem tomado;</p><p>E em contemplá-lo tímido esmoreço.</p><p>Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço</p><p>De estar a ela um dia reclinado:</p><p>Ali em vale um monte está mudado:</p><p>Quando pode dos anos o progresso!</p><p>Árvores aqui vi tão florescentes</p><p>Que faziam perpétua a primavera:</p><p>Nem troncos vejo agora decadentes.</p><p>Eu me engano: a região esta não era;</p><p>Mas que venho a estranhar, se estão presentes</p><p>Meus males, com que tudo degenera.</p><p>COSTA, C.M. Poemas.</p><p>Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>.</p><p>Acesso em: 7 jul 2012.</p><p>No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação</p><p>da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que</p><p>transparece um(a)</p><p>A tormento provocado pela sensação de solidão.</p><p>B identificação entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.</p><p>C ceticismo em face do espaço desconhecido.</p><p>D desiderato de reinventar o passado por meio da</p><p>paisagem.</p><p>E conformismo em face das mudanças do meio</p><p>ambiente.</p><p>QUESTÃO 23 ------------------------------------------------------</p><p>VILAREJO</p><p>Há um vilarejo ali</p><p>Onde areja um vento bom</p><p>Na varanda quem descansa</p><p>Vê o horizonte deitar no chão</p><p>Pra acalmar o coração</p><p>Lá o mundo tem razão</p><p>Terra de heróis, lares de mãe</p><p>Paraíso se mudou para lá</p><p>Por cima das casas cal</p><p>Frutas em qualquer quintal</p><p>Peitos fartos, filhos fortes</p><p>Sonhos semeando o mundo real</p><p>Toda a gente cabe lá</p><p>Palestina, Shangri-lá</p><p>Vem andar e voa</p><p>Vem andar e voa</p><p>Vem andar e voa</p><p>Lá o tempo espera</p><p>Lá é primavera</p><p>Portas e janelas ficam sempre abertas</p><p>Pra sorte entrar</p><p>Em todas as mesas pão</p><p>Flores enfeitando</p><p>Os caminhos, os vestidos</p><p>Os destinos e essa canção</p><p>Tem um verdadeiro amor</p><p>Para quando você for</p><p>Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes</p><p>Com relação aos tipos textuais, em “Vilarejo”, predominam</p><p>sequências tipológicas</p><p>A narrativas.</p><p>B injuntivas.</p><p>C descritivas.</p><p>D expositivas.</p><p>E argumentativas.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 12</p><p>QUESTÃO 24 ------------------------------------------------------</p><p>ODE (OU ELEGIA?) A UM QUASE CALVO</p><p>“Ontem hoje</p><p>E amanhã</p><p>O homem o cabelo parte</p><p>Parte o cabelo com arte</p><p>Até que o cabelo parte.”</p><p>FERNANDES, Millôr. Ode (ou elegia?) a um quae calvo. Papavérum</p><p>Millor. Rio de Janeiro: Nórdica, 1974. p. 20.</p><p>Na elaboração do poema, o humor está ancorado no</p><p>emprego do recurso da</p><p>A antonímia, pela relação entre termos de sentidos</p><p>contrários.</p><p>B sinonímia, pelo emprego de termos de significados</p><p>equivalentes.</p><p>C ironia, pela reiteração de imagens metonímicas na</p><p>elaboração das ideias.</p><p>D polissemia, assegurada por palavras homônimas</p><p>perfeitas.</p><p>E ambiguidade contida no título e reforçada pelos</p><p>indicadores temporais.</p><p>QUESTÃO 25 ------------------------------------------------------</p><p>“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse</p><p>suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas.</p><p>Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau</p><p>Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles</p><p>os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem</p><p>entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na</p><p>costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho</p><p>e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um</p><p>sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro</p><p>de penas de ave, compridas, com uma copazinha de</p><p>penas vermelhas e pardas, como de papagaio. (...).”</p><p>Edição de base: Carta a El Rei D. Manuel, Dominus: São Paulo, 1963.</p><p>A relevância das obras realizadas pelos cronistas</p><p>portugueses dos séculos XVI e XVII é</p><p>A determinada exclusivamente pelo seu caráter literário,</p><p>representando grande salto na perspectiva clássica</p><p>dentro da literatura brasileira.</p><p>B documental, sobretudo, uma vez que se questiona</p><p>seu valor essencialmente literário.</p><p>C caracterizada pela influência dos autores</p><p>renascentistas europeus durante o Renascimento,</p><p>estendendo-se até o Barroco.</p><p>D devida ao fato de terem sido escritas no Brasil para</p><p>um público fundamentalmente brasileiro.</p><p>E derivada do fato de serem consideradas nossas</p><p>primeiras manifestações românticas escritas em terra</p><p>brasileira, exaltando a exuberância da terra primitiva.</p><p>QUESTÃO 26 ------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.</p><p>php?storyid=90050&tit=Secretaria-da-Saude-atualiza-numeros-da-gripe-no-Parana>.</p><p>Acesso em: 15 fev. 2020.</p><p>Os textos cumprem diferentes funções junto ao público.</p><p>No panfleto informativo do Governo do Paraná, o objetivo</p><p>que conduziu a propagação desse anúncio publicitário foi</p><p>o de</p><p>A informar à população que o Estado está preocupado</p><p>com a situação das potenciais vítimas da gripe.</p><p>B orientar a população, por meio de sequências</p><p>injuntivas, sobre os sintomas da gripe e os</p><p>procedimentos para prevenção.</p><p>C destacar que o Estado resolveu real izar</p><p>o enfrentamento desse grave problema de saúde</p><p>pública no Paraná.</p><p>D esclarecer os sintomas da gripe e oferecer orientações,</p><p>ressaltando a necessidade de a população ir aos</p><p>postos de saúde.</p><p>E ressaltar o papel das instituições públicas como</p><p>agentes responsáveis pelo combate às doenças</p><p>contagiosas.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 13</p><p>QUESTÃO 27 ------------------------------------------------------</p><p>SAMBA DO ARNESTO</p><p>O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás</p><p>Nós fumos, não encontremos ninguém</p><p>Nós voltermos com uma baita de uma reiva</p><p>Da outra vez, nós num vai mais</p><p>Nós não semos tatu!</p><p>(...)</p><p>BARBOSA, Adoniran.</p><p>Disponível em: <https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43968/>.</p><p>Acesso em: 5 dez. 2016.</p><p>Na letra da canção “Samba do Arnesto”, de Adoniran</p><p>Barbosa, o uso de expressões como “fumos”, “encontremo”,</p><p>“voltermos” e “esperá” revela, na fala ou na escrita,</p><p>marcas linguísticas que singularizam uma variação no</p><p>uso da língua portuguesa. Esse tipo de variação</p><p>A inviabiliza a comunicação entre os interlocutores.</p><p>B decorre do desprezo que o autor tem pelo idioma.</p><p>C</p><p>corrobora o uso padrão da convenção da escrita.</p><p>D reflete a formação educacional de seus usuários.</p><p>E demonstra a forma como as pessoas falam no campo.</p><p>QUESTÃO 28 ------------------------------------------------------</p><p>(...)</p><p>Quando vem a madrugada ele some</p><p>Ele é quem quer</p><p>Ele é o homem</p><p>Eu sou apenas uma mulher</p><p>(...)</p><p>VELOSO, Caetano. “Esse Cara”. Faixa 6. Álbum Caetano e Chico Juntos ao Vivo.</p><p>Gravadora Polygram/Philips. 1972.</p><p>O artigo é uma categoria gramatical que pode denotar</p><p>sentidos no contexto em que está inserido. No</p><p>tocante à ocorrência dessa classe gramatical nos dois</p><p>últimos versos, pode-se afirmar que ela denota ideia,</p><p>respectivamente, de</p><p>A exclusão e adição.</p><p>B restrição e generalização.</p><p>C explicação e restrição.</p><p>D intensidade e exclusão.</p><p>E inclusão e generalização.</p><p>QUESTÃO 29 ------------------------------------------------------</p><p>CAPÍTULO XLV</p><p>Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo,</p><p>meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando</p><p>seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa</p><p>distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas,</p><p>acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária,</p><p>e faz-se o equilíbrio da vida...</p><p>(...)</p><p>Quincas Borba, de Machado de Assis.</p><p>Uma das funções da coesão é evitar as repetições</p><p>desnecessárias. Nesse sentido, podemos citar, como</p><p>exemplo de estratégia coesiva, a referencial, a qual pode</p><p>ser estabelecida por classes gramaticais. Dessa forma,</p><p>pode-se perceber o artigo se comportando como um</p><p>elemento coesivo:</p><p>A “Enquanto uma chora, outra ri”.</p><p>B “é a lei do mundo, meu rico senhor.”</p><p>C “mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas”.</p><p>D “acaba por trazer à alma do mundo a variedade</p><p>necessária”.</p><p>E “e faz-se o equilíbrio da vida...”</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 14</p><p>QUESTÃO 30 ------------------------------------------------------</p><p>A GOTA D’ÁGUA</p><p>Apenas 0,1% da água doce da Terra pode ser</p><p>encontrada em locais de fácil acesso. Com o aumento</p><p>da população mundial, disputas pelo controle de</p><p>recursos hídricos devem se intensificar.</p><p>Uma das primeiras guerras da história aconteceu</p><p>há mais de 4,5 mil anos, na Suméria, região onde hoje</p><p>se encontra o Iraque. Munidos de espadas, machados</p><p>de bronze e lanças, o exército da cidade-estado de</p><p>Lagash avançou contra o rei de Umma, que desviou as</p><p>águas do Rio Tigre para construir um canal de irrigação.</p><p>“Eannatum, líder de Lagash, foi para a batalha e deixou</p><p>60 soldados mortos na margem do canal”, dizia uma</p><p>inscrição encontrada por arqueólogos. Assim, como</p><p>outras civilizações que não tinham acesso a recursos</p><p>hídricos abundantes, a luta pela água era, literalmente,</p><p>uma batalha de sobrevivência para os dois povos. (...)</p><p>“A disputa pela água não gera necessariamente</p><p>uma guerra. Mas em regiões com um histórico beligerante,</p><p>a redução e degradação dos recursos podem virar um</p><p>estopim para um conflito”, diz Vanessa Barbosa, autora</p><p>do livro A Última Gota, da Editora Planeta, que chega às</p><p>livrarias em outubro.</p><p>(...)</p><p>Galileu, outubro de 2014.)</p><p>GOTA D’ÁGUA</p><p>Já lhe dei meu corpo, minha alegria</p><p>Já estanquei meu sangue quando fervia</p><p>Olha a voz que me resta</p><p>Olha a veia que salta</p><p>Olha a gota que falta</p><p>Pro desfecho da festa</p><p>Por favor</p><p>Deixe em paz meu coração</p><p>Que ele é um pote até aqui de mágoa</p><p>E qualquer desatenção, faça não</p><p>Pode ser a gota d’água</p><p>Composição: Chico Buarque.</p><p>O título dado ao texto “A gota d’água” é formado por uma</p><p>frase nominal, em que as ideias são condensadas em</p><p>um pequeno número de palavras. Considerando o texto</p><p>e a canção de Chico Buarque, pode-se inferir acerca da</p><p>expressão gota d’água que</p><p>A o efeito de sentido obtido na canção de Chico</p><p>Buarque é oposto ao expresso através do título</p><p>“A gota d’água”.</p><p>B em relação aos dois títulos apresentados, apenas</p><p>o título da canção provoca um efeito metafórico, já</p><p>que se trata de um texto poético.</p><p>C ocorre, no texto, o emprego da ambiguidade como</p><p>problema de construção, prejudicando a clareza do</p><p>título diante do conteúdo textual, o que não ocorre na</p><p>canção “Gota d’água”.</p><p>D ocorre, no texto, o emprego da ambiguidade</p><p>como recurso de construção, em que o sentido da</p><p>expressão “A gota d’água”, no título, remete ao sentido</p><p>empregado por Chico Buarque e, simultaneamente,</p><p>apresenta uma questão geopolítica preocupante.</p><p>E os dois textos, embora apresentem mesma forma de</p><p>composição, discutem temáticas distintas e mantêm</p><p>com isso relação dicotômica em seus respectivos</p><p>títulos.</p><p>QUESTÃO 31 ------------------------------------------------------</p><p>Texto I</p><p>Disponível em: <https://pt.dreamstime.com>.</p><p>Texto II</p><p>Gastei uma hora pensando um verso</p><p>que a pena não quer escrever.</p><p>No entanto ele está cá dentro</p><p>inquieto, vivo.</p><p>Ele está cá dentro</p><p>e não quer sair.</p><p>Mas a poesia deste momento</p><p>inunda minha vida inteira.</p><p>“Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade.</p><p>A imagem presente no texto I elucida-se na expressão</p><p>poética do texto II, colocando como pauta</p><p>A a importância do ofício do artista e os problemas</p><p>existenciais daqueles que se dedicam à produção</p><p>cultural.</p><p>B a dificuldade da expressão artística aliada a certa</p><p>angústia existencial decorrente do processo de</p><p>criação.</p><p>C a necessidade de o artista discutir a problemática</p><p>que envolve o processo de criação artística na obra</p><p>poética.</p><p>D a dúvida inerente ao artista, explorando os caminhos</p><p>e descaminhos da arte como fonte de cul tura</p><p>e democratização.</p><p>E o exercício da metapoesia como fator fundamental</p><p>da criação artística, servindo ao artista espaço de</p><p>confissão poética.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 15</p><p>QUESTÃO 32 ------------------------------------------------------</p><p>UM BEIJO</p><p>Foste o beijo melhor da minha vida,</p><p>ou talvez o pior...Glória e tormento,</p><p>contigo à luz subi do firmamento,</p><p>contigo fui pela infernal descida!</p><p>Morreste, e o meu desejo não te olvida:</p><p>queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,</p><p>e do teu gosto amargo me alimento,</p><p>e rolo-te na boca malferida.</p><p>Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,</p><p>batismo e extrema-unção, naquele instante</p><p>por que, feliz, eu não morri contigo?</p><p>Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,</p><p>beijo divino! e anseio delirante,</p><p>na perpétua saudade de um minuto....</p><p>Olavo Bilac</p><p>No poema de Olavo Bilac, percebemos um eu lírico que</p><p>dá vazão aos seus sentimentos, que revela seu estado de</p><p>espírito e que dialoga com um interlocutor que não está</p><p>mais presente. Essa vazão que se dá ao eu discursivo</p><p>é uma característica própria da função de linguagem</p><p>conhecida como</p><p>A expressiva.</p><p>B apelativa.</p><p>C conativa.</p><p>D poética.</p><p>E fática.</p><p>QUESTÃO 33 ------------------------------------------------------</p><p>LAERTE, Piratas do Tietê. Folhas de S.Paulo. São Paulo, 29 mar. 2003.</p><p>Os pronomes são classes morfológicas que podem</p><p>ser utilizados como elementos coesivos eficazes na</p><p>construção do texto, porém seu emprego não pode</p><p>ser feito de forma aleatória. Nesse sentido, percebe-se</p><p>o emprego de pronome em desacordo com a norma culta</p><p>da Língua no trecho</p><p>A “Que estrela é aquela, Muketa?”</p><p>B “(...) que protege a colheita”.</p><p>C “É onde mora o Deus dos ricos”.</p><p>D “Tudo crendice”.</p><p>E “Que verruga é essa?”</p><p>QUESTÃO 34 ------------------------------------------------------</p><p>EDUCAÇÃO E COOPERAÇÃO:</p><p>PRÁTICAS QUE SE RELACIONAM</p><p>A educação e a cooperação são duas práticas</p><p>sociais em que, sob certos aspectos, uma contém</p><p>a outra. Na educação, podem-se identificar práticas</p><p>cooperativas; na cooperação, podem-se identificar</p><p>práticas educativas. Entrelaçam-se e potencializam-se</p><p>como processos sociais. A organização da cooperação</p><p>exige de seus atores uma comunicação de interesses, de</p><p>objetivos, a respeito dos quais precisam falar, argumentar</p><p>e decidir. Nesse processo de interlocução de saberes,</p><p>acontece a educação. Há, portanto, uma estreita relação</p><p>entre esses dois fenômenos: na prática cooperativa,</p><p>para além de seus propósitos e interesses específicos,</p><p>produz-se conhecimento, aprendizagem, educação;</p><p>na prática educativa, como um processo complexo de</p><p>relações humanas, produz-se cooperação.</p><p>Assim, as</p><p>práticas cooperativas na escola podem constituir-se</p><p>em privilegiados “espaços pedagógicos”, através dos</p><p>quais os seus sujeitos tomam consciência das diferentes</p><p>dimensões da vida social.</p><p>FRANTZ, Walter. Educação e cooperação: práticas que se relacionam. Sociologias [online].</p><p>2001, n.6, pp.242-264. ISSN 1517-4522. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.</p><p>php?pid=S1517-45222001000200011&script=sci_abstract&tlng=pt.</p><p>Acesso em: 27 nov. 2019. Adaptado.</p><p>O texto constitui o resumo de um artigo científico, portanto</p><p>A reflete os desejos do autor acerca do modo como a</p><p>educação e a cooperação devem ser relacionadas no</p><p>ambiente escolar.</p><p>B foi escrito de forma poética, uma vez que o assunto</p><p>sobre o qual ele trata é abstrato e exige sensibilidade</p><p>ao ser abordado.</p><p>C foi escrito com um registro formal da língua, exigência</p><p>do gênero ao qual pertence e do meio por onde</p><p>circula.</p><p>D utiliza um registro coloquial da língua, importante</p><p>para diminuir o seu tom acadêmico e torná-lo mais</p><p>acessível.</p><p>E foi escrito com um registro informal da língua,</p><p>facilitando a compreensão do público ao qual se</p><p>destina.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 16</p><p>QUESTÃO 35 ------------------------------------------------------</p><p>“O indianismo dos românticos […] denota tendência</p><p>para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes</p><p>de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na</p><p>realidade local, tratando-as como próprias de uma</p><p>tradição brasileira.”</p><p>Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira.</p><p>Considerando-se o texto de Antonio Candido, pode-se</p><p>dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira,</p><p>A procurou ser uma cópia dos modelos europeus.</p><p>B adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.</p><p>C ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição</p><p>brasileira.</p><p>D deformou a tradição brasileira para adaptá-la à</p><p>literatura ocidental.</p><p>E procurou adaptar os modelos europeus à realidade</p><p>local.</p><p>QUESTÃO 36 ------------------------------------------------------</p><p>MOVIMENTOS SOCIAIS: BREVE DEFINIÇÃO</p><p>(...)</p><p>Por outro lado, conforme aponta Alain Touraine,</p><p>na obra Em defesa da Sociologia (1976), para se</p><p>compreender os movimentos sociais, mais do que pensar</p><p>em valores e crenças comuns para a ação social coletiva,</p><p>seria necessário considerar as estruturas sociais nas</p><p>quais os movimentos se manifestam. Cada sociedade</p><p>ou estrutura social teriam como cenário um contexto</p><p>histórico (ou historicidades) 1no qual, assim como</p><p>também apontava Karl Marx, estaria posto um conflito</p><p>entre classes, terreno das relações sociais, a depender</p><p>dos modelos culturais, políticos e sociais. Assim, os</p><p>movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos</p><p>pela estrutura social (geradora por si só da contradição</p><p>entre as classes), sendo uma ferramenta fundamental</p><p>para a ação com fins de intervenção e mudança dessa</p><p>estrutura.</p><p>RIBEIRO, Paulo Silvino. Movimentos sociais: breve definição. Brasil Escola. Disponível em:</p><p><https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-definicao.htm>.</p><p>Acesso em: 22 set. 2018. Adaptado.</p><p>Os pronomes são responsáveis, dentre outras funções,</p><p>por dar ao texto a sensação de progressão, visto que</p><p>eles se apresentam como elementos coesivos ora</p><p>de retomada, ora de antecipação. Nesses termos, o</p><p>pronome NO QUAL (ref. 1) cumpre uma função anafórica</p><p>no texto, pois retoma o referente</p><p>A contexto histórico.</p><p>B Karl Marx.</p><p>C conflito.</p><p>D terreno.</p><p>E cenário.</p><p>QUESTÃO 37 ------------------------------------------------------</p><p>“De ponta a ponta, é tudo praia... muito chã</p><p>e muito formosa. (...) Nela, até agora, não pudemos</p><p>saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si</p><p>é de muito bons ares, assim frios e temperados... Águas</p><p>são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa, que</p><p>querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das</p><p>águas que tem. (...)</p><p>Edição de base: Carta a El Rei D. Manuel, Dominus: São Paulo, 1963.</p><p>O fragmento foi retirado da famosa Carta de Pero Vaz de</p><p>Caminha a El-Rei Dom Manuel de Portugal logo após o</p><p>descobrimento do Brasil. Trata-se do primeiro documento</p><p>textual que faz referência a nossa terra. Da leitura desse</p><p>excerto, constata-se que o escrivão</p><p>A mostra-se constrangido diante da impossibilidade de</p><p>extração imediata de riquezas.</p><p>B reforça a idealização do “achamento” do paraíso</p><p>terreno, ideia que circulou livremente entre os</p><p>pensadores e teólogos europeus da época.</p><p>C reforça uma visão idealizada das qualidades da terra,</p><p>diante da impossibilidade de exploração imediata de</p><p>riquezas de interesse mais direto dos povos europeus.</p><p>D constrói um discurso reforçando as qualidades</p><p>naturais da terra recém-descoberta, por conta da não</p><p>ocorrência imediata de riquezas minerais.</p><p>E revela seu talento literário, escopo central de seu</p><p>ofício, quando cria uma imagem exuberante do</p><p>território descoberto.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 17</p><p>QUESTÃO 38 ------------------------------------------------------</p><p>SONETO</p><p>Carregado de mim ando no mundo,</p><p>E o grande peso embarga-me as passadas,</p><p>Que como ando por vias desusadas,</p><p>Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.</p><p>O remédio será seguir o imundo</p><p>Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,</p><p>Que as bestas andam juntas mais ousadas,</p><p>Do que anda o engenho mais profundo.</p><p>Não é fácil viver entre os insanos,</p><p>Erra, quem presumir que sabe tudo,</p><p>Se o atalho não soube dos seus danos.</p><p>O prudente varão há de ser mudo,</p><p>Que é melhor neste mundo, mar de enganos,</p><p>Ser louco c’os demais, que só, sisudo.</p><p>Gregório de Matos</p><p>Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br>.</p><p>Acesso em: 16 fev. 2020.</p><p>A poesia satírica de Gregório de Matos emprega modelos</p><p>e procedimentos variados, podendo ser entendida como</p><p>“uma luta cômica entre duas sociedades, uma normal</p><p>e outra absurda”. Com base na afirmação sobre a poética</p><p>do autor, pode-se inferir que o soneto</p><p>A apresenta a imagem de um “mundo às avessas”, em</p><p>que a maioria aceita a sociedade absurda como se</p><p>fosse a ideal.</p><p>B desenha a sociedade ideal e utópica, que deverá ser</p><p>alcançada no futuro por todos os homens.</p><p>C explora a dualidade conflituosa entre corpo e espírito</p><p>e associa a vertente satírica à sacrorreligiosa.</p><p>D explicita um sujeito poético “sisudo e só”, o que</p><p>exemplifica a dramaticidade resultante do dualismo</p><p>do Barroco.</p><p>E apresenta a crítica racional como solução para</p><p>o estado insano do mundo, colocando a religião como</p><p>fator de salvação.</p><p>QUESTÃO 39 ------------------------------------------------------</p><p>O CONCEITO DE TEXTO</p><p>(...)</p><p>É comum, até mesmo entre alguns professores, a</p><p>impressão de que a fala não é textual; ou seja, texto é</p><p>apenas o escrito. Daí, uma outra suposição: a de que a</p><p>língua falada não é regulada pela gramática. A fala seria</p><p>qualquer coisa fora das normas morfossintáticas. Algo</p><p>meio caótico. As regras – e muitas! – seriam privativas da</p><p>escrita; por isso, elas é que serviriam de parâmetro para</p><p>a avaliação da fala. Há quem acredite que fala bem, em</p><p>qualquer situação, quem fala conforme a escrita correta.</p><p>Outra compreensão infundada diz respeito à</p><p>crença de que o texto, para ser reconhecido como tal,</p><p>tem que ser grande. Ora, texto é qualquer passagem,</p><p>de qualquer extensão, desde que constitua um todo</p><p>unificado e cumpra determinada função comunicativa.</p><p>(...)</p><p>Antunes, I. Análise de texto: fundamentos e práticas. São Paulo:</p><p>Parábola Editorial, 2010 p. 38.</p><p>No texto, caracteriza-se como recurso de coesão</p><p>conectiva que funciona como operador organizacional de</p><p>natureza metalinguística o segmento destacado em:</p><p>A “É comum, até mesmo entre alguns professores”</p><p>B “ou seja, texto é apenas o escrito”</p><p>C “Daí uma outra suposição”</p><p>D “As regras – e muitas!”</p><p>E “Ora, o texto é qualquer passagem, de qualquer</p><p>extensão”</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 18</p><p>QUESTÃO 40 ------------------------------------------------------</p><p>“Olá, como vai?</p><p>Eu vou indo e você, tudo bem?</p><p>Tudo bem eu vou indo correndo</p><p>Pegar meu</p><p>lugar no futuro, e você?</p><p>Tudo bem, eu vou indo em busca</p><p>De um sono tranquilo, quem sabe…</p><p>Quanto tempo... pois é...</p><p>Quanto tempo...</p><p>Trecho da música “Sinal Fechado”, de Paulinho da Viola.</p><p>Em relação às funções da linguagem, no trecho da música</p><p>“Sinal Fechado”, de Paulinho da Viola, percebemos que</p><p>predomina a função fática porque o autor</p><p>A se utilizou de uma linguagem que, no decorrer da</p><p>canção, explica a si mesma, ainda que busque contato</p><p>com o interlocutor.</p><p>B demonstrou preocupação com a forma como</p><p>a mensagem é transmitida ao leitor-ouvinte,</p><p>pois notamos escolhas linguísticas que denotam</p><p>preocupação estética.</p><p>C interpela o interlocutor com a intenção de persuadi-lo</p><p>de que é preciso que as pessoas mantenham contato,</p><p>mesmo a distância.</p><p>D constrói o discurso distanciando-se do que é contado</p><p>e utiliza-se de uma linguagem informativa, objetiva</p><p>e denotativa.</p><p>E deixa entrever que as personagens se utilizam de</p><p>procedimentos linguísticos para manter o canal de</p><p>comunicação aberto à mensagem.</p><p>QUESTÃO 41 ------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <http://www.ivancabral.com>.</p><p>Acesso em: 1º ago. 2019.</p><p>No texto, o pronome foi destacado com a intenção de</p><p>chamar a atenção do leitor para outro modelo de carrinho,</p><p>que provavelmente estaria nas expectativas da criança.</p><p>A partir da relação dos elementos verbais e não verbais,</p><p>pressupõe-se que esse outro ser ia um carr inho</p><p>de</p><p>A feira.</p><p>B carga.</p><p>C mercado.</p><p>D brinquedo.</p><p>E aluguel.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 19</p><p>QUESTÃO 42 ------------------------------------------------------</p><p>As cobras: Luís Fernando Verissimo</p><p>Disponível em: <http://www.universohq.com/noticias/as-cobras-de-luis-fernando-verissimo-em-</p><p>coletanea-de-tiras/>. Acesso em: 15 fev. 2020.</p><p>No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em</p><p>diferentes linguagens, a tirinha produz efeito de humor,</p><p>explorando a</p><p>A caracterização da linguagem utilizada em uma esfera</p><p>de comunicação.</p><p>B perspectiva como fator de mediação na leitura do</p><p>mundo.</p><p>C impossibilidade de comunicação entre membros de</p><p>um grupo social.</p><p>D relação de contrastes na forma de se compreender a</p><p>realidade.</p><p>E complexidade da reflexão presente no diálogo entre</p><p>as personagens.</p><p>QUESTÃO 43 ------------------------------------------------------</p><p>A primeira transmissão de rádio realizada no</p><p>Brasil ocorreu no dia 7 de setembro de 1922, durante</p><p>a inauguração da Exposição do Centenário da</p><p>Independência na Esplanada do Castelo. O público</p><p>ouviu o pronunciamento do Presidente da República,</p><p>Epitácio Pessoa, e a ópera O Guarani, de Carlos</p><p>Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal. (...)</p><p>A década de 30 marcou o apogeu do rádio como veículo</p><p>de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas</p><p>quais o país passava. O crescimento da economia nacional</p><p>atraía investimentos estrangeiros, que encontravam no</p><p>Brasil um mercado promissor. A indústria elétrica, aliada</p><p>à indústria fonográfica, proporciou um grande impulso à</p><p>expansão radiofônica.</p><p>Quando a Rádio Nacional foi fundada, no ano</p><p>de 1936, o mundo inteiro ainda mal refeito da primeira</p><p>Grande Guerra esperava pela eclosão de um novo</p><p>conflito. No Brasil, Getúlio Vargas governava com</p><p>aparência de alguma legalidade. Fora eleito por uma</p><p>Assembleia Constituinte, por ele mesmo nomeada, em</p><p>1934. Entretanto, o golpe que viria a implantar o Estado</p><p>Novo encontrava-se em gestação. O governo conseguira</p><p>a pouco debelar a Intentona Comunista, liderada por</p><p>Carlos Prestes. Foi neste cenário, que a Rádio Nacional</p><p>foi concebida. (...) O auge do rádio no Brasil ocorreu a</p><p>partir dos anos 40, quando o país assiste ao surgimento</p><p>de ídolos, novelas e revistas a expor o meio artístico.</p><p>Dessa época são nomes como Mário Lago, Cauby</p><p>Peixoto, Emilinha Borba, Paulo Gracindo, Janete Clair e</p><p>muitos outros, que eram retratados na Revista do Rádio,</p><p>de Anselmo Domingos.</p><p>Apesar de ter garantido por várias décadas papel</p><p>de destaque na sociedade brasileira, em fins da década</p><p>de 1950, com a concorrência da televisão, o rádio</p><p>começou a perder prestígio, uma vez que a recente</p><p>novidade reunia não apenas som, mas também imagem.</p><p>Além do mais, ficava caro manter um cast de atores</p><p>e atrizes.</p><p>Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_do_R%C3%A1dio>.</p><p>Acesso em: 19 jun 2013.</p><p>Adaptado.</p><p>Como se pode ver, na história dos veículos de</p><p>comunicação no Brasil, o rádio ocupou espaço de</p><p>destaque por um bom tempo. Porém, começou</p><p>a perder espaço para a televisão na década de 1950.</p><p>Esse declínio decorreu devido ao fato de o novo veículo</p><p>A trazer interação instantânea com o público, o que não</p><p>era possível com a programação de rádio na época.</p><p>B revelar o colorido que acentuava a vida urbana</p><p>brasileira, fruto do desenvolvimento tecnológico do</p><p>início do século XX.</p><p>C “roubar” os artistas que participavam da programação</p><p>de rádio, o que dificultou o sucesso das novelas de</p><p>rádio em todo o Brasil.</p><p>D incorporar recursos audiovisuais, além de permitir</p><p>interatividade com a Internet, o que tornou a televisão</p><p>mais atrativa ao público da época.</p><p>E superar, em termos de recursos, o rádio, fazendo que</p><p>este perdesse prestígio diante do público, que passa</p><p>a acompanhar a televisão.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 20</p><p>QUESTÃO 44 ------------------------------------------------------</p><p>Quantos há que os telhados têm vidrosos</p><p>E deixam de atirar sua pedrada,</p><p>De sua mesma telha receiosos.</p><p>Adeus, praia, adeus, ribeira,</p><p>De regatões tabaquista,</p><p>Que vende gato por lebre</p><p>Querendo enganar a vista.</p><p>Nenhum modo de desculpa</p><p>Tendes, que valer-vos possa:</p><p>Que se o cão entra na igreja,</p><p>É porque acha aberta a porta.</p><p>GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore.</p><p>São Paulo: Martins Fontes, 2003. Fragmento.</p><p>Ao organizar as informações, no processo de construção</p><p>do texto, o autor estabelece sua intenção comunicativa.</p><p>Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados</p><p>populares com o objetivo de</p><p>A enumerar atitudes.</p><p>B descrever costumes.</p><p>C demonstrar sabedoria.</p><p>D recomendar precaução.</p><p>E criticar comportamentos.</p><p>QUESTÃO 45 ------------------------------------------------------</p><p>CAMPOS, A. Despoesia. São Paulo: Perspectiva, 1994. Adaptado.</p><p>Augusto de Campos é um artista concretista brasileiro</p><p>cuja poética estabelece a relação de diálogo entre as</p><p>diferentes sensações. Enquanto texto artístico, pode-se</p><p>afirmar que o aspecto lúdico do “poema-bomba” reside na</p><p>A exploração exclusiva da dimensão fônica das palavras,</p><p>o que torna a sonoridade um elemento essencial na</p><p>compreensão do texto.</p><p>B diagramação, harmonizando os componentes gráficos</p><p>e espaciais, que se transformam em elementos de</p><p>construção de sentidos diversos.</p><p>C impressão de movimento e de som, construída pela</p><p>conjugação perfeita dos elementos dispostos em</p><p>harmonia.</p><p>D utilização do espaço como elemento secundário para</p><p>a construção de sentidos, já que a palavra é suficiente</p><p>para a leitura do poema.</p><p>E conjugação da palavra, do som e da imagem,</p><p>produzindo um efeito caótico pela disposição dos</p><p>componentes gráficos no espaço do papel.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>LC - 1º Dia | Página 21</p><p>INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO</p><p>• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.</p><p>• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.</p><p>• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número</p><p>de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.</p><p>Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:</p><p>• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.</p><p>• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.</p><p>• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.</p><p>• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.</p><p>TEXTOS MOTIVADORES</p><p>Texto I</p><p>FUGA DE CÉREBROS: OS DOUTORES QUE</p><p>PREFERIRAM DEIXAR O BRASIL PARA</p><p>CONTINUAR PESQUISAS EM OUTRO PAÍS</p><p>Os jovens</p><p>pesquisadores brasileiros Bianca Ott</p><p>Andrade, Eduardo Farias Sanches, Gustavo Requena</p><p>Santos e Renata Leonhardt têm mais em comum do que</p><p>apenas o pouco tempo de carreira e a nacionalidade.</p><p>Todos são doutores recentes e resolveram deixar</p><p>o país em busca de melhores oportunidades para</p><p>desenvolver seu trabalho em um ambiente mais favorável</p><p>à ciência. Eles seguem uma tendência, não registrada</p><p>nas estatísticas oficiais, mas que aparece nos muitos</p><p>relatos de migração de talentos para outros países, que</p><p>vem aumentando, conforme pesquisadores chefes de</p><p>grupos no país e jovens que foram embora, ouvidos pela</p><p>BBC Brasil. Uma espécie de diáspora de cérebros, que</p><p>vem preocupando a comunidade científica nacional, por</p><p>causa das consequências disso para o desenvolvimento</p><p>do Brasil.</p><p>A pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de</p><p>Estudos de Políticas Públicas (NEPP), da Universidade</p><p>Estadual de Campinas (Unicamp), está iniciando uma</p><p>pesquisa que tentará entender as trajetórias de migração</p><p>da diáspora brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação e</p><p>também as motivações e locais de inserção. “Entretanto,</p><p>não há fontes de dados sistemáticas que permitam</p><p>mensurar o tamanho deste fenômeno, pois é necessário</p><p>ter informações sobre a saída, local de estabelecimento,</p><p>tipo de inserção profissional e perfil sociodemográfico,</p><p>especialmente a escolaridade”, explica.</p><p>Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51110626>.</p><p>Acesso em: 2 fev. 2020.</p><p>Texto II</p><p>Os obstáculos para a prática da ciência no Brasil</p><p>impulsionam o brain drain – expressão em inglês que</p><p>significa a saída de cientistas de um país para trabalhar</p><p>em instituições estrangeiras. E a tendência é que a</p><p>fuga de cérebros aumente. Recentemente, uma das</p><p>pesquisadoras brasileiras de maior destaque mundial,</p><p>a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, deu adeus</p><p>ao país. Ela trocou o Instituto de Ciências Biomédicas</p><p>da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)</p><p>pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Em</p><p>carta, disse “ter-se cansado do ambiente que incentiva</p><p>a mediocridade”. “A ciência brasileira está agonizante”,</p><p>escreveu ela na revista Piauí.</p><p>Principal autora de uma das raras pesquisas</p><p>brasileiras divulgadas na revista Science, ela diz</p><p>que existe uma penúria tão grande no país que ela já</p><p>precisou tirar dinheiro do próprio bolso para bancar suas</p><p>pesquisas. “Todo o establishment (sociedade) científico</p><p>do Brasil está dominado por uma visão anacrônica que</p><p>desestimula inovação, desperdiça recursos e não dá</p><p>esperança a uma geração talentosa de pesquisadores</p><p>que está deixando o país em massa, em busca de</p><p>oportunidades melhores”, afirmou. Para Suzana,</p><p>mudanças profundas são urgentes, uma vez que sem</p><p>ciência de ponta não há saída para a crise.</p><p>Disponível em: <http://www.geografia-ensinareaprender.com/2016/06/fuga-de-cerebros-no-</p><p>brasil.html>. Acesso em: 2 fev. 2020.</p><p>Texto III</p><p>Disponível em: <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/05/07/vergonha-dos-</p><p>brasileiros-fuga-de-cerebros/>. Acesso em: 2 fev. 2020.</p><p>PROPOSTA DE REDAÇÃO</p><p>A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua</p><p>formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema</p><p>“Os desafios no combate à fuga de cérebros no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os</p><p>direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de</p><p>seu ponto de vista.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 22</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 46 a 90</p><p>QUESTÃO 46 ------------------------------------------------------</p><p>“De começo, e fosse qual fosse, após a exploração</p><p>cabralina, a importância dos conhecimentos geográficos</p><p>sobre o Brasil, o interesse de D. Manuel pelos seus novos</p><p>territórios da América foi, ao que parece, mais de ordem</p><p>estratégica que econômica.”</p><p>CORTESÃO, Jaime. “Os descobrimentos portugueses”, p. 1086, citado em MORAES, Antonio</p><p>Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil.</p><p>São Paulo: HUCITEC, 2000, p. 174.</p><p>Segundo o historiador português, Jaime Cortesão, no</p><p>início do século XVI, a importância econômica dada</p><p>à América pelo Estado português foi de ordem estratégica.</p><p>Isto, porque</p><p>A o colonizador português encontrou imediatamente</p><p>metais preciosos no território brasileiro, entrando em</p><p>confronto com os indígenas.</p><p>B as comunidades indígenas do litoral sul da América</p><p>eram hostis a qualquer contato com os portugueses,</p><p>o que impediu o desenvolvimento de atividades</p><p>econômicas na região.</p><p>C a extensão do litoral e o clima tropical impediam</p><p>o desenvolvimento de atividades econômicas que</p><p>permitissem a produção de bens valorizados na</p><p>Europa.</p><p>D o interesse português estava voltado para o Oriente,</p><p>e o controle do litoral sul da América deveria garantir,</p><p>fundamentalmente, o monopólio da navegação da</p><p>rota do Cabo.</p><p>E a instalação de feitorias que estimulassem o plantio,</p><p>pelas comunidades indígenas, do pau-brasil, produto</p><p>valorizado no mercado europeu e, por isso, gerador</p><p>de lucros para o Estado português.</p><p>QUESTÃO 47 ------------------------------------------------------</p><p>Disponível em: <www.emap.ma.gov.br>. Adaptado.</p><p>A hinterlândia destacada no mapa corresponde</p><p>A à área atendida pelo porto do Itaqui, cuja localização</p><p>é estratégica, devido à proximidade com o Canal de</p><p>Suez.</p><p>B ao eixo concedido às frentes pioneiras, cuja ocupação</p><p>territorial ocorreu devido ao deslocamento de</p><p>posseiros.</p><p>C a uma área definida como Zona Franca, cuja produção</p><p>industrial utiliza matéria-prima regional, devido às</p><p>isenções de impostos.</p><p>D à área estabelecida para a atividade extrativista, cuja</p><p>exploração ocorre em local protegido, devido aos</p><p>riscos de contaminação.</p><p>E ao eixo de expansão agrícola da bacia do São</p><p>Francisco, cuja espacialização é limitada, devido aos</p><p>gargalos logísticos.</p><p>Texto III</p><p>Disponível em: <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/05/07/vergonha-dos-</p><p>brasileiros-fuga-de-cerebros/>. Acesso em: 2 fev. 2020.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 23</p><p>Texto III</p><p>Disponível em: <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/05/07/vergonha-dos-</p><p>brasileiros-fuga-de-cerebros/>. Acesso em: 2 fev. 2020.</p><p>QUESTÃO 48 ------------------------------------------------------</p><p>Quino, Normalidade I.</p><p>Quino, em sua charge Normalidade I, dialoga com</p><p>o conceito de fato social de Durkheim, ao retratar</p><p>A o modo de agir e pensar que exerce uma coerção</p><p>sobre os indivíduos.</p><p>B o modo de agir e sentir próprio de indivíduos que,</p><p>somados, constituem o todo social.</p><p>C o modo de fazer e conceber inato que molda as</p><p>práticas coletivas.</p><p>D o modo de comportamento que deriva da liberdade da</p><p>vontade dos indivíduos.</p><p>E o modo atitudinal e de pensamento que é uma</p><p>manifestação da psicologia coletiva.</p><p>QUESTÃO 49 ------------------------------------------------------</p><p>In: Ernst Hans Gombrich. A história da arte, 2015</p><p>A tela La Mort de Marat pintada por Jacques-Louis David</p><p>em 1793, em estilo neoclássico, além de expressar a</p><p>modelação da musculatura do corpo, representa um</p><p>momento político francês caracterizado pela</p><p>A insurreição popular contra os privilégios aristocráticos.</p><p>B mobilização do terceiro estado contra reformas</p><p>constitucionais.</p><p>C reação do grupo burguês contra as mobilizações dos</p><p>sans-culottes.</p><p>D rebelião da aristocracia contra as reformas do</p><p>despotismo esclarecido.</p><p>E deposição do diretório republicano e a implantação de</p><p>uma monarquia constitucional.</p><p>*023.504-148296/20*</p><p>CH - 1º Dia | Página 24</p><p>QUESTÃO 50 ------------------------------------------------------</p><p>Observe o quadro abaixo.</p><p>Data Nascer do Sol Pôr do Sol</p><p>16-jul 7:23 17:38</p><p>16-ago 7:01 17:57</p><p>16-set 6:24 18:15</p><p>Disponível em: <http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/ NascerPorSolAno.html>.</p><p>Acesso em: 18 set. 2017.</p><p>Assinale a alternativa que preenche corretamente</p><p>a lacuna do enunciado a seguir.</p><p>Examinando os horários de nascer e pôr</p>se trata da visão e compreensão da sociedade hebraica, um povo monoteísta que via o seu deus como único e verdadeiro, desprezando as outras crenças, considerando-as como práticas de idolatria e magia. Resposta: B C-3 H-14Objeto do conhecimento: Teorias sociológicas. 86. Herbert Spencer, filósofo inglês, procurou estudar a evolução da espécie humana de acordo com leis que explicassem o desenvolvimento de todos os seres vivos, dentre os quais o homem. Sua preocupação fundamentava-se na ideia de progresso social, tendo sido amplamente influenciado por leis e teorias elaboradas pelas c iências naturais. Spencer fo i , indiscutivelmente, o mais destacado pensador a aplicar os princípios evolucionistas à explicação da vida social e à organicidade da vida humana. Para entender o capitalismo e explicar a natureza da organização econômica humana, Marx desenvolveu uma teoria abrangente e universal, que procura dar conta de toda e qualquer forma produtiva criada pelo homem. Os princípios básicos dessa teoria estão expressos em seu método de análise – o materialismo histórico. Marx parte do princípio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os homens se organizam para a produção social de bens que englobam dois fatores fundamentais: as forças produtivas e as relações de produção. Resposta: E C-2 H-6Objeto do conhec imento: Dinâmicas populacionais. 87. A localização exata de Brasília é aferida pelas coordenadas geográficas de latitude (15° 47’ Hemisfério Sul) e 47° 55’ (Hemisfério Oeste/W). As coordenadas apresentam a função de localização precisa de qualquer localidade na superfície terrestre. Resposta: C C-2 H-10Objeto do conhecimento: Revoluções sociais e políticas na Europa Moderna. 88. Um dos grupos sociais mais atuantes nos acontecimentos da Revolução Francesa foram os sans-culottes. Eles eram assim chamados pelo fato de utilizarem calças compridas e largas, contrariamente aos ricos, que usavam calças curtas e apertadas até a altura do joelho, chamadas de culottes. Sans-culottes eram, então, os sem culottes. Eram trabalhadores urbanos, pequenos comerciantes ou mesmo desempregados. Durante a Revolução, passaram também a ser referidos aos grupos políticos mais radicais, constituindo a base de apoio da burguesia jacobina. Estes iriam implantar as políticas mais radicais a partir do aparelho de Estado, principalmente durante o período denominado de Terror, entre 1793-1795, liderado pelos jacobinos. Resposta: D C-3 H-14Objeto do conhecimento: Pensamento filosófico. 89. Na Grécia Antiga, os sofistas eram profissionais do discurso e eram contratados para convencer pessoas sobre uma determinada opinião. Nem sempre acreditavam naquilo que defendiam, mas defendiam seus argumentos de maneira entranhável, porque eram pagos para isso. A imagem em questão provoca, contudo, uma reflexão sobre os sofistas da atualidade, que não são remunerados para refletir nem opinar, acreditam no que defendem, e têm como moeda de troca e fonte de prazer e o ego inflado pelas “curtidas” nas redes sociais na internet, manifestando um tipo de narcisismo cibernético. Resposta: E C-5 H-24Objeto do conhecimento: Ética, moral, cidadania, política e democracia. 90. A ironia no diálogo entre os personagens reforça o fato deles estarem na beira de uma calçada com roupas sujas e claramente em uma situação financeira desfavorável, evidenciando que eles são uma família segregada, fruto das contradições da constituição que prevê bem-estar a todos os indivíduos. Resposta: B Equipe de professores FB Revisoras: ????? - Dig.: Georgenes