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<p>Graduação em Odontologia</p><p>Aluna: Kamila Campos Pereira de Almeida Data da clínica: 30/08/2023</p><p>Aluna Aux.: Luisa Campos</p><p>Professora: Layara Cristine Tomaz Tavares</p><p>Roteiro Clínico Endodontia</p><p>Nome do paciente: Priscila Soares Oliveira</p><p>Procedimentos a serem executados:</p><p>Tratamento Endodôntico do elemento 24.</p><p>CDR: Palatina: 22mm</p><p>Vestibular: 21mm</p><p>Posição de trabalho: Operador deve com os pés apoiados no chão, costas retas e cabeça ereta.</p><p>• Posição de 8 horas: 2° quadrante vestibular e 4° quadrante lingual.</p><p>• Posição de 11 horas: 1° quadrante vestibular e 3° quadrante lingual.</p><p>• Posição de 12/13 horas: dentes anteriores superiores face vestibular e anteriores inferiores face lingual.</p><p>Diagnóstico pulpar: Pulpite irreversível sintomática aguda.</p><p>Tratamento: Tratamento endodôntico</p><p>Materiais: Kit clínico (especificado na mesa clínica 1 acima) - Brocas (1011, 1012, 1013, 1014, 1557, 3203,</p><p>EndoZ, 3082) - Tamborel - Gaze - Rolo de algodão - Posicionador endodôntico - Seringa carpule - Anestésico</p><p>tópico - Anestésico e agulha anestésica - Sonda endodôntica - Espátula de inserção - MIC - Alicate de pré-</p><p>curvar limas - Placa de vidro - Vilevie ou coltosol - Esponjinha estéril - C.I.V restaurador - Limas de acordo</p><p>com o planejamento do caso - Seringa hipodérmica com agulha 5ml - NaOCl 2,5% - Clorexidina gel 2% (para</p><p>casos específicos, de acordo com o planejamento) - EDTA 17% - Seringa hipodérmica com agulha de 5 ml</p><p>(para uso do EDTA) - Régua endodôntica - Régua plástica (papelaria) -Top dam - Material para isolamento</p><p>absoluto (arco, lençol de borracha, grampos, alicate de perfurar e pinça porta grampo) - Carbono - Fio dental</p><p>- Sugador para saliva e sugador endodôntico descartável - Copo de cachaça ou pote de vidro (patê) - Pote</p><p>dappen - EPI para paciente 30 - Película radiográfica - Revelador - Fixador - Colgadura Unitária - Sobre luva</p><p>TÉCNICA ANESTÉSICA</p><p>Anestesia supraperiosteal</p><p>A injeção supraperiosteal, mais comumente, é a técnica de anestesia local usada com mais frequência para</p><p>a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores. Embora seja um procedimento simples com elevada</p><p>frequência de êxito, há algumas razões válidas para se usar outras técnicas (p. ex., bloqueios regionais de</p><p>nervo) sempre que mais de dois ou três dentes estiverem envolvidos no tratamento.</p><p>Técnica</p><p>1. É recomendada agulha de calibre 27</p><p>2. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado</p><p>3. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado</p><p>4. Pontos de referência:</p><p>a. Prega mucovestibular</p><p>b. Coroa do dente</p><p>c. Contorno da raiz do dente</p><p>5. Orientação do bisel: voltado para o osso</p><p>6. Procedimento:</p><p>a. Preparar o tecido no local de injeção.</p><p>(1) Limpar com gaze seca estéril.</p><p>(2) Aplicar um antisséptico tópico (opcional).</p><p>(3) Aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto.</p><p>b. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso.</p><p>c. Levantar o lábio e tensionar o tecido.</p><p>d. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente</p><p>e. Introduzir a agulha na altura da prega muco vestibular sobre o dente-alvo.</p><p>f. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta. Na maioria dos casos,</p><p>a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não</p><p>tocando o osso), não deve haver resistência ao seu avanço nem deve haver qualquer desconforto para o</p><p>paciente com esta injeção.</p><p>g. Aspirar duas vezes.</p><p>-Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20</p><p>segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.)</p><p>h. Retirar a seringa lentamente</p><p>i. Proteger a agulha</p><p>j. Aguardar de 3 a 5 minutos antes de começar o procedimento odontológico.</p><p>REMOÇÃO DA LESÃO CARIOSA</p><p>Para penetração inicial, a broca n° 245 ou 1012 e 1014,(junto a caneta de alta rotação) pressiona-se a broca</p><p>em direção proximal e perfura-se a face distal abaixo do ponto de contato. Chegando em dentina, trocamos</p><p>para baixa rotação, com auxílio da broca n° 2, 4 ou 6, e cortantes de black n°, para remoção de tecido cariado</p><p>em porção de dentina.</p><p>ACESSO ENDODÔNTICO</p><p>Inicie a abertura na fossa central com broca esférica diamantada em esmalte em posição perpendicular à</p><p>superfície oclusal até atingir a dentina.</p><p>Continuar a penetração agora com a broca 1557 em dentina. Em casos de canal único mantenha a broca</p><p>paralela ao longo eixo do dente, enquanto nos dentes com dois canais incline a broca ligeiramente para o lado</p><p>lingual.</p><p>Penetrar com a broca até sentir “sua queda” na câmara pulpar. Para dar a forma de conveniência, remova o</p><p>restante do teto da câmara com a broca Endo Z ou 3003, 3082 que deverá ser utilizada também para remover</p><p>as projeções laterais de dentina.</p><p>ISOLAMENTO ABSOLUTO</p><p>- Selecionar o grampo apropriado: 206 a 209;</p><p>- Demarcar posição da perfuração com pincel;</p><p>- Usar o perfurador para furar o lençol na marcação feita com o pincel;</p><p>- Com o auxílio de um microbrush aplicar o lubrificante internamente na perfuração</p><p>- Colocar o grampo sobre elemento 24;</p><p>- Passar o lençol de borracha sobre ele;</p><p>- Utilizar o fio dental e a colher de dentina para invaginar o lençol de borracha na região cervical do dente.</p><p>Após colocação do grampo realizar selamento marginal (ao redor do dente isolado) utilizando Top Dam. -</p><p>Após a instalação do dique de borracha, fazer a antissepsia do campo operatório com álcool 70% ou NaOCl</p><p>2,5%.</p><p>IRRIGAÇÃO: NaOCl 2,5%</p><p>TÉCNICA: MOVIMENTOS OSCILATÓRIOS</p><p>FASE I - EXPLORAÇÃO DO CANAL RADICULAR</p><p>Inicialmente, utilizaremos a radiografia de estudo. De posse dela, faremos a manobra de obtenção do CDR e</p><p>da referência de cada canal a ser trabalhado.</p><p>Importante ressaltar que, por se tratar de canais curvos, devemos adotar a regra de que o comprimento CDR</p><p>será igual ao CTP.</p><p>Nesta primeira fase de exploração dos canais utilizaremos Limas tipo K da série especial com movimentos</p><p>oscilatórios: limas da série especial (limas # 06, # 08, # 10) e lima #15 no comprimento CTP.</p><p>Portanto, inicialmente deveremos colocar o cursor na medida do dente do comprimento de trabalho provisório</p><p>(CTP). Nesta técnica dos Movimentos oscilatórios, adota-se a seguinte manobra: juntamente com a solução</p><p>irrigadora na câmara pulpar, realizar movimentos de ¼ volta alternadamente em sentido horário e anti-horário.</p><p>A cada 10 a 15 oscilações realizar um deslocamento vertical de 1 a 1,5 mm de amplitude até que a lima</p><p>utilizada fique frouxa no CTP adotado.</p><p>Importante ressaltar que nesta fase de exploração, a única lima que não se faz pré-curvamento é a lima # 06,</p><p>sendo que se deve penetrar com ela reta, delicadamente sem forçar, pois, devido ser de pequeno diâmetro, ela</p><p>tem a tendência a se deformar e fraturar. As demais limas devem estar inicialmente curvadas de forma suave</p><p>com inclinação adequada na sua extremidade, semelhante a um “J”, a qual é realizada com o uso do alicate de</p><p>pré-curvar. Antes de penetrar com as limas preconizadas nesta fase, deve-se avaliar a direção da curvatura do</p><p>canal e introduzir o instrumento no canal com a sua curvatura voltada para o sentido correspondente. Com</p><p>curtos movimentos de vaivém e penetração, aprofunde o instrumento até que o cursor toque o ponto de</p><p>referência externa. Sem removê-lo do canal, inicie os movimentos oscilatórios. A cada 10 a 15 oscilações,</p><p>intercale um movimento longitudinal (vertical) de aproximadamente 26 1 a 1,5mm de amplitude, certificando-</p><p>se sempre de que o cursor toca o ponto de referência. Repita essas manobras até que o instrumento fique</p><p>frouxo no interior do canal. Lembrando que a câmara pulpar deve estar inundada de solução irrigadora durante</p><p>todas</p><p>estas manobras.</p><p>Reforço que nesta fase sempre o cursor deve estar tocando na referência adotada de acordo com o</p><p>comprimento obtido.</p><p>Somente quando a lima utilizada ficar frouxa, passe para o instrumento subsequente até atingir a lima #15.</p><p>Fazer esta manobra de exploração em cada canal separadamente e somente depois de todos os canais</p><p>explorados é que se deve realizar uma tomada radiográfica para a odontometria. Para a realização da</p><p>odontometria, deve-se introduzir todas as limas em cada canal explorado de maneira simultânea, respeitando</p><p>os respectivos CTP e Referência de cada um deles. Na radiografia de odontometria, fazer as correções</p><p>necessárias para a obtenção do comprimento de patência do canal (CPC), que vai do ponto de referência</p><p>externa até o término do canal e do comprimento de trabalho (CT) de cada canal, cujo comprimento será</p><p>0,5mm do CPC. Caso o comprimento de trabalho provisório (CTP) tenha sido menor que o comprimento de</p><p>patência do canal (CPC), tenha o cuidado de voltar com as limas #08, #10 e # 15 com movimentos oscilatórios</p><p>e pressão apical, até que o cursor toque o ponto de referência externa na medida pretendida. Fazer de 10 a 15</p><p>oscilações com deslocamento vertical de aproximadamente 1 a 1,5mm de amplitude, até que o instrumento</p><p>fique frouxo. Não se esqueça que sempre, durante a exploração e a cada troca de instrumento, deve-se estar</p><p>sempre trocando a solução irrigadora e a câmara pulpar deve sempre estar inundada com solução irrigadora</p><p>no intuito de aproveitar todas as propriedades da mesma.</p><p>Quando a lima # 10 ou #15 no CPC, ficar frouxa no canal explorado, ela será considerada a Lima de Memória</p><p>1 – M1.</p><p>RESUMO</p><p>Fase I: Exploração do canal radicular (odontometria). Obtenção do CPC=CTP</p><p>Medir CDR;</p><p>Lima K#06, 08, 10, 15 > CDR >>CPC/CT;</p><p>- Pré curvar os instrumentos de forma suave;</p><p>- Iniciar movimentos oscilatórios ¼ de volta horários e anti-horário (10 a 15) movimentos verticais;</p><p>- Repetir até que o instrumental fique frouxo no canal, a que mais se adequar (ficar mais justa) no CTP</p><p>será a M1;</p><p>CTP= lima #10 > RX = CPC</p><p>CT= CPC – 0,5mm M1.</p><p>Fase II: Pré alargamento</p><p>- Irrigação + recapitulação com limas K#10 ou K#15 > CPC</p><p>- GG2: 2/3 do CT;</p><p>- GG3: 2/3 do CT – 2mm;</p><p>- GG4: 2/3 dp CT – 4mm;</p><p>MEDICAÇÃO INTRACANAL</p><p>Necropulpectomia: - PMCC ou hidoclorito de sódio (esponja estéril) - Pasta HPG</p><p>SELAMENTO DUPLO</p><p>Fazer o selamento coronário duplo provisório com esponjinha na câmara pulpar, seguido do Coltosol (Cavitec</p><p>ou Vilevie) e do cimento de ionômero de vidro.</p><p>REMOÇÃO DO ISOLAMENTO ABSOLUTO</p><p>Referências</p><p>Manual de Anestesia Local Malamed - 6° ed.</p><p>Manual de Endodontia Faculdade Unileste</p><p>Técnica</p>