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1 • Fevereiro de 2019-4° Período Professor: Marcelo Soares Bertocco. Endodontia: “É o campo da odontologia que diz respeito ao diagnóstico e tratamento das enfermidades e injúrias dos tecidos pulpares e periapicais dos dentes”. Indicações básicas para endodontia: • Alterações irreversíveis da polpa e periápices. • Retratamento endodôntico - já passou pelo tratamento e não teve sucesso. • Prótese fixa- questões protéticas (dentes pilares- normalmente indica tratamento de canal). Interação da Endodontia com outras disciplinas: • Histologia. • Semiologia. • Patologia. • Radiologia. • Anestesiologia. • Farmacologia. • Periodontia. • Dentística. • Prótese. • Cirurgia. Anatomia Interna Dental: A cavidade oral é muito complexa da parte dentária, da parte de suporte e sustentação. A anatomia do dente é a mais complexa e variada. 09/02/2017 2 O conhecimento preciso da morfologia da câmara pulpar é fundamental para chegarmos ao sucesso do tratamento. Jovem - aspecto anatômico normal, várias alterações podem alterar a parte interna do dente (idade, cárie, abrasão, erosão, doença periodontal). Ex.: trauma contínuo faz com que o tamanho da polpa diminua. Dente com lesão de cárie, polpa reage conforme ela vai crescendo a polpa vai recuando, mais chega uma hora que a cárie atinge a polpa. Na maioria das vezes em molares, na região cervical vai acontecendo erosão ou abrasão e o dente vai perdendo esmalte, levando a exposição da dentina. 1) Cavidade Pulpar: 1- Esmalte, 2-Dentina, 3-Polpa, 4-Gengiva, 5-Cemento, 6-Osso alveolar, 7-vaso sanguíneo, 8-nervo. A-Coroa, B-Raiz http://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte_(odontologia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Dentina http://pt.wikipedia.org/wiki/Polpa_dent%C3%A1ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Gengiva http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemento http://pt.wikipedia.org/wiki/Osso_alveolar http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo http://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo 3 Espaço dentro do dente onde se aloja a polpa, reproduzindo a morfologia externa do dente, apresentando duas porções: coronárias e radiculares. - Ela não é visível. - Sensibilidade tátil apurada. - Estudo da anatomia. - Radiografia (imagem aparente do dente, não é 100% real). - Formação da imagem do dente. ➢ Suas paredes recebem a mesma denominação das paredes coronárias: • Em dentes unirradiculares, existem 4 paredes: vestibular, lingual ou palatina, mesial e distal. • Em dentes multirradculados existem 6 paredes: vestibular, lingual ou palatina, mesial, distal, oclusal (ou teto da câmara pulpar), assoalho (ou soalho - é a parede cervical da câmara pulpar). 2) Canal Radicular: Formados por dois cones justa postos unidos pelo seu ápice: um dentinário que se abre para cervical e um cementário que se abre para apical. Geralmente seguem o trajeto externo da raiz. O canal radicular é dividido em canal dentinário (de maior extensão) e canal cementário (0,5 a 0,75 mm onde termina o forame apical). A união dos dois cones justapostos recebe o nome de limite CDC (canal dentinho cementário- campo de ação do endodontista) e encontra-se em média 0,5 a 0,75 do ápice anatômico dental. Trabalhamos 1 mm a quem do ápice do dente por medida de segurança. Nem todos os canais são acessíveis, por isso trabalhamos no principal, alargamos e limpamos. A porção apical pode-se abrir na forma de delta, por onde entra o feixe vásculo- nervosos. 4 ➢ Dentes Superiores Limite CDC (onde o profissional trabalha- canal dentinho cementário). 5 Acompanham a anatomia externa, geralmente unirradiculares. Os canais superiores possuem canais mais volumosos, conóides e retos. Já os canais inferiores são mais estreitos, devido ao achatamento mésio - distal. Nos dentes anteriores acessamos o canal pela face palatina, por questão de estética, em alguns casos fazemos por vestibular devido à inclinação do dente. Já nos posteriores acessamos o canal pela face oclusal. • Incisivo Central Superior: é o menos complicado de fazer o canal. Raízes são largas e retas. Leve inclinação no sentido vestibular. (Limas mais finas, flexíveis fazem a curvatura do dente. A medida que aumenta o diâmetro das limas e mais difíceis de fazer a curvatura, pode começar a desviar.) Raiz: -Reta: 75% -Curvatura apical vestibular: 9,3% -Curvatura apical distal: 7,8% -Curvatura apical mesial: 4,3% -Curvatura apical palatina: 3,6% • Incisivo Lateral Superior: é o dente que tem maior número de casos com curvatura apical para distal. Apresenta as maiores variações anatômicas, destacando-se a fusão (dente queria se dividir em dois e não se dividiu, duas coroas e duas raízes juntas), microdontia (dente pequeno), dens invaginatus (má formação do esmalte e dentina, muda a anatomia interna do dente). Raiz: -Reta: 29,7% -Curvatura distal: 49,2% -Ligeira angulação: 4,7% -Curvatura palatina: 3,9% -Curvatura vestibular: 3,9% -Curvatura mesial: 3,1% -Baioneta: 1,6% • Canino Superior: dente mais longo da cavidade bucal. Abertura por palatina, pouca inclinação. Curvatura na L e V não tem como ver na radiografia. Raiz -Reta: 38,5% -Curvatura distal: 19,5% -Curvatura vestibular: 12,8% -Curvatura mesial: 12% -Curvatura palatina: 6,5% -Pseudo-baioneta: 4,6% -Acotovelamento: 3,5% -Dilaceração: 2,6% • 6 • Primeiro Pré Molar Superior: geralmente apresentam dois canais radiculares (2 raízes). Na maioria das vezes em ortodontia tira o 1PMS porque ele tem duas raízes e é mais fácil movimentar um dente cm uma raiz (2PMS). Coroa e mais arredondada. Raiz vestibular: -Reta: 27,8% -Curvatura palatina: 36,2% -Curvatura vestibular: 14% -Curvatura distal: 14% -Baioneta: 5,5% -Pseudo-baioneta: 2,5% Raiz palatina: -Reta: 44,4% -Curvatura vestibular: 27,8% -Curvatura distal: 14% -Curvatura palatina: 8,3% -Baioneta: 5,5% Obs.: Baioneta: dente em forma de s = difícil de tratar. Geralmente um canal e uma raiz em algumas situações podem apresentar uma ilha de dentina ou bifurcação no terço apical. • Segundo Pré Molar Superior: Raiz: -Reta: 37,4% -Curvatura vestibular: 15,7% -Curvatura distal: 29,5% -Baioneta: 7% -Pseudo-baioneta: 6% -Angulação distal: 4,4% • Molares Superiores: tratamento bem dificultado, primeiro pelo acesso (oclusal), segundo que são dentes maiores, tem mais variações, multirradiculados. -1°Molar Superior: geralmente apresenta 3 raízes, sendo 2 na vestibular e 1 na palatina. A raiz mésio-vestibular é geralmente a mais curva e pode apresentar dois canais radiculares (mais difícil de trabalhar). Direção da raiz mésio-vestibular do 1 o . MS: -Reta: 21% -Curvatura distal: 78% Direção da raiz disto-vestibular do 1 o . MS: -Reta: 54% -Curvatura distal: 17% -Curvatura mesial: 19% -Pseudo baioneta: 9% 7 Direção da raiz palatina do 1 o . MS: Reta: 40% Curvatura radicular apical vestibular: 55% * raiz mais fácil de trabalhar, porque é mais ampla e reta, mais tem curvatura para apical. • Segundo Molar Superior: geralmente apresenta 3 raízes, sendo 2 vestibulares e 1 palatina. Neste dente as raízes são menos divergentes e mais retilíneas. Direção da raiz mésio-vestibular do 2 o . MS: * Pode ter mais de um canal -Reta: 22% -Curvatura distal: 54% Direção da raiz disto-vestibular do 2 o . MS: -Reta: 54% -Curvatura mesial: 17% Direção da raiz palatina do 2 o . MS: -Reta: 63% -Curvatura radicular apical vestibular: 37% ➢ Dentes Inferiores: • Incisivo Central Inferior: é o menor dente da cavidade bucal. Raiz: -Reta: 65% -Curvatura vestibular: 18% -Curvatura distal: 15% -Pseudo-baioneta Incisivo Lateral Inferior: pouco maior que o ICI em comprimento.Raiz: -Reta: 54% -Curvatura distal: 33% -Curvatura vestibular: 11% -Baioneta: 1% -Angulação: 1% • Canino Inferior: segundo maior dente que tem na cavidade bucal. Raiz: -Reta: 68% -Curvatura distal: 13% -Curvatura vestibular: 7% -Curvatura mesial: 1% -Pseudo-baioneta: 1% 8 • Primeiro Pré-Molare Inferior: apresenta 1 canal radicular, as vezes pode ter uma bifurcação no canal. Coroa é mais achatada. Raiz: -Reta: 48% -Curvatura distal: 36% -Curvatura lingual: 7% -Curvatura vestibular: 2% -Pseudo-baioneta: 4% -Baineta: 2% -Curvatura mesial: 1 • Segundo Pré-Molar Inferior: é um pouco maior que o 1PMI em comprimento. Raiz: -Reta: 40% -Curvatura distal: 40% -Curvatura vestibular: 10% -Curvatura lingual: 3% -Pseudo-baioneta: 7 • Molares Inferiores: geralmente apresentam duas raízes, sendo uma mesial com dois canais e uma distal com um canal radicular amplo. Os canais da raiz mesial aparecem sobrepostos nas radiografias. Primeiro Molar Inferior: Direção da raiz mesial do 1 o . MI: (2 canais) -Reta: 16% -Curvatura distal: 84% Direção da raiz distal do 1 o . MI: -Reta: 73,5% -Curvatura distal: 18% -Curvatura mesial: 8,5% Segundo Molar Inferior: duas raízes, um pouco mais separadas. Direção da raiz mesial do 2 o . MI: (1 canal) - Reta: 27% -Curvatura distal: 61% -Curvatura vestibular: 4% -Baioneta: 7% -Pseudo-baioneta: 1% Direção da raiz distal do 2 o . MI: 9 -Reta: 58% -Curvatura distal: 18% -Curvatura mesial: 14% -Curvatura vestibular: 4% -Baioneta: 6% Obs 1: A curvatura que mais aparece e que nos não vemos é para vestibular, 1PMI e uma exceção. Obs2: quais são os grupos dentais que usamos a técnica radiográfica de clark? Molar Inferior (1° e 2°) e 1PMS – chance de ter canais sobrepostos. ➢ Medidas (Médias) do Comprimento dos Dentes Incisivo Central Superior = 22,5mm Incisivo Lateral Superior = 22,0mm Canino Superior = 26,8mm 1° Pré-Molar Superior = 22,5mm 2º Pré-Molar Superior = 21,0mm 1º Molar Superior = 22,0mm 2º Molar Superior = 20,7mm 3° Molar Superior = 18mm Incisivo Central Inferior = 20,7mm Incisivo Lateral Inferior = 22,1mm Canino Inferior = 25,6mm 1° Pré-Molar Inferior = 21,6mm 2º Pré-Molar Inferior = 22,0mm 1º Molar Inferior = 21,0mm 2º Molar Inferior = 19,7mm 3°Molar Inferior = 18mm ➢ Tamanho da Câmara pulpar: Também podem sofrer alteração devido à deposição de dentina mais intensamente em um local que necessita de proteção. Um exemplo é a deposição de dentina intensamente onde temos uma lesão cariosa, na tentativa de proteger a polpa. Variação: Canal Bifurcado Terço médio para baixo, Comum em PMI. 10 Variação: canal fusionado. A câmara pulpar é ampla em dentes jovens, diminuem de tamanho com a idade, devido á deposição contínua de dentina. Além da Fusão, Microdontia e Dens Invaginatus que aparecem com maior frequência nos Incisivos Laterais Superiores, outras variações são Macrodontia (dente enorme, comum em ICS), Geminação (separou a raiz mais as coroas estão unidas), Taurodontia (raiz minúscula e coroa grande), Dilaceração (curvas muito acentuadas, fora do padrão) e Canais em C (os três canais se unem e ficam em forma de c em um canal). Corno pulpar é uma proeminência da câmara pulpar. Terceiro molar quase nunca faz tratamento endodôntico quando dá problema e extraído. Sequência do tratamendo endodôntico: - Anamnese (exame objetivo e subjetivo). - Exame Radiográfico. - Anestesia. - Abertura da Câmara Pulpar (acesso coronário). - Isolamento absoluto. - Pupectomia / descontaminação progressiva. - Odontometria. - Preparo quimico-mecânico. - Obturação (ou medicação intracanal). - Proservação. 15/02/2017 11 ➢ Abertura da Câmara Pulpar ou cavidade de acesso: É a fase operatória inicial do tratamento endodôntico, que compreende a abertura da câmara pulpar com a consequente remoção de todo seu teto, assim como da realização de desgastes compensatórios, a fim de obter uma conformação definitiva da cavidade intra- coronária sua limpeza e antissepsia. • Objetivos: - Visualização da entrada do canal radicular - Os canais se tornam diretamente acessíveis, desde a sua entrada até a região apical. *Entre os insucessos endodônticos, muitos deles derivados de um acesso coronário incorreto estão: limpeza inadequada, perfurações radiculares, fratura de instrumentos, formação de degraus, entre outros. A abertura deve ser bem realizada porque ai possibilita uma correta execução das demais fases. A abertura incorreta gera um PQM deficiente, como desinfecção e obturação = insucesso. • Princípios de abertura da cavidade de acesso: - Remoção de todo o teto da câmara pulpar, a fim de retirar os remanescentes pulpares e expor os orifícios da entrada dos canais radiculares. (Se não tirar todo o resto do teto pulpar vai fazer com que haja escurecimento da coroa). - Obter um acesso reto e livre até a primeira curvatura do canal radicular, quando essa existir (ICS não tem curvatura nenhuma, já os molares sim). - Preservar o assoalho (soalho) da câmara pulpar, evitando sua perfuração e facilitando a localização da entrada dos canais, sendo que sua integridade tende a guiar os instrumentos. (Se perfurar o assoalho, vamos colocar os instrumentos e invés de ir no canal ele vai na perfuração, pode levar a obturação errada. Dentes que tem o assoalho são os posteriores com mais de uma raiz, exemplo: molares e pré- molares.) - Conservação da estrutura dentária, pois a remoção excessiva de tecido dental enfraquece esmalte e dentina, favorecendo o aparecimento de fraturas coronárias. - Manter estrutura dental suficiente para a permanência total do selamento provisório da cavidade de acesso, até a colocação da restauração definitiva no dente. 12 • Preparos prévios: - Geralmente, os dentes que necessitam de intervenção endodôntica não estão com sua coroa íntegra, estando afetados por destruições cariosas, restaurações extensas, fraturas, etc. Quando isso acontece devemos eliminar os agentes agressores, como por exemplo, a cárie, porque ela é um poço de microrganismos e a nossa área de trabalho tem que estar mais asséptica e mais desinfetada possível. Se não vamos levar bactérias para dentro do canal durante a abertura. Ex2: dente com coroa protética, temos que observar se a coroa é provisória ou definitiva. Nesse caso, a cora provisória, removemos e fazemos o canal. Quando é definitiva temos que ver se ela tem infiltração se tiver, faz o acesso onde já tem uma deficiência. EX3: fratura coronária. Ex.4: dentes com restauração grandes se estiver bem adaptado faz a abertura sem remove-la inteira porque facilita o isolamento. Obs.: Para todos os exemplos precisamos ver a parte periodontal. - A angulação dentária, posição das cúspides, mudança na anatomia externa como a ocasionada pela presença de coroas protéticas entre outras, podem alterar a relação do longo eixo coroa-raiz. (O longo eixo da coroa acompanha o longo eixo da raiz). - A radiografia periapical tirada com o posicionador ou pela técnica do paralelismo é de FUNDAMENTAL importância antes de realizarmos o acesso coronário. Além disso, a radiografia pela técnica interproximal é um importante auxiliar na observação da anatomia interna coronária. (A panorâmica distorce muito; Bint Winter não pega o ápice e é boa para observar a cavidade pulpar, é melhor que a periapical pra observar a coroa, mais precisamos da periapical para observar o canal.). - Devemos remover todo o tecido cariado antes do acesso à câmara pulpar, assim como restaurações e coroas protéticas sempre que se fizerem necessário. As coroas provisórias devem sempre ser removidas antes doacesso ➢ Sequência da técnica de acesso: • Ponto de eleição: É a forma de contorno inicial. DENTES ANTERIORES: - Face palatina ou lingual. - Entre o cíngulo (proeminência de esmalte na face p dos anteriores) e o bordo incisal. DENTES POSTERIORES: -Face oclusal. -Na fosseta central. • Forma de conveniência: É o término da abertura, onde se coloco o isolamento, e fica conveniente a forma do canal para o tratamento. Quando começamos a abrir já vamos dar a forma de contorno que vai ser um esboço para forma de conveniência. 13 - Incisivos Centrais e Laterais Superiores e Inferiores: triangular com base voltada para o bordo incisal. - Canino Superior e Inferior: forma losangular ou ovóide. • Direção de Trepanação: - Nos anteriores inicialmente perpendicular ao longo eixo do dente, ao atingir a câmara pulpar, ela deve ser direcionada para o longo eixo do dente. - Nos posteriores, em direção ao longo eixo do dente. • Desgaste Compensatório: - Manobra que visa remover projeções dentinárias que dificultam o acesso franco e direto dos instrumentos ao interior dos canais radiculares. ➢ Fases da abertura coronária: • Dentes anteriores: - Ponto de eleição = Face palatina = Broca esférica. - Forma de contorno. - Direção de trepanação. Estender a cavidade = Forma de conveniência. - Aprofundar a broca até atingir a câmara pulpar. - Orientar a broca no sentido do longo eixo do dente. - Remover o teto da câmara. - Verificar se há remanescente de teto (sonda exploradora). - Preparo final da cavidade = paredes planas e divergentes= desgaste compensatório 14 para o bordo incisal (Broca tronco-cônica, cilíndrica, Endo Z). - Colocar Isolamento Absoluto. ➢ Materiais: - Brocas esféricas AR n. 1012 – 1014 – 1016. - Brocas esféricas BR n. 2 e 4 (baixa rotação). - Brocas tronco-cônicas AR n. 3080 – 3083. - Brocas AR Endo Z. - Sonda Exploradora. - Brocas Esféricas. ➢ Erros na abertura coronária: - Micro e macro abertura: abertura não deve remover nem poupar excessivamente as estruturas dentais. - Erros frequentes cometidos no preparo intracoronário: Área de eleição do acesso tomada erroneamente. Perfuração vestibular da coroa. Formação de degrau ou perfuração de uma face proximal. Abertura insuficiente ou inadequada. Preparo inadequado da câmara pulpar. Perfuração da câmara pulpar. Forma de conveniência inadequada. Abertura inadequada em câmara pulpar atrésica. Broca pressionada contra o soalho da câmara, obliterando a entrada dos canais radiculares. Preparo demasiadamente extenso lateralmente e inadequado em profundidade. 15 Acces preparation: (aula prática) ➢ Abertura do Incisivo: Em dentes anteriores a abertura é perpendicular ao longo eixo do dente, quando cai na câmara pulpar, vai paralelo ao longo eixo do dente. Forma triangular de base para incisal. Broca esférica vai desgastando e aprofundando dentro da cavidade até que a bolinha da broca fica toda dentro da cavidade. Pequena exposição da câmara pulpar. Direciona a broca para o longo eixo do dente. Pega a sonda exploradora e passa dentro da cavidade para ver se prende, se prender tira porque ainda tem teto pulpar. Caso fique escurecida a coroa após o tratamento é porque ficou resto de teto pular. ➢ Função de fazer o desgaste: Deixar o início da cavidade bem expulsiva para que o instrumento entre no canal o mais livre possível, se prender em algum lugar dá problema. ➢ Cárie na vestibular: Remover a cárie se der exposição pulpar, deve-se restaurar a vestibular provisoriamente e abrir por palatina ou lingual. Ex.: giroversão de tal forma que fica difícil de abrir pela palatina/lingual abre pela vestibular, ou então quando ele está inclinado, deitado, mais são situações raras. ➢ Abertura do Canino: Forma ovóide ou losangular. Desgaste compensatório fazer no final para tirar todo tipo de reentrância para entrar no canal. ➢ Vantagens: 15/02/2017 16 - Remoção total do teto da cavidade pulpar corre o risco de depositar resto de sangue, material obturador. Instrumentos que usam dentro do canal entram sem nenhum obstáculo, então consegue fazer a limpeza, e preparação e a obturação de forma adequada. Se ficar obstruído corre risco de fratura do instrumento. ➢ Erros na abertura coronária: - Área de eleição do acesso tomada erroneamente. - Perfuração vestibular da coroa. - Formação de degrau ou perfuração de uma face proximal. - Abertura insuficiente ou inadequada (falta de remoção total do teto da câmara pulpar) - Preparo inadequado da câmara pulpar. - Perfuração da câmara pulpar (perfuração do assoalho da cavidade pulpar leva a lesão de furca a curto e médio prazo. O nosso instrumento vai tentar entrar nessa perfuração e ai o profissional vai colocar a lima e alargar mais o canal, de forma errada. Quanto maior a área de furca pior o prognóstico). - Forma de conveniência inadequada (Incisivos forma triangular de base para o bordo incisal - manutenção de tecido, limpeza inadequada pode fratura o material). - Abertura inadequada em câmara pulpar atrésica (Tamanho diminui pela deposição de dentina). Ex1: idosos- canais mais atrésicos, devido a traumas deposição de dentina secundária dentro dos canais. Ex2: traumatismo dentário. Queixa que o IC está escurecendo, na anamnese pergunta se já sofreu queda, o paciente fala que sim, fala que quando pequeno caiu jogando bola. Mudança na coloração da coroa (rompimento do feixe vásculo-nervoso. A polpa é um tecido conjuntivo frouxo, contendo nervo e vasos sanguíneos que entram através do ápice, quando o dente perde a irrigação desses vasos sanguíneos altera a coloração da coroa por falta de sangue e ai começa a deposição de dentina secundária dentro do canal, fazendo com que ele fique atrésico e escurecido). Se não tiver inflamação no ápice quer dizer que não precisamos mexer no canal, se tiver ficamos preocupados porque o canal está internamente calcificado. - Broca pressionada contra o soalho da câmara, obliterando a entrada dos canais radiculares. (Ex.: Abrindo o canal usa a broca mais volumosa, ao invés de amplia começa a depositar dentina no canal e dificulta o acesso). -Preparo demasiadamente extenso lateralmente e inadequado em profundidade (Microabertura é pior que a macro. Abre pouco tem mais dificuldade de tratar o canal, abre muito pode deixar o dente enfraquecido. A câmara pulpar dos posteriores é um pouco pronunciada, ai normalmente expõem na V e L ai não e o canal é o teto). Instrumentos Endodônticos: • Kit clínico normal (básico): espelho, pinça e sonda exploradora. • Sondas: sonda exploradora (sondagem para ver se tem resto pulpar) e sonda adaptada para endodontia (localizar a entrada do canal). • Seringa carpule. • Caneta de baixa e alta rotação (fazer preparo cavitário, sempre usa com refrigeração agua/ar para não dar superaquecimento ao dente). 16/02/2017 17 • Caixa endodôntica com 72 furos. • Agulhas anestésicas curta (mais usada), extra-curta(pediatria),longa. • Sonda periodontal milimetrada. • Pinça clínica de Perry (levar os cones no canal radicular). • Cureta de haste longa (raspar tecido cariado, remover resto de material da cavidade pulpar). • Régua endodôntica calibradora (conferir se o cone de obturação tá na medida certa). • Arco de Yang plástico (prende o lençol de borracha-isolamento absoluto). obs: arco metálico dá interferência na radiografia. • Lençol de borracha (folha de borracha que será levado à boca do paciente para fazer o isolamento). • Hollemback 3S. • Espátula 70 (preparar, espatular o cimento). • Seringa descartável (irrigar o canal radicular). • Agulha para irrigação (são finas e não tem ponta). • Sugador endodôntico metálico. • Sugadorendodôntico descartável. • Lamparina a álcool (cone de guta e cimento - o cone só consegue ser cortado quando aquecido). • Tamborel ou porta lima (aço por dentro e tem esponja, encher com álcool ou solução de hipoclorito, não usando a lima espeta no tamborel para fazer a assepsia dela). • Calcadores Paiva. • Brocas de Gater Gleidden (haste fina, ponta com atividade. Trabalha na parte reta do canal, alarga a parte inicial e o terço médio. Usada na caneta de baixa rotação). • Brocas de Largo (auxiliadoras do preparo cavitário. Também usada na caneta de baixa rotação). • Cimentos endodônticos (usa endofil na obturação dos canais junto com o cone de guta). • Lentula (usa na caneta de baixa, útil para levar medicamento para dentro do canal). • Alicate de Aensworth (alicate perfurador do lençol de borracha). • Pinça porta grampos. • Grampos (para prender o isolamento no dente). • Barreira gengival (bisnaga com gel dentro. Passa o gel no colo do dente depois de isolado e fotopolimerizado, ai se o gel se transformar em borracha dura impede a penetração de saliva e que caia solução de hipoclorito de sódio na boca do paciente). • Cones de papel absorvente (parecem agulhas de papel que correspondem ao diâmetro dos instrumentos que vamos utilizar no canal. Não pode colocar medicamento nem material em canal úmido). • Cones de guta perche acessório FM E M (coloca o cone principal que é o cone correspondente com o instrumento que usou e vai ficar um espaço dai coloca o acessório). • Espaçadores digitais (introduz dentro do canal já com o cone dentro do canal radicular para que ele abra espaço para colocar mais cones). 18 ➢ Instrumentos manuais: -Limas tipo K (convencional, flexiofile, níquel-titânio). - Limas tipo Hedstroen. -Alargadores. -Exterpia nevos. ➢ Constituição da Lima: - Cabo. - Parte intermediaria. - Parte ativa. - Ponta. Obs.: * A identificação da lima pode ser de duas maneiras: pela cor do cabo ou pelo número da lima escrito no cabo. *Lima número 30, 15 não é o comprimento da lima e si o diâmetro. *Temos limas de comprimento: 21 ,25 e 31 mm. * A parte intermediaria da lima dá o comprimento da lima. * A ponta ativa é igual para todos os tamanhos de lima ( 21, 25 e 31 mm ) o que muda é a parte intermediária. ➢ Limas K Série Especial: CABO DIÂMETRO - Rosa 06 - Cinza 08 - Roxo 10 São a série de limas mais finas que tem. Todas essas 3 vem no comprimento de 21, 25 e 31 mm e com o cursor de borracha. ➢ Limas Hedstroen: CABO 1° SÉRIE 2° SÉRIE 3° SÉRIE - Branco 15 45 90 - Amarelo 20 50 100 - Vermelho 25 55 110 - Azul 30 60 120 - Verde 35 70 130 -Roxo 40 80 140 Todas são no tamanho de 21, 25 e 31 mm. ➢ Constituição do instrumento: - Aço inoxidável: - Níquel-titânio: - menos duro. - menor poder de corte. - resistente à oxidação. - mais flexível. -mais resistente -manutenção do longo eixo. 19 Obs.: Limas K e Limas Hedstroen (usada no retratamento). ➢ Substituição das limas: - Distorção dos espirais. - Dobras em ângulo vivo. - Oxidação. - Perda do poder de corte - Corrosão. Preparo químico-mecânicos dos canais radiculares: (PQM) É um procedimento dinâmico que visa promover a limpeza, ampliação e modelagem de um canal radicular, através de 3 situações distintas: instrumentação, emprego de solução químicas auxiliares e irrigação/aspiração. ➢ Objetivos: Os principais objetivos do PQM são a limpeza do sistema de canais, a ampliação e modelagem (damos uma moldagem cônica ao canal) do canal radicular principal. Esses objetivos, embora distintos são alcançados simultaneamente, durante o preparo do canal radicular. ➢ Limpeza e desinfecção: A limpeza e desinfecção do sistema de canais radiculares visam a eliminação de irritantes como os microrganismos, seus produtos e tecido pulpar vivo ou necrosado, criando um ambiente propício a reparação dos tecidos perirradiculares. ➢ Ampliação e modelagem: A ampliação e modelagem são alcançadas por meio da instrumentação à confecção de um canal de formato cônico com o menor diâmetro para o ápice e o maior ao nível coronário, chamamos este de canal cirúrgico (porque nos que damos essa conformação com a instrumentação) e canal anatômico é o canal sem ser instrumentado. ➢ PQM Instrumentos (brocas, limas) = preparo e modelagem Substâncias químicas auxiliares (bactericida) = irrigação e aspiração. ➢ Movimentos dos Instrumentos Endodônticos: - Movimento de remoção: Não promove o preparo e a modelagem do canal. Movimento útil na remoção da polpa radicular e em casos de retratamento. O instrumento entra no canal, faz rotação no sentido horário 1 ou 2 voltas e retira. Não promove o alargamento do canal, só retira a polpa viva do canal e deixa-o reto. - Movimento de exploração ou cateterismo: Pequenos avanços no sentido apical, discreto movimento de rotação a direita e a esquerda pequenos retrocessos. Exploração 22/02/2017 20 da anatomia em canais amplos. Com movimentos finos, faz meia volta à direita e meia à esquerda, penetrando e retirando, sem girar o instrumento. - Movimento de alargamento: Instrumento de diâmetro maior que o canal anatômico promove o alargamento por desgaste de dentina das paredes dos canais. Mais indicados para a porção reta dos canais. Semelhante ao de remoção com a diferença que utiliza instrumento com maior calibre do canal faz rotação do instrumento e pressão em direção ao ápice. - Movimento de alargamento parcial: Instrumento de diâmetro maior que o canal. Exploração da anatomia de canais atrésicos. Com instrumento maior que o tamanho do canal, introduzimos em direção apical, faz meia volta em sentido horário e traciona. - Movimento de alargamento parcial alternado: Penetra com o instrumento, gira meia volta à direita e meia volta à esquerda e tira o material. Um dos movimentos mais utilizados recebe outras denominações como oscilatório, rotação alternada, reciprocante e forças balanceadas. Movimento ideal para preparar canais com curvatura. -Movimento de alargamento contínuo: Instrumento de diâmetro maior que o canal, geralmente acionado por motores. Para canais curvos é imprescindível que o instrumento seja de níquel- titânio. Penetração do instrumento, rotação de 360° e retira com um instrumento maior que o diâmetro do canal. Vantagens do movimento de alargamento (todos): - Preparo do canal radicular centrado em relação ao seu longo eixo. - Forma final do preparo cônico (devemos manter porque o canal naturalmente é cônico, o diâmetro da entrada é maior que o diâmetro do forame. Mais fácil na hora de irrigar e na hora de obturar). - O profissional tem o domínio sobre o diâmetro e a forma final do canal, facilitando a obturação. Desvantagens do movimento de alargamento (todos): - O movimento de alargamento pode deixar áreas do canal não instrumentadas. - Isso pode ocorrer em canais achatados, onde nem sempre e possível utilizar o instrumento de diâmetros maiores. -Movimento de limagem: Movimento de retiradas com passos curtos. Mais indicados para canais retos e achatados. Introduz o instrumento no canal traciona em uma das paredes e retira. Normalmente faz quando quer realizar movimento anti-curvatura, para canais curvos. - Movimento de alargamento de limagem: Instrumentos tipo k e hedstroen, utilizado em retratamento para remover material que ainda ficou na parede. Penetra o instrumento da meia volta para a direita, pressiona contra a parede que quer remover. ➢ Classificação dos Canais Radiculares: • Classe I: canal amplo ou médio, reto ou com curvatura bastante discreta, permitindo seu acesso até o forame apical. Ex: canais de IC. 21 • Classe II: canal atresiado com curvatura moderada, permitindo seu acesso ate o forame apical. Ex.: Molares superiores e inferiores. • Classe III: canal atresiadocom curvatura acentuada e difícil acesso ao forame apical. Ex.: molares. • Classe IV: canais atípicos com dupla curvatura, sendo extremamente difícil o acesso ao forame apical. ➢ Limite Apical do PQM: O Canal radicular é dividido em: - Canal dentinário que é o de maior extensão. - Canal cementário -0,5 a 0,75 mm termina no forame apical. A união do canal dentinário com o canal cementario é o limite CDC (canal dentina cementário). O limite CDC encontra-se em média de 0,5 a 0,75 mm do ápice anatômico dental. Como e muito difícil avaliar clinicamente essa medida entre 0,5 mm e 0,75mm no limite CDC, vamos estabelecer nosso limite apical de instrumentação em 1 mm aquém do comprimento total do dente (forame apical). (1 mm menos que o tamanho real do dente. Anteriores: bordo incisal ate o ápice. Posteriores: de uma cúspide até o ápice da raiz correspondente aquela cúspide). ➢ Diâmetro anatômico É o diâmetro do canal radicular antes da sua instrumentação. 22 ➢ Diâmetro cirúrgico: É o diâmetro obtido após o preparo radicular. ➢ Comprimento de trabalho: Corresponde ao nosso limite apical de instrumentação, ou seja, situa-se 1 mm aquém do comprimento total do dente. (Se ultrapassar esse limite, o que pode acontecer: para menos vamos deixar restos pulpares na região apical e dentina infectada. Se ultrapassar para mais vamos lesar o periodonto, o instrumento vai passar pelo forame e vai traumatizar toda a estrutura do dente = extravasamento do material). Comprimento total do dente -1 mm.·. ➢ Comprimento de patência: É uma manobra feita durante o preparo dos canais que mantem todo canal principal onde estamos trabalhando, desobstruído, livre, desde a entrada até o forame. É o comprimento real do dente ou comprimento total do dente. ➢ Instrumento de patência: Os instrumentos de patência são os instrumentos de fino calibre (mais fino que aqueles que estamos trabalhando na região apical, mais não fica 1mm aquém e sim chega no ápice e com isso libera raspas de dentina que fica no limite apical. Importância do comprimento de potencia é manter livre de obstrução. As raspas de dentina contaminam o canal e isso faz com que o tratamento fique mais difícil). Ex.: Canal com CP=22 o CT=21 A região apical com a utilização da lima vai ser alongada. 4 instrumentos, no mínimo, a cima do que começou devem ser usados pelo 15 e paramos no 35. IAI= Instrumento apical inicial= lima número 15. IAF= Instrumento apical final= lima número 35. O instrumento de patência vai ser o mais fino que o 15, por exemplo, o instrumento 10. Começa abrir o dente com o instrumento número 15 com 21 mm, na hora que for passar para o instrumento 20 vem com o instrumento de patência (número10 com 22 mm) e vai para o instrumento 20 com 21 mm, volta na patência até chegar no instrumento número 35. ➢ Batente apical: Conhecido também como ombro apical, parada apical de instrumentação ou degrau apical, é rebaixo onde o cone principal de obturação se encaixa. É o ponto de parada da instrumentação, equivalente ao CT, determinado na odontometria. * Qual a importância de confeccionar o batente apical? Impede que o cone de guta, na hora da obturação estravasse pelo ápice. Isso se usar o cone corretamente, existe cone correspondente aos instrumentos. Problema quando o material obturador passar pelo forame – é normal passar um pouco o cimento, mais ele é reabsorvido pelo organismo. Pode causar uma inflamação, 23 mais o organismo reabsorve. Já o cone é solido e não e reabsorvido, se ultrapassar fica ali como um corpo estranho e impede a regeneração. ➢ Técnica de instrumentação • Clássica ou convencional: Os instrumentos utilizados durante o PQM é em ordem crescente de diâmetro em toda a extensão do CT.O instrumento toca todas as paredes do canal, independente do diâmetro que ele tem. O problema desse tipo de instrumento é que ele só tem certa efetividade em canais retos e amplos. Em canais curvos é difícil de fazer essa instrumentação, como o instrumento toca em várias paredes do canal. Como o instrumento toca em várias paredes do canal ele sofre muita pressão durante o uso e pode causar vários tipos de acidentes, entre eles a fratura. • Instrumentação segmentada: prepara o canal por terços diferentes. Os nossos instrumentos não vão tocar em todas as paredes do canal e sim em terços do canal. Podemos fazer essa de 2 maneiras: - Sentido do ápice-coroa (STEP-BACK): mais fácil de ser executado. Os instrumentos endodônticos, em ordem crescente de diâmetros são empregados à distância progressivamente menores do que o comprimento de trabalho do canal radicular. A instrumentação apical antecede o escalonamento. (depois que fez o preparo apical, faz o escalonamento que é deixar o canal mais cônico, com isso utiliza os instrumentos acima do IAF. Tira 1mm dos instrumentos - que é a técnica de escalonamento com recuo programado-).Ex.:CT= 21mm, IAI=20, IAF=40 Começa no instrumento de número 45 com 20 mm, ai vai para o numero 50 com 19 mm, 55 com 18 mm e 60 com 17 mm. Obs.: Obs: Tem dois tipos d escalonamento: -Escalonamento com recuo progressivo programado ou telescópico, quando utilizamos os instrumentos para escalonamento recuando 1mm entre eles do comprimento de trabalho -Escalonamento com recuo progressivo anatômico , quando utilizamos os instrumentos para escalonamento na mesma medida do comprimento de trabalho, introduzindo os mesmos no canal até encontrarem resistência -Sentido coroa-ápice (CROWN-DOWN): os instrumentos endodônticos, em ordem decrescente de diâmetro, são empregados à distância progressivamente maiores para o interior do canal radicular. O escalonamento coroa-ápice antecede a instrumentação apical. (começa pelo escalonamento. Pega o instrumento da 1° e 2° serie, pega o instrumento mais calibroso (80) introduz dentro do canal, ele só vai entrar um pouco porque não alargou o canal, tira, irriga, pega o 70 introduz, tira, irriga, pega o 60 e assim vai. À medida que vai diminuindo o diâmetro o instrumento vai entrar no canal, quando atingir o ápice - não sabemos o número da lima que vai atingir - fazemos o preparo do canal). Terminamos o preparo com IAF número 40 com 21 mm. Pegamos as limas, 45,50,55,60 (no mimo 4 a cima da lima utilizada por último) não tiramos 1 mm e vamos levar de 45 a 60 dentro do canal ate onde ela pegar, vamos ate o instrumento sentir resistência, ai paramos, não pode forçar Utiliza o tamanho do CT.. Vantagem do coroa-ápice: - Acesso mais utilizado na região apical, principalmente em canais curtos ‘’alivia a curvatura do canal’’. 24 - Instrumento mais grosso no terço cervical, na prática tem mais canalículo dentinário na região cervical do que na apical. Remove mais canalículos, remove mais bactérias com esse tipo de preparo. - Quando chega à região apical, já preparou o terço cervical e médio, nosso instrumento vai agir só no terço apical. Conseguimos um melhor preparo apical ser forçar. - Diminuímos bastante os erros apicais e a zona crítica (terço apical). -Irrigação, nunca trabalhamos com instrumento seco. Quando mais cônico maior a área de escape para o refluxo de solução irrigadora. Preparo cônica a agulha de irrigação consegue penetrar mais e fazer uma melhor irrigação. - No momento da obturação faz uma obturação melhor, coloca mais cone dentro do canal, veda mais os espaços. - Dente tratado se for um dente que vai passar por reabilitação protética, fica mais fácil a remoção do material ara colocar o pino dentro do canal. ➢ Manobras Fundamentais: • Exploração do canal radicular: instrumento de diâmetro fino e fundamental para o inicio do tratamento após correta abertura coronária. Dá uma sensação inicial de como é o canal (amplo, atrésico, se tem obstáculo no seu interior, curvatura).• Recapitulação: momento que tem que voltar uma lima que já usou dentro do canal. Ex.: lima de patência- importante ara não perder a anatomia do canal. Fundamental para não gerar desvio. • Patência foraminal: é deixar o canal todo desobstruído, desde a entrada até o forame. • Desgaste anti-curvatura: tentativa de minimizar a curvatura, deixar menos intenso. ➢ Outros exemplos de técnica: - Técnica de Oregan. - Técnica dos movimentos de rotação alternados continuos. - Técnica com a lima Gattes - Técnica de movimento oscilatório de De Deus. - Técnica acionados a motor. ➢ Brocas de Gattes: • Características: - Extremidade em forma de pera. - Ponta fina, sem cortes (não perfura só corta em lateralidade - só abre um espaço já existente.). - 32mm ( 16 de ponta ativa). - 28mm(14 de ponta ativa). - Numeração de 1 á 6. - Identificado por ranhuras. -Auxiliar nos instrumentos de baixa rotação. 23/02/2017 25 As brocas de Gattes trabalham na porção reta dos canais preparando os terços cervicais e médios, facilitando uma maior ampliação apical feita por instrumentos manuais. Mesmo nos canais de molares que tem curvatura, eles têm uma parte reta onde pode usar essa broca. • Uso das brocas: - Somente na porção reta do canal. - Não forçar em direção apical. - Movimento de vai e vem (2 ou 3 vezes). - Entrar e sair com ela do canal girando. (entra com ela já girando e fazendo movimento de vai e vem). - Não fazer movimento de pendulo. (Tem que ser usada como visita na casa de sogra- o mais rápido possível, porque como tem a haste fina, se fica muito temo no canal da superaquecimento e a chance de quebrar e grande). ➢ Brocas de Largo: - Trabalham na porção reta dos canais; preparando os terços cervicais e médios, de uma forma bem semelhante as Gates, embora possam realizar o desgaste anti-curvatura com leve pressão contra a parede do canal, têm a parte ativa um pouco maior; Usada no micromotor. * Penetra e na hora de retirar podemos encostar na parede oposta para fazer um desgaste na parede externa da curvatura. Não podemos fazer esse desgaste cm a Gattes. É de uso rápido também. * O uso da broca de Gattes ode formar algum tipo de degrau? Sim, se usar várias vezes, não perfura o canal mais em lateralidade vai tá formando um desvio. ➢ Diâmetro anatômico: Diâmetro original do canal. IAI= precisamos descobrir o diâmetro anatômico da região apical. Para descobrir o diâmetro anatômico, experimentamos a lima que vai servir no comprimento de trabalho e rende um pouco em baixo, não ode ficar solto, folgado porque não tem função nenhuma. Por experimentação de limas: lima 08 Lima 10 Lima 15 Lima 20 Para abertura do preparo inicial a lima apical inicial é a que chega ao CT, sem estar solta dentro do canal. Lima que tem uma borrachinha em cima, é o cursor, ele se movimenta e com ele medimos o comprimento que precisamos para a lima penetrar no canal. ➢ Substancias químicas auxiliares na instrumentação: Nunca mexemos no canal ao seco, sempre com substancias irrigadora, porque elas ajudam a tirar rasas de dentinas, microrganismos entre outras coisas. -Facilita o uso dos instrumentos (lubrificar o canal). -Remove restos orgânicos existentes (polpa necrosada). -Combate bactérias existentes. -Calibrar com o CT -Cursor tocando o ponto de referencia -Lima presa no canal. 26 ➢ Irrigação/Aspiração: • Passagem do líquido pelo canal com finalidade de remover os restos orgânicos, corpos estranhos, fragmentos de dentina, microrganismos e substancia química auxiliares na instrumentação. • -Seringa irrigadora descartável. -Agulha para irrigação (fina, sem bisel, frouxa no canal). -Sugador (cânula) - sugador endodôntico descartável). • Cuidados durante a irrigação: -Não travar a agulha no interior do canal. -Penetrar com a agulha no máximo a 3mm do ápice. -Executar movimento de vai e vem (Facilita o refluxo para poder sugar). - Pressão leve no embolo, irrigar não e injeção. (Evita que a solução extravase no forame apical, se extravasar vai ara os tecidos periapicais, inicialmente da edema, causa intensa dor, necrose do tecido. Consegue reverter) ➢ Substâncias Químicas auxiliadoras (irrigação): • Hipoclorito de sódio: - 0,5 Líquen de Dakin -1,0 Solução de Milton. -2,5% Solução de Carbonaque. - 4 a 6% Soda clorada. Usada isolada ou associada a outras substancias. Utiliza-se Hipoclorito a cada troca de instrumento, a cerca de 2ml por x (Irrigação com cerca de 2ml.). A diferença de um para o outro é a concentração, quando mais concentrado mais efetivo contra as bactérias e é mais agressivo aos tecidos periapicais. Bom fazer os intermediários, optamos pela concentração 2,5%. Como é uma solução que libera cloro, ele e muito volátil o ideal é mandar manipular porque no dente tem validade, tem duração de 1 ano, ai a efetividade dele tá lá em baixo. Hipoclorito a 0,5% quando tá para vencer não acontece nada, não tem efeito, por isso o ideal é mandar manipular. • Clorexidina 2% - Solução - Gel (usado juntamente com soro fisiológico). – Tem a capacidade de incorporar mais microrganismos que o líquido. Efetividade microbiana é semelhando da clorexidina com o hipoclorito. O problema do hipoclorito é que ele tem a capacidade de fazer dissolução orgânica, ou seja, em caso de polpa radicular necrosada, ajuda a dissolver. • EDTA 17% -Alcóol Etileno Diameno Tetracético -Ação quelante = remove íons Ca. (remove íons Ca da dentina, ou seja, amolece a 27 dentina, ajuda na irrigação dos canais atresiados e na remoção de dentina que fina nos canais). -Facilita o preparo de canais finos e atrésicos. - Remove a smear layer. - Não tem ação microbiana nenhuma. Se não tiver atrésico, utiliza como irrigante semifinal cerca de 1 ml. A irrigação final e sempre feita com hipoclorito ou clorexidina. Se tá irrigando um canal atrésico, pode intercalar com hipoclorito 70.·. ➢ Odontometria: É o procedimento que tem por objetivo obter a medida do comprimento real do dente. • Importância: - Diminuir os traumatismos durante a instrumentação do canal (sobreinstrumentação) ou eliminar possibilidade de uma instrumentação inadequada (subinstrumentação). -Favorece sua correta obturação. • Material para fazer odontometria: -Limas K. - Régua milimetrada. - Radiografia. É necessário que o dente tenha uma borda ou cúspide definida, e regular para servir de referência correta para o cursor, precisa de uma área plana. • Métodos para realizar a odontometria: - Método de Bregman. - Método de Inge (usaremos esse): Medir o dente (radiografia inicial). Subtrair 2mm (ex.: radiografia inicial –para diagnostico- tem 22mm do bordo incisal ate o ápice, tira 2mm, dá 20mm. Colocamos 20 na lima e levamos dentro do canal e radiografamos. Instrumento aparece radiopaco. Mede com a régua da ponta do instrumento ate o ápice do dente. Se faltar incorpora na lima, e vai ser o CT do dente). Ajustar o instrumento. Introduzir no canal. Radiografar- (Radiografia com diferença de 3m, da ponta do instrumento ao ápice do dente e necessário radiografar de novo ). Medir a diferença entre a ponta do instrumento e o término. Adiciona esta diferença ao comprimento inicial do instrumento. 28 Introduzir no canal. Radiografar para confirmar. - Método eletrônico: localizador apical eletrônico. ➢ Técnica de Instrumentação Proposta: Após a abertura coronária, certifica-se da completa remoção da cárie, colocar o isolamento absoluto, irrigar/aspirar e manter a câmara pulpar inundado de solução irrigadora (Hipoclorito de sódio 2,5 %). ➢ Exploração do Canal: • Nas pulpectomias (quando ainda temos polpa vital ou está começando a necrosar): - Após a abertura coronária, remover o tecido da polpa coronária com curetas afiadas, controlando o sangramento com irrigação e bolinhas de algodão estéreis.- Selecionar uma lima tipo hedstroen, penetrar até CAD (comprimento aparente do dente) -2 mm. Realizar torção de 2 a 3 voltas e tracionar em direção oclusal contra as paredes do canal. (CAD= mede na radiografia inicial quanto o dente mostra do ápice até o bordo incisal. Tira -2 mm do CAD. Ex: CAD=25mm 25-2mm=23mm. - Em canais retos introduzir uma lima tipo k de fino calibre com movimentos de vai- vém, até o comprimento aparente do dente CAD -2MM. ( Faz a exploração inicial com movimento de vai-vém e com isso a polpa descola das paredes do canal. Canais retos e amplos na grande maioria das vezes a polpa vem junto com a lima.) - Em dentes com canais atresiados e curvos a pulpectomia é realizada junto com o preparo do canal. ( Não pode fazer movimento de rotação, remove a polpa com a própria instrumentação). • Nas necroses pulpares (descontaminação progressiva): Não introduz a lima de uma vez, faz movimento de vai e vem só no terço cervical, tira a lima, irriga/aspira, deixa o canal inundado, limpa a lima com gaze, volta a introduzir a lima até o terço média com o mesmo movimento, tira a lima irriga/aspira, deixa o canal inundado, limpa a lima com gaze, volta a introduzir a lima até o terço apical, tira a lima, irriga/aspira, deixa o canal inundado. Faz isso porque o canal está infectado. Se não for por partes vai levar bactéria para o ápice, podendo dar um processo de agudização- edema- no paciente. ➢ Preparo Inicial: - Exploração e dilatação inicial com limas 8, 10, 15 no CAD- 2mm. *Lembrar que essas limas são para canais atrésicos, cada canal indica o diâmetro que o instrumento deve ser utilizado. - Irrigação/aspiração e inundação são constantes. - Preparo da entrada dos canais e terço médio com a broca de Gates (2 para canais estreitos, 3 e 4 para canais amplos) e Largo (1 para canais estreitos ,2 e 3 para canais amplos). * Largo usa-se sempre um numero a baixo na que usou na broca de Gates. - Trabalhar sempre na porção reta do canal. - Fazer movimentos de penetração e retirada no máximo 4 vezes ( a broca sempre entra e sai funcionando no canal) - Movimento de penetração e retirada (brocas de Gates) com leve pressão no sentido anticurvatura (broca de Largo), sem fazer movimentos de pêndulo. 29 - Fazer odontometria é obter o comprimento real do dente, consequentemente o comprimento de trabalho ( CRD-1mm). (Ex: Começa com a lima de 23 mm, radiografa a lima dentro do dente, mede da ponta do instrumento ate o ápice quanto tem de distância, vê quanto falta para a ponta chegar no ápice. Suponhamos que falta 4 mm. Estamos trabalhando com um instrumento de 23 mm, o comprimento real do dente será 23+4 mm=27 mm. CP=27.) - A limpeza do forame é feita com o instrumento de patência e deve ser até o CRD (comprimento real do dente). - A instrumentação deve ser ate o CRT. -Definir o IAI ( instrumento apical inicial= é o primeiro instrumento que vai chegar no comprimento de trabalho, estando preso, justo no canal.) Ex: CRD= 27mm; CT:27- 1=26mm. Coloca o instrumento número 15 com 26 mm no canal, força dentro do canal, se entrar não e aquele o número correto do instrumento, pula para o instrumento número 20 com 26 mm, força dentro do canal se entrar mais de 26 mm não e aquele instrumento, pula para outro instrumento ate achar um que não entre mais que a medida estabelecida, passando pelo ápice. Lima que chegou, por exemplo, foi o instrumento numero 35 com 26 mm e não passou. Começa a instrumentação com a lima número 35 (IAI=35 com 26 mm) e usa pelo menos 4 instrumentos a cima d que comeou : 40, 45, 50 55 ( se for muito difícil usa 4, se for muito rápido usa mais que 4 instrumentos). O movimento pra fazer o preparo é meia volta à direita e meia volta a esquerda (movimento de alargamento parcial alternado). - Usar pelo menos 4 instrumentos a cima do IAI. - O ultimo instrumento a ser usado é chamado de IAF (instrumentos apical final ) . O instrumento mínimo que deve preparar o canal e o instrumento número 25. * Dentes jovens, criança de 12 anos, IC- muito provavelmente o IAF vai ser o instrumento de numero 70, 80 porque o canal é amplo. Normalmente começa no instrumento numero 40. O movimento que será utilizado para a instrumentação será o de movimento de alargamento parcial alternado. • Se a lima passar pelo forame, você não vai estar perfurando a raiz, o fato é que você ultrapassa o ápice, na odontometria como a lima que vai ser fina vai afetar muito pouco, mais se fizer a odontometria de maneira errada, você vai causar problemas no periodonto, como pericementite, porque vai passar uma lima mais grossa. O PQM está finalizado! Neste momento, optamos pela obturação do canal, ou ela colocação de medicação intracana. Obturação dos canais radiculares: ‘’Materiais endodônticos, fluídos são usados em conjunção com matérias sólidos ou semi- sólidos biologicamente aceitos, para que se estabeleça um selamento adequado do sistemas de canais radiculares.’’ ➢ Sequência do tratamento: 09/03/2017 30 - Exame objetivo e subjetivo (Anamnese). - Exame radiográfico. - Anestesia. - Abertura da câmara pulpar. - Isolamento absoluto. - Pulpectomia / descontaminação progressiva.. - Odontometria. - Preparo químico-mecânico. - Obturação. - Proservação. ➢ Introdução: O tratamento endodôntico é composto por fases que devem ser sempre analisadas antes de passarmos á etapa seguinte. (A parte endodôntica termina na obturação do canal radicular, que é o preenchimento. Se falhar em alguma fase prejudica a próxima fase, ou seja, todas as fases devem ser feitas de maneira correta, tem que estar conveniente). Realizar a obturação dos canais radiculares sem o completo preparo dos mesmos com o preparo incompleto pode gerar situações irreversíveis já que a obturação é a ultima etapa operacional.·. ➢ Definição: Preenchimento de toda a extensão do canal radicular (da sua entrada até o final do comprimento de trabalho), anteriormente preparando, com um material inerte que sele permanentemente esse espaço da maneira mais hermética possível, estimulando o processo de reparo apical e periapical. (A obturação não tem função medicamentosa, a função é obliterar o canal que abrirmos com as limas e as brocas). ➢ Objetivos: - Eliminar a infiltração coronária e proliferação bacteriana. (Se preparar o canal e não fazer uma boa obturação vai dar infiltração e contaminação). - Selar o ápice frente aos fluídos dos tecidos periapicais. -Selar os irritantes remanescentes do canal radicular. (Mesmo quando fazemos um preparo adequado pode ainda restar bactéria dentro do canal, se fechar o canal de forma conveniente mesmo com as bactérias lá dentro, não haverá problema, porque as bactérias vão ficar sem substrato. Todas as fases devem ser feitas de maneira conveniente). ➢ Materiais obturadores: - Material sólido = cones. - Material plástico = cimentos. * Os dois são usados em conjuntos. ➢ Tipos de Cones: - Cones de Guta- Percha. (Mais usado). 31 - Resilon. (Polímero que tem características parecidas com o guta, ainda não se usa muito). ➢ Guta-Percha: • Descoberta em 1843 por José D’ Almeida em Cingapura. - Foi introduzida na Odontologia em 1867 por Bowman. * Inicialmente era usado como material provisório, hoje é usado como material obturador. ** A 20, 30 anos atrás utilizava cone de prata, mais dava muito problema, corroía muito, hoje não se usa mais. • Material sólido mais popular usado em obturação de canais radiculares. • Composição: Guta- percha (25%). Óxido de Zinco (65%). Radiopacificadores (10%). Plastificadores (5%). • Classificação dos cones de Guta: - Cones calibrados (compatíveis com os diâmetros das limas que utilizamos). - Cones auxiliares ou acessórios (cone principal nacoroa da obturação). • Vantagens: - Adaptação fácil ás irregularidades do canal, sendo usado em varias técnicas de obturação. (boa adaptação dentro das paredes do canal por ser material borrachóide). - Boa tolerância pelos tecidos periradiculados (periapicais). 32 - São radiopacos. - Não alteram a cor da coroa dentro quando utilizados no limite correto da obturação do canal. (Se o cone fica dentro da coroa dental pode provocar alterações de cor, por ter contato com o cimento). - Podem ser facilmente removidos do canal, quando necessário. - Possuem estabilidade dimensional nas condições de uso. - Podem ser plastificados com facilidade por meios químicos e físicos, conforme a técnica empregada. • Desvantagens: -Apresentam pouca resistência mecânica á flexocompressão (rigidez) dificultando seu uso em canais curvos e atresiados. (Se introduzir no canal o cone e ele não chega no CT se você forçar ele vai deformar. Não tem rigidez pra aguentar pressão muito forte ). - Podem ser classificados com facilidade por meios químicos e físicos, conforme a técnica empregada. - Podem ser deslocado ela pressão vertical, provocando uma sobreobturação (quando o cone passa o ápice radicular) durante os processos de compactação. - Apresenta baixa adesividade, sendo necessário a utilização de cimentos para complementar a obturação. (Cone sozinho não se adere sozinha a parede do canal, por isso precisamos do cone e cimento depois que toma presa ele se contrai e ai gera um espaço dentro do canal, por isso não usamos ele sozinho) - Podem ser desinfetados pela imersão em Hipoclorito de sódio a 2,5%, por 1 minuto e depois lavados em soro fisiológico ou clorexidina a 2% por temo (?- não se sabe por quanto temo ainda, normalmente deixamos de 1 a 2 minutos). - Devem ser conservados em local fresco e protegido da luz solar, garantindo sua longevidade. ➢ Cimentos: Material coadjuvante na obturação dos canais radiculares promovendo a adesão dos cones entre si e com as paredes do canal. (Se preencher o canal só com o cone sem o cimento com a própria pinça se puxarmos ele sai, porque o cone não tem adesividade). • Propriedades de um cimento endodôntico ideal: - Ser facilmente manipulável e propiciar um tempo de trabalho longo (existem algumas marcas que propiciam esse tempo de trabalho longo). - Ser estável dimensionalmente, sem contrair após a inserção (por isso não usamos somente o cimento para selar). - Selar o canal lateral e apicalmente, ajustando-se a sua anatomia interna complexa. - Não ser afetado por fluídos teciduais ou salivares (infelizmente e afetado. Se houver infiltração salivar vai haver infiltração bacteriana e ai deverá fazer o retratamento). - Inibir o crescimento bacteriano. - Ser radiopacos e facilmente identificáveis nas radiografias. - Ser impermeável á umidade e não ser poroso. - Não alterar a cor do dente (se o cimento ficar na coroa dentária, vai escurecer a mesma). - Não ser irritante aos tecidos perrirradiculares (a maioria e tolerável pelos tecidos periapicais e depois de um temo são reabsorvidos pelo organismos). - Ser estéril. 33 - Ser de fácil inserção e remoção do canal, quando necessário. - Ser biocompatível. • Tipos de cimentos: - A base de óxido de zinco e eugenol (é o mais usado; Ex.: Endofill; pó mistura com líquido, tem que ser mais fluído; tempo de trabalho cerca de 20 minutos). - Que contém hidróxido de cálcio (Ex.: Sealer 26; pó e gel que são misturados até atingir uma consistência ideal; não tem radiopacidade muito boa; tempo de trabalho mais curto). - Ionômero de vidro (Ex.:Vitro Fill LC; é difícil remover esse cimento de dentro do canal, quando toma presa). - Resinosos (difícil de remover). - A base de silicone (pouco usado). • Outros materiais: - Pasta L&C. - Sulfato de cálcio. - Pasta a base de hidróxido de cálcio. Agregado Trióxido Mineral (MTA). -MTA Filapex. 34 • Propriedades biológicas: - Biocompatibilidade (maioria). - Atividade antimicrobiana (não mata, apenas neutraliza). ➢ Propriedade físico-química: - Adesividade (o cone não tem, o cimento tem). -Estabilidade dimensional (o cone tem, o cimento não tem). - Selamento (os dois promovem juntos, isoladamente falham). -Solubilidade (o cone não e, o cimento é removido por tração). - Escoamento (o cone não tem, o cimento tem). -Radiopacidade (os dois tem). ➢ Momento da obturação: - Após os procedimentos de limpeza e modelagem do canal. (Canal totalmente preparado). - Ausência de sinais e sintomas. Ex.: Sinal: dente com fístula – espinha que aparece na mucosa, originário da necrose pulpar) é um caminho que o organismo fez para tratar a exudação purulenta. Não trata cirurgicamente basta tratar e fazer a correta modelagem. -Ausência de edemas. Canal sem exsudação (secreção) persistente. (Se tiver secreção não ode obturar). ➢ Técnicas de Obturação: • Compactação (Condensação) Lateral e Vertical: Material e Instrumental: - Cones de guta-percha (principal e acessório). -Régua calibradora milimetrada. - Cimento endodôntico. - Placa de vidro e espátula. - Espaçadores. - Lamparina. - Calcadores. - Restaurador provisório. Seleção do Cone principal: (sempre baseado no IAF) - IAF no máximo ate 40 (diâmetro): usa o cone auxiliar ou acessório FM ou M como cone principal. (Só usa cone da 1° serie quando o cone FM ou M não consegue chegar no CT.) *A calibração da ponta do cone é feita na régua calibradora, nós que calibramos. -IAF a cima de 40(diâmetro): usa cones calibrados como cone principal.(Usa a 2° série, cone já vem calibrado). Confirmação do cone principal ou prova do cone: *Fazemos ainda cm o cone úmido. - Teste visual (ver se chegou no CT, marca na régua, introduz e vê se chega no CT ou não)Ex.: CT 22 mm cone precisa penetrar dentro do canal 22 mm, se não chegar selecionar outro cone, pegamos um número a baixo para ver se entra ate o CT. A lima 35 tem que estar bem solta no canal. Obs: só pode pegar um cone a baixo, mais não pode. - Teste táctil (do mesma forma que se faz com as limas, experimentação, coloca o cone e empurra, se entrar mais, não e esse, o que ficar travado e o cone com a calibração ideal para o canal). * Não adianta o cone chegar no CT se ele não tiver justo, tem que estar travado dentro do canal). Se paramos no IAF número 35 colocamos o cone com 35 mm e ao forçar, se ele passar, devemos colocar um cone mais calibroso, por exemplo, o número 40, ai vamos para a radiografia. -Teste radiográfico (só tiramos a radiografia se os dois outros passos tiverem certos). Compactação (Condensação) Vertical e Lateral: *Quem faz a compactação vertical é o calcador e a compactação lateral é o espaçador. - Após a seleção e prova do cone principal, procedemos á secagem do canal com cones de papel correspondentes á ultima lima utilizada no IAF. (Vai ter uma solução irrigadora no cone principal, que funciona como lubrificante. Introduz o cone de papel absorvente, tira ,se tiver molhado coloca outro, e vai fazendo isso ate quando colocar uma cone e quando retirar ele estiver seco. - O cone principal deve ser levado ao interior do canal radicular com cimento endodôntico na sua ponta e pincelado contra a parede do canal. - Posicionar o cone principal ao nível do CT.(Espatulação do cimento – a consistência ideal é parecida com a de um ‘’requeijão’’ para conseguir levar ao canal, sobre a forma de fio. Eugenol em excesso é irritante ao tecido periradicular. Ele muito líquido não faz boa adesão á parede do canal e ele muito duro não entra no canal). - O uso de espaçadores digitais abre o caminho para a colocação de cones acessórios até o total preenchimento do canal. (Os espaçadores são iguais as limas, porém lisas- o cone principal já está dentro do canal, introduz o espaçador dentrodo canal, tira para abrir espaço e coloca o cone acessório. O cone principal não preenche todo o espaço dentro do canal, por isso é necessário colocar mais cones acessórios. Cada vez que entra menos espaçador significa que o canal tem mais cone, quando o espaçador não entrar mais significa que o canal está cheio de cone. Quanto mais calibroso o cone principal mais calibroso é o espaçador. - Radiografia pra ver se o canal esta totalmente preenchido com cone, se não tiver colocar mais cone. -Cortar os excessos de cones (que saem da coroa) com calcadores paiva bem aquecido, sendo que para dentes anteriores fazer o corte a 2 mm do colo clinico do dente e para os posteriores na entrada do canal. Obs.: se não tiver bem aquecido na hora de cortar vem tudo que tá dentro do canal junto com o calcador. Coloca a pinça clínica, uma ponta dentro do canal e a outra na vestibular, ela vai mostrar se o corte com o calcador quente ficou no limite certo. O corte é feito com movimento horário e anti-horário. - Com calcadores frios e de menor calibre procedemos a condensação vertical.(Empurramos a obturação o máximo possível para dentro do canal radicular). 36 -Limpar o excesso de material na câmara pulpar com bolinhas de algodão embebidos em álcool, até que a cavidade fique limpa. -Preencher a cavidade com um cimento provisório, remover o isolamento e verificar a oclusão. Não deve restaurar com material definitivo –resina- na mesma seção porque o cimento tem eugenol e ele interfere na adesão na resina, normalmente selamos com CIV e na próxima sessão rebaixamos o CIV e fazemos a restauração definitiva com resina. - Fazer a radiografia final (sempre deve comparar a radiografia inicial com a final). Obs: o cimento pode passar porque o forame tá desobstruído (instrumento de patência), porque ele é reabsorvido pelo organismo, já o cone não e reabsorvido, então não pode passar. Resumo: Coloca o cone principal com cimento na ponta e até mais ou menos na metade, ao colocar ele no canal, movimenta para que pegue cimento nas paredes canal. Coloca o espaçador, tira, coloca o cone acessório (o movimento deve ser rápido, porque o cone é flexível), e vai fazendo esse procedimento até quando o espaçador não entrar mais no canal, que significa que o canal já está cheio de cone acessório. Aquece o calcador paiva para cortar o excesso de cone. Pega o calcador frio e empurra a obturação o máximo possível. Limpar o resto de material com algodão estéril e álcool. Fazer a radiografia final. Obs.: o cone acessório colocado, só os dois primeiros devem conter cimento • T écni ca Hib rida Tagger: Após a seleção e prova do cone principal, o mesmo é levado ao canal envolvido em cimento. Um ou dois cones acessórios são adicionados. Um compactador MacSpadden número 45, 50 ou 55 é adaptado ao contra- ângulo e levado ao canal girando no sentido horário, com movimentos de vai-vem até a plastificação da guta-percha. Conhecida também como técnica de plastificação de pobre. 37 Resumo: Coloca o cone principal com cimento na ponta e até mais ou menos na metade, ao colocar ele no canal, movimenta para que pegue cimento nas paredes canal. Coloca o espaçador, tira, coloca o cone acessório, mais ou menos dois cones acessórios. Pega o compactador MacSpadden (parece uma lima de hedstroen, só que invertida), ela vai estar no contra-ângulo ,leva ela no canal já funcionando, sua função e amolecer no cone quando entrar em contato, cone e compactador. O cone vai começar a se plastificar e com o próprio calor o cone é ‘’empurrado’’ para dentro do canal. N´s não preenchemos o canal com cone acessórios, porque usamos um instrumento que vai plastificar o cone de guta e ele vai preencher todos os espaços. Depois limpamos com a broca gates. • Termoplastificação Método de preenchimento do espaço radicular em 3D através da compressão vertical aquecida. Esse preenchimento pode ser através de aquecimento e compressão do guta-percha ou injeção de guta-percha amolecida. Processo feito através de aparelhos elétricos. Conhecida também como técnica de plastificação de rico. Resumo: Utiliza aparelhos elétricos para injeta a guta-percha dentro do canal. Além de ser injetado com o aparelho não há necessidade de usar o cimento, porque como cone vai estar com uma forma bem plástica, quando ele vai endurecendo ele faz adesão com a parede do canal. ➢ Selamento coronário: ‘’Não importa qual a técnica tenha sido usada para obturar os canais radiculares, a microinfiltração pode ocorrer em canais aparentemente bem obturados, em um curto espaço de tempo, com potencial para causar infecção da região periaical.’’ O tratamento endodôntico só é dado por finalizado após um selamento coronário bem realizado (restauração definitiva). 38 Medicação intracanal (Curativo demorado): - Anamnese. - Anestesia. - Abertura da Câmara Pulpar (acesso coronário). - Isolamento absoluto. - Pupectomia/ descontaminação progressiva. - Odontometria. - Preparo quimico-mecânico. - Obturação (medicação intracanal). - Proservação. O momento ideal de usar a medicação intracanal é depois que se faz o preparo e a modelagem, quando não tem sinal e sintoma, edema e exsudação. Se tiver todas essas etapas pode obturar na mesma sessão, se não tiver tudo você vai usar a medicação intracanal, porque o canal não pode ficar vazio (propicia a proliferação das bactérias) só com o isolamento coronário. ➢ Objetivo: - A função da medicação intracanal em endodontia é, basicamente, combater microrganismos que resistam á limpeza e sanificação do sistema de canais radiculares proporcionada pelo preparo químico-mecânico. - Modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular, ocupando fisicamente o espaço do canal. (Toda vez que preparamos que fazemos a modelagem com o instrumento, isso não deixa de ser uma agressão aos tecidos periapicais. A medicação da uma controlada na reação inflamatória quando usamos aqueles instrumentos). - Controlar a exsudação persistente. - Solubilizar a matéria orgânica (a principal é a polpa, principalmente em canais atrésicos, não conseguimos remove-la e ai usamos o medicamento para solubilizar a polpa). - Reduzir a inflamação peri-radicular e a sintomatologia( dente fica sensível). - Estimular a reparação por tecido mineralizado. - Inativar produtos microbianos. - Controlar a reabsorção dentaria inflamatória externa. ➢ Saneamento da cavidade pulpar: - Meios mecânicos= instrumentação - Meios químicos= soluções irrigadoras. → Substâncias químicas auxiliares: hipoclorito de sódio 2,5% e EDTA 17%. Medicação intracanal: Tricresol/Formocresol, PMCC, hidróxidos de cálcio, otosporin. ➢ Literatura: 16/03/2017 Vários tipos de medicamentos que podem ser usados como medicamentos intracanal: - Antibioticos - Fenol - Aristol - Formalina - Cânfora - Iodoformio - Cresoto - PMC - Cresatina - PMCC - Cresol - Tricresolformalina -Eugenol - Nitrato de prata 39 ➢ Medicação intracanal: O canal vazio só com selamento coronário em poucas horas ele vai estar povoado de bactéria novamente, mesmo após um preparo bem feito. Qualquer que seja o fármaco utilizado como medicamento intracanal, o mesmo deve atuar como um antisséptico (muito bom para eliminar ou inativa os produtos bacterianos que ficaram dentro do canal). ➢ Antisséptico ideal: - Capacidade antimicrobiana - Biocompatibilidade - Largo espectro (atua em um número maior de microrganismos). - Atividade prolongada (durar alguns dias). - Não mancha as estruturas dentárias.- Não induzir a reações alérgicas. - Fácil manuseio, inserção e remoção. ➢ Classificação Química: • Derivados fenólicos: são potentes agentes microbianos e podem exercer seus efeitos pelo contato direto e pela liberação de vapores. Ex.: Paramonoclorofenol Canforado (PMCC). (Pode ser colocado diretamente no canal todo ou apenas na entrada no canal com bolinha de algodão porque ele age via vapor em todo o canal. Usamos mais a segunda opção, porque colocar medicamento no canal inteiro ode causar uma irritação severa no canal. Esse medicamento tem um cheiro muito forte, não deve deixar ter contato com a pele, por isso.) • Aldeídos: são potentes agentes microbianos e podem exercer seus efeitos pelo contato direto e pela liberação de vapores. Ex.: Tricresol Formalina,/ Formocresol. (Também escolher colocar esse medicamento apenas na entrada do canal e ele também tem cheiro forte). 40 • Halógenos: possui atividade antimicrobiana satisfatória. Ex.: Iodofórmio. (nós não usamos, só em casos especiais, quando associamos esse medicamento com outro pó que mistura com glicerina e leva no canal). • Bases ou Hidróxidos: atividade antimicrobiana por contato e estimulo á formação de barreira mineralizadora. Ex.: Hidróxido de cálcio. (É o mais usado e o melhor medicamento intracanal que temos no mercado e no mundo.O problema é que ele só atua por contato, então temos que preencher todo o canal para que ele exerça a sua função. Induz a formação de tecido mineralizado). • Corticosteroides: possuem efeito inibitório frente á exsudação e a vasodilatação associadas á inflamação . Ex. Otosporin. ( bom medicamento quando tem inflamação pulpar – polpa viva, inflamada- usada elos otorrinos para cuidar de dor de ouvido). • Antibióticos: não são superiores aos antissépticos comuns. O uso indiscriminado leva a ao risco de aumentar a resistência bacteriana. Ex.: Metronidazol. (Raramente usamos, a não ser que o problema do canal esteja relacionado com a periodontite). 41 ➢ Medicação intracanal: • Nos casos de necrose pulpar onde o preparo do canal, por motivos diversos como tempo, habilidade do profissional, etc, não foi concluído, utiliza-se como medicação intracanal, o paramonoclorofenol canforado (PMCC) ou Tricresol/Formocresol Obs.: Tricresol é uma medicação polivalente porque é mais utilizada em polpa morta, mais se por ventura tiver trabalhando no canal com polpa viva e não vai dar tempo de acabar pode usar o otosporin e a segunda opção é o Tricresol. • Nos casos de polpa viva onde o preparo do canal, por motivos diversos como tempo, habilidade do profissional, etc, não foi concluído, utiliza-se como medicação intracanal, Otosporin ou Tricresol. • Nos casos tanto de polpa viva, onde o preparo do canal foi concluído totalmente, utiliza-se como medicação intracanal, Pasta de Hidróxido de Cálcio • Nos casos tanto de polpa necrosada ou nos retratamentos, onde o preparo do canal, foi concluído totalmente, utiliza-se como medicação intracanal, Pasta de Hidróxido de Cálcio com PMCC. ➢ Hidróxido de cálcio: Começou a ser pesquisado e difundido por Hermann em 1920. Em 1975 passa a ser utilizado como curativo de demora em necrose pulpar. É um pó branco, com ph alcalino (álcool 12-12,8%, bactéria não sobrevive), pouco solúvel em água, com alto poder bactericida. Precisa ser misturado com alguma coisa ara ser lavado para dentro do canal, chamamos isso de veiculo: • Veiculos: Inertes: Não alteram o poder bactericida do hidróxido de cálcio. - Água destilada. - Soro Fisiológico. - Soluções anestésicas. - Oléo de oliva. - Glicerina. - Polietilenoglicol. - Propilenoglicol. 42 Biologicamente ativos: Alteram o poder bactericida do hidróxido de cálcio. -PMCC. - Clorexidina. - Iodeto de potássio. • Atividades do Hidróxido de cálcio: -Capacidade antimicrobiana e anti-inflamatória. - Biocompatibilidade. -Largo espectro. - Atividade prolongada (temos que deixar dentro do canal pelo menos 7 dias). - Barreira física (vai para dentro do canal em forma de paste e resseca, facilmente removível e não toma presa). -Solvente de matéria orgânica. - Inibição da reabsorção radicular. • Atividade antimicrobiana- limitações: - Eficaz apenas quando agem por contato. - Sua mistura com solução inertes são de pouca efetividade frente á alguns tipos de bactérias anaeróbias. • Associação hidróxido de cálcio / PMCC: - Pasta HPG (hidróxido de cálcio + PMCC): potencializa ação isolada do hidróxido de cálcio aumentando o espectro bacteriano (aumenta a potencia e a atividade microbiana). ➢ Técnica do Curativo: • Otosorin: -Inundar o canal. -Bolinha de algodão - Selamento provisório. • Hidróxido de cálcio: - Preparar a pasta - Preencher o canal - Bolinha de algodão - Selamento Provisório - Inserção da pasta =LENTULO • Outras apresentações: Calen paste de HC que já vem pronta. • Selamento simples: Uso de 1 material selador provisório. Ex: IRM, pulpo san. (Em dentes destruídos usa o CIV. Sempre devemos colocar uma bolinha de algodão para que o selamento provisório não entre dentro do canal). 43 • Cuidados: - Dente em infra-oclusã. - Não mastigar sobre o dente. - Analgésico se for preciso. - Retornar, se houver dor. ➢ Importante: A secagem prévia do canal radicular deve ser feita Por meio das cânulas de aspiração e cones de papel absorventes estéreis para melhor difusão e aproveitamento da medicação intracanal ( MIC). ➢ Tempo de ação: - Fármacos que utilizam o meio aquoso: 7 a 10 dias Ex.: PMCC, Tricresol. -Fármacos que utilizam o meio oleoso: 30 dias. Ex.: HC. *Otosporin dura menos tempo, 3, 4 dias. ➢ Zonas de propagação bacteriana: sistema de canais radiculares - Luz do canal principal (mais afetado). - Dentina. - Canais acessórios. - Delta apical. - Região periapical. Após o PQM, removidos os tecidos necróticos, os microrganismos restantes tornam-se susceptíveis a uma medicação moderada e não irritante. Abertura da Câmara Pulpar – Dentes posteriores ➢ Definição: É a fase operatória inicial do tratamento endodôntico, que compreende a abertura da câmara pulpar com a consequente remoção de todo seu teto, assim como da realização de desgastes compensatórios, a fim de obter uma conformação definitiva da cavidade intra-coronária sua limpeza e antissepsia. 29/03/201 7 44 ➢ Objetivos: - Visualização da entrada do canal radicular - Os canais se tornam diretamente acessíveis, desde a sua entrada até a região apical. *Entre os insucessos endodônticos, muitos deles derivados de um acesso coronário incorreto estão: limpeza inadequada, perfurações radiculares, fratura de instrumentos, formação de degraus, entre outros. A abertura deve ser bem realizada porque ai possibilita uma correta execução das demais fases. A abertura incorreta gera um PQM deficiente, como desinfecção e obturação insucesso. ➢ Princípios de abertura da cavidade de acesso: - Remoção de todo o teto da câmara pulpar, a fim de retirar os remanescentes pulpares e expor os orifícios da entrada dos canais radiculares. (Se não tirar todo o resto do teto pulpar vai fazer com que haja escurecimento da coroa). - Obter um acesso reto e livre até a primeira curvatura do canal radicular, quando essa existir (ICS não tem curvatura nenhuma, já os molares sim). - Preservar o assoalho (soalho) da câmara pulpar, evitando sua perfuração e facilitando a localização da entrada dos canais, sendo que sua integridade tende a guiar os instrumentos. (Se perfurar o assoalho, vamos colocar os instrumentos e invés de ir no canal ele vai na perfuração, pode levar a obturação errada. Dentes que tem o assoalho são os posteriores com mais de uma raiz, exemplo: molares e pré- molares.) - Conservação da estrutura
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