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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
DISCIPLINA DE ENDODONTIA 
 
 
 
 
 
Manual da Técnica Endodôntica 
 
 
 
 
Profa. Dra. Carmen Milena Siqueira Carvalho 
Profa. Dra. Josete Veras Portela 
Profa. Dra. Josilda Floriano Martins 
 
 
 
Julho - 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
ETAPAS DO TRATAMENTO 
ENDODÔNTICO 
 
I FASE PRÉ-OPERATÓRIA 
II CIRURGIA DE ACESSO 
III ESVAZIAMENTO 
IV PREPARO QUÍMICO-CIRÚRGICO 
V MEDICAÇÃO INTRACANAL 
VI OBTURAÇÃO 
VII PROSERVAÇÃO 
 
 
I FASE PRÉ-OPERATÓRIA 
 
1. Anestesia 
 Anti-sepsia intra-oral com solução de 
clorexidina 2% (roletes cortados ao 
meio embebidos na solução); 
 Aplicação de anestésico tópico; 
 Anestesia infiltrativa ou regional; 
 Anestesia complementar 
2. Preparo do dente para o isolamento 
(eventualmente em sessões anteriores) 
 Remoção de cálculos, placa e 
polimento, se possível no quadrante 
em questão, ideal em todos os dentes; 
 Preparo cervical do dente - deve-se 
recorrer às manobras periodontais 
com o intuito de expor ou criar um colo 
clínico suficiente para a adaptação do 
grampo quando parte do dente ficar 
sub-gengival devido à 
descontinuidade por cárie, fratura ou 
preparo cavitário, removendo tecido 
gengival ou tecido de granulação; 
 Remoção de bordos cortantes do 
dente, restaurações e cárie; 
 Confecção de elemento provisório se 
necessário; 
 Criar sempre um referencial para a 
odontometria; 
3. Isolamento absoluto 
 Aplicar sempre rolete de algodão ou 
gaze no sulco vestibular (isolamento 
relativo); 
 Montar o lençol de borracha no arco 
de Östby; 
 Selecionar o grampo apropriado; 
 Definir a área de perfuração do lençol 
de borracha 
 Levar o conjunto grampo/lençol/arco 
em posição com a pinça porta-grampo 
(de Palmer); 
 Soltar o lençol de borracha das aletas 
do grampo; 
 Adaptar o lençol ao colo dental; 
 Se necessário acomodar o lençol nas 
faces proximais do dente com auxílio 
do fio dental; 
 Fazer antissepsia (embrocamento) do 
campo operatório com solução de 
clorexidina 2%, iniciando do dente a 
ser trabalhado em direção à porção 
mais externa do isolamento (arco de 
Östby). 
 
 3 
II CIRURGIA DE ACESSO 
1. Cirurgia de acesso à câmara pulpar e 
aos canais 
 Montar broca diamantada esférica 
para alta rotação (proporcional ao 
volume da câmara pulpar) e demarcar 
o ponto de eleição desgastando o 
esmalte; 
Iniciar a cirurgia de acesso, sempre a 
partir do ponto de eleição, 
estabelecendo a direção de 
trepanação; 
 Remover com a mesma broca todo o 
teto da câmara pulpar (FORMA DE 
CONTORNO); 
 Com uma broca tronco cônica para 
alta rotação tipo 3083 ou uma broca 
ENDO-Z realiza-se (FORMA DE 
CONVENIÊNCIA); 
 Lavar fartamente o dente e a câmara 
pulpar com hipoclorito de sódio 
 Sondar a cavidade com a parte 
angulada do explorador, verificando 
eventuais concrescências de dentina 
que deverão ser eliminadas; 
 Com curetas afiadas, remover o 
eventual conteúdo da câmara pulpar; 
 Com um explorador reto, localizar a(s) 
entrada(s) do(s) canal(is); 
 Promover um novo embrocamento; 
 Lavar fartamente a câmara pulpar e a 
entrada do canal com hipoclorito de 
sódio concomitante à aspiração; 
 
 
III ESVAZIAMENTO 
Essa etapa do tratamento diz respeito a 
remoçao do eventual conteúdo do canal: 
a. Pulpectomia – remoção do tecido 
pulpar vivo; 
b. Penetração Desinfetente ou 
Descontaminação Progressiva – 
remoção de restos necróticos nos 
casos de polpa morta; 
 
PULPECTOMIA 
O procedimento de pulpectomia 
supracitado pode ser didaticamente 
dividido em duas fases distintas com 
base na abordagem anatômica do tecido 
pulpar: pulpotomia excisão do tecido 
pulpar situado na câmara pulpar 
enquanto a pulpectomia propriamente 
dita diria respeito a remoção da porção 
radicular (Paiva e Antoniazzi, 1993; 
Machado, 2017). 
 Pulpotomia - Após farta irrigação da 
câmara pulpar com hipoclorito de 
sódio 1%, proceder a pulpotomia com 
uma cureta (de pescoço longo) afiada; 
 Aguardar que a hemorragia cesse 
espontaneamente e, caso haja 
sangramento intenso curetar 
novamente e irrigar com hipoclorito de 
sódio 1%; 
 Pulpectomia - é realizada após o 
cateterismo e odontometria; 
Cateterismo - Por meio deste movimento, 
confere-se ao instrumento pequenos 
avanços em sentido apical, 
 4 
conjuntamente com discretos 
movimentos de rotação à direita e à 
esquerda com pequenos retrocessos. 
 Deve-se considerar as observações 
realizadas na radiografia de estudo 
quanto à anatomia específica e a 
medida média do dente); 
 A lima é introduzida delicadamente no 
canal radicular, pesquisando sua 
forma e volume até o Comprimento 
Aparente do Dente (CAD) 
estabelecendo-se o Comprimento de 
Trabalho Provisório (CTP). 
 Odontometria - poderá ser realizada 
com localizador apical seguida de 
confirmação radiográfica, ou pela 
técnica de Ingle modificada, descrita a 
seguir: 
 De posse da radiografia de 
diagnóstico, mede-se a distância que 
vai da coroa ao ápice do dente. Desse 
comprimento obtido, CAD, subtraem-
se 3 mm como margem de segurança 
das distorções radiográficas; 
 Transfere-se essa medida para o 
instrumento, CTP e nova tomada 
radiográfica deve ser realizada; 
 O instrumento deverá permanecer 
bem posicionado e firme no canal 
determinando perfeitamente o ponto 
de referência coronária; 
 Radiografar enfocando a região apical 
(diminuir a angulagem vertical devido 
ao grampo) e processar a radiografia; 
 
 Nessa nova radiografia, verifica-se 
uma nova medida, denominada X, que 
consiste na medida obtida entre o 
espaço que vai da ponta do 
instrumento ao vértice radiográfico; 
 Avaliar o Comprimento Real do dente 
(CRD), somando-se ao CTP a 
diferença da ponta do instrumento ao 
vértice radiográfico da raiz; 
 Determinar o Comprimento Real de 
Trabalho (CRT) diminuindo-se 1 mm 
do CRD; 
 Fazer nova tomada radiográfica para 
confirmação, se o X for maior que três; 
PULPECTOMIA 
 A remoção integral do tecido pulpar 
só ocorre em canais com polpas 
volumosas e consistentes. Inicialmente 
realiza-se o descolamento da polpa 
das paredes dentinárias com a ajuda 
de uma lima K de pequeno diâmetro 
por meio de movimentos circulares 
margeando as paredes do canal; 
 Em seguida é introduzida uma lima # K 
de diâmetro ligeiramente menor que o 
do canal até o CRT. Esse movimento 
é composto de três manobras: avanço 
do instrumento no canal radicular, 
rotação de uma a duas voltas a direita 
sobre seu eixo e tração em direção 
incisal / oclusal, procedendo-se com a 
remoção da polpa (Siqueira, 2020); 
 A remoção por esmagamento do 
tecido é realizada em canais estreitos. 
O esvaziamento ocorrerá 
simultaneamente com o preparo 
 5 
químico-cirúrgico de maneira que à 
medida que se realiza a modelagem 
do canal principal, paralelamente se 
procede seu esvaziamento (Paiva e 
Antoniazzi, 1993; Machado, 2017); 
PENETRAÇÃO DESINFETANTEOU 
DESCONTAMINAÇÃO PROGRESSIVA 
 Selecionar uma lima tipo K adequada 
para penetrar livremente no canal 
(#10, #15 ou #20) passiva e 
gradativamente, realizando a agitação 
da substância química com o intuito de 
desobstruí-lo; 
 Preencher a câmara pulpar com 
hipoclorito de sódio 2,5% (dentes com 
lesão perirradicular) e a 1% (dentes 
sem lesão perirradicular); 
 Lavar fartamente com hipoclorito de 
sódio; 
 Repetir os dois itens anteriores até que 
seja atingido o CTP previamente 
determinado (2 a 3mm aquém do 
ápice); 
 Prossegue-se com a odontometria. 
Caso o instrumento utilizado no 
esvaziamento fique muito frouxo no 
canal o substitua por outro mais 
calibroso de forma a ficar mais 
ajustado (sem ficar preso). 
 A odontometria deverá ser realizada 
como descrita no item anterior 
(pulpectomia); 
 Após a odontometria, complementa-se 
o esvaziamentocom a patência apical. 
 
V PREPARO QUÍMICO-CIRÚRGICO 
 
1. Sequência – substâncias químicas e 
instrumentos 
 Lavar a câmara pulpar com hipoclorito 
de sódio 
 1% (polpa viva e dentes com polpa 
morta sem lesão apical) e a 2,5% 
dentes com lesão perirradicular; 
 Preencher a câmara pulpar e a 
entrada do(s) canal(is) com hipoclorito 
de sódio 
 O preparo químico cirúrgico segue 
agora da mesma forma para os dentes 
com polpa viva e polpa necrosada; 
 
POLPA VIVA - POLPA MORTA 
 Obtenção do IAI (Instrumento Apical 
Inicial); 
 Confecção do batente apical: 3 a 4 
instrumentos acima do IAI, obtendo-se 
o IM (instrumento memória); 
 Escalonamento: aproximadamente 3 
instrumentos acima do IM; 
 Nos dentes com polpa morta e lesão 
periapical a cada instrumento utilizado, 
proceder farta irrigação com hipoclorito 
de sódio e utilizar uma lima # 10 em 
todo o comprimento do dente; 
 Os limites da instrumentação, isto é, o 
alargamento do(s) canal(is) 
principal(is) deve estar vinculado às 
condições anatomo-patológicas do 
elemento dental envolvido; 
 
 6 
 O tempo despendido durante o 
preparo do canal não deverá ser 
inferior a 15 minutos, tempo mínimo 
para que as reações químicas sejam 
estabelecidas, promovendo a 
desinfecção; 
 A instrumentação deverá ser 
harmônica e uniforme com 
movimentos tênues, sempre 
observando as mensurações nas 
limas, o ponto de referência e a 
cinemática do instrumento. 
 
2. Irrigação e Aspiração – Final 
 Utiliza-se inicialmente cerca de 5 mL 
de hipoclorito de sódio em cada canal; 
 Utilizar cânulas finas para levar a 
substância irrigadora que deve ser 
posicionada cerca de 3 a 4 mm do 
CRT (Ex. Endo Eze Irrigator Tip, 
Ultradent); 
 A irrigação com o NaOCl é seguida de 
outra com 5 mL de EDTA a 17% e 5 
mL de NaOCl em cada canal 
preparado; 
 Irrigar com movimentos simultâneos 
de penetração e retirada, apoiando a 
agulha em uma das paredes do 
conduto. Nunca trave a agulha no 
canal; 
 Concomitantemente à irrigação, 
promover a aspiração, posicionando a 
cânula suctora nas proximidades da 
entrada do canal; 
 
 Terminada a irrigação-aspiração inicia-
se a secagem do canal, usando ponta 
White Mac para aspirar a câmara 
pulpar e as porções iniciais do canal; 
 Em seguida, usa- se ponta aspiradora 
capilary tip roxa capaz de penetrar no 
canal, promovendo, aspiração no terço 
médio e apical; 
 Complementar a secagem do(s) 
canal(is) com o auxílio de cones de 
papel previamente à colocação da 
medicação intracanal. 
 
V MEDICAÇÃO INTRACANAL 
Medicação intracanal com pasta de 
Ca (OH)2 
 As pastas de hidróxido de cálcio 
podem ser encontradas na forma de 
produtos comerciais ou manipuladas 
na hora do seu emprego; 
 As pastas comerciais prontas para o 
uso são aplicadas com o auxílio de 
seringas acopladas a agulhas com 
cursores, o que possibilita uma 
aplicação controlada até o 
comprimento de trabalho. 
 Utilizaremos a pasta Ultracal XS, 
(Ultradent Products Inc.) ou o Calen 
com PMCC; 
 A pasta Ultracal XS é uma pasta em 
veículo aquoso à base de metil- 
 
 7 
celulose, que vem acondicionada em 
uma seringa plástica acoplada a uma 
agulha NaviTip (0,33 mm de diâmetro); 
 Deve-se introduzir a agulha no canal a 
2mm do CRT (verificar o cursor) e, ao 
mesmo tempo que se pressiona o 
êmbolo, vai-se retirando a agulha em 
sentido oclusal ou incisal preenchendo 
o canal radicular; 
 A pasta deve ser compactada com 
bolinhas de algodão, esterilizadas e de 
tamanho compatível com a 
embocadura do canal, com o auxílio 
de uma pinça ou calcador de Paiva; 
 A pasta Calen apresenta-se em um 
estojo contendo dois tubetes plásticos 
de hidróxido de cálcio e um contendo 
glicerina; 
 Para a utilização da pasta Calen, 
utiliza-se a seringa ML e agulha longa; 
 Lubrifica-se a agulha com glicerina, 
antes da utilização da pasta; 
 A aplicação no canal se faz à 
semelhança do Ultracal; 
 Removendo-se em seguida os 
excessos da câmara pulpar; 
 Quando a escolha recair pela pasta 
manipulada no momento do seu 
emprego a mesma deverá ser 
preparada da seguinte forma: 
Manipulação da pasta de Ca (OH)2 
 Manipular em placa de vidro e 
espátula esterilizadas hidróxido de 
cálcio P.A em anestésico atingindo 
uma mistura em consistência semi-
fluida (iogurte); 
 Com uma espátula de inserção n° 1 
levar a medicação à câmara pulpar; 
 Com auxílio de limas /cones de papel 
esterilizados promover o 
preenchimento dos canais 
acondicionando a pasta com bolinhas 
de algodão e calcadores para remoção 
de excesso do veículo; 
 Acondicionar bolinha de algodão na 
entrada dos canais; 
 Promover o selamento provisório. 
 
SELAMENTO MARGINAL CERVICAL 
(provisório) 
 
 Aplicar uma bolinha de algodão na 
entrada do(s) canal(is); 
 Limpar a cavidade com hipoclorito de 
sódio 1%; 
 Acomodar o cimento provisório 
(ionômero de vidro) 
 Em dentes posteriores ou em casos de 
curativos por longos períodos, 
promover um selamento duplo (cimpat 
/ ionômero). 
 
VI OBTURAÇÃO 
 
1. Critérios para a avaliação do pós-operatório 
a. ótimo: ausência de sinais e sintomas 
e, eventualmente o paciente poderá 
apresentar ligeira sensibilidade à 
percussão nas primeiras 12 horas; 
 8 
b. bom: há identicamente ausência de 
sinais e sintomas, exceto por uma 
sensibilidade que, conforme o limiar da 
tolerância de cada paciente, exigirá a 
administração por via oral de analgésicos 
comuns nas primeiras 24 horas. 
c. satisfatório: o paciente apresenta um 
quadro de dor relativamente intenso, 
sendo necessária a administração de 
anti-inflamatórios por dois ou três dias. 
Existe um controle da fase aguda/ 
sensibilidade à palpação e à percussão 
através da medicação sistêmica. 
d. ruim: Quando os sinais e sintomas 
fazem-se presentes e exigem a 
reintervenção clínica, exigindo a 
reabertura da câmara pulpar para 
drenagem e consequentemente novo 
preparo do canal. Essa situação 
caracteriza um quadro de urgência. 
 
OBSERVAÇÕES 
 A persistência de sintomatologia no 
início da segunda sessão 
correspondendo ao pós-operatório 
satisfatório recomenda a renovação da 
medicação intracanal, realizando-se 
previamente a aplicação de hipoclorito 
de sódio (NaOCl) e com auxílio de um 
instrumento endodôntico agitar a 
substância química (sem realizar a 
excisão dentinária). Esse 
procedimento (agitação) deverá ter 
uma duração de 10 a 15 minutos, com 
renovação frequente da substância 
química 
 Os ítens a e b respectivamente aos 
pós-operatórios ótimo e bom, 
permitem o procedimento de 
obturação. 
 
2. Obturação do sistema endodôntico 
 
Os materiais obturadores são 
didaticamente divididos em materiais 
sólidos e materiais plásticos 
2.1 - Materiais sólidos: a guta percha é 
o material mais popular e mais utilizado 
na obturação dos canais. É apresentada 
na forma de cones disponíveis em 
tamanhos padronizados e não 
padronizados. 
Atualmente são encontrados cones de 
guta percha com diferentes índices de 
conicidade que acompanham a 
configuração dos instrumentos rotatórios 
ou reciprocantes. 
1. Materiais plásticos: cimentos 
endodônticos 
Podem ser constituídos por pó/líquido 
ou pasta/pasta. 
2. Sequência técnica: 
 Sob isolamento absoluto remover o 
selamento provisório com auxílio de 
brocas esféricas para alta rotação; 
 Proceder a antissepsia do campo 
operatório novamente e lavar 
fartamente a cavidade dental com 
hipoclorito de sódio; 
 Remover a medicação com auxílio da 
lima memória e proceder à irrigação-
aspiração, retomando o CRT com o 
 9 
instrumento final, para remoção da 
medicação; 
 Irrigar os canais com EDTA; 
 Irrigar com NaOCl; 
 Como cone principal seleciona-se 
aquele de diâmetro correspondente ao 
último instrumento utilizado duranteo 
PQC. Deve ser levado ao canal até o 
CRT de tal forma sejam realizados três 
testes essenciais para a comprovação 
da sua correta adaptação: teste 
visual, tátil e radiográfico 
 Teste Visual: o cone principal deve 
alcançar o comprimento de trabalho. 
Quando esse critério não é atendido a 
recapitulação do PQC deve ser 
empregada. Uma vez introduzido no 
canal até o CRT, o cone deverá ser 
removido e inspecionado. Não deve 
ser observada a presença de qualquer 
deformação. 
 Teste Tátil: Quando o cone atinge o 
CRT, deve ser observada uma certa 
resistência ao seu deslocamento 
coronário. Esta resistência deve ser 
encontrada tanto no sentido cervical 
como no sentido apical de maneira 
que não ultrapasse o CRT; 
 Teste Radiográfico: uma vez 
aprovado nos testes visual e tátil, o 
cone deve ser colocado em posição 
no(s) canal(is) e o dente é 
radiografado (radiografia da prova do 
cone). 
 Proceder a secagem do canal com 
cones estéreis de papel absorvente; 
 Utilizar uma placa de vidro e uma 
espátula n° 24 (SSWhite) para 
manipular o cimento.; 
 Deve-se incorporar, numa primeira 
vez, a maior quantidade de pó 
necessária. Porções adicionais serão 
acrescidas até a consistência 
desejada, utilizando-se a maior área 
da placa possível durante a 
espatulação; 
 O cimento à base de óxido se zinco e 
eugenol estará pronto quando 
apresentar escoamento formando um 
fio contínuo quando a espátula for 
desprendida da placa - “ponto de bala 
ou suspiro”; 
 O cimento poderá ser levado ao 
interior do canal com limas tipo K de 
calibre inferior ao último instrumento 
utilizado, e, em canais amplos o 
próprio cone mestre poderá veicular o 
cimento; 
 As paredes do canal deverão ser 
lentamente pinceladas com cimento de 
uma maneira uniforme, antes que seja 
atingida a porção apical; 
 Finalmente, levar o cone principal com 
cimento em posição de travamento; 
 Fazer a condensação lateral com 
espaçador digital e acrescentar os 
cones acessórios, levando-os ao dente 
juntamente com cimento; 
 Inicialmente utiliza-se espaçador de 
menor diâmetro e a medida que nos 
aproximamos dos terços médio e 
 10 
cervical, aumentamos o diâmetro do 
espaçador. 
 Prova da obturação: Fazer uma 
tomada radiográfica para possíveis 
correções da obturação; 
 Aquecer um calcador tipo Paiva n° 3 
ou 4; 
 Cortar o excedente de cones até 1mm 
além do colo clínico, em direção 
apical; 
 Com calcador tipo Paiva frio, de calibre 
imediatamente inferior ao da entrada 
do canal, realizar a condensação 
vertical, objetivando acomodar a 
obturação realizada e eliminar 
eventuais porosidades verificadas nas 
radiografias anteriores; 
 Limpar cautelosamente a câmara 
pulpar com álcool; 
 Executar selamento com ionômero de 
vidro; 
 Remover o isolamento absoluto; 
 Verificar a oclusão; 
 Tomar a radiografia final. 
 
VII PROSERVAÇÃO 
 A avaliação do pós-operatório deverá 
traduzir ausência de sinais e sintomas; 
 A função dental deverá ser 
restabelecida por dentística ou 
prótese, importante no processo de 
reparação; 
 Novas tomadas radiográficas e clínicas 
deverão ser realizadas três, seis e 
doze meses (no mínimo) após o 
término do tratamento; 
 A padronização do tempo de 
exposição, processamento radiográfico 
e variações de angulagem são 
importantes nos controles pós-
tratamento, pois a avaliação 
radiográfica é efetuada através de uma 
comparação de imagens. É 
recomendada a tomada radiográfica 
com posicionadores radiográficos. 
 
 
IMPORTANTES CONSIDERAÇÕES 
 
 CARACTERÍSTICAS DOS DENTES SUPERIORES 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DENTES INFERIORES 
 
 
Tabela adaptada da versão eletrônica da técnica 
endodôntica da Universidade de São Paulo 
 
Cor do cabo dos instrumentos endodônticos de acordo com o 
diâmetro da ponta – centésimos de milímetro (Lopes & Siqueira, 
2020) 
 
 
 11 
 
A B C 
 
A- identificação da lima tipo K – feita pela 
impressão de um quadrado vazio na 
extremidade do cabo 
 
B- identificação da lima tipo Flex – feita pela 
impressão de um quadrado cheio na 
extremidade do cabo 
 
C- identificação da lima tipo Hedstroen – feita 
pela impressão de um cone circular na 
extremidade do cabo 
 
 INSTRUMENTOS ACIONADOS A MOTOR 
São vários os sistemas propostos para a 
mecanização do preparo dos canais. 
Cada fabricante com suas 
particularidades e conceitos, cada 
sistema com suas características e 
formas de utilização. 
Ligas de NiTi (níquel titânio) vêm sendo 
utilizadas na confecção de instrumentos 
endodônticos há quase 30 anos. 
No entanto, a fratura dos instrumentos 
pode ocorrer com certa frequência na 
prática clínica. 
O tratamento térmico das limas 
proporcionou melhor comportamento 
mecânico, flexibilidade e resistência à 
fadiga ciclíca (Karatas, 2016). 
Os Instrumentos de NiTi (níquel titânio) 
para acionamento a motor foram 
projetados para uso com rotação 
contínua em baixa velocidade. 
 
No entanto, Yared (2008) ao testar seu 
 
emprego em movimentos oscilatórios 
demonstrou que essa cinemática 
resultava em uso mais seguro do que a 
rotação contínua, especialmente por 
diminuir a fadiga torcional. 
Este estudo também foi pioneiro na 
proposta de preparo de canais 
radiculares com o emprego de um único 
instrumento mecanizado, ao invés de 
sistemas com vários instrumentos 
distintos (Hussne e Câmara, 2012; 
Yared, 2008). 
Atualmente estes sistemas denominados 
oscilatórios são conhecidos como 
reciprocantes devido a característica do 
movimento. 
A disciplina de Endodontia adotará os 
sistemas de instrumentação com 
Rotação Contínua (Protaper Next) e 
Reciprocante (WaveOne Gold) 
 
 
 
SISTEMA ROTATÓRIO PROTAPER NEXT 
 
 O ProTaper Next é composto por 5 
instrumentos: X1, X2, X3, X4 e X5. 
Apresentam conicidade variável e lâminas 
de corte alternadas reduzindo o efeito de 
aparafusamento; 
O Instrumento proglider realiza o glide 
path, ou seja, cria o caminho respeitando a 
anatomia do canal para que os outros 
sistemas rotatórios ou reciprocantes 
possam realizar o preparo com mais 
segurança. 
 12 
 
 
 
 
 
PROTOCOLO PROTAPER NEXT 
 
 Exploração ou negociação do canal até o 
CTP com a lima # 10 (glide path manual); 
Odontometria; (conforme citado 
anteriormente), para estabelecer o 
comprimento de trabalho e confirmar a 
patência 
Realização do glide path com o 
instrumento ProGlider; 
 Pré-alargamento com a lima ProGlider 
acoplada ao motor elétrico X-SMART Plus a 
uma velocidade de 300 rpm e um torque de 
2N; 
 A cinemática ideal para a utilização do 
sistema ProTaper Next é de pincelamento. 
Isto gera o ganho de espaço lateral e facilita 
sua progressão em direção apical 
 Instrumentação com lima ProTaper Next 
X1 (017/04) até atingir o comprimento o 
CRT; 
Irrigação com NaOCl e recapitulação com 
lima manual de número 10 
 Instrumentação com a lima ProTaper 
Next X2 (025/06) usada de forma passiva 
até o CRT; 
Irrigação com NaOCl e recapitulação com 
lima manual de número 10 
  O próximo passo é introduzir uma lima 
manual número 25 até o CRT. Se não 
houver resistência significa que podemos 
ampliar esse canal com um instrumento X3. 
Se encontrar resistência o preparo está 
finalizado. 
 As limas X4 e X5 são indicadas, 
principalmente para preparar canais de 
maior diâmetro como, por exemplo, dentes 
anteriores superiores ou quando o 
instrumento X3 atingir o comprimento de 
trabalho sem muita resistência 
 
 
SISTEMA RECIPROCANTE WAVEONE 
GOLD 
 
 O sistema WaveOne Gold é o nome 
comercial do sistema reciprocante da 
Maillefer, Sirona. 
 Composto por quatro instrumentos: 
 13 
 
 
 
 
PROTOCOLO WAVE ONE GOLD 
 utilizar lima manual #10 para verificar a 
luz do canal em todo o comprimento 
aparentedo dente; 
 Realizar a odontometria (conforme citado 
anteriormente), para estabelecer o 
comprimento de trabalho e confirmar a 
patência; 
 Realização do glide path com o 
instrumento Wave one Gold Glider 
 Selecionar um instrumento WaveOne 
 
 a) Se o canal se apresentar parcialmente 
visível na radiografia ou parecer calcificado 
e o primeiro instrumento for menor ou igual 
ao #10, seleciona-se inicialmente a Small 
(21/.06) e a seguir a Primary (25/.08); 
b) Se o primeiro instrumento for #15, 
prepara-se manualmente o canal com a 
lima #15 e depois seleciona-se a Primary 
(25/.08); 
c) Se o primeiro instrumento for #20 ou #25: 
seleciona-se Large (40/.08); 
d) Se o canal for amplo e o primeiro 
instrumento for #30 ou #35, seleciona-se o 
Large (40/.08). 
 Cinemática: Faz-se 3 a 4 inserções com 
ligeira pressão apical de cerca de 2mm no 
terço cervical, depois no terço médio e 
assim até atingir o CRT, sempre utilizando 
irrigação abundante de hipoclorito de sódio 
entre os avanços de cada terço e 
repassando um instrumento  10, ou 15 
 Irrigação / aspiração com hipoclorito de 
sódio (1% ou 2,5%) – depende do estado 
patológico da polpa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
 
 
 
 
 
	ETAPAS DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO
	III ESVAZIAMENTO
	I FASE PRÉ-OPERATÓRIA
	II CIRURGIA DE ACESSO
	OBSERVAÇÕES
	CARACTERÍSTICAS DOS DENTES SUPERIORES
	CARACTERÍSTICAS DOS DENTES INFERIORES
	Os Instrumentos de NiTi (níquel titânio) para acionamento a motor foram projetados para uso com rotação contínua em baixa velocidade.
	A disciplina de Endodontia adotará os sistemas de instrumentação com Rotação Contínua (Protaper Next) e Reciprocante (WaveOne Gold)

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