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<p>——————————————————— SISTEMA URINÁRIO</p><p>————————————————</p><p>FILTRAÇÃO</p><p>- O primeiro passo para a formação da urina é a filtração de grandes quantidades de</p><p>líquido dos capilares glomerulares para a Cápsula de Bowman;</p><p>- Esse processo gera um filtrado livre de proteínas e elementos celulares - como as</p><p>hemácias;</p><p>- O filtrado passa por três barreiras de filtração antes de atingir o lúmen tubular, sendo</p><p>elas, o endotélio capilar, lâmina/membrana basal e epitélio da Cápsula de Bowman</p><p>(podócitos);</p><p>ps. Essas barreiras de filtração formam amembrana glomerular.</p><p>- Essas barreiras são altamente seletivas, quanto menor e mais eletropositivo for o</p><p>soluto, maior facilmente ele é filtrado.</p><p>pss.Metabólitos como creatinina e ureia elevados no sangue são indicativos de lesão</p><p>glomerular. Além disso, a proteinúria (proteína na urina) também é indicativo.</p><p>obs. Pressão hidrostática: Pressão decorrente da compressão do líquido; Pressão</p><p>oncótica/coloidosmótica: Pressão osmótica que as proteínas exercem (o líquido se</p><p>desloca em sentido ao local de maior concentração de proteínas).</p><p>DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR</p><p>- A FG (filtração glomerular) é calculada pelo Kf glomerular multiplicado pela soma das</p><p>forças hidrostáticas e oncóticas existente na membrana glomerular;</p><p>𝐹𝐺 = 𝐾𝑓 𝑥 (𝑃𝐺 − 𝑃𝐶𝐵 − π𝐺 + π𝐶𝐵)</p><p>- A pressão hidrostática glomerular, força a passagem de fluido através do endotélio,</p><p>ou seja, contribui positivamente com a FG;</p><p>- A pressão oncótica glomerular é mais alta do que na Cápsula de Bowman, devido a</p><p>concentração de proteínas no plasma, assim, a pressão osmótica desfavorece a FG;</p><p>- A presença de fluido na Cápsula de Bowman cria uma pressão hidrostática que se</p><p>opõe ao fluxo de fluido para o interior da cápsula, desfavorecendo a FG. Isso acontece</p><p>em casos em que cálculos obstruem a saída de urina (hidronefrose);</p><p>- A pressão oncótica na Cápsula de Bowman favorece a FG. Todavia, a concentração de</p><p>proteínas nessa estrutura é muito pequena, fazendo com que a pressão seja</p><p>equivalente a zero. Se houver uma maior concentração de proteínas, apesar de</p><p>favorecer a filtração, é indicativo de lesão glomerular.</p><p>PRESSÃO HIDROSTÁTICA GLOMERULAR</p><p>- A pressão hidrostática glomerular é determinada pela pressão arterial, resistência</p><p>arteriolar aferente e resistência arteriolar eferente;</p><p>- O aumento da resistência aferente diminui o fluxo sanguíneo renal, a pressão</p><p>hidrostática glomerular e a filtração;</p><p>- Nomecanismo miogênico, em caso de pressão elevada, ocorre a vasoconstrição</p><p>aferente para diminuir o fluxo sanguíneo. A diminuição do fluxo também diminui a</p><p>pressão hidrostática glomerular;</p><p>- A constrição leve da arteríola eferente aumenta a resistência ao fluxo de saída dos</p><p>capilares, aumentando a pressão hidrostática glomerular e elevando discretamente a</p><p>FG. Contudo, a constrição mais severa diminui muito o fluxo sanguíneo, reduzindo a FG;</p><p>- A arteríola eferente está submetida ao sistema renina-angiotensina-aldosterona;</p><p>- Em casos de pressão baixa, a pressão hidrostática capilar diminui, reduzindo a FG.</p><p>Assim, a mácula densa detecta a redução de NaCl, promovendo a liberação de renina</p><p>pelas células justaglomerulares;</p><p>- Assim, a angiotensina II atuará causando a vasoconstrição da arteríola eferente,</p><p>aumentando a pressão hidrostática glomerular e a normalidade de FG.</p><p>ps. Em casos de hidronefrose, a pressão hidrostática da CB aumenta e diminui a FG. Na</p><p>desidratação, a pressão hidrostática dos glomérulos diminui e a pressão oncótica</p><p>aumenta, diminuindo a FG.</p><p>CONTROLE HORMONAL E AUTACÓIDE DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL</p><p>- A noradrenalina e a adrenalina causam vasoconstrição renal, diminuindo o fluxo</p><p>sanguíneo e a FG. Elas atuam em casos em uma atuação intensa do SNA simpático,</p><p>como hemorragias e isquemias;</p><p>- A endotelina é um vasoconstritor liberado quando há lesões vasculares, realizando a</p><p>vasoconstrição renal e a diminuição de FG;</p><p>- A angiotensina II, realiza a constrição da arteríola eferente em situações de baixa</p><p>pressão ou redução de volume renal. Essa vasoconstrição aumenta a PG, prevenindo a</p><p>redução da FG;</p><p>ps. A arteríola aferente se protege da angiotensina II pela produção basal constante de</p><p>óxido nítrico e prostaglandinas.</p><p>- Óxido nítrico derivado do endotélio, prostaglandinas e bradicininas são autacóides que</p><p>causam vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo renal e da FG. Esses autacóides</p><p>são importantes para atenuar os efeitos vasoconstritores de sinalizadores simpáticos e</p><p>angiotensina II.</p><p>FEEDBACK TUBULOGLOMERULAR E AUTORREGULAÇÃO DA FG</p><p>- O aparelho justaglomerular é composto por células da mácula densa - do tubo</p><p>contorcido distal - e células justaglomerulares presentes nas arteríolas aferente e</p><p>eferente;</p><p>- Em casos de pressão baixa, a pressão hidrostática capilar diminui, reduzindo a FG.</p><p>Assim, a mácula densa detecta a redução de NaCl, promovendo a liberação de renina</p><p>pelas células justaglomerulares;</p><p>ps. A diminuição de FG, aumenta a reabsorção proximal de NaCl e reduzindo a</p><p>concentração dele para mácula densa.</p><p>- Assim, a angiotensina II atuará causando a vasoconstrição da arteríola eferente,</p><p>aumentando a pressão hidrostática glomerular e a normalidade de FG;</p><p>- Além disso, a mácula densa promove a vasodilatação da arteríola aferente, elevando a</p><p>PG e retornando a FG para a normalidade.</p><p>REABSORÇÃO DO SÓDIO</p><p>- A bomba de sódio e potássio transporta sódio do interior da célula através da</p><p>membrana basolateral (transporte ativo), criando uma baixa concentração intracelular</p><p>de sódio e potencial elétrico intracelular negativo. Essa baixa concentração e o</p><p>potencial negativo causam difusão de íons sódio do lúmen tubular para a célula;</p><p>- O sódio é transportado da membrana para o interstício pela a bomba contra o</p><p>gradiente eletroquímico;</p><p>- A maior concentração de sódio promove a osmose da água para o interstício. Assim,</p><p>outras moléculas, como ureia e potássio realizam difusão para o interstício.</p><p>SECREÇÃO DO POTÁSSIO</p><p>- Em dietas ricas em potássio, sua excreção é aumentada no final de túbulos distais e</p><p>coletores, aumentando sua concentração na urina. O inverso também acontece, se a</p><p>dieta for pobre em potássio, a excreção é diminuída;</p><p>- O potássio é transportado pela bomba Na+/K+ ATPase para o interior das células.</p><p>Com o aumento de sua concentração intracelular, ele sofre difusão passiva em direção</p><p>ao lúmen tubular;</p><p>- A aldosterona estimula a secreção de potássio e reabsorção de potássio através das</p><p>bombas Na+/K+ ATPase presentes no final do túbulo distal e ducto coletor;</p><p>- As elevadas concentrações de potássio aumentam os níveis de aldosterona, que</p><p>aumenta a secreção de potássio;</p><p>obs. Se a aldosterona tiver muito elevada, a secreção do K+ também aumenta, podendo</p><p>levar a uma hipocalemia. Se houver ausência de aldosterona, as concentrações</p><p>extracelulares de potássio podem atingir níveis perigosos.</p><p>- Além disso, o aumento do fluxo tubular distal aumenta a secreção de potássio.</p><p>ps. A aldosterona aumenta os níveis de canais K+, que aumentam a excreção dessa</p><p>molécula.</p><p>REGULAÇÃO RENAL DE CÁLCIO E FOSFATO</p><p>- Quando a concentração sérica de cálcio diminui, a atividade dos CaSR (receptores</p><p>sensíveis ao cálcio) na paratireoide também diminui, ocorrendo a liberação de PTH.</p><p>Esse hormônio aumenta a reabsorção óssea, liberando sais de cálcio para recuperar os</p><p>níveis normais de cálcio;</p><p>- Além disso, o PTH estímula a ativação da vitamina D, que aumenta a reabsorção de</p><p>cálcio nos intestinos. Também aumenta a reabsorção tubular renal de cálcio.</p><p>FATORES QUE INTERFEREM NA REABSORÇÃO DE CÁLCIO</p><p>- O aumento volume extracelular e da pressão arterial, aumentam a excreção de cálcio</p><p>com efeito de restaurar o equilíbrio hídrico e eletrolítico e a pressão normal;</p><p>- O aumento do fosfato estimula a secreção de PTH, que aumenta a reabsorção de</p><p>cálcio;</p><p>- A acidose metabólica faz com que menos cálcio permaneça ligado as proteínas</p><p>plasmáticas, assim sua excreção aumenta.</p><p>CONTROLE DA OSMOLARIDADE RENAL</p><p>- Osmolaridade é a quantidade de soluto por volume do líquido;</p><p>- O ADH controla a osmolaridade da urina, quando a osmolaridade dos líquidos está</p><p>acima do normal</p><p>(mais solutos), a neurohipófise secreta ADH (hipotálamo), que</p><p>aumenta a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores a água, permitindo</p><p>sua reabsorção;</p><p>ps. A elevação dos níveis de ADH aumenta a expressão de aquaporina 2 nos ductos e</p><p>túbulos coletores, permitindo a reabsorção de água.</p><p>—————————————————— SISTEMA ENDÓCRINO</p><p>————————————————</p><p>HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE</p><p>- A hipófise - glândula pituitária -, localizada na sela túrcica, se conecta com o</p><p>hipotálamo através da haste hipofisária;</p><p>obs. Sela túrcica = fossa hipofisária do esfenóide.</p><p>- A hipófise é dividida em adeno-hipófise (hipófise anterior) e neuro-hipófise (hipófise</p><p>posterior);</p><p>- Embriologicamente, a adeno-hipófise deriva da bolsa de Rathke, uma invaginação do</p><p>epitélio faríngeo, já a neuro-hipófise deriva do crescimento do tecido neural</p><p>hipotalâmico;</p><p>- Os hormônios hipotalâmicos são secretados na eminência mediana, sendo</p><p>transportados para adeno-hipófise através das veias porta (sistema portal</p><p>hipotalâmico-hipofisário).</p><p>EIXO SOMATOTRÓFICO</p><p>- O hipotálamo secreta os hormônios GHRH (liberador do hormônio do crescimento) e o</p><p>GHIH (inibidor do hormônico do crescimento, ou somatostatina);</p><p>- O GHRH estimula a liberação de GH pelos somatotropos (células somatotróficas) da</p><p>hipófise enquanto a somatostatina inibe a liberação;</p><p>- O GH promove o crescimento dos tecidos do corpo, além disso, possui efeitos</p><p>metabólicos específicos como, aumentar a quantidade de proteína corporal, utilizar as</p><p>reservas de gordura e conservar os carboidratos.</p><p>O GH E A SOMATOMEDINA C (IGF-1)</p><p>- O GH estimula a secreção de IGF-1 (fatores de crescimento semelhante à insulina),</p><p>que medeiam efeitos do crescimento e metabólicos do GH;</p><p>- O GH se liga fracamente às proteínas plasmáticas, por isso é liberado mais</p><p>rapidamente, possuindo uma meia-vida mais curta;</p><p>- Todavia, o IGF-1 se liga fortemente à proteína transportadora IGFBP, sendo liberado</p><p>lentamente, possuindo uma meia-vida mais longa;</p><p>obs. A IGFBP também são produzidas em resposta ao GH.</p><p>- Portanto, o IGF-1 prolonga os efeitos do GH quando ele é secretado em seus picos (de</p><p>manhâ e à noite);</p><p>- Ademais, pessoas que não possuem quantidades de IGF ou não conseguem</p><p>produzi-lo, não conseguem se desenvolver adequadamente.</p><p>AÇÕES DO GH RELACIONADAS AO METABOLISMO PROTEICO</p><p>- Aumenta o transporte de aminoácidos para o interior das células;</p><p>- Aumenta a tradução de RNAm para formação de proteínas pelos ribossomos;</p><p>- Aumenta a transcrição do DNA em RNA, promovendo maior formação de proteínas e</p><p>crescimento;</p><p>- Reduz o catabolismo de proteínas e aminoácidos por utilizar os ác. graxos livres do</p><p>tecido adiposo como fonte de energia (lipólise).</p><p>AÇÕES DO GH RELACIONADAS AO METABOLISMO LIPÍDICO</p><p>- Aumenta a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando sua</p><p>concentração nos líquidos orgânicos;</p><p>- Aumenta a conversão de ácidos graxos em acetil-CoA e sua utilização como fonte de</p><p>energia preferencialmente ao uso de carboidratos e proteínas;</p><p>- A mobilização da liberação de ácido graxo do tecido adiposo (lipólise), pode</p><p>desencadear em grandes quantidades de ácido acetoacético formada pelo fígado. Tal</p><p>situação se refere ao efeito cetogênico do GH.</p><p>AÇÕES DO GH RELACIONADAS AO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS</p><p>- Diminui a captação de glicose pelos tecidos, musculoesquelético e adiposo e aumenta</p><p>a produção de glicose pelo fígado (gliconeogênese);</p><p>- Esses fatores ocorrem pela resistência à insulina que o GH provoca (na via de</p><p>sinalização do GLUT4), desencadeando o efeito diabetogênico (maior concentração de</p><p>glicose);</p><p>- Esses efeitos levam a uma maior secreção de insulina, que também aumenta o</p><p>transporte de aminoácidos para o interior celular.</p><p>obs. O aumento dos ácidos graxos devido a lipólise desencadeada pelo GH diminui a</p><p>sensibilidade à insulina do fígado e dos tecidos musculoesquelético no metabolismo de</p><p>carboidratos.</p><p>SOMATOMEDINA E CRESCIMENTO ÓSSEO</p><p>- O GH aumenta a deposição de proteínas e a reprodução de células osteogênicas;</p><p>- Além disso, converte condrócitos em células osteogênicas, aumentando a deposição</p><p>óssea;</p><p>- Por fim, o GH estimula fortemente os osteoblastos, aumentando a espessura óssea.</p><p>FATORES QUE ESTIMULAM OU INIBEM A SECREÇÃO DE GH</p><p>- Além dos fatores hipotalâmicos (GHRH) e GHIH (somatostatina), podemos considerar:</p><p>1) FATORES QUE ESTIMULAM</p><p>- Diminuição de glicose e ácidos graxos livres no sangue;</p><p>- Aumento de aminoácidos (arginina) no sangue;</p><p>- Privação ou jejum, deficiência de proteínas;</p><p>- Traumatismo, estresse, excitação;</p><p>- Exercícios;</p><p>- Testosterona e estrogênio;</p><p>- Sono profundo;</p><p>- Grelina.</p><p>2) FATORES QUE INIBEM</p><p>- Glicose e ácidos graxos livres no sangue elevados;</p><p>- Envelhecimento e obesidade;</p><p>- Somatomedinas e GH exógeno.</p><p>EIXO TIREOTRÓFICO</p><p>- A glândula da tireoide secreta os hormônios tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4);</p><p>- A tiroxina corresponde à 93% da secreção da tireóide, sendo convertida em</p><p>tri-iodotironina (quatro vezes mais potente que a tiroxina) nos tecidos;</p><p>obs. A tri-iodotironina possui tempo de meia-vida bem menor que a tiroxina.</p><p>- A tireóide é composta por folículos, revestidos por células epiteliais cubóides e</p><p>preenchidos por coloide;</p><p>- O coloide apresenta uma grande quantidade de glicoproteína tireoglobulina -</p><p>produzida pelas células foliculares -, que são fundamentais para produção de T3 e T4;</p><p>obs. A tireoglobulina contém uma grande quantidade de tirosina, que se combina com o</p><p>iodo para formar os hormônios.</p><p>CAPTAÇÃO DE IODETO</p><p>- A captação do iodeto pela membrana basal da tireoide acontece através de um</p><p>cotransportador (simporte), que transporta iodeto e sódio para o interior da célula</p><p>folicular;</p><p>- A energia para o funcionamento dessa bomba vem através da Na+/K+ ATPase, que</p><p>transporta o Na+ para fora da célula, estabelecendo um gradiente para difusão</p><p>facilitada (Na+ intracelular baixo) para o meio intracelular;</p><p>obs. O TSH estimula a captação de iodeto.</p><p>- O iodeto é transportado das células da tireoide para o coloide através da pendrina, que</p><p>realiza o cotransporte (antiporte) de íons cloreto e iodeto.</p><p>SÍNTESE E TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS</p><p>- As células foliculares produzem tiroglobulina, secretando para o coloide;</p><p>- A enzima tireoperoxidase - juntamente com o peróxido de hidrogênio - oxidam o</p><p>iodeto para iodo (I- para I), adicionando iodo à tirosina da molécula de tireoglobulina. A</p><p>adição de iodo à tireoglobulina corresponde ao processo de organificação;</p><p>- A adição de um iodo à tirosina forma aMIT (monoiodotirosina) e, a adição de um</p><p>segundo iodo, forma a DIT (diiodotirosina);</p><p>- Na etapa de conjugação, uma MIT e uma DIT se unem para formar o T3 e, duas DIT, se</p><p>unem para formar o T4;</p><p>- Após a síntese dos hormônios, a tireoglobulina é endocitada em formato de vesículas</p><p>para o interior das células foliculares;</p><p>- No meio intracelular, enzimas realizam a proteólise (proteases) dos hormônios T3 e T4,</p><p>liberando-os da molécula de tireoglobulina para os capilares;</p><p>- Na corrente sanguínea, os hormônios tireoidianos são transportados pela TBG (maior</p><p>afinidade pela tiroxina), para os tecidos alvo;</p><p>- Nos tecidos alvo, deiodinases removem um iodo da tiroxina, transformando-os em</p><p>tri-iodotirosina, que se liga aos receptores nucleares, iniciando a transcrição, tradução e</p><p>síntese de novas proteínas.</p><p>AÇÃO DO TSH</p><p>- O hormônio hipotalâmico TRH, regula a síntese do TSH dos tireotropos;</p><p>- O TSH aumenta a secreção de T3 e T4 por diversos fatores como:</p><p>1) Aumento da proteólise da tireoglobulina armazenada;</p><p>2) Aumento da atividade da bomba de iodeto;</p><p>3) Aumento da iodinação da tirosina;</p><p>4) Aumento do tamanho e atividade das células secretoras da tireoide e aumento do</p><p>número de células da tireoide.</p><p>- Grande parte dos efeitos do TSH acontecem pela ativação do segundo mensageiro</p><p>AMPc;</p><p>- A ligação do TSH com seus receptores ativa a adenilciclase, que aumenta a formação</p><p>de AMPc;</p><p>- Então, a AMPc ativa a proteinoquinase, causando fosforilações que irão liberar os</p><p>hormônios T3 e T4 e promover o crescimento do tecido glandular.</p><p>AÇÕES DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS</p><p>- Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica</p><p>celular, através do</p><p>aumento em número e atividade das mitocôndrias (mais ATP e energia) e aumento do</p><p>transporte ativo de íons - bomba de Na+/K+ -, gerando mais calor;</p><p>- Aumenta a captação de glicose pelas células, a glicólise, a gliconeogênese, a</p><p>absorção pelo trato gastrointestinal e secreção de insulina;</p><p>- Aumenta a mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo para os líquidos</p><p>extracelulares.</p><p>No entanto, reduz as concentrações de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no</p><p>plasma, embora aumente a de ácidos graxos livres;</p><p>- Favorece o crescimento ósseo e o desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e</p><p>nos primeiros anos de vida pós-natal.</p><p>EFEITOS FISIOLÓGICOS DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS</p><p>- Aumento do fluxo sanguíneo e do débito cardíaco devido à vasodilatação na maioria</p><p>dos tecidos, que eleva o fluxo sanguíneo;</p><p>- Apresenta efeito direto na excitabilidade do coração, o que eleva a frequência</p><p>cardíaca;</p><p>- A elevação da atividade enzimática, provocada por apenas ligeiro aumento da</p><p>secreção do hormônio tireoidiano, já é capaz de aumentar a força da contração</p><p>cardíaca;</p><p>obs. Quando a secreção do hormônio tireoidiano é elevada, a força do músculo</p><p>cardíaco fica deprimida, devido ao catabolismo proteico excessivo, por longos</p><p>períodos.</p><p>- A elevação do metabolismo aumenta a utilização de oxigênio e a formação de dióxido</p><p>de carbono, aumentando a frequência e a profundidade da respiração;</p><p>- Aumento da motilidade gastrointestinal;</p><p>- Aumenta a atividade cerebral;</p><p>- Aumento da força muscular, porém, no excesso de hormônios tireoidianos, os</p><p>músculos ficam enfraquecidos, devido ao catabolismo proteico;</p><p>- No hipertireoidismo, o paciente apresenta cansaço, mas sente dificuldade para dormir.</p><p>Já no hipotireoidismo é possível observar sonolência extrema</p><p>- O hipotireoidismo causa baixa libido e o hipertireoidismo resulta em impotência</p><p>sexual. Além disso, pode ocorrer alteração do ciclo menstrual e sangramento</p><p>menstrual anormal (para mais ou para menos).</p><p>––––––––––––––– DETALHAR TIPOS DE HIPER E HIPOTIREOIDISMO</p><p>––––––––––––––––</p><p>EIXO CORTICOTRÓFICO</p><p>- A glândula adrenal (suprarrenal) se localiza acima dos rins e secreta neuro-hormônios</p><p>e hormônios clássicos;</p><p>- A medula adrenal é composta por um gânglio simpático modificado capaz de secretar</p><p>catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) em situações de luta ou fuga;</p><p>- O córtex adrenal é responsável pela secreção dos hormônios sintetizados a partir do</p><p>colesterol esteroide (hormônios esteroides);</p><p>- Essa síntese acontece a partir do colesterol disponível no LDL do plasma circulante.</p><p>O CÓRTEX DA ADRENAL E A REGULAÇÃO DA SUA SECREÇÃO</p><p>- O córtex da adrenal é dividido em 3 zonas distintas, que secretam mineralocorticoides,</p><p>hormônios androgênicos e glicocorticoides;</p><p>- A zona glomerular, mais externa, é responsável pela secreção de aldosterona -</p><p>mineralocorticoide - que regula a concentração de Na+ e K+ dos líquidos extracelulares;</p><p>- Na zona fasciculada, que possui a maior área, é responsável pela secreção dos</p><p>glicocorticoides - cortisol - e, além disso, secreta uma parcela de adrogênios e</p><p>estrogênios adrenais;</p><p>- A zona reticulada, mais interna, é responsável pela secreção dos androgênios</p><p>adrenais - desidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona;</p><p>- As concentrações de angiotensina II e potássio regulam a secreção de aldosterona na</p><p>zona glomerular;</p><p>- O hormônio CRH (hormônio liberador de corticotrofinas) do hipotálamo atua sobre os</p><p>corticotropos da adeno-hipófise para liberar o ACTH;</p><p>ps. O ACTH é produzido nos cortitrofos a partir da clivagem do POMC pela enzima PC1</p><p>(pró-hormônio convertase 1). Além disso, a clivagem do POMC pode produzir MSH</p><p>(hormônio estimulante da melanócito).</p><p>- O ACTH - hormônio adrenocorticotrófico - regula a secreção das zonas fasciculada e</p><p>reticulada da adrenal.</p><p>obs. O cortisol regula secreção de CRH e ACTH através do feedback negativo.</p><p>MINERALOCORTICOIDES - ALDOSTERONA</p><p>- A aldosterona aumenta a reabsorção tubular de sódio e secreção de potássio. Sendo</p><p>fundamental para o controle da pressão arterial;</p><p>- Apesar de aumentar a reabsorção de sódio, é possível observar a reabsorção da água</p><p>por osmose, que eleva o volume do líquido extracelular, mantendo os níveis de sódio</p><p>normais;</p><p>- A deficiência de aldosterona pode acarretar uma hiponatremia e uma</p><p>hiperpotassemia, que diminui a pressão arterial e função cardíaca, respectivamente;</p><p>- Além disso, a aldosterona promove a excreta íons hidrogênio em conjunto com o</p><p>potássio e, em excesso, pode resultar em alcalose.</p><p>GLICOCORTICOIDES - CORTISOL</p><p>- A principal função do cortisol é a proteção contra a hipoglicemia, aumentando a</p><p>secreção de glucagon, promovendo a gliconeogênese e glicólise;</p><p>- O ritmo circadiano e situações de estresse aumentam a secreção de CRH pelo núcleo</p><p>supraquiasmático do hipotálamo e, consequentemente, aumentam a secreção de</p><p>cortisol;</p><p>obs. O cortisol é secretado em maior quantidade no período diurno.</p><p>1) EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO DE DOS CARBOIDRATOS</p><p>- Estimula a gliconeogênese (formação de glicose a partir de proteínas) pelo fígado,</p><p>antagonizando a insulina;</p><p>- Isso ocorre pelo aumento de enzimas que convertem aminoácidos em glicose, e maior</p><p>mobilização de aminoácidos dos músculos;</p><p>- Além disso, diminuem a utilização da glicose pelas células (afeta translocação de</p><p>GLUT4 para as membranas);</p><p>- Esses efeitos do cortisol desencadeiam uma menor sensibilidade à insulina, assim,</p><p>em níveis elevados, pode ser observado a diabetes adrenal.</p><p>2) EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO PROTEICO</p><p>- O cortisol aumenta a proteólise (catabólico);</p><p>- Aumenta a mobilização de aminoácidos sanguíneos e diminui o transporte de</p><p>aminoácidos para células extra-hepáticas (musculares, por exemplo).</p><p>3) EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO LIPÍDICO</p><p>- O cortisol promove a mobilização de ác. graxos do tecido adiposo (lipólise), utilizando</p><p>ác. graxos como fonte de energia em detrimento da glicose;</p><p>- Apesar disso, o cortisol ocasiona uma deposição excessiva de gordura no tórax e na</p><p>cabeça (giba).</p><p>HIPOCORTISOLISMO</p><p>- A doença de Addison ou incapacidade adrenal consiste na deficiência de produzir</p><p>hormônios adrenocorticais suficientes;</p><p>- Ela pode ser acarretada por uma hipertrofia primária ou por uma lesão no córtex da</p><p>adrenal. Também pode ser acarretada por tumores ou secundária ao comprometimento</p><p>da hipófise (menor secreção de ACTH e, consequentemente, de aldosterona e cortisol);</p><p>- A ausência de aldosterona diminui muito a reabsorção de sódio, diminuindo o volume</p><p>sanguíneo e, consecutivamente, a pressão sanguínea. Também é possível observar a</p><p>hiponatremia, hiperpotassemia e acidose (menor quantidade de hidrogênio secretada);</p><p>- Além disso, com a ausência de cortisol, a concentração de glicose não é normalizada</p><p>pela dificuldade de sintetizar glicose a partir da gliconeogênese;</p><p>- Ademais, com o nível de cortisol diminuído, ocorre uma retroalimentação que aumenta</p><p>a secreção de ACTH, juntamente com o MSH, estimulando a formação de melanina.</p><p>HIPERCORTISOLISMO</p><p>EIXO GONADOTRÓFICO MASCULINO</p><p>- O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) secretado pelo hipotálamo estimula a</p><p>secreção de LH (luteinizante) e FSH (foliculoestimulante) pelos gonadotrofos na</p><p>adeno-hipófise;</p><p>- Os hormônios gonadotróficos liberados pela adeno-hipófise atuam nos testículos em</p><p>diferentes células;</p><p>- O FSH atua nas células de Sertoli, promovendo a secreção de moléculas necessárias</p><p>para a espermatogênese (formação de espermatozoides);</p><p>- A ação FSH também estimula a produção de ABP (proteína ligadora de andrógenos) -</p><p>pelas células de Sertoli -, que se liga a testosterona, e a transporta para os túbulos</p><p>seminíferos para garantir a espermatogênese;</p><p>- As células de Sertoli também secretam inibina para regular a secreção de FSH pela</p><p>hipófise em casos de espermatogênese elevada;</p><p>- O hormônio luteinizante (LH) atua nas células de Leydig (células intersticiais), que</p><p>liberam a testosterona.</p><p>obs. A testosterona controla a liberação de GnRH e LH pelo mecanismo de</p><p>feedback-negativo.</p><p>AÇÕES DO HORMÔNIO ANDROGÊNICO GONADAL</p><p>- A testosterona é responsável pelo desenvolvimentos</p><p>das características sexuais</p><p>primárias (desenvolvimento da órgãos sexuais internos e genitália externa) e</p><p>secundárias;</p><p>- A testosterona promove a descida dos testículos para o saco escrotal;</p><p>- Promove o crescimento da barba e de pelos corporais;</p><p>- Ocasiona a hipertrofia da mucosa e alargamento da laringe (espessamento das</p><p>cordas vocais), engrossando a voz;</p><p>- Aumenta a espessura da pele de todo o corpo e a rigidez dos tecidos subcutâneos;</p><p>- Aumenta também a secreção de algumas, ou talvez de todas as glândulas sebáceas</p><p>do corpo;</p><p>obs. Favorece o surgimento da acne.</p><p>- Estimula a eritropoetina, aumentando número de hemácias;</p><p>- Estimula células-tronco da medula óssea, modulando o sistema imunológico;</p><p>- A testosterona aumenta a síntese proteica e o desenvolvimento muscular</p><p>(anabolismo).</p><p>MECANISMO INTRACELULAR DE AÇÃO DA TESTOSTERONA</p><p>- Nos tecidos alvo, a testosterona é convertida na forma ativa, DHT</p><p>(di-hidrotestosterona) pela enzima 5a-redutase;</p><p>obs. A DHT se liga a uma proteína receptora citoplasmática. Esse complexo migra para o</p><p>núcleo, se ligando a uma proteína nuclear e induzindo a transcrição DNA-RNA.</p><p>- Além disso, a testosterona é convertida em estradiol pela enzima aromatase.</p><p>obs. O estradiol é importante para a regulação da atuação da testosterona.</p><p>EFEITOS COLATERAIS DO USO DE ANABOLIZANTES ANDRÓGENOS</p><p>EXTERNOS</p><p>- Podem causar hipertensão, diminuição das lipoproteínas de alta densidade no sangue</p><p>(HDL) e aumento das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), o que promove ataques</p><p>cardíacos e acidentes vasculares;</p><p>- Leva à redução da função testicular, incluindo a diminuição da formação de</p><p>espermatozoides e a diminuição da secreção da testosterona natural do indivíduo;</p><p>- Isso acontece do feedback negativo, com a elevação da testosterona por via externa,</p><p>ocorre a menor liberação de GnRH pelo hipotálamo, e, sucessivamente, menor liberação</p><p>de LH pela adeno-hipófise;</p><p>- Assim, com a menor liberação de LH, a produção de testosterona nos testículos reduz,</p><p>ocasionando sua atrofia.</p><p>EIXO GONADOTRÓFICO FEMININO</p><p>- Hipotálamo produz GnRH que controla secreção de LH e FSH na adeno-hipófise, que</p><p>irão atuar nos ovários.</p><p>- FSH estimula secreção de estrogênio,responsável pelo desenvolvimento e maturação</p><p>dos folículos ovarianos.</p><p>- LH</p><p>Fu</p>