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<p>TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ</p><p>3ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS</p><p>Autos nº. 0001050-97.2023.8.16.0078</p><p>RECURSO INOMINADO Nº 0001050-97.2023.8.16.0078, DO JUIZADO</p><p>ESPECIAL CÍVEL DE CURIÚVA</p><p>RECORRENTE: TIAGO DA SILVA</p><p>RECORRIDA: MANIA VEICULOS LTDA</p><p>RELATORA: JUÍZA TITULAR DA 3ª TURMA RECURSAL DENISE</p><p>HAMMERSCHMIDT</p><p>RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C</p><p>INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA QUE JULGOU</p><p>PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS</p><p>INICIAIS.   RECORRENTE REQUER A MAJORAÇÃO DO VALOR</p><p>ARBITRADO A TÍTULO DE DANOS MORAIS. VALOR EM</p><p>CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA E AS</p><p>PECULIARIDADES DO CASO CONCRETO. SENTENÇA MANTIDA</p><p>PELOS SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, NOS TERMOS DO ART. 46</p><p>DA LEI Nº 9.099/95. CONDENAÇÃO DA RECORRENTE AO</p><p>PAGAMENTO DE CUSTAS E HONORÁRIOS PROCESSUAIS, FIXADOS</p><p>EM 10% DO VALOR ATUALIZADO DA CAUSA. SUSPENSÃO EM</p><p>RAZÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RECURSO</p><p>INOMINADO CONHECIDO E DESPROVIDO.</p><p>Dispensado o relatório nos termos do Enunciado 92 do FONAJE.</p><p>I – VOTO</p><p>Presentes os pressupostos recursais de cabimento, conheço do recurso.</p><p>Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais em que a sentença que julgou</p><p>parcialmente procedentes os pedidos iniciais.</p><p>Inconformado, o Recorrente interpôs Recurso Inominado, em que requer a reforma da sentença para</p><p>majorar o valor arbitrado a título de danos morais.</p><p>Nesse sentido, a sentença é acertada e extremamente clara em seus fundamentos, ao dispor o seguinte:</p><p>Em atenção ao disposto no Art. 20 cumulado com o §4º do Art. 9º, todos da Lei 9.099/95</p><p>tem-se a aplicação do instituto da revelia. Segundo a inteligência do artigo em comento, é</p><p>permitido que se reputem como verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, não</p><p>sendo outra a convicção do juiz. Não há qualquer elemento nos autos que suscite dúvidas</p><p>acerca do que foi relatado. Há que se salientar que além de não comparecer à audiência</p><p>de Conciliação, a parte requerida não se manifestou nos autos, tampouco apresentou</p><p>justificativa para sua ausência. A parte autora, por sua vez, fez prova constitutiva de seu</p><p>direito (art. 373, inc. I, do CPC), uma vez que demonstrou a falha na prestação de serviço</p><p>da empresa ré, por meio dos diversos printscreens anexados em inicial. Além disso, não</p><p>há notícia nos autos de que o financiamento pendente no veículo Gol, placa AWH6A47</p><p>fora adimplido. Desta forma, tendo o réu se comprometido a solucionar os problemas</p><p>enfrentados pela parte autora e descumprindo com suas obrigações, frustrou as</p><p>expectativas do requerente. Não restam dúvidas, portanto, de que o prejuízo</p><p>experimentado pelo autor extrapola o mero aborrecimento. Inclusive, nota-se que o</p><p>requerente buscou insistentemente pela requerida, que sempre lhe prometia soluções, mas</p><p>nunca as cumpria, o que evidencia sua má-fé em não solucionar ou ao menos reduzir o</p><p>problema enfrentado. Portanto, consolidada a falha na prestação do serviço em situação</p><p>que extrapola o mero dissabor, gerando o dever da requerida em reparar os abalos</p><p>emocionais causados. No que tange ao quantum indenizatório, resta consolidado, tanto na</p><p>doutrina, como na jurisprudência, o entendimento de que a fixação do valor deve ser feita</p><p>com respaldo em determinados critérios, como o porte econômico das partes, o grau de</p><p>culpa, visando sempre à atenuação da ofensa, a atribuição do efeito pedagógico e a</p><p>estimulação de maior zelo na condução das relações, de modo a fixá-lo com</p><p>razoabilidade. Frisa-se que o caráter punitivo e educativo deve revestir a reparação do</p><p>dano moral, para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela</p><p>ofensa que praticou, bem como veja-se desestimulado a praticar novamente atos ilícitos</p><p>semelhantes. Assim, a fim de atender à dupla finalidade da indenização por danos morais</p><p>(de um lado, reparar o dano sofrido pela vítima e, de outro, punir o agente causador),</p><p>arbitra-se o valor de R$2.000,00 (dois mil reais), apto a ressarcir o abalo moral sofrido</p><p>pela reclamante, sem, contudo, gerar enriquecimento ilícito e inviabilizar financeiramente</p><p>o condenado. Em casos semelhantes, é o que entende a jurisprudência: RECURSO</p><p>INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.</p><p>REVELIA. SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM REVISÃO DE CONTRATOS</p><p>BANCÁRIOS. DESCASO COM O CONSUMIDOR NOS PÓS-VENDA. AUSÊNCIA</p><p>DE PROVA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES</p><p>CLARAS. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. DANOS MORAIS</p><p>CARACTERIZADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$ 2.000,00</p><p>(DOIS MIL REAIS). SENTENÇA REFORMADA. Recurso conhecido e provido. (TJPR</p><p>- 3ª Turma Recursal - 0010977-90.2020.8.16.0014 - Londrina - Rel.: JUÍZA DE</p><p>DIREITO DA TURMA RECURSAL DOS JUÍZAADOS ESPECIAIS ADRIANA DE</p><p>LOURDES SIMETTE - J. 27.09.2021). No que pertine à multa diária em razão do</p><p>descumprimento da medida liminar, cumpre asseverar, desde já, que a multa é devida em</p><p>razão da intempestividade da manifestação da parte requerida e da ausência de</p><p>comprovação da impossibilidade de cumprir a tutela, acarretando o descumprimento da</p><p>decisão, ainda que a obrigação tenha sido convertida posteriormente. Neste ponto,</p><p>salienta-se que a apuração de eventual valor a título de multa deverá ocorrer em sede de</p><p>cumprimento de sentença.</p><p>Desta forma, considerando que as razões recursais não são capazes de infirmar o julgado, a sentença</p><p>merece ser mantida por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95:</p><p>Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação</p><p>suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for</p><p>confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.</p><p>Como disposto no artigo supracitado, apenas a ata com indicação suficiente do processo, fundamentação</p><p>sucinta e parte dispositiva se mostram necessários no caso de manutenção da sentença por seus próprios</p><p>fundamentos, elementos estes constantes no presente voto.</p><p>Ante o exposto, , nos termos do art. a manutenção da sentença se impõe pelos próprios fundamentos</p><p>46 da Lei nº 9.099/95.</p><p>Condeno, por força do art. 55 da Lei nº 9.099/95, a recorrente ao pagamento de custas e honorários</p><p>, que fixo em 10% do valor atualizado da causa. Suspensa a condenação em razão doprocessuais</p><p>benefício da justiça gratuita. Tendo em vista o art. 4º da Lei Estadual nº 18.413/14, não haverá devolução</p><p>de custas recursais eventualmente pagas.</p><p>Pelo exposto, voto por conhecer e negar provimento ao Recurso Inominado.</p><p>É como voto.</p><p>msd</p><p>Ante o exposto, esta 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais resolve,</p><p>por unanimidade dos votos, em relação ao recurso de TIAGO DA SILVA, julgar pelo(a) Com Resolução</p><p>do Mérito - Não-Provimento nos exatos termos do voto.</p><p>O julgamento foi presidido pelo (a) Juiz(a) Adriana De Lourdes Simette,</p><p>com voto, e dele participaram os Juízes Desembargadora Substituta Denise Hammerschmidt (relator) e</p><p>Juan Daniel Pereira Sobreiro.</p><p>30 de agosto de 2024</p><p>Denise Hammerschmidt</p><p>Juiz (a) relator (a)</p>

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