Dyctiocaulus

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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE</p><p>VIÇOSA</p><p>DEPARTAMENTO DE</p><p>VETERINÁRIA</p><p>ISAQUE PADRE DA SILVA</p><p>DYCTIOCAULUS</p><p>Viçosa - MG</p><p>2024</p><p>Parasitologia Veterinária</p><p>1. Disciplina: VET 145 - Parasitologia Veterinária</p><p>2. Título do trabalho: Dyctiocaulus</p><p>3. Objetivos:</p><p>Geral: Aprender sobre o verme parasita Dyctiocaulus</p><p>Específicos: Compreender sua importância veterinária, ciclo de vida, patogenia e</p><p>epidemiologia</p><p>5. Conteúdo a ser abordado: Ciclo reprodutivo, Malefícios caudados, Sua Zonas</p><p>Endêmicas e Sazonalidades</p><p>RESUMO</p><p>A dictiocaulose é uma pneumonia causada pelo nematóide Dictyocaulus</p><p>vivíparus e Dictyocaulus filaria em bovinos e ovinos e, o Dictyocaulus arnfieldi em</p><p>equinos e asininos, acometendo principalmente animais jovens. Um mês após a</p><p>infecção observa-se tosse, descargas de muco pelas narinas e olhos e com a</p><p>evolução da doença pode ocorrer a morte do animal por anoxia ou sufocação.</p><p>Palavra-chave: Dictiocaulus arnfieldi, Dictiocaulus filaria, Dictiocaulus vivíparus,</p><p>dictiocaulose. Tema central: Medicina Veterinária.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Aspects cliniques des pneumonies parasitaires et fongiques chez les Équidés - Figura</p><p>científica no ResearchGate. Disponível em:</p><p>https://www.researchgate.net/figure/Adultes-de-Dictyocaulus-arnfieldi-service-de-</p><p>Parasitologie-ENVA_fig1_287418274</p><p>O Dictiocaulus é um nematóide encontrado nos pulmões dos bovinos, ovinos,</p><p>equinos e asininos, é a principal causa de bronquite parasitária nestes hospedeiros.</p><p>A Dictiocaulose dos bovinos é uma doença de grande relevância na pecuária,</p><p>essencialmente respiratória e as manifestações clínicas relacionam-se com a</p><p>penetração dos parasitas no hospedeiro.</p><p>Essa doença afeta principalmente animais jovens em áreas de criação</p><p>intensiva, onde a contaminação por vermes pode ser elevada. Em infecções severas,</p><p>a doença pode levar a dificuldades respiratórias graves, perda de peso, redução da</p><p>produção de leite e até mortalidade, resultando em perdas econômicas significativas.</p><p>2. CICLO EVOLUTIVO</p><p>O ciclo de vida de Dictyocaulus viviparus.: Vermes adultos machos e fêmeas residem</p><p>no pulmão. Os ovos são tossidos e engolidos e eclodem ao passarem pelo trato intestinal. Os</p><p>vermes larvais no pasto passam por duas mudas para atingir o estágio infeccioso L3, que</p><p>retém sua cutícula L1 e L2 como uma bainha protetora. L3 são ingeridos pelo gado em pastejo,</p><p>e os parasitas mudam duas vezes antes de atingir o pulmão. Mais crescimento e</p><p>desenvolvimento são necessários para se tornarem adultos maduros e reprodutivos. Fonte:</p><p>https://www.researchgate.net/publication/293808852_Dictyocaulus_viviparus_genom</p><p>e_variome_and_transcriptome_elucidate_lungworm_biology_and_support_future_inter</p><p>vention</p><p>O ciclo de vida do Dictyocaulus é direto, ou seja, não envolve hospedeiros</p><p>intermediários.</p><p>As fêmeas de Dictyocaulus são ovovivíparas, produzindo ovos que contém</p><p>larvas (L1) totalmente desenvolvidas que eclodem quase que imediatamente na</p><p>mucosidade das vias respiratórias. As larvas (L1) migram até a traqueia, onde são</p><p>deglutidas e eliminadas nas fezes ou expelidas pela tosse.</p><p>As larvas de (L1), presentes nas fezes, são caracteristicamente lentas e não</p><p>se alimentam, apenas absorvendo energia de suas células intestinais que estão cheia</p><p>de grânulos alimentares castanho-escuros. Em condições ideais, as larvas de terceiro</p><p>estágio (L3) infectante é atingindo dentro de cinco dias, e retém as cutículas dos</p><p>estágios anteriores (L1 e L2). As larvas L3 são resistentes e podem sobreviver por</p><p>períodos prolongados em pastagens úmidas. As larvas (L3) infectantes deixam o bolo</p><p>fecal e alcançam a forragem ou por sua própria motilidade ou através de intervenção</p><p>do fungo Pilobolus que se desenvolve em fezes de herbívoros. Os hospedeiros</p><p>ingerem as larvas (L3) junto com o pasto e penetram na mucosa intestinal, atingindo</p><p>a circulação sanguínea via gânglios linfáticos do mesentério. Os vermes se</p><p>desenvolvem em vermes adultos e chegam aos alvéolos, bronquíolos e brônquios</p><p>onde completam seu ciclo, causando a doença.</p><p>Algumas larvas, em fêmeas prenhes, podem chegar ao feto através da</p><p>circulação placentária, ocasionando infecção pré-natal. As larvas de terceiro estágio</p><p>sofrem muda para L4 após cinco dias da infecção e no 15º dia são observados adultos</p><p>jovens nos brônquios.</p><p>3. PATOGENIA</p><p>Vaca mostrando dispnéia grave, posição ortopneica e caquexia. Fonte:</p><p>https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-Brazil%3A-an-and-Henker-</p><p>Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=direct_link</p><p>Em qualquer grupo acometido, em geral são evidentes graus variáveis de</p><p>gravidade clínica, de modo típico, alguns animais estão discretamente acometidos, a</p><p>maioria se encontra moderadamente acometida e alguns são gravemente</p><p>acometidos.</p><p>Nos animais discretamente acometidos a migração das larvas para os pulmões</p><p>provoca uma resposta inflamatória, com infiltração de células inflamatórias nos</p><p>alvéolos e bronquíolos. Isso resulta em bronquite e bronquiolite, que podem se</p><p>manifestar como tosse intermitente, dispneia (dificuldade para respirar) e respiração</p><p>acelerada quando fazem esforço.</p><p>Os animais moderadamente acometidos têm ataques frequentes de tosse, em</p><p>repouso a auscultação ouve-se chiados sobre os lobos pulmonares posteriores.</p><p>Nos animais gravemente acometidos os vermes adultos no pulmão provocam</p><p>uma bronquite crônica, que pode levar à formação de exsudato nos brônquios,</p><p>obstrução das vias aéreas e atelectasia (colapso dos alvéolos). Os sinais clínicos</p><p>incluem tosse persistente, perda de apetite, emagrecimento e, em casos graves,</p><p>morte devido à insuficiência respiratória.</p><p>4. DIAGNÓTICO</p><p>Os sinais não permitem identificar a dictiocaulose clinicamente, sendo</p><p>necessário recorrer a recursos ou a constatação de parasitas em necropsia. No</p><p>diagnóstico laboratorial a identificação microscópica de larvas encontrada na</p><p>necropsia ou de ovos e larvas em exame parasitológico de fezes. De modo geral, a</p><p>sintomatologia clínica, a época do ano e uma história de pastejo em pasto permanente</p><p>ou semipermanente são suficientes para permitir que se chegue a um diagnóstico.</p><p>Deve-se considerar outros agentes que causam doenças respiratórias em</p><p>ruminantes, como a pneumonia bacteriana e outras parasitoses pulmonares, para</p><p>evitar diagnósticos errados. A distinção entre dictyocaulose e outras doenças</p><p>respiratórias pode ser feita com base nos sinais clínicos, histórico epidemiológico, e</p><p>resultados de exames laboratoriais.</p><p>5. EPIDEMIOLOGIA</p><p>A dictyocaulose é amplamente distribuída em regiões de clima temperado,</p><p>onde as condições climáticas favorecem a sobrevivência das larvas infectantes no</p><p>ambiente. Por serem pouco ativas, são dispersadas pelas águas das chuvas e outros</p><p>fatores mecânicos (D viviparus: fungo Pilobolus).</p><p>Fungo Pilobolus Fonte: https://euquerobiologia.blogspot.com/2014/03/pilobolus-o-</p><p>fungo-que-atira.html</p><p>As infecções são mais comuns em áreas úmidas e temperadas, onde as larvas</p><p>podem sobreviver por longos períodos no solo e na vegetação. A doença é</p><p>principalmente em áreas com alta densidade pluviométrica. Além disso, é</p><p>particularmente prevalente em áreas onde os animais pastam em campos irrigados</p><p>ou áreas de pastagem rotativa.</p><p>O risco de infecção aumenta durante o final da primavera e início do verão,</p><p>quando as condições são ideais para o desenvolvimento das larvas no ambiente. As</p><p>infecções tendem a ocorrer principalmente em animais jovens que estão sendo</p><p>introduzidos ao pasto pela primeira vez. Após uma primeira infecção os bovinos se</p><p>tornam resistentes, sendo assim, protegidos de infecções severas.</p><p>6. REFERENCIAS</p><p>• https://euquerobiologia.blogspot.com/2014/03/pilobolus-o-fungo-que-</p><p>atira.html</p><p>• https://www.researchgate.net/publication/293808852_Dictyocaulus_viviparus_</p><p>genome_variome_and_transcriptome_elucidate_lungworm_biology_and_sup</p><p>port_future_intervention</p><p>• Aspects cliniques des pneumonies parasitaires et fongiques chez les Équidés</p><p>- Figura científica no ResearchGate. Disponível em:</p><p>https://euquerobiologia.blogspot.com/2014/03/pilobolus-o-fungo-que-atira.html</p><p>https://euquerobiologia.blogspot.com/2014/03/pilobolus-o-fungo-que-atira.html</p><p>https://www.researchgate.net/publication/293808852_Dictyocaulus_viviparus_genome_variome_and_transcriptome_elucidate_lungworm_biology_and_support_future_intervention</p><p>https://www.researchgate.net/publication/293808852_Dictyocaulus_viviparus_genome_variome_and_transcriptome_elucidate_lungworm_biology_and_support_future_intervention</p><p>https://www.researchgate.net/publication/293808852_Dictyocaulus_viviparus_genome_variome_and_transcriptome_elucidate_lungworm_biology_and_support_future_intervention</p><p>https://www.researchgate.net/figure/Adultes-de-Dictyocaulus-arnfieldi-service-</p><p>de-Parasitologie-ENVA_fig1_287418274</p><p>• https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-</p><p>Brazil%3A-an-and-Henker-</p><p>Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=dire</p><p>ct_link</p><p>• https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7609548/mod_resource/content/6/V%</p><p>C3%ADdeo-</p><p>aula%2010%20Nematoides%20%28Dictyocaulus%20spp%29%202020.pdf</p><p>• REVISTA CIENTÍFICA ELETÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN:</p><p>1679-7353</p><p>https://www.researchgate.net/figure/Adultes-de-Dictyocaulus-arnfieldi-service-de-Parasitologie-ENVA_fig1_287418274</p><p>https://www.researchgate.net/figure/Adultes-de-Dictyocaulus-arnfieldi-service-de-Parasitologie-ENVA_fig1_287418274</p><p>https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-Brazil%3A-an-and-Henker-Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=direct_link</p><p>https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-Brazil%3A-an-and-Henker-Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=direct_link</p><p>https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-Brazil%3A-an-and-Henker-Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=direct_link</p><p>https://www.semanticscholar.org/paper/Dictyocaulosis-in-dairy-cows-in-Brazil%3A-an-and-Henker-Schwertz/49321daa506aad1dae722e1c7aae14ebfd8ccc76?utm_source=direct_link</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7609548/mod_resource/content/6/V%C3%ADdeo-aula%2010%20Nematoides%20%28Dictyocaulus%20spp%29%202020.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7609548/mod_resource/content/6/V%C3%ADdeo-aula%2010%20Nematoides%20%28Dictyocaulus%20spp%29%202020.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7609548/mod_resource/content/6/V%C3%ADdeo-aula%2010%20Nematoides%20%28Dictyocaulus%20spp%29%202020.pdf</p><p>5. EPIDEMIOLOGIA</p>