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<p>com100-m Pensamento Computacional - O Século</p><p>XXI e a computação na BNCC - Parte II</p><p>Transcrito por TurboScribe.ai. Atualize para Ilimitado para remover esta mensagem.</p><p>Olá, bem-vindo de volta. Vamos continuar falando aqui sobre computação na educação.</p><p>Pois é, professor.</p><p>Na aula anterior eu saí com uma dúvida que é, desde quando a computação é necessária</p><p>dentro da educação? Desde quando essa necessidade se tornou mais forte? A necessidade</p><p>eu diria que é algo mais moderno, né? Porque hoje em dia o mundo com a computação não</p><p>tem como você viver sem computação. Mas pensar em usar a computação para aprender,</p><p>para ensinar crianças é algo que o Papert já fazia lá no MIT no final dos anos 60. Então, ele já</p><p>trabalhava lá com ensinar crianças a programar como um jeito de aprender.</p><p>Desculpa, mas eu não conheço quem é essa pessoa. Você pode explicar para a gente? Só</p><p>para eu também entender esse contexto? O Papert, ele é um pesquisador do MIT, do</p><p>Massachusetts Institute of Technology, lá nos Estados Unidos. Uma das melhores faculdades</p><p>de engenharia do mundo.</p><p>E ele foi para lá depois de trabalhar com o Piaget. Então, um educador super reconhecido. E</p><p>ele foi para os Estados Unidos trabalhando com a ideia de como eu uso o computador para</p><p>as crianças aprenderem a pensar, aprender a raciocinar, aprender a lógica.</p><p>Isso lá no final dos anos 60. E nos anos 70, um pesquisador brasileiro foi fazer doutorado lá</p><p>com ele. Esse professor é o professor José Armando Valente.</p><p>E vamos ver o que o Armando Valente, o José Armando Valente, que eu tenho uma</p><p>felicidade muito grande de ter podido conviver bastante com ele ao longo da minha vida</p><p>acadêmica, fala sobre desde quando se pensa em usar computador na escola aqui no Brasil.</p><p>Vamos ver esse vídeo? Bora! O que é importante usar a informática na educação? O lápis e</p><p>papel. A gente fala com o lápis e papel.</p><p>O lápis e papel não fala com a pessoa. Você faz lá a equação, o segundo grau, etc. Alguém</p><p>tem que olhar para aquilo e verificar se aquilo tem sentido ou não.</p><p>Quando eu trabalho com a informática, e faço alguma atividade com a informática, a</p><p>informática me dá uma resposta, coisa que o lápis e papel não me dá, de modo que eu</p><p>posso, com base na resposta que a máquina me oferece, eu posso fazer uma reflexão e</p><p>verificar se aquilo faz sentido ou não. Então, por exemplo, se eu estou trabalhando com um</p><p>software gráfico, e faço lá uma equação, tento resolver a equação do segundo grau, ele me</p><p>mostra uma resposta, que eu olho para aquilo e falo, tem sentido, não tem, você acha que</p><p>está correto, não está correto. Ou seja, a máquina me responde, a máquina me dá</p><p>respostas, porque eu tenho muita dificuldade de fazer isso com o lápis e papel.</p><p>E é nesse sentido que a tecnologia é extremamente importante, porque eu falo com a</p><p>máquina, a máquina executa aquilo que foi solicitado, e com isso eu posso entender se</p><p>aquilo faz sentido ou não. E isso acontece na coisa mais simples que tem. Por exemplo, se</p><p>eu pego o meu celular e eu quero usar o recurso do relógio para marcar que eu tenho que</p><p>levantar amanhã às sete horas da manhã, eu faço uma série de operações que,</p><p>eventualmente, amanhã às sete horas, essa tecnologia tem que me dar uma resposta, e eu</p><p>verifico se isso funcionou ou não.</p><p>Coisa que, por exemplo, o lápis e papel não conseguiriam fazer. Então a máquina tem essa</p><p>facilidade de responder, de dar respostas, de executar aquilo que foi solicitado, de modo</p><p>que eu posso refletir, checar, etc. A tecnologia é importante na educação no sentido de</p><p>você confrontar as suas ideias com a resposta que ela te oferece em termos daquilo que foi</p><p>solicitado.</p><p>A computação entrou na BNCC agora. Agora, é uma novidade ter informática na educação?</p><p>É algo que é só de agora? Desde quando tem isso? A gente pensou que a tecnologia devia</p><p>estar no currículo em 1983. Quando a gente criou o Educom, o Educom era computadores</p><p>integrados às disciplinas curriculares.</p><p>Especialmente da escola pública. Esse era o Educom. E isso a gente não conseguiu até hoje.</p><p>A gente está falando de 30, 40 anos. Mas o Educom foi pensado. Tecnologia, computadores</p><p>integrados às disciplinas curriculares.</p><p>E não perfumaria, laboratório, nada. Era para realmente fazer matemática com tecnologia,</p><p>fazer português com tecnologia e assim por diante. Só que a gente não sabia.</p><p>A gente estava aprendendo junto com os professores. E era uma parceria de pesquisa com a</p><p>atividade prática de como você faz isso, como é que você faz. E a gente tinha professores de</p><p>tudo.</p><p>Tinha professores de ciência, de geografia, de história. Todo mundo estava tentando</p><p>entender como é que a tecnologia pudesse ser integrada a essas atividades curriculares. O</p><p>Educom começou assim, em 1983.</p><p>Só que essa estrutura da escola, é muito difícil o professor entender um currículo que foi</p><p>desenvolvido por lápis e papel, como é que eu transformo isso num currículo que combina o</p><p>digital com o lápis e papel? Ele não foi formado para isso, ele não sabe fazer isso. E ele não</p><p>vai conseguir fazer isso sozinho. Isso tem que ser feito junto com parceiros universitários</p><p>que pensam, que fazem pesquisa e entendem como é que faz.</p><p>Foi o que aconteceu no Educom. No Educom você tinha o computador na mochila do aluno.</p><p>Bom, como é que usa? O que faz? O que ele faz com o computador? O que ele faz com o</p><p>lápis e papel? E assim por diante.</p><p>Foi quando a gente aprendeu muito com essa situação, nesse contexto de ter o computador</p><p>na mochila do aluno. Então, nesse contexto, ensinar pensamento computacional para o</p><p>docente, para o futuro docente, num curso de pedagogia, num curso de ciência de altura, é</p><p>importante? É, porque, na verdade, você falar de pensamento computacional, se você pega</p><p>lá o que é abstração, algoritmo, etc., nós estamos falando do pensamento matemático. É</p><p>lógico.</p><p>Só que a matemática trabalhando com o lápis e papel, o lápis e papel não conversa comigo.</p><p>Eu converso com o papel, mas o lápis e papel não conversa comigo. Então, o pensamento</p><p>computacional tem a grande vantagem de trabalhar com a tecnologia que conversa com o</p><p>aluno.</p><p>Então, tudo aquilo que a gente queria falar do algoritmo, do pensamento lógico, da</p><p>abstração, etc., a gente consegue com uma quilometragem muito maior, muito mais rápida,</p><p>trabalhando com a tecnologia digital. Mas tanto o pensamento matemático quanto o</p><p>pensamento computacional, a gente quer a mesma coisa. A gente quer um sujeito lógico,</p><p>racional, crítico, que sabe usar, que sabe fazer algoritmo, que sabe dividir um problema em</p><p>partes.</p><p>Isso era matemática. Só que a matemática feita com o lápis e papel não conversa comigo.</p><p>Eu preciso de uma pessoa que olhe para esse lápis e papel e fale se a equação está correta</p><p>ou não.</p><p>Eu preciso do... Quando eu trabalho com a tecnologia, não preciso disso. A máquina me</p><p>responde, eu vejo que... Isso aqui está cortando os eixos nesse lugar, está aí, está me</p><p>mostrando para mim. É bom, é ruim? Dá uma olhada, vê se me ajuda.</p><p>Mas a máquina me deu uma resposta. Tanto um como outro, nós estamos querendo a</p><p>mesma coisa. A gente quer um sujeito que pensa, que tem raciocínio lógico, que entende,</p><p>que é cr��tico, etc.</p><p>Só que com a tecnologia a gente consegue uma quilometragem maior, mais rápida, e eu</p><p>brinco. Eu não consigo brincar com o lápis e papel. Pois é, né? Você viu? Mais de 40 anos já</p><p>se pensa em computação na escola aqui no Brasil.</p><p>E isso é uma coisa que fica exclusivo só ao nosso país? Ou não? Pelo mundo, o ensino de</p><p>computação na escola, ele é realmente necessário. Dá uma olhada aqui. Na Europa, pelo</p><p>menos 13 países já têm programação para crianças do infantil e fundamental.</p><p>Então eles já estão bem mais avançados do que a gente. Há bastante tempo. A gente</p><p>colocou, a BNCC entrou agora, há um pouco mais de um ano, específica para a computação</p><p>aqui no Brasil.</p><p>E a gente tem que entender que tem todo um contexto aí. A ideia de colocar a computação</p><p>na escola não é necessariamente</p><p>para formar profissionais de computação. Mas, sem</p><p>dúvida nenhuma, alguém que aprende a mexer com o computador na escola tem muito</p><p>mais chances de gostar da área.</p><p>Então existe um apoio muito grande das empresas de informática para que isso aconteça.</p><p>Porque elas precisam de mão de obra. Hoje faltam milhares, centenas de milhares de</p><p>empregos, tem vagas disponíveis no Brasil, centenas de milhares de vagas no Brasil para</p><p>profissionais de informática.</p><p>Então as empresas apoiam muito isso. E várias outras iniciativas muito interessantes, como</p><p>o code.org, a Hora do Código foi apoiada, inclusive, por um presidente dos Estados Unidos,</p><p>ele participou da Hora do Código, mostrou. Então são várias iniciativas para levar a</p><p>computação para o mundo.</p><p>Mas se você não está convencida, eu vou mostrar, a gente vai ver dois vídeos agora, de</p><p>pesquisadores brasileiros, mas que pesquisam fora, de universidades no exterior, que falam</p><p>sobre isso, da importância de ter computação na escola. Vamos ver? Claro, bora lá. Então</p><p>vamos começar vendo agora o vídeo do Léo Bold.</p><p>O Léo, ele é pesquisador justamente do MIT, do grupo lá que a gente citou, onde o Papert</p><p>começou a pesquisar. Então, falando sobre tecnologia da escola. E depois, a gente vai ver o</p><p>professor Arthur Galamba, que é da King's College de Londres, trabalha com formação de</p><p>professores lá, também falando sobre essa importância.</p><p>Ok? Vamos lá ver? Bora. Por que é importante usar tecnologia na escola? Bom, a gente vive</p><p>num mundo extremamente tecnológico, com mudanças cada vez mais aceleradas, causadas</p><p>justamente pela tecnologia. Então é muito importante que as crianças e jovens, desde cedo,</p><p>tenham a oportunidade de não apenas interagirem com a tecnologia no mundo como</p><p>clientes, mas também ter a oportunidade de aprender com essa tecnologia, e usar essa</p><p>tecnologia para, inclusive, fortalecer o seu próprio aprendizado, a sua forma de interagir</p><p>com as pessoas e o mundo ao seu redor.</p><p>E a escola é um grande ponto de partida para esse tipo de exploração. É um espaço seguro,</p><p>é um espaço que pode abrir novos horizontes, e é muito importante que a tecnologia faça</p><p>parte desse ambiente. Professor Arthur Galamba, por que é importante usar tecnologia no</p><p>ensino? Eu acho que é importante por duas razões.</p><p>A primeira é que, assim como a gente tem que tratar muitos assuntos que fazem parte do</p><p>dia-a-dia dos estudantes, como, por exemplo, o risco das drogas, os riscos das doenças</p><p>sexualmente transmissíveis, ou doenças crônicas não transmissíveis, ou falar de cidadania,</p><p>falar da história do nosso país, a gente fala disso nas escolas. A tecnologia faz parte do dia-a-</p><p>dia de todos nós e dos estudantes também. Nossos estudantes têm acesso a smartphones,</p><p>computadores.</p><p>A gente precisa falar de tecnologia, mas a gente também precisa ensinar aos nossos alunos</p><p>a como utilizar essa tecnologia de forma melhor. Hoje em dia, a gente deixa que os alunos,</p><p>as crianças, aprendam a se utilizar essa tecnologia nas ruas. Eles aprendem com o colega,</p><p>aprendem com o pai, com o tio, e, às vezes, eles perdem a oportunidade de estar se</p><p>utilizando dessa tecnologia de uma forma muito mais educativa, muito mais efetiva.</p><p>Então, a gente tem que trazer a tecnologia não só para aprender a usá-la bem, e para</p><p>também entender os riscos que há com a utilização dessa tecnologia. Bom, viu aí, né? A</p><p>gente está falando de um pesquisador nos Estados Unidos, um pesquisador na Inglaterra,</p><p>falando da importância de ter computação na escola. Professor, você mostrou um dado ali</p><p>na Europa que eles já têm a computação na escola, e nós, brasileiros, estamos começando</p><p>agora.</p><p>Isso faz com que a gente, no mercado de trabalho, fique um patamar abaixo em relação a</p><p>eles? Por isso que a gente tem que ter essa pressa em realmente integrar o pensamento</p><p>computacional, a tecnologia nas disciplinas? Com certeza. Na verdade, quando você olha,</p><p>por exemplo, a realidade da indústria brasileira, uma das grandes questões é a</p><p>produtividade da nossa mão de obra. E a nossa mão de obra não é tão produtiva, não é</p><p>porque não trabalha muito, mas é porque não sabe usar tecnologia.</p><p>Até porque o brasileiro trabalha bastante. Sim. Mas, enquanto aqui uma pessoa está</p><p>carregando uma caixa, lá uma pessoa está controlando um robô que carrega uma caixa.</p><p>Isso faz toda uma diferença. Então, esses países desenvolvidos, não foi à toa que eles</p><p>colocaram isso há mais tempo na escola, porque eles sabem que isso é essencial para o</p><p>mundo de hoje, é essencial para um bom profissional, é essencial para viver no mundo de</p><p>hoje. Mas sabe o que eu acho que é importante? É entender que, às vezes, a pessoa fala de</p><p>colocar a computadora na escola.</p><p>Não é simplesmente colocar a computadora na escola. Porque você pode pegar a escola</p><p>como é hoje, colocar a computadora e ela ficar igualzinha ao que é hoje. Na verdade, isso</p><p>está dentro de um contexto muito maior, que é repensar o próprio processo de</p><p>aprendizado.</p><p>Então, muito do que a gente fala hoje em educação tem a ver com essas questões que ele</p><p>está aqui. O aprendizado baseado em projetos e problemas. Então, tem exemplos</p><p>interessantíssimos de faculdades, onde o aluno entra e não tem uma aula teórica nenhuma.</p><p>Ele tem projetos. Ele vai aprendendo a prazer de projetos. E isso é muito motivador.</p><p>Então, faça alguma coisa. Resolva este problema. Enquanto você está resolvendo o</p><p>problema, você está aprendendo o conceito, mas o que você aprende resolvendo faz toda a</p><p>diferença.</p><p>Você realmente aprende. Você não esquece nunca mais. Isso a gente faz bastante aqui na</p><p>Universo e nos projetos integradores.</p><p>A ideia é do aprendizado ativo, ou seja, não de um aluno que simplesmente ouve, mas um</p><p>aluno que corre atrás, que busca, que vai ver outras formas, que vai ver outros conteúdos. O</p><p>mundo de hoje está muito bom para isso, porque o que não falta é conteúdo na internet,</p><p>são explicações diferentes, são formas diferentes de aprender. E no ensino presencial, o que</p><p>está se fazendo hoje, eu mesmo pratico como professor presencial, é a sala de aula</p><p>invertida.</p><p>Já ouviu falar disso? Não ouvi. A ideia da sala de aula invertida é, ao invés de o professor ir</p><p>na sala de aula e ficar dando aquela aula teórica, escrevendo na lousa para o aluno copiar,</p><p>essa aula teórica ele já gravou, ele já deixou disponível na internet para o aluno ver. O aluno</p><p>tem que ver antes.</p><p>Ele vai para a aula para fazer a coisa que é mais nobre, a coisa que o professor pode fazer de</p><p>uma forma muito melhor do que simplesmente só ficar explicando a teoria. É uma forma de</p><p>otimizar o tempo e aproveitar o momento junto com os alunos. Então ele vai para a aula</p><p>para quê? Ele vai para a aula para conversar com o professor, para tirar dúvidas.</p><p>O professor, mas eu não entendi o que você falou ali. Para fazer projetos, para desenvolver</p><p>coisas com base naquilo que ele viu. Então a teoria ele vê sozinho em casa.</p><p>E ele deixa a aula para aproveitar a experiência do professor para fazer prática, para saber</p><p>usar aquilo. Esse é o conceito dessa aula de invertida, muito praticado hoje pelas melhores</p><p>universidades. Então são formas diferentes de aprender e essa questão da computação ela</p><p>entra aí.</p><p>E aí tem várias propostas interessantes de como usar a computação nesse novo mundo,</p><p>nessa nova forma mais ativa de se aprender. Olha, uma delas é o pensamento</p><p>computacional, que a gente vai ver na próxima aula, na próxima semana. Existem outras,</p><p>existe a computação criativa, que também nasceu lá no MIT, Harvard trabalha muito forte</p><p>com isso, lá nos Estados Unidos.</p><p>A aprendizagem criativa, que a gente vai ver aqui. A gente vai ter duas aulas com</p><p>especialistas em aprendizagem criativa. E o mundo maker, já ouviu falar do mundo maker?</p><p>Não ouvi, inclusive eu queria até que você pudesse me diferenciar cada uma delas, porque</p><p>eu achei ali, por exemplo, aprendizagem criativa com computação criativa semelhante.</p><p>É a mesma coisa ou não? Todas elas, pensamento</p><p>computacional, computação criativa,</p><p>aprendizagem criativa, são formas de pensar a educação de um jeito diferente nesse mundo</p><p>mais moderno, envolvendo tecnologia, mas principalmente mais prático, mais mão na</p><p>massa. Então indo para essa ideia de projetos, ativo. Então todos eles têm uma origem</p><p>comum.</p><p>Repensar a educação. Então, no fundo, você vê que não é exatamente só a computação, é a</p><p>educação se repensando. A computação, ela entra como mais um fator dentro dessa</p><p>educação mais prática, onde o aluno participa mais.</p><p>E o maker? Aí o maker, o make é a palavra em inglês para fazer, o maker é a pessoa que faz,</p><p>quem faz alguma coisa. O aprendizado maker é o aprendizado fazendo, então é a pessoa</p><p>que constrói coisas. Então se você pede para uma criança fazer alguma coisa com colagem,</p><p>com tesoura, papel, enquanto ela está fazendo aquilo, ela está aprendendo várias coisas.</p><p>Então o fazer aprende. E existe todo um movimento maker no mundo de criar espaços onde</p><p>você possa ir lá e criar coisas, dos mais diversos ferramentais. Então existem espaços maker,</p><p>por exemplo, lá nos Estados Unidos, que eu conheci, que são interessantíssimos, porque</p><p>você tem um espaço para fazer bicicleta, você tem um espaço para costura, com máquinas</p><p>de costura industriais, você tem um espaço para fazer bijuterias, para colocar cobertura de</p><p>prata, ouro, você tem um espaço para criar coisas em computador.</p><p>Isso tudo num único espaço. Você vai para lá e você fala, tá, eu quero criar alguma coisa.</p><p>Tudo quanto é ferramenta que você possa imaginar, tem lá.</p><p>De costura, de madeira, de ferro, de química e de computação. Então são espaços para você</p><p>criar, fazer. Enquanto você faz, você aprende.</p><p>E dentro de um espaço maker, um termo que é bem interessante para quem quiser estudar</p><p>um pouquinho mais, conhecer, são os Fablabs. Fablabs é um padrão de espaço maker</p><p>mundial que diz que esse espaço maker tem que ter um conjunto de ferramentas, de</p><p>equipamentos. Por exemplo, uma impressora 3D, que é uma impressora que você coloca lá,</p><p>um desenho, ela imprime, por exemplo, eu tiro a foto da Joana aqui e mando imprimir, e vai</p><p>sair um bonequinho com o formato do rosto dela.</p><p>Cortadoras, equipamentos hoje de tecnologia que não são tão caros assim, já são mais</p><p>disponíveis, tem que ter lá. Mas sabe uma coisa muito legal desses Fablabs? Além de ter</p><p>esse padrão de coisas que tem que ter lá, é que eles têm como regra, se é para ser um</p><p>Fablab reconhecido como um Fablab, que pelo menos um dia por semana ele é livre acesso.</p><p>Então, é lógico, não para todo mundo, mas para quem está em cidade grande, aqui em São</p><p>Paulo tem Fablab.</p><p>Então se você correr atrás, se você vai procurar onde tem o Fablab, você sabe que um dia</p><p>por semana você pode ir lá e usar, usar essa impressora 3D. Como é que será que funciona</p><p>isso? Vai lá e experimenta. Então o laboratório está disponível, esse espaço está disponível</p><p>para você.</p><p>Muito legal, eu mesma não tinha conhecimento, vou depois dar uma pesquisada para</p><p>conhecer um pouco mais. Então, esse é o mundo Maker, o mundo de aprender fazendo.</p><p>Então tudo isso está dentro desse contexto de aprender de um jeito diferente.</p><p>E eu vou convidar você, de novo, para ver mais um vídeo muito legal de um pesquisador</p><p>internacional, um pesquisador alemão, mas que atualmente trabalha na Islândia, que ele</p><p>falou aqui nesse estúdio sobre aprendizado baseado em projetos. Vamos dar uma olhada?</p><p>Com certeza! Realista, não é artificial, não é muito controlado, mas é uma experiência real</p><p>de alguma forma. E em muitos casos isso significa, por exemplo, que os alunos trabalham</p><p>juntos em grupos, que eles têm um problema que não é muito bem definido, não é</p><p>exatamente o que eles deveriam fazer, mas é aberto, como a maioria das coisas que</p><p>fazemos na vida real, e que eles têm que fazer suas próprias decisões.</p><p>Então o aluno os apoia, os ajuda, talvez nos dê ideias, mas nós, como alunos, não somos as</p><p>pessoas que decidem todos os detalhes. Os alunos têm que, você sabe, crescer para o</p><p>desafio e realmente fazer suas próprias decisões e discutir por que essas decisões são boas.</p><p>Então é esse conjunto em geral de fazer projetos de vida real no clássico.</p><p>Ótimo! Por que o aprendizado baseado em projetos é interessante? Então, eu diria que a</p><p>principal razão pela qual você quer fazer projetos é, como eu disse, a ideia é fazer algo que</p><p>esteja perto da vida real. E, claro, você prepara os alunos para a vida real, então quanto</p><p>mais eles possam ter essas experiências, melhor eles se preparam para o que eles</p><p>encontram quando começam a trabalhar. E, por exemplo, coisas como o problema é aberto.</p><p>Quando você trabalha em uma indústria, em mais indústrias, você não será dito exatamente</p><p>o que fazer, mas você tem que entender o problema, você tem que fazer suas próprias</p><p>decisões, então é um ambiente mais realístico e você basicamente prepara os alunos</p><p>melhor para o que eles vão experimentar depois de ter graduado. Ok. Como podemos ter</p><p>uma experiência de aprendizado baseado em projetos? Em palavras brancas, eu diria que o</p><p>que é realmente importante é focar no que exatamente queremos que os alunos aprendam</p><p>e construir uma ideia de projeto em torno disso.</p><p>É muito fácil acabar com qualquer tipo de projeto que talvez vá na direção errada, então é</p><p>realmente importante pensar com atenção quais são os aspectos principais, qual é a</p><p>aprendizagem que queremos que os alunos tenham. Então, se é um projeto sobre aprender</p><p>como programar, você realmente tem que focar que a programação é a base do projeto. Se</p><p>você quer que os alunos aprendam mais sobre como gerenciar projetos, você tem que</p><p>realmente focar em quais são os aspectos de gerenciamento que queremos ter em um</p><p>projeto.</p><p>E, muito comum, para ter uma experiência real em muitos projetos, nós queremos trabalho</p><p>de equipe, então você realmente tem que pensar como nós estamos construindo os</p><p>equipamentos, como eles trabalham juntos, e também como podemos ajudá-los a</p><p>melhorarem no trabalho de equipe, no trabalho de grupo, porque muitos alunos,</p><p>especialmente quando fazem isso pela primeira vez, eles, é claro, estão lutando com a</p><p>comunicação em uma equipe, trabalhando bem juntos, distribuindo trabalho e tal. Então, na</p><p>minha experiência, pelo menos um dos principais fatores é realmente tentar apoiar as</p><p>equipes e melhorar o desenvolvimento e tal. Achei muito interessante.</p><p>Confesso que eu preciso dar uma pesquisada melhor para entender muito mais sobre esse</p><p>mundo de descobertas que está saindo para mim. Muito bom. Mas sabe o que eu acho que</p><p>é muito legal, Jana? É que ensinar a programar é uma atividade que dá muito prazer.</p><p>Quando a gente vai ensinar a programar para crianças, eu já tive essa experiência várias</p><p>vezes, é emocionante. Você vê o brilhinho dos olhos delas, você vê o quanto elas gostam de</p><p>fazer isso. É muito legal, quer dizer, você sabe que você está ensinando, que elas estão</p><p>aprendendo uma coisa que é importante para a vida delas, mas elas estão felizes, elas estão</p><p>se divertindo.</p><p>Então, você também se sente muito feliz com isso. E você viu um conjunto de alunos</p><p>falando sobre isso, não viu? Com certeza vi sim, foi muito legal. Principalmente por algo que</p><p>você disse ali no início da nossa conversa, que é sobre esse medo de errar.</p><p>Nós adultos costumamos ter esse medo, essa resistência, enquanto as crianças não. Elas</p><p>estão ali livres para se divertir, seguir o comando que você está dando e pronto. Não tem</p><p>esse medo, essa resistência que o adulto tem de se eu errar, se eu fizer errado, como é que</p><p>vai ser? Eles estão livres.</p><p>Eu acho que isso deixa mais tranquilo também, para que esse aprendizado seja genuíno. É</p><p>isso aí. Então, vamos ver agora o que a Jana conversou com esses alunos lá da Unicamp, que</p><p>ensinaram crianças do Ensino Fundamental a programar? Se vocês tiveram uma experiência</p><p>de dar aulas para as crianças lá em Jaguariúna, como é que foi essa experiência? Foi uma</p><p>experiência muito gratificante de trabalhar</p><p>com crianças.</p><p>Eu acho que a tecnologia é uma paixão nossa, e eu acho que é um mercado ainda que é</p><p>muito monopolizado, então poder trabalhar com crianças que ainda não têm essa</p><p>preconcepção do que é tecnologia foi muito legal, porque elas veem a programação como</p><p>uma coisa simples. Fiquei muito feliz de ter dado aulas, eu gosto de ensinar as pessoas,</p><p>então foi uma experiência muito única para mim. Foi uma novidade para a gente, a gente</p><p>nunca tinha dado aula, ninguém do nosso grupo.</p><p>A gente conseguiu voltar um pouco, lembrar um pouco como é ser criança. Foi uma</p><p>experiência muito diferente, geralmente a gente está do outro lado. Desde o Fundamental,</p><p>o Ensino Médio, a gente apenas foi o aluno, agora a gente tem a oportunidade de ver como</p><p>é ser o professor.</p><p>Pensar em como ensinar uma coisa de uma forma que a criança aprenda, de forma didática.</p><p>Eu nunca dei aula para ninguém, então eu tive que aprender a planejar a aula e tentar</p><p>também buscar a atenção das crianças. Estar do lado do professor é uma experiência que</p><p>permite você enxergar as dificuldades que você tem como aluno e entender como</p><p>solucionar essas dificuldades também.</p><p>Nos obrigou a sair um pouquinho da nossa zona de conforto como aluno e obrigou a gente a</p><p>pensar mais como professor. É uma experiência totalmente diferente de você estar</p><p>assistindo aulas, você dar as aulas em si, você tem o potencial até de aprender mais do que</p><p>só receber no conteúdo. Para a gente foi uma experiência desafiadora, mas gratificante.</p><p>Um dia a gente está do lado de ser o aluno e agora a gente está do lado de ser o professor, a</p><p>gente está passando todos esses processos para as crianças, que foi algo que engrandece</p><p>você como uma pessoa. Eu, pelo menos, não tive um primeiro contato com programação</p><p>antes de entrar na faculdade. Eu já tive essas aulas quando eu era pequeno, usando essa</p><p>mesma ferramenta, o Scratch, então isso me fez ir para a programação.</p><p>Então ter essa sensação de passar isso para outras crianças, inspirar elas também a irem</p><p>para essa área, foi uma sensação muito boa. Eu, se fosse comigo, eu acharia muito</p><p>interessante ter esse contato prévio, entender que não é tão complicado quanto a gente vê</p><p>aqui na faculdade. Mas trazer o conhecimento de computação para essas crianças,</p><p>conseguiu abrir portas e colocar uma nova perspectiva na vida dessas crianças.</p><p>Ela vai ter esse potencial de pensar de maneira lógica, que a gente usa muito no nosso</p><p>contexto de programação, para o futuro dela, tanto para a universidade, para o mercado de</p><p>trabalho. E o que mais marcou vocês nessa experiência? Eu acho o quanto eles são</p><p>receptivos e abertos a coisas novas. No final da aula, as crianças chegaram e perguntaram,</p><p>nossa tio, quando você volta de novo? Quando você vai lá para ver?</p><p>Este arquivo tem mais de 30 minutos.</p><p>Atualize para Ilimitado em TurboScribe.ai para transcrever arquivos de até 10 horas.</p>

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