Prévia do material em texto
<p>1</p><p>ESPÉCIES INSTRUMENTAIS -</p><p>CABIMENTO E FLUXOGRAMAS</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2</p><p>1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 3</p><p>2. PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES ........................................... 4</p><p>2.1. Procedimentos Investigativos ..................................................... 5</p><p>2.1.1. Investigação Preliminar ............................................................... 6</p><p>2.1.2. Sindicância Investigativa ................................................................ 7</p><p>2.1.3. Sindicância Patrimonial .................................................................. 8</p><p>2.2. Procedimentos Contraditórios....................................................... 11</p><p>2.2.1. Sindicância Acusatória ................................................................. 11</p><p>2.2.1.1. Fases da Sindicância Acusatória ........................................... 14</p><p>2.2.1.2. Composição da Comissão ..................................................... 16</p><p>2.2.1.3. Prazos da Sindicância ............................................................ 17</p><p>2.2.1.4. Desnecessidade de Instauração da Sindicância Acusatória</p><p>Previamente ao Processo Administrativo Disciplinar ....................................... 18</p><p>2.2.2. Processo Administrativo Disciplinar sob o Rito Sumário .............. 19</p><p>2.2.3. Processo Administrativo Disciplinar sob o Rito Ordinário ............. 21</p><p>3. CONCLUSÃO ............................................................................... 24</p><p>4. REFERÊNCIAS ............................................................................ 25</p><p>2</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de</p><p>empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como</p><p>entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua</p><p>formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,</p><p>científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o</p><p>saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>3</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>O Processo Administrativo Disciplinar está inserido no ramo do Direito</p><p>Administrativo chamando de Direito Administrativo Disciplinar. Este, por sua vez,</p><p>possui a função de, através de uma série de regras de comportamento, organizar</p><p>a relação existente entre a Administração Pública e seu quadro funcional.</p><p>Constitui elemento essencial para a Administração possa garantir o bom</p><p>funcionamento de seu serviço mantendo a disciplina e ordem de seu corpo</p><p>funcional.</p><p>No Direito Administrativo Disciplinar o servidor possui responsabilidade</p><p>pelos seus atos, sendo que, esta responsabilidade se transformará de acordo</p><p>com as condutas praticadas pelo funcionário.</p><p>A Responsabilidade Administrativa corresponde àquelas condutas</p><p>passíveis de punição decorrentes da ação ou omissão no âmbito das atribuições</p><p>do servidor.</p><p>A Responsabilidade Civil diz respeito aos danos causados pelo servidor</p><p>decorrentes de seus atos, e o respectivo ressarcimento consequente desta</p><p>conduta para a Administração ou um terceiro prejudicado retornem ao estado em</p><p>que se encontravam antes do dano causado por este servidor.</p><p>Por fim, a Responsabilidade Penal deriva de condutas infringentes que</p><p>consequentemente resultarão em sanções de âmbito criminal a este servidor e</p><p>a respectiva condenação. Estas sanções poderão variar desde uma simples</p><p>multa até uma pena privativa de liberdade.</p><p>4</p><p>2. PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES</p><p>São espécies comuns de Procedimentos Disciplinares que veremos: os</p><p>Procedimentos Investigativos, nos quais se faz meramente a investigação e</p><p>averiguação de fatos ocorrentes na Administração Pública, sem que se faça</p><p>necessário abrir espaço à ampla defesa e ao contraditório; e os Procedimentos</p><p>Contraditórios (Acusatórios), que em contraste com o procedimento anterior,</p><p>realiza uma acusação ao servidor a fim de se aplicar uma punição, se constatada</p><p>a conduta ilícita deste, devendo-se assim, obrigatoriamente, ocorrer a aplicação</p><p>dos princípios da ampla defesa e do contraditório.</p><p>5</p><p>2.1. Procedimentos Investigativos</p><p>Os Procedimentos Investigativos correspondem, tão somente, à apuração</p><p>se determinada conduta irregular veio a realmente acontecer ou não e, em caso</p><p>afirmativo, constatar sua autoria. Pelo fato de não ocorrer nenhuma acusação</p><p>nesta fase do processo, a Administração não deverá abrir espaço à aplicação</p><p>dos princípios do Contraditório e da Ampla Defesa, visto que a finalidade</p><p>primordial desta fase processual é a busca pelas reais informações.</p><p>Ressalta-se que não se faz obrigatória a adoção de procedimentos</p><p>investigativos por parte da Administração para que esta possa instaurar os</p><p>procedimentos contraditórios. No entanto, a adoção de medidas investigativas</p><p>na perspectiva de recolher o máximo de informações possíveis constitui efetiva</p><p>ação da Administração na realização do Dever de Apurar, tendo em vista que</p><p>estas informações constituirão elementos informativos prévios a uma possível</p><p>sindicância contraditória.</p><p>A consequência da adoção do Procedimento Investigatório será sempre</p><p>a instauração de sindicância contraditória quando constatada a ocorrência de</p><p>irregularidades suficientes para isto, ou o arquivamento do mesmo quando não</p><p>for constatada nenhuma irregularidade.</p><p>Outra peculiaridade do Procedimento Investigatório é que sua instauração</p><p>não constitui interrupção do prazo prescricional concedido à Administração para</p><p>que aplique as sanções administrativas as quais sejam cabíveis:</p><p>“PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. O procedimento administrativo</p><p>disciplinar e a sindicância acusatória, ambos previstos pela no 8.112/90, são os</p><p>únicos procedimentos aptos a interromper o prazo prescricional”.</p><p>A seguir iremos analisar os Procedimentos Investigativos em espécie,</p><p>quais sejam: Investigação Preliminar, Sindicância Investigativa e Sindicância</p><p>Patrimonial.</p><p>6</p><p>2.1.1. Investigação Preliminar</p><p>A Investigação Preliminar é definida pela Controladoria-Geral da União</p><p>como: “procedimento sigiloso, instaurado pelo Órgão Central e pelas unidades</p><p>setoriais, com o objetivo de coletar elementos para verificar o cabimento da</p><p>instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar”.</p><p>Constitui Procedimento Preliminar com a finalidade de apurar desde já</p><p>arquivamento ou abertura de um processo mais elaborado, como por exemplo,</p><p>uma sindicância.</p><p>A Investigação Preliminar terá prazo máximo de 60 dias para ser</p><p>concluída, podendo ser tal período prorrogado por mais de 60 dias. Finalizada,</p><p>deverá ser arquivada mediante fundamentação dos pressupostos que motivaram</p><p>tal ato, ou em caso de constatadas irregularidades, será aberto o inquérito</p><p>disciplinar conveniente à continuidade do processo.</p><p>Deverá ser conduzida por um ou mais servidores, sendo estes estáveis</p><p>ou não, os quais deverão manter sigilo sob as atividades de investigação</p><p>realizadas. Destaque para o fato de que não se exige Comissão Sindicante nesta</p><p>modalidade, tendo</p><p>em vista que sua função é evitar a abertura de um processo</p><p>mais elaborado, qual seja uma Sindicância, Meireles explica melhor a situação:</p><p>“Sindicância administrativa é o meio sumário de apuração ou</p><p>elucidação de irregularidades no serviço para subsequente</p><p>instauração de processo e punição ao infrator. Pode ser</p><p>iniciada com ou sem sindicado, bastando que haja indicação</p><p>de falta a apurar. Não tem procedimento formal, nem</p><p>exigência de comissão sindicante, podendo realizar-se por</p><p>um ou mais funcionários designados pela autoridade</p><p>competente. Dispensa defesa do sindicado e publicidade no</p><p>seu procedimento, por se tratar de simples expediente de</p><p>apuração ou verificação de irregularidade, e não de base</p><p>7</p><p>para punição equiparável ao inquérito policial em relação à</p><p>ação penal”.</p><p>Havendo divergência nas conclusões, serão proferidos votos, através de</p><p>relatórios, de modo que a autoridade competente tomará sua decisão a partir da</p><p>avaliação destes relatórios.</p><p>2.1.2. Sindicância Investigativa</p><p>A mesma portaria da CGU define a Sindicância Investigativa,</p><p>Preparatória, ou Inquisitorial como sendo: “Procedimento preliminar sumário,</p><p>instaurada com o fim de investigação de irregularidades funcionais, que precede</p><p>ao processo administrativo disciplinar, sendo prescindível de observância dos</p><p>princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”.</p><p>Não existe um rito a ser seguido na Sindicância Investigativa, sendo</p><p>assim, a autoridade instauradora e os sindicantes gozam de liberdade para</p><p>desempenharem suas atividades como melhor entenderem.</p><p>As únicas obrigações que devem seguir são as mesmas vistas no tópico</p><p>anterior, deve-se manter sigilo perante as atividades que desempenharem e as</p><p>informações que apurarem, deve-se manter caráter meramente investigativo,</p><p>sem qualquer pretensão de punição, além disso, dispensa-se a aplicação</p><p>constitucional dos princípios do contraditório e da ampla defesa.</p><p>De forma semelhante à Investigação Preliminar, ocorrendo a divergência</p><p>de conclusões, serão proferidos relatórios que auxiliarão na decisão da</p><p>autoridade competente.</p><p>O prazo para conclusão dos relatórios é de 30 dias, prorrogáveis por igual</p><p>período.</p><p>8</p><p>A autoridade, com base nas informações e relatórios obtidos na</p><p>Sindicância Investigativa, decidirá pelo arquivamento do feito, ou pela</p><p>instauração de Sindicância Contraditória ou Processo Administrativo Disciplinar.</p><p>2.1.3. Sindicância Patrimonial</p><p>A Sindicância Patrimonial se assemelha aos demais Procedimentos</p><p>Investigativos já analisados no que tange ao sigilo, à não punitividade, à</p><p>precedência dos princípios da ampla defesa e do contraditório e à finalidade de</p><p>reunir informações de modo a auxiliar na instauração de Processo Administrativo</p><p>Disciplinar ou Sindicância Contraditória, ou em caso negativo, providenciar a</p><p>baixa do feito.</p><p>Diferencia-se dos demais procedimentos devido ao fato de possuir escopo</p><p>delimitado, constituindo um instrumento preliminar de apuração de</p><p>enriquecimento ilícito através da infração administrativa, mediante estrita análise</p><p>do desenvolvimento patrimonial do agente público.</p><p>De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, constitui</p><p>enriquecimento ilícito: “adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato,</p><p>cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja</p><p>desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público”.</p><p>Será instaurada a Sindicância Patrimonial a partir de portaria emitida pela</p><p>Administração, constando dos servidores que irão compor a Comissão</p><p>Sindicante, o prazo para a conclusão do feito e o número do processo no qual</p><p>estão os fatos meios pelos quais se realizará a apuração. O objeto a ser apurado</p><p>através da Sindicância é eminentemente patrimonial, constatando-se suas</p><p>rendas e dívidas, bens e valores que venha a ser inseridos no histórico</p><p>patrimonial.</p><p>Interessante destacar que a Administração poderá contar com o auxílio</p><p>de Cartórios de Registros Imobiliários, de Títulos e Documentos, Departamentos</p><p>de Trânsito, Juntas Comerciais, Capitania dos Portos, etc.</p><p>9</p><p>A Comissão Sindicante deverá ser composta por dois ou mais servidores,</p><p>podendo estes serem estáveis ou não.</p><p>O prazo para conclusão do procedimento de Sindicância será de 30 dias,</p><p>podendo ser prorrogado por igual período.</p><p>É facultado à Administração dar voz ao sindicato para que este justifique</p><p>o desenvolvimento patrimonial que resultou na instauração da Sindicância.</p><p>A Administração Pública contará com o auxílio da quebra dos sigilos fiscal</p><p>do sindicato, sem que seja necessário que se acione o Poder Judiciário para</p><p>obtenção de tais informações. É o que dispõe o Art. 198 do Código Tributário</p><p>Nacional:</p><p>Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é</p><p>vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de</p><p>seus servidores, de informação obtida em razão do ofício</p><p>sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo</p><p>ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus</p><p>negócios ou atividades.</p><p>§ 1o. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos</p><p>previstos no art. 199, os seguintes:</p><p>I – Requisição de autoridade judiciária no interesse da</p><p>justiça;</p><p>II – Solicitações de autoridades administrativas no interesse</p><p>da Administração Pública, desde que seja comprovada a</p><p>instauração regular de processo administrativo, no órgão ou</p><p>na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito</p><p>passivo a que se refere a informação, por prática de infração</p><p>administrativa.</p><p>§ 2o. O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da</p><p>Administração Pública, será realizado mediante processo</p><p>regularmente instaurado, e a entrega será feita</p><p>10</p><p>pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que</p><p>formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.</p><p>Quanto ao sigilo bancário a Administração deverá contar com prévia</p><p>autorização do Poder Judiciário, conforme o Art. 3o, §1o, da Lei Complementar</p><p>no 105/2001:</p><p>Art. 3o. Serão prestados pelo Banco Central do Brasil, pela</p><p>Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições</p><p>financeiras as informações ordenadas pelo Poder Judiciário,</p><p>preservando o seu caráter sigiloso mediante acesso restrito</p><p>às partes, que delas não poderão servir-se para fins</p><p>estranhos à lide.</p><p>§ 1o. Dependem de prévia autorização do Poder Judiciário a</p><p>prestação de informações e o fornecimento de documentos</p><p>sigilosos solicitados por comissão de inquérito administrativo</p><p>destinada a apurar a responsabilidade de servidor público</p><p>por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou</p><p>que tenha relação com as atribuições do cargo em que se</p><p>encontre investido.</p><p>A Comissão Sindicante deverá comprovar a necessidade e relevância da</p><p>quebra do sigilo bancário do sindicado para que obtenha as informações que</p><p>julgarem pertinentes.</p><p>Ressalta-se que antes de solicitar a quebra dos sigilos do sindicado,</p><p>recomenda-se que a Comissão Sindicante solicite o próprio sindicado a renúncia</p><p>de seus sigilos fiscais e bancários, de modo que ele mesmo apresente as</p><p>informações necessárias a Comissão.</p><p>Reunindo todos os dados necessários para a apuração da ocorrência ou</p><p>não do enriquecimento ilícito, a Comissão Sindicante deverá emitir relatório</p><p>11</p><p>explicitando se o acréscimo constatado no patrimônio do sindicado decorreu de</p><p>uma evolução natural ou de meios ilícitos.</p><p>Deste relatório a autoridade competente decidirá se deverá ser instaurado</p><p>Processo Administrativo Disciplinar, em caso de comprovação de</p><p>enriquecimento ilícito, ou arquivamento do feito, na hipótese de negativa de</p><p>enriquecimento ilícito e comprovação de evolução patrimonial natural.</p><p>2.2. Procedimentos Contraditórios</p><p>2.2.1. Sindicância Acusatória</p><p>A Sindicância Acusatória, também chamada de sindicância punitiva, é o</p><p>procedimento para apurar</p><p>a responsabilidade de menor gravidade, ou seja, de</p><p>menor potencial ofensivo, devendo ser respeitado o princípio do devido processo</p><p>legal, através da ampla defesa, do contraditório e da produção de todos os meios</p><p>de provas admitidas em direito.</p><p>A Controladoria-Geral da União, através da Portaria-CGU no 335/06,</p><p>expõe sua definição no art. 4o:</p><p>Art. 4o. Para os fins desta Portaria, ficam estabelecidos as</p><p>seguintes definições:</p><p>III – sindicância acusatória ou punitiva: procedimento</p><p>preliminar sumário, instaurada com fim de apurar</p><p>irregularidades de menor gravidade no serviço público, com</p><p>caráter eminentemente punitivo, respeitados o contraditório,</p><p>a oportunidade de defesa e estrita observância do devido</p><p>processo legal.</p><p>12</p><p>Nos termos de José Cretella Júnior, a Administração do Brasil se utiliza</p><p>da sindicância como meio sumário para apurar as ocorrências irregulares no</p><p>serviço público, que caso sejam confirmadas, tem como finalidade a instauração</p><p>do processo administrativo contra o funcionário público responsável, utilizando-</p><p>se dos elementos concretos fornecidos pela sindicância.</p><p>Através de sua definição, resta clara que a sindicância se divide em dois</p><p>tipos, a punitiva (acusatória) e a sindicância investigativa (preparatória). Para</p><p>que se tenha o regular andamento do processo, se faz necessária a observância</p><p>do tipo de sindicância utilizado na fase instrutória do procedimento, para que seja</p><p>adequado conforme o instrumento utilizado.</p><p>No caso do processo acusatório ou punitivo, se a comissão não respeitar</p><p>os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, pode ocorrer a</p><p>invalidade de seu relatório final por declaração de nulidade pela própria</p><p>Administração Pública ou Poder Judiciário.</p><p>Neste tipo de sindicância, deve-se observar as etapas do rito ordinário do</p><p>processo administrativo disciplinar (inquérito administrativo, instrução, defesa e</p><p>relatório), além da comissão ser composta por dois ou mais servidores estáveis.</p><p>De forma diversa acontece na sindicância investigativa, a qual não possui</p><p>etapas pré-definidas, não é assegurado o contraditório e a ampla defesa, admite-</p><p>se a pluralidade de sindicantes e dispensa-se a existência de autoria e</p><p>materialidade definidas.</p><p>Este tipo sindicância se configura como procedimento preparatório para a</p><p>instauração de processo administrativo disciplinar ou sindicância punitiva</p><p>(constatado materialidade e possível autoria), ou até para propositura de</p><p>arquivamento da denúncia (inexistindo indícios de irregularidades ou ausente</p><p>suspeito).</p><p>A primeira turma do STF ao julgar ao RMS no 22.798/DF, evidenciou a</p><p>diferença dos dois tipos de sindicância, conforme:</p><p>EMENTA: “[...] o processo administrativo não pressupõe</p><p>necessariamente a existência de uma sindicância, mas, se</p><p>13</p><p>instaurado for a sindicância, é preciso distinguir, se dela</p><p>resulta a instauração do processo administrativo disciplinar,</p><p>é ela mero procedimento preparatório deste, e neste é que</p><p>será imprescindível se dê a ampla defesa do servidor; se,</p><p>porém, da sindicância decorrer a possibilidade de aplicação</p><p>de penalidade de advertência ou de suspensão de até 30</p><p>dias, essa aplicação só poderá ser feita se for assegurado</p><p>ao servidor, nesse procedimento, sua ampla defesa.</p><p>(RMS 22789, Relator(a): Min. MOREIRA ALVES, Primeira</p><p>Turma, julgado em 04/05/1999, DJ 25-06-1999 PP-00045</p><p>EMENT VOL – 01956-02 PP-00245)</p><p>Importante, lembrar que o art. 143 da Lei no 8.112/90 assegura a apuração</p><p>de irregularidades no serviço público por meio de sindicância ou processo</p><p>administrativo disciplinar, estando assegurado a ampla defesa ao assegurado.</p><p>Conforme:</p><p>Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidades no</p><p>serviço público é obrigada a promover a sua apuração</p><p>imediata, mediante sindicância ou processo administrativo</p><p>disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.</p><p>A Sindicância não é pressuposto para o processo disciplinar, mas caso</p><p>seja instaurado, deve se observar o princípio do contraditório e ampla defesa e</p><p>caso não seja respeitado tais princípios, se configurará como mera sindicância</p><p>investigativa, ou seja, mero procedimento preparatório do processo</p><p>administrativo disciplinar.</p><p>Nesta hipótese, as informações obtidas na sindicância servem para que</p><p>seja instaurado o processo administrativo disciplinar, e caso haja possíveis</p><p>defeitos da sindicância, esses defeitos não possuem o poder de macular a</p><p>14</p><p>imposição da pena ao servidor, tendo em vista que a pena é atribuída através</p><p>das provas colhidas no inquérito integrante do processo.</p><p>A sindicância se exterioriza apenas como elementos informativos do</p><p>processo disciplinar, e assim, a legalidade do processo disciplinar independe de</p><p>sua validade, podendo até ser apensado aos autos do processo.</p><p>As provas documentais ter-se-ão como válidas, uma vez ofertada a vista</p><p>ao acusado. Diferentemente ocorre com as provas orais, pois só serão válidas</p><p>se possibilitado a participação do acusado na tomada de depoimentos, senão</p><p>deverão ser refeitos no processo.</p><p>Cabe ressaltar que depende do conteúdo informativo da sindicância, ou</p><p>seja, em caso de sindicância inquisitoriais ou patrimoniais que resultarem na</p><p>instauração do processo administrativo disciplinar, os atos da instrução</p><p>probatória deverão ser refeitos, pela não observância do princípio do</p><p>contraditório e ampla defesa. Sendo assim, no caso de sindicância punitiva, se</p><p>observado tais princípios, a comissão poderá ratificar os atos.</p><p>2.2.1.1. Fases da Sindicância Acusatória</p><p>As fases da sindicância acusatória estão dispostas na Lei no 8.112/90,</p><p>seguindo as mesmas fases do procedimento administrativo disciplinar.</p><p>A lei nada dispõe a respeito dos procedimentos específicos da</p><p>sindicância, restando à doutrina e jurisprudência a premissa de estabelecer, uma</p><p>vez necessário respeitar o princípio da legalidade.</p><p>Como forma de solução, dividiram a sindicância em duas, entre</p><p>sindicância investigativa e sindicância contraditória. Neste caso, cabe salientar</p><p>apenas sindicâncias acusatórias, uma vez que a investigativa carece de rito</p><p>definido, por inexistir caráter punitivo e pela inobservância dos princípios do</p><p>contraditório e da ampla defesa.</p><p>O início do processo de sindicância acusatória se dá pela publicação de</p><p>portaria de instauração por autoridade responsável.</p><p>15</p><p>A portaria deve conter alguns elementos indispensáveis, como os nomes</p><p>dos sindicantes, o prazo para conclusão e o número do processo que remete os</p><p>fatos apurados; e não deve indicar os fatos sob apuração, nem os nomes dos</p><p>investigados, para que não se restrinja a apuração, bem como para garantir o</p><p>respeito à imagem dos acusados.</p><p>Após publicação de portaria, a fase instrutória do processo terá início. A</p><p>comissão conduzirá o processo e deverá notificar o acusado (sindicato),</p><p>observado o princípio do contraditório e ampla defesa.</p><p>Os membros da comissão deverão realizar suas atividades com</p><p>independência e imparcialidade, evitando a aplicação de penalidade injusta ao</p><p>acusado ao decorrer do processo e garantindo o sigilo para a elucidação do fato</p><p>cometido.</p><p>Na busca da verdade material e respeito ao art. 155 da Lei no 8.112/90, a</p><p>comissão deverá buscar elucidar os fatos através de provas materiais e</p><p>testemunhas, utilizando-se da tomada de depoimentos, acareações,</p><p>investigações e diligências cabíveis, e quando necessário, o uso de técnicos e</p><p>peritos.</p><p>A comissão deve registrar suas deliberações em ata e a fase instrutória</p><p>terá seu fim na entrega do termo de indicação ao sindicado ou com o relatório</p><p>final, sugerindo o arquivamento.</p><p>No caso de indicação de uma pessoa, o prazo para apresentar defesa</p><p>escrita será de dez dias, caso haja pluralidade de indiciados, o prazo será</p><p>comum de vinte dias.</p><p>Após apresentação da defesa escrita, há a elaboração do</p><p>relatório final,</p><p>devendo ser detalhado, conter os autos e indicar as provas pelas quais o relatório</p><p>possui fundamentação, determinando assim, a inocência ou a responsabilidade</p><p>do sindicado.</p><p>Após o relatório final, já em última fase, a autoridade deverá proferir</p><p>decisão final, no prazo de vinte dias, contado do recebimento dos autos. Esta</p><p>decisão será proferida por livre convencimento e será levado em consideração</p><p>16</p><p>diversos elementos, tais como: enquadramento dos fatos, a tipificação do ilícito,</p><p>as provas testemunhais e documentais, a defesa e o relatório.</p><p>A decisão proferida pela autoridade poderá sofrer revisão, observado os</p><p>termos do art. 182, da Lei no 8.112/90. Conforme:</p><p>Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem</p><p>efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os</p><p>direitos do servidor, exceto em relação à destituição do</p><p>cargo em comissão, que será convertida em exoneração.</p><p>Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar</p><p>agravamento da penalidade.</p><p>2.2.1.2. Composição da Comissão</p><p>O art. 149 da Lei no 8.112/90 tem abertura para duas interpretações, tanto</p><p>aquela que a comissão deverá ser composta por três membros estáveis, como</p><p>aquela de que apenas o processo administrativo disciplinar traz a necessidade</p><p>de três membros.</p><p>A escassez de servidores para compor comissões de sindicância e de</p><p>processo administrativo disciplinar, faz com que seja admitido a composição de</p><p>comissões por apenas dois membros.</p><p>A Controladoria-Geral da União já se manifestou quanto a contradição,</p><p>pacificando a questão em seu art. 12, § 2o, da Portaria CGU no 335/06:</p><p>Art. 12. As comissões de sindicância e de processo</p><p>administrativo disciplinar instaurado pelo Órgão Central e</p><p>pelas unidades setoriais serão constituídas, de preferência,</p><p>com servidores estáveis lotados na Corregedoria-Geral da</p><p>União.</p><p>17</p><p>§ 2o. No caso de sindicância acusatória ou punitiva a</p><p>comissão deverá ser composta por dois ou mais servidores</p><p>estáveis.</p><p>É necessário, também, que se respeite a regra da hierarquia funcional,</p><p>dessa forma, o presidente do colegiado necessariamente terá que ter nível de</p><p>escolaridade igual ou superior ao do servidor indicado.</p><p>2.2.1.3. Prazos da Sindicância</p><p>A sindicância deverá ser concluída em 30 dias, podendo ser prorrogada</p><p>por igual período, conforme preceitua o art. 145, parágrafo único, da Lei no</p><p>8.112/90. Nesse mesmo sentido converge o art. 15o, §5o, da Portaria CGU no</p><p>335/06.</p><p>Porém a comissão poderá prorrogar esse prazo, podendo designar</p><p>novamente comissão, conforme achar necessário, podendo ser os mesmos ou</p><p>novos membros, respeitando sempre os princípios da eficiência, economicidade,</p><p>duração razoável do processo.</p><p>A instauração da sindicância interrompe o prazo prescricional, assim</p><p>como o processo administrativo disciplinar. Conforme art. 142, § 3o e § 4o, Lei no</p><p>8.112/90.</p><p>Art. 142. [...]</p><p>§ 3o. A abertura de sindicância ou a instauração de processo</p><p>disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final</p><p>proferida por autoridade competente.</p><p>§ 4o. Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará</p><p>a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.</p><p>18</p><p>2.2.1.4. Desnecessidade de Instauração da Sindicância</p><p>Acusatória Previamente ao Processo</p><p>Administrativo Disciplinar</p><p>O processo administrativo disciplinar é gênero, que comporta as espécies</p><p>de processo administrativo disciplinar e sindicância contraditória. A Lei no</p><p>8.112/90 de que trata o processo administrativo disciplinar como espécie, nada</p><p>diz respeito quanto ao rito específico da sindicância, utilizando de maneira</p><p>análoga a do processo administrativo disciplinar.</p><p>A sindicância possui o condão de resultar tanto em arquivamento do</p><p>processo, quando em aplicação de penalidade de advertência ou suspensão por</p><p>até 30 dias e instauração de processo administrativo disciplinar.</p><p>Tanto a proposta de arquivamento, quanto a instauração do processo</p><p>administrativo disciplinar pode se originar de sindicância investigativa ou de</p><p>sindicância acusatória.</p><p>A sindicância investigativa serve essencialmente para delimitar eventual</p><p>autoria ou materialidade, ou seja, investigar o conteúdo denunciativo, enquanto</p><p>a sindicância acusatória surgirá de um juízo de admissibilidade perante os</p><p>indícios da materialidade do fato ou da possível autoria já presentes.</p><p>Ambos os tipos de sindicância são autônomos e dependem do caso</p><p>concreto para sua instauração, sendo assim, independe o processo</p><p>administrativo disciplinar de sindicância contraditória prévia.</p><p>Cabe ressaltar que a diferenciação quanto a sua utilização está na</p><p>premissa de que a sindicância acusatória cabe na averiguação de fatos não</p><p>graves e com penalidades que não se faz necessário processo administrativo</p><p>disciplinar. Caso no curso da instrução probatória se verifique maior gravidade,</p><p>a autoridade poderá de pronto requerer a instauração de processo administrativo</p><p>disciplinar.</p><p>19</p><p>2.2.2. Processo Administrativo Disciplinar sob o Rito</p><p>Sumário</p><p>O acréscimo do rito sumário ocorreu com a Lei no 9.527/97. Essa lei trouxe</p><p>a previsão de uma terceira espécie de processo administrativo, o processo</p><p>administrativo sumário, previsto nos arts. 133 e 140. Esta nova espécie de</p><p>processo administrativo somente é aplicável nos casos de acumulação ilegal de</p><p>cargos, abandono de cargo e inassiduidade habitual.</p><p>O rito sumário possui algumas especificidades, tais como: prazo reduzido,</p><p>a prévia explicitação da materialidade do possível ilícito logo na portaria. Apesar</p><p>de não previsto na lei, produção de provas além das documentais, o STJ entende</p><p>ser admissível, quando surja a necessidade de o acusado produzir provas</p><p>testemunhais ou periciais, pois se trata do respeito ao princípio da ampla defesa.</p><p>As fases processuais também são diferentes do rito ordinário. A fase</p><p>inicial do processo recebe o nome de instauração e se dá pela publicação do</p><p>ato, que constitui de pronto comissão, composta por dois servidores estáveis, e</p><p>já indicará a autoria e materialidade do possível ilícito administrativo.</p><p>A fase de instauração sumária do processo comporta a indiciação do</p><p>acusado, a defesa e o posterior relatório da comissão, sendo julgado</p><p>posteriormente por autoridade competente, no prazo de 5 dias, contado do</p><p>recebimento dos autos.</p><p>A fase apuratória deve se desenvolver em no máximo 30 dias, podendo</p><p>haver prorrogação por mais 15 dias, conforme o texto do art. 133, § 7o da Lei no</p><p>8.112/90.</p><p>Importante ressaltar que as normas do processo disciplinar ordinário</p><p>aplicam-se subsidiariamente ao procedimento sumário, assim expõe o art. 133,</p><p>§ 8o da Lei no 8.112/90 e supletivamente a Lei no 9.784/99.</p><p>20</p><p> FLUXOGRAMAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO</p><p>DISCIPLINAR SOB O RITO SUMÁRIO:</p><p>21</p><p>2.2.3. Processo Administrativo Disciplinar sob o Rito</p><p>Ordinário</p><p>O processo administrativo disciplinar (PAD) rito ordinário é o instrumento</p><p>para apurar responsabilidade de servidor por infração cometida no exercício do</p><p>cargo ou a ele associada, sob rito contraditório, podendo aplicar todas as penas</p><p>estatutárias.</p><p>O processo administrativo disciplinar tem como objetivo específico</p><p>esclarecer a verdade dos fatos constantes da representação ou denúncia</p><p>associadas, direta ou indiretamente, a exercício do cargo, sem a preocupação</p><p>de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor.</p><p>As fases do processo administrativo do rito ordinário estão dividias em:</p><p>instauração, inquérito administrativo e julgamento.</p><p>22</p><p>A instauração, se dá pela publicação da portaria pela autoridade que já</p><p>designa os membros para comporem a comissão, estipula prazo de conclusão,</p><p>demonstra o processo do ilícito administrativo a se apurar, e a possibilidade de</p><p>apurar fatos conexos. Não expõe de forma expressa os fatos sob</p><p>apuração, nem</p><p>os nomes dos investigados.</p><p>O inquérito administrativo, é dividido em: instrução, defesa e relatório. Na</p><p>instrução, a comissão realiza a busca de provas necessárias, como o</p><p>documental e o testemunhal e indica ou forma sua convicção pela absolvição do</p><p>acusado. Se for indiciado, realizará a citação, abrindo o prazo legal para</p><p>apresentar a defesa escrita. Na produção, é emitido pela comissão o relatório</p><p>final conclusivo, inocentando ou não o indiciado, de forma fundamentada e</p><p>justificando a decisão. Estas etapas são realizadas pela comissão.</p><p>A fase de julgamento, é realizado pela autoridade instauradora do</p><p>processo, se a mesma não possuir competência, será realizado por quem a tiver,</p><p>de acordo com a proposta de penalidade recomendada pelo colegiado.</p><p>A autoridade competente tem o prazo de vinte dias para julgar, a contar</p><p>da data do recebimento do relatório final, podendo assim, divergir ou não do</p><p>entendimento da comissão, uma vez que é regido pelo livre convencimento,</p><p>podendo motivadamente agravar, abrandar ou isentar o servidor da</p><p>responsabilidade e penalidade prevista no relatório final.</p><p>23</p><p> FLUXOGRAMA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO</p><p>DISCIPLINAR SOB O RITO ORDINÁRIO:</p><p>24</p><p>3. CONCLUSÃO</p><p>Dessa forma, temos que os diversos institutos do Processo Administrativo</p><p>Disciplinar, possuem a prerrogativa de manter o bom funcionamento da</p><p>Administração Pública e a ordem de seu corpo funcional. Seguindo os princípios</p><p>Constitucionais e do Direito Administrativo, a Administração Pública estabelece</p><p>as formas de atribuição da responsabilidade dos servidores pelos seus atos.</p><p>São diversos os procedimentos disciplinares, sendo eles os</p><p>procedimentos investigativos (comportando a investigação preliminar, a</p><p>sindicância investigativa, a sindicância patrimonial) e os procedimentos</p><p>contraditórios (comportando a sindicância acusatória e os processos</p><p>administrativos disciplinares ordinário e sumário).</p><p>Assim, resta demonstrado a especificidade de cada instituto, como a</p><p>necessidade de ser observado os princípios do contraditório e ampla defesa nos</p><p>procedimentos contraditórios, e a dispensa de tais princípios nos procedimentos</p><p>investigativos, dispensando-se a abertura para o acusado apresentar defesa</p><p>escrita.</p><p>Por fim, a necessidade de adequação do procedimento depende</p><p>exclusivamente do caso concreto, uma vez que diferem em suas peculiaridades,</p><p>quanto as fases processuais, prazos e possibilidade de produção de provas.</p><p>Além de depender da gravidade do ilícito administrativo para que seja necessário</p><p>ou não a abertura de sindicância prévia para a instauração do processo</p><p>disciplinar e o procedimento a ser adotado.</p><p>25</p><p>4. REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RMS NO 22.789-RJ.</p><p>RELATOR: MINISTRO MOREIRA ALVES, 1a Turma, julgamento em 04.05.1999,</p><p>publicação no DJ em 25.06.1999.</p><p>LESSA, Sebastião José. Do processo administrativo disciplinar e da</p><p>sindicância: doutrina, jurisprudência e prática. Belo Horizonte: Fórum, 2000.</p><p>MATTOS, Mauro Roberto Gomes de, Tratado de Direito Administrativo</p><p>Disciplinar. Rio de Janeiro, Editora Forense, 2a edição, 2010.</p><p>MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 37a edição,</p><p>São Paulo, Malheiros, 2011, p. 705.</p>